Folha de Águas Claras 5

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15 a 31 de maio de 2014

Ano 1 • Edição 5

Distribuição Gratuita

Vereda da Cruz A Via do descaso A Avenida Vereda da Cruz pode ser considerada, hoje, a Via mais perigosa de Águas Claras. Ela divide o Setor Vertical da cidade do Setor Habitacional Arniqueira e Park Way. Tem aproximadamente cinco quilômetros de extensão, revestida com asfalto de péssima qualidade. No Dia das Mães, a jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira e sua filha de um ano e meio, morreram em acidente na Via.

Juizado especial Prédios abandonados preocupam moradores no Areal Página 4 Águas Claras entra no clima da Copa Página 6 Rede de águas pluviais em Arniqueira será implantada pelo GDF Página 7

Águas Claras convive com vários prédios abandonados, a maioria por cooperativas que quebraram e deixaram as obras inacabadas. As contruções acabam servindo de abrigo para usuários de drogas e criminosos, como este prédio na 34 Norte (Página 4).

Personagem da cidade José Oliveira Santos está no Areal há dez anos e trabalha como recuperador de panelas. O simpático “médico das panelas”, é um dos moradores mais queridos da cidade (Página 11) .


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opinião

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Falando Sério Mês do desgosto? Que nada!

folha de águas claras

José roberto bueno

Descaso

O mês de agosto deste ano terá cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos. Fato que acontece somente uma vez a cada 823 anos. Os chineses chamam isto de “BOLSO CHEIO DE DINHEIRO”. Será? Estamos na torcida!

Tudo pelo voto Tem candidato por todo lado buscando votos até de quem não tem título. Flagramos uma reunião de um candidato com jovens estudantes do Centro Educacional Católica de Brasília, do 8º ano. Será que ele queria cabos eleitorais? Voto dali não sairá um se quer. Também presenciamos outra candidata recebendo grileiros e presidentes de cooperativas fraudulentas, que agiam livremente em governos passados. Não há ética, foco de marketing político ou proposta sólida. Deus nos livre desses principiantes.

Se o GDF tivesse ouvido a voz do cidadão, estampada nesta coluna nas edições um, dois, três e quatro, as vidas da jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira, 33 anos, e da filha dela, Júlia Trino Oliveira, de um ano e meio, poderiam ter sido poupadas. Se a ponte ligando o Park Way ao Guará tivesse sido construída, aquele retorno mal projetado teria sido mudado e o trânsito estaria diferente naquele local do acidente fatal. É um emaranhado de “SE”, mas o descaso do governo continua. Enquanto isso, pessoas morrem, o congestionamento judia e nossa paciência se esgota. Repito o que veiculamos nas edições da Folha de Águas Claras anteriores: outubro está aí.

Elogios rasgados Em recente entrevista ao programa Conexão Cidadã, do Canal Comunitário da Net, o deputado Agaciel Maia elogiou a boa qualidade técnica da Folha de Águas Claras. “Trabalhei muitos anos na Gráfica do Senado e sei quando temos um bom material nas mãos. O conteúdo é excelente, assim como a qualidade gráfica do periódico. Parabenizo toda a equipe do Jornal”, disse o distrital na entrevista concedida ao jornalista e professor Antônio Leitão. Agradecemos ao parlamentar e continuaremos na luta constante pela qualidade e imparcialidade.

Durante a manifestação de homenagem à Jornalista Alessandra Trino, 33, e sua filha, Júlia, de 1 ano, na manhã de domingo (18) – que morreram uma semana antes, no marco zero da Avenida Vereda da Cruz, no cruzamento com a DF 079 -, moradores de Águas Claras criticaram o descaso do GDF em resolver o problema de trânsito na Via. Leia abaixo algumas opiniões. A Avenida Vereda da Cruz é perigosa e o governo não toma providência. Já pedimos a duplicação, mas nada sai do papel. É um descaso e essas mortes que vêm ocorrendo do início ao fim da Via não ficarão em vão. Carlos Neto Santos Mendonça Morador da 209 Sul É muito difícil entrar na Avenida Vereda da Cruz. Deveria ser duplicada urgentemente. A sinalização também é péssima. Por isso estão morrendo pessoas na Via. Nazareno Freire Morador da 16 Sul A gente já pediu a duplicação, sinalização, acostamento, melhor conservação do asfalto e rede de águas pluviais. A desculpa dos órgãos governamentais é a construção da Via Interbairros. José Júlio de Oliveira Morador da 204 Sul

Encontro de motos O jornal Folha de Águas Claras e o Motogrupo Skolados do Asfalto (e convidamos publicamente a direção de esporte e cultura da Administração Regional para nos ajudar) promoverão um encontro na cidade para reunir os apaixonados por duas rodas locais. A intenção é organizar os motociclistas para praticarmos, juntos, ações sociais e de preservação do meio ambiente nessas imediações. Estendemos o convite a outros grupos organizados, famílias e indivíduos que tenham o mesmo propósito: diversão, trocas de experiências, solidariedade e consciência da necessidade de preservação da natureza.

Palavra Franca

Confusão de nome Arniqueira ou Arniqueiras? A estação do Metrô é Arniqueiras (com “S”), já o bairro (ou setor), segundo a gerência da cidade – órgão ligado a Administração Regional da cidade – é Arniqueira (sem “S”). Mas isso gera uma confusão danada. A própria Administração erra. Na divulgação da programação do aniversário de Águas Claras, por exemplo, é grafado Arniqueiras se referindo ao SHA. Não seria melhor unificar? E então, melhor Arniqueira ou Arniqueiras para os dois (estação e bairro). Mande sua sugestão para o e-mail da Folha de Águas Claras.

Passo todos os dias por essa avenida ao voltar para casa, infelizmente é o único caminho para meu condomínio. O acesso à avenida é ruim e pior ainda é o trajeto até meu condomínio. Vejo todos os dias situações de risco para os motoristas. A Administração Regional de Águas Claras deveria sentir vergonha de ter uma rua dessa em uma cidade tão nova. Cláudia Siqueira Matos Moradora do SHA

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Editor: A lcir Alves de Souza (DRT 767/80) Diretor Regional: José Roberto Bueno (MTB 1710/09/98) Reportagem: Rafael Souza (DRT 10260/13) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF

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Circulação A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 32 anos no mercado de comunicação comunitária. A Folha de Águas Claras é distribuída gratuitamente por todas as bancas de jornais da cidade; em estabelecimentos comerciais, associações, entidades, faculdades; nas agências bancárias, na Administração Regional, outros órgãos públicos, nos consultórios médicos e odontológicos, portarias dos edifícios comerciais e shoppings de Águas Claras. E, ainda, por mailing, na nossa página eletrônica e nas redes sociais.

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Fotos aéreas para ajudar na fiscalização e no planejamento

Codeplan lança o Geo Serviço, um mosaico de fotografias aéreas do DF e Entorno, com fotos de 2009 e 2013 disponibilizadas gratuitamente

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o Projeto de Infraestrutura e Dados Espaciais da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central nasceu o Geo Serviço, um software que monta um mosaico completo, com imagens em alta resolução, de todo o território do DF e parte da região do Entorno. O serviço disponibilizado no site da Codeplan utiliza ortofotos, imagens aéreas corrigidas geograficamente, para mostrar uma visão ampla de um território de mais de 8 mil quilômetros quadrados (o DF tem cerca de 5 mil quilômetros quadrados de área). São dois mosaicos, um de 2009 e um de 2013. As imagens tem melhor resolução e são mais atualizadas que o serviço desenvolvido pelo Google, além de serem validades pela Terracap, possibilitando a identificação visual das mudanças

ocorridas no período. O software foi desenvolvido sem custo, com os técnicos da própria Codeplan. O Geo Serviço vai auxiliar no desenvolvimento de projetos dos órgãos públicos do GDF. O DER/DF, por exemplo, já utiliza o novo recurso para atualização da malha rodoviária. Ao IBRAM tem sido possível a ampliação da fiscalização ambiental no territó-

rio. O IBGE/DF é mais um órgão que já tem utilizado o novo Geo Serviço, atualmente atualiza a malha censitária. Tudo isso sem custo, convênio, acordo ou necessidade de autorização. O produto está disponível na internet e tem acesso livre e irrestrito. Com a ferramenta o cidadão poderá estudar o território, localizar e definir o limite de suas propriedades,

SERVIÇO Use o Geo Serviço Fotografe um dos códigos abaixo com um leitor de QR code (Diposnível gratuitamente na loja de aplicativos do seu smartphone ou tablet)..

bit.do/geobsb

http://

As mudanças visíveis no Setor Vertical nos quatro anos de intervalo entre as fotos. Dezenas de lotes, antes vazios, hoje estão ocupados por grandes construções. Pode-se notar o estrangulamento das áreas verdes da cidade, e o decrescente espaçamento entre os prédios.

acompanhar o crescimento urbano da região ao longo do tempo e desenvolver pesquisas acadêmicas. O serviço também pode reduzir custos com estudos topográficos e ajudar na fiscalização de ocupações de áreas públicas e na preservação das de proteção ambiental. No lançamento do serviço o presidente da Codeplan, Júlio

Miragaya, apontou a importância de abrir a informação a qualquer cidadão: “O novo recurso tornase uma referência nacional na medida em que oferece maior dinâmica à gestão pública e democratização no acesso à informação pela sociedade. No Brasil, o Distrito Federal é pioneiro nesse projeto, que é desenvolvido com recurso público.”


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Juizado especial no Areal

Prédio abandonado na 34 Norte

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ão é de hoje que moradores da região da Rua 34 Norte, próximo à linha do Metrô-DF reclamam do abandono de um prédio no local. Segundo denúncias recebidas pela Folha de Águas Claras, moradores de rua e usuários de drogas usam a edificação inacabada como ponto de consumo e venda de crack, prostituição e moradia. “É uma insegurança total para os moradores. Eu morro de medo de chegar tarde em casa e ser abordada por um desocupado. E nem adianta chamar a polícia que ela não vem”, disse uma moradora que passeava com um cachorrinho e não quis se identificar temendo represálias por parte dos invasores. Uma coluna no jornal de maior

circulação no Distrito Federal trouxe a reclamação, pela terceira vez, estampada em um cantinho de uma página par. Segundo a nota de um parágrafo de oito linhas, o bancário Lailson Vilela diz que além de servir como moradia a mendigos e ponto de venda de drogas dos traficantes, no prédio podem existir focos do mosquito da dengue. Ele conta que entrou em contato com autoridades do governo local várias vezes, mas o problema não foi resolvido. “A resposta sempre é que a obra está embargada. Mas ninguém resolve nada no local”, reclamou ao jornalista do periódico. Em nota, a assessoria da Administração de Águas Claras esclarece que o prédio inacabado

sem janelas, portas ou qualquer tipo de estrutura para dificultar a entrada de pessoas é de uma cooperativa que faliu. Por esse motivo, a Terracap entrou na justiça para retomar a posse do lote. Ainda segundo a nota, o local já passou por algumas operações da Polícia Militar e da Sedest, mas os moradores sempre voltam. A Ascom complementa: “Vigilância ambiental também esteve no terreno fazendo o controle de roedores e do mosquito da dengue”. A Administração afirma ainda que, para reduzir os problemas, enquanto não houver decisão judicial, irá continuar o trabalho de monitoramento do prédio, repassando as demandas aos órgãos competentes.

Abertas inscrições para curso de reciclagem para condutor infrator

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stão abertas as inscrições para 60 vagas do curso de reciclagem para condutor infrator. A capacitação destina-se aos condutores que tiveram o direito de dirigir suspenso ou cassado por ser infrator; que tenham se envolvido

em acidente grave para o qual hajam contribuído independentemente de processo judicial; se condenados judicialmente por delito de trânsito. São oferecidas duas turmas: uma no período noturno e outra, um intensivo aos fins de semana. Para

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aqueles que têm disponibilidade à noite, as aulas acontecerão de 12 a 21 de maio, das 18h30 às 22h. Já quem optar pela segunda opção, o curso acontecerá nos dias 24, 25 e 31 de maio e 1º de junho, de 8h15 as 11h45 e 13h as 16h30. As aulas serão ministradas no Detran de Taguatinga, mas as inscrições do curso só serão realizadas na unidade da 906 Sul. Para isso, o condutor deve ter em mãos um documento de identificação válido, o comprovante de pagamento da taxa do curso e o termo de apreensão da CNH. A taxa para quem precisar fazer o curso é de R$118,18.

A equipe do Juizado Itinerante visita várias regiões do DF para atender a população interessada em ingressar com demandas do Juizado Especial Cível. Na quinta-feira (29), o ônibus do Juizado vai estar no areal, em frente ao CAIC. O atendimento é realizado, sempre, das 14h às 18h. No Juizado Itinerante, o atendimento é rápido, fácil e gratuito. No primeiro contato, o problema é relatado e após um prazo médio de 30 dias o ônibus volta ao local para realizar as sessões de conciliação. Nos casos em que não há acordo, as partes seguem para as audiências com o juiz. No caso de acordo, a cópia da homologação pelo juiz é obtida no

mesmo dia. O Juizado Itinerante, que recebe causas no valor de até 40 salários mínimos, resolve questões como: cobranças, despejos, indenização por inclusão do nome no SPC e na Serasa e outros prejuízos. As causas no valor de até 20 salários mínimos dispensam a presença de advogado. Vale ressaltar que as causas trabalhistas, de família, reclamações contra o Estado (Distrito Federal, autarquias e empresas públicas), assim como ações envolvendo crianças e adolescentes, heranças, falências e causas criminais não podem ser resolvidas pela Justiça Itinerante.

Secretaria de Trabalho oferece 905 vagas Os destaques são 77 vagas para atendente de lanchonete, 85 para auxiliar de cozinha, 87 para auxiliar de limpeza, 52 vagas para servente de limpeza e 85 para garçom. Há, ainda, uma vaga para técnico aeronáutico, com salário de R$ 2 mil, e outra para auxiliar financeiro, com salário de R$ 1,9 mil, as duas para trabalhar em Brasília; e uma de supervisor de atendimento ao cliente, com salário de R$ 1,5 mil para trabalhar

em Águas Claras. Interessados em um dos empregos devem procurar qualquer uma das 17 Agências do Trabalhador. Confira no site da Secretaria de Trabalho a relação completa dos postos de trabalho e os respectivos salários em Águas Claras.


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Meta de construção de 100 mil habitações está em 93% O Distrito Federal atingiu 93% da meta de construção de 100 mil habitações populares. Atualmente, 10 mil unidades já foram entregues e outras 83 mil estão com obras em andamento. Ao mesmo tempo em que os operários tocam os empreendimentos a todo vapor, o GDF convocou mais de 14 mil pessoas, que, se habilitadas, passarão a compor um grupo de 96 mil famílias em conformidade com a política habitacional do DF. Das convocadas, 10 mil famílias são da Relação de Inscrições Individuais (RII) e 4.308 da Relação de Inscrição por Entidade (RIE), com indicação de cooperativas. Com a comprovação dos

dados, elas são habilitadas e ficam mais próximas de receber a sonhada moradia. As famílias chamadas devem comparecer ao Núcleo de Atendimento da Codhab, que fica no Setor Comercial Sul, Quadra 04, Edifício Embaixador, das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, obedecendo ao cronograma estabelecido. Os grupos familiares que tenham pessoas com deficiência deverão comparecer ao Posto de Atendimento Avançado da Codhab, localizado na Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus), no Posto de Atendimento da Estação 114 Sul do Metrô, de segunda a sexta-feira, das 8h às

17h, seguindo os mesmos cronogramas. O não comparecimento para apresentar e comprovar dados no prazo de 45 dias, após o término de comparecimento de cada grupo, implicará desistência voluntária da família convocada, com o cancelamento da habilitação, o que torna o respectivo cadastro inativo.

Saiba mais As unidades habitacionais dessa política de governo estão sendo construídas nas cidades de Samambaia, São Sebastião, Gama, Santa Maria, Sobradinho, Recanto das Emas, Paranoá, Riacho Fundo II, Itapoã e Planaltina, além de Jardins Mangueiral.


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Águas Claras entra no clima da Copa Foto Pedro Ventura

Comércio de produtos alusivos ao Mundial impulsiona venda dos varejistas

O

s moradores e comerciantes de Águas Claras já estão no clima da Copa do Mundo. Há menos de um mês do início do campeonato mundial, os torcedores movimentam o comércio da região em busca de adereços verdes e amarelos. É comum passar por um estabelecimento comercial da cidade e ver a vitrine da loja nas cores do Brasil. Muitos empresários investiram na decoração para atrair os clientes. Estão apostando na data e reforçando o estoque em produtos nas cores verde e amarelo para expandir as vendas. São roupas, calçados, esmaltes, bijuterias, acessórios de cabelo e doméstico, descartáveis, roupa de cama, banho. São opções para todos os gostos e preços diversos. Segundo o gerente de uma tradicional padaria da cidade, José Carlos Campelo a loja será toda decorada além dos clientes terem a opção de levar para casa produtos comestíveis nas cores da seleção canarinha. “A nossa loja será

toda decorada para o Mundial e os clientes terão a oportunidade de escolher sanduíches, esfihas, bolos e doces nas cores verde e amarelo. Aqui no DF serão sete jogos do mundial, sendo um deles da Seleção Brasileira, na fase de classificação. A Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe) prevê uma movimentação de R$ 8,4 bilhões durante o torneio. Para a dona de casa Cristina Garbim a expectativa para o Hexa Campeonato é grande. “Tenho parentes que moram fora e virão assistir aos jogos. Irei receber mais de 10 parentes em casa, mais dois torcedores que me procuraram pela internet e eu aluguei um quarto para eles com diária de R$ 200,00. Já está tudo preparado para a festa da Copa. Até papel higiênico nas cores do Brasil eu já comprei. A confraternização vai ser boa, e espero que a seleção faça bonito dentro de campo”, disse Cristina. O Sindivarejista-DF espera

aumento nas vendas de, no mínimo, 10% no comércio especializado em artigos durante a Copa. De acordo com o órgão, um dos segmentos em destaque, o de televisores, teve um incremento acima de 15%.

Preços de alguns itens mais procurados Bandeira R$ 1,99 a R$ 20 (pequeno) e R$ 10 a R$ 20 (grande) Camiseta R$ 15 a R$ 19,9 (depende do tecido e estampa) Corneta R$ 1,5 a R$ 3,2 (pequeno) e R$ 9,9 a R$ 37 (grande) Peruca R$ 10 a R$ 12 (fios de materiais diversos) Boné R$ 8 a R$ 15 (tecidos e modelos diversos)

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Dengue preocupa em Arniqueira O Setor Habitacional Arniqueira está com um foco importante de dengue, mas pouca gente está registrando os casos na Secretaria de Saúde (SES). Isso pode significar ineficiência no combate ao mosquito, porque o governo trabalha em cima de estatísticas de notificações nas regionais de saúde. A SES possui pessoal específico para o combate à doença. O grupo de trabalho é chamado Geiplan Dengue. Essa equipe é responsável por fazer visitas às diversas regiões do Distrito Federal e organizar um mutirão de combate ao mosquito. “Existe um planejamento para visitas em todo o DF e em breve será realizado um mutirão em Arniqueira”, informou a assessoria de comunicação da SES, por meio de nota. Segundo dados da Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Transmissíveis da Subsecretaria de Vigilância à Saúde do DF, em Águas Claras houve 157 casos de dengue notificados e confirmados em todo o ano de 2013, contra 36 apenas nos primeiros três meses e meio de 2014 – início do período historicamente crítico. Moradores da chácara 18G procuraram a Folha de Águas Claras para comunicar um foco do mosquito na mata ciliar existente na Associação Residencial Recanto dos Pássaros II. O problema esta-

ria ocorrendo desde o mês de abril. “Pelo menos 20 pessoas já contraíram a doença aqui no Condomínio. Nas residências beirando a mata, quase todas têm pelo menos um caso da doença. Aqui em casa, mesmo estando um pouco mais distante do foco principal, a vítima fui eu. Os sintomas da dengue são terríveis: dói o corpo e dá uma febre intensa. Tenho medo que minhas crianças sejam picadas pelo mosquito transmissor”, disse a nutricionista Kelli Fernandes. O presidente da associação de moradores local, Gilvaney Oliveira disse que entrou em contato com o GDF e uma equipe da SES visitou o condomínio. “Recebemos uma visita do responsável pela nossa região. O servidor se comprometeu a enviar o ‘fumasse’ e os agentes para vistoriar as casas”. Até o dia 14 de maio não aconteceu a operação do Geipan no Recanto dos Pássaros e o mandatário afirmou que apenas dois casos da doença foram informados. Nossa equipe visitou apenas quatro casas na região próxima ao foco e teve a informação que em duas houve uma pessoa infectada em casa uma; na outra, mais dois casos e, na última, três casos confirmados da doença tropical. Portanto, só nessas residências foram informados 7 casos da doença, sem nenhuma ação do Estado ou da administração local.


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Rede de águas pluviais em Arniqueira será implantada pelo GDF

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uitos condomínios horizontais de Arniqueira enfrentam problemas com erosões na época das chuvas fortes. Como o período crítico acabou, alguns síndicos estão se organizando para a implantação de redes de águas pluviais durante a seca, por conta dos condôminos. Mas a região está sob intervenção judicial e qualquer obra de grande porte deve ser evitada, sem a autorização dos órgãos competentes. O gerente do Setor Habitacional, Joseli Pedro de Souza disse que a execução das obras neste momento não é positiva ao processo de regularização da área como um todo. “A empresa contratada para a elaboração do projeto de infraestrutura e urbanismo diz que já houve interferências entre as redes de drenagem projetada em 2010 e as existentes hoje, o que pode atrapalhar em um futuro próximo, já que o processo de regularização já tramita nos órgãos competentes e leva em conta os levantamentos feitos à época", orientou. O gerente do Setor explica ainda que,

por causa da geografia local, os índices de vasão de drenagem estabelecidos pela legislação não serão suficientes para a contenção do volume de água. “Será necessária a implantação de dispositivo de captação e reservatórios dentro das unidades imobiliárias, segundo consta no projeto urbanístico. Só assim o Setor Habitacional Arniqueira não terá mais erosões”, disse Zezinho, que colocou à disposição de moradores e seus representantes os mapas para consultas, elaborados pela empresa de engenharia e urbanismo contratada pelo GDF. Segundo o projeto em tramitação, o morador deverá entregar, individualmente, as águas pluviais de seu lote em uma única saída e a Terracap fará o trabalho de captação na rua. “Cada lote dispensará a água da chuva em uma grande rede, a ser implantada pelo governo, que passará nas vias públicas. A parte de captação interna (em cada casa) será obrigatória e o morador deverá arcar com os custos da obra. O GDF será responsável pela captação nas ruas”, finalizou Zezinho.

Funcionários da Caesb em greve Os servidores da Caesb começaram nova greve na segunda-feira (19) por tempo indeterminado. Entre as reivindicações está o reajuste salarial, mas a presidência da Companhia afirma que não tem verbas para atender a categoria e acredita que a paralisação é motivada pela proximidade da Copa do Mundo de Futebol, por isso prometeu entrar na justiça contra o movimento. Entre os prejuízos ao usuário, segundo a direção da Caesb, estão as manutenções, coleta e tratamento de esgoto. Segundo nota divulgada pela Empresa na Sede de Águas Claras, a folha de pessoal alcança 47 por cento da arrecadação da Companhia e, de 2013 até o mês passado, os reajustes aos servidores foram de quase 6 por cento,

"que seria suficiente para cobrir a inflação", diz. Em resposta à radicalização nas negociações, funcionários usaram um caminhão para fechar o acesso à sede da empresa. Eles pedem reajuste salarial de 18% e criticam a gestão da companhia, alegando que há sonegação de dados. O diretor do sindicato, Paulo Bessa afirma que 30% dos 2,5 mil servidores vão permanecer trabalhando. A Caesb, no entanto, alega que algumas seções, como a de tratamento da água, não podem trabalhar com número reduzido de servidores. Esse é um dos temas que a empresa levará à Justiça, exigindo que 100% dos funcionários que atuam nesse setor trabalhem.

Secretaria de Segurança oferece treinamento à imprensa para cobrir manifestações

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal promoverá em 31 de maio a sua II Oficina de Segurança para Profissionais da Imprensa em Áreas de Manifestações Públicas, curso específico para capacitar jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas na cobertura desses eventos. "O nosso objetivo é ajudar a imprensa a fazer o trabalho dela com segurança, até porque a cobertura que fazem é bemvinda e democrática, e queremos auxiliar para que a imprensa tenha toda a tranquilidade para cobrir manifestações", destacou o secretário de Segurança Pública, coronel Paulo Roberto Oliveira. O curso terá uma carga de oito horas

e será ministrado pela Polícia Militar, pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil para uma turma com até 60 profissionais da imprensa. "O que motivou essa oficina foi justamente a preocupação em orientar os jornalistas em como se posicionar durante possíveis manifestações mais violentas", ressaltou o Secretário de Segurança. "Nas incursões, o policial utiliza colete, óculos, escudo, joelheira e capacete. Há toda uma preocupação com a segurança pessoal. O profissional da imprensa se preocupa com a câmera ou seu instrumento de trabalho e nada mais", detalhou Melo, ao lembrar que alguns profissionais se feriram em operações.


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Motorista embriagado mata mãe e filha em Águas Claras Flagrado pelo teste do bafômetro, o responsável pela tragédia acabou preso - ele estava com habilitação suspensa, justamente por dirigir bêbado

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jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira, 33 anos, e a filha, Júlia Trino Oliveira, de um ano e meio, morreram após um carro utilitário bater no veículo em que seguiam com Gabriel Faria de Oliveira, 31, marido e pai das vítimas. O condutor da Saveiro, Rafael Yanovich Sadite, 33, além de dirigir em alta velocidade numa via de 60km/h, estava embriagado, conforme resultado do teste do bafômetro - ele estava com a Carteira Nacional de Habitação (CNH) suspensa por dirigir bêbado em 2010. O acidente aconteceu no Dia das Mães, quando a família havia saído de um encontro com parentes no Park Way, e voltava para casa, na Quadra 21 do Setor Vertical de Águas Claras. O corretor de imóveis Gabriel conduzia um Honda Fit pela DF-079, quando

Rafael Yanovich Sadite, estava com a Carteira Nacional de Habitação (CNH) suspensa por dirigir bêbado em 2010.

O caos na

Avenida A

Avenida Vereda da Cruz pode ser considerada, hoje, a via mais perigosa de Águas Claras. Ela divide o Setor Vertical da cidade do Setor Habitacional Arniqueira e Park Way. Tem aproximadamente cinco quilômetros de extensão, revestida com asfalto de péssima qualidade. É uma rua de mão dupla, estreita, sem calçadas, esburacada, não há abrigos nas paradas de ônibus nem acostamento. O trânsito é infernal porque os motoristas que vão entrar nos diversos condomínios horizontais ao longo da Via ou utilizar os serviços do comércio (Restaurante Fogo do Galpão, Centro Automotivo Quallity, Casa Grande Material de

Construção, Escolas Cinem e Ara ra Azul etc) precisam interrompe o fluxo de automóveis, parando n via para atravessarem a pista d sentido oposto. Isso e a falta d sinalização adequada favorecem ocorrência de acidentes diários, in clusive fatais – como aconteceu n dia das mães, quando a jornalist Alessandra Tibau Trino Oliveira, 3 anos, e a filha, Júlia Trino Oliveira de 1 ano e meio, morreram após co lisão no início da via (leia reporta gem do acidente). Além dos buracos constantes em função da inexistência de red de águas pluviais em 80% do tre cho, não há sequer uma faixa d pedestres nos cinco quilômetro

Gerson Cleizer, apontador, morador da chácara 499 do SHA. “A iluminação pública é ruim, na época da chuva desce tanta água que a avenida parece um rio de lama, falta sinalização de trânsito, calçadas e paradas de ônibus. Vejo batida de carros direto no cruzamento da Avenida Areal com a Vereda da Cruz. Precisa melhorar isso aqui. Pessoas estão perdendo a vida nos acidentes”

Daniel Lima Nogueira, comerciário, morador de Arniqueira. “Faltam paradas de ônibus e a rua está sempre esburacada. Dirigir ali é difícil, porque o movimento é grande e o motorista precisa parar para entrar nos condomínios, por falta de acostamento e sinalização. É necessário ter atenção para se evitar acidentes. É um descaso do GDF.”

Alessandra Tibau Trino Oliveira e a filha, Júlia Trino Oliveira, de um ano e meio, vítimas de um motorista embriagado. passou pelo cruzamento que dá acesso à Avenida Vereda da Cruz, na Quadra 5 do Park Way, próximo ao viaduto da linha do metrô. Ali, o veículo foi atingido pela Saveiro. Com o forte impacto, o Fit capotou e a picape parou a cerca de 80m do acidente. O Corpo de Bombeiros prestou atendimento, mas Alessandra morreu no local. Júlia, então em estado grave, e Gabriel foram encaminhados para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A criança não resistiu aos ferimentos e também faleceu. O pai teve duas costelas quebradas e ferimentos no rosto. Recebeu alta médica e está sob os cuidados de

familiares na casa da mãe. Rafael Sadite teve apenas escoriações leves. Ele recebeu atendimento no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde foi preso em flagrante por agentes da 21º Delegacia de Polícia (Águas Claras) e está preso na Papuda, mas poderá responder ao processo em liberdade caso recolha uma fiança de R$ 30 mil. O criminoso foi indiciado por duplo homicídio doloso e uma tentativa de homicídio dolosa (quando há intenção de matar). Leandro Yanovich Adão, primo de Rafael, estava no banco do carona da Saveiro e quebrou as pernas. Foi levado para o HBDF.


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Vereda da Cruz

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da Avenida Vereda da Cruz. “É um descaso da Administração Regional. Essa região recolhe os impostos cobrados, mas não recebe os benefícios básicos do Estado. Sofremos com o trânsito, com oscilação ou queda da energia elétrica, faltam redes de esgoto e de águas pluviais, existem muitos buracos nas ruas, faltam calçadas – porque as poucas que existem, os moradores pagaram para construir. É um caos. Só não falta bandido em horários de menor circulação de pessoas”, esbravejou a estudante Luana Cristina, que mora em um condomínio horizontal da região desassistida pelo GDF. Se no extremo Leste aconteceu o acidente fatal no Dia das Mães, acabando com uma família de moradores jovens, na outra extremidade (W) os moradores e comerciantes já fizeram até abaixo assinado pedindo mais segurança no trânsito, mas estão sendo ignorados pelo Estado. “Pedimos um quebra molas ou sinal de trânsito para reduzir os riscos no cruzamento da Vereda da Cruz com a Avenida Areal. Trabalho no Depósito de Bebidas “Nova Cristal” e vejo acidentes graves todos os dias. Já virou descaso com a vida humana por parte dos órgãos de trânsito”, reclama o comerciário Esechias de Souza Caldas Neto, que também é morador de Águas Claras (SHA). “Levamos o abaixo assinado na Administração Regional de Águas Claras e o servidor disse que o problema deveria ser resolvido na Gerência de Arniqueira. Fomos lá. Disseram que era na Administração. Voltamos e nada foi resolvido. É um jogo de empurra e

Valdemar Kleinübing, militar da reserva, morador da quadra 207 do Setor Vertical. "É uma Via perigosa, que exige muita atenção e calma do motorista. Não tem sinalização adequada para o limite de velocidade e indicação das curvas perigosas, como esta. Também não há faixas de pedestres e existem poucas calçadas. A Avenida Vereda da Cruz precisa, urgentemente, de mais atenção do Estado" ninguém faz nada”, esbravejou o comerciante José Nalty, morador na Avenida Vereda da Cruz. Outro ponto vulnerável na mesma avenida, onde sempre ocorrem acidentes graves é na curva acentuada, em frente à Igreja Vale da Benção. Como não existe rede de águas pluviais, os moradores e comerciantes lavam as calçadas e a água escorre pela avenida e o local fica escorregadio. E, a poucos metros dessa curva, existe um balão mal projetado, que dá acesso ao posto da Justiça Eleitoral e Estação do Metrô Águas Claras. Ninguém respeita o sinal de PARE, porque não se sabe de quem é a preferência e o resultado não poderia ser outro: colisões diárias. A Folha de Águas Claras perguntou à Administração Regional se existe algum projeto em andamento para a melhoria da via, mas o administrador Denilson Bento da Costa não se manifestou até o fechamento desta edição.

Passeata homenageia mãe e filha

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ma semana após a morte da jornalista Alessandra Tibau Trino de Oliveira e sua filha Júlia Trino de Oliveira em um acidente violento no marco zero da Avenida Vereda da Cruz (cruzamento com a DF 079), provocado por um motorista embriagado que

vinha em alta velocidade, moradores de Águas Claras fizeram uma passeata pela cidade até o local do crime. O retorno foi fechado pelo GDF, mas ao custo de duas vidas mãe e filha, no dia das mães. Com a extinção desse retorno, no sábado (17) e entrada para

Águas Claras e Arniqueira, ainda restam quatro pontos vulneráveis na Avenida Vereda da Cruz a serem corrigidos para poupar outras vidas. O primeiro é no cruzamento da rua do Supermercado Pão de Açúcar; o segundo, cerca de 300 metros acima, no cruzamento com a rua da Estação do Metrô Águas Claras; cerca de 100 metros à frente, existe uma curva acentuada onde diariamente acontecem acidentes graves e, o último ponto que merece atenção urgente das autoridades, é no final da Via, no cruzamento com a Avenida Areal, onde todos os dias também acontecem batidas - informação já prestada pela Folha de Águas Claras na edição passada (Coluna Falando Sério, do jornalista José Roberto Bueno).


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Seu Zé

O médico das panelas

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xistem moradores folclóricos em cada cidade. Quem não se lembra do falecido Shaolim no Núcleo Bandeirante, da Maria Loca da Asa Norte, do João Pinguinha da Ceilândia e tantos outros. Tem também os comerciantes queridos, daqueles de espírito evoluído, simpáticos e inteligentes. No Areal existem alguns iluminados com esse perfil. O vidraceiro atleticano Paulo, a costureira Rosângela e tantos outros. Nesta edição, a Folha de Águas Claras irá homenagear o “seu” Zé. Ele tem um pequeno comércio de conserto de panelas, instalado ao lado do Águas Claras Material de Construção, em frente ao CAIC e próximo ao Posto Policial. A lojinha não tem placa com nome, tinta de cor chamativa ou qualquer outro artifício de venda. Mede 2,5m por 2,5 e os clientes são atendidos por uma janela virada para a calçada. É o típi-

co negócio de sobrevivência do interior ou periferia de grandes centros urbanos. E o proprietário cumpre todos os requisitos listados acima para ser folclórico: é inteligente, simpático e tem espírito evoluído. Por tudo isso, é muito querido na comunidade. Natural de Januária-MG, José Oliveira Santos está no Areal há dez anos. Trabalha como recuperador. “A panela mais difícil de arrumar é a de pressão. As outras não têm segredo”, ensina o humilde trabalhador. O “seu” Zé também arruma panelas comuns e transforma as de pressão em caçarolas ou frigideiras. “Colocar cabo novo é fácil, mas tem serviço complicado. Esta panela de pressão, por exemplo (foto), veio com erro de fabricação. Instalaram o cabo no lugar errado e a tampa não segurava o vapor. Parece simples, mas foi difícil encontrar o problema”, contou o mestre do ofício. A administradora de empresas e mora-

dora de Arniqueira, Keila Diniz disse que o “seu” Zé é muito esperto. “Precisamos de um profissional como este por perto porque o custo benefício neste caso de panelas é importante. As empregadas acabam com elas”, justificou. A panela que Keila levou para o “seu” Zé dar o diagnóstico custou R$ 150 e o conserto do cabo e revisão das válvulas vai ficar em R$ 20. “Vai sair daqui novinha em folha”, argumentou o técnico. Para virar mestre no ofício, “seu” Zé estudou na Escola Profissional Urubatã, em São Caetano do Sul - SP. Lá, conquistou o título de mecânico de motor a diesel. Foi trabalhar como montador de motores na em-

presa MWM durante 9 anos e outros três anos e meio como mecânico numa grande empresa de ônibus em São Paulo. “Minha vista ficou ruim, precisei operá-la em Goiânia e mudar de profissão. Há oito anos estou neste ramo aqui no Areal. Sobrevivo disso, sem luxo, mas sou feliz”, disse José Santos, com brilho nos olhos. O “seu” Zé afirma que o relacionamento dele na comunidade é bom, mas nem precisava dizer. Basta ficar na lojinha para constatar isso. “Dizem que sou médico das panelas e minha loja o Pronto Socorro das caçarolas”, encerrou sorridente a personalidade do bairro.


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empresas

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Empresa de Taguatinga se destaca na prestação de serviços em Águas Claras

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Para o empresário Albertino Júnior, o cliente é o maior patrimônio da Tecnoflex

ma empresa de Taguatinga tem se destacado no mercado de Águas Claras, em função da qualidades dos produtos oferecidos e prestação de serviços, aliados a preços baixos. A TecnoFlex Soluções, com mais de 12 anos de experiência em tecnologia e informática, é especializada na venda de equipamentos e locação de impressoras (Monocromática ou Colorida de grande, médio e pequeno portes). A infraestrutura da loja é completa e organizada para atender com eficiência os mais exigentes clientes. Com laboratório moderno, grande estoque de peças para reposição na manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, além de um quadro técnico altamente qualificado, soluciona todas as demandas em tempo recorde.

“Esse diferencial favorece a confiança dos nossos clientes e parceiros porque vêem um suporte profissional, seguro, moderno e rápido”, afirmou o proprietário da loja Albertino Júnior.

Outro fator que chama a atenção é a preocupação de todos os funcionários com a preservação do meio ambiente. O rejeito de materiais obedece rigorosamente às normais internacionais de descarte consciente. “Precisamos estar atentos porque ninguém tem o direito de agredir a natureza”, ensinou Júnior.

O empresário destaca que para ser uma empresa atuante, é necessário trabalhar com o foco no cliente, exigindo uma prestação de serviço com o máximo de qualidade possível. “Para conquistarmos eficiência e confiabilidade, mantemos as atitudes profissionais baseadas na ética e na consciência de propósitos positivos”, encerra.

SERVIÇO Tecnoflex Soluções QNG 25 lote 8 Taguatinga Norte O laboratório de informática e o laboratório de impressoras são os destaques da empresa na prestação de serviços

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cidade

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Inquietação

adriana caitano

O melhor investimento Para o mercado imobiliário, Águas Claras é a terra dos investimentos. Apartamentos residenciais, lojas, negócios. O que não falta é opção para investir e gente interessada em fazê-lo. O lucro para muitos tem sido garantido. A maioria das grandes empresas do DF já percebeu isso e correu para garantir um pedaço de faturamento em nossa cidade. Fizeram o cálculo e apostaram que empregar seus bens por aqui daria um ótimo retorno. Mas e você? No que está investindo?

monetários? O que tem feito com o seu valioso tempo não-comercial? Ele tem sido gasto com mais preocupações materiais ou com o sorriso e o abraço dos seus filhos? E sua energia e vitalidade? Estão sendo investidas em exercícios físicos ou em vícios degradantes? E suas habilidades e qualidades? Estão aplicadas em um trabalho útil e relevante ou em algo sem propósito? Falemos então de suas palavras: elas estão sendo empregadas para construir ou para destruir?

Mas, enquanto ficamos calculando taxas de juros, alta e queda de ações, variáveis diversas para decidir onde depositar nossa renda, nos esquecemos de que nosso bem mais precioso não é o dinheiro. Em que bolsa de valores estamos depositando nossos recursos não monetários? Vamos do início: o que é investir? Podemos dizer que é depositar ou empregar um bem em algo com expectativa de retorno futuro? Usando essa definição, investimos em imóveis, produtos, negócios, pessoas, projetos ou ideias. Sempre esperando que o que gastamos nos será devolvido em maior conta, de alguma forma. Se invisto em um apartamento, espero ter de troco mais conforto ou a valorização dele para revendê-lo. Se invisto em uma empresa, aguardo ela dar lucro suficiente para compensar meu gasto. Se invisto em um talento, quero que ele me devolva em trabalho útil e rentável. Se invisto em uma ideia, observo ansiosamente ela ser reconhecida e aprovada pelo público a fim de trazer, no mínimo, a glória. Mas, enquanto ficamos calculando taxas de juros, alta e queda de ações, variáveis diversas para decidir onde depositar nossa renda, nos esquecemos de que nosso bem mais precioso não é o dinheiro. Em que bolsa de valores estamos depositando nossos recursos não

O que dizer do seu amor? Está concentrado em alguém que o merece e protege ou em quem o ignora e pisoteia? Tempo, energia, vitalidade, habilidades, qualidades, palavras, amor. Todos esses bens, se calculados em reais, dariam uma conta muito além de doze dígitos. Por isso mesmo que ninguém se atreve a quantificar. Os grandes sábios e homens de sucesso conhecem esse segredo há séculos: é feliz na vida quem investe seus tesouros mais valiosos com o coração. Não adianta racionalizar, querer usar a lógica o tempo todo. Experimente fazer essas aplicações usando seu sentimento como consultor. Ou receber de volta o carinho dos filhos, uma saúde em alta, o prazer de fazer o que ama, a gratidão por palavras de conforto e o amor duplicado não são ações que valem muito o investimento? Adriana Caitano é moradora de Águas Claras, coach de carreira e jornalista.

adriana@folhadeaguasclaras.com.br

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Questionamento do TCDF atrasa UPA da região

Órgão questiona exclusividade na escolha do material da obra e falta de concorrência

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stava tudo pronto para começar a construção da Unidade de Pronto Atendimento para atender as cidades de Águas Claras, Vicente Pires, Guará, Estrutural e SIA. A previsão era de começar as obras em maio e a conclusão em apenas seis meses. Mas uma recomendação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) ao Governo do Distrito Federal pode atrasar a UPA por prazo indeterminado. O órgão foi acionado pelo Ministério Público do DF contra a proposta do governo local de escolher um tipo de material e de projeto desenvolvidos por uma única empresa, sem similares no País, o que caracterizaria a falta de concorrência pública. A justificativa do Governo do Distrito Federal é que esse projeto tem custo menor do que o tradicional, de alvenaria, é muito mais rápido para ser concluído e já segue um padrão implantado em outras regiões brasileiras. “Além disso, o governo local se propõe a utilizar recursos próprios, sem repasse da União”, explica a coordenadora das UPAs no DF, Cristhiane de Aguiar. O custo da obra está previsto em R$ 9 milhões, recurso já reservado no orçamento do GDF.

Local definido A nova UPA não será mais construída entre o Jockey Club e a EPTG como queria o governo, mas numa área nos fundos do Terminal de Cargas e em frente à cidade da Estrutural. De acordo com a coordenadora de Saúde do Guará, Marôa Santiago, o local escolhido na última visita da comissão está sub judice por causa de uma ação impetrada por um chacareiro que pede a posse da área que alega ocupar há mais de 20 anos. “É uma pena, porque iria facilitar o acesso de quem mora no Guará, Vicente Pires e Águas Claras, além de oferecer menos riscos aos pedestres”, diz ela. O GDF já fez as argumentações ao Tribunal de Contas e aguarda a liberação da obra, segundo a coordenadora das UPAS no DF. “Mesmo se o governo quisesse, não há no Brasil quem tenha tecnologia similar”, explica Cristhiane. A nova UPA vai ocupar uma área de 6 mil m². Estão destinados R$ 9 milhões de reais para a construção. A UPA será de porte III e é estimada para uma população de 200 mil a 300 mil pessoas. Sua capacidade diária de atendimento é de 300 até 450 pacientes. Com 20 leitos para observação pré-hospitalar.


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social

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Inclusão

Professor leitão

Reflexões do pensador Nós, pessoas com deficiência, não precisamos, não podemos e nem queremos sobreviver da caridade daqueles que mais nos detestam. Muito pelo contrário: repudiamos com veemência a todos aqueles que admitem essa prática venenosamente desastrosa, que tem um único objetivo de desmoralizar a nossa luta pela autonomização da pessoa com deficiência. Que fique bem claro:

voz, porque investe naquilo em que acredita. A ideologia, por si só não enche barriga de ninguém; mas a dignidade traz credibilidade, que é o tijolo mais qualificado para que se possa construir edifícios sustentáveis. Os seres humanos precisam der humanizados para que seus discursos humanistas se tornem práticas humanas. Que bom que as práticas selvagens instintivas

Quem tem cara, busca vez e voz, porque investe naquilo em que acredita. A ideologia, por si só não enche barriga de ninguém; mas a dignidade traz credibilidade, que é o tijolo mais qualificado para que se possa construir edifícios sustentáveis. caridade não é sinônimo de cuidado. A autonomização das pessoas com deficiência liberta os indivíduos dos porões da dependência para a participação plena e efetiva nas decisões e ações dos papeis sociais em exercício cidadão. Pela secretaria de promoção dos direitos desse segmento, travamos batalhas incansáveis. Os apoios assistivos atitudinais podem, em muito, contribuir para a autonomização das pessoas com deficiência. Mas o que são, quais são e como podem ser os apoios assistivos atitudinais? Vamos definir e construir isso? Quem tem cara, busca vez e

irracionais ainda não precisem de discursos para disfarçar as consequências de suas selvageriasinstintivas irracionais. Afinal, expressam tão somente verdades animais. O poder, para o bem ou para o mal, revelam as tendências humanas iludidas por uma suposta força de ações para além da racionalidade da inalienabilidade dos direitos fundamentais do homem. O poder é a impressão alienada da falta de limites por parte daqueles que entendem o acesso apenas como a forma pela forma. O mérito do conhecimento não passa de um nó cego molhado.

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Acontece

karina bueno

Homenagem aos pioneiros Para comemorar os 11 anos da cidade, foi realizado no sábado (10), o Prêmio Visionários de Águas Claras. O evento organizado pela Administração Regional reuniu mais de 300 pessoas, no Teatro da Caesb. Educadores, empresários, construtores e empreendedores que ajudaram a construir e formar Águas Claras como ela é hoje estavam presentes e se sentiram reconhecidos com a iniciativa da Administração. Todos os homenageados da noite ressaltaram a importância da iniciativa da criação do Prêmio Visionários de Águas Claras.

Da esquerda para direita: João Fortes, Jamil Lessa, Denilson Bento, Loyane Ribeiro, Joyce Santana e Ana Paula Neves.

Homenageados da noite

Apresentação do grupo de dança leitao@folhadeaguasclaras.com.br

karina@folhadeaguasclaras.com.br


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tecnologia

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Aplicativo ajuda a monitorar problemas urbanos E studantes e ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um aplicativo que possibilita a identificação e o mapeamento de irregularidades nas cidades. Chamada de Cidadera, a plataforma permite que qualquer pessoa aponte problemas como buracos nas ruas, entulho e falta de iluminação. O aplicativo foi desenvolvido para funcionar em smartphones com sistemas IOS e Android e ainda de forma on-line por meio do site. A ideia é construir um mapa colaborativo que mostre a localização e as fotos dos problemas encontrados nas cidades. E seja um facilitador na divulgação das reclamações, além de auxiliar no processo das soluções.

Os moradores de Águas Claras são os que mais participam da rede no DF. A foto ao lado reproduz o mapa da cidade no aplicativo e registra as ocorrências de problemas por tema. “Também já estamos com uma presença forte em cidades da região como Ribeirão Preto, Rio Claro e Piracicaba, o que aconteceu muito mais rápido do que esperávamos”, afirmou Carlos Fialho, aluno do curso de Ciências da Computação da USP. Segundo Victor Morandini Stabile, engenheiro físico formado pela UFSCar, “com o Cidadera é possível ter uma visão geral de tudo que está errado na cidade e há quanto tempo as coisas estão sem solução”. “Isso cria uma pressão maior para que a prefeitura trabalhe rápido”, afirmou. Como a plataforma não é ex-

clusivamente direcionada ao Brasil, até o fim do ano os idealizadores pretendem estar presentes em outros países.

SERVIÇO Instale o aplicativo no seu smatphone ou tablet. Fotografe um dos códigos abaixo (de acordo com seu sistema) com um leitor de QR code e confirme.


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