ABRIGOCÃESEGATOS
UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS DE RIBEIRÃO PRETO – SÃO PAULO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO Autora FRANCIELE LARISSA DO PRADO – B63371-9 ABRIGO PARA CÃES E GATOS NA CIDADE DE GUARIBA-SP
Trabalho Final de Graduação para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista apresentado á Universidade Paulista –UNIP
Ribeirão Preto 2017
Agradecimentos Agradeço primeiramente ao meu Deus, que me faz superar obstáculos a cada dia e que permitiu que eu realizasse mais um sonho em minha vida. Aos meus pais, José e Tereza, pela paciência, amor e cuidado dedicados a mim, obrigado por me guiarem em todos os momentos, sem nunca deixarem cogitar a desistência dos meus sonhos. Ao meu irmão Douglas, obrigada por toda sabedoria dividida e por ser um exemplo pra mim. Eu amo vocês. Ao namorado, pela paciência, companheirismo, carinho e dedicação durante toda a faculdade e sendo a fonte de inspiração para a realização de tudo. Todo agradecimento aos meus animais (Babi, Belinha, Pretinho e Branquinho) por deixarem minha vida mais leve, feliz e que mostram que o amor pode ser bem mais que aquilo que conhecemos. A Thaís, amiga que a faculdade presenteou e que foi essencial nessa jornada da minha vida. A Lu, que sinto um grande apreço e muita gratidão, obrigada pela oportunidade, pelos ensinamentos e acima de tudo, por ser uma
inspiração como arquiteta. A minha querida Professora E Orientadora Angélica, que acreditou desde o início em minha proposta, me incentivando e guiando com tanta sabedoria para o desenvolvimento deste trabalho. Obrigada por me instruir. A Professora Valeria, que me aconselhou com tanto carinho durante todo este ano.
Aos demais professores que muito contribuíram para minha formação. Família, amigos e professores, obrigado por tudo!
SEM RAÇA Não conheci meu pai Fiquei pouco com minha mãe Meus irmãos nunca mais os vi... Hoje chove e estou á procura de abrigo Ontem tentei o ponto de ônibus Mas enquanto eu dormia alguém me chutou Não entendi o porquê... Saí ferido, mas continuo caminhando Sinto fome e não há comida Quando o sol é muito intenso sinto sede E durante as noites sinto frio As pessoas passam por mim sem me notar Tentei seguir algumas, porém ninguém me quer... Não tenho um lar ou um dono para a este ser fiel E a minha vida oferecer-lhes se um dia for preciso Mas tudo o que eu ouço é que não tenho raça, Não entendendo muito bem o que é raça Mas se isso significar lutar pela sobrevivência nas ruas Desde o dia em que nasci Então eu devo ser dessa raça. Samantha Constanz
apresentação 1.1 introdução - 12
conceitualização 2.1 relação homem x animal - 14 2.2 saúde e os animais - 18 2.3 comportamento do animal - 20 2.4 maus tratos e abandono - 22 2.5 bem estar animal - 24
2.6 adestramento - 26 2.7 arquitetura animal - 28
Referências projetuais 3.1 - palm Springs Animal Shelter - 30 3.2 - south Los Angeles Animal Care Center & Community Center - 40 3.3 – centro refúgio animal - 50
SUMÁRIO
levantamento de dados 4.1 a cidade - 58 4.2 abrigo dos animais - 60 4.3 analise da área - 68
projeto 5.1 conceito - 80 5.2 partido - 82 5.3 programa de necessidades - 84 5.4 plano de massa - 88 5.5 o projeto- 92
referências 6.1 bibliográficas - 140
SUMÁRIO
A relação entre o homem e o animal acontece desde a pré-história, quando os animais eram utilizados como forma de proteger o território em que o homem vivia, auxiliando em caças e transportes. (DELARISSA, 2003). Recentemente os animais, mais especificamente cães e gatos, ganharam espaços dentro do núcleo familiar. O número de pessoas que possuem um animal adotado ou tem interesse em adotar é grande, porém somente
a afetividade
e laços adquiridos
não são
suficientes e o abandono, infelizmente, ocorre. De acordo com um relatório da ANDA (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DOS DIREITOS DOS ANIMAIS, 2014), a quantidade de animais que vive nas áreas urbanas da cidade tem aumentado drasticamente. O abandono dos animais é um dos principais fatores da superpopulação de cães e gatos na cidade, vivendo em condições extremas. É necessário que esses animais sejam recolhidos da área urbana para um local seguro que lhes ofereça os amparos necessários.
10
Essa pesquisa busca compreender como um espaço arquitetônico pode ser o meio de ajudar a retirar os animais
das
áreas
urbanas,
respeitando
suas
particularidades e gerando formas para sua adoção.
11
INTRODUÇÃO a escolha
O tema surgiu com o interesse de amenizar problemas na cidade de Guariba, estado de São Paulo, município este que faz parte da região metropolitana de Ribeirão Preto-SP. A
experiência
de
morar
no
local
de
estudo
possibilitou perceber as demandas do município, como é o caso dos animais abandonados em área urbana. A cidade não possui nenhuma estrutura satisfatória voltada para os animais. Inicialmente a percepção do problema era algo pessoal,
entretanto
através
de
pesquisas
identificou-se
que
os
moradores
incomodados.
Além
do
mencionado,
realizadas
também não
estão
existe
a
preocupação da administração pública da cidade, como está comprovado em uma ATA de audiência pública, que aborda o tema ‘’Tratar sobre o problema do grande número de cães soltos pelas ruas da cidade’’ (CÂMERA MUNICIPAL DE GUARIBA, 2016). O arquiteto é o profissional que estuda e entende o contexto urbano e através de uma solução arquitetônica consegue intervir e modificar um espaço, acreditando que sua
arquitetura
irá
contribuir
problemas encontrados.
para
a
solução
dos
13
RELAÇÃO HOMEM X ANIMAL o amor
A relação entre humanos e animais tem sido reconhecida nos últimos anos, e a posse de animais de estimação está associada aos benefícios para a saúde
tanto emocional quanto física. (COSTA, 2006). Este contato permitiu uma ampla e detalhada observação a respeito dos benefícios oferecidos pelos animais aos seres humanos, principalmente às crianças, como cita Fine (2000), em que estas desenvolveram senso de responsabilidade e respeito com as pessoas
através de seus animais. Um estudo realizado com crianças que se relacionavam
com
animais
domésticos
no
ensino
educacional, mostrou que essas apresentavam uma maior interação
social,
diminuição
de
comportamentos
agressivos e baixos níveis de hiperatividades (MCCARDLE,
MCCUNE, GRIFFIN, ESPOSITO E FREUND, 2013). Essa ligação
entre
crianças
desenvolvimento
do
e
animais
sistema
pode
melhorar
imunológico,
o
menores
ocorrências de chiados no peito e asma durante a infância (DOMINGUES, 2012)
desenvolvimento
de
empatia
e
aprender a assumir responsabilidades, além de lidar com
a
morte
e
o
luto
(MCCARDLE,
MCCUNE,
GRIFFIN,
ESPOSITO E FREUND, 2013). O vínculo potencial entre os animais
de
oportunidades
estimação e
e
contextos
as para
crianças que
as
propiciam crianças
desenvolvam algumas habilidades de relacionamentos que
15
irão ultrapassar barreiras raciais, culturais, etárias e socioeconômicas.
(MCCARDLE,
MCCUNE,
GRIFFIN,
ESPOSITO E FREUND, 2013). De acordo com os estudos científicos realizados na Austrália, a influência de um animal pode estender para além do seu dono, criando um efeito dominó, sugerindo que mesmo as pessoas que não possuem um animal de estimação veem os bichos como facilitadores de quebragelo nas relações sociais, por exemplo, em situações como conversar com uma pessoa que caminha ao lado de um animal de estimação, conversar com os vizinhos que possuem um animal e até mesmo bater um papo com donos de animais nos parques e praças (MCCARDLE, MCCUNE, GRIFFIN, ESPOSITO E FREUND, 2013).
Wood (2006) realizou uma pesquisa para saber como as
pessoas
se sentiam com os animais em suas
vidas. (Apud MCCARDLE, MCCUNE, GRIFFIN, ESPOSITO E FREUND, 2013). ''Eu
gosto
de
observar
quando
eles
passam
caminhando com os cachorros... sempre tem alguém passeando com o cachorro e, se a gente está do lado de fora, eles sempre falam com a gente. (...) as pessoas andam por ali o tempo todo com os cachorros
e
acabo
conhecendo
todas
elas.
Provavelmente eu já conheci centenas de pessoas que passam por ali e que falam comigo toda manhã e toda noite e até fiz alguns bons amigos''.
16
A gente se importa [isto é, cuida de] com bichos
de todo mundo, porque meu marido adora animais de estimação e todo mundo procura a gente para deixar o cachorro quando sai de férias ou coisas assim e todos vêm aqui e lavam coisas emprestadas. (...) Nossa cerca caiu algumas semanas atrás e alguém da rua trouxe nosso cachorro de volta; eu acho esse lugar muito bom para morar e acho que todo mundo se da bem.
Esse efeito dominó que o animal de estimação causa dentro das comunidades contribui para o processo de confiança, característica esta fundamental para o bem-estar coletivo e individual, além de agirem como catalisadores sociais. O fato das pessoas circularem dentro da comunidade, praças ou parques contribuí para uma sensação mais forte de
segurança.
(Apud
MCCARDLE,
MCCUNE,
GRIFFIN,
ESPOSITO E FREUND, 2013). Se os habitantes não circulam entre o espaço urbano por medo, é provável que também saiam menos de casa, usem menos as instalações coletivas e consequentemente Essa pesquisa Australiana sugere que os animais
interajam menos com as pessoas. O principal atributo de um distrito urbano
são o principal fator da troca de favores entre pessoas e esses
próspero é que as pessoas se sintam seguras e protegidas
são relacionados a confiança em razão do amor e o afeto
na rua em meio a tantos desconhecidos.(JACOBS, 2000, p.
aos animais.
30).
17
RELAÇÃO HOMEM X ANIMAL a castração
Segundo apontado
Lima
como
e
um
Luna
(2012)
o
dos
principais
abandono fatores
é da
superpopulação de cães e gatos em áreas urbanas, gerando problemas para a cidade como sujeira, procriação descontrolada e a facilidade de propagação de zoonoses
que são transmitidas ao seres humanos pelos animais. O crescimento de animais soltos nas ruas tornou se um fator de risco para sociedade. De acordo com Andrade e Bittencourt, a forma mais eficaz de resolver este problema seria com a realização da castração nos animais. Segundo Muraro e Alves (2014), “o controle de reprodução consiste na esterilização dos animais, esse procedimento cirúrgico que pode ser feito em fêmeas, onde são retirados o útero, ovários e trompas’’. A castração em machos é realizada mais rápida e simples, devendo demorar em torno de cinco minutos cada animal, já a fêmea o método é mais demorado, chegando até quinze minutos e deve ser observada a sua recuperação durante alguns dias. A esterilização de cães e de gatos tem como propósito o controle dessa população e é um elemento fundamental na difusão do conceito de guarda responsável de animais.
19
COMPORTAMENTO DO ANIMAL agressivos?
Um estudo que foi realizado no abrigo Center Of Shelter Dogs em 2013 em Londres, onde foi analisado alguns cães com agressividade por posse e a evolução desse
comportamento
após
a
adoção.
O
grupo
de
pesquisa entrevistou cerca de 97 tutores que haviam adotados os cães por pelo menos 3 meses para saber se os animais apresentavam o tipo de agressividade no abrigo e se continuavam nos lares novos (MORENO,2016).
O resultado da pesquisa constatou que os cães que apresentavam algum tipo de agressividade por posse no abrigo não continuaram com essa atitude em casa, 78% Segundo
Moreno
(2016)
uma
das
dos
cães
que
não
possuíam
comportamento
principais
agressivo mantiveram essa atitude e somente 22%
dificuldades dos abrigos é conseguir um lar para os
passaram a manifestar a atitude agressiva após a adoção.
animais que são considerados agressivos e a falta de
Outro estudo realizado no Colorado, EUA no ano de
adaptação dos animais no abrigo ou até mesmo o
2005 avaliou 55 cães adultos recém-chegados e no
preconceito em torno do tema acaba dificultando o
primeiro dia mediram seus níveis de cortisol, o hormônio
processo de adoção.
do estresse (MORENO,2016).
A chegada do animal ao abrigo é um dos momentos
Logo após dividiram os cães em dois grupos, os que
mais importantes da fase de reabilitação social dos
iriam ou não ter contato com humanos durante um
animais, após serem resgatados os animais apresentam
período de 9 dias. Logo após o terceiro dia de pesquisa os
um comportamento reativo e por conta dessa primeira
animais que tiveram contato com os humanos mostraram
impressão, são isolados e rotulados como agressivos.
uma queda significativa de níveis menores de cortisol, isso
Entretanto
quer
isolar
o
animal
sem
antes
identificar
as
dizer
que
além
de
auxiliar
na
adaptação
e
primícias dessas agressões infelizmente acaba piorando um
socialização, o animal se sentiu melhor com a presença de
estado que talvez nem seja grave assim.
humanos (MORENO,2016).
21
MAUS TRATOS E O ABANDONO o crime
A cada dez cães nas ruas, oito tiveram um lar 79% dos abandonos acontecem nas férias
De acordo Delabary (2012) Entende-se por maus tratos o ato de submeter a tratamento cruel, trabalhos forçados
e/ou
privação
de
alimentos
ou
cuidados.
Importante enfatizar que maltratar animais é crime de acordo com caput do artigo 32 da Lei 9.605/98, que trata dos crimes ambientais e ''práticas de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos fere ao réu, pena de detenção de três meses a um ano''. A Organização Mundial da Saúde estima que no Brasil
existem
mais
de
30
milhões
de
animais
abandonados, dentre esses 10 milhões são gatos, e 20 milhões são cães. Outro dado divulgado pela mesma organização é que a cada dez cães que sobrevivem na rua oito deles já possuíram um lar e foram abandonados. (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DOS DIREITOS DOS ANIMAIS, 2017). De acordo com Fuchs (1987) é preciso realizar um trabalho de educação amplo e duradouro dentro das comunidades para que os animais não sejam mais vistos como objetos. Sendo assim, a educação vem a ser a principal ferramenta para acabar com essa triste realidade, visto que através dos ensinamentos pode-se trabalhar a conscientização e encorajar a sociedade a denunciar os crimes de maus tratos (Apud DELABARY, 2012).
23
BEM ESTAR DO ANIMAL boas praticas
É responsabilidade do guardião de um animal de companhia se comprometer a assumir diversos deveres relacionados as necessidades física, psicológica e ambientais do seu animal, como também prevendo e evitando os riscos de transmissão de doenças que o animal pode causar a comunidade (SANTANA, 2010). Há uma enorme dificuldade para estabelecer padrões absolutos que julguem as práticas para promoção de bemestar animal, porém a importância do médico veterinário se torna
evidente
neste
processo,
como
difusor
de
conhecimento e promotor de saúde, e consequentemente, de elevação nos padrões de bem-estar animal. É a condição na qual o guardião de um animal de companhia aceita e se compromete a assumir uma série de deveres centrados nas Os estudos relacionados ao bem- estar animal não
necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu
são atuais, esse tema surgiu anteriormente á ideia de
animal, assim como, prevenir os riscos (potencial de
direitos animais (SZTYBEL, 1998 apud PAIXÃO, 2001). De
agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros) que
acordo com a Associação Mundial de Veterinária relatou
seu animal possa causar à comunidade ou ao ambiente,
cinco maneiras de modo a promover o bem- estar do
como interpretado pela legislação vigente As violências
animal: ‘’Manter os animais livres de fome, sede, de
contra animais são constantes nas sociedades humanas que
desconforto físico, dor, livres de injurias ou doenças, medo,
desconhecem ou ignoram a dignidade animal, na qualidade
estresse
de ser que sente, sofre, tem necessidades e direitos
e
livres
para
que
manifestem
comportamentais característicos da espécie’’.
os
padrões
(SANTANA, 2010).
25
ADESTRAMENTO novas habilidades
Segundo o especialista Alexandre Rossi (2002) muitos animais apresentam algum tipo de comportamento agressivo e essas atitudes ocorrem principalmente ao animais que sofreram algum tipo de maus tratos nas ruas. Por se tratar de um problema que atinge os abrigos para cães e gatos foi realizado um estudo cientifico dentro dos abrigos e foi constatado que animais que praticam treinos de
adestramentos
realizados
dentro
dos
abrigos
aumentam a chance de adoção e o contato com os seres humanos também diminui o estresse de cães abrigados.
27
ARQUITETURA ANIMAL técnicas
Com a intenção de planejar um programa para
O sistema de sanitário dos alojamentos deve ser
abrigar cães e gatos é preciso entender como eles
de modo que os dejetos sejam distribuídos para uma
percebem o ambiente a sua volta, assim como também se
fresta de 06cm sob – pré moldado a frente da calçada
comportam neste espaço, dentre outros fatores. Para isso,
que se estende na largura do solário.
é necessário compreender os animais, sua relação e Fonte: Tausz, 2017 –Alterado pelo Autor, 2017.
percepção do ambiente e que seja adequada para as suas demandas. Conforme a WSPA BRASIL, (2011) as necessidades
dos animais vão além do fornecimento de alimentos, higiene e cuidados médicos. De acordo com o documento os animais são muito inteligentes, criativos, curiosos e conscientes do mundo a sua volta. Um abrigo eficiente deve ter o conhecimento de todas as características de espaço que o animal irá ocupar
temporariamente.
De
acordo
com
Tausz
(2016)
o
alojamento dos animais deve estar direcionado de onde nasce o sol do inverno, fazendo com que essa radiação penetre o quarto dos canis, na área coberta do alojamento. O sistema hidráulico deve ser distribuído de maneira que todos os boxes tenham água potável e para facilitar os
bebedouros devem ser fixados perto do dormitório, porém
Baseando-se
nessa
pesquisa
prévia,
viu-se
necessário realizar pesquisas em referencias projetuais.
no lado de fora, para evitar que derrame a água na cama do animal (TAUSZ, 2016). A cama deve ser feita de madeira, se possível com IPÊ
que
não
estraga
facilmente
com
as
mordidas
recorrentes dos cães. (TAUSZ, 2016)
29
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
PALM SPRINGS ANIMAL SHELTER
leituras projetuais
Demuth
Park,
Palm
Springs, California 92264, Hoa Kỳ Arquitetos: Swatt | Miers Architects Área: 21.000 sqm O abrigo é localizado em uma área predominantemente residencial, próximo ao Debuth Park e ao deserto da Califórnia,
conhecido
como
Murray
Fonte: Google Maps. Street view - Demuth Park, 2017. Acessado em 2017.
Localização:
Hill,
caracterizando a área como um clima quente e seco.
31
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Acessos Principais
Portรฃo delimita as vagas de
automรณveis
para
visitantes e funcionรกrios
Abrigo
Pedestre
Acesso para o Palm Springs Acesso Parque
32
para
quem
sai
do
C
Acessos Principais
A Usado por todos os visitantes que desejam adoção ou são convidados
C
ou participar
das
palestras,
seminários e oficinas.
Essa
fachada
possui
duas
entradas, adoção
para assistir
a e
a
de de
recepção.
C Acesso para o Palm Springs
Acesso Funcionários
Acesso Público
Vista do acesso
Essa é a fachada norte do abrigo voltada para a principal rua de acesso. As janelas em fita são das salas de oficina.
33
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
A
34
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Área para conscientizar as crianças e os adultos da responsabilidade de se ter um animal de estimação.
Jardim na frente, para não gerar uma barreira visual e criar um espaço de convívio aberto.
Áreas verdes com esculturas de cachorros.
35
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Sistema de reciclagem da água. Mandada para uma sala de limpeza, depois renovada é bombeada por tubos e reutilizada na limpeza do abrigo.
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Acesso PĂşblico
Acesso FuncionĂĄrios
36
acordo com a observação do tamanho da porta. Pé direito da recepção é mais alto que o ambiente do gatil. Aberturas de janelas de diferentes
tamanhos
e
alturas. Apoios
para
os
gatos,
dando visibilidade para o lado externo do abrigo.
37
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Pé direito duplo com provavelmente 5m de altura, de
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
Aberturas/Ventilação Cruzada
Elevação Norte
Elevação Oeste
Elevação Leste
38
Aberturas/Ventilação Cruzada
Aspectos Extraídos desta Referência Projetual:
- Área para conscientizar as crianças e os adultos
da
responsabilidade de se ter um animal de estimação;
- Pé direito alto; - Apoios para o gato; - Aberturas ventilação cruzada; - Espaços de permanência e convívio para quem está no abrigo.
Área de permanência e convívio. Espaço que as pessoas podem se sentar e manter contato com o animal.
39
Fonte: Palm Springs Animal Shelter . 2012 - Archdaily. Acessado 2017.
- Jardim na fachada, para não criar uma barreira visual;
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
SOUTH LOS ANGELES ANIMAL CARE CENTRE &
COMMUNITY CENTER
leituras projetuais
Localização: 1850 West 60th Street, Los Angeles, CA 90047,United States Arquitetos: RA-DA Área: 24.000 sqm
South Los Angeles Animal Care Center
Ano do projeto: 2013 O abrigo é localizado em uma área industrial
cercada
por
uma
zona
residencial, perto de ruas movimentadas, fazendo com que o abrigo seja visível.
Área Industrial
41
Fonte: Google Maps. Street view –1850 West, 2016. Acessado em 2017.
Área Residencial
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
A
A
B
42
C B
Estacionamento dos funcionรกrios.
Abrigo
Acesso Parque Pedestre
Acesso para o South
para quem sai do
C
C
A A Fachada norte é o principal acesso dos visitantes, contendo Um pátio central que liga a edificação ao
alojamento dos animais.
O abrigo é totalmente aberto
para o público que deseja freqüentar o espaço. O acesso é tanto possível
quanto visível, fazendo com que as pessoas levem sua família
para
passear
pelo
complexo. Acesso para o South
C
Acesso Público
Vista do acesso
Acesso Funcionários
Pedestre
B 43
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
A
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
O abrigo contém apenas uma passagem livre, por meio do pátio central que liga o BLOCO A ao BLOCO B, sendo assim, foi utilizado muros para impedir que o público acesse
áreas
restritas,
como
funcionários, carga e descarga dentre outros.
O abrigo é divido em dois blocos, onde um fica
localizado as áreas onde o animal receberá o devido tratamento, (BLOCO A) contendo clinicas veterinárias, salas de exames. E no outro (BLOCO B) fica localizado a área comercial para gerar renda para os cuidados com os animais, contendo Pet shop, lojas. E os dois blocos são ligados por meio do pátio central, ele é aberto e o publico tem liberdade para entrar onde está o alojamento dos animais (ABRIGO).
44
algumas
o
acesso
dos
estrutura
utilizada
é
metálica. parte
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
A
Toda
hidráulica
fica exposta.
O
teto
com
pintura verde.
Utilização de vidros Low-e faz com que uma parte da irradiação solar penetre na parte interna do abrigo, para trazer iluminação e a outra parte reflita para o lado exterior, diminuindo a temperatura quente dos ambientes.
Acessibilidade
nos
mobiliários
45
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
Em frente a cada abrigo existe uma área verde. Assim, quando os visitantes forem ao complexo, ele percorrerá por caminhos com sombras, além do animal ter contato com a natureza.
O alojamento dos cães pode receber visitas e as permite ajudarem na hora da alimentação de cada refeição A grelha para água de chuva e das necessidades dos animais. O abrigo é feito de estrutura metálica.
46
do animal. A comunidade tem livre acesso. O gradil impede a saída dos cães.
Área castração Aplic. de campo Administração Funcionários Clínica Exames
Gatil Quarentena Animais Isolado Cozinha Eutanásia
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
Entrada
47
Fonte: South los Angeles Animal Care Centre & communuty center. 2013 - Archdaily. Acessado em 2017.
48
As paredes dos canis tem materiais acústicos para amenizar os ruídos, tanto de dentro pra fora, quando de fora para dentro
Os canis ficam dispostos em lados opostos cada um, assim evitando a poluição sonora.
As arvores foram colocadas propositalmente para passar a sensação para o animal de estarem livres
Material utilizado: Concreto A fachada foi inspirada em camadas parecidas com peles repteis
Estacionamento funcionários São peças estruturais pré moldadas que formam um tipo de escalonamento.
Proporcionando uma qualidade de vida não somente para os animais, mas também para a população que os visita.
Aspectos Extraídos desta Referência Projetual: - Os blocos de edifícios são separados, contendo passagens livres entre eles, além de serem ligados por meio de um pátio central; - Áreas verdes no canil possibilita sombras para as pessoas que percorrem pelo local, juntamente, com a minimização do ruído dos animais; - Utilização de grelhas para agua da chuva e também para manutenção do abrigo; - Os canis são distribuídos no terreno de forma que os animais não tenham contato visual com outros animais, resultando na diminuição da poluição sonora; - Cobertura que liga os blocos;
49
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
ANIMAL REFUGE CENTRE
leituras projetuais
Animal Refuge Center
Localização: Amsterdam,The Netherlands Arquitetos: Arons en Gelauff Architecten Área: 5800.0 sqm Ano do projeto: 2007
É localizado em uma área de fácil acesso,
que
tem
o
uso
misto,
contendo
comércios, indústrias e residências.
Área Industrial e comercial
51
Fonte: Google Maps. Street view –Amsterdam The Netheralans, 2012. Acessado em 2017.
Área Residencial
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
B
A A
C O
abrigo
possui apenas
B
um acesso de veículos dois
e para
pedestre. Acesso para o Refugio Animais
52
Acesso Público
Vista do acesso
Acesso Funcionários
Pedestre
C
C
A A Fachada norte é o principal acesso dos visitantes e dos funcionários, ele é totalmente aberto para o público que deseja freqüentar o abrigo.
C B
Acesso para o Refugio Animais Acesso Público
Vista do acesso
Acesso Funcionários
Pedestre
O acesso secundário para área de quarentena tem a circulação horizontal por meio de uma ponte.
53
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
A
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
O
A construção em concreto chama atenção pelo uso de uma
paleta de cores em tons de verde da vegetação existente no entorno. Esse revestimento exterior são painéis de aço zincado revestidos com doze tons diferentes que correm todo o prédio. Os painéis remetem as cores da natureza imitando as gramas dos jardins. espaço
do
térreo
está
destinado ao cães, na imagem
Espaço de convívio
pode-se observar o solário dos
coletivos
dos
animais, separados por grade. Já
animais,
cercado
na parte superior consta o espaço
por
dos
pedras.
gatis,
as
aberturas
são
grades
e
Espaço
voltadas para área interna de
onde acontecem as
convívio coletivo dos cães.
feiras de adoções.
54
Apoio
ACESSO Á QUARENTENA
Recepção
ACESSO PRINCIPAL
Quarentena Canil Exames
PAVIMENTO TÉRREO
ACESSO EDIFICAÇÃO
Auditório, vestiário. Sala de tratamento Administração Gatil Apartamento Zelador
PRIMEIRO PAVIMENTO 55
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
Clínica
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
Espaço de convício para os animais dentro da edificação
ACESSO Á QUARENTENA
ACESSO PRINCIPAL
Alguns animais necessitam dessa área para um tratamento eficiente
PAVIMENTO TÉRREO
PRIMEIRO PAVIMENTO 56
Córrego contorna a edificação
ACESSO EDIFICAÇÃO
Fechado para o exterior, entretanto o espaço dos animais é constituído de ventilação e iluminação natural
A edificação segue o formato do córrego
Material utilizado: Concreto
Acesso funcionários gatil e canil
Aspectos Extraídos desta Referência Projetual:
Fonte: Animal Refuge Centre, 2008 - Archdaily. Acessado em 2017.
- Utilização de pontes no córrego para facilitar o acesso; - Separação de canil e gatil, mas utilizando a mesma área, Solário
facilitando a funcionalidade do local; - Espaço de convívio dos animais, onde também pode
ocorrer as feiras de adoções; - Utilização do concreto;
Solário
57
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
A CIDADE
Guariba SP Brasil
A para
cidade
proposta
escolhida
do
abrigo
animal é na cidade de Guariba
São Paulo
- São SP, município este que faz Paulo parte da região Metropolitana de Ribeirão Preto/SP. A cidade
Fonte: Debora Neves.2015. Adaptado pelo autor 27 maio de 2017
tem população estimada de 35.486 mil habitantes (IBGE, 2010) e tem como principal fonte de renda as usinas e cana- de- açúcar situadas ao Terreno Escolhido
redor
da
também Guariba-SP
cidade,
algumas
ligadas
como
indústrias
ao
setor
agroindustrial. Infelizmente não possui nenhuma voltada
estrutura para
os
publica animais,
consequentemente
estão
sujeitados a fazer do espaço urbano a sua moradia.
59
ABRIGO DOS ANIMAIS
A cidade possui um abrigo para os animais, cuja a voluntária
a
frente
do
trabalho
é
Marcia
Maturo,
responsável desde de 2009, mantido por ajuda privada e de voluntários. Em visita ao abrigo no dia 20 de março de 2017 foi possível observar que por mais que o esforço e a dedicação dos voluntários sejam de grande valia, os animais ainda não possuem canis/gatis adequados.
dimento e o tratamento adequado. Durante
o
tratamento
e
a
recuperação
os
animais ficam sob a responsabilidade de um voluntário que acompanha o tratamento e devendo fornecer um lar temporário e alimento. O lar temporário é o espaço onde o animal fica
Os animais ficam em três terrenos emprestados por
localizado até que sua saúde venha a ser recuperada e
voluntários que estão localizados em pontos diferentes na
futuramente venham a ser adotados. Esses lares
cidade contendo trinta e seis animais abandonados sobre
geralmente são as residências de voluntários que a
sua proteção. Cada um deles possui de cinco á doze cães e
partir das suas condições amparam e acolhem os
muitos
animais por um tempo indeterminado até que venha
deles
precisam
estar
separados
pois
são
agressivos.
ser adotado.
Segundo relatos na entrevista com a Márcia Maturo, a cidade de Guariba possui uma estimativa de mais de cem animais abandonados na cidade. O abrigo é mantido
com muito sacrifício pelos voluntários para resgatar os animais de rua. Para entender como funciona o resgate de animais pelos voluntários em Guariba foi necessário entrevistar os protetores que estão por trás do projeto. Hoje em dia o projeto ainda não é uma organização registrada e não
possui um nome, apenas pessoas que se organizam para o resgate dos animais. As atividades desenvolvidas pelos voluntários consistem em resgatar o animal que está em risco, levá-lo para clinica veterinária para receberem aten-
61
Depois que o animais são recuperados, os mesmos passam
por
um
encaminhamento
para
adoação,
geralmente através de redes sociais. Os voluntários fazem a avaliação dos interessados para identificar se estão aptos a receberem um animal em casa, se estão conscientes dos gastos e, principalmente, se não vão maltratar ou abandonar nas ruas. Ou seja, os animais são doados apenas quando os voluntários se sentem seguros em relação as pessoas interessadas. Segundo a protetora responsável, o abrigo não atende a demanda da cidade, e devido isso alguns animais são resgatados nas ruas, levados para clinica veterinária para
receberem
tratamento,
mas
infelizmente
posteriormente são soltos na área urbana nos locais onde foram encontrados. Existe outra entidade de proteção animal na cidade, uma parceria realizada entre as duas organizações, que também não possui registro, formada por um grupo de voluntários que se interessam pela causa. O nome do projeto é ''Ajude nos Ajudar''. O ''ajude nos Ajudar'' não possui um abrigo para manter os animais, eles ficam em casas de voluntários até que passem por processo de adoção. No entanto o foco do resgate é em cadelas prenhas ou filhotes recém-nascidos. As duas organizações se mantém por doações priva-
62
das, não possuindo outra fonte de financiamento e sempre
realizam eventos para promover geração de renda.
63
O mapa mostra a localização dos terrenos que abrigam os animais de rua da cidade de Guariba sob a
Fonte: Debora Neves.2015. Adaptado pelo autor 20 maio de 2017
proteção da Marcia Maturo.
3
2
1
64
Terreno Escolhido
2
1
1 3
3
65
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
2
Fonte: Arquivo Pessoal. 2017. 4
5
7
6
66 5
Para além do problema relatado, foi necessária uma
clusive algumas vezes levam alimentos e água para eles.
pesquisa que comprovasse o problema na cidade, dessa
Houve, porém, muita dificuldade de definir se os
maneira foi realizado um levantamento fotográfico dos
animais encontrados e fotografados possuem casa ou não,
animais abandonados nas ruas que estão localizados
muitos donos deixam os animais circularem durante o dia
principalmente em praças e locais próximos a centros
todo na cidade e muitos deles não possuem identificação.
comerciais alimentícios.
Em casos como este, o animal em contato com outros
A protetora dos animais na cidade de Guariba
animais
abandonados
que
possuem
doenças,
podem
alimenta os animais que vivem na rua (Imagem 04) Por
contrair a doença, possibilitando uma transmissão das
motivos financeiros e arrecadações precárias é difícil
zoonoses para os seres humanos.
manter todos os animais encontrados na rua dentro do
O que pode ser observado é que muitos habitantes tentam ajudar de alguma forma os animais, entretanto
abrigo. Um exemplo de resgate animal ocorreu com a cachorra (Imagem 05) que foi resgatada no cemitério da
cidade de Guariba pelos protetores, recebendo o primeiro
não é o suficiente para que este problema venha a ser resolvido. Um espaço que ampare estes animais poderá ajudar
o
a solucionar os problemas urbanos de saúde pública e
veterinário deste caso relatou que o animal ficará melhor
proporcionar uma vida digna aos animais que vivem em
com o tratamento gradativamente.
situações vulneráveis no município.
atendimento que diagnosticou um câncer. Felizmente
A imagem 06 mostra dois cães que utilizam das calçadas e projeções de marquises para abrigar do sol e
chuva. A praça é compartilhada pelos animais e os homens (imagem
07).
Foi
feita
uma
entrevista
durante
o
levantamento que obteve a informação que os indivíduos presentes na foto frequentadores desta praça não se incomodam com a presença dos animais abandonados, in-
67
ÁNALISE DA ÁREA o terreno
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017. Segundo instruções do manual de zoonoses (2008) o espaço
escolhido
não
deveria
ter
um
adensamento
populacional, pois a unidade de tratamento e amparo causa bastante ruído. Entretanto não deve ser localizado em um espaço que não haja moradores, tem que ser um espaço que seja
importante para as pessoas. O terreno precisa
estar dentro da cidade.
69
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 16 novembro de 2017.
A
F
E D
C
B
A
Terreno Escolhido Portanto, o terreno escolhido fica localizado na zona
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
B
leste da cidade, em uma área de fácil acesso a zona central, avenidas e rodovias, onde possui uma grande massa de área verde, contendo um lago e um córrego cruzando o
Lago 01
terreno que já ajudaria como barreira acústica. A área é denominada como Parque dos Lagos ''Vereador
Luiz
da
Conceição'',
mais
conhecido
como
''prainha‘’ e tem como funcionalidade a praticas de esportes e pescaria. O lote escolhido fica entre Rua Siquira Campos, CC
70
Rua Sampaio Vidal e cruza com a Avenida Marcelo Ragazi.
O projeto do Parque dos Lagos Vereador Luiz da
.
Conceição foi idealizado pelo prefeito Evandro Vitorino no
Lago 01
Lago 02 ano de
1986. A área de intervenção era destinada a pratica
de extração de olaria. As obras finalizaram no ano de 2000
Córrego
com o objetivo de propor qualidade de vida para a população que não possuía sistema de lazer.
D
Terreno
Ao analisar o parque foi possível identificar a falta de qualificação especifica que pretende-se realizar com a nova proposta de projeto junto com o abrigo.
Lago 02 Lago 01
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
E
Lago 02
Lago 02 02 Lago Lago 01
Córrego
Terreno Escolhido F
Lago/Córrego
Pessoas Pescando Pessoas que praticam
Espaço Convívio
atividade física 71
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 16 novembro de 2017
D
O terreno escolhido está localizado no bairro Jardim Progresso na cidade de Guariba, estado de São Paulo,
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 12 novembro de 2017.
possuindo uma área de 8.330,59 m². O local contém 5 curvas de níveis, sendo o mais alto desnível representado pela curva 591. Em seguida o terreno sofre, sucessivamente, diminuição de um metro (590, 589 e 588), e, logo após, volta a aumentar (589). O terreno possui nove arvores, que de acordo com a legislação e diretrizes ambientais do município, não podem ser retiradas do local sob possibilidade de penalidades. Ressalta-se
que
o
projeto
respeitará
a
vegetação
existente.
Terreno Escolhido para o Abrigo Árvores já existentes
8.330,59m²
72
O projeto buscou integralizar o abrigo e o parque, proporcionando áreas de convívio e espaços que ligam os dois ambientes. de
contemplação
constituídos
por
arquibancadas
que
aproveitam as curvas de níveis do terreno, juntamente, com a utilização de vegetação para amenizar a incidência solar.
O terreno escolhido está localizado na cidade de Guariba, estado São Paulo. Espaços quedeligam o abrigo ao parque Segundo instruções do manual de zoonoses (2008) o espaço escolhido não deveria ter um adensamento populacional, pois a unidade de tratamento e amparo causa bastante ruído. Entretanto não deve ser localizado em um espaço que não haja visibilidade e importância para as pessoas, o terreno precisa estar dentro da cidade.
73
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 12 novembro de 2017.
Além disso, como diferencial o local possuirá espaços
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
CENTRO EVENTOS
pelo autor 16 Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado novembro de 2017.
G
H
I
G
B
Terreno Escolhido Centro de Eventos
H
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
A área do terreno escolhido possui um centro de eventos
indicado
na
planta
(imagem
acima)
com
capacidade de até 50 pessoas. É destinado apenas para um publico menor que queira realizar apresentações, festas de aniversário, palestra e até casamento. Possui área coberta e área descoberta na parte externa, com espaços de cozinha para o buffet e banheiros. Infelizmente I
por ser uma edificação privada, só foi permitido fotos externas do local.
75
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
Com base no mapa de expansão pode-se observar que
o crescimento da cidade está do lado oposto do terreno escolhido para implantação do projeto. O que favorece, já que o entorno seguindo instruções do manual de zoonose (2008) não deve conter o adensamento residencial para
Fonte: Débora Neves. 2015. Adaptado pelo autor
evitar transtornos com a vizinhança.
77
Como pode-se observar o mapa a área de intenção é de fácil acesso regional.
Fonte: Débora Neves. 2015. Adaptado pelo autor
Nascer do Sol
78
Terreno Escolhido
Pôr do Sol
Como pode-se observar o mapa do uso do solo, o terreno escolhido está localizado dentro da malha urbana, centralizado
entre
áreas
residenciais,
comerciais
e
institucionais e de áreas verdes preservadas. pavimentos,
sendo
predominantemente
os
de
01
pavimento. O mapa do sistema viário, as vias principais do terreno são coletoras, sendo que o entorno possui vias locais e avenidas.
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 16 maio 2017.
O terreno é localizado em um gabarito de até 02
79
O PROJETO conceito
Partiu-se do principio que o abrigo deveria ser uma extensão do parque, contendo passagens e pátios públicos de estar e circulação. O ponto forte do terreno é a área de passagem onde as pessoas costumam cruzar o parque e a área de convivência. Desta maneira foram projetados dois principais eixos diagonais
criando um novo traçado no chão do terreno,
mas que remetesse ao traçado já existente que as pessoas
80
estão acostumadas a transitar.
O projeto dos canis e gatis será concebido de maneira
modular,
permitindo
que
a
volumetria
seja
modificada conforme as necessidades da edificação e do uso. Esses módulos serão dispostos pelo espaço de forma que diminuam os ruídos causados pelos cães e gatos. O método da arquitetura modular é mais dinâmico,
Eixos de referências Eixos que as pessoas costumam fazer
dessa forma os alojamentos dos animais vão sendo inseridos
na
medida
que
os
animais
forem
sendo
resgatados da área urbana. Para isso foi especificado uma medida para os
Áreas de permanência que as pessoas já utilizam
abrigos de acordo com manual de zoonoses (2008).
81
O PROJETO partido arquitetônico
Como partido para o projeto do edifício foi levado em consideração o entorno e seu gabarito para que sua relação com o entorno seja o mais harmoniosa possível, trazendo um espaço de qualidade para o projeto sem desqualificar as edificações vizinhas e o parque.
82
A vida em uma gaiola pode deixar os cachorros muito estressados, pois são espaços muito pequenos sem atrativo nenhum. De acordo com Tauz (2015) e referências escolhidas até o momento das pesquisas os abrigos que são desenvolvidos hoje são considerados como modelo, onde o animal fica alojado separados
individualmente por gradil em seu
dormitório e a área do solário onde as pessoas circulam entre estes espaços. Existe uma outra opção de modelo onde o animal também esta alojado individualmente e em alguns pontos do solário este gradil é aberto para ocorrer uma circulação entre os animais sociáveis e os animais são levados para uma área de convívio coletivo, na qual podem brincar, correr e socializar com as pessoas que vão até o abrigo. Foi pensado para este abrigo em Guariba, fazendo a junção dos dois modelos, onde esses animais não ficariam mais setorizados em um espaço como solário e dormitório dividos por gradil, mas em uma área
ampla, que os
mesmos podem se sentir livres para correr e brincar quando quiserem. As pessoas continuariam circulando nos espaços entre a delimitação dos alojamentos. Assim, após terem a segurança certificada poderia entrar, desta forma o abrigo abre espaços para integração da população, utilizando a área para suas atividades físicas já existentes na área.
83
O PROJETO programa de necessidades
Será ofertado três setores de atividades principais para o bom funcionamento do abrigo, sendo eles: O abrigo para os animais, onde cães e gatos ficaram alojados
temporariamente administrativo,
até
para
as
suas
organizar
as
adoções;
Setor
funcionalidades
do
abrigo; e o setor de atendimento clinico para atender os animais que estão doentes resgatados da área urbana ou do abrigo.
84
Abrigos dos animais O local será destinado aos animais retirados da área urbana. Após os cães e gatos receberem o primeiro atendimento clínico os mesmos serão levados para os abrigos até o momento de sua adoção, um prazo que levará em média 6 meses de acordo com APROBEM-GV,
salvo as exceções. Os abrigos devem ser separados por um número determinado de animais e por seus gêneros. Para isso será implantado espaços que estimulem os comportamentos dos animais para correr, brincar e se exercitar. Além dos exemplos citados acima, é necessário
pensar em áreas que os visitantes possam receber palestras estudantes,
educativas, idosos,
podendo dentre
ser
visitados
outros.
Este
por
espaço
possibilitará abordagem de temas como, por exemplo, a importância
da
adoção
responsável
e
os
problemas
causados pelos abandonos.
85
Espaço para Atendimento – Clínica
Para a concepção do projeto arquitetônico no atendimento veterinário serão seguidas regulamentações das resoluções nº 670 de 2000 e o nº 1015 de 2012 do CFMV – conselho Federal de Medicina Veterinária, além das normas da RDC n º 50 da ANVISA, que dispõe dos estabelecimentos de saúde em geral. O desenvolvimento do programa de necessidade tem por referência pesquisas realizadas com médicos veterinários da clínica Petshop 2v, na cidade de GuaribaSP. Também foram utilizados os valores fornecidos por diretrizes
da
FUNASA,
como
base
inicial
para
o
desenvolvimento do espaço. A intenção da clínica é atender apenas animais em situações de extrema urgência, por isso o seu tamanho é menor. Para os demais atendimentos os animais serão levados para clínicas conveniadas, prática comum em abrigos mantidos pelo poder público das cidades. Setor Administrativo Este espaço tem o objetivo de gerenciar todas as atividades do abrigo, além de garantir o funcionamento adequado das funções do abrigo.
86
87
PLANO DE MASSA primeira proposta
Os acessos da administração
O atendimento clínico deve
De
acordo
com
as
pesquisas
o
estar localizado próximo ao abrigo
alojamento dos animais deve estar voltados
voltadas para fachada oposta do
dos animais e de fácil acesso para
para a fachada norte para que a radiação
parque, por ser uma área mais
facilitar a circulação.
penetre nos quartos. Quanto mais disperso os
o
atendimento
clínico
abrigos estão, menos ruído o abrigo possuí.
reservada sem um fluxo intenso de pessoas. A
praça
Animal é voltado
Caminho
para pessoas que
que as pessoas já
praticam atividade no
utilizam
física
parque
atravessar
ou Lago 01
não, e queiram levar
os
para o
parque.
seus
animais
Residencial
para
atividades
e
Administração
passeios.
Atendimento As pessoas já utilizam deste espaço
como
convívio, a ideia é intensificar e levar espaços de estar
de qualidade.
Clínico/ Gatil Lago 02
Canil Adestramento
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 19 novembro de 2017.
são
e
Convivência Estacionamento Praça Animal 89
PLANO DE MASSA segunda e final proposta
Foram realizados diversos planos de massa para que
se
obtenha
um
uso
melhor
do
terreno,
respeitando não apenas os animais, mas as pessoas que utilizam do espaço. 90
O canil foi inserido nesta área
O gatil ficou localizado dentro
para trazer uma certa privacidade
da mesma área que o canil, porém
atendimento
aos animais e deixar a área onde as
mais isolado, facilitando a circulação
inserido para intensificar o eixo em que as
pessoas já circulam mais livre de
de funcionários e os veterinários.
pessoas já estão acostumadas a circular. Para
O edifício que abrigara a clinica, o e
o
setor
administrativo
foi
facilitar o acesso de pessoas dentro do abrigo,
praça e intensificando ainda mais o
os edifícios são divido em três blocos, fazendo
eixo.
com que as pessoas tenham liberdade de circular entre eles. Foi respeitado
Massa de
o caminho que as
vegetação para reduzir
pessoas já utilizam
os
ruídos
para
dos Lago 01
animais.
atravessar
o
parque.
Foi inserido o
Residencial
comércio
alimentício área
nesta
Administração
para
Atendiment
intensificar o uso
o
do espaço que já existe.
Canil
Eixos
de
acessos que ligam o
parque
abrigo
Clinica Lago 02
por
ao meio
de passarelas.
Gatil Adestramento Convivência Praça
91
Fonte: Prefeitura 2016. Adaptado pelo autor 19 novembro de 2017.
barreiras visuais, contendo apenas a
O PROJETO
92
Fonte: Elaborado pelo auto
94
O parque já possui os eixos de circulação, e o projeto intensificou ainda mais esses eixos. O abrigo ficou localizado na fachada oeste, onde os alojamentos
ficaram
protegidos
por
uma
massa
de
vegetação que percorre a lateral toda do terreno. Desta maneira, a luz solar e os ruídos causados pelos animais são amenizados. A maior preocupação era como os animais irão estar distribuído dentro do terreno, pois o contato constante com seres humanos podem deixar os animais estressados. Desta maneira, foi necessário privar a área do canil e gatil, fazendo com que protegesse os animais do contato intensivo com seres humanos. Os muros em que cercam os animais são de placas de concreto com aberturas geométricas contendo gradil, trazendo uma leveza e vida aos espaços que serão privados.
95
Setorização dos ambientes
98
LEGENDA
Área residencial
Gatil
Canil
Clínica
Adestramento
Administração
Cantina
Internação
Depósito ração
Centro eventos
Implantação Sem Escala
Pontos de lixeiras e potes de ração para doação
LEGENDA
Lixeiras abrigo/Parque Pontos de doação ração Lixo resíduos
Implantação Sem Escala
99
Circulação dos animais
LEGENDA
Hospitais/Convênio
Animais abandonados que
Animais que precisam de
irão chegar no abrigo.
tratamento vão para
Animais que irão para castração
convênios.
ou cirurgias simples. Animais saudáveis vão para o abrigo.
100
Implantação Sem Escala
Circulação de pessoas
LEGENDA
Visitantes adoção Funcionários e Veterinários Frequentadores Parque
Implantação Sem Escala
101
A escada vence um nível de um metro, os degraus se alargam em alguns momentos, possui um traçado mais abstrato, formando espaços de estar. Essas arquibancadas
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
formam-se para contemplação das duas lagoas.
102
Implantação Sem Escala
Vão estar em níveis
diferentes,
por isso a diferença
de altura.
Fonte: Lis Moreira Cavalcante 24 Julho 2017 Passarela de Pedestres e Espaço Recreativo. Archdaily. Acessado em 09 Agosto de 2017.
103
104
105
Os edifícios - São divididos em três blocos, sendo eles administrativo, internação e clinica, fazendo com que as pessoas tenham liberdade para circular entre eles. Foi idealizado uma cobertura que ligará os três blocos, possuindo abertura em alguns locais, já em outros será fechada. A cobertura possuirá pilares, de metalon,
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
para sua sustentação.
106
Implantação Sem Escala
Pontos de Pilares
107
Administração/Atendimento/Entrevistas
O
bloco
administrativo possui os seguintes ambientes: Sala de Aula, para
a
realização
conscientização consequências
da do
de
palestra
importância abandono
dos
com da
o
enfoque
adoção
animais;
e
na das
Banheiros,
Masculino e Feminino com acessibilidade para o público em geral, além dos banheiros restritos aos funcionários; Cozinha e Área de Serviço, de utilização exclusiva dos funcionários; e,
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
por fim, uma área com Sala de Entrevistas, dos candidatos a
110
adotarem abrigo,
os
que
animais também
do será
utilizado por funcionários que realizarão geral
e
atendimento demais
em
rotinas
administrativas do setor, além de instruir as pessoas que encontram
animais
abandonados no município.
Projeção da Caixa D’Água
Implantação Sem Escala
O ambiente da
sala de atendimento/entrevista e
Ressalta-se que o abrigo será mantido com doações e
administrativo será divido conforme as necessidades que o
ajuda do órgão publico, por isso é necessário otimizar os
local irá exigir.
espaços para reduzir custos.
A ideia é o próprio layout do ambiente delimitar as áreas, mas futuramente se for preciso deixar ambientes mais privados, poder ser inserido placas de drywall, por ser um material leve, com uma espessura menor e rápida
execução.
111
Internação – Os animais ao chegarem no abrigo passam por alguns procedimentos. O primeiro deles é a higienização, banho e tosa. Em seguida, os animais que possuem pequenos problemas são tratados na clinica do
abrigo. Ressalta-se, que os animais precisam ser castrados esperam na sala de internação até serem devidamente cuidados.
Porta de acesso do abrigo para
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
funcionários próximo aos blocos
112
Projeção da Caixa D’Água
Implantação Sem Escala
Os animais que chegam ao abrigo com um
estado
devem ser separados em baias individuais. O bloco irá
de saúde com complicações, recebem o tratamento por
conter
convênio.
armazenado e posteriormente levado ao abrigo para os
Em seguida, os saudáveis e os que receberam
tratamento,
passam
por
uma
triagem
na
qual
os
voluntários identificam os cachorros mais sociáveis que podem ser aloja-los com outros animais. Os que não são,
espaço
para
doações
de
rações,
que
será
animais. Além disso, o
bloco
irá conter banheiros
PNE
masculino e feminino, para os veterinários e auxiliares.
113
Clínica -
Geralmente os abrigos para cuidar de
animais abandonados possuem parcerias com clínicas veterinárias e hospitais para realizar cirurgias mais complexas. Desta maneira, o abrigo foi pensado para possuir apenas uma clínica para atender os animais que estivessem necessitando de cirurgias simples, como por exemplo, castração de todos os animais que entrassem no abrigo. Ressalta-se que a clínica é restritamente para os animais de rua e não para os animais da população Guaribense.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
Projeção da Caixa D’Água
114
Implantação Sem Escala
Entretanto, em Guariba a prefeitura disponibiliza material para um Veterinário responsável da cidade para realizar castração de graça para a população da cidade. Esse procedimento é realizado na clínica do Veterinário. Esse trabalho poderia, através de uma parceria com o órgão municipal, ser realizado na clínica do abrigo.
115
Foi
Canil - Um eixo central – representado em vermelho
utilizado
uma
na imagem - é criado para visualização das baias e dos
caixa d’água externa, tipo
usuários que liga uma rua a outra. E criam-se eixos
taça,
perpendiculares – representado por azul na imagem-
capacidade
facilitando as circulações e as delimitações de cada baia.
armazenamento maior,
pois
para
tem
uma de muito
atender
o
abrigo.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
Caixa D’Água – Tipo taça
116
Implantação Sem Escala
A proposta do canil é coletivo, entretanto haverá
funcionários a distribuições de rações pelo canil.
com
Os animais passam por triagem, com um mínimo de
comportamento agressivo, animais feridos e os que
dias para possibilitar a identificação de animais adaptados a
possuem
viverem em matilhas ou não. Além de serem separados por
restrição
para
gestantes,
qualquer
tipo
de
filhotes,
animais
comportamento
que
os
responsáveis achem cabíveis a separação para um baia individual. As áreas são iluminadas e ventiladas por meio de cobogó. Existe também pontos de ração para facilitar aos
sexo, faixa etária, porte e comportamento. Além das áreas com baias, os animais podem utilizar uma área livre, de adestramento, para que possam brincar, correr, se exercitar e interagir. Depósito
de
rações - canil
117
Canil – O módulo desenvolveu-se a partir das medidas ideais das baias de canis, que através das pesquisas
concluiu-se
que
2,00m
x
2,00m
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
metragem adequada para a área coberta da baia.
118
é
uma
Os
módulos
foram
inseridos
dentro
do
terreno
respeitando a quantidade máxima de cães utilizando o mesmo espaço comum. Sendo a maior baia coletiva
contendo 5 (cinco) unidades de baias. Os módulos foram sendo explorados no terreno de modo a criarem visuais com a paisagem, com estratégia e conforto térmico. Toda
utilizada abrigo
água
no
Grelha
para
facilitar
a
limpeza
diária das baias dos canis.
será
destinada para a rede coletora de esgotos.
Fonte: Leroy Merlin. Conjunto de Grelha. Acessado em 10 novembro de 2017.
Tablado Higiênico dos canis.
Fonte: Juliana Cestaro. 2016 Tablado higiênico. Acessado em 10 novembro de 2017.
119
Adestramento – Espaço para os animais serem adestrados e, quando não utilizado para essa função, pode ser um espaço para alguns animais brincarem livremente. Além da área para o animal, o local também contem banheiros PNE masculinos e femininos e um depósito para
armazenamento de equipamentos para a pratica do adestramento.
ADESTRAMENTO
Fonte: Elaborado pelo autor, 2017.
123
Gatil- O gatil foi estabelecido na fachada principal,
O outro bloco foi
sendo divido em dois blocos e ligados por uma área central
destinado para os gatos
coletiva protegida por gradis, fazendo com que o espaço em
que estão passando por
comum entre eles criasse uma proteção e uma maior relação
tratamento
com a paisagem.
possuem
Cada bloco possui separação interna e as áreas com
e
os
que
doenças
infectocontagiosas.
baias coletivas. Um gatil ficou destinado para mamães prenhas e os seus filhotes, com área de solário. Também possui área de depósito de ração para atender os dois gatis e um banheiro com armários para limpeza dos ambientes.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
BB
126
A
Implantação Sem Escala
Os
dois
blocos
possuem
porta
de
segurança, uma vez que se o gato escapa por uma porta, ainda existira uma outra. Nesse ambiente
também
possui
uma
cuba
para
higienização, armários para os visitantes e um depósito de rações.
BLOCO A
BLOCO B
127
Cantina - Local para comercialização de produtos alimentícios para o publico em geral do abrigo e parque, para intensificar o uso do espaço já existente. Também foi inserido despensa de alimentos e banheiro PNE para atender os funcionários e pessoas que irão utilizar essa área do parque. Ressalta-se que a despensa possui uma tela de proteção na janela para
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
evitar problemas com o gatil ao lado.
Implantação Sem Escala
Pontos de Pilares de Metalon
133
Fonte: Elaborado pelo autor, 2017.
Para o lago existente em frente ao abrigo, foi projetado um local de encontro para o público, que possibilita aos frequentadores
conversarem e relaxarem,
resultando em um espaço sociável passível de encontros e
Fonte: Arquivo Pessoal, 2017.
de contemplação a paisagem urbana.
136
Implantação Sem Escala
Fonte: Lis Moreira Cavalcante 24 Julho 2017 Passarela de Pedestres e Espaรงo Recreativo. Archdaily. Acessado em 09 Agosto de 2017.
137
REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DO DIREITO AOS ANIMAIS, ANDA. Mais de 30 milhões de cães e gatos vivem nas ruas do país. 14 de fevereiro de 2017. Disponível em: < http://www.anda.jor.br/14/02/2017/mais-de-30-milhoesde-caes-e-gatos-vivem-nas-ruas-do-pais >. Acessado em 26 de fevereiro de 2017. ANDRADE, Ana Claudia de Souza. BITTENCOURT, Laura Helena F. de Barros. Castração Convencional e precoce.Ano 2003. Disponível em <http://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/55952ac1cd2c b.pdf>. Acessado em 05 março de 2017. CASTRO, Carol. Como os animais realmente enxergam o mundo. Ano 2012. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/como-os-animaisrealmente-enxergam-o-mundo/>. Acessado em 05 março de 2017. COREN, Stanley. Os cães sonham? Quase tudo que seu cão gostaria que você soubesse. Ano 2012.Tradução Elvira Serapicos. Disponível em:<http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/880 01.pdf>. Acessado em 05 de Março de 2017. COSTA, Edmara Chaves. Animais de estimação: uma abordagem psicosociológica da concepção dos idosos, 17, 2006, Trabalho de obtenção ao título Mestre em Saúde Pública. Disponível em:<http://uece.br/cmasp/dmdocuments/edmarachaves_ 2006.pdf>. Acessado em 28 de Fevereiro de 2017.
140
DELABARY, B. F. Aspectos que influenciam os maus tratos contra animais no meio Urbano. RevistaEletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, n° 5, p.835 -840, 2012. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/4245/2 813>. Acessado em 26 fevereiro de 2017 DELARISSA, Ferando Aparecido. Animais de estimação e objetos transicionais: uma aproximação psicanalítica sobre a interação criança-animal. Ano de 2003, trabalho de obtenção ao título Mestre em Pscicologia. Acessado em 17 de abril de 2017. DOMINGUES, Lídice Rodrigues. Posse Responsável de cães e Gatos na área do município de Pelotas –RS, Brasil. p. 14, ano 2012. Trabalho de Obtenção ao título de Mestre). Disponível em: <http://www.epidemioufpel.org.br/uploads/teses/DISSERT%20Lidice.pdf>. Acessado 23 de fevereiro de 2017. FREITAS, Renata Duarte de Oliveira. Animais não humanos: A construção da titularidade jurídica como novos sujeitos de direito. Obtenção ao título de mestrado p.12.2013. Disponível em <https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/1 3966/1/RenataDOF_DISSERT.pdf>. Acessado em 26 de fevereiro de 2017. GUARIBA, Câmara Municipal. Ata Da Audiência Pública Para Tratar Sobre O Problema Do Grande Número De Cães Soltos Pelas Ruas Da Cidade. Disponível em: <http://guariba.sessoes.tv.br/arquivos/sessoes/atas/Ata %20SAPL%20%20Audi%C3%AAncia%20P%C3%BAblica% 20C%C3%A3es%20Abandonados.pdf>. Acessado em 25 de fevereiro de 2017.
IBGE. Censo Brasileiro 2010. Rio de Janeiro: ’’ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística’’ 2011. Disponível em <http://www.ibge.gov.br>. Acessado em 23 de fevereiro de 2017.
PAIXÃO, R. L. Experimentação Animal: Razões e Emoções para uma Ética. 2001. 189 f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2001. Acessado em 09 maio de 2017.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
REGAN, T. Jaulas vazias: Encarando o desafio dos direitos dos animais. Porto Alegre: Lugano, 2006. Acessado em 12 de maio de 2017.
LIMA A. F. M.; LUNA S. P. L. Algumas causas e consequências da superpopulação canina e felina: Acaso ou descaso? Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e \zootecnia do CRMV-SP, n°1, p.3238, 2012. Disponível em: <http://revistas.bvsvet.org.br/recmvz/article/viewFile/258/242>. Acessado em 26 de fevereiro de 2017.
ROSSI, Alexandre. Adestramento Inteligente: com amor, humor e bom-senso. Editora CMS 9° edição – 2002 255p – il. Disponível em: < http://szb.org.br/blog/conteudos/bibliografias/03enriquecimento-ambiental/adestramento-inteligente.pdf>. Acessado em 26 Maio de 2017.
McCARDLE, P.; McCUNE, S.; GRIFFIN, J.; ESPOSITO, L.; FREUND, L. Os animais em nossa vida: Família, comunidade e ambientes terapêuticos.[Et al.]: Tradução Mônica Saddy Martins – Campinas - SP: Papirus,2013 (Serie Educação Especial).
SANTANA. Divulgação dos princípios da guarda responsável: uma vertente possível no trabalho de pesquisa a campo, 2010. Disponível em:<http://www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/fi les/09/artigos/06.pdf>. Acessado em 12 de maio de 2017.
MURARO, Celia Cristina; ALVES, Darlei Novais. Maus tratos de cães e gatos em ambiente urbano, defesa e proteção aos animais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 122, mar 2014. Disponível em:< https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/163211587/ maus-tratos-de-caes-e-gatos-em-ambiente-urbanodefesa-e-protecao-aos-animais>. Acessado em junho de 2017.
TAUSZ, Bruno. Como Construir um Canil. 2016. Disponível em: <http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=ca nil2.htm>. Acessado em 12 de maio de 2017.
MORENO, Tatiana. Cães de abrigo: a importância de um olhar mais profundo sobre seu comportamento. 2016. Disponível em: <http://caocidadao.com.br/dicas/caes-de-abrigo-aimportancia-de-um-olhar-mais-profundo-sobre-seucomportamento/>. Acessado em maio de 2017.
WSPA, BRASIL. World Society for the Protection of Animals. Políticas para abrigos de cães e gatos. 2011. Disponível em: <https://defensoresdosanimais.wordpress.com/2012/07/2 9/politicas-para-abrigos-de-caes-e-gatos/>. Acessado em 27 Maio 2017. MANUAL DE ZONOSES. Elaboração do centro controle de zoonoses. 27 de março 2018. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/palestras/centro_controle_ zoonoses.pdf> Acessado em 22 Abril de 2017.
141
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
DE
IMAGENS
DAS
LEITURAS
CENTRO DE REFÚGIO DE ANIMAIS / Arons en Gelauff Architecten" 11 de junho de 2008. ArchDaily.Disponível em:<https://www.archdaily.com/2156/animal-refugecentre-arons-en-gelauff-architecten/ ISSN 0719-8884> Acessado em 30 de março de 2017 . PALM SPRINGS ANIMAL CARE FACILITY / Swatt | Miers Architects. ArchDaily, 24 de maio de 2012. .Disponível em: <https://www.archdaily.com/237233/palm-springsanimal-care-facility-swatt-miers-architects/ ISSN 07198884>. Acessado em 30 de março de 2017 . SOUTH LOS ANGELES ANIMAL CARE CENTRE & COMMUNITY CENTER / RA-DA" 29 de julho de 2013. ArchDaily . Disponivel em: <https://www.archdaily.com/407296/south-losangeles-animal-care-center-and-community-center/ ISSN 0719-8884> Acessado em 30 março de 2017 . REFERÊNCIAS DE IMAGENS: DIAGRAMAÇÃO As imagens gratuitos:
foram
retiradas
de
banco
de
imagens
FLICKR -Disponível em:< https://www.flickr.com/ Acessado 20 de Outubro 2017.
PEXELS Disponível em:<https://www.pexels.com/>Acessado 14 em Outubro 2017. UNSPLASH em:<https://unsplash.com/>Acessado 2017.
20
de
Disponível Outubro
142