Insurreiçom nº 3

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Edita: Capítulo Galiza da Coordenadora Continental Bolivariana Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org

Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento da ediçom: 2 de Março de 2009 http://www.conbolivar.org http://www.abpnoticias.com

Nº 3 · Inverno de 2009

A poucas horas do 50 aniversário da histórico triunfo da Revoluçom cubana, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental Bolivariana realizou três acçons de homenagem a umha das maiores gestas da história contemporánea. A entrada do Exército Rebelde, comandado por Fidel e Raúl Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, na Havana na madrugada do 1 de Janeiro de 1959 mudou o curso da história da luita de classes a escala mundial e, tal como em 1917 com a vitória da Revoluçom Bolchevique na Rússia, mostrou qual era o caminho aos povos e à classe trabalhadora para atingir a sua liberdade e emancipaçom. Cuba leva cinqüenta anos a sementar sonhos e esperanças entre amplas maiorias excluídas e oprimidas do planeta. Os povos do mundo, a classe trabalhadora, as mulheres, a juventude estamos agradecidos polo desigual combate –livrado com grande sacrifício– polo povo cubano contra o imperialismo, pola sua solidariedade internacionalista, polas constantes leiçons de humanidade e coragem que vem dando ao mundo.

Onze companheiros e companheiras detidas, dúzias de contusionadas, é o balanço repressivo da histórica jornada de luita do 8 de Fevereiro em que o mais digno da Galiza contestou nas ruas da nossa capital o hegemonismo espanhol. Grupos ultras diversos, com o apoio do PP e da UPyD, decidiram que chegara o momento de defender sem máscara a extinçom do galego na terra em que nasceu há mais de um milénio. O desafio estava lançado e foi contestado como devia. Nom podia ser de outro jeito: ao fascismo há que pará-lo na rua desde o primeiro momento. Foi umha resposta diversificada, com elementos de paródia, com resistência passiva e protesto pacífico do independentismo revolucionário, e fazendo frente às forças de ocupaçom nas ruas da nossa capital, com orgulho de galegos e galegas livres. A resposta repressiva foi, como quase sempre, brutal. A militáncia da

Por este motivo, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental Bolivariana despregou em três pontos emblemáticos da nossa geografia nacional faixas reconhecendo os grandes contributos da Revoluçom Cubana para a luita contra o imperialismo e em prol do Socialismo. O Castelo de Sam Filipe, na ria de Ferrol, no norte, a catedral de Compostela no centro e, no sul, a fortaleza de Salvaterra de Minho, fôrom os lugares escolhidos para transmitir o nosso apoio a Cuba e à sua Revoluçom, com os melhores votos de que o povo cubano escolha o caminho certo para aprofundar no igualitarismo e na construçom de umha verdadeira democracia socialista. Coincidindo com a resistência do povo palestiniano da Faixa de Gaza frente à brutalidade do colonialismo sionista, quando com enorme dignidade e coragem se enfrenta à embestida da maquinaria bélica israelita, a bandeira da Palestina acompanhou a de Cuba e a da Galiza libertada na margem do rio Minho.

esquerda independentista comprovou-no em primeira pessoa. O camarada Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha e membro da Direcçom Nacional de NÓS-UP, foi brutalmente espancado pola polícia espanhola, que nom perdeu a ocasiom de ir por ele com toda a maquinaria repressiva da forças de ocupaçom. A partir deste momento dúzias de luitadoras e luitadores galegos, que enfrentárom cara a cara a repressom sem recuar nem um milímetro, confrontárom-se com coragem à polícia espanhola nas ruas de Compostela. Galiza terá futuro enquanto tiver dignos filhos e filhas como as que, às dúzias, figérom frente nesse dia 8 de Fevereiro à Espanha de sempre: aos fascistas que aspiram a ver desaparecer o nosso povo, a nossa língua, a nossa identidade. Nom vam conseguí-lo. Apesar da cobardia do autonomismo colaboracionista, das condenas das entidades afins aos agredidos convertidos em "violentos", a jornada do 8 de Fevereiro fica gravada como umha das melhores páginas da Galiza rebelde e combativa, como umha jornada histórica que reafirma que é o caminho da unidade e a luita o que nos conduzirá à vitória: à Independência, ao Socialismo, a superaçom do patriarcado, a umha Galiza que poda viver livre e plenamente em galego.

Embora a esquerda domesticada e aqueles sectores que aparentemente se situam no campo revolucionário teimem em defender o indefensável, cada vez parece mais nítido que é inevitável o confronto com a burguesia. A profunda crise estrutural do capitalismo é umha realidade tangível que já nom se pode maquilhar, ainda que o sistema hegemónico na prática totalidade do planeta tente realizar os ajustamentos e recomposiçons imprescindíveis para evitar o seu colapso e assim continuar a perpetuar a dominaçom sobre a imensa maioria dos povos e das classes trabalhadoras. Mas, para podermos confrontar em condiçons vantajosas e com hipóteses de triunfo as grandes luitas que se enxergam no horizonte, é imprescindível que existam sólidas organizaçons e movimentos revolucionários, e que estes logrem tecer e atingir a unidade imprescindível para garantir a vitória. Eis umha das principais condiçons para avançar na conquista do novo mundo. As luitas desenvolvem-se a escala nacional, nas nossas respectivas formaçons sociais concretas, no nosso caso nesta naçom oprimida polo capitalismo espanhol chamada Galiza. Mas também para combatermos com sucesso e eficácia tam poderoso inimigo é cada vez mais importante e necessário vertebrar a colaboraçom entre as organizaçons e os povos que luitamos contra idêntico monstro que

devora a natureza, aniquila culturas, mata seres humanos e nos arrebata o futuro. Este ano comemoramos o 90 aniversário da criaçom da Internacional Comunista. A Komintern foi fundada en Março de 1919 por iniciativa de Lenine e do Partido Comunista de Rússia (Bolchevique) agrupando os partidos comunistas do mundo com o objetivo de luitarem pola superaçom do capitalismo, a completa aboliçom das classes e a realizaçom do socialismo, como primeiro passo a sociedade comunista tal como manifestavam nos seus primeiros estatutos. A CCB fai parte desta imprescindível e renovada rede mundial que devemos seguir desenvolvendo e alargando para coordenar experiências, modelos e métodos de luita, respeitando a diversidade, as dinámicas e as características de cada umha das suas partes, enriquecendo-se na retroalimentaçom de cada um dos processos. A um ano da perda de Raúl Reyes, de Manuel Marulanda e Francisco Martins, a sua memória e exemplo segue presente em nós porque som fonte permanente e inesgotável de inspiraçom da Revoluçom Galega e Mundial.

26 de Março, Dia do direito universal dos povos à rebeliom armada


Como despedida do ano coincidente com o cumprimento dos 50 anos de Revoluçom Cubana, reproduzimos de forma parcial, por questom de espaço, o artigo de opiniom do revolucionário dominicano Narciso Isa Conde, velho amigo do processo revolucionário cubano, e membro da Presidència Colectiva da CCB, sobre os novos desafios que este enfrenta na actualidade. Podes consultar o artigo completo na seguinte ligaçom: http://ccb-galiza.org/?p=140

Os 50 anos de revoluçom cubana e as rebeldias que lhe antecedêrom implicam umha cadeia de transcendentes e fermosas heresias revolucionárias, precursoras da nova independência latino-caribenha e da justiça em sociedade. O assalto ao Quartel Moncada foi a heresia inicial em direcçom a conquistar o céu. Heresia frente ao status quo das direitas, das oligarquias, das tiranias, do imperialismo. Heresia no seio das esquerdas de entom, altamente dogmatizadas, acomodadas, anquilosadas. Ruptura da quietude, superaçom audaz da negaçom à necessária rebeldia armada, rebeliom contra o apego às normas dos manuais marxistas de diferentes facturas e escolas, contra o aferramento às leis da história inventadas por certos pseudomarxistas para negar o papel transformador da vontade revolucionária dos seres humanos. Subversom de todo o estabelecido nos cánones da política contemporánea desses tempos. Ousadia e intrepidez criadora “Aventura revolucionária” no senso guevarista do termo. Procura, em fim, do “atalho revolucionário” do que tanto nos falou Lenine, esquecido por aqueles supostos continuadores que qualificárom de “puch” essa acçom catalisadora e desencadeante de novas energias revolucionárias.

Inflexom histórica de impacto mundial Após Moncada, Granma, da epopeia de Serra Maestra, da façanha de Girón… a história do nosso continente e do mundo sofreu umha positiva inflexom histórica. Nada voltou a ser igual que antes, sobretodo porque a revoluçom cubana, longe de se mediatizar, aprofundou-se e expandiu a sua seiva alentadora. Cuba revolucionária nasceu sem apoio soviético e a contracorrente da sua política de Estado e da sua concepçom sobre o reparto de áreas de influência com as potências ocidentais. Mas nom tardou, para bem e para mal, em receber um valiosíssimo apoio material da URSS na sua luita contra o bloqueio, o cerco e a crescente agressividade e assédio militar dos EUA. Por essa rota a dependência tornou-se crescente, talvez bastante mais do devido e inevitável. Logo, a segunda onda, com o seu epicentro no Cone Sul, foi esmagada polas ditaduras militares e o despregamento da “doutrina de segurança nacional” de factura gringa. Mais tarde, a terceira deu o seu fruto revolucionário na Nicarágua, ameaçando com a sua extensom ao Salvador e Guatemala… até que as dramáticas mudanças na correlaçom de forças internacionais provocadas polo colapso da URSS e do denominado campo socialista europeu, e pola derrota eleitoral do sandinismo, deixárom sem efeito grande parte d o s ava n ç o s e i m p u g é r o m à C u b a revolucionária umha relativa, longa e perigosa “solidade”.

Cuba: entre a originalidade da sua revoluçom e o peso da influência soviética Por outra parte, antes do derrubo do “socialismo real” a contaminaçom e a “copiadora” derom lugar a mudanças deploráveis a nível interno entre a cubanidade dessa revoluçom pioneira a nível continental e a tendência à sovietizaçom e dogmatizaçom desse processo; realidade que perdurou depois desse infausto acontecimento, agregados ao modelo estatista-burocrático que predominou dentro dessa longa e intensa briga, as mudanças injertadas a raiz do “período especial”; alheios também a umha autêntica socializaçom e geradores dumha complexa e daninha dualidade

Convivência em luita com correlaçons diversas no partido, o Estado, as organizaçons sociais, a ideologia, a cultura, as forças armadas, a academia, e em toda a sociedade A força histórica da cubanidade da revoluçom frente à sovietizaçom crescente derivada das diversas formas de cooperaçom e dependência respeito à URSS e ao denominado “campo socialista” europeu. A heresia revolucionária frente ao dogma. O marxismo criador da revoluçom martianamarxista versus o marxismo soviéticodogmático da estatizaçom e a burocratizaçom, em briga até hoje. Impugérom-se em maior medida as características essenciais dos “socialismos de Estado” do século XX: estatizaçom em grande escala, trabalho assalariado, controlo do excedente e distribuiçom do mesmo a cargo dos (as) administradores do Estado, fusom do partido e o Estado, dependência das organizaçons sociais do partido único fundido com o Estado, crescente identificaçom da política exterior do partido e das organizaçons sociais com a política do Estado; amplos planos sociais em saúde, educaçom, desportos, cultura; e império dum alto sentido de justiça na redistribuiçom da renda, acompanhado dum sistema de privilégio e corrupçom burocrática, nom tam irritante como o da URSS e o dos países do Leste. Outro aspecto negativo o modelo predominante em Cuba é o facto de que o Estado e o partido estatizado, as suas camadas burocráticas-tecnocráticas dirigentes,

apropriam-se nom só do direito a distribuir sem controlo nem participaçom social e democrática o excedente económico, essa parte do produto do trabalho assalariado nas empresas do Estado, como se apropriam ainda das liberdades, as quais dosificam ao seu belprazer e conveniência. Trata-se da estatizaçom da economia e da política, da economia e as diversas expressons do poder. Reconhecer as façanhas sem obviar a crise e a necessidade de ultrapassá-la Nada disto, porém, nega as grandes façanhas políticas e sociais dos revolucionários/as cubanos/as. Umha delas, a façanha de sobreviver como revoluçom com vocaçom socialista e espírito de justiça. Esta façanha, que implicou desafiar com êxito o imperialismo na defesa da sua autodeterminaçom mesmo depois do colapso do socialismo real, tem umha categoria muito especial na história da humanidade. O modelo que resultou de todo aquilo e segue vigente, estagnou, esgotou-se e exibe sérios défices, deformaçons e negaçons respeito ao que no plano das ciências sociais e da política revolucionária marxista deveria ser um projecto de transiçom ao socialismo. A mudança de modelo, de estruturas, de sistema político é cada vez mais necessário e urgente. A sua continuidade em crise poderia dar lugar ao seu colapso e a restauraçom traumática do capitalismo e a recolonizaçom. A reversibilidade desse modelo é algo confirmado na história recente e nisto nom deve ser evadido. O ascenso de Obama à presidência dos EUA longe de diminuir os riscos, aumenta-os; posto que muitas vezes a aproximaçom e a penetraçom resultam mais eficazes que a hostilidade e a agressom. Na verdade, pode haver diferença nos métodos, mas nom nos resultados, entre os que se proponhem matar a revoluçom cubana com bombas e cercos, e os que planejam liquidá-la com beijos e abraços. A sua reforma a favor da liberalizaçom, da p r i va t i z a ç o m , d a d e s r e g u l a ç o m , d o alargamento do mercado, do investimento estrangeiro e a sua coexistência com a ordem capitalista, singelamente conduziria a um modelo parecido ao chinês, isto é, conduziria a umha restauraçom nom estridente, paulatina, do capitalismo. Algo nom desejável por todo aquele/la que se considere revolucionário/a socialista. A opçom desejável, do ponto de vista revolucionário, a que resta por tratar, é a socializaçom progressiva do estatal, através da auto gestom e co-gestom dos trabalhadores, através da cooperativizaçom e/ou colectivizaçom das pequenas e medianas empresas produtivas e de serviços, da combinaçom de variadas formas de propriedade e gestom social, e de diversas formas de usufruto social da propriedade pública e da conversom progressiva da economia de mercado em economia de equivalência (em que reja o valor das mercadorias e nom os seus preços).

contraataque O primeiro de Março de 2008, numha operaçom conjunta do exército colombiano e forças de segurança norte-americanas, violando de forma descarada a soberania da irmá república do Equador, dirigidas e orientadas a partir das bases gringas de Três Esquinas no Caquetá, e Manta no Equador, morreu o nosso comandante Raúl Reyes, quando dedicava todos os seus esforços para roçar os caminhos que nos permitirám confluir com todos aqueles que, tal como nós, sonham com umha Colômbia em Paz com Justiça Social, Dignidade e Soberania. Um golpe sensível para a nossa organizaçom. Mas muito mais, foi umha punhalada à traiçom à possibilidade real de conquistar a paz na Colômbia. O que até esse momento se tinha forjado foi destruído dessa forma. Raúl, digno representante da classe obreira colombiana, vinha concertando contactos com porta-vozes da sociedade colombiana e da comunidade internacional em aras de impulsionar e fazer realidade o Acordo Humanitário e sentar as bases para iniciar a procura da saída política ao conflito colombiano. Raúl foi um fiel intérprete da vocaçom de paz das FARC-EP, en funçom do qual nom poupou esforços nem sacrifícios até chegar a oferendar a sua vida. Nom satisfeitos, os inimigos da paz encabeçados por Álvaro Uribe, tomando como base documentos incautados, realizárom umha burda montagem contra personalidades da Colômbia e o exterior com o único intuito de fechar até a mais pequena fresta que nos permitisse continuar a avançar na construçom de soluçons distintas à guerra. Esquecêrom que a essência das FARC-EP e a sua razom de ser é a Paz, entendida como a reconciliaçom e a reconstruçom da nossa Pátria

sobre a base de parámetros novos que garantam a repartiçom equitativa da riqueza que produz o nosso laborioso povo, que erradique a miséria, que garanta a participaçom de todos nas grandes decisons, em resumo, que priorize o ser humano e o seu contexto. Daí seguirmos a reconstruir esses vieiros por cima da adversidade e confronto da maior ofensiva mediática e militar que organizaçom algumha tenha sofrido na América Latina. Mostra evidente som as libertaçons unilaterais de prisioneiros dos últimos dias. Sete dias despois, morre o nosso querido comandante Iván Ríos, assassinado de forma traiçoeira. Crime que passará à história universal da infámia. Toda a orgia mediática e as declaraçons dos persoeiros do regime que se gerárom à volta desta felonia, pugérom à vista mais umha vez a sua catadura fascista e os valores morais e éticos que os identifica. Com a morte de Iván a Colômbia perdeu outro defensor da Paz. Nunca esqueceremos o seu trabalho diligente e constante em aras de construir consenso, a sua jovialidade, optimismo e a profunda confiança no projecto fariano. Nestas trincheiras que durante anos compartilhamos com Raúl e Iván, a um ano da sua desapariçom física, podemos dizer-lhes que outros ocupárom os seus postos e redobramos esforços para fazer realidade a construçom da Pátria Grande e o Socialismo, garantia para que haja Paz na Colômbia. Gloria eterna à memória de Raúl e Iván! Montanhas da Colômbia, 1 de Março de 2009 Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP

O processo revolucionário referendado 16 de Fevereiro por 6.310.482 votos (54.85%) frente a 5.193.839 (45.14%) é umha contundente vitória popular que contribui a marcar decisivamente a via socialista, mas também outros processos anti-imperialistas a escala continental, e obviamente a reforçar a esquerda de todo o planeta. A AGARB considera que a Revoluçom Bolivariana tem diante sua enormes reptos que superar. Esta vitória permitirá abordar em melhores condiçons a superaçom de inércias e limitaçons inerantes ao processo, abandonando definitivamente todos os vícios da IV República que ainda persistem no aparelho estatal. Chegou a hora de saldar as dívidas contraídas com o povo que aguarda com esperança a integral reabilitaçom do aparelho administrativo, a erradicaçom do burocratismo, umha real e profunda distribuiçom da riqueza e recursos do país, a aplicaçom de políticas que eliminem de raíz a delinquência e insegurança instalada sociologicamente. Embora muitos votos procedem de um eleitorado cansado de esperar polas dificuldades de todo tipo, e que aguarda impacientemente atingir as metas que nom se logram, a confiança depositada no comandante Hugo Chavez é imensa. Mas o PSUV tem que ser mais do que essa máquina eleitoral que sem dúvida demonstrou ser, eficiente e com resultados eleitorais indiscutíveis. Tem que dialogar com o resto da esquerda revolucionária, construir espaços de unidade e luita. Deve aprofundar na democracia popular e participativa. Com esta vitória, o PSUV e todo o movimento Bolivariano deve começar um processo, já em parte implementado, caracterizado pola autocrítica que ajude a renovar as estruturas tanto das Missons como dos ministérios estratégicos com a finalidade de recortar o gasto público desnecessário, protegendo e aumentando na medida do possível os fundos com destino ao investimento e ao gasto social. A Revoluçom Bolivariana deve ratificar a sua vocaçom inequivocamente socialista promovendo a auto-organizaçom e poder popular, aprofundando no verdadeiro socialismo desmontando a economia de mercado vigorante hoje em dia na Venezuela.

http://www.farc-ejercitodelpueblo.org/

Domingo 25 de Janeiro a Associaçom de Amizade Galego Cubana Francisco Vilhamil convocou em Vigo um acto de homenagem junto à estátua do herói nacional cubano José Martí. A partir das 12 horas e apesar das inclemências meteorológicas, tivo lugar umha concentraçom onde interviu a associaçom convocante destacando alguns dos contributos de Martí para o corpus teórico das actuais revoluçons socialistas latino-americanas, assim como reflexons e prognósticos martianos sobre o imperialismo espanhol, confirmando o tenebroso papel que os EUA jogariam para a América futura. A seguir tomou o relevo o cônsul cubano Alejandro Fuentes, quem abordou a vida do patriota cubano desde a sua tomada de consciência sobre a monstruosidade do escravismo e a opressom espanhola, até a sua nomeaçom como General Maior do exército de libertaçom nacional cubano e a sua queda em combate. Finalmente, e para concluir o acto, realizou-se umha oferenda floral diante do monumento. A Brigada Galega Fuco Gomes estivo presente no acto.

O Capítulo Galiza da CCB transmitiu um caluroso saúdo revolucionário, socialista e bolivariano ao III Congresso da organizaçom juvenil revolucionária BRIGA realizado 17 de Janeiro em Compostela. Quando o imperialismo recrudece o seu perfil mais agressivo, quando sem ambigüidades monstra o seu verdadeiro rosto criminoso e terrorista, quando o capitalismo se acha numha das suas crises cíclicas mais graves, a existência de organizaçons revolucionárias como BRIGA nom só é algo necessário, é algo imprescindível.


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