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Entrevista a Carlos Mata, vice-presidente do Politécnico de Setúbal «As nossas taxas de empregabilidade são o reflexo de como desenhamos os cursos»
Ao longo dos últimos anos, o Politécnico de Setúbal tem-se destacado pelas taxas de empregabilidade elevadas. Os dados partilhados em 2020 pelo IEFP indicam uma taxa de 97,4% – “uma posição de liderança no ensino superior nacional”, sublinha o IPS. Em entrevista, o vice-presidente do IPS para a Empregabilidade, Carlos Mata, explica-nos algumas das razões que sustentam estes resultados, nomeadamente as ações realizadas para estudantes, na área da empregabilidade.
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Pensando nas várias ações e iniciativas para estudantes, na área da empregabilidade, quais são as prioridades do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)?
A prioridade passa por dotar os estudantes de ferramentas capacitadoras e potenciadoras da sua empregabilidade. Estas atividades consistem em workshops, seminários e outro tipo de iniciativas, muitas vezes em colaboração com organizações parceiras e diplomados do IPS. Isto de modo a que os estudantes possam, sem sair do campus, sentir-se mais próximos do mercado de trabalho. As competências desenvolvidas nestas iniciativas são, sobretudo, competências transversais, cada vez mais valorizadas pelas empresas.
Quais são alguns dos exemplos de ações realizadas?
A Semana da Empregabilidade do IPS é o momento do ano onde o mercado de trabalho se encontra mais próximo, fisicamente, dos estudantes e diplomados do IPS. Este evento conta com seminários, conferências, workshops e momentos de networking que permitem aos candidatos aprofundar conhecimento sobre o funcionamento do mundo do trabalho. É também neste evento que, durante dois dias, decorre a Feira de Emprego do IPS, onde mais de uma centena de organizações contacta diretamente com estudantes e diplomados através de sessões de apresentação, sessões de recrutamento e disponibilização direta de ofertas de emprego ou estágio. Outra das ações é o “Passaporte para o Emprego”, que tem como objetivo apoiar a inserção na vida ativa dos estudantes e diplomados do IPS. Consiste na realização de seminários e workshops abordando as diferentes fases de um processo de seleção, da construção do Curriculum Vitae à preparação para as entrevistas. O Programa de Mentoria do IPS é outro dos exemplos, relacionando atuais estudantes com diplomados,
no papel de mentores. O programa tem a duração de um ano e tem como objetivo oferecer aos estudantes do IPS um acompanhamento/aconselhamento mais próximo das realidades profissionais, com o apoio dos mentores. Atualmente, decorre a 5.ª Edição deste programa com um balanço muito positivo.
Qual a relação existente entre estas ações e a dimensão letiva, técnica e científica dos cursos?
Estas ações pretendem ser um complemento à componente técnica dos cursos do IPS, de forma a potenciar o seu perfil enquanto profissionais. Nos cursos os estudantes adquirem as competências técnicas e através destas ações reforçam as suas competências transversais ou soft skills. As iniciativas são facultativas e pretende-se que cada estudante possa usufruir daquelas que lhe fazem mais sentido. Esta gestão e análise de necessidades é feita pelos estudantes com o apoio do Serviço de Promoção da Empregabilidade.
Esta é também vista como uma forma de manter uma relação próxima com o tecido empresarial da região. Qual a importância desta proximidade, nomeadamente no que diz respeito às necessidades das empresas?
Para o IPS é muito importante dar resposta às necessidades das organizações, contribuindo assim para um mercado de trabalho mais competitivo e para formações cada vez mais “adaptadas” a essas necessidades. Também, na perspetiva do estudante, é muito importante que as organizações sejam presença assídua no Instituto, não só de forma a validar as aprendizagens feitas, mas também para o desenvolvimento de competências transversais e da rede de networking. Em síntese, as nossas taxas de empregabilidade são o reflexo da forma como desenhamos os cursos – em articulação com os empregadores, com a inclusão de estágio curricular e de formação em contexto real de trabalho. Esta é uma garantia para quem ingressa no IPS.
Sabe mais sobre o Politécnico de Setúbal aqui:
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O programa BrightStart oferece aos estudantes a possibilidade de conciliar uma experiência académica com uma vivência profissional, com direito a bolsa de estudos. Criado em parceria com a Deloitte, o programa já integrou mais de 220 alunos e conta com o lema “O futuro pode ser brilhante”.
Foi em 2017 que a Deloitte e o IPS decidiram implementar o BrightStart, com o objetivo central de captar talentos na área das Tecnologias de Informação. Através do programa, os estudantes
selecionados têm a oportunidade de combinar a parte curricular da licenciatura com uma forte componente
prática, ao integrarem projetos reais da Deloitte, bem como obter uma bolsa de estudos, sem pagar propinas. “A principal missão deste programa é, desde o seu início, capacitar jovens quadros altamente especializados”, explica o Partner da Deloitte, Paulo Pessanha de Almeida. Este objetivo é cumprido combinando a dimensão curricular da licenciatura com uma componente prática, através
da resolução de casos reais e do contacto direto com profissionais do
setor. O programa está alinhado com o calendário académico e o plano de formação inclui unidades curriculares como Programação, Tecnologias de Mercado, Tecnologias Emergentes, metodologias ágeis de desenvolvimento de software, entre outros, explica Paulo Pessanha de Almeida:
“O programa exige um grande nível de compromisso e resiliência porque os estudantes necessitam de gerir de forma eficaz o seu tempo, para conciliar da melhor maneira os elementos práticos e teóricos”.
Desde o seu início integraram o programa mais de 220 alunos. Dados que são vistos por Paulo Pessanha de Almeida como ilustrativos do sucesso da iniciativa. “A nossa intenção é ajudar a criar um impacto positivo e relevante na vida destes novos talentos”, explica, antes de acrescentar: “através da nossa men-
toria, ajudamos o desenvolvimento de competências-chave para o seu futuro pessoal e profissional”.
Por outro lado, os contributos dados pelos estudantes são também uma “enorme mais-valia” para a Deloitte, sublinha o responsável, tendo em conta o “olhar novo que [os alunos]
trazem para os projetos e a motiva-
ção de entrar e resolver problemas”. As candidaturas à nova edição do BrightStart vão abrir em breve, sendo que 2022 é visto como “um ano especial”. Para além de se celebrar o 5.º aniversário do programa, este será o ano em que a primeira turma integrada no projeto vai completar o seu curso. “Serão os primeiros alunos
formados ao abrigo do programa e que integrarão a Deloitte permanen-
temente”, conclui Paulo Pessanha de Almeida.
Sabe mais sobre o BrightStart aqui:
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O Politécnico de Setúbal pela voz dos estudantes
Estudantes das várias escolas superiores do Politécnico de Setúbal contam-nos mais sobre a sua experiência, explicando qual a importância da vertente prática do ensino e da ligação ao mundo do emprego.
«Uma visão mais real e concreta»
Catarina Antunes, 22 anos
Estudante da Licenciatura em Terapia da Fala da Escola Superior de Saúde do IPS
Os vários estágios realizados ao longo do curso revelaram-se uma mais valia, pois permitiram-me ter uma visão mais real e concreta do que será a minha prática clínica futura. Pude aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos durante as aulas, ter a oportunidade de intervir em diversos contextos e trabalhar com profissionais de outras áreas.
«Os estágios são indispensáveis»
João Pereira, 23 anos
Estudante da licenciatura em Desporto da Escola Superior de Educação do IPS
Sinto que, através do Instituto Politécnico de Setúbal, consegui experienciar uma formação académica segura, produtiva, emocionante e desafiante. Destaco a importância dos estágios que frequentei – são indispensáveis para quem quer fazer a diferença. Todo o percurso que vivi até hoje foi graças aos ensinamentos teórico-práticos que aqui recebi.
«A vertente prática ajuda-nos muito»
Érica Pedro, 22 anos
Estudante da Licenciatura em Tecnologias de Petróleo na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do IPS
Fazer parte deste curso tem sido muito bom. A oportunidade de realizar estágio é extremamente necessária. Embora a teoria seja importante, penso que a parte prática nos ajuda muito a compreender o que está envolvido na área da Energia e também se este é um setor adequado aos nossos interesses.
Helena Simão, 23 anos
Estudante do Mestrado em Gestão de Marketing na Escola Superior de Ciências Empresariais do IPS
O IPS foi a minha primeira opção exatamente pela componente prática que tanto o carateriza. Atualmente, encontro-me a trabalhar na empresa para a qual desenvolvi um projeto inserido no programa da licenciatura e continuo associada a uma outra onde realizei o meu estágio curricular. Acredito que, se o meu curso não tivesse uma componente prática forte, muito provavelmente tal não teria acontecido.
Ana Carvalho, 22 anos
Estudantes da licenciatura em Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do IPS
Realizar estágios curriculares desde o primeiro ano fez com que, comparativamente a estudantes de outras instituições, me destacasse pela experiência e pelo know-how que desenvolvi. Estas são oportunidades para nos desenvolvermos profissionalmente, uma vez que experienciamos situações não passíveis de replicar numa sala de aula, desenvolvendo competências que nos trazem claras vantagens na entrada para o mercado de trabalho.
«Expandimos os horizontes no mundo da tecnologia»
Afonso Maia, 24 anos
Estudante da Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS
O trabalho realizado durante a licenciatura deu-me conhecimentos que foram complementados com a realização de um estágio curricular, onde coloquei em prática as aprendizagens e adquiri novas competências, num ambiente profissional e enriquecedor. Estudar na ESTSetúbal/IPS permite desenvolver competências fundamentais para o futuro, expandindo-nos os horizontes no mundo da tecnologia.
Filipa Jacob, 21 anos
Estudante da licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde do IPS
O Curso de Enfermagem no IPS integra unidades curriculares, sendo que o contacto com a realidade da profissão em contexto de prestação de cuidados é uma constante, do 1º ao 4º ano da licenciatura, através dos Ensinos Clínicos. Agora que realizo o meu último estágio, reconheço a importância dos mesmos. Serão uma mais-valia para ingressar no mundo do trabalho.
O IPS para além do campus
Para responder às necessidades específicas do tecido empresarial de cada região e ampliar as oportunidades de formação superior, o Politécnico de Setúbal apostou em vários Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) que funcionam localmente. Estes cursos são promovidos em parceria com várias instituições, que explicam a importância desta iniciativa.
Grândola
«Um alcance estratégico»
Câmara Municipal de Grândola
“A parceria que existe entre a Câmara de Grândola e o IPS tem um alcance estratégico no nosso concelho. Por um lado, permite trazer para o nosso território oferta formativa de nível superior – com os cursos CTeSP em Gestão de Turismo e Produção Aeronáutica. Por outro lado, permite dar mais qualificação a quem já se encontra no ativo, contribuindo para que as perspetivas de carreira das pessoas melhorem, ao mesmo tempo que há uma maior qualidade no serviço prestado pelas empresas locais”.
Oferta CTeSP:
¬ Produção Aeronáutica ¬ Gestão de Turismo
Ponte de Sor
«A formação e educação são pilares fundamentais»
Câmara Municipal de Ponte de Sor
“A formação e a educação são pilares fundamentais da estratégia do Aeródromo Municipal de Ponte de Sor – atrair empresas e dinamizar a economia depende da capacitação de recursos, nomeadamente para áreas com escassez de pessoas qualificadas. O IPS é um parceiro importantíssimo neste posicionamento. O ensino superior politécnico é uma arma decisiva para a competitividade, com a formação de jovens para integração direta no mercado de trabalho, bem como para adequação de profissionais às áreas de trabalho mais inovadoras e tecnológicas”.
Oferta CTeSP:
¬ Produção Aeronáutica
Sines
Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA)
“A ETLA acolhe, nas suas instalações em Sines, CTeSP do IPS em áreas afins aos cursos profissionais que leciona há mais de 31 anos. Num território onde não existe oferta de ensino superior, quando os formandos da ETLA ambicionam progredir academicamente e aprofundar os seus conhecimentos, estes cursos técnicos superiores ministrados pelo IPS são uma mais-valia para o Litoral Alentejano, para a ETLA e, sobretudo, para os jovens que residem na região”.
Oferta CTeSP:
¬ Logística ¬ Automação, Robótica e Controlo Industrial
Amadora
«A possibilidade de elevar qualificações»
Escola Profissional Gustave Eiffel
“A Cooptécnica Gustave Eiffel (EPGE) associou-se ao IPS e à Câmara Municipal da Amadora, assegurando as condições para o desenvolvimento dos CTeSP no concelho, em áreas afins aos cursos profissionais que desenvolve. Desta forma, proporciona, aos seus diplomados e público em geral, a possibilidade de elevarem as suas qualificações. É uma continuidade natural para o trabalho desenvolvido na EPGE que procura, com a sua oferta formativa, responder às necessidades do tecido empresarial”.
Oferta CTeSP:
¬ Produção Audiovisual ¬ Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação
Loures
Instituto Profissional de Transportes - IPTrans
“Este CTeSP representa, em conjunto com outros dois no IPTrans, a primeira oferta de ensino superior profissional, no concelho de Loures. Para além de se reduzir a necessidade de mobilidade dos estudantes para o concelho de Lisboa, é importante para esta escola profissional e para os seus estudantes, uma vez que alarga a fileira de ensino e formação profissional em transportes e logística, acrescentando, aos níveis básico (3.º ciclo) e secundário, o nível superior”.
Oferta CTeSP:
¬ Logística ¬ Tecnologias de Laboratório Químico e
Biológico
Vila Franca de Xira
«Qualificação como motor do desenvolvimento»
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
“A oferta de um Curso Técnico Superior Profissional no concelho de Vila Franca de Xira integra a estratégia do município junto da comunidade educativa, no sentido de a aproximar do mercado empresarial, valorizando cada vez mais os cursos profissionais enquanto oportunidade válida para o sucesso profissional e académico dos jovens. A parceria com o IPS, em conjunto com as demais existentes, contempla o desígnio de considerar a qualificação do capital humano jovem como o motor do desenvolvimento económico e social do nosso território”.
Oferta CTeSP:
¬ Tecnologias de Laboratório Químico e
Biológico