Folha de Águas Claras 88

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folhadeaguasclaras.com.br ANO 3 - EDIÇÃO 88

Confusão com a fiscalização Agefis tenta desocupar área pública e é confrontada por frequentadores de bar e funcionários. População alega que fiscais foram truculentos e colocaram a vida de quem estava na praça Arniqueira em risco. O carro da fiscalização foi atacado e o bar multado. Impasse entre moradores do prédio e frequentadores dos bares no térreo continua (Página 7).

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Além do mau cheiro As fezes e urina dos cães e gatos em calçadas, praças e áreas verdes da cidade, além de incomodar pelo mau cheiro, pode causar doenças, como a giardíase. Tanto animais quanto humanos podem ser contaminados pelo parasita que se aloja no intestino da vítima. Nos humanos, a giardíase é marcada por cólicas abdominais, flatulência, náuseas, episódios de diarreia aquosa, perda de peso, fadiga e mal-estar. Nos animais, os sinais são variáveis em grau e manifestação - alguns apresentam somente anorexia e fezes amolecidas, outros manifestam vômito profuso, diarreia com sangue, anorexia e prostração (Páginas 4 e 5).

Águas Claras ganha novo shopping Maior empreendimento de Águas Claras é inaugurado e gera 12 mil empregos (Página 3)


FOLHA DE ÁGUAS CLARAS ISSN 2357-8823

Circulação

Editor: Rafael Souza (DRT 10260/13)

A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 34 anos no mercado de comunicação comunitária. A edição impressa semanal da Folha de Águas Claras e distribuída aos sábados gratuitamente no comércio da cidade, em padarias, prédios comercias, agências bancárias e grandes condomínios residenciais. Editada por jornalistas profissionais compromissados com o desenvolvimento da cidade, a Folha de Águas Claras acredita no protagonismo do jornalismo comunitário.

Reportagem: A lcir Alves de Souza (DRT 767/80) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF Diretor Comercial: Antenor Júnior - (61) 984149654

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DF Plaza abre as portas Com mais de 200 mil m² de área construída, o maior complexo do Distrito Federal é formado pelo shopping, 890 salas comerciais, 1.250 unidades residenciais, uma operação hoteleira e um hipermercado, e deverá gerar 12 mil postos de trabalho

FOTO: TONY WINSTON/AGÊNCIA BRASÍLIA

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m dos empreendimentos mais aguardados do ano, o DF Plaza abriu as portas para o público nesta terça-feira (19). Localizado às margens da EPTG, entre Águas Claras, Taguatinga, Vicente Pires e Guará, o complexo vai trazer muitas novidades e surpresas para o público, que poderá desfrutar do espaço de compras das 10h às 22h, de segunda a sábado; e aos domingos, de meio dia às 22h. Inicialmente, o shopping funciona com mais de 50 lojas. E até o final do ano serão mais de 80 ope-

rações em funcionamento. Com investimentos que superam R$ 600 milhões, além do shopping, o DF Century Plaza é composto por duas torres de 890 salas comerciais, três torres de 1.250 unidades residenciais, um potencial para 160 lojas e, ainda, um hipermercado (Wal-Mart) e uma operação hoteleira (Nóbile Suítes). No total, são mais de 200 mil m² de área construída – sendo 33 mil m² de ABL, 15 mil m² de mall e 18 mil m² de hipermercado -, resultando no maior complexo imobiliário

do Distrito Federal. No amplo espaço, uma área de lazer a céu aberto, com paisagismo e luz natural, pensada para proporcionar encontro entre familiares e amigos. Com expectativa de uma circulação diária de cerca de 20 mil pessoas, o shopping conta ainda com 3.500 vagas de estacionamento para atender o público.

Região privilegiada

Para Glauco Santana, um dos empreendedores do DF Plaza, a inauguração do empreendimento proporciona-

O complexo econômico DF Plaza, inaugurado nesta terça-feira (19 de setembro) em Águas Claras, vai oferecer cerca de 12 mil postos de trabalho, sendo 3 mil diretos e 9 mil indiretos. Para o governador Rodrigo Rollemberg, presente na inauguração, esse é um empreendimento que simboliza o reaquecimento da economia do DF.

rá muitas vantagens para a região, desde a geração de emprego à ampliação das possibilidades de compras e de entretenimento. “Os moradores de toda essa área que envolve o DF Plaza estavam ansiosos por um complexo de alto padrão, que atendesse às suas necessidades, sem que precisassem se locomover para longe. Com certeza, será um salto de oportunidades para a população e um ganho significativo para a economia local”, avalia. Ao todo, o complexo oferecerá 12 mil postos de trabalho, sendo 3 mil diretos e 9 mil indiretos. Administrado pela Saga Malls, o empreendimento possui forte tendência de mix para gastronomia, moda e serviços. Entre as âncoras, destacam-se nomes como Renner, Coco Bambu e Outback, além de marcas consagradas, como Soho (restaurante japonês), Arezzo, Santa Lolla, Biomundo, Aleatto, Burger King, Carmen Sttefens, Café do Ponto, Crocs e Spoleto. Alexandre Mendes, superintendente do DF Plaza, acredita que o empreendimento tem grande potencial e vai se tornar referência no Distrito Federal. “É ótimo po-

der trabalhar um produto tão rico e bem planejado como o DF Plaza. Enxergo muitas conquistas já alcançadas, mas ainda um potencial para grandes realizações”, avalia Alexandre.

Moda e Gastronomia

O DF Plaza iniciou suas operações em março deste ano, com a abertura do Coco Bambu, o primeiro de Águas Claras, terceiro do Distrito Federal e 24º do país. Com capacidade para 560 lugares, o restaurante conta com serviço de manobrista, brinquedoteca, gerador de energia próprio e salões de eventos. Dando sequência ao mix gastronômico, o Outback Steakhouse foi inaugurado em junho, com a realização de um jantar beneficente, cuja renda foi revertida à Abrace. O restaurante caiu no gosto do brasiliense graças à qualidade dos produtos, à culinária de sabor único e ao ambiente descontraído. Grandes nomes do mundo da moda também fazem parte do complexo. Entre as marcas estão a Vivara, Renner, Santa Lolla, Siberian, Morana, Carmen Steffens, Hering, Hope, Constance, Handbook, entre outras.


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Quando os pets contaminam As fezes dos animais em calçadas e áreas verdes podem trazer sérios riscos à saúde deles mesmos e das pessoas. Recolher os dejetos, além de cortez, é vital

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POR STEPHÂNIA WALKER DOURADO

á poucas semanas, os moradores de Águas Claras foram surpreendidos com as notícias de uma possível epidemia de giardíase, doença transmitida pelo parasita Giárdia, como é popularmente conhecida. O veterinário Luiz Fernando Cury Filho, responsável pela Clínica Veterinária Vitta Vet em Águas Claras, afirma que atualmente a giardíase é o principal acometimento do trato gastrointestinal nos cães atendidos na clínica. Todos os dias, pelo menos um novo caso na cidade é diagnosticado por ele. Tanto animais quanto humanos podem ser contaminados pelo parasita que se aloja no intestino da vítima. Nos humanos, a giardíase é marcada por cólicas abdominais, flatulência, náuseas, episódios de diarreia aquosa, perda de peso, fadiga e mal-estar. Nos animais, os sinais são variáveis em grau e manifestação, al-

guns apresentam somente anorexia e fezes amolecidas, outros manifestam vômito profuso, diarreia com sangue, anorexia e prostração. E alguns animais não apresentam sintoma algum, mesmo sendo portador do parasita e disseminando a doença.

Bons exemplos

Ana Cláudia Alves é dona da Molly, uma shihtzu de quatro anos e meio, e só descobriu que a cachorrinha estava com o parasita Giárdia quando foi fazer uma bateria de exames para uma cirurgia de castração. “Ela já era vacinada contra esse parasita, isso ajudou para que não tivesse tanta reação”, conta Ana Cláudia. Mesmo antes do diagnóstico, a proprietária sempre manteve a prática de recolher as fezes da Molly. “Tanto eu quanto meu marido recolhemos, porque é muito chato ver pessoas que ainda não o fazem, ontem mesmo meu marido pisou num cocô na

esquina de casa.” Devido à densidade populacional, os conglomerados de prédios, milhares de apartamentos e seus moradores, o número de animais

de estimação na cidade de Águas Claras é bem elevado. Pela manhã, na hora do almoço, no meio da tarde, ao anoitecer... é comum na cena urbana encontrar animais

de estimação, normalmente cachorros, fazendo xixi e cocô nas praças, gramados, calçadas e ruas. Até então normal, o problema é que a maioria dos proprietários


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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS dora de Águas Claras há 16 anos e atualmente tem uma cachorra e uma gata. Para ela, recolher a sujeira do seu animal do espaço público é o mínimo que um cidadão civilizado deve fazer. “Se saio de casa para meu animal se aliviar na rua, tenho que recolher e descartar no lixo, é questão de educação. Sou até a favor de multa. Doendo do bolso o mal educado aprende.” Alethea reclama da falta de lixeiras. “Na minha calçada não há nenhuma. Recolho as fezes e levo comigo até entrar no condomínio para poder descartar.”

meio ambiente e a água. Luiz Cury destaca três pontos cruciais para controle da giardíase: “Primeiro, deve-se tratar os doentes e portadores assintomáticos através de exame de fezes regular. Em segundo lugar, a higiene do ambiente domiciliar e extra domiciliar (recolhendo as fezes de locais públicos) e, por último, a importância da vacinação e vermifugação específica de todos animais para evitar a transmissão. Vermífugos comuns em doses convencionais não tratam e nem

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previnem a giardíase.” O tratamento específico deve ser realizado mediante diagnóstico e prescrição de um veterinário, pois sem supervisão pode ser prejudicial ao animal e provocar resistência de microrganismos. Outras doenças que são transmitidas pelos parasitas intestinais dos cães para o ser humano são larva migrans cutânea ou bicho geográfico; larva migrans visceral; dipilidiose e hidatidose.

Doença grave Ana Cláudia Alves e Molly: a cadela estava com giardíase, mas não apresentou sintomas

não recolhe a sujeira deixada pelos animais. O veterinário Luiz Cury alerta para as inúmeras preocupações relacionadas ao descaso com o recolhimento das fezes: “Além da transmissão de algumas doenças para o ser humano como parasitoses gastrointestinais e cutâneas, pode ocorrer também a transmissão de doenças entre os

próprios animais, como é o caso de giardíase, endoparasitoses, parvovirose, entre outras.” Segundo o especialista, o acúmulo de lixo orgânico predispõe o surgimento de insetos e animais oportunistas como o rato. O odor desagradável e a poluição também são resultantes da falta de descarte correto das fezes. Alethea Amorim é mora-

O parasita Giárdia é tão resistente que mesmo fora do organismo (humano ou animal) é capaz de sobreviver por semanas ou até meses. Acontece que antes de ser eliminada nas fezes, encasula-se em cascas duras chamadas de cistos. Uma vez que encontra um hospedeiro, os cistos se dissolvem e as parasitas são liberadas. Por isso, a importância de recolher as fezes dos animais dos locais públicos e descartar em locais apropriados. A Giárdia presente nas fezes pode contaminar o

Boo, Alethea e Pitty, para a dona recolher a sujeira do seu animal do espaço público é o mínimo que um cidadão civilizado deve fazer


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Virei Síndico, e agora?

ROMAN DARIO CUATTRIN

Portaria Virtual ou Remota Você se lembra do ascensorista? E do trocador de ônibus em algumas cidades? E quando precisávamos de telefonista para completar uma ligação? A automação de funções de trabalho e a substituição por processos eletrônicos e remotos está por todos os lados. Não poderia ser diferente num condomínio. Temos assistido à adoção de uma solução que substitui o funcionário das

portarias em diversos condomínios, denominando-se o que se convencionou chamar de “portaria virtual” ou “portaria remota”. Genericamente, a portaria virtual é uma estrutura de atendimento remoto, transparente ao usuário, que faz esse contato entre o visitante e o morador para permitir ou não o acesso à unidade deste último. Por meio de conexão à internet

de alta velocidade ou fibra ótica dedicada, o porteiro virtual atende o “interfone” e conversa com o visitante. Para contatar o morador, a central liga para o telefone fixo ou celular dele e repassa os dados do visitante. Após fornecer as informações para cadastro (incluindo dados biométricos) e obter a autorização para adentrar, ele geralmente passa por uma eclusa acionada remotamente, composta de duas portas, onde uma só abre após o fechamento da outra. Na maioria dos casos, as imagens são gravadas por câmeras de alta definição e os diálogos também ficam disponíveis digitalmente, além dos registros de acesso (nome, documentos, data e hora de entrada, data e hora de saída, etc.). Essa central remota monitora também as câmeras de segurança, verificando se não há violação de perímetro da área segurada. O ganho de escala é garantido pela possibilidade de um mesmo operador monitorar mais de um empreendimento. Os moradores e seus veículos possuem um identificador físico (tag) ou podem fazer uso da biometria para entrar e sair. As vantagens residem na diminuição de funcionários (retorno financeiro), na garantia de que há uma central capacitada monitorando o ambiente 24 horas por dia, um rígido controle de acesso com informações históricas de todas as ocorrências e até a existência de

função “pânico” para acionamento pelos moradores em situações de risco. No entanto, a solução deve ser muito bem avaliada. Há custos com a automação de portões, construção de eclusas e instalação de suprimento de energia (no break ou gerador) para os casos de falta por parte da concessionária. Além disso, se o seu porteiro desempenhava outras atividades (recebimento e controle de entrega de encomendas, acionamento e desligamento de iluminação ou elevadores, abertura e fechamento de áreas comuns, etc), isso terá que ser repassado para um zelador ou acabará sendo feito pelo síndico. Alguns sindicatos de empregados em condomínios do interior de São Paulo começaram a colocar cláusulas nas suas convenções coletivas de trabalho vedando a contratação de centrais terceirizadas de monitoramento de acesso ou “portarias virtuais”, com a finalidade de preservar postos de trabalho. Esta matéria, no entanto, é facilmente questionável na justiça e não deve ser considerada: já há bastante jurisprudência permitindo que os condomínios dessa região adotem a portaria remota. Analisando em resumo, o que vemos é uma grande mudança cultural, mas para a qual não se vislumbra retorno: cada vez menos encontraremos porteiros no local de acesso.

SÍNDICO DA SEMANA

Nesta semana, conversamos com Patrícia Marioto Rosa, síndica do Residencial Noblesse em Águas Claras, que desempenha essa função há mais de 4 anos. Um dos segredos do seu sucesso como gestora condominial é a experiência que ela tinha anteriormente em gestão de pessoas, graças à sua formação em psicologia. Administrar um condomínio tem um componente muito grande em sua constituição que é gerir seres humanos e todas as suas nuances. A atividade deu tão certo que recentemente ela e mais 5 amigas se juntaram e passaram a oferecer o trabalho de síndico de maneira profissional. O que te deu mais ORGULHO nesse tempo todo? A conclusão da quadra esportiva foi uma delas, mas o que mais me dá orgulho como síndica é demonstrar para o condômino que ele pode contar comigo. Gosto dessa proximidade com o morador, do

feedback da minha Gestão. O bom relacionamento, a disponibilidade e a transparência somados à busca pelo conhecimento na área condominial são a grande chave para uma boa Gestão. O que faria de outra forma ou não faria novamente? Quando assumi o condomínio, não tínhamos um acompanhamento jurídico. Hoje não ficaria mais sem esse apoio. Nenhum contrato é assinado sem passar pelo escritório de advocacia, o que traz mais segurança para o condomínio. Qual o maior desafio de ser síndico na sua opinião? Posso citar dois desafios: um deles é tentar reduzir custos sem prejuízos para o condomínio, mantendo o padrão de qualidade, e o outro é administrar conflitos, deixando a relação pessoal de lado e agindo com imparcialidade, o que para um síndico morador não é nada fácil. Um conselho pra quem está chegando agora. Procure se informar o máximo possível da situação do condomínio, analisando balancetes anteriores, lendo as atas das assembleias e estudando os contratos com os prestadores para evitar surpresas. Troque ideias com os moradores e tenha um Conselho atuante. E o mais importante: capacitação na área condominial e troca de experiências com outros síndicos. Assim, não tem erro !!


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Confusão entre moradores e fiscalização

Ação de desocupação de área pública na Praça Arniqueiras acaba em confusão

COM INFORMAÇÕES DO ÁGUAS CLARAS MÍDIA

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a noite do dia 15 de setembro, uma sexta-feira, por volta das 23h, os frequentadores dos bares na Praça Arniqueiras foram surpreendidos por uma intensa ação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal para a desocupação da área pública. A ação era para impedir a utilização de área pública por mesas e cadeiras com os frequentadores dos bares. Segunda a Agefis, a operação foi originada por denúncia da própria população vizinha aos bares, e todos os estabelecimentos foram notificados na vésperas por dois auditores. E, de acordo com os vizinhos, os bares tem música ao vivo, que muitas vezes passa da meia noite, inclusive durante a semana. Fora o lixo deixado na praça. Esses bares já foram foco de várias reclamações e denúncias e essa ação já foi solicitada há muito tempo. A AGEFIS aproximou-se do local com seis viaturas, com trinta agentes, sendo dez auditores. Segundo Carlos Nunes Filho, auditor fiscal da Agefis, a agência tem autorização para subir com os carros na calçada para facilitar o recolhimento dos objetos e móveis que

Mesas ocupam as calçadas e gramado. Apartamentos dos andares baixos são os principais reclamantes

estejam ocupando irregularmente a área pública. Segundo uma moradora, I.D., que prefere não se identificar, os agentes da Agefis chegaram de forma agressiva, puxando as cadeiras com pessoas ainda sentadas e as-

A funcionária do bar à esquerda soca a viatura da Agefis e posteriormente faz boletim de ocorrência com o braço machucado

sustando as muitas crianças pequenas que estavam lá. “Foi aterrorizante” disse a moradora. “Os agentes não perguntaram nada e nem procuraram os responsáveis pelo bar. Foram logo retirando à força os consumidores e até tirando as bebidas de cima das mesas, para que levassem o mobiliário embora”. Mas segundo os fiscais, quando os frequentadores e proprietários perceberam que a Agência de Fiscalização estava chegando, começaram a recolher as mesas e cadeiras para que estas não fossem recolhidas pelos fiscais. Foi aí que começou a confusão. Quando os fiscais desceram das viaturas, já foram recebidos com hostilidade pelos funcionários e frequentadores do bar, que, furiosos, avançaram para cima dos servidores.

Funcionária machucada

Uma funcionária do bar alegou ter sido agredida e fez exame de corpo de delito. O bar não abriu hoje para o almoço em virtude dos ferimentos da funcionária. A Polícia Civil disse que a mesma funcionária teria danificado uma van da agência, o que foi desmentido pelos frequentadores do local. Porém, um vídeo divulgado posteriormente mostra a mesma funcionária esmurrando a viatura da AGEFIS. No mesmo vídeo um homempega uma barra de ferro e desfere golpes em outra viatura. A proprietária de um dos bares foi multada em R$ 1.785 e disse que tinha sido informada pela administração que só seria notificada e que teria 30 dias para ser regularizada.

Sem autorização

Ao contrário do que outras fontes divulgaram, a administração não deu nenhuma autorização para que o bar invadisse área pública. A declaração dizia apenas que os estabelecimentos tinham dado entrada para regularização de utilização da mesma. Como houve problemas técnicos na emissão do boleto da Secretaria de Fazenda e como todas as formalidades foram cumpridas para a licença de utilização da área, foi esclarecido pelo administrador que as autorizações eram possíveis, desde que não utilizassem a área verde, música do lado de fora e nem o calçadão reservado para acessibilidade. O mesmo também esclareceu que o início dos pagamentos das taxas será retroativo a data da complementação da documentação necessária.


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Truculência da Agefis Na última sexta-feira (15 de novembro) vários consumidores foram surpreendidos por uma ação da Agefis em um estabelecimento comercial na Praça da Estação Arniqueira. Estavam eles aproveitando o início do final de semana, quando de repente várias viaturas apareceram e cerca de trinta agentes começaram a recolher as mesas que estavam ocupando área pública. Recolheram arbitrariamente estando-as ocupadas ou não. Toda ocupação de área pública pode e deve ser combatida pelo órgão. A Agefis tem o dever de preservar a área pública, mas esta foi uma operação desastrada! O proprietário do esta-

belecimento havia pedido autorização ao ente responsável para colocar suas mesas na área, mas ocorreu um problema na emissão da guia de pagamento correspondente ao uso e ocupação da área, problema este causado pela Secretaria de Fazenda e que se arrasta por semanas. O fato é que houve a liberação para a ocupação por parte da Administração Regional e por este motivo o proprietário colocou as mesas na área previamente acordada. Ele confiou na pessoa que deu esta autorização verbal. Mas por volta 23h a equipe da Agefis chegou ao local de forma truculenta, oferecendo risco aos clientes

e demais cidadãos que estavam no local e nas imediações. Estacionaram seus carros em cima da praça e os consumidores revoltados revidaram à ação, houve bate boca e dano a um dos veículos oficiais. Segundo relatos de presentes, um menor de idade quebrou a lanterna traseira de uns carros e se evadiu do local. Teoricamente, o proprietário do estabelecimento não cometeu nenhuma infração, ele percorreu os trâmites legais para pedir liberação da área e confiando na promessa do representante da Administração Regional de que ele poderia usar a área, o fez. Está certo que foi uma autorização verbal, coisa que

não funciona mais hoje em dia, visto que para termos uma mínima segurança jurídica temos que ter tudo protocolado e carimbado, mas como pôr em dúvida a palavra daquele que foi nomeado responsável pela cidade? Ora, se foi dada a permissão, mesmo que verbal, por que o proprietário do estabelecimento iria duvidar? Há vários erros nessa situação, causados pelo governo que não mantém seus aparelhos funcionando corretamente e jamais o cidadão pode ser prejudicado pela inoperância dos serviços prestados pelo governo. O estado, ineficiente, causou prejuízos ao cidadão empreendedor. Em virtude do ocorrido, vários clientes

saíram do local sem pagar sua conta e o proprietário ainda foi multado por estar descumprindo, em termos, a norma referente à ocupação da área pública. Como empreender na cidade se os órgãos competentes não facilitam a vida daquele que chegou para pagar impostos e contribuir para o crescimento da cidade? Como ser um pequeno empreendedor nesta cidade se o estado o trata de forma diferenciada do grande empreendedor? Pelo exposto a única solução para quem quer empreender é sair da cidade e procurar outro lugar para se estabelecer. Um lugar aonde os acordos sejam cumpridos.



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Um Amor de Renúncia reacende as chamas dos amores proibidos do século XVII

Romance de H Chico Xavier em Águas Claras

á mais de sete anos em cartaz, e sucesso de público por todas as cidades por onde passa, o espetáculo Um amor de renúncia chega ao Teatro da Caesb (Águas Claras) para fechar o mês de setembro, e iniciar outubro. Encenado pelo grupo de teatro Rama Kriya Produções, a montagem é uma readaptação do romance de Chico Xavier. Em Brasília a montagem terá duas sessões: uma no dia 30 de setembro (sábado), e outra em 1º de outubro (domingo), sempre às 19h. Os ingressos, que custam 30 reais (meia-entrada), já estão à venda em pontos como a bilheteria do teatro,

as lojas físicas da Bilheteria Digital e nas Óticas Carol do Águas Claras Shopping. Para doadores de 2 kgs de alimento não perecível, o ingresso custa 35 reais. Clientes BRB pagam 25 reais. As entradas também estão disponíveis no site www. bilheteriadigital.com. Baseado no romance Renúncia, psicografado por Chico Xavier – considerado uma das obras de referência na literatura espírita–, o texto foi adaptado pelo dramaturgo Alberto Centirião, também responsável pela adaptação de O advogado de Deus. A trama narra à saga familiar de Madalena Vilamil e sua filha Alcione ao

longo de quatro décadas. A produção faz um recorte neste painel, para contar a história do amor impossível de Alcione e Padre Carlos, e que tem como pano de fundo a Santa Inquisição na Espanha e na França. Cenários e figurinos irão transportar o público a realidade do século XVII durante os 75 minutos de duração do espetáculo. Com direção geral de Lucienne Cunha, Um amor de renúncia ainda conta com elenco de respeito, composto por Valdir Ramos, Luciene da Cunha, Flávio Wongalak e Thalita Drodowski, com passagens por grandes produções, de musicais ao cinema.

Um Amor de Renúncia 30 de setembro e 1º de outubro -19h Teatro da Caesb (Av. Sibipiruna lote 15) Classificação livre

R$ 60 e R$30 (meia) R$35 reais, mediante doação de 2 kg de alimento não perecível. *Clientes BRB pagam 20 reais.

Peppa Pig agora, também, em live show A peça, que tem roteiro didático, alia conhecimento e diversão para o público

U Peppa Pig Live Show 30 de setembro e 1º de outubro -15h Teatro da Caesb (Av. Sibipiruna lote 15) Classificação livre R$ 60 e R$30 (meia) R$35 reais, mediante doação de 2 kg de alimento não perecível. *Clientes BRB pagam 20 reais.

m dos maiores fenômenos da TV mundial ganha os palcos da capital federal. Para a alegria da criançada, a porquinha preferida dos pequenos se apresenta no Teatro da Caesb (Águas Claras). O espetáculo Peppa Pig –Live Show promete entreter crianças e adultos com muita música e dança. Além de uma história repleta de ensinamentos para os fãs mirins. A peça estará em cartaz nos dias 30 de setembro (sábado) e 1º de outubro (domingo), sempre às 15h.

Os ingressos custam 30 reais (meia-entrada) e estão disponíveis para compra na bilheteria do teatro. Quem preferir, pode adquiri-los nas lojas físicas Bilheteria Digital e nas óticas Carol do Águas Claras Shopping. O musical apresenta a porquinha mais conhecida do mundo infantil de forma ainda mais descontraída e engraçada. Querida pelas crianças de quase todo o mundo, a carismática Peppa se junta aos seus amigos em uma história costurada por 12 músicas. A dança e a interação com o públi-

co também fazem parte do show. Ao longo do espetáculo, os personagens transmitem valores importantes para os espectadores, além de arrancar boas gargalhadas da plateia. O objetivo da montagem vai muito além da diversão. Com roteiro educativo, a importância de respeitar os pais, ter uma alimentação saudável, amar e respeitar ao próximo são alguns dos temas abordados na narrativa. Conceitos sobre sustentabilidade não ficam de fora, e ensinam as crianças de forma leve e cativante.



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