folhadeaguasclaras.com.br ANO 3 - EDIÇÃO 95
18 a 24 de novembro de 2017
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Dinheiro atrasado Deputado Raimundo Ribeiro destina R$ 150 mil para reforma da Biblioteca Pública de Águas Claras. Mas, como o dinheiro só chegou no penúltimo mês do ano, não há prazo para se cumprir as formalidades de um processo licitatório. Assim a verba não poderá ser utilizada. Página 5
Risco em Arniqueira
Alunos enganados Pais e alunos do Colério Araberi estão desesperados. A escola fechou repentinamente e deixou todos desamparados. Pais descobriram ainda que a escola nunca teve registro no Ministério da Educação, ou seja, os anos cursados pelos alunos não tem validade (Página 7).
Governo mapeia áreas que correm risco de desabamento ou inundação, principalmente com as fortes chuvas típica deste período. Em Águas Claras, residências em Arniqueira apresentam grande risco a seus moradores, segundo o levantamento (Página 3).
O comunicador multiplataforma Página 9
Eldo Gomes
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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS
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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS ISSN 2357-8823
Circulação
Editor: Rafael Souza (DRT 10260/13)
A Folha de Águas é um produto da Editora Jornal do Guará, há 34 anos no mercado de comunicação comunitária. A edição impressa semanal da Folha de Águas Claras e distribuída aos sábados gratuitamente no comércio da cidade, em padarias, prédios comercias, agências bancárias e grandes condomínios residenciais. Editada por jornalistas profissionais compromissados com o desenvolvimento da cidade, a Folha de Águas Claras acredita no protagonismo do jornalismo comunitário.
Reportagem: A lcir Alves de Souza (DRT 767/80) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114 71065-315 • Guará • DF Diretor Comercial: Antenor Júnior - (61) 984149654
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Governo mapeia casas em áreas de risco
Em todo o DF são 4.733 casas com risco de desabamento ou inudação, em Àguas Claras os casos se concentram na região de Arniqueira
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Distrito Federal tem 36 áreas de risco, distribuídas por 18 regiões administrativas. Em Águas Claras, todas as áreas de risco se concentram em Arniqueira. A probabilidade de desastres aumenta na época de chuvas. Desde 2015, o Governo do Distrito Federal trabalha para diminuir os danos a curto, médio e longo prazos. O Distrito Federal tem 36 áreas de risco, distribuídas por 18 regiões administrativas. Em Águas Claras, todas as áreas de risco se concentram em Arniqueira. Deslizamentos, enchentes e enxurradas, entre outros problemas causados pela água, têm danos reduzidos em áreas com infraestrutura adequada. Para um local ser considerado de risco, é calculada uma proporção entre ameaça e vulnerabilidade.
A própria chuva é uma ameaça, assim como o descarte de lixo na rua e as ocupações irregulares. Falta de saneamento básico, precariedade (ou até ausência) de sistema de drenagem e ruas não pavimentadas são sinais de vulnerabilidade. Combinadas, elas formam as áreas de risco. Desenvolvido pela Defesa Civil em 2015, o mapeamento das áreas de risco estabelece metas para o quadriênio 2016-2019. A cada ano, 25% do mapa deve ser atualizado. Ao fim de 2019, todo o DF deve estar completo. Na capital do País, há 4.733 residências em áreas de risco. A Defesa Civil calcula uma média de quatro pessoas por unidade habitacional, o que resulta em aproximadamente 19 mil moradores (ou cerca de 0,6% do DF).
“Os riscos incluem desabamento, incêndio, eletrocussão, entre outros, e avisamos aos moradores de todos eles. Não dá para ir contra a natureza, mas é possível a convivência com os problemas. As áreas de risco têm diminuído em função de ações estruturais de governo”, disse Bezerra.
Desocupaão difícil
Desde 2015, a Agefis já recuperou mais de 21,6 milhões de metros quadrados (m²) de área pública. Isso possibilitou as obras no Sol Nascente e em Vicente Pires, por exemplo. De 2016 para 2017, houve redução no número de residências em áreas de risco nessas regiões. O trabalho da Agefis segue a Matriz Multicriterial de Impacto Territorial (Marit), que avalia danos ambientais, urbanísticos e fundiários,
além da vulnerabilidade social. Essa matriz define os alvos de demolições da Agefis. Segundo a diretora-presidente da autarquia, Bruna Pinheiro, a agência só fez uma grande ação em área de risco. “A Defesa Civil nos notifica quando o risco é iminente. Retiramos a estrutura quando a casa está para cair. Foi assim na retirada de 120 famílias no Sol Nascente próximo a uma erosão [no Trecho 2]”, citou. Além de as ações ocorrerem apenas na iminência de um desastre, outros entraves dificultam o trabalho. Liminares concedidas pela Justiça podem atrasar por mais de ano uma derrubada. Também complica uma retirada a necessidade de reassentamento das pessoas desalojadas/desabrigadas. Sobre o pedido do Ministério Público de desocupa-
ção e demolição de prédios em Vicente Pires, Bruna Pinheiro disse ser preciso a contratação de uma empresa terceirizada. “A demolição de um prédio não é simples. É um risco grande para o trabalhador e para as casas em volta, já que em Vicente Pires foram construídos de forma irregular. Estamos em processo de contratação de uma empresa terceirizada, falta definir se com recursos públicos ou dos próprios infratores”, destacou Bruna. Não há necessidade de a Agefis agir, porém, em todos os casos de risco. Quem retira as pessoas com risco de morte é a própria Defesa Civil. Em todo o DF, de 2016 para 2017 a quantidade de casas em áreas de risco caiu de 4.762 para 4.733.
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Dinheiro tarde demais
Deputado destina dinheiro para reforma da Biblioteca Pública de Águas Claras no fim de 2017, mas são necessários ao menos 90 dias para que qualquer obra seja licitada pelo governo
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deputado distrital Raimundo Ribeiro anunciou a destinação de R$ 150 mil ao orçamento da Administração Regional de Águas Claras, através de emenda parlamentar sua para o orçamento de 2017. A liberação da emenda aconteceu no dia 8 de novembro agora, pouco menos de dois meses para o fim do ano. As emendas parlamentares são prerrogativas dos deputados distritais e são indicadas anualmente, mas, podem ser remanejadas de acordo com a vontade dos parlamentares. O deputado pediu o remanejamento da emenda apenas no dia 11 de setembro deste ano, segundo sua assessoria, a pedido de moradores da cidade. As leis passam por trâmites regulares até a sanção e execução, e é natural que demorem algumas semanas até que sejam publicadas.
Prazo apertado
As obras públicas devem ser sempre licitadas. É assim que se escolhe a empresa que executará a benfeitoria. Há várias modalidades de licitação, mas, mesmo a mais simples delas demanda ao menos 60 dias entre a publicação do edital e o resul-
tado. Prazo para as empresas conhecerem a demanda e formularem as propostas. Há ainda a necessidade de estabelecer um prazo para recurso, caso alguma empresa queira questionar o resultado da licitação. E, o dinheiro só pode ser empenhado, ou seja, utilizado de fato, quando o resultado da licitação é conhecido. Não é possível utilizar o orçamento de 2017 em 2018. Os valores não passam de um ano para o outro. Portanto, mesmo que o edital da licitação fosse publicado no mesmo dia em que o dinheiro chegou, seria impossível utilizá-lo.
Agravante
Outro problema grave é que a biblioteca de Águas Claras está instalada em um antigo estande de vendas de imóveis da cidade. Cedido pela construtora quando acabou de utilizá-lo. O terreno está destinado a uma praça e não a um prédio público. A construção de cerca de 100 m2 será substituída por outra de 147 m2 no Parque Central, segundo projeto em elaboração pelo escritório Sidônio Porto, vencedor do concurso promovido pela Terracap A nova biblioteca, segundo a Administração Regional deve contar com
O deputado distrital Raimundo Ribeiro destinou R$ 150 mil reais para a biblioteca no orçamento de 2017 e divulgou o feito nas redes sociais. A verba não poderá ser utilizada no próximo ano
instalações adequadas e ficar em uma área mais central na cidade. O agravante é que por não ser um prédio público, já que a incorporação do estande, feita entre 2012 e 2013 nunca foi formalizada, a biblioteca não pode receber uma obra pública. “Seria temerário gastar R$ 150 mil em uma obra que pode ser de-
molida a qualquer momento por não contar no projeto urbanístico da cidade e não contar com as exigências arquitetônicas para abrigar uma biblioteca”, explica o administrador regional Manoel Valdeci. O próprio gabinete do deputado Raimundo Ribeiro foi avisado através de ofício da Administração Regional no dia 20 de outubro
deste ano.
2018
O deputado Raimundo Ribeiro não incluiu a Biblioteca de Águas Claras entre as emendas parlamentares ao orçamento que indicou para 2018, mas indicou R$ 1 milhão para a construção de calçadas na cidade no próximo ano.
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Falando em Política
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ALÍRIO NETO “Vou ser o primeiro governador do DF morador de cidade satélite”
Ex-deputado distrital mostra convicção e confiança na candidatura. E decepção com Filippelli
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uando lançou sua pré-candidatura a governador no início do ano, o ex-deputado distrital e suplente de deputado federal Alírio Neto não foi levado muito a sério. No meio político, o comentário era que a candidatura seria para “cacifar” a vaga de vice na chapa de outro, ou a disputa por uma das duas vagas ao Senado. Uma espécie de “valorização do passe”. Seria, para esses céticos, “muita areia para o caminhão” de alguém que mora fora do Plano Piloto (incluindo os lagos Sul e Norte). Afinal, mostra a tradição, ninguém conseguiu esse feito na história do Distrito Federal. Seria apenas questão de tempo para ele mudar de pretensão, apostavam outros. Quem pensou assim, parece que errou. Alírio, morador do Guará, portanto, fora do meio ambiente que supostamente dita as regras das candidaturas majoritárias no DF, pode até não ser candidato a governador, mas apenas por dois motivos, segundo ele próprio. “Só não enfrento o Arruda, porque aí seria perda de tempo minha e de qualquer outro. Ou, se o acordo entre os cindo pré-candidatos de centro-direita (além dele, Frejat, Fraga, Izalci e Fillppelli) para a escolha do mais viável for mantida”, explica. De resto, a pré-candidatura ao governo está confirmadíssima. “Sou o
único pré-candidato a governador que tem autorização expressa da executiva nacional do seu partido. Os outros, estão apenas especulando ou tem a promessa de seus partidos”, completa. A segunda condição começou a ruir na semana passada, com a filiação do ex-presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, ao PMDB, com claras pretensões de ser o candidato do partido ao governo. “A partir do momento que Filippelli rói a corda, o acordo está quebrado. Ou o que foi combinado é mantido, ou tô fora”, antecipa, num recado direto ao ex-vice-governador, que viu sua candidatura inviabilizada após as denúncias e a prisão dele e do ex-governador Agnelo Querioz por conta da operação que investiga supostas irregularidades na construção do estádio Mané Garrincha. A resposta ao que considera ato desleal de Filippelli veio com o convite à ex-primeira dama do DF, Flávia Arruda, para ser sua candidata a vice, caso a candidatura do próprio Arruda não seja realmente possível. “Mesmo com o episódio da Caixa de Pandora, Arruda continua sendo o maior puxador de votos do Distrito Federal, com a falta de condições do ex-governador Joaquim Roriz de ir para as ruas pedir votos, pelo legado que deixou mesmo não comple-
tando o seu governo”, garante.
Experiência administrativa
O provável apoio de Arruda e seu grupo seria um dos maiores trunfos que Alírio conta. Mas não é o único. “Tenho experiência administrativa e de boa gestão. Deixei a Administração do Guará com 84% de aprovação dos moradores, fui secretário de Justiça e Cidadania e deixei o Na Hora com 98% de aprovação de mais de dois milhões usuários por ano, sem contar projetos reconhecidos nacionalmente, como o Pró-Vitíma, Casamento Coletivo, Diga Não às Drogas, projetos que lancei e foram copiados por outras unidades”, enumera. Conta aí também com o cacife de 79 mil votos a deputado federal em 2014 e o tempo de TV que o PTB dispõe por ser um dos partidos considerados de médio para grande pelo tamanho da bancado que tem no Congresso. “O DF tá precisando de alguém que tenha decisão, que não esconda a verdade, como sempre fiz e como é meu perfil. E não quero ser um governador meia boca, quero resolver os principais problemas do Distrito Federal, totalmente o oposto do que é hoje o Governo Rollemberg”. Mas, e se o acordo for mantido e o nome escolhido for outro? “Minha palavra está
Alírio Neto é pré-candidato ao governo do DF
garantida, sou de grupo. Aí vou ajudar a eleger um governador que resolva os problemas do DF. Só não quero mais ser deputado distrital e nem federal. Somente me interessa o governo, porque acho que tenho condições de resolver os problemas da terra que considero como a minha natal, porque vivo aqui desde criança. É minha única motivação”, garante. Um dos mais ferrenhos críticos da gestão Rodrigo
Rollemberg, Alírio pode aumentar essa munição sob o respaldo de um partido mais forte ou de uma frente mais forte ainda. “Não estou fazendo oposição por oposição ao Rollemberg, porque não sou daqueles que torce para o outro lado dar errado para se valorizar. É porque o atual governo é muito ruim e precisamos de alguém para salvá-la. Espero que seja eu”, aposta o ex-administrador regional do Guará.
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Colégio Araberi fecha inesperadamente A direção sumiu sem dar satisfação para os pais e para os funcionários
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POR STEPHÂNIA WALKER DOURADO
aixão por crianças: Toda a nossa equipe possui irremediáveis doses de afeto, além do cuidado com o bem-estar e com o desenvolvimento de cada criança. Qualidade na educação: A metodologia de ensino utiliza os mais modernos conceitos pedagógicos com o apoio de uma grande equipe com os mais renomados especialistas em educação”, diz a publicidade que o extinto Colégio Araberi faz em um guia de empresas e lugares de Águas Claras. Só esqueceram de mencionar que o Colégio era clandestino, ou seja, não estava autorizado a funcionar como escola.
Irregular
Para o Ministério da Educação os alunos matriculados no Araberi sequer existem e correm o risco de perder o ano letivo, pois sem histórico assinado pela Secretaria de Educação as crianças não tem como comprovar a assiduidade às aulas ou o projeto pedagógico das disciplinas proposto pela escola para cada série. O escândalo que chocou Águas Claras e todo DF parece estória que ouvíamos dos nossos avós ou acontecimentos do século passado. É difícil acreditar que em pleno século XXI uma escola particular do maternal ao quinto ano, com cerca de 70 crianças matriculadas na capital federal do país estivesse funcionando sem registros dos principais órgãos
Luciana Santana não tem a documentação para tranferir a filha de escola
responsáveis. E este não é um caso isolado - no DF outras 24 instituições estão na mesma situação de clandestinidade. O colégio Araberi na QS 3 no Areal funcionava há mais de 30 anos – segundo a página da instituição em uma rede social. Centenas de alunos passaram por lá, mas somente em outubro deste ano a verdade veio à tona. No dia 3 de outubro, os alunos chegaram como de costume para assistir às aulas e encontraram os portões trancados. Luciana Fernandes, professora do quarto ano, trabalhava há dois anos na instituição, conta que deu aula normalmente na segunda-feira (2 de outubro), no dia seguinte recebeu uma mensagem por whatsapp da diretora e dona, Andrea Suely Landim Marques, dizendo que parte do teto da escola havia desmoronado e que não teria aula. Quinta-feira (5 de outubro), novamente pelo aplicativo de mensagem, Andrea comunicou aos professores que as atividades da escola retornariam, porém nas instalações do CECCO (Centro de Ensino Cantinho do Coração), também no Areal. “No CECCO, cada sala acolhia duas turmas, não tinha mesa e cadeira para todos os alunos e os materiais ficavam espalhados pelo chão”, conta a professora Luciana Fernandes. Percebendo tamanha desorganização, na semana seguinte os pais se reuniram para exigir da diretora uma atitude. Somente no sábado (21 de outubro) Andrea marcou uma reunião com os pais, onde estava presente a diretora do CECCO, que propôs aos pais que deixassem as crianças estudando em sua escola que eles regularizariam a documentação. O clima da reunião ficou tenso e os ânimos exaltados, contudo, não tinha o que fazer, os portões do Araberi continuariam trancados e os alunos precisavam concluir o ano letivo. Alguns pais concordaram em continuar no CECCO. No dia 23 de outubro, Andrea, por meio de mensagem, dispensou os professores de
O prédio fechado está disponível para aluguel
suas funções e excluiu o grupo no aplicativo. As carteiras profissionais ainda não foram dado baixa e os salários desde setembro não foram pagos. Érica Ramos faz parte dos que concordaram em prosseguir no CECCO. Seu filho de oito anos está cursando o terceiro ano, e desde 2016 estava no Araberi Na época Érica optou pelo colégio por estar localizado próximo à sua residência e pela praticidade. “Esta situação que estamos vivendo é horrível, faltando apenas dois meses para acabar o ano, mudaram as professoras. Tenho certeza que os alunos serão os maiores prejudicados. Não vejo pelo lado financeiro, nem pretendo processar a antiga escola, eu só quero que esse ano acabe logo”, afirma a mãe. Ela conta que o filho está se adaptando bem à nova escola, apesar do calor que faz nas salas muito pequenas para a quantidade de novos alunos.
Luciana Faria Santana tinha duas filhas estudando no Araberi, Sophie de nove anos cursando o terceiro ano e Pérola de três anos no maternal, ambas foram transferidas para o CECCO. “Eu preferi deixá-las no CECCO, o que já significou uma grande mudança para elas, não quis submetê-las a outra mudança”, explica Luciana, “Pérola sofreu porque já estava acostumada com a antiga professora”. Ela também conta que na semana em que foi confirmado que o colégio não retomaria as atividades, sofreu uma forte crise de depressão, ficando de cama e precisando tomar medicação. “Quando imaginei que as meninas poderiam perder o ano letivo eu me culpei muito, jamais pensei viver uma situação dessas. Parece história de filme ou novela”, diz a mãe. Luciana Santana ainda destaca a importância dos pais investigarem a escola em
que vai colocar os filhos, mesmo que o estabelecimento pareça idôneo, esteja há muitos anos no mercado ou tenha uma boa aparência. Ela acredita que essa situação tenha servido para ensiná-la muitas lições, e que a partir de agora vai checar as referências e a integridade legal da próxima escola. Segundo ela, a direção do Araberi “agiu de má fé e com falta de respeito para com os pais e alunos”.
Outros problemas
A professora Luciana relata que apesar dos salários serem pagos sempre com atraso, trabalhar no Araberi “era bom, o ambiente sempre tranquilo”, até que no começo do ano a Polícia Civil apareceu para uma vistoria no colégio, após vários funcionários e alunos passarem mal, e descobriu ligações ilegais de água e energia, os chamados “gatos”. A água consumida no Araberi provinha de caminhão pipa, sem controle de procedência e qualidade. A partir deste incidente a tensão tomou conta do local, não havia mais eventos ou festas no colégio, e o desfecho foi o fechamento repentino.
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Sebrae discute empreendedorismo com administradores Grupo debateu temas como registro e licenciamento de empresas
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epresentantes das administrações regionais e outros membros do governo reuniram-se na Residência Oficial de Águas Claras nesta terça-feira (14) para discutir os avanços do Distrito Federal quanto à desburocratização para a abertura de novas empresas e à valorização do empreendedorismo. Entre os temas estava o sistema integrado para registro, licenciamento e baixa de empresas no DF. “Nós temos um exemplo muito bem-sucedido a partir de uma ajuda do Sebrae [Serviço Brasi-
leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]”, comentou o governador Rodrigo Rollemberg, ao citar que, neste ano, Brasília receberá o Fomenta Nacional, em 28 e 29 de novembro. De acordo com o secretário de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia, Antônio Valdir Oliveira Filho, a capital do País é referência em simplificação desde 2015. “Nós baixamos muito a média de abertura de empresas consideradas de baixo risco, para a média de 4,7
dias.” Para o secretário das Cidades, Marcos Dantas, o evento de hoje, que também contou com um almoço, foi uma forma de interagir com os administradores e com os agentes de desenvolvimento territorial e avaliar o que estão fazendo em relação a temas como empreendedorismo, compras governamentais e simplificação. O diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif, também participou do encontro desta terça-feira.
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Personagem da cidade
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Eldo Gomes comunicador multiplataforma
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le é jovem, divertido, está sempre de alto astral, gosta de viajar e se expressa como ninguém. Estamos falando de Eldo Gomes, 31 anos, formado em Jornalismo e concluindo graduação em Letras. Desempenha as funções de influenciador digital, jornalista, empresário, assessor, consultor de marketing e comunicação, youtuber, apresentador, blogueiro e tudo mais que a Comunicação permitir. Brasiliense, Eldo tem uma ligação forte com Águas Claras, cidade onde ele trabalhou por dois anos produzindo e apresentando um talk show no rádio, onde recebeu mais de 500 convidados. Através da realização do programa entre os anos de 2015 e 2016, Eldo estreitou laços com a cidade o que consequentemente ocasionou em muitos seguidores nos seus canais de comunicação (blog, YouTube, twitter, etc). “Muita gente que me conheceu através do programa continua se interessando pela minha forma de comunicar e pelos meus outros projetos que tenho desenvolvido, tem um público gigante de Águas Claras que me trata com muito carinho”, afirma o jornalista que confessa ser amante da cidade e de todas as delícias gastronômicas, “não tem como fugir, quando se
pensa em diversidade de bar e restaurante, na minha opinião não tem cidade tão completa quanto esta”.
Trajetória
Quando adolescente Eldo pretendia ser professor de Artes, mas seu pai queria que o filho fosse professor de Língua Portuguesa. Entre as duas carreiras, o jovem comunicador, falante, bom escritor e contador de histórias escolheu uma terceira opção, o Jornalismo. Um de seus maiores referenciais como profissional é o apresentador Zeca Camargo. Eldo conta que quando leu o livro de Zeca “A fantástica volta ao mundo”, sonhava com o dia em que poderia viajar pelo mundo e narrar suas próprias experiências para outras pessoas. Os anos se passaram, mas o sonho do jornalista brasiliense ainda não morreu, “um dia quero poder escrever um livro sobre minhas viagens, falta muito, mas estou caminhando para isto, uma das minhas paixões é o turismo.” Especialista em jornalismo digital, Eldo tem se aprimorado em produzir conteúdos para os canais digitais – a tendência dos tempos modernos. Atualmente suas maiores redes de comunicação é o blog – eldogomes.com.br – e o
canal homônimo no YouTube, com quase 200 mil inscritos. Apesar de ter se formado há muitos anos, uma época em que o jornalismo digital ainda não demonstrava tanta força, o jornalista se encantou com a linguagem moderna e percebeu que os rumos da comunicação passariam por uma transformação, como de fato aconteceu. Decidido a defender seu trabalho de conclusão de curso (TCC) no projeto de um blog, Eldo sofreu oposição de colegas e até mesmo de alguns professores que o orientavam a seguir pelo caminho mais trivial como um jornal ou uma revista. Mas ele não desistiu e estudava cada vez mais sobre o web jornalismo e como poderia criar um produto que informasse e entretece ao mesmo tempo.
celular, muitos jovens têm tido facilidade para propagar sua rotina ou gravar vídeos diversos através dos seus canais e se autodenominarem youtubers. Para Eldo, especialista no assunto, “está na moda ser influenciador, e eu acho que tem espaço para todos, quanto maior a concorrência, melhor a qualidade do serviço mostrado. A possiblidade de temas a serem abordados pelos youtubers é muito grande, basta que a pessoa abrace um assunto e se especialize.” E pontua o fator criatividade como um dos mais importantes para ter sucesso no segmento, e que cursar uma faculdade tem o seu valor, pois é nela que se aprende os conceitos
básicos que o dia a dia não ensina. Ao longo da sua caminhada de uma década proporcionando informação e entretenimento, a maior felicidade do jornalista são as pessoas que passaram por sua vida. “Tive a oportunidade de conhecer todos meus ídolos (Xuxa, Sandy, Rihanna), pessoas que eu achava que nunca iria conhecer e mesmo que trabalhando pude estar perto e conversar”, diz Eldo, “além das excelentes amizades com pessoas comuns, profissionais da área, seguidores. Esse é o maior presente de um jornalista, conhecer pessoas e no meio desse convívio ter muitas histórias para contar”, conclui.
Canais
O resultado é o seu blog, no ar há 10 anos, que começou como um trabalho de faculdade e traz um misto de cultura e política. Já no canal do YouTube, projeto mais recente, o jornalista tem aproveitado para “conversar” com seu público, diversificando o conteúdo com entrevistas, dicas de turismo, política, opinião, música e talk show. oje em dia com o fácil acesso à internet e bons aparelhos de
“O canal no YouTube é uma extensão do meu blog, porém no canal tenho mais liberdade para mudar e testar várias coisas. Acho que nunca vou seguir um formato só ou um tema único, gosto de estar livre e poder sentir o retorno do público”, destaca Eldo.
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Vem aí o Bar em Bar 2017 Festival chega a sua 11º edição com petiscos exclusivos e preço promocional. Rio Butequim é destaquem em Águas Claras
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Festival que celebra as melhores conexões! Esse é o tema do Bar em Bar 2017 promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). De 16 de novembro a 3 de dezembro, 31 estabelecimentos renomados da cidade servirão petiscos exclusivos, a preço promocional, com o intuito de promover o ambiente de sociabilização que são os bares e restaurantes. Segundo o presidente da Abrasel-DF, Rodrigo Freire, o objetivo do festival é resgatar cada vez mais as conexões que os bares proporcionam. “Nesta edição queremos colocar em pauta a necessidade de união entre comerciantes, artistas e moradores para trazer música e vida aos bares e restaurantes da cidade, tudo isso unido a uma campanha de conscientização dos clientes para que seja possível se divertir sem incomodar o próximo”, afirma Freire. Além de promover o caráter democrático e agregador social dos bares, o Festival também visa valorizar o produtor local.
“Mais uma vez o Bar em Bar vem com os melhores estabelecimentos da cidade criando petiscos inéditos com ingredientes produzidos na cidade. Com o festival, a Abrasel-DF busca fortalecer a identidade gastronômica de Brasília valorizando os ingredientes produzidos na nossa terra”, comenta Rodrigo Freire. Pelo quarto ano consecutivo, o Bar em Bar mantém o valor promocional do petisco a R$30, que servem de uma a três pessoas, preparados exclusivamente para o festival. Além disso, R$1,00 do valor de cada prato vendido será doado para uma instituição social, que será escolhida por meio de uma votação nas mídias sociais da Abrasel-DF. A 11ª edição do Bar em Bar é uma realização a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) e conta com apoio do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sidhobar), Correio Braziliense, Sebrae e Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer. Os patrocinadores do festival são BRBCARD, Colorado e Liquigás. A organi-
O Frango à Moda Butiquim (sobrecoxa de frango refogada na cebola, cozida e finalizada com três pimentões, acompanhada de suculenta polenta frita) é servida diariamente de 15h ás 9h no Rio Butiquim - Rua 33/34 norte lote 01/02 lojas 22 e 25
zação é da Maix Consultoria e produção da ComVento.
Os melhores
Durante o período do festival, a Abrasel-DF promove o concurso Os Melhores do Bar em Bar. Jornalistas, parceiros, patrocinadores e formadores de opinião são convidados a visitarem as casas participantes e avaliarem o bar ou restaurante em sete categorias:
Melhor Ambiente, Melhor Atendimento, Melhor garçom, Melhor petisco, Melhor Chopp ou Cerveja mais Gelada, Me-
Serviço
lhor Barman e Melhor Drink. Os grandes vencedores serão conhecidos após o término do festival.
BAR EM BAR 2017
16 de novembro a 3 de dezembro Pratos a R$30,00 @Abrasel_DF /Abraseldf www.barembar.com.br
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www.VALERIALESSA.com.br
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@VALERIALESSAA
FOTOS DE JULIANA PAIVA
“O melhor pedaço do dia” Águas Claras ganhou uma deliciosa novidade para os fãs de sobremesas, se assim como eu você também ama, tenho certeza que vão ter ótimas surpresas na Petit Cake. O local recém-inaugurado, nada mais é do que uma rede especializada em sobremesas diferentes e na minha opinião é um prato cheio quando o assunto é sabor. Estive presente no espaço para conhecer e foi inevitável sentir aquela nostalgia, com gosto de infância. A noite do lançamento contou com vários convidados, imprensa e influencers de Brasilia. Ainda não ficou com água na boca? Para resolver isso, eu indicaria dar uma passada na loja que fica localizada logo ali no Edifício Max Mall, e experimentar quem sabe o famoso brownie ou aquele diferentão bolo tradicional americano, tenho certeza que não vão se arrepender nenhum pouco. No geral é um espaço inovador para se sentir em casa e resgatar memórias daqueles doces feitos pela vovó.
O endereço completo é Rua 7 norte - Lotes 3-5 e 7 Loja 10 Edifício Max mall Instagram: @petitcakebrasilia Karl Jeanneth do Blog Cheias de Segredos
Boneca, Valéria e Thaiane Porto, franqueadora da Petit Cake
Luid Torres, Jaqueline Torres, Thaiane Porto e Anderson Porto
Jú Braga do blog Comer Rezando
Sheila Azevedo e Lorena Castro
Silvia Pimenta, Helton dos Anjos, Dj Martinoliver, Thaiane
Valéria Lessa, Babi Ferreira e Sandra Bispo
Celso Alcântara, Adriano Arantes, Carla Jefferson Stival, Edinilson Vilarinho
Eryka Arantes, Ana Paula Vilarinho, Gabriella Arantes, Carla Stival e Flaviana Alcântara
GabrielaTeixeira, ErykaArantes, ValeriaLessa, CarlaStival, AngelicaAbbas,
Sandra Rodrigues, Sandra Bispo, Valéria, Katia Souza e Márcia Campos
Mulherada agradece!
FOTOS DE ALIRAM CAMPOS
Com mais de 500 lojas espalhadas pelo mundo, a Carmen Steffens desembarca em Águas Claras no mais novo shopping DF Plaza, trazendo aquela sofisticação e estilo que eu e muitas mulheres tanto ama, tive o prazer de conferir tudo isso e um pouco mais no coquetel de inauguração que aconteceu semana passada. Não vou mentir uma das coisas que me encantaram logo de cara foi a arquitetura e decoração diferenciada seguindo o conceito Maison, um dos modelos mais ambiciosos do grupo Carmen Steffens. O local chama atenção de longe com as cores douradas em sua fachada que em minha opinião reflete muito bem o que a grife propõem: Glamour! O evento contou com a mostra da nova coleção Alto Verão 2018 Carmen Steffens que passa uma ideia que claramente pode agradar todos os estilos. Além de apresentar as tendências da coleção, o coquetel contou com a presença de clientes vips, influencers e jornalistas. Sem dúvida a apresentação que se destacou foi a com temática tropical, a proposta aparece através de aplicações em calçados, bolsas e acessórios. Reafirmando o tropicalismo, inspirações florais tornam-se pontos altos. Gostaram da ideia? Quem quiser conferir as Digital influencer últimas novidades da grife e se apaixonar por esse Eduardo Monthanair novo conceito de loja, a marca está localizada no Shopping DF Plaza.
Natália Rabelo e Thamyres Pera
Raíssa Fernandes, Uirá Godoy, Rafa Rabelo e Valéria
SandraRodrigues, Giulia Souza, LarissaLopes, SuellenCamargo,
Valéria Lessa, Lilian Lemos e Patricia Rebelo
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FOLHA DE ÁGUAS CLARAS
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A água nossa de cada dia
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á é de costume, após um dia de trabalho a pessoa chega em casa e toma um banho para descansar. Este é um comportamento automático em muitas pessoas, como se fosse instintivo. É um costume que carregamos desde cedo, quem nunca ouviu da mãe e do pai para ir tomar banho? E este costume nos acompanha por toda nossa vida e são repassados a nossos filhos e assim sucessivamente. E por já ser um hábito tão comum a nós nunca imaginamos que ele poderia estar correndo risco. Risco de ser reduzido, passando a tomar banho uma vez por dia ou risco de não poder mais ser executado. Os moradores mais antigo de nossa capital nunca
imaginariam que um dia teríamos que conviver com o racionamento de água. Nunca passou pela nossa cabeça que teríamos que ficar um dia sem água em nossas torneiras, mas aconteceu! A partir de agora teremos que fazer um uso mais consciente desta riqueza natural, aliás, desta riqueza com a qual em sua ausência não há vida possível. Captar, tratar e distribuir água está cada dia mais difícil e mais caro. O uso inadequado dela ao longo das últimas décadas nos colocou nesta situação. Mesmo sabendo que devíamos preservar, ignoramos o problema. Com a volta da estação chuvosa talvez este problema seja contornado e tenhamos um pouco mais de
conforto no próximo ano. Mas às vezes é necessário sairmos da bolha com a qual estamos acostumados e olhar para os lados. Ainda há muitos lugares sem abastecimento regular de água potável. E não precisamos ir muito longe para constatar isso. Arniqueira, que também faz parte da RA XX, só teve acesso a água encanada oito anos atrás, antes o abastecimento era todo feito através de poços artesianos. E água de poço não é tratada e não sabemos quais impurezas há nelas. Quanta água foi desperdiçada ali pelo simples fato do Governo não ter
levado água a esta localidade? E este é o problema do Governo, ele só age depois que é tarde demais. Não há uma política de prevenção, mais fácil esperar acontecer o problema para depois resolver. Sanado este problema temos que virar os olhos para outras localidades e mesmo não morando nelas temos que exigir que o Governo faça sua parte e atenda estes outros moradores.
Só há fartura quando se evita o desperdício. Alguém consegue imaginar chegar em casa ou até mesmo ao local de trabalho e não ter água potável para beber? Pois bem, apesar de tudo ainda há pessoas que enfrentam esta situação, se quiserem beber água tratada tem que comprar no mercado e levar para casa ou para o trabalho. As chuvas voltaram, vamos todos tratar a água com o respeito que ela merece?
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Carros performáticos no DF Plaza Mostra de carros contará com minipistas e simulador de corridas, além de DJs e performances de Street Dance. Evento gratuito é direcionado para os amantes de velocidade e automóveis de alta performance
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ue o carro é uma das paixões nacionais ninguém duvida. E foi pensando neste ícone que a All Details Serviços Automotivos e o DF Plaza trouxeram para o DF o The Shift Undermove, exposição que resgata a história e as tendências do setor automobilístico no Brasil e no mundo. O evento acontece no próximo domingo, dia 19 de novembro, a partir das 14 horas, no es-
tacionamento do shopping. Neste dia, o público, além de visitar a exposição, poderá experimentar a sensação de velocidade por meio do Simulador de Corridas. Para Judá Cardoso, coordenador de Marketing do DF Plaza, a oportunidade é única para quem adora veículos de alta performance, super esportivos e até clássicos que fizeram história. Os visitantes ainda con-
tarão com autoramas – minipistas de corrida com carrinhos controlados por um joystick – e contribuirão com votos na escolha do carro destaque do evento. Jurados conhecidos em Brasília e gestores das marcas Vrum Brasília, Zecar Customs, Track day School, Audio Quest e AutoMec estarão presentes para definir os melhores carros de cada categoria (Clássico, Rodas ,
Cofre, Interior, Porta Malas e uma sexta categoria que é o carro destaque do evento elegido pelo público). Como o carro está geralmente associado à cultura de rua, a organização do evento trará, paralelamente, a arte do grafite e o street dance, modalidade de dança conhecida pelos movimentos sincronizados e impactantes. “Contaremos com hip-
-hop, em todas as fases, e ainda eletro e house, com faixas escolhidas por DJ’s especializados. Realizado pela All Detais Serviços Automotivos, New District e Morais, em parceria com o DF Plaza, o The Shift Undermove tem entrada gratuita, com faixa etária livre. “Trata-se de um evento para toda família”, define o coordenador de Marketing do DF Plaza.
Garrafas sempre de cabeça pra baixo.
Mantenha os reservatórios limpos e bem fechados.
Mantenha as lixeiras bem fechadas.
Mantenha os pneus protegidos da chuva.
Mantenha as calhas sempre limpas.
O MOSQUITO QUE TRANSMITE DOENÇAS GRAVES COMO DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA É UMA VISITA INDESEJADA. Por isso, chame seus amigos e vizinhos para fazer as ações de prevenção regularmente. Fique atento aos locais que possam acumular água e mantenha-os sempre limpos. E se você sentir fortes dores de cabeça, febre, dor no corpo, enjoos, dor nos olhos, incapacidade para andar e comer, procure uma unidade de saúde. Esse sofrimento não pode entrar na sua casa.
Então vamos lutar juntos! Não deixe o mosquito nascer!
MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE:
WWW.BRASILIACONTRAOAEDES.SAUDE.DF.GOV.BR OU LIGUE 160.
Secretaria de Saúde
G O V E R N O
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Virei Síndico, e agora?
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ROMAN DARIO CUATTRIN
SÍNDICO DA SEMANA O nosso síndico oficialmente possui apenas 11 meses com gestor condominial do Residencial Itália, porém já lidava diretamente com a gestão do empreendimento bem antes: foi membro do conselho fiscal e desde essa época passou a estudar as necessidades condominiais e entender melhor o funcionamento do fluxo de caixa de um condomínio. Como especialista em Gerenciamento de Projetos, essa experiência agregou valor na gestão do prédio, ajudando a planejar melhor as ações da administração. Outra valiosa contribuição para a capacitação dele foi fazer arte de um grupo de síndicos de Águas Claras voa WhatsApp, onde sempre são trocadas ideias e boas experiências. Vamos conversar com
Rodrigo Costa Zardo, nosso síndico da semana. O que te deu mais ORGULHO nesse tempo todo? Pergunta difícil de responder... Todas as ações, que tenho compartilhado com o Conselho e depois com os Condôminos, foram importantes para melhorar a infraestrutura do prédio e para estimular a boa convivência e harmonia entre moradores e funcionários. Destaco, por exemplo, a redução drástica dos gastos com a conta de água. Depois de um vasto monitoramento, identificamos todos os problemas. O valor da conta passou da média de R$ 4.000,00 para R$ 500,00. Outro exemplo foi a instalação de jogos de tabuleiros na área comum do prédio. Virou mais uma opção
de diversão para as crianças. Detalhe: tudo foi feito com pouco investimento e muita criatividade. Recentemente, adotamos também o projeto educacional “Picolé para todos”, que incentiva um futuro
com mais honestidade. O que faria de outra forma ou não faria novamente? Teria tomado algumas decisões mais cedo. Por exemplo, ter trocado fornecedores que não estão dedicados ao bem comum do nosso condomínio. Hoje eu sou o Administrador do prédio, mas também sou um dos proprietários e tenho que agir para a valorização do nosso patrimônio. Qual o maior desafio de ser síndico na sua opinião? A gestão de pessoas, sem sombras de dúvidas. Temos no prédio um grupo de condôminos com opiniões diversas. O meu aprendizado constante é saber ouvir muito e falar somente o necessário. Esse é o segredo para manter uma relação de respeito.
Isso serve de termômetro para saber se estou no caminho certo. Um conselho pra quem está chegando agora. Busque conhecer tudo sobre a função do Síndico, sua convenção e o regimento interno. Faça um planejamento seguindo o perfil do seu condomínio. Aproveite os conselheiros para trocar opiniões e validar ideias. Eles não estão ali apenas para fiscalizar. Participe também de grupo de debates que tenha objetivos comuns. Essa troca agrega e muito. Além disso, claro, ouvir os moradores. Muitos trazem dicas valiosas. Afinal, ninguém faz nada sozinho. O esforço de todos é essencial para construir. Assim, um síndico pode fazer diferença no seu trabalho.
REGIMENTO INTERNO - REGRAS DO CONDOMÍNIO De maneira bem rápida, já tratamos deste assunto numa coluna anterior. Devido a várias mensagens solicitando mais detalhes que temos recebido, resolvemos voltar ao assunto, desta vez com um pouco mais de profundidade. O regimento interno serve para normatizar as regras de convivência dentro do condomínio, detalhando as rotinas diárias para uso e gozo das partes comuns. Normalmente, o regimento contém regras para posse e trânsito de animais, uso e eventual pagamento das áreas e equipamentos de lazer (piscinas, churrasqueiras, academias, espaços gourmet, lan house, saunas, etc.), modelos e padrões de armários de garagem / películas e redes de janelas, horários para realização de obras e armazenamento de materiais, uso dos elevadores, valores de multas em caso de descumprimento das normas ou sua reincidência, questões de identificação, acesso e segurança e até mesmo as regras para alterar o regimento interno no futuro. O regimento interno não era obrigatório, mas seria impossível administrar um condomínio e todas as suas nuances, interesses e conflitos sem ele. A partir do novo código civil, o art. 1.334, em seu item V, estabeleceu a obrigatoriedade de constar da convenção um capítulo sobre o regimento interno. Um regimento interno pode ser modificado (alterado), desde que atendidas as disposições para que isso seja possível, geralmente definidas no próprio regimento e que estabelecem um número mínimo de quórum para que alguma alteração seja efetuada ou um período mínimo a ser obedecido entre cada atualização. Caso não esteja estipulada esta regra, deve ser alterado pelo voto da maioria absoluta dos condôminos presentes e especialmente convocados para o tema. A convenção do condomínio, que às vezes possui algumas das regras de convivência ou uma capítulo chamado “Regimento Interno”,
obrigatoriamente fica registrada em cartório de imóveis, junto às matrículas das unidades. No caso do regimento interno, basta um registro no cartório de títulos e documentos para dar publicidade e permitir a consulta por qualquer interessado. Para que a aplicação do regimento seja efetuada de maneira não-abusiva pelo síndico, devem constar as penalidades aplicáveis a cada descumprimento de cada dever do condômino. Importante frisar que se houver penalidades financeiras, qual será o indexador desses valores, visando não deixar a punição defasada monetariamente. Uma vez que o regimento interno regula e disciplina a conduta interna do empreendimento, incluindo os condôminos, seus locatários, usuários, serventes ou aqueles que de uma forma ou de outra usam o condomínio, deve ser elaborado pelos próprios moradores do condomínio, uma vez que são eles os conhecedores da real necessidade da coisa e do modo de operação dele, ou seja, sabem onde o sapato aperta. É interessante que haja a participação de um advogado para garantir que as definições do regimento interno não sejam contraditórias a outros normativos, como a própria convenção, leis e até a constituição. Como exemplo, o regimento não pode conflitar com o direito de propriedade dos condôminos, a proibição de visitas às unidades, um limite de moradores nos apartamentos, a proibição de animais no interior dos apartamentos (desde que não sejam nocivos), etc. Segundo o advogado Michel Rosenthal Wagner, especialista em direito condominial, “é melhor ter regras claras que possibilitem o melhor uso das áreas comuns para todos, normas diretivas que indiquem aos condôminos e moradores quais os limites necessários à saudável convivência, sem que o direito de um prejudique o de outro, ou seja, entre o fraco e o forte, é a liberdade que escraviza e a lei que liberta”.