Como o Politécnico de Portalegre ajuda os estudantes a construir o futuro

#1 BioBIP

A BioBIP – Bioenergy and Business Incubator of Portalegre descrevese como sendo “vocacionada para a incubação de empresas e/ou projetos, essencialmente de base tecnológica, relacionados com as áreas formativas” do Politécnico de Portalegre. Criada em 2015, esta estrutura tem vindo a conhecer um crescimento muito significativo, contando atualmente com um total de 35 empresas e projetos incubados. De forma a apoiar estes vários projetos e empresas, a BioBIP disponibiliza áreas individualizadas e serviços comuns, para garantir o melhor acolhimento aos promotores de projetos e ideias inovadoras e com elevado potencial de crescimento. Alguns destes projetos são spinoffs do próprio Instituto Politécnico de

Portalegre, ou seja, resultam do trabalho dos estudantes, docentes e investigadores.

Um dos recursos a que os projetos da BioBIP têm acesso é um FabLab – um laboratório de fabricação digital e robótica que é utilizado por “pessoas com espírito criativo e empreendedor como por exemplo: designers, arquitetos, engenheiros, makers ou estudantes”, pode ler-se no site deste laboratório. Através de diferentes tipos de equipamentos de última geração para apoio à criação, as ideias são transformadas em produtos.

Outros espaços relevantes são um centro de experimentação semiindustrial na área da bioenergia (BioBIP Energy), um laboratório de multimédia e animação para criação de projetos audiovisuais ou laboratório de bioenergia.

#2 BioBIP2 Tech Transfer

O sucesso alcançado pelo projeto BioBIP levou a que o Politécnico de Portalegre tenha tomado medidas para a ampliação da estrutura. O resultado desta intervenção foi inaugurado em março de 2023, no culminar no projeto BioBIP 2 – Tech Transfer. Através de um investimento de 3,3 milhões de euros, foi possível integrar novos equipamentos, mais espaços para incubação de empresas e projetos, bem como novos laboratórios que hoje constroem a BioBIP. O novo edifício tem cerca de 1500 m2.

O projeto foi financiado pelo Alentejo 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. De acordo com o pro-presidente do Politécnico de Portalegre e Diretor da BioBIP, Artur Romão, a capacidade foi mais do que duplicada, estando agora disponível para que para a “participação activa da comunidade académica de todas as escolas e dos parceiros”. O objetivo passa por “promover, cada vez mais, a transferência de tecnologias e a valorização do conhecimento ao serviço do desenvolvimento da região”, disse, citado pelo Jornal Alto Alentejo.

“Esta nova fase da BioBIP tem uma nova vertente”, destaca o presidente do Politécnico de Portalegre, Luís Loures, no momento da inaguração: “Para além de alargar as áreas da intervenção da incubadora, acaba por oferecer uma nova valência ligada à transferência de tecnologia”

A oportunidade que este projeto representa para os estudantes do Politécnico de Portalegre foi também destacada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. “Estamos a falar de parcerias muito fortes com empresas, que podem fazer investigação com o Politécnico e podem influenciar os conteúdos pedagógicos dos cursos”, destacou a ministra, antes de concluir: “Penso que este é um projeto de parceria entre a Ciência, a Tecnologia e a Inovação, bem como entre o Politécnico de Portalegre e a sua comunidade”

#3 C.BIP

Uma das novidades mais recentes, a C.BIP – Incubadora Cultural e Criativa do Politécnico de Portalegre é, como o nome indica, uma estrutura dedicada a apoiar empresas e projetos culturais ou criativos. Esta incubadora é gerida pelo Politécnico de Portalegre, depois de assinado um protocolo com a autarquia local.

A incubadora está localizada no edifício da antiga Sociedade Vintém, tendo a recuperação do espaço implicado um investimento de cerca de 729 mil euros e obras de requalificação que duraram cerca de um ano. A localização da C.BIP –no Largo Serpa Pinto, no centro da cidade de Portalegre – é destacada pela pro-presidente do Politécnico de Portalegre, Vera Barradas: “Numa zona da cidade que foi de poetas, pintores, desenhistas ou fotógrafos, a C.BIP é a nova incubadora do Politécnico de Portalegre que disponibiliza espaços para empresas de carácter criativo e não tecnológico”

O espaço da C.BIP funcionará como um polo criativo no centro da cidade, tendo o nome do projeto, explica Vera Barradas, significados múltiplos. “O C é de ‘cultura’, ‘criatividade’, ‘cidade’ e também de ‘casa’”, revela, antes de concluir: “É a nova casa dos criativos no coração da cidade”