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Entrevista ao Pastel de Nata: «Nem me falem de ‘gourmet’. Qualquer dia servem-me com lascas de presunto»

A FORUM encontrou o Pastel de Nata num ginásio de Telheiras, a queimar calorias para o verão. Numa entrevista rápida, este símbolo nacional falou sobre algumas das suas irritações relativas ao mundo contemporâneo.

Olá, Pastel de Nata. A manter-se em forma para o verão?

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Nem mais. Se essa já é normalmente uma preocupação dos portugueses e portuguesas feitos de carne e osso, agora pensem no meu caso, que sou feito de açúcar, ovo, farinha e não só. Basicamente, respiro calorias. Vai tudo direto para a massa folhada.

Há algum ingrediente secreto que possa partilhar connosco?

É uma pergunta interessante. Há quem defenda que o que conhecem como pastel de nata atualmente não é mais do que uma tentativa de reprodução dos famosos Pastéis de Belém – que haviam sido criados por monges do mosteiro do Jerónimos, algures durante o século XIX. E a verdade é que a receita destes pastéis continua a ser um segredo até hoje, pelo que haverá alguns ingredientes que eu próprio não conheço, curiosamente (risos).

Como é que acabou por se tornar um símbolo nacional?

Bem, como é que eu posso dizer isto de forma humilde? Tornei-me um símbolo nacional porque, basicamente, sou delicioso (risos). Mais a sério, é difícil perceber bem a minha história. Há referências históricas a uma receita de pastéis de leite que poderá ser a minha origem, no século XVI. A primeira receita de pastéis de nata foi encontrada num convento de Évora em 1729. Certo é que, desde então, fui sempre ganhando popularidade em Portugal e no mundo.

E o que tem a dizer sobre as reinvenções do pastel de nata que se podem encontrar hoje?

Ui, nem me falem de “gourmet”. Parece que agora é obrigatório reinventar tudo, não é? E parece que a receita é sempre a mesma. Começa-se por acrescentar um “ia” no final de tudo – nem que seja uma “guardanaparia” ou um “palitaria”. Depois, acrescenta-se umas bagas de goji antioxidante ao produto e está feito (risos). Bem, ainda pode ser pior. Qualquer dia, servem-me com lascas de presunto.

Gémeos

(21/05 a 20/06)

Os nativos e nativas de Gémeos vão concretizar um objetivo antigo: tentam, há vários anos, convencer o grupo de amigos com que vão à praia que são, cito, “especialistas a colocar protetor solar”. A frase pode parecer estranha: afinal, que há de tão especialista em espalhar um creme pelas costas, pescoço, pernas ou… Ah, okay. Não precisei de ler as cartas para perceber esta.

Caranguejo

(21/06 a 20/07)

Nativos de Caranguejo, temos de falar. Em específico, sobre a vossa opção por toalhas da praia que se recusam a passar despercebidas, pintadas com os desenhos mais estranhos de que há registo na história das criações humanas. Posso interessar-vos numa toalha de uma cor só, mesmo que tenha uma frase em inglês de sintaxe discutível? Sei lá, tipo: “The Sea Is Like My Heart In The Middle Of The Night”.

Leão

(21/07 a 22/08)

Há verões inesquecíveis. O verão em que alguém entra na tua vida como se sempre já lá estivesse estado. Em que fazes uma viagem que te marcará para sempre. Em que lês o livro que muda a tua visão do Mundo. Depois, há verões em que acordas às três da tarde, comes cereais, vês televisão, fazes uns posts e vais dormir. Faz as tuas escolhas com sensatez.

Virgem

(23/08 a 22/09)

Movimentações interessantes no campo astral dos nativos e nativas de Virgem com os astros a demonstrarem boa recetivida-

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