Folha de Águas Claras 165

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folhadeaguasclaras.com.br ANO 6 - EDIÇÃO 165

11 a 17 de abril de 2020

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População desrespeita isolamento Apesar de ser a terceira cidade em número de contaminados pelo coronavírus no Distrito Federal, comunidade de Águas Claras continuam a circular pela cidade. Os moradores, que deveriam estar em quarentena, se juntam a milhares de trabalhadores que não tem essa alternativa. Além das estações do metrô cheias, as calçadas e praças ainda recebem gente circulando com cachorros, indo às compras ou simplesmente passeando. Pesquisa da In Loco mostra que o isolamento caiu em todo o país. Páginas 3 e 4

Carros de som convocando saída da quarente cometem crime Carros de som circulam em Águas Claras com pessoas convocando os moradores a deixarem o isolamento social. A prática tem gerado reações adversas dos brasilienses. De acordo com a Polícia Civil do DF (PCDF), o caso se enquadra em incitação ao crime, que tem pena de detenção, de três a seis meses, ou multa. O delegado Jorge Teixeira explica qued é crime, até mesmo os que incitam a desobediência por meio de mensagens no celular e nas redes sociais (Página 3).

Acordo para proteger empregos O Sindhobar-DF, presidida por Jael Antonio da Silva (foto), a Abrasel e o Sechosc fizeram um acordo que protegerá os empregos nos hotéis, bares e restaurantes neste momento de crise econômica provocada pela Covid-19. O acordo teve o apoio da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal (Página 4).


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Apesar da quarentena, muita gente circula pelas ruas de Águas Claras Passeios com cachorros, idas a supermercados, compras em farmácias ou mesmo para tomar um sol, são muitas as desculpas de quem circula por Águas Claras (e não está trabalhando). Isolamento caiu em todo o país, mesmo com o crescente número de casos de Covid-19 COM ÁGUAS CLARAS MÍDIA E METRÓPOLES

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a sexta-feira, 3 de abril, em um dos parques da cidade, com estruturas para crianças e adultos para praticarem alguma atividade, a aglomeração era clara. Sem os cuidados necessários de higienizaç ão recomendados pelos órgãos de saúde nacionais e internacionais, puderam ser vistos 15 meninos e meninas que brincavam de pega-pega e adultos mantinham contato próximo entre famílias. Naquele dia, em frente à Estação Arniqueiras, a Polícia Militar, juntamente com o DF Legal, antiga Agefis, abordaram vendedores ambulantes que expunham roupas em manequins, acessórios e equipamentos eletrônicos. Pacificamente os itens foram removidos e os comerciantes dispersados. Por perto,

algumas pessoas passeavam com cachorros e utilizavam aparelhos de ginástica ao ar livre. Do outro lado da pista, em uma praça comercial, skatistas praticando manobras e pais levavam os filhos pequenos para correrem no pátio externo. Apesar do risco de contaminação, as justificativas para saírem de casa são fazer corridas e caminhadas para manter as atividades físicas ou passeios com filhos pequenos e animais de estimação para sair um pouco do confinamento; outros vão e vêm do trabalho ou fazem compras de mercado. Em entrevista ao Jornal de Brasília, algumas pessoas relataram sobre suas experiências na quarentena e suas dificuldades nesse período: O casal Igor e Mariana Corrêa, de 34 e 30 anos, respectivamente, declara que o apartamento em que vivem é

“pequeno demais” para realizar alguma atividade física caseira. “Temos que manter a saúde em forma. Estamos fazendo caminhada dia sim, dia não, durante uns 45 minutos”, declara Igor. “Certas coisas nós até conseguimos fazer em casa, mas os serviços do prédio estão todos fechados, não podemos usar a academia”, acrescenta. De acordo com o consultor de negócios, no residencial onde vivem foram estabelecidas regras de convívio nas delimitações, e os dois dizem se cuidar para evitar provável contaminação. “Lá só se pode ter o máximo de três pessoas no elevador. Dentro de casa, mantemos a higiene com as coisas que compramos na rua e com o resto da casa”, afirmou.

PASSEIOS

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Fábio Mota, 44, alegou ter precisado levar Dexter, seu

Golden Retriever, para passear. A dificuldade de manter um cão de grande porte dentro do apartamento é um dos motivos para sair, mas, segundo ele, toma as precauções necessárias de distanciamento entre as pessoas. “No meu prédio a recomendação é que apenas uma pessoa por vez desça no elevador, a não ser que seja da própria família. Tento sair nos horários de pouco movimento e fico onde menos gente passa. Normalmente desço umas 6h30, mas quando vejo o fluxo aumentar, já subo de novo. ” O problema para ele, no entanto, é o que o cão Dexter pode atrair. “Passou um pai e um filho por aqui agora há pouco e fica difícil dizer para não se aproximarem. Quando vi, o garotinho abraçou ele [Dexter]. Mas chegando em casa dou uma limpada nos pelos e concentro esforço nas patas, que lavo com água e sa-

bão”, contou. E, no trajeto que fizeram ao entrar, o procedimento é passar um pano com desinfetante. “É chato, mas é uma rotina que tem que ter”, disse. O idoso Raimundo Oliveira, 71, é deficiente físico e utiliza uma cadeira de rodas elétrica para se locomover. O aposentado precisa manter-se em movimento para “não enferrujar”, segundo ele. “Minhas aulas de fisioterapia tiveram de parar por conta do coronavírus, estou no grupo de risco”, afirmou. Em uma praça em frente ao prédio onde mora, ele desceu para se alongar melhor e aliviar as dores que sente na coluna. O ex-comerciante, embora tenha ressalvas sobre permanecer dentro de casa, entende que é necessário manter o cuidado com a saúde e toma medidas para se proteger. “Me sinto sufocado, mas fico dentro do apartamento por-

ISSN 2357-8823

Circulação

Editor: A lcir Alves de Souza (DRT 767/80) Reportagem: Rafael Souza (DRT 10260/13) Endereço: SM IAPI ch. 27 lotes 8 e 9 71070-300 • Guará • DF Comercial: Antenor Júnior - (61) 984149654 Vanessa Castro - (61) 986191821

A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 34 anos no mercado de comunicação comunitária. A edição impressa semanal da Folha de Águas Claras e distribuída aos sábados gratuitamente no comércio da cidade, em padarias, prédios comercias, agências bancárias e grandes condomínios residenciais. Editada por jornalistas profissionais compromissados com o desenvolvimento da cidade, a Folha de Águas Claras acredita no protagonismo do jornalismo comunitário.

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Banda dos Bombeiros contra o coronavírus

O que não há outra alternativa. Sempre estou usando uma máscara, é realmente necessário. Obedeço às recomendações passadas pela Saúde”, declara. Sobre a angústia de ficar em quarentena, Raimundo é otimista: “É uma maré que vai passar cedo ou tarde. Temos que colaborar com o Ministério da saúde. Uma hora passa. ”

PESQUISA

O que acontece em Àguas Claras foi constatado em pesquisa da empresa de software In Loco. O mecanismo usa programa de georreferência para fazer a estatística. O Distrito Federal, que liderava o ranking das regiões nas quais as pessoas mais respeitam o isolamento social, foi para o segundo lugar nessa quinta-feira (09/04). Agora, está atrás de Goiás (54,17%). De acordo com o levantamento, 53,1% da população na capital do país ficou em casa em 9 de abril, seguindo a quarentena para evitar o contágio do novo coronavírus. No dia 7, quando a capital liderava o ranking, a porcentagem era de 56,47%. Ceará ocupa o terceiro lugar, com 52,8%. Segundo os especialistas, a taxa ideal é 70%. A empresa criou o Índice de Isolamento Social no início de fevereiro. E a capital do país já esteve melhor, o que aponta um afrouxamento na quarentena. Em medição feita no dia 22 de março, o índice encostou nos 70%. E mesmo no último domingo (05/04), o número ultrapassou os 60% da população que ficou dentro das residências no DF. A mesma empresa, porém, confirmou que, entre a última semana de março e os primeiros dias de abril, a diminuição no isolamento da população foi o padrão para todas as capitais brasileiras. Mesmo em casos onde a variação foi pequena, houve algum aumento na circulação de pessoas. Os dados têm sido analisados por pesquisadores brasileiros para determinar a relação do movimento nas ruas com o grau de contágio pelo novo coronavírus. A equipe de cientistas – com representantes do Ministério da Saúde, da Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) – confirmou que o aumento da reclusão no fim de março evitou infecções e internações.

Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), por meio de sua banda de música, deu início nesta sexta-feira (3) ao projeto “Música até Você”. O objetivo é melhorar as condições de trabalho dos Bombeiros neste período de isolamento social e de combate à pandemia de coronavírus. Diante do significativo aumento da carga de estresse a que os bombeiros estão expostos, em razão da crise, duetos musicais serão apresentados pela banda. Os músicos visitarão, sempre acompanhados da equipe da Rádio Bombeiros, todas as Unidades Operacionais do CBMDF. Com a música, a ideia é a distração e a melhora do

moral da tropa. O projeto teve início no 25º Grupamento de Bombeiro Militar (Águas Claras) e seguirá para os demais quartéis. O Comando do CBMDF

reitera seu compromisso de proteger sua tropa em todos os níveis. E, assim, com um efetivo motivado e seguro, manter serviços de excelência à comunidade.

Convocar população para deixar isolamento é crime, alerta polícia

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arros de som circulam em Águas Claras com pessoas convocando os moradores a deixarem o isolamento social. A prática tem gerado reações adversas dos brasilienses. Além dos protestos contrários da população, a conduta pode resultar em autuações da polícia e multa. De acordo com a Polícia Civil do DF (PCDF), o caso se enquadra em incitação ao crime, que tem pena de detenção, de três a seis meses, ou multa. O delegado Jorge Teixeira explica que pratica o crime até mesmo os que incitam por meio de mensagens no celular e nas redes sociais. “Existe um crime previsto do Código Penal com pena de até um ano de prisão para quem desrespeitar a quarentena preventiva. Nessa mesma linha, existe outro que é de incitação ao crime e prevê uma pena de até seis meses de prisão a quem incitar por qualquer motivo a população a descumprir o isolamento e sair às ruas”, contou. Manifestantes fizeram um ato neste sábado a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e da abertura do comércio em meio à pandemia do coronavírus. Em um trio elétrico, o grupo circulou por Águas Claras discursou contra as medidas de isolamento social tomadas

na capital do país e em estados. “Nós queremos trabalhar”, disse um dos homens no microfone. “A população do DF nasceu para o trabalho. Sempre foi assim”, afirmou outro. “Vamos lutar contra essas pessoas que não querem trabalhar, querem ficar em casa”, acrescentou. O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou o fechamento do comércio, com exceções, até 3 de maio para evitar a proliferação do cornavírus no DF. O governo também estendeu o fechamento dos estabelecimentos educacionais (escolas e faculdades) até o dia 31 de maio.


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Acordo protegerá empregos em bares e restaurantes Time Out Band grava música pelo celular, cada um na sua casa

“Esse acordo fechado hoje vai segurar muitos empregos aqui em Brasília. Quando começou essa situação, o setor demitiu vários profissionais. No que saíram as MPs, já deu uma amenizada. Agora esperamos que praticamente cessem as demissões”, ressalta o presidente do SindhobarDF, Jael Antonio da Silva. “Esse acordo fechado hoje vai segurar muitos empregos aqui em Brasília. Quando começou essa situação, o setor demitiu vários profissionais. No que saíram as MPs, já deu uma amenizada. Agora esperamos que praticamente cessem as demissões”, ressalta o presidente do Sindhobar-DF, Jael Antonio da Silva

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Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF) e o Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares do Distrito Federal (Sechosc) referendaram, nesta terça-feira (7 de abril), aditivo à convenção coletiva do setor, que protegerá os empregos na capital do País neste momento de crise econômica provocada pela Covid-19. O acordo teve o apoio da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal (Jucis.DF), que participou de reunião com os representantes de cada entidade. O aditivo assinado teve como base as Medidas Provisórias (MPs) 927, que trata das ações que poderão ser adotadas pelos empregadores para a preservação do emprego e da renda, e a 936, que institui o

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. “Participamos tanto da articulação junto ao governo federal pelas MPs como das tratativas com os sindicatos locais. Graças a essas ações, conseguiremos reduzir de 50% para 10% as demissões previstas para este mês de abril”, afirma o presidente da Abrasel, Beto Pinheiro. Segundo o aditivo, os empresários poderão acertar diretamente com os funcionários, por meio eletrônico, se serão concedidas férias, redução de salário ou suspensão de contrato sem qualquer multa para o empregador. Em contrapartida, pelo mesmo período em que o funcionário aceitar o acordo, não poderá ser demitido. Se aceitar reduzir o salário por dois meses, o empregado não pode ser desligado nos dois meses seguintes por exemplo.

O estúdio Formiguero coordenou a gravação da nova música da Time Out Band, composta por jovens autistas, usando apps, paciência e paixão

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om o estúdio fechado, o produtor musical Bruno Formiga precisou reinventar suas técnicas para conseguir gravar músicas de artistas de Brasília durante a quarentena imposta pela pandemia de Covid-19. Um dos projetos em qual atua com mais afinco é a Time Out Band, uma banda formada por jovens neurodiversos, ou autistas. O terapeuta e idealizador da banda, Paolo Rietveld, sugeriu a gravação de uma música com jovens, mesmo à distância. A música escolhida, Love in The Heart, estava composta e precisaria ser gravada e mixada. A mensagem de amor e tolerância, propícia para tempos de isolamento, era uma forma da banda expressar sua preocupação com o mundo. Sem quebrar a quarentena, os músicos Ivan M. Sapha, João Henrique F. Lopes, Matheus Winkler e João Gabriel Mello gravaram cada um de sua casa, trocando impressões musicais e informações pelo celular. Assim, Bruno Formiga conseguiu colocar tudo junto e surgiu Love in the Heart, disponível no YouTube.

O PROCESSO

Bruno Formiga desenvolveu uma técnica, muito legal para produção de música durante a pandemia, em que os músicos podem gravar música e continuar lançando nas plataformas digitais. Mantendo a restrições de isolamento social, onde cada músico está em sua casa, pode-se usar um app para captar cada canal individualmente. Após todos gravarem, os arquivos são enviados ao produtor ou engenheiro de mixagem, para que possa refinar os detalhes de cada música ou mesmo criar de maneira criativa cada processo artístico da música. A masterização é feita usando o equipamento convencional, só aí a música está pronta para ser lançada.

OUÇA LOVE IN THE HEART DA TIME OUT BAND


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Adauto Lúcio encontrou a Terra Prometida O empresário, dono do Melhor Atacadista, conta que o que mais gosta em Brasília é a estrutura que a cidade oferece nas áreas de saúde, educação e segurança. “É a melhor do país”, diz

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omo todo rapaz, eu tinha sonhos e, de minha cidade natal, Unaí-MG, vislumbrava um horizonte de oportunidades em Brasília. Aprendi, na escola, que a capital do país foi construída de forma rápida e desafiadora. Sonhava em conhecer a Esplanada dos Ministérios e todas as obras de Oscar Niemeyer. É, até hoje, meu local preferido pela sua grandiosidade monumental. A partir dos 20 anos minha vontade de vir a Brasília aumentava. Com 27 anos, tomei a decisão que transformaria minha vida. Com muita fé, me mudei para Brasília e comecei a trabalhar de forma incessante. Se aqui era a terra das oportunidades, sim, eu iria aproveitar todas. Montei uma loja de doces, pequena, modesta. Vi que tinha veia de empreendedor. Nos 24 anos aqui vividos, a novela da vida real aconteceu para mim e minha família. Com meu jeito interiorano, cativei e abri espaços. Consegui construir uma forma de trabalho em que ou-

"Meus melhores momentos dos 24 anos que vivo aqui foram os degraus que percebi que estava subindo ano a ano. A Capital da Esperança se mostrou um celeiro para que meus sonhos de menino do interior fossem realizados" tras pessoas também seriam beneficiadas, com a geração de emprego a centenas de pessoas, por meio de empresas atacadistas, juntamente com meus sócios que se empenharam na concretização dos nossos negócios. Quando passeio de lancha no Lago Paranoá, com minha família, sempre penso como JK foi visionário e desbravador. Nos concedeu a oportunidade de sermos indepen-

dente financeiramente, com muita luta. Amo Brasília por todas as oportunidades que ela nos oferece, considero Brasília um eldorado, onde quem trabalha com honestidade, vontade e inteligência tem grande chance de sucesso. O que mais gosto de Brasília é a estrutura que ela oferece nas questões de saúde, educação e segurança, que embora não seja a ideal, é a melhor do

país. Meus melhores momentos dos 24 anos que vivo aqui foram os degraus que percebi que estava subindo ano a ano. A Capital da Esperança se mostrou um celeiro para que meus sonhos de menino do interior fossem realizados. Mais que 60 anos, Brasília mostra sua juventude na grandiosidade de suas obras imortais. Do centro do país

para o mundo. Ainda temos muito o que aprender, mas com Garra faremos sempre o Melhor, fazendo um trocadilho com os nomes de nossas empresas. ” Adauto Lúcio de Mesquita, morador de Águas Claras, 51 anos.

•Depoimento concedido ao jornalista Freddy Charlson, da Agência Brasília.


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HOLOFOTE POR VANESSA CASTRO

Psiquiatra dá dicas de como manter a saúde mental na quarentena

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momento pede que todos fiquem em casa, visto que o isolamento social tem sido a principal arma contra a proliferação coronavírus. Porém, o período de quarentena não é nada confortável. Afinal, a sociedade precisa lidar com o distanciamento de entes queridos, nova rotina de trabalho, novos hábitos de ensino e aprendizagem e, também, hábitos de consumo. São muitas as mudanças e adaptações neste momento. Para ajudar a atravessá-lo da melhor maneira, a médica psiquiatra Lilliane Leal (RQE 15970) dá 10 dicas de como atravessar, da melhor maneira, essa fase desafiadora. 1. Concentre-se no que você pode controlar. Aceite as emoções negativas, é normal senti-las. Tente racionalizar: o que posso fazer e o que não posso fazer.

2. A mente precisa de rotina, que essa seja leve e flexível. Não se deixe perder no tempo. 3. Cuide da sua alimentação, evitando alimentos estimulantes como cafeína, açúcar, carboidratos muitos refinados. Priorize alimentos saudáveis e menos processados. 4. Exercício físico é fundamental. Há diversas aulas gratuitas na internet para mexer o corpo em casa, promovendo alívio da tensão e reduzindo a ansiedade.

5. Conecte-se com a sua espiritualidade. Qualquer que seja sua religião, diversos estudos e pesquisas apontam que é um fator pro-

tetivo para adoecimentos físicos e mentais,

6. Meditação conecta o corpo e a mente, ajuda a sentir e deixar ir as emoções conturbadas. Há aplicativos gratuitos disponíveis para conhecer a prática oriental, além de meditações guiadas na internet.

7. Desenvolvimento pessoal e profissional. Aproveite este período para fazer minicursos on-line, ler livros, assistir a palestras e a filmes que agreguem mensagem construtiva. Adquirir mais conhecimento também é importante e benéfico.

8. Organize e limpe o ambiente físico. Essa é uma ótima oportunidade para fazer uma faxina caprichada, desapegar de itens sem uso, organizar documentos, gavetas. Acredite, organização diminui a ansiedade, 9. Comunicação e relacionamentos. Converse com quem você ama, comunique-se de forma amorosa, fale através das chamadas de vídeo. É muito importante diminuir a distância agora, 10. Ame-se e perdoe-se. Sempre que não conseguir realizar algo não se autocritique, não se sabote. Reinicie quantas vezes for preciso. Mas, se você está em imenso sofrimento e mesmo fazendo todas as medidas não consegue sair de uma crise, procure ajuda de um profissional em saúde mental. Enquanto houver vida e esperança, vale a pena viver.

Acessórios e joias para embelezar todos os momentos Desde 2009, a empreendedora Andressa Melo é a responsável pela marca de semijoias Penélope Joias Contemporâneas. Com peças selecionadas para mulheres de bom gosto, conta, ainda, com tiaras de pedraria, relógios, porta joia, porta relógio. E, em breve, também bolsas. Com atendimento personalizado, seja em casa ou no trabalho, também é possível encontrar os itens para compra em salões de beleza, eventos diversos e feiras. A empresa ainda envia para todo o Brasil, via postal. Com a pandemia, a empresa está atendendo online e com entrega programada dos itens. Para acompanhar as novidades, no Instagram @penelopeacharmosasemijoias e maiores informações (61) 99621-2699


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HOLOFOTE POR VANESSA CASTRO

Aproveite a quarentena para estudar de graça on-line Cursos a distância são uma boa opção para estudantes e trabalhadores se manterem atualizados, adquirirem novas habilidades e ainda usarem o tempo livre durante o isolamento social

FUNDAÇÃO BRADESCO

Dezenas de cursos on-line em diferentes áreas do conhecimento estão disponíveis, há opções em administração, contabilidade, desenvolvimento pessoal e profissional, informática, educação básica e pedagogia. Acesse: www.ev.org.br/ cursos

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O Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai) oferece 12 cursos gratuitos com certificação. As temáticas são: consumo consciente de energia, desenho arquitetônico, educação ambiental, empreendedorismo, finanças pessoais, fundamentos de logística, logística de programação, propriedade intelectual, segurança do trabalho, metro-

Drive thru solidário

logia, noções básicas de mecânica automotiva e tecnologia da informação e comunicação. Acesse: www.eadsenai.com.br/ virtual/ms

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Cerca de 30 jovens da Igreja Adventista de Águas Claras estão promovendo uma ação de arrecadação de alimentos, roupas, cobertores, itens de higiene pessoal. As doações são destinadas a famílias e pessoas que precisam desse auxílio, ainda mais necessário devido ao coronavírus. Para ajudar, basta comparecer à Avenida Sibipiruna, lote 24, em frente à CAESB nos se-

guintes dias e horários: Segunda a sexta das 19h às 20; sábado das 16h30 às 18h e domingo das 18h às 20h. Os itens são recolhidos pela equipe no local. Quem quiser ajudar, mas não puder entregar, basta entrar em contato para que as doações sejam recolhidas em casa. Outras informações com o Jonattan no telefone (61) 98241-2444


DENGUE Elimine os focos antes que o mosquito da morte elimine você.

Ele ficou conhecido como o mosquito da dengue. Só que, de uns anos para cá, ele também passou a ser o mosquito da zika, da chikungunya e da febre amarela. Um inseto mortal, capaz de infectar até 300 pessoas durante o seu curto ciclo de vida. O mosquito da dengue se transformou no mosquito da morte. É preciso eliminar os focos para que ele não elimine você. VEJA O QUE O GDF ESTÁ FAZENDO:

VEJA O QUE VOCÊ PRECISA FAZER:

O GDF está indo de casa em casa instalando armadilhas e checando os possíveis focos do mosquito;

Não juntar lixo. Com as chuvas, ele se torna o principal criadouro do mosquito;

O GDF recebeu 40 veículos do Ministério da Saúde e aumentou a frota de fumacês;

Impedir que a água fique acumulada em qualquer tipo de recipiente capaz de abrigá-la, tais como: garrafas, tampas, vasos, pneus, baldes, calhas etc.;

O GDF está limpando terrenos e recolhendo entulhos; O GDF capacitou 320 servidores para reforçar as equipes de combate à dengue; O GDF comprou produtos e insumos para combater o mosquito.

/govdf

gov_df

99532-1873

df.gov.br

Manter as lixeiras e caixas-d’água tampadas; Denunciar pelo 160 a existência de casas e terrenos abandonados que possam servir de criadouro para o mosquito.


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