#1 nยบ 01 โ ข junho 2011
fotoweb
Curitiba Urbana
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Curso Superior de Tecnologia em Fotografia 1º semestre • 2011 Capa: Chris Cockram © sxc.hu/profile/coolchrisc
Índice 06
Adileise Castro
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Andressa K. Caldas
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Bruno Gonçalves
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Denis Godói
Aline Feliz
Breno Canedo
Carolina Patrício
Evandro Broholka
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Fernanda Van Der Broocke
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Javã Társis
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Guilherme Alves
Jéssica Mello Letycya Cipolla Luane Palhares
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Mariana Marques
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Nenad Radovanovic
Miriane Figueira
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Apresentação Esta webmagazine nasce a partir de uma proposta de atividade da disciplina Fotografia na Web, ministrada no 2º semestre do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia, da Universidade Tuiuti do Paraná. A intenção é mantermos a atividade e, por consequência a publicação, com uma periodicidade semestral, abordando temáticas distintas que surgirão a partir dos alunos/fotógrafos que contribuirão à cada edição. Dentro de algumas propostas colocadas pelos alunos/fotógrafos, decidimos partir do tema "Curitiba Urbana" nesta primeira edição, especialmente por se tratar de um tema aberto a uma miríade de possibilidades interpretativas. E é justamente o que veremos adiante, com cada um dos participantes explorando atividades ou características bastante específicas, que ajudam a compor um pequenino quadro sobre a cidade em que nascemos ou onde escolhemos viver. Cada qual explorando sua linguagem enquanto fotógrafo da maneira mais conveniente, com o intuito de produzir uma série relevante à esta revista. Da arquitetura recente e antiga aos mais conhecidos pontos turísticos da cidade, das manifestações culturais afrobrasileiras aos artistas de rua, das linhas de trem que entrecortam a cidade ao calçamento de origem paranista, da gastronomia italiana às lanchonetes orientais, da atividade de reciclagem à tradição tipográfica, ou do passeio do flaneur que busca suas imagens pelas ruas da cidade, registrando o cotidiano desta capital, nos parques, pistas de skate ou ruas históricas. Nas próximas páginas, vislumbraremos um pouco do que ajuda a constituir a multiplicidade social e cultural desta cidade, com seus problemas e alegrias, cujo povo traz em suas raízes referências das mais diversas regiões do globo.
Fernando de Souza
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Adileise Castro
Curitiba ainda preserva suas casas antigas, isso foi o tema de meu trabalho Curitiba Urbana. A escolha deste tema foi por admiração de construções antigas. Junto com as casas antigas frisei a luz do sol refletindo nas paredes. Hoje em dia, muitas casa antigas são reformadas para comércio, como bares e ateliês, são valorizadas pelo tempo de existência, que conta também para a história de Curitiba.
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Aline Feliz
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Escolhi o tema por me identificar. Tentarei mostrar o que é grafite, pois muitos hoje em dia ainda confundem grafite com pichações, mostrando a arte que muitas vezes é usada para protestar, abordando mais o lado “underground” de Curitiba, tendo como foco a Praça do Gaúcho, o ponto de encontro de skatistas e grafiteiros, tendo por ali vários tipos de grafites, e também vários outros pontos da cidade.
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Andressa K. Caldas
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O tema escolhido para a realização do projeto é “Artistas de Rua e personagens curitibanos”. Aqueles personagens que encontramos diariamente quando vamos ao centro da cidade e que mesmo podendo vê-los todos os dias não cansamos de observá-los. Aquelas pessoas que um turista quando visita a capital não deixa de admirar sem se divertir ou simplesmente olhar de relance. Pessoas comuns que tanto não tiveram oportunidades como escolheram a profissão “artista de rua” por paixão à arte e às pessoas, mostrando que fazer uma pessoa sorrir, se divertir ou refletir é mais importante de tudo nas suas vidas. Outros que sonhavam em se arriscar pelo mundo, escolheram atuar nas ruas como forma de manter os sonhos vivos, ganhando dinheiro para prosseguir viagem. É muito lindo o trabalho que essas pessoas tem com a vestimenta e a maquiagem, querem chamar a atenção de quem passa a qualquer custo. Todos muito coloridos e arrumados, desde o palhaço com todas as cores, ao senhor que canta rindo, com seu chapéu e seu paletó. Essa experiência foi incrível. Poder chegar mais próximo dessas pessoas e das suas vidas foi essencial pra fazer essas fotos. E também entender o verdadeiro sentido de seus trabalhos, o motivo para terem escolhido tais profissões. Para fotografar, antes falei com cada artista, vendo a possibilidade. Todos permitiram, a não ser um hippie que tentou me vender colares em troca de foto. Esta é uma das experiências mais comoventes que já vivi, pessoas que demonstram verdadeiras paixões pela vida e pela arte.
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Breno Canedo
Ruas... As ruas são uma constante em nossas vidas, por ela passamos sem mesmo reparar ao redor e perceber que há muito mais pra se ver do que parece, há muito mais a se descobrir do que se imagina, isso em uma simples rua, que corriqueiramente, não nos diz nada, além de mais um caminho até algum lugar. Então porque não observá-las de uma maneira diferente, não apenas como rotina, mas sim como um lugar onde se pode desbravar e encontrar a diversidade no asfalto e no concreto do dia a dia. Cada passo, cada compasso, é um novo caminho a ser desbravado.
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Bruno Gonรงalves
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Aqueles que limpam a cidade Uma das maiores qualidades ditas por que vista Curitiba é a limpeza que a cidade se encontra. Talvez seja pela educação do curitibano que sempre joga o lixo no lugar certo ou pelo numero de lixeiras espalhadas pela cidade incentivando que seja dado o destino correto aos panfletos ou embalagens que nos incomodam no decorrer do dia. No fim do dia é decorrente haver uma destinação correta para todo esse lixo. Mas o que mais chama atenção principalmente na região central de Curitiba é a quantidade de funcionários da Cavo presentes para a higienização da cidade. E com um trafego gigante de pessoas em regiões como o da boca maldita eles são essenciais para a limpeza da cidade. Mas muitas vezes eles são como heróis anônimos da cidade vestidos de laranja e levando o tambor verde para todo canto. Muitas vezes sem problemas pessoais na família, problemas de saúde ou até mesmo problemas financeiros eles estão lá para dar o bom nome que a cidade de Curitiba tem pelos turistas que a visitam. No outro lado da balança á aqueles que tem o trabalho mais difícil que os trabalhadores regularizados agindo na informalidade mas que possuem o mesmo mérito que os funcionários da Cavo. São eles muitas vezes casais que buscam como forma de sustento financeiro o recolhimento do material reciclável pela cidade com seus carrinhos. Muitas vezes fabricado de forma precária oferecendo riscos a pessoa que faz uso mas que é de extrema necessidade já que é a única forma de sustento que as pessoas vêem para elas. Muitas vezes levando os filhos para ajudar no recolhimentos de matérias como papelão, madeira e plásticos que são de fácil venda no mercado para reciclagem. Muitas vezes esse trabalhadores de materiais são marginalizados e sofrem preconceitos muito mais para aqueles que catam lixo em carrinhos do que os funcionários da Cavo. Talvez porque o uniforme e a regularização do trabalho de a eles um status de profissional. Mesmo que a percepção de trabalhar com o lixo dos outros seja recolhendo não seja bem vista de qualquer forma. Enquanto os trabalhador informal não possui identificação e age muitas vezes a sua própria sorte recolhendo o lixo para trocar por dinheiro. A prefeitura junto com ONGs já fizeram muito para tirar essa mística de que os funcionários informais são marginais e uma profissão desonrosa. Com a criação de associações que beneficiam aqueles que a compõe pois como o recolhimento é feito em grande escala a venda pode ser feita diretamente com a industria de reciclagem descartando o atravessador e gerando um lucro maior para os seus associados. Essas atitudes geram um certo conforto ao profissional e uma regularidade já que passam a ser menos formais associados que separados. Mas mesmo eles sendo informais ou não. O profissional que trabalha com o lixo deve ser respeitado já que ele é responsável pelo fato da cidade se encontrar sempre limpa. E livre de qualquer preconceito ele é uma ferramenta essencial para a cidade de Curitiba.
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Carolina PatrĂcio
O tema central deste ensaio fotográfico são as igrejas católicas de Curitiba, visando registrar a arquitetura de cada época. O que mais me chamou a atenção ao fotografar as igrejas é o fato de que elas diferem bastante umas das outras, tanto em tamanho, como é o caso da Catedral e a Paroquia São Francisco de Paula como nos enfeites onde a Catedral é cheia de detalhes e a de Santo Agostinho é bastante simples. Evidenciando que as mais antigas tem mais detalhes arquitetônicos e as modernas contem linhas retas e mais preocupadas com a iluminação natural. Um outro aspecto que chamou a atenção é que cada igreja tem um público diferente. No caso das igrejas que foram construídas por imigrantes, como é a casa de igrejas ucranianas, até as missas são rezadas na língua dos imigrantes. Portanto, fica a dúvida: será que as igrejas mais enfeitadas são aquelas construídas por imigrantes, e aquelas de linhas retas foram construídas por uma comunidade mais eclética? Portanto, este tema tem por objetivo ressaltar as diversas formas arquitetônicas de algumas igrejas de Curitiba, em que pese que algumas fotografias foram prejudicadas pelo excesso de fios elétricos nos postes das ruas e as edificações vizinhas.
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Denis Godói
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Capturar os detalhes arquitetônicos de uma Curitiba urbana, na tentativa de provocar a experimentação e sua interferência com o cotidiano ao espectador. Dentro desse contexto, o trabalho apresenta imagens híbridas, construídas ou manipuladas para não exigir uma análise específica, mas abrir espaço para a interpretação individual. “A fotografia transporta sensações e emoções, o resultado é incutido de experiências e sentimentos que muitas vezes não poderia exteriorizar de outro modo.”
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Evandro Broholka
Com o intuito de mostrar Curitiba com um outro olhar fiz este trabalho para curitibanos e turistas saberem aonde irem para ver um belo parque ou bosque. Curitiba possui belos pontos turísticos para se visitar tanto dia de semana quanto aquele belo sábado ou domingo atarde. Ainda contamos com a linha turismo, que é um ônibus que possui dois andares onde no segundo andar é ao ar livre, da para fazer um passei bem divertido por vários parques, bosques e praças da cidade, sendo que é possível fazer o desembarque em qualquer uma das paradas. O trajeto percorrido pelo ônibus conta com 25 pontos turísticos num total de 2 horas e 30 minutos de passeio. A praça Tiradentes é o marco zero da cidade, dominada pela Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz, em estilo gótico, restaurado em seu centenário em 1993. Construído em estrutura tubular, o Teatro Ópera de Arame, de 1992, é um espaço mágico que se integra à natureza do local. Ao seu lado, a Pedreira Paulo Leminski é o palco dos grandes acontecimentos culturais e artísticos de Curitiba. Mais adiante, está o Farol das Cidades, biblioteca informatizada conectada à Internet. Passando também pelo maior e mais moderno museu do Brasil. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, o "olho" completa uma antiga obra que ele mesmo construiu, em 1976. O bosque alemão Lembra as mais caras tradições dos alemães, os primeiros imigrantes a se estabelecer em Curitiba, no século XIX, a partir de 1833. Entre os destaques, a trilha de João e Maria, dos contos dos irmãos Grimm, a Casa Encantada, o Oratório Bach e a Torre dos Filósofos, com uma bela vista de Curitiba. A Unilivre Inaugurada em 1992, com a presença do oceanógrafo Jacques Cousteau, promove educação ambiental para a população em geral. É, por si só, uma lição de ecologia, integrando a arquitetura ao meio ambiente. Parque Tanguá Às margens do rio Barigui, é área de lazer com grandes espaços verdes, ancoradouro, pista de cooper, ciclovia e um túnel aberto na rocha bruta unindo os lagos. Implantado em 1996. Memorial Ucraniano, no Parque Tingui, é homenagem ao centenário da chegada dos pioneiros da etnia, comemorado em 1995. Uma réplica da Igreja de São Miguel, da Serra do Tigre, em Mallet, interior do Paraná, com telhas de pinho e cúpula de bronze, é um museu.
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Fernanda Van Der Broocke
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Fotografei algumas das muitas lanchonetes tocadas por famílias de origem oriental em Curitiba porque elas representam um microcosmo dentro da cidade, é muito interessante ver em um mesmo local, desde a própria comida, (pasteis, coxinhas, etc.), até fumo de corda, linhas de costura e obviamente bebidas. As pessoas que freqüentam tais lugares também representam um pouco da maioria das classes sociais da cidade, tendo desde o executivo que chega para tomar um café rápido entre uma reunião e outra, até famílias que param para comer um pastel depois das compras. Os donos desses estabelecimentos são um tanto desconfiados como todo bom oriental, mas em geral se mostram bastante felizes pelo interesse demonstrado por nós em suas atividades comerciais.
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Guilherme Alves
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Mia Cara Curitiba é uma manifestação pública criada em comemoração ao aniversário de 150 anos da Unificação da Itália. Realizado entre os dias 27 de maio e 5 de junho de 2011, período escolhido para homenagear o Dia da República Italiana, ocorrido em 02/06/1946, o evento conta com atividades culturais, esportivas, sociais, religiosas e gastronômicas, organizadas pelo Consulado Geral da Itália – Paraná/Santa Catarina, em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba e Instituto Municipal de Turismo. Esses acontecimentos simbolizam o encontro entre as comunidades Brasileira e Italiana, bastante representativo no Estado do Paraná e na Cidade de Curitiba. A manifestação, no ano dedicado ao Brasil na Itália, representa a antecipação do “momento Brasil – Itália”, que tem entre os principais objetivos promover a relação cultural, social e comercial, entre os dois países, consolidando os sentimentos comuns de simpatia e afinidade em amplos setores da população Brasileira. Settimana della Gastronomia Italiana: Este festival gastronômico acontecerá entre 28 de maio e 5 de junho, onde vários restaurantes reconhecidos no circuito gastronômico de Curitiba farão um cardápio comemorativo, que consiste em prato principal e sobremesa italianos, com preço fixo de R$ 39, tanto para almoço como no jantar, com a opção de harmonização com vinho. A DP9, organizadora da Settimana della Gastronomia Italiana, contratou o fotógrafo Guilherme Alves para fotografar os melhores pratos do festival, ele já está se consagrando na fotografia de gastronomia, além disso, é o responsável já pelas 3 primeiras edições do Festival Curitiba Restaurant Week.
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Javรฃ Tรกrsis
A palavra "cotidiano" (variante de quotidiano, do latim "quotidianu") refere-se a: De todos os dias; diário; Que se faz ou sucede todos os dias; Que aparece todos os dias; Que sucede ou se pratica habitualmente; Aquilo que se faz ou ocorre todos os dias e por ai vai.. Fotografar o cotidiano é a arte de registrar os hábitos e situações diárias, seja de pessoas, animais, objetos utilizados que muitas vezes referem-se ou representam o tema, seja o que se faça, ou que seja visto (atitudes humanas, paisagens urbanas, trabalho, casa,...). Curitiba, pela mistura étnica e manias locais, sem dúvida é um dos melhores lugares que existem para registrar. Através das fotografias, mostra a característica do povo. Alguns fechados, outros sorridentes e outros pensadores. Uma diversidade da população em vários pontos da cidade. Uma das metrópoles brasileiras mais prósperas, organizadas e com melhor qualidade de vida, Curitiba é um modelo em soluções de urbanismo, educação e meio ambiente. Cidade de cultura eclética e fortemente influenciada por imigrantes italianos, alemães, poloneses e ucranianos, dos quais descende a maioria da população de Curitiba. Esse fato é logo percebido por quem chega e nota a arquitetura, gastronomia e costumes locais.
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Jéssica Mello
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Meu tema é sobre as calçadas de Curitiba, escolhi esse tema por que quase ninguém percebe, mas que está ao nosso redor e no dia a dia. São marcas registradas da cidade. Por mais que o cidadão reclame, ela já está ali há algum tempo, é como se fosse uma cultura, na verdade, é uma cultura de tempos, marca registrada de Curitiba. “Petit Pavet” assim chamados às pedras brancas e pretas, dão um toque mais belo a cidade, um toque mais elegante. As fotos foram feitas na rua XV, á tarde, foi meio complicado tirar as fotos, pois passava muitas pessoas e dificultava a foto. Em cada quarteirão tem um desenho diferente, ainda que as calçadas dificultam a visualização do desenho, da para identificar o que é, como por exemplo, a flor. Em vários desenhos também tem seu aspecto de abstrato, vários quadrados, círculos e afins. As calçadas são patrimônio cultural, muitos pensam que são pedras agrupadas, mas não são. Curitiba é uma cidade do século 17, e foram muitas descobertas até hoje.
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Letycya Cipolla
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Meu trabalho de Curitiba Urbana são fotos noturnas, as fotos foram baseadas nos pontos turísticos, mostrar como são alguns pontos à noite, onde poucas pessoas conhecem. A noite tem todo um trabalho maior, é necessário um tripé para que as fotos não fiquem tremidas, pois a velocidade usada é muito baixa para que não seja necessário usar flash. Em muitas foi usado o zoom, para aproximar um pouco a imagem. Também tive a preocupação de não ser roubada, pois à noite temos muita falta de segurança pelas ruas, principalmente com os equipamentos para fazer a foto, que chamam muito a atenção, enquanto tentava retratar o melhor ângulo, o melhor momento, também estava cuidando dos que se aproximavam. No Paço da Liberdade estava ocorrendo um evento chamado “MIA CARA CURITIBA”, um evento Italiano, falando sobre a colonização Italiana em Curitiba e mostrando um pouco da cultura que os Italianos trouxeram para nossa cidade, uma mistura linda de Curitiba e Itália. O Largo da Ordem é um ponto onde várias pessoas se encontram, têm muita gente diferente, várias culturas, grupos de amigos, artistas, são bares onde todos se reúnem para conversar, se divertir, geralmente bem movimentado a noite e nos finais de semanas. O Parque Barigui, Jardim Botânico e a Praça do Japão são uns dos principais pontos turísticos de Curitiba, uns dos mais conhecidos e visitados do Brasil, são muito freqüentados por turistas e nos finais de semanas por Curitibanos, que gostam de passear nos parques e admirá-los. E também fotografei umas das principais avenidas de Curitiba, a Avenida 7 de Setembro, estava no 19° andar de um dos vários prédios que ali estão construídos, a vista lá de cima é linda e pode-se ter uma grande proporção de como Curitiba é grande e bela. Bom, como já citei anteriormente, quis mostrar um pouco de Curitiba à noite, de como são lindas suas iluminações, lugares onde poucos conhecem ao entardecer.
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Luane Palhares
A Tipografia é conhecida como a impressão dos TIPOS e está desaparecendo com o desenvolvimento do computador. O termo tipo é o desenho de uma determinada família de letras como, por exemplo: verdana, futura, arial, etc. As variações dessas letras (light, itálico e negrito, por exemplo) de uma determinada família são as fontes desenhadas para a elaboração de um conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e em caixa baixa, números, símbolos e pontuação.Os tipos constituem a principal ferramenta de comunicação. As faces alternativas de tipos permitem que você dê expressão ao documento, para transmitir instantaneamente, e não verbalmente, atmosfera e imagem.
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A tipografia esta presente no nosso cotidiano e sou pouco reparada por nós, nas fotos eu pretendo mostrar um pouco mais sobre o assunto fotografei os letreiros da cidade, para mostrar as diversas formas que existem. Tirei fotos dos letreiros mais “clássicos” da cidade são lugares onde passamos diariamente, esses letreiros se encontram na rua XV e no Largo da Ordem, os tipos estão espalhados por toda a cidade, eles são muitas vezes a marca de um negocio, e se esse tipo escolhido não der certo, muitas vezes pode não dar certo o negocio. Os tipos invadem a cidade com letreiros e cartazes, muitas vezes isso se torna uma poluição visual, é tanto tipo diferente que existem por ai.
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Mariana Marques Barbosa
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Este trabalho tem como tema a “Curitiba Urbana”, pensando neste tema escolhi fotografar construções pelo fato de que Curitiba está crescendo, a população aumentando e com isso as construções se tornam cada vez mais recorrentes seja no centro, nos bairros e até nas regiões metropolitanas. Curitiba portanto se torna cada vez mais urbana. Fotografei o bairro Água Verde pois já morei em uma casa antiga do bairro e pude ver o seu crescimento sob meus olhos. Quando eu era pequena brincava de “Bets” pelas ruas tranqüilas do Água Verde que hoje são tomadas por carros estacionados dos dois lados, onde haviam casas antigas hoje existem empresas e comércio. O Água Verde atualmente é considerado um dos bairros mais nobres de Curitiba. A fotografia de construções me chamou atenção pelo fato de que as construções tem em si diversas formas que juntas se tornam uma verdadeira obra arquitetônica. As linhas, os tijolos, a argamassa e todos os outros matérias tem uma papel importante dentro da obra e dentro da imagem. Algo que se passa despercebido tem em si uma beleza quase escondida. Fotografar pessoas é algo que me encanta, e fotografando as obras pude também capturar cenas dos trabalhadores que fazer aquilo tudo se erguer, fazem aquela imagem se formar. Consegui capturar algumas cenas sem que me percebessem, mas quando me avistavam alguns davam risada e outros ficavam sérios e tinha até quem se escondia para não aparecer na foto. Não escolhi um horário específico para fotografar, mas logo percebi que estava próximo do horário de almoço dos trabalhadores, muitos saíram para tomar um sol e foi neste momento em que me aproximei e pedi para tirar alguns retratos, entre alguns sim’s e não’s consegui fazer algumas fotos interessantes. Posso dizer que esta experiência foi muito válida pois pude capturar cenas que me agradaram aos olhos e conheci uma beleza que não me era notada. Poder ter contato com os trabalhadores também foi algo muito especial pois acredito que quanto mais se conhece o assunto fotografado, melhor será sua imagem.
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Miriane Figueira
123 anos da Sociedade 13 de Maio No último 13 de maio, o Clube que carrega o nome da data mencionada, completou 123 anos, traz em cada comemoração, lembranças de um povo liberto, sendo a única casa local que ainda carrega tradições históricas, mantém elementos arquitetônicos e simbologias de proteção desde a inauguração, respira resistência negra em Curitiba, fundada dias após a lei de abolição da escravatura, abrigou escravos em 1888 até que pudessem reestruturar suas vidas em liberdade. O evento realizado em comemoração, começou às 18 horas, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, igreja construída por escravos e destinada para os mesmos, com uma missa em menção. Às 19 horas começaria de fato as festividades, em cortejo, o Grupo Maracatu Estrela do Sul, empossados de tochas, que simbolicamente levariam a luz1, ao Clube, carregou em forma de arrastão cultural2 o público até as portas da Sociedade 13 de Maio, onde calorosamente foram recepcionados por uma bateria de Samba. Dentro do Clube, o Grupo de Capoeira Nação coordenado pelo Mestre Sapo, trouxe capoeira regional, Maculelê e samba de roda, animando a festa. O evento contou também com a presença do Grupo Cultural Flor do Baobá com cantigas de coco de roda, manifestação popular de origem Africana e Indígena, originalmente de Alagoas e Pernambuco. As 23 horas teve inicio a sessão solene, onde o representante legal, Sr. Álvaro Silva, descendente direto dos fundadores da casa, empossou novos diretores culturais, contou ainda com a presença de políticos engajados por causas de resistência negra no estado do Paraná. A interpretação de sambas criados em forma de protesto ficaram por conta do Grupo Serenô, atração itinerante do estabelecimento. O Grupo Os Encantados, se encarregou de animar o público de santo3, trazendo samba de terreiro de qualidade. A última atração da festa foi o rastapé4 com Areia Branca Forró, assim, na forma popular do publico de terreiro “encerrando os trabalhos deste ano”. 1 - Termo utilizado pelo publico de religiões afro-descendentes e/ou espíritas, representa proteção e boas energias. 2 - Semelhante a procissões, ou romarias, onde o publico acompanha a atração que está sendo realizada em vias públicas. 3 - Termo utilizado no Candomblé e Umbanda, quando se tratando de pessoas inseridas na religião. 4 - Termo utilizado em grupos de forró quando se referem a dançar musicas deste gênero.
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Nenad Radovanovic
O trem é o mais antigo meio de transporte da era moderna, tanto de pessoas quanto de carga. No Paraná, foi responsável pela emancipação das cidades litorâneas e pelo aumento de produção agrícola do interior do estado, servindo como meio mais rápido, barato e prático para levar os grãos até o porto de Paranaguá. A ferrovia Curitiba-Paranaguá começou a ser construída em 1880, apesar de ser considerada impraticável por vários engenheiros europeus. Foi inaugurada em 1885. De lá para cá, Curitiba cresceu, multiplicou o numero de habitantes, ruas e residências. Novas famílias foram se instalando ao lado das grandes e importantes ruas, ao lado dos rios e ao lado dos trilhos. Os moradores, com suas casas e terrenos, foram chegando cada vez mais perto dos trilhos, até a cidade tomar conta da toda malha ferroviária. Hoje, esses mesmos moradores reclamam da segurança nos cruzamentos com trilhos, do barulho que a locomotiva produz ao anunciar a aproximação e do tempo perdido nas passagens quando passa a composição de carga, esquecendo toda a sua importância histórica, cultural e atualmente turística. E, para finalizar, o fato de ser, segundo o site da Serra Verde Express, “o único trem regular do Brasil, ou seja, trem de turismo que possui frequência diária, com horário fixo de partida e chegada em ambos os sentidos (descida e subida da serra)”, é suficiente para que se procure uma forma de evitar desativação da linha férrea e sim encontrar meios para uma convivência harmoniosa entre a cidade e o trem.
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