Ação de Formação - MatemaTIC: as TIC na aprendizagem da matemática Formanda: Lídia da Conceição Baltazar Feio Maio de 2012
Uma das funções do J.I. é criar ambientes de aprendizagem ricos, em que as crianças possam desenvolver como seres de múltiplas facetas, perceções e bases onde alicerçar aprendizagens. Estas, refletir-se-ão ao longo da vida, quer nas aprendizagens, quer na socialização, e mesmo no reconhecimento de algumas regras e procedimentos. Os números devem portanto, desempenhar um papel desafiante e com significado, sendo a criança estimulada e encorajada a compreender os aspetos numéricos do mundo em que vive e a discuti-los com os outros.
Canção da velha e dos números Bati à porta do número um
1
Estava uma velha
a dançar com atum Que giro que é! Que giro que é! Que giro que é! Que giro que é!
Bati à porta do número dois
Estava uma velha
a dançar com dois bois Que giro que é! (4 vezes)
2
Bati à porta do número três
3
Estava uma velha
a dançar com um chinês Que giro que é! (4 vezes) Bati à porta do número quatro
4
Estava uma velha
a dançar com um sapato Que giro que é! (4 vezes) Bati à porta do número cinco
5
Estava uma velha
a dançar com um brinco Que giro que é! (4 vezes
Bati à porta do número seis
Estava uma velha
a dançar com pincéis Que giro que é! (4 vezes)
6
Bati à porta do número sete
7
Estava uma velha
a dançar com um babete Que giro que é! (4 vezes)
ati à porta do número oito
Estava uma velha
a dançar com um biscoito Que giro que é! (4 vezes)
8
Bati à porta do número nove
9
Estava uma velha
a dançar com um bigode Que giro que é! (4 vezes)
Bati à porta do número dez
Estava uma velha
a dançar com os pés Que giro que é! (4 vezes)
10
Formiguinhas
5 Cinco formiguinhas Andando devagar Uma entrou no formigueiro Quantas restam para entrar? 4
4 Quatro formiguinhas Andando devagar Uma entrou no formigueiro Quantas restam para entrar?
3 TrĂŞs formiguinhas Andando devagar Uma entrou no formigueiro Quantas restam para entrar?
2 Duas formiguinhas Andando devagar Uma entrou no formigueiro Quantas restam para entrar?
1 A Ăşltima formiguinha Andando devagar Entrou no formigueiro Quantas faltam para entrar? 0
Lengalenga
Fui à caixa das bolachas Tirei uma Tirei duas Tirei três
1 2 3
Tirei quatro Tirei cinco Tirei seis Tirei sete Tirei oito Tirei nove Tirei dez Que guloso que tu és Se não páras já com isso Ficas gordo até aos pés
4 5 6 7 8 9 10
Poesia OS NÚMEROS DO MENINO GULOSO
Dá-me bolinhos Desde o almoço Faço jejum.
Dá-me bolinhos Como um agora Outro depois.
Dá-me bolinhos Que os vou papar Duma só vez.
Dá-me bolinhos Para os provar Logo no quarto.
Dá-me bolinhos Com tanta fome Eu bem os trinco.
Dá-me bolinhos seis, Todos maiores Que bolos-reis.
1
Mas não só um.
2
Mas não só dois
3
Mas não só três,
4
Mas não só quatro,
5
Mas não só cinco.
6
Mas não só
É através da experimentação e da comunicação, utilizando estratégias diversificadas, que se adquire prática na construção de relações entre números e assim as crianças vão desenvolvendo o sentido do número.
A aquisição do conceito de número é uma pirâmide de construções mentais progressivas abstratas, precisa de compreensão de relações de classificação (semelhanças) e de série (diferenças) com coleções de objetos, através de operações lógicas derivadas da perceção do princípio físico de invariabilidade da propriedade numérica dessas coleções de objetos. O importante não é até que número, contam as crianças, mas sim quantas relações estabelecem e como aplicam o que compreenderam.
A resolução de problemas é uma situação de aprendizagem em que a criança se vê confrontada com questões que a levam a refletir no como e no porquê das soluções. Esta, ao procurar padrões, raciocinar sobre dados, resolver problemas e comunicar ideias e resultados, desenvolve o pensamento crítico.
Só através da criação de oportunidades em que se torne fundamental a contagem de objetos é que a criança vai sentindo a necessidade de conhecer os termos da contagem oral e de relacionar os números. A disposição dos objetos em fila facilita a contagem, pois permite a separação entre os elementos contados e os que faltam contar.
Uma outra vertente do número é o seu sentido ordinal. Este desenvolve-se, por norma, posteriormente à contagem oral e envolve capacidades mais complexas. O sentido ordinal do número diz respeito a compreender que a sequência numérica está organizada de acordo com uma ordem, em que cada número ocupa um lugar bem definido, que não pode ser alterado e que nos pode dar indicações em relação a uma determinada seriação.
Em que ordem da fila para apanhar o autocarro, está cada pessoa?
CONTAGEM ORDINAL OUTONO
Uma folha cai no chão A segunda vem atrás Se juntarmos a terceira Diz-me quantas folhas faz?
+
+
=3
Duas folhas caem no chão A terceira vem atrás Se lhes juntarmos a quarta Diz-me quantas folhas faz?
+
+
=4
Três folhas caem no chão E a quarta vem atrás Se lhes juntarmos a quinta Diz-me quantas folhas faz?
+
+
=5
Quatro folhas caem no chão E a quinta vem atrás Se lhes juntarmos a sexta Diz-me quantas folhas faz?
+
+
=6
Cinco folhas caem no chão E a quinta vem atrás Se lhes juntarmos a sexta Diz-me quantas folhas faz?
+
+
=7
CONTAGEM ORDINAL INVERNO
Uma pinga cai no chão A segunda vem atrás Se juntarmos a terceira Diz-me quantas pingas faz?
+
+ =3
Duas pingas caem no chão A terceira vem atrás Se lhes juntarmos a quarta Diz-me quantas pingas faz?
+
+
=4
Três pingas caem no chão E a quarta vem atrás Se lhes juntarmos a quinta Diz-me quantas pingas faz?
+
+
=5
Quatro pingas caem no chão E a quinta vem atrás Se lhes juntarmos a sexta Diz-me quantas pingas faz?
+
+
=6
Cinco pingas caem no chão E a sexta vem atrás Se lhes juntarmos a sétima Diz-me quantas pingas faz?
+
+
=7
No J.I., ou em casa, podemos brincar com a matemática de forma lúdica e educativa, a partir das vivências das crianças e dos objetos do dia-a-dia ou de materiais simples. Os jogos são um excelente recurso pedagógico para se trabalhar a matemática com as crianças, pois não só se divertem como também podem gerar conhecimentos. O jogo como recurso pedagógico, planeado e devidamente acompanhado pelo adulto, promove a construção e potencia os conhecimentos, tendo por isso uma função educativa. Mas para isso o educador tem de intencionalmente escolher e planear o jogo adequado para atingir determinados objetivos, orientando a atividade de forma, a que no final se consiga fazer um registo do jogo, ilustrado com desenhos, recortes ou fotografias da atividade. Segundo Piaget, o pensamento lógico é o corolário do desenvolvimento psíquico que resulta da ação do individuo sobre o mundo. A partir das experiências, que a criança realiza consigo mesma, em relação aos que a rodeiam e aos objetos do mundo envolvente, interioriza as ações e elabora uma série de ideias, construindo o pensamento lógico.