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Suplemento Especial Braço do Norte - 03 de julho de 2015 Edição 03

Especial

No embalo da música Dança estimula coordenação e melhora saúde dos idosos. Páginas 4 e 5

Terceira Idade

Avós e netos: uma relação de amor Página 8

Perda de memória dificulta rotina do idoso Página 3


02 | Folha o Jornal

Como surgem os fios brancos Com o tempo a produção de melanina – uma substância que confere coloração à pele, aos olhos, unhas, pelos e aos cabelos – começa a entrar em queda. Essa substância é produzida por células específicas do corpo, denominadas melanócitos. Porém, conforme a pessoa começa a envelhecer, a capacidade de produção da melanina reduz até determinado estágio em que ela cessa totalmente, fazendo com que todos os cabelos da cabeça fiquem brancos por completos. Vale ressaltar que a disposição da melanina é determinada por fatores genéticos, por isso algumas pessoas ficam grisalhas mais precocemente do que outras.

Outros fatores

Chegaram os

fios brancos e agora?

Atingir a terceira idade com uma boa aparência e sem graves problemas de saúde é uma preocupação que está se tornando cada vez mais frequente. Com a chegada da idade os fios brancos vêm de carona exigindo cuidados especiais para manter a saúde e a boa aparência dos cabelos. Muitas vezes, eles ficam mais ressecados, porosos, finos e mais propensos a quedas, perdendo a vitalidade e beleza dos fios. Segundo especialistas, o ideal é

realizar uma hidratação semanal. É preciso ter cuidado com os produtos utilizados, porque alergias costumam aparecer quando a pele e o couro cabeludo ficam mais sensíveis. Já quem optou por manter os fios brancos, o cuidado com a hidratação deve ser a mesma: pelo menos uma vez por semana. A tendência, principalmente no verão, é que o amarelão tome conta dos grisalhos. Para isso, a dica é lavar os cabelos normalmente e

enxaguá-los com uma colher de limão ou vinagre de maçã. A reação química ajuda a tirar o tom amarelado ou esverdeado dos cabelos. O cuidado com os fios brancos não deve ser exclusivo das mulheres. Os homens também têm que cuidar da saúde dos cabelos e redobrar a atenção se a calvície chegar. Usar protetor solar na cabeça evita lesões sérias que o sol pode causar. Protetor e chapéu devem se tornar uma dupla inseparável.

O estresse em excesso pode desencadear problemas com o embranquecimento dos fios de forma mais precoce. Isso ocorre porque durante os picos de nervosismo, algumas substâncias químicas são liberadas pelo organismo e provocam alterações no comportamento das células. Além disso, o estresse agrava em mudanças hormonais que aceleram o processo, pois encurtam a atividade da melanina. É importante salientar que não é indicada a retirada dos fios brancos já que pode provocar uma calvície de tração que é quando o cabelo é retirado à força, fazendo com que não cresça novos fios no local, pois a estrutura que fica embaixo da pele fica danificada. Diante disso, o cabelo nasce mais fino e irregular ou, em alguns casos, não cresce mais. De modo geral, os fios embranquecidos começam a surgir por volta dos 40 anos nos ocidentais. Já os orientais e os negros têm cabelos brancos em um período mais tardio, que é na faixa dos 60 anos. Todavia, não existe uma forma de evitar o aparecimento de fios brancos já que se trata de um processo natural do organismo.


Perda de

memória

Folha o Jornal | 03

dificulta rotina do idoso O que eu iria dizer mesmo?... Esqueci! Com a chegada da idade, é comum que as pessoas passem a se preocupar com a perda de memória de fatos que antes eram básicos e corriqueiros. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 8% da população acima de 60 anos e cerca de 40% das pessoas com mais de 80 anos tem distúrbios graves de memória. Memória é a capacidade que o indivíduo tem de reter e armazenar

determinado aprendizado a respeito do mundo. Quanto mais a memória é utilizada, mais ativa ela fica. A boa notícia é que essa situação tem solução: existem alguns exercícios para estimular a memória que são altamente eficazes em prevenir o efeito do tempo. Se você teme perder a lembrança de fatos recentes e começar a confundir passado com presente, siga as dicas e mantenha a memória afiada e em dia.

Exercícios para estimular a memória Jogo das diferenças Também conhecido como jogo dos sete erros, o jogo das diferenças um dos exercícios para estimular a memória dos idosos mais eficiente. Isso pois, embora fácil, força a pessoa a aguçar sua percepção e análise ao procurar diferenças em duas imagens aparentemente iguais.

Sudoku, caça-palavras, dominó ou palavras cruzadas Esses são considerados os exercícios para estimular a memória mais eficientes. Todos seguem uma lógica parecida. No sudoku, é preciso exercitar a lógica, além de ter uma memória boa para cálculos simples, enquanto no caça-palavras a memória visual é altamente estimulada por meio da procura. O dominó proporciona o desenvolvimento de uma estratégia de jogo, e as palavras cruzadas puxam pela lembrança vocabulários e conhecimentos. Assim, com esse grupo de jogos de lógica encontrados facilmente nas bancas é possível formar um poderoso kit que exercícios para estimular a memória.

Quebra-cabeças O quebra-cabeça é uma atividade recomendada em qualquer idade. Em termos de exercícios para estimular a memória dos idosos, ela se faz recomendável de forma progressiva. Comece com um número menor de peças e vá aumentando. Assim você exercita o seu cérebro como quem faz ginástica para os músculos.

Ler um livro ou assistir um filme e contar para alguém Quando se lê ou se assiste a algo, é comum que depositemos atenção especial àquele momento. Por isso, um dos exercícios para estimular a memória é, após a leitura do livro ou ao filme assistido, a pessoa conte a história para alguém, o que a faz treinar a capacidade de armazenamento das informações.


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No ritmo da

Dois pra lá, dois pra cá... Ao tocar da música, Lúcia e José Guilherme dançam pelo salão entre os demais casais que também se deixam embalar pelo ritmo acelerado da sanfona. Lúcia Schurhoff Wiggers tem 82 anos de muitas alegrias e lembranças. Sempre acompanhada do esposo, José Guilherme Wiggers, de 84 anos, a aposentada encontrou na dança um remédio para a longevidade. O casal frequenta há mais de 20 anos o grupo de dança no Centro de Convivência do Idoso em Braço do Norte e toda segunda-feira se reúnem com amigos para se remexer e descontrair. “A dança é uma das minhas maiores paixões. Eu e o meu marido sempre fizemos a frente na hora de formar os grupos. Toda segunda, nosso compromisso com a dança é sagrado”, enfatiza a amante dos ritmos ao relembrar o dia que foi pela primeira vez em um baile. Aos 19 anos, os passos sincronizados conforme o soar das notas musicais encantou a jovem. Com o sorriso estampado, Lucia recorda que foi neste baile que conheceu seu primeiro e único amor. “A dança nos aproximou e começamos a namorar. Ele foi o meu único namorado e este ano completamos 59 anos de casados”,

recorda a moradora da comunidade de São José. José Guilherme reconhece que a dança ajudou a esposa a enfrentar a depressão e outras doenças. “Houve um tempo que a Lucia estava ficando depressiva e através da dança ela melhorou”, ressalta o aposentado que é um exímio dançarino e adora conduzir a companheira pelo salão afora. Geraldo Raimundo de Paulo tem 75 anos e faz parte do time de idosos assíduos nas tardes dançantes da terceira idade. Ele se aposentou por invalidez e passou por um período de depressão, que durou há cerca de três anos. Certo dia, uma vizinha fez um convite que transformou sua vida. “Ela convidou eu e a minha esposa para participarmos do encontro dos idosos e aqui estamos até hoje”, relembra o aposentado que também participa de outras atividades físicas, escreve poesias e realiza trabalhos voluntários em hospitais. “Para mim, a dança tem quase o mesmo significado que futebol. Os jogadores quando se deparam com a bola contam os segundos para começar a chutar e da mesma forma somos nós na dança. Quando a banda começa a tocar já dá aquela coceira no pé”, conta Geraldo.

dança

APAIXONADOS pela dança, o casal participa há mais de 20 anos do grupo de idosos

A dança e o cérebro do idoso Dançar em salões coopera para uma mudança significativa de comportamento do praticante que passa a ser menos tímido e aprende a ter mais confiança. Outra vantagem é que ela ajuda manter o cérebro em plena atividade, melhorando a coordenação motora e a concentração, pois eleva a circulação cerebral em áreas adormecidas. O fato acontece em função dos estímulos que aumentam as conexões neuronais, proporcionando ao idoso maiores habilidades no aprendizado, raciocínio e na memória. Mediante a isso, reduz o estresse e a ansiedade.


Tardes dançantes

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promovem o bem-estar

Os bailes criados para a terceira idade, além dos benefícios da dança de salão, proporcionam também uma maior integração e socialização dos idosos, pois são espaços agradáveis e com clima familiar, onde é possível fazer amizades e trocar experiências. De acordo com a educadora física e responsável pelos programas voltados ao idoso de Braço do Norte, Karen Ostrowski, muitos idosos, ao se aposentarem, acham que perderam a importância em casa e na sociedade. “É comum ouvirmos frases que demonstram o sentimento que alguns carregam: o de ser um peso na vida dos familiares. Aos poucos, a maioria dos idosos deixa de fazer atividades físicas e cultivar uma vida social”, explica a professora. Ela reforça que é importante que o idoso faça alguma atividade física e esteja em contato com outras pessoas. A dança pode ser eficiente,

TARDE dançante é atrativo para os idosos

além de muito prazerosa, em todas as faixas etárias e precisamente na terceira idade. “A socialização e a alegria da dança ajudam a melhorar o humor e prevenir doenças como depressão e até o Alzheimer”, esclarece. Considerada uma atividade de baixo impacto, o risco de lesão da dança é pequeno. O que a faz ser uma boa alternativa a caminhada, outra atividade muito indicada a idosos. Os encontros da terceira idade acontecem semanalmente no Centro de Convivência do Idoso localizado no Centro do município. Mais de 600 pessoas acima de 60 anos participam semanalmente das atividades nas localidades de Rio Bonito, Pinheiral e Centro. “O encontro promove condicionamento físico e bem-estar mental. Qualquer um a partir dos 60 anos pode participar”, destaca a professora.


06 | Folha o Jornal

Incontinência urinária

na terceira idade

Quando a vontade de ir ao banheiro aperta não há como escapar. Porém, a perda involuntária de urina é um problema que atinge milhares de pessoas, principalmente os idosos. Muitas vezes, a incontinência urinária é considerada, equivocadamente, pela família e amigos, como parte natural do envelhecimento. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que, hoje, já vive em média 71,7 anos, não devemos mais pensar desta maneira. Cada vez mais, os médicos e os demais serviços de saúde devem estar aptos a tratar as doenças dos idosos, melhorando sua qualidade de vida. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, a incontinência urinária pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mu-

Tratando o problema

lheres. A incontinência urinária é um problema que provoca alterações capazes de comprometer o convívio social do idoso, pois traz junto de si a vergonha, a depressão e o isolamento. Pode se considerar um estado anormal de saúde, e que com o devido acompanhamento médico, os casos podem ser resolvidos ou minimizados.

Especialmente no idoso, as alterações da motivação, de destreza manual, de mobilidade, de lucidez e a existência de doenças associadas a diabetes, alterações neurológicas, dentre muitas outras estão entre os fatores que podem ser responsáveis pela incontinência urinária, sem que haja comprometimento significativo do trato urinário inferior.

O tratamento da incontinência urinária depende da análise minuciosa do histórico de cada paciente e varia de acordo com a forma como a doença se manifesta. Em alguns casos, o tratamento exige a instituição de medidas que visam uma mudança de comportamento por parte do idoso. Muitos indivíduos podem recuperar o controle vesical, modificando alguns comportamentos, como por exemplo: - Urinar em intervalos regulares, a cada 2 ou 3 horas, para manter a bexiga relativamente vazia; - Evitar bebidas irritantes para a bexiga, como por exemplo, as que contêm cafeína; - Urinar com o auxílio de compressão manual do abdome inferior e inspiração forçada. As técnicas de treinamento vesical, que englobam os exercícios da musculatura pélvica, são muito úteis.


Violência

Folha o Jornal | 07

contra o idoso

Violentar uma pessoa frágil e indefesa é crime. Assim, senadores e representantes da sociedade concordam que mudanças nas leis podem contribuir para o combate à violência contra idosos, mas o problema, segundo eles, é mudar a consciência das pessoas, pois muitas vezes os agressores são os próprios familiares. A tendência mundial concretiza o aumento da expectativa de vida da população e, no Brasil, a situação não é diferente. De

acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem hoje cerca de 17,6 milhões de idosos. Esse número é maior do que as populações de países sul americanos, como Chile, Uruguai e Paraguai. Em celebração ao dia 15 de junho, Dia Mundial de Combate à Violência contra o Idoso, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou audiência pública para discutir a situação dos

idosos brasileiros - pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Foi deliberada a implantação e/ou ampliação de residências temporárias nos municípios, com financiamento público, para acolher idosos vítimas de violência familiar. A ideia é, também, proporcionar a garantia de inserção das famílias com idosos em situação de maior vulnerabilidade e risco social no Cadastro Único para o acesso a benefícios assistenciais, como o Bolsa Família.

São várias as formas de agressão à pessoa idosa: Violência física: uso da força física para ferir, provocar dor, incapacidade ou morte ou para compelir o idoso a fazer o que não deseja. Violência psicológica: agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar o idoso do convívio social. Violência sexual: atos ou jogos sexuais de caráter homo ou heterorrelacional que utilizam pessoas idosas visando obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças. Violência financeira e econômica: exploração imprópria, ilegal ou não, consentida dos bens financeiros e patrimoniais do idoso. Negligência: recusa ou omissão de cuidados devidos ao idoso, por parte de responsáveis familiares ou institucionais. Autonegligência: conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança por meio da recusa de prover a si mesmo de cuidados necessários. Abandono: ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a um idoso que necessite de proteção.


08 | Folha o Jornal

Avós e netos:

uma relação de amor Quando dizem que ser avó é ser mãe duas vezes, não estão mentindo. Com a chegada dos filhos todo homem e mulher muda, mas quando os netos nascem dá a impressão de que as mudanças são ainda maiores. A pessoa aprende a ser ainda mais paciente e flexível, entende que os netinhos também precisam do espaço deles e, claro, fazem todos os gostos das crianças e adolescentes. Aliás, esse último aspecto é o que mais incomodam os pais, não é mesmo? Afinal, quem nunca ouviu reclamações dos filhos alegando que estão “mimando” demais a criança ou que não podem fazer todas as vontades dos netos? O que acontece, de fato, é que como os avós possuem um tempo maior para ficar com os pequenos, afinal, já estão aposentados, conseguem manter um relacionamento mais leve e divertido com a criança. Assim, conseguem conversar, realizar tarefas juntos, brincar, partilhar momentos, entre outras tarefas típicas do cotidiano de um avô. A relação entre avó e neto traz muitos benefícios tanto para a criança como para o idoso.

Benefícios para os netos Proteção e amor: a infância é um período marcado por muitas descobertas e transformações na vida da criança que começa a transitar para a adolescência. Neste momento, o papel dos avós é orientar sobre como são as mudanças e em que elas acarretam. E uma das melhores maneiras de fazer com que o pequeno aceite as transformações é lhe proporcionando muito carinho, amor e atenção. Dessa forma, com o carinho dos mais velhos, meninos e meninas sentem-se mais protegidos das mudanças. Personalidade da criança- atuar fortalecendo

os vínculos afetivos e familiar da criança ajuda na formação da sua personalidade. Isso porque é justamente nos primeiros anos da infância que são delineadas as principais características do jeito. Por isso, é importante que a família esteja perto e prestando o devido suporte físico e psicológico da criança. Respeito pelos mais velhos- a companhia do avô ou avó faz com que a criança entenda como é ser mais velha e, diante disso, aprenda a respeitá-los, aceitando suas diferenças e a entendendo suas limitações.

Benefícios para as avós Afasta a depressão: a boa relação entre ambos ajuda a reduzir os sintomas da depressão nas duas gerações. No caso dos netos, a relação ajuda a passar uma maior segurança. Já para os avós, a criança representa um tempo de renovação que lhe aproxima da juventude. Ajuda a ficarem mais ativos: o contato com a criança distrai e ajuda a te deixar mais ativo, fazendo com que você se sinta mais útil. Isso porque, com a convivência com a criança estimula o idoso a realizar atividades que exijam mais movimentação, como brincar no parque, passear no shopping, etc. Troca de gerações: esse é um aspecto que costuma ser muito produtivo para o idoso, pois os netos ensinam as particularidades da sociedade moderna. Como novas ferramentas tecnológicas, vestimentas, mudanças no cotidiano, entre outros fatores.


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