O Pedroso entrevista Iago Barros
NÓS-UP aberta a participar numha candidatura unitária da esquerda soberanista
soberanista
PSOE-BNG favorecem grande capital financieiro
Ano IX • nº 32 • Janeiro, Fevereiro e Março de 2008
vozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela
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oPedro o
Membro da Direcçom Nacional de AGIR
Análise:
Compostela prossegue privatizaçom do património cultural No passado mês de Fevereiro Caixa Nova e a Cámara Municipal de Compostela faziam público o acordo atingido para que a fundaçom dependente desta entidade financeira passasse a ocupar dous edifícios na cidade histórica compostelana. Um no antigo local de Almacenes El Pilar e o outro no local ocupado anteriormente polo Banco Gallego na Praça do Pam, em total uns 5.000 m2 no centro da Cidade Velha. A apresentaçom pública do projecto correu da mao dos directivos da caixa de poupança e da equipa de governo da Cámara Municipal, manifestando de modo obsceno a identidade entre as instituiçons municipais e os interesses do grande capital privado. Assim a equipa de Bugalho volta a vender como um
grande avanço para o património cultural público o que nom é mais que umha iniciativa privada, isso sim, convenientemente favorecida polas instituiçons públicas com prebendas tais como a modificaçom do Plano Especial da Cidade Histórica, para que a obra se poda realizar sem problema algum. Estes factos devem forçar a reflexom ao menos em dous aspectos. O primeiro, ao partir da análise da política de promoçom cultural que fai a cámara de Compostela; e um segundo, tomando como referência as duas varas de medir que o governo municipal emprega à hora de facilitar licenças de obra ou de uso da via pública segundo quem for o demandante. Continua na página 2
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Vem da página 1
Começando pola primeira das questons nom está de mais lembrar que a apresentaçom de umha inciativa cultural privada como se for umha questom de caracter público nom é nengumha novidade na nossa cidade. De facto nom há muito tempo aconteceu um caso semelhante com a SGAE, tal e como já denunciamos no Pedroso. O governo municipal parece querer seguir a via da externalizaçom e privatizaçom da política cultural ao igual que está a fazer noutro tipo de serviços públicos. De facto nom se trata só de que se favoreça a iniciativa privada, isso sim quando está em maos do grande capital, senom que mesmo se aposta pola privatizaçom da gestom de espaços para a actividade cultural tal e como acontece com o Multiusos do Sar. Em todo caso nom sorprende esta
linha de actuaçom, umha vez que é perfeitamente coerente com a política seguida nos últimos anos; mas isto nom pode ser motivo para atenuar a nossa indignaçom. Estám a vender-nos a bondade de umha série de iniciativas culturais que na teoria serám beneficiosas para o conjunto da populaçom da cidade, e aliás aparentemente som gratuitas enquanto nom dependerám dos orçamentos municipais. Mas nessa argumentaçom há mais de umha armadilha. Começando porque a neutralidade dessas iniciativas é mais que questionável. Evidentemente as instituiçons culturais de caracter privado favorecerám aquelas visons da cultura acorde com os seus interesses particulares, o que é do mais lógico. Assim a SGAE programará
actividades ligadas ao trabalho desenvolvido polos seus associados e nom a autores independentes; a fundaçom Caixa Nova nom dará cabimento a actividades que poidam ser críticas com as suas actividades empresariais, e o mesmo podemos dizer para o resto das fundaçons ligadas a entidades financeiras e empresas presentes na nossa cidade. Aliás a suposta ausência de gasto económico para os cofres municipais com a promoçom destas iniciativas é falsa. Em primeiro lugar porque a Cámara está a conceder subsídios de elevada quantia, o que é umha subvençom directa, mas de maneira indirecta também esta a haver um gasto derivado das exençons fiscais e das facilidades que estám a ser dadas a estas iniciativas. Entroncamos assim com o segundo aspecto que queríamos abordar. Acaso qualquer vizinho, qualquer vizinha da nossa cidade pode pensar que o governo municipal proponha modificar o planeamento urbanístico para favorecer a construçom ou reforma da sua vivenda? É claro que nom. Entom, porque a Fundaçom Caixa Nova e a SGAE gozam desse privilégio? O que cabe perguntar entom, é porque este governo municipal, presumivelmente progressista, nom aposta por um modelo de política cultural de carácter público e aberto à participaçom de toda a
vizinhança da cidade. Ou por que, em lugar de favorecer a instalaçom na cidade histórica das fundaçons das Caixas, nom se aborda de umha vez a abertura de um centro social de titularidade municipal para livre uso das associaçons culturais da cidade. O progressismo demonstra-se com factos, e a verdade parece que o bipartido de Rajói entende tanto de progressismo como o que ocupa S. Caetano. A populaçom de Compostela nom pode acreditar na propaganda que lança Bugalho em relaçom à política cultural. Hoje a Cámara Municipal de Compostela nom crê na participaçom popular na criaçom e difusom da cultura, pola contra desconfia abertamente das iniciativas culturais de base e promove a cultura de elites, fomenta o rol de consumidor da cultura de massas. Ademais, a política cultural é um espaço mais onde as instituiçons públicas aproveitam para favorecer economicamente as grandes empresas. Umha política cultural realmente progressista passa por favorecer a participaçom popular criando espaços de livre acesso para as associaçons de base, favorecendo a auto-organizaçom e prestando-lhe um especial atençom às expressons culturais marginalizadas polo mercado; nom por pôr-lhe as cousas ainda mais fáceis aos amos de todo.
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e d i t o r i a l
Pensar global, comer local Em Janeiro de 2001, a UE fijo público o Sexto Programa de Acçom Ambiental, Tino Quintela Sabaris onde se incluíam medidas diversas para a melhor aplicaçom da legislaçom ambiental, o desenvolvimento da educaçom ambiental ou a integraçom das questons ambientais dentro das políticas sectoriais. Umha das tarefas concretas que marcou Europa foi a de desenvolver umha estratégia de proteçom do solo. O solo, além de um espaço onde poder construir estradas ou desenvolver grandes projectos urbanísticos, é um sistema dinámico, resultado da interacçom de factores físicos, químicos e biológicos. Como sistema dinámico, um solo evoluciona e ao longo do tempo variam as suas propriedades, a presença de nutrientes… Por todo isto, podemos considerar que o solo fértil é um recurso nom renovável, já que a sua génese e recuperaçom segue
Editorial >>
17 de Maio Depois anos de abandono da mobilizaçom social a Mesa pola Normalizaçom Lingüística convoca manifestaçom. Contrariamente às simples aparências a iniciativa carece de umha real motivaçom reivindicativa. Apenas responde aos interesses eleitorais do autonomismo. A Mesa optou pola inibiçom e convoca um acto de mera lavagem de cara em que renuncia explicitamente à defesa do monolingüismo, conformando-se com o “direito a vivermos em galego”. Patético!! Se estivesse realmente interessada em promover umha resposta maciça à ofensiva espanholista teria optado por umha convocatória unitária com o conjunto das diversas entidades e associaçons culturais e nom por umha iniciativa unilateral ao exclusivo serviço do regionalismo, co-responsável da actual situaçom dramática da nossa língua. NÓS-UP, ao igual que conjunto do reintegracionismo de base, nom vai secundá-la. Nom podemos agir de comparsa dos que publicamente manifestam satisfacçom porque as suas crianças aprendam espanhol na escola.
uns ritmos mais pausados do que a acelerada sócioeconomia actual precisa. Aliás, o solo é a base dos ecossistemas, e também dos sistemas produtivos humanos. Sem solo nom há vegetais, sem vegetais nom há produçom primária de alimentos, e sem esta produçom primária nom há comida para pessoas e gado. Em certas áreas de Galiza o solo já nom se considera polo seu valor (o da capacidade de autoabastecimento), mas apenas polo seu preço (euros/ m2). Nas áreas urbanas em expansom grandes superfícies agrícolas úteis som artificializadas e os solos perdidos. Compostela é um bom exemplo: o polígono de Santa Marta ou do Combarro, urbanizaçom em Cornes, Cotaredo, Ponte Pedrinha… Ao tempo, 8000 vivendas (dados do INE) estám baleiras no concelho. Arestora Compostela está recuperando o processo de Agenda 21 Local. Na teoria este processo deveria ser a base para a melhora da sustentabilidade do município. Sendo rigorosas, sustentabilidade implicaria produzir alimentos à beira da casa,
o p i n i o m implicaria marcarmo-nos límites à quantidade de populaçom que esta área pode suportar, implicaria deixar de constroir vivendas no entanto as baleiras nom estejam já ocupadas, implicaria defender as focas do Ártico e também as ervas ventureiras que medram nas leiras abandonadas de Cotaredo. Cumpre exigir rigorosidade política, e que umha ideia tam abstracta como a sustentabilidade seja trazida ao concreto. Precisamos de mudar, e a paralisaçom do PGOM e da nova construçom de vivendas no concelho pode ser um bom ponto de começo para poder imaginar e fazer real a boa nova vida de umha sociedade sustentável. Ou também podemos deixar-nos levar, para quê mudar nada? Sempre poderemos comer tomates produzidos em El Ejido por trabalhadoras e trabalhadores imigrantes (já que nom som só magrebinos) explorados sob condiçons laborais deploráveis e salários de miséria., ou espargos produzidos na China e enlatados em Navarra. Ou nom?
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Começamos com um departamento de língua de limitadas funçons de acçom, submetido a simples labores de correcçom lingüística e muitas vezes até de secretariado e burocracia da própria concelharia. Vejamos como exemplo o grande fito anual da política lingüística municipal: O Prémio Manuel Beiras, consistente numha jantarola no Aragüaney para “as personalidades municipais” e pagado com o dinheirinho de todas as compostelanas e compostelanos (a escusa, promover o galego no sector empresarial). Um prémio simbólico que começa a ficar obsoleto polo grande descontentamento de muitas e muitos proprietários de pequenas empresas, que tenhem desenvolvido um uso coerente e continuado da língua galega, ao verem premiados a multinacional Alcampo, ou o jornal ultra-conservador El Correo Gallego na sua antiga versom traduzida “O Correo Galego”. Oito anos de umha outra parafernália institucional. Na ediçom deste ano, o discurso de Bugalho serve-nos como paradigma do desinteresse e deixaçom que o governo municipal tem pola língua galega. Numha dissertaçom na qual o presidente municipal se gabava da boa situaçom do galego em Compostela em comparaçom com a língua bretá, impressons das suas últimas férias, e num galego de umha qualidade péssima, lembrava a figura de Manuel Beiras referindo a decisom municipal de pôr “o nombre de Manuel Beiras a umha das novas calles da ciudade” (sic). Claro que tanto o alcalde Bugalho como a concelheira Lupe, só usam o galego nestas circunstáncias e assim, da
mesma maneira, assumem a normalidade deste, para o folclorismo institucional no qual está relegado. Nem o PSOE nem o BNG tenhem tomado nem tomarám umha forte determinaçom para mudar o rumo da política lingüística municipal. Dramático é no caso do “galeguista” BNG ter deixado a área de normalizaçom lingüística em maos de quem actualmente está. E entretanto associaçons, colectivos e organizaçons sociais continuam a desenvolver ou a remendar o trabalho normalizador que se supom obrigatório da instituiçom municipal. Neste ano a concelharia tem convocado subsídios para este tipo de entidades, umha lavagem de maos na dívida fundamental de fazer partícipe a cidadania na normalizaçom da nossa língua. Nom se esqueceu, no entanto, a vereadora Lupe de pôr limitaçons e modificar as bases da convocatória para que as entidades que nom usem a norma oficial galego-castelhana ILG-RAG, por acaso das mais activas e comprometidas na defesa da língua, nom podam aceder a estas ajudas. Em conclusom, desconfiança é o único que podemos sentir perante o governo municipal também quando falamos da normalizaçom da nossa língua. Enquanto elas e eles enchem o bandulho e marcam méritos com a sua política folclorista e de fasto, na rua haverá quem nom cale na defesa dos nossos direitos lingüísticos, sempre e apesar dos impedimentos colocados por quem tem a verdadeira responsabilidade.
oPedro o
Jantarolas e folclorismo institucional A falta de eficácia da política lingüística municipal Quando pensamos em Compostela, muitas vezes ficamos com a ideia de estarmos numha cidade em que o galego goze de umha dedicaçom maior, ou que o processo normalizador esteja mais desenvolvido que noutras vilas e cidades do país. Nom vamos negar que a nível visual e em parte motivado por ser a capital, as cousas estám bem melhor que noutros pontos da Galiza. Porém, se bem que a maioria das placas, cartazes e sinalética variada está grafada, com maior ou menor correcçom, na norma oficial do galego, se analisarmos o labor do Departamento de Língua Galega do Concelho e em especial a desafortunada eleiçom de Guadalupe Rodrigues, do PSOE, para o pelouro de Normalizaçom lingüística, ficamos com a ideia de que na realidade todo se trata de superficialidade. Falta de interesse real e estagnaçom da funçom normalizadora que a Cámara Municipal de Compostela tem o dever desenvolver som a tónica.
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Biólogo e Secretário da FEG
Muita tinta correu estas semanas à volta de umha acçom de boicotagem a María San Gil na Universidade compostelana… Fica algo por acrescentar? Dificilmente. Apenas que hoje AGIR está tam forte ou mesmo mais do que naquela altura. Também que o show animal para preencher os canais mediáticos espanhóis acabou e agora fica o segundo tempo, isto é, o espectáculo jurídico cujas conseqüências estám por ver, quer na via penal, quer na administrativa, na Universidade. Em princípio, muita carnaça para a caverna espanholeira patrocinada polos barons das comunicaçons hispanas, e algo de repressom para alegrar a vista neste circo romano. Um circo que foi levado à Universidade durante uns quantos dias. Que achas está por trás disto todo? Confluírom alguns interesses: primeiro o do Partido Popular em fazer campanha vitimista; segundo, o dos partidos políticos institucionais em criminalizar o independentismo e alcançar as eleiçons com a bênçom da democracia burguesa espanhola; terceiro, o de umha decana extremista e adicta aos regimes repressores que cortam a cabeça do estudantado mais rebelde; quarto, o de umha Reitoria que aposta em liquidar a dissidência política na Universidade e vai ao compasso dos ventos que zoem;
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oPedro o
Entrevista >>
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O Pedroso entrevista
Iago Barros Membro da Direcçom Nacional de AGIR e militante no Conselho Local de Compostela da organizaçom estudantil da esquerda independentista, onde freqüenta o curso de Direito na USC quinto, o mais vil comportamento da burguesia mediática, ávida de sangue vermelho; sexto, a conveniência das forças policiais do Estado para tirar rédito repressivo contra a juventude revolucionária galega... Enfim, muitos factores que conjugárom para atentar deliberadamente contra AGIR como organizaçom, contra o estudantado como sujeito de direitos, e contra certas pessoas como bodes expiatórios. É a portagem a pagarmos por viver numha Espanha em que pensar diferente e ser conseqüente é realmente proibido. Senén Barro, reitor da USC, lamentou a imagem que vendia esta Universidade ao resto do mundo com este tipo de protestos. Que opinas? Com certeza, na Europa da mercantilizaçom do ensino, do superior nomeadamente, tem razom
Senén que isto pode tornar-se um factor anti-competitivo em relaçom a paraísos europeus mais tranqüilos. É claro que Senén está preocupado com isto, umha vez que é a conta corrente que lhe vai no assunto. Como reitor, cumpre reconhecer que segue o guiom à perfeiçom. Porém, AGIR tem um caminho de 8 anos na USC. Talvez Senén queira anotar um ponto e passar à história como o reitor que “desmobilizou” o independentismo. Está longe de consegui-lo. Em qualquer caso, se essa é a sua determinaçom, estamos prestes a combater o seu fascismo. Que fazer perante este contexto repressivo a duas bandas, na Universidade e nos Tribunais? Manter a camaradagem e o compromisso. Dar-lhes briga. A nível pessoal aguardamos eu e mais os outros seis estudantes
“Senén quer anotar um ponto e passar à história como o reitor que desmobilizou o independentismo. Está longe de consegui-lo. Em qualquer caso, se essa é a sua determinaçom, estamos prestes a combater o seu fascismo”
processados que a cousa esmoreça com o tempo, se bem que a militáncia de AGIR sabe das especiais medidas que o activismo pode comportar particularmente para nós, como estudantes independentistas. Sobre todo nas decisons que depois poda tomar a Reitoria dependendo de como evoluam as cousas... Cortar a cabeça a algum estudante nunca está de mais no expediente de um reitor, e para Senén nom seria o primeiro.
“Conjugárom muitos factores para atentar deliberadamente contra AGIR como organizaçom, contra o estudantado como sujeito de direitos, e contra certas pessoas como bodes expiatórios” A nível organizativo, AGIR nom tem nada que esconder: agimos publicamente e damos conta das nossas actividades. Nom recebemos subsídios nem dependemos de ninguém. A nossa experiência está na luita e nela continuaremos. De que sodes acusados exactamente? De injúrias, ameaças, atentado e desordens públicas. De todo um pouco, para nom desmerecer o trabalho inquisidor de Antena 3, TVE, a Cope e companhia. De AGIR há mais de um mês que pedimos que se empreguem as numerosas provas que existem para concretizar onde é que estivo o delito. Nós vimo-lo: nas armas que se introduzírom na faculdade por parte de polícia à paisana, na actuaçom policial de agentes nom fardados, nos espancamentos... E também na mentira e a manipulaçom sistemáticas para dar conta do acontecido
Praticamente três anos após a chegada do PSOE-BNG ao governo da Comunidade Autónoma Galega, nom se cumprírom as promessas de abertura de um novo ciclo político caracterizado por mudanças substanciais frente à nefasta etapa do fraguismo. As condiçons de vida da imensa maioria da populaçom piorárom, os direitos nacionais da Galiza nom experimentárom o mais mínimo avanço, os direitos e liberdades democráticas continuam estagnados e as formas e estilos de governar som semelhantes aos que o PP aplicou durante dezasseis anos. Sectores populares que tinham apostado com entusiasmo na mudança abandonárom as esperanças, abraçando o cepticismo e a frustraçom nestes quase três anos de continuísmo. Porém, contingentes da classe trabalhadora e das populaçons afectadas polas políticas neoliberais e regionalistas da Junta da Galiza tenhem, de forma progressiva, manifestado com mobilizaçons sociais e protestos a necessidade de forçar umha mudança de rumo. O movimento social contra a destruiçom do território, a especulaçom urbanística, os selvagens planos de infra-estruturas e as irracionais estratégias energéticas mostrou sem eufemismos a existência de um amplo mal-estar social superador da resignaçom paralisante. Amplos sectores sociais enquadrados em parámetros de esquerda, que
consideramos que umha parte substancial dos problemas da Naçom galega só podem ser resolvidos mediante o exercício do direito de autodeterminaçom, temos o firme propósito de contribuir para promover umha candidatura integradora e unitária de toda a esquerda nacional sob um programa de mínimos. Existem condiçons suficientes para fazer realidade este anseio de importantes sectores da classe trabalhadora organizada, da juventude e dos movimentos sociais. NÓS-UP manifesta a sua disponibilidade para avançar nesta direcçom e tem plena disposiçom a contribuir para o sucesso desta necessidade histórica: recuperar a esperança, dar voz aos movimentos sociais, regenerar a política de esquerda, incorporar o direito de autodeterminaçom no centro de gravidade da acçom política galega, contribuir para quebrar a hegemonia dos clónicos projectos políticos que hoje ocupam em exclusiva a política institucional do nosso País. A nossa organizaçom tem firme disposiçom para renunciar a apresentar candidatura própria nas eleiçons de 2009, se o conjunto da esquerda nacional da Galiza se mostra disposta para concorrer sob umha mesma candidatura superadora da fragmentaçom.
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NÓS-Unidade Popular aberta a participar numha candidatura unitária da esquerda soberanista
Digno luitador polo socialismo e amigo da causa nacional galega
Faleceu Francisco Martins Rodrigues
Nestes duros momentos, com grande pesar pola perda de um exemplar companheiro, queremos transmitir as nossas condolências ao irmao povo trabalhador português, que perde umha figura histórica, um grande combatente pola causa operária, primeiro contra a ditadura fascista e depois contra a farsa democrática burguesa.
NÓS-Unidade Popular quer, nestes momentos, render sincera homenagem ao companheiro Francisco Martins, transladando o nosso ánimo aos camaradas e às camaradas do colectivo comunista português Política Operária. Galiza, 22 de Abril de 2008
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Nom por esperada, a notícia do falecimento de Francisco Martins Rodrigues deixa de entristecer a esquerda independentista galega. Memória viva do heróico movimento revolucionário em Portugal, luitador incansável e insubornável pola revoluçom socialista, foi amigo e apoiante da esquerda independentista galega e dos direitos nacionais da Galiza.
Desde os anos da clandestinidade, a prisom e as torturas, e até o seu derradeiro instante de vida, Francisco Martins mantivo as suas convicçons revolucionárias, incluídas as últimas semanas de luita final contra a doença, quando umha delegaçom da esquerda independentista galega tivo ocasiom de o visitar na sua casa de Lisboa e comprovar a dignidade com que enfrentava a morte certa.
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Viajou em numerosas ocasions à Galiza durante a última década, respondendo a convites de NÓS-Unidade Popular e dos companheiros e companheiras de Primeira Linha. Connosco saiu às ruas de Compostela nas manifestaçons do Dia da Pátria, discursando e escrevendo sempre em favor dos direitos que assistem ao povo trabalhador galego.
Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular
URBASER: Paremos o terrorismo patronal Um operário da empresa concessionária do serviço de recolha de lixo de Compostela, URBASER, morria no dia 14 de Fevereiro no seu posto de trabalho ao cair sobre ele a tampa de um contentor subterráneo. O acidente deveu-se a um falho no sistema hidráulico de um contentor do qual os operários já tinham indicado à direcçom da empresa que nom estava a funcionar correctamente. Logo nom se tratou de um acidente fortuito, como afirmam a Câmara Municipal e URBASER, mas de um evidente caso de negligência ao ignorarem os responsáveis pola segurança as advertências de quem trabalha diariamente com essa maquinaria. Lamentavelmente estes factos som demasiado habituais numha realidade social em que as empresas primam por cima de qualquer interesse a questom económica, jogando com a vida e a saúde das trabalhadoras/es para evitarem “inecessários” gastos em manutençom e segurança. Mas neste caso concreto o facto é ainda mais grave umha vez que a responsabilidade cai nom só sobre umha empresa privada, URBASER, mas também sobre umha instituiçom pública, a Cámara Municipal de Compostela. Lembremos que a recolha de lixo é um serviço que pagamos todas e todos à administraçom municipal, e que esta decide subcontratar por vontade própria. Este é pois um dos efeitos das supostas virtudes da privatizaçom de serviços públicos, de umha banda a cámara municipal poupa dinheiro eludindo a contrataçom directa de pessoal, pola outra aumenta a precarizaçom nuns postos de trabalho que alguém tem que ocupar. Especialmente repugnante resulta a atitude que URBASER e a Cámara mantenhem depois do acidente, negando-se a paralisar o funcionamento dos contentores subterráneos até que umha inspecçom explique que foi o que falhou e permita consertar as possíveis deficiências, tal e como reclama o quadro de pessoal. Parece que para a empresa e Bugalho chega com umha palmadinha no ombro dos companheiros do trabalhador falecido para dar cabo ao assunto. NÓS-Unidade Popular quer mostrar a nossa solidariedade com o quadro de pessoal da URBASER.
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Governo bipartido colabora na perseguiçom das pessoas que entregárom símbolos fascistas em Sam Caetano NÓS-Unidade Popular gostava de celebrar publicamente a aprovaçom por parte do Parlamento autónomo da Comunidade Autónoma da Galiza de umha resoluçom que insta à eliminaçom de símbolos franquistas de edifícios públicos dependentes da Junta da Galiza. Porém, devemos lamentar que fiquem fora, como conseqüência dos limites da Lei da Memória Histórica aprovada em Madrid polo PSOE, nom só espaços e edifícios dependentes da Igreja Católica, que continuarám a exibir a simbologia do genocídio fascista, mas também o que o PSOE denomina “centros de prestígio”, em referência, por exemplo, ao hospital corunhês a que dá nome o carniceiro falangista Juan Canalejo. Por outra parte, além da vergonha das referidas “excepçons”, a aprovaçom da iniciativa parlamentar, que contou com a eloqüente negativa dos neofranquistas do Partido Popular (PP), bate com o comportamento da Junta da Galiza, nos últimos meses. Há que lembrar agora que recentemente colaborou na
perseguiçom contra os militantes de NÓS-Unidade Popular que, na passada Primavera, entregárom no registo geral da Junta em S. Caetano centenas de símbolos fascistas recolhidos durante a campanha desenvolvida por NÓS-UP nos últimos anos. Consideramos umha vergonha que, ao mesmo tempo que se aprova, com muitos anos de atraso e com clamorosas ‘excepçons’, a retirada da simbologia fascista, continuem a ser perseguidas as pessoas que durante os últimos anos mais levam denunciado a permanência dos símbolos da ditadura, como se, em lugar de comprometidas e comprometidos democratas, de delinqüentes se tratar. Assinalamos desta maneira a responsabilidade do PSOE e do BNG na continuaçom de umha actuaçom repressiva totalmente fora de lugar num momento em que o próprio Parlamento autonómico dá a razom, apesar das carências da iniciativa parlamentar, às pessoas e organizaçons que durante anos vimos reclamando a retirada de símbolos fascistas.
Retiradas placas fascistas da igreja de Ortonho A campanha contra a simbologia fascista continua no nosso País perante a passividade institucional após a aprovaçom da morna lei da “memória histórica”. Segundo informaçons recolhidas por NÓS-UP na noite da segunda-feira 3 de Março fôrom retiradas as três placas fascistas de um monólito do recinto
da igreja de Ortonho, em Compostela. Umha das placas tem a inscriçom “Para los caidos por Dios y por la patria una oración y un recuerdo. Ortoño 1940”, outra está dedicada a José Antonio Primo de Rivera e reproduz os nomes de nove vizinhos da paróquia mortos no bando franquista
Continuam a denúncia da Cidade da Cultura José Carlos Bermejo, Jesus Redondo Abuím e Séchu Sende participárom no debate Esbanjamento de recursos ou necessidade social? realizado 12 de Março na Livraria Couceiro organizado pola Plataforma Cultura Sim
Mausoleu Nom, dentro das iniciativas sociais contra a imposiçom da Cidade da Cultura e em favor de um outro modelo de política cultura por parte das instituiçons públicas.
Participamos na manifestaçom multitudinária contra a destruiçom do território que dirigiu as suas reivindicaçons claramente ao governo bipartido da Junta da Galiza, sem deixar de assinalar as responsabilidades partilhadas pola oposiçom. Com efeito, os três líderes parlamentares fôrom alvo de umha performance em que se ilustrava as relaçons inconfessáveis entre o grande capital e as forças parlamentares, cujas siglas políticas (PP, PSOE e BNG) trabalham única e exclusivamente às ordens dos verdadeiros amos da democracia de
baixa intensidade imposta pola Espanha capitalista. Nessa linha se orientou a intervençom de NÓS-Unidade Popular na mobilizaçom: apontar a responsabilidade dos três partidos parlamentares no saque generalizado aos recursos naturais do nosso país, para lucro da grande burguesia galego-espanhola. O País e as suas classes trabalhadoras necessitam que a tensom mobilizadora continue e se incremente junto à necessária politizaçom, com umha perspectiva anticapitalista e soberanista.
8 de Março: Aborto livre e gratuito para todas O Dia Internacional da Mulher Trabalhadora deste ano tivo umhas características específicas. O governo PSOE proibiu as mobilizaçons para nom afectar à reflexom da jornada eleitoral. Ainda assim dúzias de mulheres secundárom umha combativa mobilizaçom iniciada na Porta do Caminho com a queima de fotos de bispos. NÓS-UP manifestou a solidariedade com todas as mulheres que padecem qualquer tipo de perseguiçom aos seus direitos sexuais e reprodutivos. Quando os sectores mais reaccionários convocam concrentraçons em favor da família cristá, a Guarda Civil intimidava 25 mulheres por meio de citaçons judiciais por terem feito uso da interrupçom voluntária da gravidez, enquanto as clínicas onde se realizam essas práticas recebiam ataques. Consideramos isto um retrocesso imenso no processo,
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NÓS-Unidade Popular participou na manifestaçom nacional convocada por Galiza nom se vende
que demonstra a falta de madurez e compromisso das instituiçons com este tema. Responsabilizamos o integrismo católico polas suas pressons e também os partidos do sistema pola sua falta de compromisso ao respeito. Por puro oportunismo eleitoral os políticos falárom de falsas propostas para combater o terrorismo machista com a aplicaçom da Lei Integral, essa que sabemos que nom vai supor nengum avanço nem é a soluçom se nom se ataca o problema desde as suas origens: mudanças reais nos centros de ensino, nos meios de comunicaçom ou coragem para a aprovaçom da Lei de Prazos para o aborto. É urgente umha revisom da Lei proposta polo PSOE no ano 1985, que despenaliza o aborto só parcialmente (em três casos considerados extremos), para além de que ainda hoje é considerado um delito.
Solidariedade com o povo palestiniano NÓS-Unidade Popular participou na concentraçom em solidariedade com o povo palestiniano convocada pola Associaçom Galiza por Palestina no dia 31 de Janeiro. Exigimos o cessamento do bloqueio, a retirada imediata do exército de ocupaçom israelita e reclamamos o cumprimento das resoluçons da ONU.
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Henriqueta Outeiro, Nilda Eloi incidiu na falta de vontade política para castigar os culpáveis destacando o desaparecimento há uns meses de Julio López, umha testemunha protegida, chave na denúncia do holocausto que dizimou o movimento popular argentino. Perante as ameaças e intimidaçons, Nilda Eloi vive as 24 horas do dia sob protecçom policial, inclusive com a recomendaçom de empregar colete antibalas. A entidade que ela representa, integrante do colectivo “Justicia Ya”, jogou um papel muito importante na apresentaçom das denúncias apresentadas pola Federaçom de Associaçons Galegas polas desaparecidas e desaparecidos galegos na Argentina.
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Nilda Eloi denunciou genocídio argentino
A activista dos direitos humanos, ex-presa política e detida-desaparecida denunciou a política
genocida da ditadura militar argentina. Num acto celebrado no dia 13 de Março no Centro Social
os c i r s o e Qu crise a m e u g pa
1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário
Basta de incremento de preços
A classe trabalhadora leva mais de umha década perdendo poder aquisitivo, conquistas e direitos laborais, assistindo ao sistemático corte das liberdades fundamentais. Porém, nos ultimos anos, este processo característico das políticas neoliberais aplicadas polos governos
empresas de serviços privatizados, anunciam ano após anos maiores benefícios. Sem pudor e com absoluta impunidade, a burguesia nom oculta os seus obscenos lucros à custa de sobreexplorar a classe obreira e restringir conquistas e direitos laborais.
Tourinho ganha mais de 80 mil euros por ano e Quintana por cima dos 71 mil dos Conselheir@s. Mas altos funcionários do regime como a presidenta do parlamentinho superam os 110 mil euros, os conselheiros da CRTVG perto de 120 mil. E assim um longo et cétera. Eis a realidade! A casta política profissional, independentemente da sigla e da retórica –PP, PSOE, BNG e IU–defende intereses similares, enriquece-se e obtém enormes privilégios à custa do povo trabalhador, legislando para Amáncio Ortega, Manuel Jove, Tojeiro ou Carmela Arias. Som horas de mudarmos esta situaçom. É necessário deter a voracidade ilimitada da burguesia. O patronato só pode ser freado mediante a luita unitária e organizada da nossa classe.
espanhóis do PP e PSOE –mas também pola Junta autonómica do PSOE-BNG– tem provocado um importante incremento da carestia da vida com a congelaçom salarial e a suba de produtos básicos da alimentaçom, energia e transportes. Cada vez custa mais chegar a fim de mês, cada vez os salários e as pensons de miséria tenhem menos valor, cada vez se podem comprar menos cousas com idêntico dinheiro polo imparável aumento da inflaçom. Leite, pam, fruta, carne, combustíveis, gás, electicidade, etc, nom param de aumentar semana após semana, tornando cada dia mais difícil a vida da imensa maioria social galega que configuramos o povo trabalhador. Som reformados, juventude, trabalhadoras e trabalhadores em precário, desempregad@s que padecem com maior intensidade os efeitos da crise e recensom económica.
, Carvalho 09
Porém, os ricos cada vez som mais ricos, amassam mais e maiores fortunas. Bancos, indústrias, grandes
Convém lembrar que umha das primeiras medidas aprovadas polo conjunto dos deputados e deputadas do parlamentinho autonómico em Março de 2006 foi incrementar o seus milionários salários, atingindo ordenados mínimos superiores aos 4.000€ por mês. Posteriormente, no final do Verao do ano passado, PP, PSOE e BNG acordárom mudar a legislaçom da funçom pública, concedendo umha retribuiçom vitalícia de 15.000€ para todos aqueles/as funcionári@s que tenham ocupado cargos na Administraçom autonómica. Isto significa mais de mil euros por mês, enquanto as estatísticas oficiais constatam que som mais de 700 mil as galegas e galegos com rendimentos inferiores a 600€ mensais, e que o salário médio da Galiza é inferior ao do ano 2000, com os ordenados mai baixos do Estado.
Aderindo a campanha impulsionada pola Fundaçom Artábria da comarca de Trás-Ancos, neste ano voltamos a dirigirnos à Real Academia Galega (RAG) para reivindicar um reconhecimento
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oPedro o vozeiro comarcal de NÓS-Unidade Popular da comarca de Compostela
As reformas laborais permanentes pactuadas com o corrupto sindicalismo espanhol e apoiadas de forma praticamente unánime pola corrupta e cleptocrática casta que hegemoniza a política institucional som consequência dos acordos que reformárom o franquismo nesta pseudodemocracia, mas também pola ausência de representaçom política de classe.
As trabalhadoras e trabalhadores galegos, o conjunto dos sectores populares, nom podemos continuar impassíveis e ancorados na resignaçom paralisante. Há que mobilizar-se, protestar, reivindicar, exigir responsabilidades. Há que participar activamente nas luitas das empresas e centros de trabalho, implicar-se nelas, evitar que sejam instrumentalizadas polas burocracias sindicais para favorecer interesses políticos espúreos. É preocupante o grau de dependência de umha parte da dirigência sindical galega em relaçom a directrizes partidárias alheias aos interesses da nossa classe e à imensa maioria dos filiados e filiadas da CIG. De NÓS-Unidade Popular, temos claro que a única saída para a crise é a autoorganizaçom obreira e popular, para enfrentar de maneira unitária as políticas neoliberais, respondendo a cada agressom com mais autoorganizaçom e mais luita. Luita sindical e política, à margem de qualquer dependência dos centros de poder do sistema, tanto dos patronais como dos partidários. Viva a Classe Obreira Galega! Viva o internacionalismo proletário! Viva Galiza Ceive, Socialista e nom patriarcal! Galiza, 1º de Maio de 2008
nacional para a obra de um dos grandes intelectuais galegos do século XX. A dedicaçom por fim, de um Dia das Letras a Ricardo Carvalho Calero: o do próximo ano 2009.
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