Insurreicom 7

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 7 · Inverno de 2010

O devastador terramoto que destrui em Janeiro a capital do Haiti, provocando mais de um quarto de milhom de mortes e centenares de milhares de pessoas feridas, foi aproveitado polo imperialismo norteamericano para invadir por quarta vez a naçom caribenha. Em 1915 os Estados Unidos tomárom conta do país saqueando os seus recursos, -como o ouro do Banco Nacional-, durante duas décadas. Posteriormente o país padeceu as brutais ditaduras do clan Duvalier até que em 1994 logo da esmagadora e fugaz vitória de Aristide nas eleiçons de Dezembro de 1990, -pois foi deposto sete meses depois da sua eleiçom polo golpe militar do general Cedrás-, a administraçom Clinton invade o país por segunda vez. Nas eleiçons convocadas sob ocupaçom ianqui, Alexis Préval, apoiado por Aristide, saiu eleito com 87% dos votos frente ao candidato favorito do imperialismo. Mais tarde, em 2000, foi sucedido por Aristide que arrasou com 92% dos votos. Porém o padre adepto à Teologia da Libertaçom tinha-se submetido a um acordo com Washington atraiçoando o seu programa eleitoral. Em troques de recuperar o governo amparado polos marines norteamericanos comprometera-se a implementar um duríssimo plano neoliberal privatizando as principais empresas estatais e suprimindo as tarifas de importaçom. Perante a impossibilidade governamental de conter os protestos do movimento popular contra o política socio-económica Bush pai optou por derrubar Aristide mediante paramilitares de extrema-direita aplicando o modelo da contra nicaraguense. A caótica situaçom do país contribuiu a justificar que os EUA realizam em Fevereiro de 2004 a terceira invasom, neste caso com apoio francês. Aristides foi confinado na República Centroafricana e em Junho desse ano tropas brasileiras e de outros países latinoamericanos tomam o controlo do Haiti sob a bandeira da ONU. Até 2006 as tropas de ocupaçom da Minustah nom convocárom eleiçons. Novamente, contra o desejo do imperialismo, Préval ganhou de forma esmagadora. Porém nom passou de ser um governo títere, sem poder algum, submetido à batuta da embaixada brasileira, ao serviço dos interesses das multinacionais. O Haiti foi a primeira república preta da história da humanidade que conseguiu libertar-se do colonialismo. Entre 1791 e 1804 o povo haitiano

derrotou sob o liderato de Toussaint L´Ouverture as tropas espanholas, inglesas e francesas de Napoleom realizando a única revoluçom vitoriosa de escrav@s. Posteriormente a primeira naçom que atingiu a independência colabora com Simón Bolívar na luita anticolonial de América Latina e as Caraíbas. Mas perante as contradiçons internas do novo estado o Haiti dividiu-se em duas partes, Cristophe no norte e Pétion no sul. A que tinha sido a colónia mais produtiva do império francês tivo que submeter-se em 1825 às condiçons draconianas impostas por Paris para levantar o bloqueio económico do imperialismo. O Haiti tivo que pagar 100 milhons de francos (à volta de 19 bilhons de €) como “reparaçom histórica” da sua emancipaçom, cifra que nom logrou sufragar até 1947. Isto significou o fim da sua soberania, o seu empobrecimento e a sua conversom em semicolónia imperialista. A sua privilegiada situaçom geoestratégica, à beira de Cuba e próxima a Venezuela, convertem o Haiti numha codiciada “peça” para o imperialismo. Mas também sendo o país mais pobre do hemisfério ocidental permite a utilizaçom de brutais métodos semi-escravagistas na exploraçom da sua mao de obra polas multinacionais têxteis (Codevi, Hanes) instaladas nas dúzias de zonas francas impostas por Washington nos seus acordos “secretos” com Aristide. A necessidade dos USA de reduzir a dependência das importaçons do petróleo substituindo-o gradualmente por etanol convertem ao Haiti numha magnífica plantaçom de cana de açúcar a baixo custo empregando a totalidade das suas terras férteis à produçom de biocombustíveis a preço mínimo para o mercado norteamericano. A imposiçom da lei Hope, -o seu particular ALCA-, permite aos Estados Unidos intercâmbios comerciais livres sem pagar taxas alfandegárias, impossibilitando ao governo haitiano qualquer controlo de preços das mercadorias importadas, e a definitiva privatizaçom dio serviços telefónicos, portos, aeroportos, saúde, entre outros. A actual intervençom humanitária nom passa de um show mediático, de umha enorme operaçom comercial, de um gigantesco negócio para as mais de 10 mil ONG`s que estám operando no País convertendo Porto Príncipe na cidade do planeta com maior número de 4X4 recem saídos do concessionário. A catástrofe natural veu-lhe como anel ao dedo ao imperialismo. Mas o Haiti rebelde saberá novamente como reconstruir a Naçom de Pétion e libertar-se deste novo colonialismo.


Reproduzimos a análise de Miguel Urbano Rodrigues sobre a situaçom da América Latina e a política imperialista. Foi publicada em www.odiario.info

A nova estratégia golpista dos EUA na América Latina O desfecho do golpe nas Honduras chamou a atenção para a nova estratégia golpista dos Estados Unidos na América Latina. É transparente que Washington, recorrendo a processos diferentes dos t ra d i c i o n a i s , c o n s e g u i u o q u e pretendia: afastar um presidente progressista democraticamente eleito e substitui-lo por gente da sua inteira confiança. Essa vitória do imperialismo não deve ser subestimada porque se integra numa estratégia ambiciosa, que visa a neutralizar, sem pressas, o movimento de contestação dos povos da América Latina à dominação dos EUA.

democrática nos EUA, terá sido superior a 60 %. Em Janeiro Porfirio Lobo tomará posse e a Administração Obama reconhecerá como legitimo o seu governo. Tudo indica que os governos da União Europeia, com poucas excepções, também restabelecerão gradualmente relações diplomáticas com as Honduras. A Casa Branca não esconde a sua satisfação. Considera resolvida a crise hondurenha. Afinal, os EUA idearam e patrocinaram um golpe militar, simularam condenar o derrubamento do presidente constitucional, e, através de uma farsa eleitoral, colocaram em Tegucigalpa um homem da sua inteira confiança. O governo de Lobo será uma ditadura de fachada institucional. O caso hondurenho reforçou em Wa s h i n g t o n a a u t o r i d a d e d o s defensores da nova estratégia musculada para a América Latina. Outra vertente desta é a ampliação da presença militar directa dos EUA na Região. O regresso da IV Frota a águas sul-americanas antecipou uma decisão que configura uma ameaça ostensiva aos países que tentam seguir uma politica soberana: a instalação na Colômbia de 7 bases militares norteamericanas.

O sistema de poder imperial identifica como «ameaça» os governos da Venezuela Bolivariana e da Bolívia, que condenam o capitalismo, propondo como alternativa o socialismo. A Casa Branca teme que o Equador siga o mesmo rumo e não esconde a sua inquietação pela eleição no Uruguai, na Nicarágua, em El Salvador e no Paraguai de presidentes com programas anti-neoliberais (embora não os apliquem). Atolados em guerras perdidas no Iraque e no Afeganistão, alarmados com o caos paquistanês e incapazes, até agora, de impor a sua vontade ao Irão – o único grande pais muçulmano da Ásia que desenvolve uma politica independente – o sistema de poder dos EUA sentiu o perigo da «avançada revolucionária» dos povos da América Latina. O precedente de Cuba assusta. Nesse contexto, o golpe atípico nas Honduras foi o prólogo de uma e s t ra t é g i a c u j o o b j e c t i vo é o restabelecimento da velha ordem imperial numa Região que durante mais de um século era olhada como «o pátio das traseiras». Porquê atípico? Na aparência foi um cuartelazo à moda antiga. O comandante do exército (um general formado na Escola das Américas, com cadastro por ter chefiado uma gang de ladrões de automóveis) mandou prender o presidente. De madrugada, a tropa invadiu o palácio e Manuel Zelaya, ainda em pijama, foi metido num avião e expulso para a Costa Rica. Simultaneamente um político de extrema-direita, proclamou-se Presidente da República. Mas tudo fora minuciosamente p r e p a ra d o. O p r i m a r i s m o e a brutalidade do golpe suscitaram repulsa universal. A Casa Branca apressou-se a condenar o gorilazo e a pedir o restabelecimento da normalidade constitucional. Tudo foi montado para colocar Obama acima de suspeitas. Mas enquanto os países da União Europeia r e t i ra ra m o s e m b a i x a d o r e s d e Tegucigalpa, os EUA mantiveram o seu na capital hondurenha e não suspenderam a ajuda económica e militar ao governo fantoche de Micheletti. Com o correr dos dias a cumplicidade dos EUA tornou-se transparente. O

A iniciativa suscitou uma vaga de protestos de dimensão continental. A divulgação do texto inglês do acordo assinado com o governo de Bogotá confirmou que as Forças Armadas dos Estados Unidos instaladas em território colombiano não somente podem, doravante, participar do combate às guerrilhas das FARC e do ELN como intervir sem limitações onde quer que Washington considere isso necessário.

embaixador Hugo Llorens é um cubano de Miami naturalizado norteamericano. Foi na própria embaixada que Micheletti e os generais gorilas montaram o golpe. O comando da força aérea hondurenha está aliás instalado na Base militar estadounidense de Palmerola. Seguiu-se o folhetim da condenação formal do golpe pela OEA e a mediação do costarricense Oscar Arias, um incondicional de Washington. Era preciso ganhar tempo. O regresso sensacional de Manuel Zelaya e a sua instalação na Embaixada do Brasil criou uma situação não prevista. Mas Hillary Clinton manobrou de maneira a impedir que o presidente legítimo reassumisse o cargo. Aliás recusou sempre definir como «golpe» o cuartelazo que derrubou Zelaya. A preparação das eleições farsa de Novembro foi montada de acordo com o subsecretário de Estado dos EUA, Thomas Shanon. Enviado por Obama,

esse membro do governo garantiu ao então candidato á Presidência, o milionário Porfirio Lobo, seu ex-colega n a u n i ve r s i d a d e d e Ya l e , q u e Washington reconheceria as eleições

“A vitória do imperialismo nas Honduras não deve ser subestimada porque se integra numa estratégia ambiciosa, que visa a neutralizar, sem pressas, o movimento de contestação dos povos da América Latina à dominação dos EUA” como legitimas. Nas semanas seguintes, marcadas por intensa repressão, ocorreram ainda alguns episódios de farsa que não alteraram o desfecho. A abstenção real na eleição fraudulenta, elogiada como

A indignação dos povos latinoamericanos ficou patente na Conferência da UNASUR, realizada em Bariloche, na Argentina. Mas nada saiu desse encontro onde o presidente Lula, conciliador com Uribe, dedicou mais tempo a criticar Chávez, Evo Morales e Rafael Correa do que a denunciar a ameaça para a América Latina das novas bases militares estadounidenses. Wa s h i n g t o n , a l é m d o a p o i o incondicional do governo neofascista de Álvaro Uribe, tem um aliado firme no governo do peruano Alan Garcia e confia que no Chile o candidato da extrema-direita, o multimilionário Sebastian Pinera, seja eleito presidente a 17 de Janeiro, na segunda volta. O apoio dessa troika e as excelentes relações mantidas com o Brasil, a Argentina e o Uruguai permitirão a Obama, no âmbito da nova estratégia, endurecer a sua posição perante os governos de Chávez, Evo e Correa. A ratificação pelo Congresso do Brasil da adesão da Venezuela ao Mercosul foi, entretanto, um rude golpe para os EUA. Washington não esconde o seu apoio à política económica e financeira do governo Lula, de recorte neoliberal, que no fundamental, como bom administrador do capitalismo, favorece o grande capital e a agro-indústria e não afecta os interesses das


transnacionais. Mas Obama não esconde as suas apreensões relativamente a algumas iniciativas tomadas por Brasília no campo da política externa. O projecto de criar o Sucre como moeda que substituiria o dólar nas transacções comerciais entre os membros da ALBA é visto – um exemplo – pela Casa Branca e pelos banqueiros de Wall Street como um desafio intolerável. O aprofundamento das relações da ALBA com a União Europeia é outro motivo de preocupação para a Administração Obama. A nova estratégia golpista para o Hemisfério foi concebida precisamente para dar uma resposta global ao avanço das forças progressistas no Sul do Continente. O Departamento de Estado e o Pentágono chegaram à conclusão de que era urgente travar esse avanço. Em Washington exclui-se por ora a intervenção militar directa em países que não se submetem. A repercussão internacional de uma iniciativa desse género seria desastrosa para a imagem dos EUA, tão desgastada pelas suas guerras asiáticas. Mas seria uma ingenuidade crer que as bases norte-americanas na Colômbia não serão utilizadas para uma escalada de provocações contra a Venezuela e outros países da Região. Independentemente do reforço da intervenção contra as FARC, a heróica guerrilha-partido caluniada pelo imperialismo. O Departamento de Estado –onde Hillary Clinton desenvolve uma actividade tão negativa como a de Condoleeza Rice na presidência de Bush– confia sobretudo no efeito da sua politica nos países cujos governos define como «inimigos». Espera, graças a uma nova estratégia, ter êxito naquilo que em meio século de guerra não declarada os EUA não conseguiram em Cuba. O golpe hondurenho não se pode obviamente repetir em qualquer dos países sul-americanos que defendem uma alternativa ao capitalismo. Mas Washington soube extrair lições importantes do seu sucesso. Destruir por dentro o regime venezuelano seria, na opinião dos assessores de Obama, o objectivo principal. Hillary tem aliás multiplicado os ataques ao governo de Caracas, consciente de que a

“Na Conferência da UNASUR, realizada em Bariloche, o presidente Lula, conciliador com Uribe, dedicou mais tempo a criticar Chávez, Evo Morales e Rafael Correa do que a denunciar a ameaça para a América Latina das novas bases militares estadounidenses” Venezuela bolivariana é hoje – como afirma o economista francês Remy Herrera – «uma das frentes antiimperialistas mais dinâmicas do mundo» Mas a Revolução Bolivariana atravessa uma fase difícil. A queda do preço do petróleo privou o governo de recursos financeiros que foram fundamentais na batalha contra o analfabetismo, no fornecimento de alimentos subsidiados às camadas mais pobres da população e para o êxito das misiones que tornaram possível, com a cooperação solidária de mais de 20.000 médicos cubanos, prestar assistência médica a milhões de venezuelanos que a ela não tinham acesso. A enorme popularidade do presidente junto das massas e a adesão destas à

elo mais vulnerável da troika progressista sul-americana, os EUA não perdem a esperança de criar no país uma situação de caos, propicia a abrir a porta ao restabelecimento da velha ordem.

condenação do capitalismo e ao projecto de transição para o socialismo como alternativa à hegemonia do imperialismo resultou sobretudo da humanização das condições de vida da grande maioria da população, afundada na miséria. Os efeitos da crise mundial do capitalismo,

“O PSUV foi criado à pressa, por decisão do Presidente, e estruturado de cima para baixo, com intervenção mínima das massas populares. Resultado: nasceu infestado de oportunistas”

ao manifestarem-se na Venezuela – nomeadamente através das cotações do petróleo e de uma inflação acelerada – afectaram, como era inevitável, toda a estratégia de desenvolvimento. O Partido Socialista Unido da Venezuela –PSUV– não atingiu o objectivo. A sua fundação respondeu a uma necessidade histórica. Mas o PSUV foi criado à pressa, por decisão do Presidente, e estruturado de cima para baixo, com intervenção mínima das massas populares. Resultado: nasceu infestado de oportunistas. É significativo que o Partido Comunista da Venezuela e o Pátria para Todos, duas organizações revolucionárias que sempre apoiaram (e apoiam) Chávez não se tenham dissolvido e integrado no PSD. O chamado Socialismo do Século XXI pretende ser a ideologia que encaminhará a Revolução bolivariana para um socialismo original. Mas aqueles que identificam nele um «modelo» para a América Latina têm contribuído sobretudo para semear a confusão ideológica. Alguns dirigentes e quadros do PSUV mostram-se mais preocupados em criticar o marxismo do que em colaborar com o Presidente na desmontagem das engrenagens do Estado venezuelano que permanecem sob controlo da burguesia. Contrariamente ao que muitos europeus crêem, a Venezuela continua a ser um país capitalista no qual as antigas elites conservam um grande poder económico que lhes garante a propriedade dos meios de produção (terras, indústrias, comércio, etc.), o controle parcial da actividade bancária e financeira, e dos meios de comunicação social. É nesse contexto que uma oposição poderosa e cada vez mais arrogante desafia Hugo Chávez, consciente de que a sobrevivência da revolução bolivariana está indissoluvelmente ligada à pessoa do

Presidente. As esperanças dos EUA residem por isso mesmo num agravamento da situação económica do país que altere a correlação de forças existente. Sondagens recentes revelaram que a popularidade de Chávez tem diminuído. Não podendo intervir militarmente, Washington apoia nos bastidores todas as iniciativas da oposição que possam destabilizar o país, dividir o chavismo, semear dúvidas nas Forças Armadas e enfraquecer o poder do Presidente. Não se deve – repito – subestimar o perigo representado pela paciente estratégia golpista da Administração norteamericana no tocante à Venezuela. Washington trata de favorecer ao máximo, e estimular através de provocações externas, o trabalho interno de sabotagem da Revolução bolivariana. Bolívia e Equador A Bolívia é outro alvo da nova estratégia golpista estadounidense. Tal como na Venezuela, o êxito do processo revolucionário em curso é inseparável da acção e do prestígio do seu líder. Evo Morales conta com o apoio esmagador das massas aymaras e quechuas, que constituem a maioria da população. Evo é o primeiro indígena que chega à Presidência na América do Sul. Não somente honrou os compromissos assumidos com o seu povo como foi mais longe numa radicalização progressiva de posições, que o levou a tomar medidas revolucionárias geradoras de confrontação com o imperialismo norteamericano e com transnacionais brasileiras e espanholas. Entretanto, o MAS, que conta agora com mais de dois terços do Congresso, continua a ser mais um Movimento do que propriamente um partido. O «socialismo comunitário», a opção boliviana que encaminharia o país para o socialismo, reflecte as contradições do MAS e a influência de uma exacerbação do indigenismo. No governo, actuam forças que se esforçam por travar transformações revolucionárias. O próprio vice-presidente da República, Garcia Linera, é um intelectual cuja tese sobre a necessidade de um «capitalismo andino-amazónico» deixa transparecer a sua confusão ideológica, expressa alias na defesa que faz das ideias de Toni Negri. Washington acompanha com atenção as fragilidades do processo boliviano. A embaixada norte-americana tem-se envolvido em conspirações contra Evo Morales e agentes dos serviços de inteligência, da CIA e da DEA, mantêm relações estreitas com os dirigentes da oligarquia de Santa Cruz, núcleo do movimento separatista. Sendo a Bolívia pela força da oposição o

Correa na lista negra de Washington Rafael Correa é um reformador antineoliberal, mas não se propõe encaminhar o Equador para o socialismo. Passou, entretanto, a ser também considerado pelo Pentágono como «inimigo dos EUA» a partir do dia em que declarou que fecharia a Base Militar de Manta quando expirasse o Acordo que tinha permitido a sua instalação. A maneira como defendeu a soberania do seu pais em situações de conflito com transnacionais petrolíferas e bananeiras que a desrespeitavam e as excelentes relações que desenvolveu com a Venezuela, a Bolívia e Cuba contribuíram para piorar as relações de Washington com o jovem presidente do Equador. E a tensão aumentou quando o governo de Quito apresentou provas de que a Base de Manta tinha colaborado activamente com a força aérea colombiana na preparação do bombardeamento em território do Equador do acampamento do comandante Raul Reyes, das FARC, agressão pirata que provocou então o rompimento de relações com o governo de Uribe. A dignidade e firmeza de Rafael Correia na defesa da independência nacional conquistaram o respeito do seu povo, mas a agressividade da direita oligárquica, apoiada pelos EUA, aconselha muita prudência nas previsões sobre o futuro próximo. Na prática é muito reduzido o poder real de um presidente patriota e progressista num país que no final do século XX foi forçado pelos EUA a adoptar o dólar como moeda nacional. O discurso humanista de Barack Obama não emociona mais a maioria daqueles que acreditaram nas promessas da sua campanha. Os actos do presidente dos EUA desmentem-lhe as palavras. O

“Obama aprova e incentiva uma politica que promove o terrorismo, estimula o militarismo e tem contribuído para a intensificação e alastramento das guerras desencadeadas pelo seu país no Médio Oriente e na Ásia Central”

cidadão distinguido com o Prémio Nobel da Paz aprova e incentiva uma politica que promove o terrorismo, estimula o militarismo e tem contribuído para a intensificação e alastramento das guerras desencadeadas pelo seu país no Médio Oriente e na Ásia Central. O actual orçamento de defesa dos EUA, de 700.000 milhões de dólares é superior a todos os demais orçamentos militares do mundo somados. Relativamente à América Latina, o compromisso de uma nova política é negado pela realidade. A nova estratégia intervencionista da Casa Branca para o Sul do Hemisfério é mais intervencionista e perigosa do que de George Bush. Do Rio Grande à Patagónia os povos começam a tomar consciência dessa ameaça. Os alvos prioritários são a Venezuela bolivariana e a Bolívia. Grandes lutas contra o imperialismo estadounidense esboçam-se no horizonte.


Entrevista a Carlos Morais

“Galiza mantém umhas estreitas relaçons históricas, culturais, sociais, políticas com a Pátria Grande de Bolívar” de Dezembro, na capital da República Bolivariana da Venezuela, os povos latino-americanos e caribenhos, mas também todos aqueles, caso do galego, submetidos à dominaçom imperialista, contamos com umha nova ferramenta para combater as raízes da nossa dependência e promover a alternativa emancipadora do socialismo.

Porque se decidiu transformar a Coordenadora Continental Bolivariana em Movimento Continental Bolivariano? Que significado tem essa transformaçom? Desde a constituiçom da CCB como estrutura de convergência de diversas expressons, basicamente, da esquerda latino-americana e caribenha, mas também com presença de diversos grupos de apoio europeus, passárom mais de sete anos. Após o sucesso da homenagem continental realizada em Agosto de 2003 para comemorar 190 aniversário da campanha admirável que Simón Bolívar realizou entre Cartagena e Caracas, tivo lugar dous anos depois, em Agosto de 2005, em Caracas o primeiro congresso da CCB. Posteriormente numha fase de expansom organizativa e acumulaçom de forças realizou-se em Quito, em Fevereiro de 2008, o II Congresso. O entusiasmo revolucionário de um processo desta complexidade, envergadura e dimensom estivo também pragado de obstáculos e dificuldades inerentes à construçom de um ambicioso espaço unitário que abrange partidos políticos de es q u er d a, o r g an i z aç o n s r evo l u c i o n ár i as , movimentos sociais, intelectuais comprometidos com o Socialismo, representantes dos povos originários e afrodescendentes, um enorme conglomerado de activistas estudantis, juvenis, da causa da emancipaçom da mulher, sindicalistas, ecologistas. Assim, nestes anos foi-se somando um importante caudal de cores e aromas rebeldes, criando novos Capítulos em países onde antes nom tínhamos presença, que permitírom dar o salto quantitativo e qualitativo de coordenadora para movimento, com o intuito de melhorar e multiplicar a nossa eficácia para assim acelerar os objectivos que perseguimos de construir umha organizaçom internacional do Rio Bravo à Terra de Fogo para combater o imperialismo ianque, toda forma de colonialismo, o c a p i t a l i s m o n a s u a f a s e n e o l i b e ra l , e simultaneamente promover a Revoluçom Socialista. O MCB avança na direcçom de promover a integraçom das diversas naçons do hemisfério na Grande Pátria sonhada por Bolívar, no caminho da superaçom da dependência que padecem os povos latino-americanos e caribenhos polo capitalismo e polas diversas formas de dominaçom com que historicamente se foi dotando. Com esta transformaçom realizada no congresso constituinte que tivo lugar há uns dias, entre 7 e 9

Qual é a dimensom da nova organizaçom? Podemos falar do germe de umha nova Internacional? O MCB recolhe no seu seio o rico legado das rebeldias do que Martí denominou a “nossa América”. Desde os primeiros levantamentos contra o colonialismo espanhol encabeçados por Anacaona, Tupac Amaru e Tupac Katari até as revoluçons triunfantes inspiradas em Sandino, o Che e Fidel, os processos em curso na Bolívia, Venezuela, Equador, passando polo exemplo e firmeza da insurgência colombiana, os contributos de Marx e Lenine, de Mariátegui, Carlos Fonseca, Marighella, Rober Santucho, Miguel Enríquez, Jacobo Arenas e Manuel Marulanda, permitem compreendermos a importáncia do MCB. Mais de 1.200 delegados e delegadas de trinta países conformam o germe de um imenso projecto revolucionário em pleno desenvolvimento baseado na pluralidade e diversidade, que consegue integrar no seu seio a históricos partidos comunistas como o do Chile, Venezuela, Argentina, México e Brasil, até forças insurgentes como as FARC-EP, organizaçons revolucionárias como o FMLN, URNG, Nova Esquerda Camañista, o independentismo portorriquenho, a resistência hondurenha, até destacados intelectuais como James Petras, Néstor Kohan ou Jorge Beinstein. A presença de militantes e activistas de movimentos de libertaçom nacional europeus como o galego ou o basco, assim como de forças revolucionárias da Turquia e o interesse manifestado por organizaçons africanas e asiáticas, converte o MCB numha estrutura com grandes similitudes a umha Internacional. Porém, ainda é precipitado definir o MCB como umha nova Internacional. A acumulaçom de forças fora da América Latina e as Caraíbas é testemunhal, e a sua definiçom ideológica bolivariana, anticapitalista e socialista nom é suficiente para permitir empregar com rigor esta dominaçom. Qual a relaçom do MCB com os governos antiimperialistas de países como a Venezuela, a Bolívia ou Cuba? O MCB conjuga e respeita as diversas formas de luita de que se dotam os povos para a sua emancipaçom e libertaçom. Valoriza como positivos, embora claramente insuficientes, os avanços experimentados na Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, O Salvador. Apoia a Cuba que resiste heroicamente após 50 anos de criminoso bloqueio as agressons dos Estados Unidos. Porém, os povos devem seguir aprofundando na via socialista destes processos, participando activamente na construçom de verdadeiras e genuínas democracias socialistas, mas também cada vez mais conscientes de que cumpre preparar-se para um confronto directo com o imperialismo. Os Estados Unidos tenhem a determinaçom de recuperar manu militari o que desde a doutrina Monroe consideram o seu pátio das traseiras. Nom podemos desconsiderar que tanto Bush como Obama representam idêntico projecto expansionista e colonialista. A activaçom da IV frota, a instalaçom de sete novas bases militares ianques na Colômbia, o golpe de estado contra as Honduras, as tentativas de derrocar os presidentes Hugo Chávez e Evo Morales, a desestabilizaçom do Paraguai… nom som episódios isolados, fam parte de umha estratégia belicista que pretende quebrar a onda anti-neoliberal e soberanista que percorre o continente. A cimeira da

ALBA realizada na Havana deixou bem claro o que representa Obama frente as maquilhagens que os progres e a esquerda reformista levam um ano a tentar construir para enganar e desarmar a luita dos povos, das mulheres e da classe trabalhadora pola sua libertaçom. Que acolhimento tivo a presença de umha delegaçom independentista galega entre as participantes de continentes diferentes do americano? Galiza leva mais de um ano a participar activamente na CCB, agora MCB, polo que nom somos exactamente uns recém chegados. Os vínculos entre o nosso país e boa parte do continente som antigos e inumeráveis. Galiza mantém umha estreitas relaçons históricas, culturais, sociais, políticas com a Pátria Grande de Bolívar, porque fomos acolhidos com grande generosidade quando desde o século XIX centenas de compatriotas encontrárom um segundo lar após terem fugido da miséria a que nos condenava Espanha, encontrando o tam desejado pam, trabalho e liberdade que nos negavam aqui. Posteriormente, também encontramos umha retaguarda para os milhares de combatentes exiliados após a perda da guerra contra o fascismo em 1936. Havana, Buenos Aires ou Caracas fôrom determinantes na construçom e articulaçom da nossa luita de libertaçom nacional. Parte desta generosidade foi recompensada com a participaçom de centenas de galegas e galegos nos combates pola independência, contra as mais diversas formas de opressom, na construçom do sindicalismo e das organizaçons obreiras. Aí está Francisco Villamil, o galego Soto, Soares Picalho, os irmaos Ameixeiras ou Diaz, Elsa Martins, Vítor Fernandes Palmeiro “Dedos”, e tantas e tantos outros. Todo isto está presente no subconsciente dos povos latino-americanos e caribenhos. A nossa presença no MCB serve para reactivar estes sentimentos de solidariedade, para pagar a dívida histórica, mas também para difundir que a Galiza de hoje padece idêntico inimigo contra o que combateu Bolívar, Sucre, Artigas, Manuelita Sáez e Martí. Que o imperialismo espanhol, o que agora cumpre o papel de aliado de segunda fileira de Obama na sua tentativa de impor um novo colonialismo, oprime a Galiza, nom cessa em tentar a plena assimilaçom que facilite a nossa exploraçom. Por este motivo, a Galiza rebelde e combativa pretende recuperar e aprofundar nestes laços históricos, promover projectos de cooperaçom, intercâmbio e solidariedade. O grau de compreensom da nossa luita como independentistas e revolucionários galegos é elevada. Conseguimos situar a Galiza no palco internacional, quebrando o manto de silêncio e ostracismo a que nos condena Espanha. Além do mais, a participaçom da Galiza no MCB também deve servir para estreitar laços com a esquerda brasileira com a qual compartilhamos idêntica língua. Esse caminho já está a ser encetado nos últimos meses. Qual será a participaçom da Galiza no recém constituído Movimento a partir de agora? Dentro das nossas modestas possibilidades, continuaremos a reforçar a solidariedade internacionalista com as luitas dos povos do mundo em geral, e do continente americano em particular. Continuaremos a apostar na unidade antiimperialista, em reforçar laços, difundir luitas, neutralizar as campanhas permanentes de criminalizaçom e estigmatizaçom do projecto bolivariano, desde o que padece o comandante Hugo Chávez até o que venhem sofrendo as FARC.


contraataque Avanço da esquerda revolucionária Caracas acolheu Congresso constituinte do MCB

Equador: Pátria Nova e Socialismo

Durante três intensos dias -7, 8 e 9 de Dezembro- tivo lugar em Caracas o congresso constituinte do MCB como expressom aperfeiçoada e alargada da CCB. Mais de 1.200 delegadas e delegados de trinta países da América Latina, as Caraíbas e Europa aprovárom o novo modelo organizativo e as principais orientaçons da linha de intervençom do MCB para os vindouros dous anos sob a legenda “A unidade abrirá os caminhos da esperança”. Galiza estivo representada polo secretáriogeral de Primeira Linha Carlos Morais quem manifestou o orgulho de que a naçom de Rosalia de Castro, Castelao e Moncho Reboiras estivesse presente neste evento. “A Galiza rebelde e combativa, a que luita pola independência e o socialismo, contra o imperialismo espanhol que nos oprime, explora e saqueia”, saudou o Congresso constituinte do MCB transmitindo a sua

“satisfacçom polo importante passo de convergência das forças revolucionárias que hoje impulsionamos”.

Durante a celebraçom do Congresso o regime narco-para-terrorista colombiano ameaçou por meio do chefe do exército colombiano, general Freddy Padilla de León, ao conjunto da nova plataforma revolucionária por dar acolhida ao comunicado de saudaçom de Alfonso Cano, comandante em chefe das FARC-EP. Posteriormente Uribe solicitou à Fiscalía colombiana que “essas pessoas, dirigentes de esses partidos que onte se declararom cúmplices do grupo narcoterrorista das FARC, sejan judicializadas na Colômbia e que a Colômbia procure trazé-las à justiça para que respondam por esse delito de concerto com criminosos”. Carlos Casanueva foi eleito como Secretário-geral e a Narciso Isa Conde como Presidente.

Hoje, 9 de Dezembro de 2009, aos 185 anos da trascendente batalha de Ayacucho que pujo fim ao colonialismo espanhol e deu início à nossa primeira independência… Em Caracas, berço do libertador, capital da revoluçom bolivariana liderada polo comandante Chávez, declaramos perante os povos do mundo: Somos Movimento Continental Bolivariano!, após transitarmos pola frutífera rota da Coordenadora Continental Bolivariana (CCB). Somos Movimento Continental Bolivariano (MCB) para assumir com inteligência e paixom revolucionária a causa heróica da Pátria Grande e o socialismo emancipador. Somos “pensamento e acçom fundidos em armas contra as injustiças”. Unidade a partir de umha grande diversidade e combinaçom de diferentes i d e n t i d a d e s p o l í t i c a s , s o c i a i s , c u l t u ra i s revolucionárias. Somos a conjugaçom de variadas formas e métodos de luita. Nesta hora crucial para os nossos povos, assumimos com determinaçom as respostas que a partir das resistências e variadas ofensivas em marcha merecem o pérfido e desesperado contraataque que com a sua evidente declinaçom como império empreendeu contra os nossos povos a militarizada súper-potência do “Norte revolto e brutal”. A revoluçom bolivariana, ponto de partida junto à insurgência zapatista no México, desta nova e promissória época; e a heróica revoluçom cubana, principal conquista dos povos do continente americano neste século XX, serám defendidas com alma e coraçom polo nosso movimento. Com sangue carregado de indignaçom se for necessário! Os avanços políticos e sociais de diferente calado em Equador, Bolívia, Nicarágua, El Salvador, Uruguai, Brasil… e muito especialmente a que encarna o ALVA e tudo aquilo que aponte em direcçom à autodeterminaçom, às reformas avançadas e às transformaçons revolucionáriasbem como às perspectivas de profundizaçom e ampliaçom desses processos- teram no nascente MCB um bastiom de solidariedade e de impulso desde as resistências e as ofensivas de nossos povos. Contribuir para derrotar o regime golpista nas Honduras e abrir caminho à constituiente popular é

um compromisso de honra. Enfrentar toda tentativa inesperadamente similar em Paraguai ou onde seja, é um dever insoslaiável. Faremos até o impossível para contribuir para isolar, Encurralar e derrotar o engendro sipaio e narcopara-terrorista que representa o regime de Álvaro Uribe, imposto a ferro e fogo nesse país irmao com pretensons de expansom a outras naçonss da regiom. Contribuiremos para a troca humanitária de prisioneiros e prisioneiras e para a soluçom política do conflito armado colombiano na procura da paz anelada. Nom há chantagem sobre o planeta que nos conduza a renunciar ao merecido apoio à insurgência e a todas as forças sociais, políticas e democráticas que representam a liberdade e emancipaçom do povo colombiano. A mesma atitude assumiríamos em frente da insurgência indígena mexicana e em qualquer parte do continente. A arrogância, a agressividade e a vocaçom guerreirista de um imperialismo decadente e senil, empecinado por imperiosas razons de sobrevivência e incerta continuidade, a apropriarse mediante a força militar do valioso património natural de nossos povos, a tentar reverter sua ofensiva transformadora e a desestabilizar e erradicar os governos revolucionários e progressistas da regiom nom nos atemorizam. Ninguém poderá arrebatar-nos o conquistado. Ninguém poderá apoderar-se impunemente das fontes de água, biodiversidade, minerais, mares, florestas, praias, reservas científicas e valores culturais. Está é umha luita aberta e vamos triunfar! A partir dos nossos territórios povoados polos nossos povos originarios, trabalhadores e trabalhadoras, camponeses e camponesas, jovens, meninhos e meninhas, comunidades rurais e urbanas, igrejas dos pobres , negros /as, mestizos/as, etnias discriminadas, artistas e intelectuais, cooperativistas e produtores nacionais… vamos livrar as luitas necessárias para preservar e assumir colectivamente essas riquezas, para impedirmos a sua conversom em fontes de exploraçom, expansom e lucro do grande capital crioulo e multinacional. Igualmente, havemos de acompanhá-los na sua insubmissom contra todas as modalidades de exploraçom, domínio e exclusom

de que som vítimas. Seremos luitadores solidários pola libertaçom dos presos políticos colombianos, venezuelanos, hondurenhos, bascos, peruanos e portorriquenhos, que cumprem condenas polas suas luitas libertadoras e solidárias nos cárceres dos impérios e dos governos antidemocráticos da América, Europa, África, e Ásia. As nossas queridas pátrias particulares, caminho a conformarmos a Pátria Grande sonhada por Bolívar, terám no MCB um defensor inclaudicável face aos desmandos dos imperialismos norte-americano e europeu. As bases gringas na Colômbia, Honduras, Porto Rico e em todo o continente terám de enfrentar logo o clamor e a mobilizaçom que as isole; ao mesmo tempo que potencialize a reacçom capaz de dissuadir os perversos planos de guerras que implicam a sua presença e expansom na Nossa América, e que em caso de se executar podam ser derrotados polos nossos povos. A unidade anti-imperialista será umha das nossas divisas relevantes. Confluiremos em todas as iniciativas que a alarguem e fortaleçam. Nom haverá causa justa no mundo que nom conte com o nosso concurso militante. As resistências e luitas dos povos do Iraque, Irám, Afeganistám, Paquistám, Curdistám, Turquia, Euskal Herria, Galiza, República Saaraui e outros povos de África, terám no MCB um aliado firme e leal. As demandas e os combates das e os imigrantes do terceiro mundo nos Estados Unidos e na Europa serám apoiadas com determinaçom. Nom haverá presos nem presas nos cárceres do império e dos estados repressivos aos quais nom chegue o nosso clamor de liberdade. O colonialismo em Porto Rico, as Malvinas e em todas as Caraíbas insulares e no mundo vai ter-nos em frente. Abaixo as colónias! viva a liberdade dos povos! Somos MCB! Somos democracia verdadeira, anti-imperialismo, anticapitalismo! Somos socialismo sem decalque nem cópia, somos transiçom criadora para ele! Somos reencarnaçom colectiva do Libertador, do Che, dos heróis e heroínas da América! Somos nova independência!


Plano criminoso colombiano pretende assassinar dirigentes revolucionári@s latinoamericanos, caribenhos e europeus Tal como denuncia o Partido Comunista de Venezuela e a Direcçom Geral do MCB está em andamento um plano criminoso promovido polo governo colombiano, com apoio da CIA e o Mossad, para assassinar e sequestrar destacad@s dirigentes revolucionári@s venezuelanos e de outros países. Um comando terrorista teria penetrado em território venezuelano para assassinar quadros do movimento revolucionário. Óscar Figuera, secretário geral do PCV, os membros da presidência Colectiva do MCB Narciso Isa Conde e Iñaki Gil de San Vicente, assim como o jornalista Jorge Enrique Botero, som algumhas das pessoas ameaçadas. A lista inclui a dirigentes do PCV, PSUV, M-28 e a Coordenadora Cultural Simón Bolívar. Reproduzimos integramente o comunicado do Movimento Continental Bolivariano.

Declaraçom pública à nacional e internacional

máximo líder das FARC-EP, na presidência colectiva, lançando a ameaça de judicializar e perseguir @s membros do MCB.

comunidade

O Movimento Continental Bolivariano MCB, confirma, mediante a presente declaraçom, a denúncia realizada polo Partido Comunista da Venezuela, respecto à intromissom, em território venezuelano, de um comando de elite colombiano, treinado desde há 2 anos pola CIA e o Mossad, para realizar actos de assassinato e sequestro contra dirigentes revolucionários venezuelanos e internacionalistas, entre eles membros do nosso movimento. Antecedentes: Os dias 8 e 9 de Dezembro do 2009, foi constituido em Caracas o MCB, como umha organizaçom antiimperialista, bolivariana e internacionalista, com a participaçom de mais de 1.200 delegad@s, contando com a representaçom de 30 países e umha diversidade de organizaçons políticas, sociais e culturais. Dias antes da inauguraçom do nosso Congresso, o Governo colombiano pujo em andamento una campanha de criminalizaçom do nosso movimento, sob o pretexto do nomeamento de Alfonso Cano,

Um mês mais tarde, em Janeiro del 2010, Uribe arremete novamente através da sua Chanceleria contra as organizaçons revolucionárias e personalidades solidárias com as luitas do povo colombiano, acusando-os de ser criminosos de colo branco e que seriam o apoio internacional da insurgência colombiana. Posteriormente anunciou umha ofensiva “diplomática” que semanas mais tarde materializaria-se em ameaças públicas contra refugiados colombianos na Suécia e outros países da Europa declarando na Rádio RCN: “E a estes criminosos, a este psiquiatra e outros bandidos que som colombianos profissionais que vivem por alá na Suécia e outros países, a todos, a todos temos que acabá-los”. (cita textual).

se por meio da imprensa espanhola e colombiana (El País y El Tiempo) ao dirigente e intelectual marxista do País Basco Iñaki Gil de San Vicente. Do mesmo jeito, na República Dominicana, tenhem-se detectado e denunciado vários planos de assassinato contra o dirigente revolucionário Narciso Isa Conde, ambos membros da Presidência colectiva do MCB. Posteriormente será o jornalista colombiano e exdirector de Telesur, Jorge Enrique Botero, quem recibiria sérias ameaças públicas, pola sua participaçom no Congresso do MCB, de parte do principal assesor de Uribe José Obdulio Gaviria. É neste contexto que há alguns dias, a inteligência revolucionária e popular, descubriu um plano criminoso contra dirigentes revolucionários venezuelanos e internacionalistas vinculados ao MCB, entre eles membros do PCV, o PSUV, o M-28 e a Coordenadora Cultural Simón Bolívar, encontrandose ameaçado assim mesmo, o Secretário geral da Direcçom executiva do MCB e membro do Comité Central do Partido Comunista de Chile, o camarada Carlos Casanueva quem se acha na Venezuela. Devemos destacar que esta campanha realiza-se no meio de umha nova ofensiva do império contra os governos revolucionários e progressistas do nosso continente, numha tentativa por reverter o avanço dos povos do mundo por organizar-se e libertar-se do jugo imperialista. É por isto que responsabilizamos ao imperialismo ianque e ao seu títere na regiom, o governo narcoparamilitar de Uribe Vélez, do que poda acontecerlhes a estes dirigentes bolivarianos. Reafirmando o nosso compromisso com a luita dos povos da nossa América e o mundo, apelamos aos movimentos revolucionários e populares a denunciar e desmascarar este novo plano criminoso que pretende internacionalizar o conflito colombiano , como já o realizárom há dous anos no Equador. Direcçom Geral do Movimento Bolivariano Caracas, 2 de Fevereiro de 2010

Continental

Nos mesmos dias de Janeiro de 2010, criminalizou-

Honduras: quarta fase do golpe de estado Embora as Honduras desaparecérom da atençom informativa gerada polas agências de (des)informaçom a realidade constata que a repressom continua tentando conter o movimento social articulado à volta da Coordenadora Nacional de Resistência Popular . Segundo o Comité de Familiares de Desaparecidos das Honduras (COFADEH), som dúzias @s activistas assassinad@s e torturad@s e contam-se por milhares as detençons ilegais. Honduras está entrando na quarta fase do golpe. A primeira fase supujo a sua preparaçom e execuçom. A segunda presenciou a concurrência das forças imperiais e as elites à volta do Acordo de San José. A terceira consistiu no cumprimento desse acordo. O quarto momento pretende construir a normalidade, ostensivelmente, com paz e reconciliaçom. O objetivo essencialmente é dizer que nada passou, que os golpes podem ser um método democrático para corrigir umha democracia que se estava “torcendo”. O objetivo é legalizar o golpe.

A oligarquia hondurenha continua isolada após o golpe de estado que acabou com a frágil democracia burguesa. As eleiçons de 29 de Novembro que fôrom boicotadas polo movimento de resistência que optou por nom apresentar candidatura para nom legitimar a farsa contou com umha participaçom nom superior o 30%. A maioria dos governos latino-americanos nom reconhecem o novo presidente Perfírio Pepe Lobo, que só conta com o aval dos Estados Unidos, Canada e os governos mais submissos do hemisfério apoiados nos informes falsificados sobre a situaçom interna.

Para a Resistência Lobo nom supom o final del golpe, mais bem a sua consolidaçom sob a apariência de umha legitimidade democrática. Desde o primeiro dia Lobo declaraou a emergência financieira e novas medidas fiscais de austeridade. Com a lei de amnistia para os protagonistas do golpe e a abertura de concesons mineiras às multinacionais, todo aponta à consolidaçom de umha mudança face a extrema direita na política económica e interna, para anular as modestas reformas introduzidas por Zelaya. Há dous pólos nas Honduras. O pólo de Pepe Lobo e o imperialismo, por umha banda, e o mar de explorad@s e oprimid@s. De momento as massas ainda nom acumulárom suficientes forças para lançar a Lobo e à oligarquia à lixeira da história, mas estám demonstrando que no se vam a deixar intimidar fácilmente por umha pequena minoria, embora esteja armada até os dentes.


Entrevista a Gonzalo Gómez

“Ou a revoluçom avança, ou retrocede” Reproduimos umha síntese da entrevista realizada polo Diário Liberdade a Gonzalo Gómez, galegovenezuelano co-fundador do portal contra-informativo Aporrea, um dos sites referenciais da esquerda latino-americana. A proposta de umha V internacional já é umha questom de salvaçom geral da humanidade. Num mundo onde estamos contra a espada e a parede, onde a legenda de socialismo ou barbárie está mais clara ainda, porque se está prevendo que do ponto de vista ecológico, o equilíbrio, a biodiversidade, o clima, o sistema capitalista está acabando com as possibilidades de sobrevivência da espécie humana e de muitas formas de vida do planeta, é imprescindível umha revoluçom anticapitalista e a construçom do socialismo em todo o mundo, e isso nom se pode fazer cada um polo seu lado. Som necessárias formas unificadas para dar essa batalha. Há umha proposta, é umha oportunidade de discussom. É umha proposta que nom descarta as experiências, mas sim aponta a que se podam tomar em consideraçom os erros cometidos na construçom do que foi a I, II, III e IV Internacional. Deve recolher-se a experiência mundial de luita revolucionária da classe trabalhadora e dos povos e ver qual vai ser a configuraçom, quais os limites ou os referentes da construçom dessa V internacional.

Que opinas sobre a recente proposta de Hugo Chávez para a conformaçom de umha nova internacional, seria a V internacional? Eu acho indiscutível a necessidade de umha organizaçom internacional que articule, que agrupe, que unifique politicamente, e também na actividade, na acçom, todos os movimentos, organizaçons sociais, partidos anticapitalistas, anti-imperialistas, que tenham umha vocaçom orientada para a democracia popular dos trabalhadores e do povo e que apontem para a construçom do socialismo. Esta é umha tarefa que nom se pode atingir se nom for no cenário mundial, porque no-lo demonstra a nossa experiência. A Venezuela nom pode construir o socialismo, nem atingir a ruptura com o capitalismo e enfrentar a pressom do imperialismo encerrada nas suas fronteiras. A política da construçom do ALBA, como alternativa para um conjunto de países da América Latina: Cuba, Nicaragua, Bolívia, Ecuador e alguns países das Caraíbas, que já estám participando, mostra um intento de responder a essa necessidade de os países avançarem juntos, e tenhem de avançar os povos. Isto é determinante porque o capitalismo é um sistema mundial. Expressa-se dentro de cada fronteira com características particulares, mas ninguém pode escapar aos efeitos de viver num sistema capitalista globalizado. Tem que ter umha contestaçom global. Ora, dentro dessa resposta global, existem povos com as suas características, cultura, formas de luita; os ritmos dos processos som diferentes, mas é necessário que trabalhemos todos juntos. Hoje a revoluçom venezuelana nom pode ter êxito definitivo se nom derrotamos o golpe nas Honduras e se a resistência hondurenha nom tira para adiante. Tampouco podemos fazê-lo se nom temos a solidariedade dos outros países frente ao cerco das bases militares ianques.

Nom pode ser umha V internacional controlada ou submentida polos que capitulam ao capitalismo, polos que nom tenhem actividade clara internacional de solidariedade com os povos, os que nom tenhem um internacionalismo prático, que vam fazer aí? Falar e nom respaldar isso com a sua conduta. Pode ser que a esses cenários assomem correntes reformistas, sectores de centro-esquerda que tenhem participado em governos e que o que figérom foi administrar o capitalismo e reconduzí-lo em situaçons de crise. Com esse tipo de organizaçons nom vamos poder construir a V internacional que se necessita, se é que vamos contruir a V internacional. Mas isso há que discuti-lo. A oportunidade de discuti-lo é muito importante, nom se deve perder. Na América Latina vem constituindo-se umha plataforma de carácter unitário, a Coordenadora Continental Bolivariana, que recentemente se transformou em Movimento Continental Bolivariano num encontro de centenas de representantes de numerosos países do continente, e também do resto do mundo, que tivo lugar, precisamente, na capital da Venezuela. Que opiniom tés dessa articulaçom de forças revolucionárias chamada Movimento Continental Bolivariano? Eu nom tivem oportunidade de participar mas estou enteirado da convocatória. Coincidiu, no meu caso, com a obrigaçom de participar nas sessons do congresso do PSUV, como delegado que som. Mas, com a mesma lógica do que falávamos acerca da V internacional, que se agrupem, que intercambiem experiências, que tratem de pór-se de acordo em fórmulas e propostas políticas comuns para resistir ao imperialismo na América Latina, para defender a soberania dos povos, resgatando ou tomando como base a herdança do bolivarianismo, que foi a luita independentista dos países da América Latina, é um passo importante. Há que saudar toda forma de articulaçom, unificaçom dos movimentos para trabalhar em conjunto e, neste senso, quero denunciar que há um intento sistemático do governo da Colómbia, um governo narco-paramilitar, que representa a antítese do que nós queremos para os nossos povos, e por parte do imperialismo norteamericano, de estigmatizar e de etiquetar estes intentos de agrupamento dos movimentos progressistas e da América Latina. Tacham-nos de

terroristas, tratam de justificar o assédio, e a possibilidade de submetê-los a perseguiçom ou a medidas arbitrárias de qualquer tipo onde queira que se encontrem @s activistas. Isto rechaço-o e mostro toda a solidariedade com a gente que está afectada por esta ofensiva. Como vês a correlaçom de forças próxima perante a convocatória de processos eleitorais na Venezuela? Todos as sondagens de opiniom indicam que Chávez sobrepassa 60% de popularidade. Caso se figessem eleiçons presidenciais hoje, Chávez arrasaria novamente. A direita nom tem capacidade de mobilizaçom na rua. Fai operaçons de carácter mediático para chamar a atençom, formar escándalo a nível internacional, denunciar o governo venezuelano e fazer pressom sobre ele. Todavia, ainda que o povo venezuelano conquistou muitos benefícios sociais, democráticos e do ponto de vista de participaçom, como nom os tivera nunca antes, o povo vai por mais. Quando o avanço nom é à velocidade esperada, ou quando se deterioram algumhas das conquistas obtidas, costuma acontecer que sectores do povo entrem numha situaçom de desencanto ou apatia e isso diminui a vontade de participaçom para defender o que tenhem com o seu voto. Isto representa umha situaçom de perigo, temos que estar à espreita. Som indubitáveis os avanços, os benefícios, que a revoluçom bolivariana, e o governo do presidente Chávez, deu ao povo venezuelano. Eis a diminuiçom da pobreza, a melhora da saúde, da educaçom, a experiência de começar a desenvolver formas de poder popular, com organizaçom comunitária, com participaçom democrática do povo. No entanto, fenómenos como o burocratismo, como a corrupçom, como as travas para a aplicaçom das políticas, que vam desde a luita com o latifúndio, que nalguns momentos nom avança como deve avançar, até formas inadequadas de manejar a relaçom com os trabalhadores em empresas do Estado, podem ter um efeito negativo se nom forem corrigidos. A revoluçom nom pode apostar ao equilíbrio, à estabilidade permanente. Ou a revoluçom avança ou retrocede. Temos detrás ao imperialismo que se está preparando, assim trabalhe com a cenoura ou com o garrote, mas está aí constantemente, à espera da sua oportunidade. A direita o que quer é recuperar a administraçom do Estado venezuelano e do governo que perdeu de forma directa. Hoje nom podemos dizer que na Venezuela há um governo directo da classe trabalhadora, que já se pode falar de um país socialista. Estamos num país capitalista ainda. Administrando ainda as estruturas do estado burguês. O poder popular ainda nom se desenvolveu suficientemente como para que se estabeleça um governo dos trabalhadores e trabalhadoras e dos diferentes s ec t o res d o p ovo, j unt o c o m C hávez , naturalmente. Se nom vamos cara a isso a direita tem possibilidades de recuperar. M u i t a s t ra n s f o r m a ç o n s r e q u e r e m u m h a aceleraçom, um novo empurrom para que podamos contar com todo o entusiasmo e a vontade do povo e que nom se permita que sectores oportunistas, conservadores ou traiçoeiros podam fazer umha má jogada ao processo revolucionário na Venezuela.


Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 23 de Fevereiro de 2010 Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org

Convocada II Assembleia Geral da AGARB Novamente a cidade de Vigo acolherá Assembleia Geral da Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana. A entidade internacionalista convoca ao conjunto de pessoas associadas sábado 6 de Março a assistir à II Assembleia Geral sob a legenda "A solidariedade é a ternura dos povos".

Brigada Galega Moncho Reboiras visitará Venezuela

Nesta nova Assembleia o organismo constituido em Setembro de 2007 aprovará os Estatutos, renovará a Junta Directiva e actualizará os Princípios e a Declaraçom política da que se dotou na Assembleia Geral de Junho de 2008.

Delegaçom galega conformada por representantes de diversas organizaçons da esquerda independentista integradas no Capítulo Galiza do MCB realizará visita à República Bolivariana da Venezuela. Entre a segunda quinzena de Março e primeira de Abril a Brigada Galega Moncho Reboiras percorrerá a g e o g ra f i a n a c i o n a l v e n e z u e l a n a estabelecendo contacto com o conjunto do movimento popular para conhecer de primeira mao o processo revolucionário em curso.

Mónica Chacín, Cônsul da República Bolivariana da Venezuela na Galiza, estará presente no acto de encerramento

A Delegaçom galega conta com apoio e respaldo de Mónica Chacín, Cônsul da República Bolivariana da Venezuela na Galiza.

a esquerd com a

Há 45 anos morria abatido pola Guarda Civil o último combatente activo da vigorosa oposiçom político-militar ao franquismo que durante lustros luitou heroicamente em forma de guerrilha nos montes e cidades da Galiza. Após umha operaçom de apropriaçom realizada 10 de Março de 1967 na rica Casa do Souto, em Rebordaos, José Castro Veiga morreu do disparo de um fusil, à beira do regato de Choupam, perto da barragem de Belesar, entre as paróquias chantadinas de Pesqueiras e Sam Fiz, logo de ter sido delatado por Dario Vázquez Fernández, um vizinho do lugar. O Piloto tinha 52 anos quando a morte o atopou logo de vinte duros anos de clandestinidade. Era um de esses homens perseverantes e audaces, que nom se deixava arrugar facilmente. Logo de comandar o Estado Maior da II Agrupaçom Guerrilheira, depois de serem abatidos os seus companheiros num confronto com a Guarda Civil no verao de 1949 em Bóveda, quando a inícios da década de 50 a guerrilha foi desmantelada por odem do PCE seguindo as directrices de Moscovo, o Piloto optou por continuar, pois nada tinha mudado, salvo a definitiva claudicaçom reformista. A sua insubornável coerência é um referente para a esquerda revolucionária independentista.

a Galiza rebelde America Insurgente


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