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5 formas de fazer voluntariado com o IPDJ

Para saber mais sobre cada um destes programas ou iniciativas (prazos, inscrições, regulamento, etc…) visita ipdj.gov.pt ou acompanha o IPDJ através das redes sociais:

/ IPDJip /ipdj_ip /IPDJ_IP

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oportunidades ou organizações que buscam voluntários. Já o SVE disponibiliza oportunidades de voluntariado (até 12 meses) num país que não o de residência. Para tal, é necessário encontrar uma organização de acolhimento no país para onde se quer ir fazer voluntariado, sendo que o SVE disponibiliza uma base de dados de entidades e organizações acreditadas. cultura, desporto, serviço social, arte ou ambiente são apenas algumas das áreas em que são desenvolvidos projetos.

#5 Carta de Voluntariado Jovem pelo Ambiente

A Carta de Voluntariado Jovem pelo Ambiente é, antes de mais, um desafio lançado a jovens portugueses: participar em uma ou mais iniciativas de voluntariado durante o ano de 2021, trabalhando em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em específico, a iniciativa foca as ações ligadas à ética ambiental e à preservação das ações do futuro. De forma a responder a este desafio, os interessados podem registar a(s) iniciativa(s) de voluntariado a desenvolver preenchendo um formulário online, disponível no site do IPDJ (https://ipdj.gov.pt/carta-de-voluntariadojovem-pelo-ambiente). Desta forma, podem dar conhecer a forma como estão a contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.

Entrevista a Sónia Paixão, Vice-Presidente do IPDJ

«Fico sensibilizada com aquilo que os jovens são capazes de fazer»

Para a Vice-Presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Sónia Paixão, os jovens portugueses “estão cada vez mais conscientes da importância da sua participação cívica”. Uma tendência que vê confirmada na mobilização desta geração para a participação em diversas causas como a sustentabilidade ambiental e social ou a segurança online, entre outras. Detalhando o trabalho realizado pelo IPDJ na área do voluntariado, Sónia Paixão destaca o papel dos estudantes no apoio às suas comunidades: “Os jovens são pessoas de causas”.

Entrevista: José Maria Archer

O voluntariado é uma das atribuições do IPDJ, tendo em conta que a sua missão visa dinamizar “o voluntariado e o apoio da cidadania”. De que forma é que esta dimensão se concretiza na prática? Essa é uma das áreas de missão do IPDJ, que é materializada através de um conjunto de programas em que promovemos as ações de voluntariado, seja por iniciativa própria, ou através do apoio a diferentes organizações que se candidatam. O voluntariado está no ADN do IPDJ, desde o seu surgimento. Diria que é uma área onde está ancorada grande parte da ação do IPDJ junto dos e das jovens.

Durante o último ano, no contexto da pandemia da Covid-19, como avalia a mobilização dos jovens para o apoio a pessoas ou comunidades fragilizadas, através de ações de voluntariado? Posso referir experiências a dois níveis. Por um lado, existem os próprios programas que o próprio IPDJ desenvolveu, que começaram com um projeto no Alentejo – o Apoio Maior. Depois de uma proposta do Diretor Regional do IPDJ do Alentejo, dando conta a possibilidade de avançar com um projeto de voluntariado, tendo em conta o interesse e disponibilidade dos jovens, das juntas de freguesia e das autarquias para apoiar a comunidade, a nossa resposta foi positiva e rapidamente este projeto se estendeu a todo o território nacional. Tivemos cerca de 150 jovens envolvidos nestas ações, sobretudo no apoio aos seniores, levando as refeições ao domicílio, por exemplo, e complementando a atividade que as autarquias realizaram, na primeira linha de combate à pandemia. Por outro lado, posso destacar iniciativas que as próprias associações juvenis e estudantis organizaram. Foram distinguidas como boas-

práticas ações realizadas por várias associações no combate à pandemia, desde o apoio ao estudo ao apoio alimentar, passando pelo apoio aos idosos, entre outras. Foram muitas as iniciativas que os jovens tomaram para se sentirem úteis à sociedade e para darem de si ao outro, que é um princípio que norteia o voluntariado. Efetivamente, neste contexto de maior adversidade, verificamos que o espírito de comunidade foi muito importante. E os jovens, como estávamos à espera, disseram “estamos aqui”. Os jovens são pessoas de causas.

Como se pode explicar essa aproximação dos jovens à atividade voluntária? O que motiva os jovens à participação cívica e à cidadania é verem o seu contributo como uma mais-valia, dentro da comunidade onde se inserem. Nós temos vários programas de voluntariado jovem do IPDJ, onde utilizamos uma metodologia de trabalho entre pares. É de jovens para jovens que fazemos estas ações de sensibilização. São jovens voluntários que recebem a formação de técnicos qualificados nesta área e depois disseminam esta mensagem junto dos colegas e amigos. Outros exemplos de participação dizem respeito ao tema dos direitos dos jovens, por exemplo, ou as questões ambientais, que os levam a ter uma conduta diferente e intervir na comunidade, marcando a sua intervenção pela diferença. Eu diria que é uma conjugação entre a vontade de querer participar, de querer ser um cidadão ativo e pleno, e o interesse pela causa em si.

Existem outros exemplos de causas ou temas em que se registe um especial interesse dos jovens, no que diz respeito ao trabalho voluntário? Neste momento, outra das causas que vai interessando muito os jovens são as questões ligadas ao mundo digital e à utilização segura das plataformas tecnológicas. Mas diria que, no

topo, tendo em conta o índice de participação nos nossos programas de voluntariado, estão as questões ambientais. O programa de Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas, um programa do IPDJ em colaboração com outras áreas governativas, é sempre aquele que regista um maior número de jovens inscritos. Isso é revelador da sensibilidade dos jovens para esta área – tudo o que possa estar alicerçado neste grande chapéu da sustentabilidade acaba por estar envolvido. Outras causas, como as sociais, também registam níveis de participação elevados de voluntariado jovem, em projetos de contacto intergeracional, por exemplo, seja com crianças ou seniores. Tem sido muito gratificante ver como este encontro de gerações é possibilitado, nomeadamente ao recolher o testemunho das pessoas que recebem esta ajuda. Eu fico sensibilizada com aquilo que os nossos jovens são capazes de fazer. É pena que estas boas causas não tenham o eco que gostaríamos na comunicação social. São estes jovens que são os cidadãos do nosso país, da nossa Europa, do nosso Mundo, e que marcam a diferença. Há alguma mensagem que queira deixar aos «O voluntariado está no ADN do IPDJ, desde o seu surgimento. Diria que é uma estudantes portugueses? Acho que os jovens portugueses estão cada área onde está ancorada grande parte da vez mais conscientes da importância da sua ação do IPDJ junto dos e das jovens» participação cívica. E o voluntariado é uma excelente forma de participação cívica. É uma porta para uma cidadania plena, sendo que o voluntariado jovem vai ter sempre impacto no futuro de quem o pratica, oferecendo um outro olhar sobre o mundo. A mensagem que posso deixar é que as competências garantidas pelo voluntariado são cada vez mais valorizadas pelas organizações. É importante levar esta mensagem também aos pais e às mães, para que incentivem os filhos e os amigos dos filhos a participar em atividades de voluntariado ou no movimento associativo, por exemplo. Temos cada vez mais a certeza de que os grandes decisores do nosso país passaram por experiências desta natureza, que fazem toda a diferença.

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