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Rumo ao nível 4 Quais são as opções de dupla certificação?

São várias as opções de cursos que garantem aos estudantes uma dupla certificação ou o nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (ver caixa): a conclusão do ensino secundário e a preparação para uma profissão. Conhece a oferta e avalia qual será a mais adequada ao teu perfil.

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Profissionais

Os cursos profissionais podem ser lecionados em escolas profissionais (públicas ou privadas), bem como em escolas secundárias da rede pública. Para entrar, os estudantes necessitam de ter concluído o 9.º ano de escolaridade, sendo que o currículo se divide, ao longo de três anos letivos, em formação sociocultural, técnica e científica. Os cursos são organizados por módulos, de forma a permitir maior flexibilidade na aprendizagem dos alunos.

Cursos de Aprendizagem

Uma das principais diferenças dos cursos de aprendizagem para os cursos profissionais está no local onde são ministrados – nos centros de formação profissional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Por outro lado, o critério de entrada implica uma idade inferior a 25 anos, sendo que os cursos terão uma duração de 3700 horas. Os formandos recebem subsídio de refeição e transporte, bem como uma bolsa de profissionalização.

#3 Cursos Artísticos Especializados

Os cursos do ensino artístico especializado funcionam em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo e focam-se nas áreas das artes visuais, dança, música e audiovisuais. São indicados para estudantes que procuram uma forma de desenvolver as suas aptidões ou talentos artísticos. O foco está na preparação para exercer a profissão, mas também para o prosseguimento de estudos a nível superior. Os cursos na área da Música são os únicos que não conferem dupla certificação.

#4 Cursos de Educação e Formação

Os Cursos de Educação e Formação – conhecidos como CEF – abrangem vários várias tipologias e certificações escolares, sendo que alguns (níveis 5, 6 e 7) permitem obter uma dupla certificação. Lecionados em escolas públicas e privadas, bem como centros de formação profissional do IEFP e outras entidades formadoras acreditadas, estes cursos destinam-se aos estudantes com idade igual ou superior a 15 anos.

O que são cursos de dupla certificação?

Os cursos de dupla certificação garantem ao estudante permitem garantir, simultaneamente, a conclusão do ensino secundário e a preparação para uma profissão. Estes são cursos que oferecem uma qualificação de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), tornando claro que o diplomado possui uma formação profissional em determinada área. Por essa razão, a implementação do QNQ permitiu distinguir as opções profissionalizantes da conclusão de um curso de científico-humanísticos (nível 3). No total, há quatro tipos de cursos que podem garantir esta dupla certificação. No nível 4 enquadram-se ainda cursos do ensino secundário vocacionados para o prosseguimento de estudos e que incluem um estágio profissional de pelo menos seis meses.

O que é o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ)?

Introduzido há 14 anos, o Quadro Nacional de Qualificações veio apresentar uma correspondência entre a conclusão de uma formação e a sua respetiva qualificação. Esta ligação teve por referência o Quadro Europeu de Qualificações, de forma a que todos os empregadores europeus possam saber qual o grau de qualificação de determinado curso. O QNQ divide-

-se em 8 níveis, que vão da conclusão do Ensino Básico à obtenção do grau de Doutor. Em cada um destes níveis, há um conjunto de conhecimentos, aptidões e atitudes que lhe estão associados. Desta forma, torna-se claro para todos o que aprendeste na tua formação e que utilidade têm as tuas aprendizagens.

E o prosseguimento de estudos?

Frequentar e completar um curso profissionalizante não exclui a possibilidade de prosseguir estudos no ensino superior. Para além da possibilidade de participar no Concurso Nacional de Acesso, exista ainda uma via para o ensino superior criada para diplomados de vias profissionalizantes. Criado durante o ano letivo 2020/2021, este concurso especial de ingresso destina-se aos titulares de cursos de dupla certificação. Desta forma, os diplomados de cursos do nível 4 (bem como do ensino artístico especializado na área da música) podem contar com uma forma de acesso alternativa ao Concurso Nacional de Acesso. O novo concurso tem um contingente de vagas próprio e leva em conta critérios como classificação final do curso, classificação nas provas finais (PAP, PAF ou PAA) e a classificação numa prova de avaliação de conhecimentos e competências.

Ambiente académico

No IPCA é promovido um forte sentido de comunidade alicerçado numa cultura de proximidade, de integração e de inclusão. A adaptação ao ambiente académico é promovida através do desenvolvimento de atividades ao longo do ano letivo e pelo incentivo ao envolvimento dos estudantes nos vários grupos académicos e na vida da instituição.

Internacionalização

As experiências internacionais são fortemente cultivadas e estimuladas junto da comunidade académica, através da participação no Programa ERASMUS+, para a realização de períodos de estudo e estágio internacionais e da aprendizagem de línguas. A internacionalização no IPCA ganhou mais força desde que integramos a RUN-EU e nos tornámos uma Universidade Europeia, dando à comunidade académica oportunidades de frequentar Shorts Advanced Programmes (SAP’s).

Empregabilidade

A elevada empregabilidade é resultado de uma forte aposta na formação orientada para a aquisição de competências exigidas pelo mercado de trabalho, nacional e internacional, com o objetivo de potenciar a colocação dos seus diplomados na vida ativa.

Proximidade

Os estudantes do IPCA beneficiam de uma cultura de proximidade instituída, que se traduz na facilidade de contacto com um corpo docente altamente qualificado e empenhado em contribuir para a aprendizagem, a aquisição de competências e para o sucesso académico dos estudantes.

Oferta formativa

A diversidade da oferta formativa permite aos estudantes frequentar um curso conferente de grau, seja um curso de licenciatura ou de mestrado, um curso conferente de diploma técnico superior profissional, ou ainda realizar cursos não conferentes de grau como pós-graduações e cursos breves ou de especialização, podendo ainda optar por estudar em regime diurno, pós-laboral ou ensino a distância.

Apoios sociais

Os estudantes podem candidatar-se a uma bolsa de estudo e, no mínimo, receberem o valor da propina. Os estudantes que não podem beneficiar de bolsas de estudo e que revelem uma situação económica desfavorecida, poderão ser apoiados pelo Fundo de Emergência para suportar despesas com a alimentação, transporte, material escolar e alojamento.

Investigação

O IPCA existe a aposta na investigação aplicada e orientada para a prática e na produção e transferência de conhecimento para a sociedade e para as empresas, proporcionando-se um ambiente propício à inovação e à articulação com o projeto educativo, de forma a envolver os estudantes nos projetos desenvolvidos e permitir a aquisição de competências transversais e multidisciplinares.

Campus

O IPCA dispõe de um Campus verde, saudável e seguro, com espaços físicos ambientalmente sustentáveis, adaptados ao desenvolvimento de atividades pedagógicas e laborais, com respeito pela saúde e bem-estar da sua comunidade. Os edifícios e laboratórios estão devidamente equipados, com tecnologia de ponta, garantindo um ambiente pedagógico que promove a inclusão e o sucesso académico.

Ligação à Comunidade

A estreita ligação e envolvimento do IPCA com a comunidade externa são atualmente um marca de referência na região, no país e na Europa, o que potencia um conjunto de oportunidades para a sua comunidade discente, nomeadamente uma maior interação com o meio empresarial, cultural e científico.

Localização e acessibilidades

Com sede em Barcelos, o Campus do IPCA localiza-se na zona oeste da cidade, com fácil acesso carral e pedonal ao centro urbano e com ligação direta, através da rede de autoestradas, a 3 grandes cidades do Norte (Porto, Braga e Guimarães), das quais distas cerca de 30 minutos. O acesso destas e de outras cidades do Norte do país é garantido através da rede de transportes públicos (comboio e autocarro). Para além da sede em Barcelos, o IPCA tem ainda Polos em Braga, Guimarães, Famalicão, Esposende e Vila Verde.

Profissões para trabalhar no mundo do espetáculo

Seja no Teatro, na Música, na Dança ou em outras artes performativas, há muitas formas de trabalhar no mundo do espetáculo, sem se ser necessariamente artista ou intérprete. Fica a conhecer algumas delas.

#1 Técnico/a (Som, Luz e Vídeo)

Os técnicos trabalham os vários elementos que compõem o espetáculo, sendo que habitualmente, são especializados num deles. O técnico de som analisa o espaço para responder às necessidades do espetáculo, criando um desenho de som, tendo em conta, por exemplo, a acústica ou a dimensão do local. Já o técnico de luz prepara o sistema de iluminação, criando um setup que se enquadre na criação artística em palco. Mais recentemente, as possibilidades tecnológicas abriram caminho ao técnico de vídeo que é responsável pela criação e transmissão de conteúdos audiovisuais durante o espetáculo. Para além de realizarem a preparação do local, estes profissionais trabalham durante a performance ao vivo. Habitualmente, podem ter formação nas áreas de Engenharia de Som, Teatro (variante Técnico de Luz e Som) ou Multimédia.

#2 Produtor/a

A palavra produtor ou produtora designa um profissional que contrata, organiza e supervisiona a realização de tarefas relacionadas com a execução de um espetáculo. Por essa razão, os produtores e produtoras estabelecem planos de ação e gerem orçamentos, realizando tarefas como a marcação de hotéis e viagens ou contratação de serviços necessários (drivers, fotógrafos/as ou equipas de limpeza, por exemplo). Como tal, estes profissionais devem possuir um grande sentido de responsabilidade e organização, bem como capacidade de comunicação e de resolver problemas. Podem deter formações superiores na área da produção (uma variante incluída em vários cursos na área do Cinema, Teatro ou Música).

#3 Agente e Manager

Por vezes vistos como tendo funções similares, agentes e managers têm responsabilidades bastante diferentes, na sua relação com o mundo do espetáculo. O ou a agente, também denominado de booker, tem como principal preocupação efetuar marcações e vendas de um espetáculo, estabelecendo contactos com possíveis interessados e respondendo a pedidos de informação sobre custos e logística, por exemplo. Já o ou a manager é responsável por gerir a carreira de um artista, habitualmente desenhando estratégias nas áreas musicais e de comunicação. Uma formação superior na área da Gestão poderá ser útil, sendo que competências de comunicação interpessoal, coordenação de equipas e de organização serão importantes.

#4 Programador/a Cultural

O trabalho muitas vezes invisível dos programadores e programadoras passa por desenhar e implementar uma estratégia cultural para uma estrutura (como um teatro ou um centro cultural) ou uma região (normalmente um município), escolhendo os vários espetáculos/ iniciativas que vão compor uma determinada temporada ou ciclo. Nesse sentido, o programador terá de manter um contacto próximo com representantes de vários setores, conhecendo as características da sua comunidade, de forma a maximizar o efeito da sua ação. Sentido de responsabilidade, conhecimento cultural e capacidade de empatia serão muito relevantes nesta tarefa, sendo que existe alguma oferta de formações de ensino superior especializadas nesta área.

#5 Direção de Cena (Stage Manager)

Tradicionalmente, no mundo do Teatro, o Diretor ou Diretora de Cena assegura a coordenação de tarefas que rodeiam a execução técnica de um espetáculo, certificando que atores e técnicos cumprem a sua função no momento certo. Por essa razão, este trabalho é realizado em grande proximidade com o/a encenador/a que, normalmente, toma decisões criativas ligadas à expressão artística. Estes profissionais surgem também em espetáculos musicais, sendo responsáveis pela organização de trabalhos que acontecem em palco. Competências de organização serão muito importantes para estes e estas profissionais, que necessitam também de possuir capacidade de adaptação e de resolução de imprevistos.

#6 Coreógrafo/a

Sendo um criador, o coreógrafo ou a coreógrafa não tem necessariamente de ser intérprete. Movendo-se no campo da dança, estes e estas profissionais podem centrar a sua atividade em várias especialidades que vão do ballet à dança contemporânea, passando por vários géneros. O objetivo do seu trabalho passa por exprimir ideias através da dança e de gestos corporais, elaborando movimentos e sequências. O seu trabalho pode resultar num espetáculo de dança ou incorporar outros espetáculos (musicais ou teatrais). A capacidade de criação, musicalidade e sentido estético serão por isso muito relevantes. Existem cursos superiores de Dança que habilitam para esta profissão, sendo que ela é precedida, habitualmente, de alguma experiência enquanto bailarino ou bailarina.

#7 Figurinista

Os e as figurinistas são os responsáveis por criar e elaborar o figurino utilizado por personagens de uma produção artística que pode ser teatral, musical ou televisiva. Por essa razão, trabalham de perto com os outros intervenientes do espetáculo como artistas, produtores ou encenadores. A visão estética do criador (coreógrafo, criador ou diretor artístico) será o ponto de partida para o figurino, cabendo a estes profissionais a sua adaptação aos usos e movimentos do performer. Criatividade, capacidade de execução e adaptação serão por isso fundamentais nessa profissão que implica experiência na área do design de moda, existindo formação superior especializada.

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