O PROCESSO DE DEGRADAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE BACIAS EM ÁREAS URBANAS CONSOLIDADAS Proposta de Parque Linear para o Córrego do Tanquinho Ribeirão Preto/SP
FRANCIELI MORENO 2015
FRANCIELI CRISTINA MARQUES MORENO
O PROCESSO DE DEGRADAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE BACIAS EM ÁREAS URBANAS CONSOLIDADAS Proposta de Parque Linear para o Córrego do Tanquinho Ribeirão Preto/SP Projeto de pesquisa apresentado como requisito para o plano de trabalho da disciplina de Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda. CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
“Ouça os conselhos e esteja pronto para aprender; assim, um dia você será sabio.” Provérbios 19:20 - Bíblia NTLH
AGRADECIMENTO
A
gradeço primeiramente a Deus, pois sem Ele de nada sou capaz Ao meu esposo Fabio Moreno, por todo o apoio e incetivo nos momentos mais difícies desses anos de estudo. Agradeço por tantos outros apoios que tive ao longo da caminhada até aqui, minha filha Leticia, nasceu e grandes amigos não me deixaram desistir, agraedço a minha mãe que caminhou comigo, que me ajudou nos longos dias de estudos, cuidando do meu bem mais precioso. Agradeço a minha orientadora Rosa Farias, que com seus ensinamentos, posso garantir, me ajudou a ser uma arquiteta e urbanista melhor e acima de tudo uma pessoa melhor, obrigada por estar comigo durante este ano, obrigada pela amizade que construímos. A todos os professores do Centro Universitário Moura Lacerda, por todos os ensinamentos transmitidos e concerteza guardados para sempre em minha memória. E por fim, a todos que de alguma maneira estiveram comigo durante essa caminhada. Obrigada!!!
RESUMO
A
cidade de Ribeirão Preto - SP, assim como a maioria das cidades brasileiras, enfrenta problemas quanto ao uso e ocupação de áreas de fundo de vale consolidadas, o que acaba por interferir diretamente no meio ambiente e na qualidade de vida da população, percebe-se qua cada nestas situações o córrego deixa de fazer parte da cidade com elemento estruturador e importante e passa a ser um local de descarte de esgoto que atrapalha e tem mau cheiro. Esse trabalho tem como objetivo a criação um parque linear, ao longo do Córrego do Tanquinho, a fim de melhorar a qualidade ambiental do fundo de vale, a qualidade de vida da população e a incentivar locomoção não veicular. Para isso o trabalho busca avaliar o atual estado ambiental e urbano do fundo de vale e seu entorno, propor um uso e ocupação que melhore a qualidade ambiental do fundo de vale através da criação de um parque linear para o local, pretende-se portanto criar um local que interaja com as edificações existentes e os bairros adjacentes.
O HOMEM E A NATUREZA..... 1. 2.
INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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A REALIDADE.....
3. APRESENTAÇÃO, CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 3.1. DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE INTERVENÇÃO 3.2. BREVE HISTÓRICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 3.3. USO DO SOLO 3.3.1. LEGISLAÇÃO SOBRE USO DO SOLO - L.C. 2157/07 3.3.2. LEVANTAMENTO IN LOCO 3.4. OCUPAÇÃO DO SOLO 3.5. TOPOGRAFIA 3.6. EQUIPAMENTOS URBANOS 3.6.1. PARQUES URBANOS 3.7. HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL 3.7.1. HIERÁRQUIA FÍSICA 3.7.2. FIERARQUIA FUNCIONAL 3.7.3. SISTEMA CICLOVIÁRIO 3.7.4. VIA EXPRESSA CONTORNO NORTE 3.7.5. AVENIDAS E VIAS PARQUES 3.8. PLANO DE MACRODRENAGEM 3.9. CONEXÃO COM OS BAIRROS 3.9.1. ANÁLISES FOTOGRÁFICAS 3.10. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICO DO PERFIL DOS MORADORES DO ENTORNO
20 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28 28 28 29 30 31 32 32 33 37
SUMÁRIO
É POSSÍVEL MUDAR.....
4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.1. PARQUE CANTINHO DO CÉU - SÃO PAULO - BRASIL 4.2. PARQUE RED RIBBON - QINHUANGDAO CITY - CHINA
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O FUTURO QUE SE DESEJA..... 5. PROJETO 5.1. ESTUDOS PRELIMINARES 5.2. VIAS IMPLANTADAS 5.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES 5.4. CONCEITO e PARTIDO 5.5. DIRETRIZES GERAIS E PROJETUAIS 5.6. MEMORIAL JUSTIFICATIVO 5.7. ANTE PROJETO 5.8. PERSPECTIVAS 6. CONCLUSÃO REFÊRENCIA BIBLIOGRAFICA
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O HOMEM E A NATUREZA.....
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1. INTRODUÇÃO
A
tualmente, com a artificialização da vida humana o homem vem se distanciando cada vez mais da natureza (CAPORUSSO, D. & MATIAS, L.F. 2008 Apud SANTOS, 1996). A urbanização desenfreada causa uma gama de problemas para a sociedade como a poluição atmosférica, das águas, produção de lixo, congestionamentos, aumento da temperatura, diminuição das áreas agrícolas em favor de áreas urbanas, entre outros, temos a tendência de economizar área verdes e consequentemente área de lazer, embora saibamos da importância de áreas verdes, esta não acompanha o crescimento populacional. Cresce as áreas urbanas e diminui-se as área verdes, interrompendo assim a ligação de matas e locomoção de espécies nativas (vegetal e animal), o que podemos perceber de áreas verdes agregam o intuito paisagístico como por exemplo o parque Luiz Roberto Jabali (antigo Curupira) e o parque Carlos Raya na cidade de Ribeirão Preto Ao conceituarmos áreas verdes CAPORUSSO, D. & MATIAS, L.F.(2008) Apud Lima et al. (1994), entendem que o termo área verde é mais abrangente e deve admitir:
Área verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea. Devem ser consideradas as praças, os jardins públicos e os parques urbanos, além dos canteiros centrais e trevos de vias públicas, que tem apenas funções estéticas e ecológicas. Porém, as árvores que acompanham o leito das vias públicas não se incluem nesta categoria. Os autores apontam que as áreas verdes, assim como todo espaço livre, devem também ser hierarquizadas, segundo sua tipologia (privadas, potencialmente coletivas e públicas) e categorias. Parque Urbano: são áreas verdes, maiores que as praças e jardins, com função ecológica, estética e de lazer. Praça: pode não ser considerada uma área verde caso não tenha vegetação e seja impermeabilizada. Quando apresentar vegetação é considerada jardim, e como área verde sua função principal é de lazer. Arborização Urbana: são os elementos vegetais de porte arbóreo tais como árvores e outros no ambiente urbano. Neste sentido, o sistema de áreas verdes é entendido como integrante do sistema de esPaços livres. Friedrich, 2007, mostra que os parques são equipamentos
que se difundiram à partir dos ingleses, franceses e americanos, lembrando que os dois primeiros eram de uso particular da realeza e não de uso público. São também espaços públicos onde predominam os elementos naturais, um grande espaço aberto normalmente próximos a remanescentes verdes córregos e acidentes naturais, não existindo um padrão quanto à função o parque pode compreender equipamentos culturais, esportivos, recreativos e de estar, essas áreas devem ser dotadas de infraestrutura e equipamentos para oferecer opções de lazer e recreação à sociedade, com grande parte de seu solo permeável (cerca de 70% da área) para permitir a infiltração e crescimento da flora no local. Em 2004 criou-se em Ribeirão Preto através da Lei Complementar 1616/04 o Código do Meio Ambiente, esta estabelece instrumentos da politica ambiental, normas, proteção e controle dos recursos naturais, dentre outros pontos a lei trata no Art. 163, das áreas verdes na cidade, e compreende como tal, toda a área de interesse ambiental ou pasiagístico, de dominio público ou privado, e ainda as áreas protegidas pelo Código Florestal (Lei Federal no 4.771/65, modificada pela Lei no 7.803/89). O estado de São Paulo recomenda 12m2 de área verde por habitante, já a cidade de Ribeirão Preto estabeleceu uma relação de 15m2 por habitante, porém em 2006 foi estimado que havia apenas 4,4m2 de área verde por habitante e então se constitui medidas como arborização de rotatória e avenidas para o aumento dessa taxa. (GOMES, 2009), as áreas de preservação permanente dos rios além de proteger o leito do assoreamento também contribuem para o aumento da taxa de área verde na cidade o que não garante que essas áreas sejam qualificadas para a interação humana. Os parques urbanos proporcionam melhor qualidade de vida e recreação da população, eles possuem diferenças entre si, no que diz respeito a tamanho, formas e funções e que podem atender a vizinhança, ao bairro ou a uma região da cidade. Ainda na L.C. 1616/04 em seu parágrafo 5º considera-se
“Parques Lineares são aqueles que acompanham os cursos d’água, com objetivo principal de proteção hídrica, das matas nativas, destinados também à recreação e lazer.” Os parques lineares tem se mostrado como uma saída para a recuperação de áreas degradadas, buscando conciliar os aspectos urbanos-ambientais com as legislações e a realidade encontrada, assim os espaços de parques fechados dão lugar a corredores verdes que por se tratar de espaços abertos promovem a democracia urbana, agregam o uso humano em áreas naturais, permitem a locomoção não motorizada, fazem a ligação de áreas verdes e até com outros parques da cidade, melhora o micro clima, recupera margens de rios degradados aumenta a área de várzea, permitindo zonas de inundações e vazão mais lenta e ajudam a evitar a ocupação humana irregular em mata ciliar (Projeto Técnico: Parques Lineares) O projeto do parque linear ou corredor verde ao longo dos córregos, onde os fundos de vale servem hoje como depósito de lixo, é um projeto modesto, exeqüível e democrático. É de fundamental importância que sejam levados em conta alguns pontos na criação destes novos parques: 1º Conectar o local com os bairros onde está inserido e oferecer conexões adicionais pela variedade de possíveis lugares de interesse: campos, escolas, bibliotecas, quadras, centros comerciais, esportivos, médico, cultural, de lazer, profissionalizante, exposições, feiras, serviços. 2º Segurança: experiência com policiais equipados, telefones, câmeras de segurança. Pela sua permeabilidade e continuidade da forma, o parque linear evita os perigos de isolamento e desconexões dos parques urbanos tradicionais. 3º Abrir o processo de criação do parque para ser fiscalizado por setores o mais amplo possível: autoridades, técnicos, usuários, vizinhança. O parque linear é um elemento de fácil acesso e demo-
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crático, visto que não beneficia só um lugar da cidade. O processo pode ir acontecendo através de fóruns públicos, comunicações e informação constante quanto às etapas do desenvolvimento de projetos (SCALISE, 2002). Segundo Gomes, 2009, na cidade de Ribeirão Preto os parques existentes e de maior influencia estão no eixo centro sul-sudeste, onde há maior especulação imobiliária e maior infraestrutura urbana, contribuindo para a desigualdade sócio espacial, Em Ribeirão Preto, muitas áreas de parques foram demarcadas e alguns projetos de parques públicos executados, especialmente nos anos posteriores a 1990, com a difusão das ideias de desenvolvimento sustentável. No entanto, os parques representam a própria necessidade do capital em se reproduzir, mais do que a ideia, necessidade de aproximação, conservação da natureza. (GOMES, 2009, p. 07) Como exemplo de parque linear existe o Parque Linear da Via Norte, localizado em área de habitações de baixa renda e não possui os equipamentos necessários para o uso público, tornando o local ocioso e perigoso aos moradores. A necessidade de padronização e adequação do conceito de áreas verdes urbanas é latente nos dias atuais, visto que o planejamento urbano precisa atender as necessidades da sociedade, que vive em ambientes cada vez mais artificiais, e evitar o declínio da qualidade de vida nas cidades. (CAPORUSSO, D. & MATIAS, L.F. 2008) É necessário uma mudança na nossa relação com a natureza, para que a urbanização não cause tanta pressão sobre os nossos ambientes naturais, para que então possam se encontrar em equilíbrio com o ser humano. “Desde as primeiras aglomerações urbanas constata-se sua localização preferencialmente junto aos cursos d’água, seja para consumo e higiene das populações ou
evacuação de dejetos.” (BAPTISTA, 2005 apud VICENTE, 2014, p. 02), porém quando refletimos sobre a decorrente forma de ocupação das matas ciliares (APP) e entorno de recursos hídricos, percebemos que muitas vezes o que poderia ser uma solução acaba por se tornar um grande problema para a cidade. Habitações e indústrias ocuparam de modo irregular as suas várzeas, tendo o curso d´água como fundo de lote, espaço escondido para onde não se volta o olhar. Além de serem vistos como entraves ao desenvolvimento urbano e barreiras geográficas a serem transpostas, os rios passaram a ser utilizados como receptáculo de boa parte daquilo que a sociedade descarta, sendo, portanto, negados e tornados simples elementos do sistema de drenagem urbana. Deste modo, de potenciais marcos paisagísticos passaram a se constituir em áreas de conflito. (FRANCISCO, 2012, p. 02) O entorno do Córrego Tanquinho, no trecho de estudo é ocupado por grandes lotes que fazem fundo com o rio, causam uma barreira geográfica entre os setores L2, L5, L8 e L4, L7, pois não há uma boa estrutura que ligue esses setores, o córrego acaba passando despercebido pela sociedade e sofre assim uso e ocupações indevidas, em muitos pontos não se respeitando a área de proteção permanente (APP), tratando seu leito como ponto de descarte de materiais e resíduos que já não servem para população local. “O maior desafio do planejamento urbano é buscar estratégias para a reestruturação destes tecidos urbanos comprometidos pelo nível de consolidação das edificações e para a valorização do espaço público na cidade contemporânea.” (FRANCISCO, 2012, p. 10). Na cidade a alternativa defendida tem sido a de parques urbanos lineares ou vias parques (ao longo de fundo de vale e avenidas), programa este que aparece como
diretriz no Plano Diretor da cidade, porém para a maioria desses parques não existe sequer o projeto de implantação e o que existe implantado como o caso da Via Norte é deficiente e não atende as necessidades da população. Foram criados por lei, mas não desempenham a função de parque. (GOMES, 2013). Outro problema citado por Gomes é a má distribuição dos equipamentos existentes na cidade, [...] em Ribeirão Preto, os parques não se encontram bem distribuídos ao longo da malha urbana, de forma que favoreça seu uso por todas as parcelas da população. Na maioria dos casos não dispõem da infraestrutura necessária ao seu uso. São classificados como semi-implantados pela Prefeitura, mas não oferecem condições mínimas de uso, como é o caso do Parque Ecológico Ribeirão Verde, localizado na zona Leste. (GOMES, 2013, p. 06). A existência de um parque contribui para a valorização do espaço e seu entorno, cria se portanto uma especulação imobiliária. Podemos notar a grande valorização imobiliária existente no eixo sul da cidade, esta ocupada pela alta classe, e consequentemente a desvalorização de outras áreas, como o caso da Zona Leste, objeto desse estudo, Nota-se que apesar do número de domicílios ter crescido, a população da cidade não ocupou grande parte desses domicílios, não houve incentivo para o crescimento desses setores, já visto que a especulação na cidade esta voltada para o setor sul. Um fator que tem interferido na interação da população com o Córrego do Tanquinho é a criação de uma via expressa contorno norte, prevista no plano diretor e que tem gerado muitos conflitos devido ao nível de ocupação já consolida no entorno imediato ao córrego. Há atualmente uma visão que negligencia o córrego, este é confrontado como um empecilho entre os bairros, uma barreira a ser transposta, um local de descarte de materiais, a população se vira contra ele, como se o córrego não estivesse ali presente e cheio de vida a oferecer.
O pedestre não tem acesso ao córrego, pois os lotes tem limite com o mesmo, este torna-se “propriedade particular” e com exceção de alguns pontos de cruzamentos de vias, o acesso só se dá por autorização de moradores, ao ponto que é necessário entrar no lote então encontrar o córrego. Uma questão nos parece fundamental: ninguém cuida daquilo que não vê. (FRANCISCO, 2012, p.10) Atualmente existem leis especificas que resguardam os rios como o caso do Código Florestal (Lei Federal no 4.711/65 alterada pela no 7803/89), que considera preservação permanente as florestas e vegetação natural ao longos de rios e ao redor de lagoas, determinando em cada caso a metragem de área preservada, determina que para rios com menos de dez metros de largura essa medida seja de 30 metros para cada lado do leito. Sendo assim, com base no Código Florestal temos a Lei Complementar 1616/04, Código do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, determina as mesmas diretrizes. O cumprimento dessas áreas de preservação são exigidas em todos os casos de novos lotemaentos ou condominios na cidade, porém em casos onde há consolidação urbana no entrono dos rios, como acontece no Córrego Tanquinho, as áreas de proteção não foram respeitadas o que torna cada vez mais dificil a aplicação da lei, eja por descaso da sociedade, consolidação urbana no entrono dos rios ou até mesmo por falta de fiscalização, ainda assim vê se em alguns pontos uma tentativa de proteção a mata ciliar, mas que não são constantes no curso do córrego, e não conseguem efetivamente evitar assoreamentos e descarte de lixo no mesmo. Segundo Spirn (1995, P.158) “As cidades devem administrar seus recursos hídricos com mais inteligência. Está em risco sua própria sobrevivência”. Quando paramos para pensar que sem água nossa vida não existe, percebemos o quanto é necessário analisar a forma com que temos lidado e ocupado os nossos recursos hídricos e mudar radicalmente nossas atitudes com relação a esses recursos. É necessário mudar a forma que tratamos os cursos
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d’água da cidade e que tenhamos um urbanismo sustentável, que vise valorizar e mudar a realidade, criar soluções como a de um parque linear que além de tratar o rio, seu leito, mata ciliar e a qualidade da agua, através da capitação de esgoto, é um projeto que muda a qualidade urbana onde esta inserido. Temas do urbanismo sustentável estão em pauta na atualidade, é necessário criar uma cidade que aproveite melhor seus recursos naturais e que através dele construa novos caminhos que como um todo produza benefícios, que melhore nossa qualidade de vida, As nossas cidades mais sustentáveis são possíveis se reinventadas com os necessários pilares econômico, ambiental e social. A boa noticia é que ‘cidade sustentável’ virou pauta relevante na sociedade. É o novo jogo do tabuleiro urbano. (LEITE, 2012. Não paginado). A pesquisa pretende apontar através de um parque linear e a partir de uma ocupação sustentável que gere benefícios a cidade como um todo, que sirva de exemplo a outras ocupações que existam ou venha a existir na cidade, como melhor solucionar o problema encontrado ao longo do curso d’água do Córrego Tanquinho, “No período atual, estas áreas, aparentemente obsoletas no espaço humano, mudam de características com a criação de uma nova paisagem, diferenciando o lugar. Este lugar, uma vez reproduzido, passa a ser apropriado e consumido, não mais pela exploração econômica de seus recursos, mas pela capacidade de oferecer uma atratividade relacionada ao lazer.” (GOMES, 2013, p.08) Os parques lineares trazem grandes vantagens na melhora do clima e umidade urbanos, pois cria-se corredores verdes, tem a função recreativa e repousantes para a população do entorno, pode ser implantado em etapas e respeitando as condicionantes dos locais por onde passa, como no caso do córrego Tanquinho como uma extensão consideravelmente longa com nascente ao lado da AV. Antônio Gomes da Silva Júnior, Lagoinha e desa-
gue no Ribeirão Preto, Via Norte, passa por três zonas muito diferentes dentro da cidade, tanto do ponto de vista da ocupação direta da mata ciliar do córrego quanto dos moradores de seu entorno. O projeto de um parque linear se tona capaz de atender as necessidades socioambientais do local de implantação. Os locais mais indicados para implantação é justamente ao longo de rios e córregos que tenham suas margens ocupadas irregularmente, que possuam áreas com risco de inundação. (Projeto Tecnico: Parques Lineares) O Córrego Tanquinho faz parte do plano de macro drenagem da cidade de Ribeirão Preto, que contempla além de outras iniciativas, a criação de barragens ao longo dos rios e córregos, amenizando assim a velocidades de escoação das águas e consequentemente inundações ao longo da cidade, pretende-se aproveitar estas barragens como ponto importante do parque linear, criando lagoas e vistas turísticas à partir das barragens e áreas de inundações ao longo curso d’água. “Criados a principio para uso recreativo, os parques lineares podem ser utilizados, à medida do possível, para ir ao trabalho, à escola, às compras(...) além do caminhar, andar de bicicleta como forma de recreação, esses corredores passam a interessar mais como maneira de chegar a diferentes lugares e fazer ligações com áreas esportivas, culturais, de lazer.” (ARRUDA, 2012 apud PERES Filho at all, 2006) Para a pesquisa é relevante levar em consideração, quando propõe um parque linear, o que sociedade, principalmente no entorno do córrego, pensa em relação ao mesmo, e qual desejo de melhoria tem-se em relação a este córrego, pretende-se portanto criar um local que interaja com as edificações existentes e os bairros adjacentes, pretende-se dar vitalidade a um local, que atualmente passa desapercebido pela sociedade, despertar o interesse pelo local e a vontade de usá-lo como um espaço de apropriação humana em equilíbrio com a
natureza, possibilitando ganho ambiental, social e cultural para o municipio. Para tanto tem como objetivo principal estudar e intervir na atual forma de ocupação no entorno do Córrego Tanquinho, com nascente localizada no setor Leste da cidade de Ribeirão Preto (SP), e criar um projeto de Parque Linear que melhore a qualidade de vida da população e interação entre os bairros, que fazem divisa com este córrego. Assim tem-se como objetivos específicos: 1) avaliar o atual estado ambiental e urbano do fundo de vale e seu entorno, 2) propor um uso e ocupação que melhore a qualidade ambiental do fundo de vale, 3) criar um parque linear para o local, 4) propor dentro do parque e em seu entorno, uma mobilidade urbana para pedestres e ciclistas, que facilite e promova a locomoção não veicular. Os métodos para o desenvolvimento deste trabalho se deu a partir de levantamento bibliográfico e documental, visando a obtenção de subsídios suficientes para o desenvolvimento do projeto e buscando diferentes perspectivas do tema a ser pesquisado, a criação de fichamentos para cada material, no qual deverá conter sua respectiva bibliografia, as citações que se pretende utilizar e comentários referentes ao que foi citado, pesquisas em bancos de dados e sites e levantamento de dados obtidos junto aos órgãos de administração pública, leituras projetuais, criando um paralelo com o projeto proposto, observação direta, com visita “in loco”, produção de material fotográfico, além de entrevistas com pessoas ligadas às questões culturais e ambientais do município e conversas informais com o público usuário do parque. Na etapa de execução da proposta forma utilizados softwerw como autocad, autocad civil 3D, sketchup, o mateiral de pesquisa (textos e tabelas) foram desenvolvidos em microsof Word, microsoft excel, microsoft poer point e adobe in design. O presente trabalho se dividirá em seis capitulos, dos quais, o primeiro é esta introdução, o segundo capítulo da pesquisa trará a fundamentação teórico-conceitu-
al, o terceiro capítulo no qual se discutirá acerca da temática da apresentação, contextualização e análise da área de intervenção, onde será possível entender melhor como se dá a ocupação da área dornecendo diretrizes para a elaboração do projeto, no quarto se abordará as referencias projetuais que servirão para melhor compreeenção de projetos em situações e locais parecidos com o objeto de intervemção desta pesquisa, no capitulo cinco será abordado a proposta projetual e por fim, no sexto capítulo discorrerá sobre as considerações finais dessa pesquisa.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
F
ernando Chacel é um paisagista brasileiro, que trabalha na restauração de ecossistemas degradados, “a base de sua metodologia é a ecogênese, onde se realiza a reconstituição dos aspectos edafo-ambientais originais, por meio de trabalho em equipe interdisciplinar que envolve profissionais de diversas áreas ligadas ao meio ambiente.” (CURADO, não datado, p.01). A palavra econogênese é nova, mas a ideia é antiga, visa as associações ecológicas, afim de reproduzir e resgatar a ambiência natural original, “A ecogênese é a reconstituição de ecossistemas parcialmente ou totalmente degradados, valendo-se de uma re-interpretação do ecossistema através do replantio de espécies vegetais autóctones, em um trabalho de equipe multidisciplinar que envolve profissionais da botânica, da biologia, da zoologia, da geografia, entre outros, além do arquiteto paisagista. A ecogênese procura reconstruir as paisagens que já sofreram profundas modificações em sua estrutura, valendo-se de elementos vegetais autóctones, provenientes de todos os estratos, e recompondo
suas associações originais.” ( CURADO, não datado, p.02) Atualmente as leis ambientais tem grande impacto na produção dos projetos, principalmente por que os grandes empreendimentos imobiliários tem sido obrigados a apresentar estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) e a reparar danos causados no meio ambiente. A econogêse é uma ideia que visa aliar o tratamento da paisagem ao planejamento de espaços públicos, que recupere o ambiente ecológico e também o papel cívico da população. Outro tema muito discutido é a RAD (Recuperação de Áreas Degradadas) que assim como a econogênese visa restabelecer as condições do equilíbrio e sustentabilidade existentes nos sistemas naturais. Seu foco de atuação pode envolver a recuperação de áreas de mineração abandonadas, a remediação de águas e solos afetados por contaminantes, a recomposição de ambientes florestais desmatados, matas ciliares, incluindo procedimentos como revegetação por plantio de mudas, hidrossemeadura, nucleação e transposição
de solos, e a renaturalização de rios e córregos de forma mais ampla. (COSTA, 2011, p. 22) Ainda segundo Costa, a revitalização de rios e córregos é uma tendência mundial, mas que no Brasil se dissemina lentamente em iniciativas difusas e distintas, existe o decreto federal 97.632/89 que prevê em seu art. 3ºque “a recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”, Entre os procedimentos usados, estão a recuperação da mata ciliar, geralmente com plantio de árvores de médio e grande porte, a construção de grandes obras de saneamento básico, como redes de coleta e estações de tratamento de esgotos, a remoção de espécies exóticas e a reintrodução de espécies nativas extintas no local, entre outras, bem como a criação de parques fluviais em áreas de várzea para fins socioambientais. (COSTA, 2011, p. 27) Dentro do tema de recuperação encontramos duas outras vertentes: a restauração que visa aproximar o ecossistema às condições existentes antes da degradação sofrida, e a reabilitação que recupera o ambiente promovendo paisagens estáveis gerando um ambiente diferente do que existia e possibilitando um novo uso ao local. (COSTA, 2011) O livro O Jardim de Granito – A Natureza no desenho da cidade, Anne Whiston Spirn, 1995/Edusp, “[...] mostra o que a cidade poderia ser, se fosse projetada de acordo com os processos naturais, e não ignorando-os ou opondo-se a eles abertamente”. (SPIRN, 1995, p. 16). Atualmente os solos urbanos e seus recursos são ignorados, tendo uma ocupação urbana independente desses recursos, segundo Spirn (1995, p.119). “Não apenas a contaminação mas a compactação dos solos priva a cidade de seus recursos. O adensamento do
solos da cidade é uma das principais razões para a perda das arvores nas ruas e nos parques urbanos, e é um dos problemas menos reconhecidos. O peso das edificações, da pavimentação, dos veículos e das pessoas compacta o solo, afetando ate os solos dos parques urbanos. A compactação aumenta a quantidade de calor que o solo absorve e armazena, reduz o movimento de ar e agua através dele, inibe o crescimento das raízes das plantas e extermina os microrganismos que tornam os nutrientes acessíveis às plantas”. A ocupação urbana não se relaciona com os recursos naturais, ao ocuparmos o solo urbano, criamos situações que desvalorizam a natureza e acabamos por consumir outros recursos naturais, a fim de solucionar problemas que nós mesmos geramos, temos a natureza como uma forma de embelezamento, como um luxo e nos esquecemos de que ela é uma forca essencial à cidade, concluindo que a necessidade de mudança não depende somente de um município, mas de um de forças em busca de um mesmo propósito, o de melhorar a qualidade de nossos recurso naturais. O livro Cidades Inteligentes Cidades Sustentáveis – Desenvolvimento Sustentável num Planeta Urbano, Carlos Leite, 2012/Bookman, trata dos assuntos que permeiam a vida urbana, sua mobilidade, densidade, diversidade, identidade, à partir do ponto de vista da transformação sofrida pela cidade, planeja a cidade à partir do pressuposto de sua existência e forma atual de ocupação, diz que é possível criar uma cidade sustentável, que revê seus fatores de influência com o meio ambiente e interação com pré-existência de cada local, Para Leite (2012, p. 138). “Planejar a cidade é cuidar dela. Trata-la com zelo e cuidado é fazê-la funcionar bem. A ineficiência na sua gestão e operação corresponde à sua falência”.
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A REALIDADE.....
22 3. APRESENTAÇÃO, CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
3.1. DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE INTERVENÇÃO
MAPA 1 – PRINCIPAIS ACESSOS FONTE: Mapa Base de Ribeirão Preto ESTUDO: Francieli Moreno
O
trecho do Córrego do Tanquinho a ser trabalhado compreende a área desde sua nascente próximo a AV. Antônio Gomes da Silva Júnior até o cruzamento do Córrego com a Av. Meira júnior, este localizado no subsetor Leste da cidade de Ribeirão preto. A área de estudo da pesquisa engloba os bairros que fazem divisa com o córrego sendo os bairros: Jardim Novo Mundo, Jardim Zara, Parque Industrial lagoinha, Castelo Branco II, Parque Bandeirantes e Jardim Paulistano. A área possui fácil acesso ao centro da cidade, sendo a principal ligação pela Av. Independência e seu prolongamento pela Av. Meira Júnior, nesta se inicia a Rua João Bim e sua contunuação como Av. Barão do Bananal, esta tendo término na marginal da Rodovia Anhanguera, facilitando também a saída da cidade. Outros importantes acessos a área de projeto são, pela Av. 13 de Maio e Maria de Jesus Condeixa. Como podemos perceber no mapa 1, a área faz parte de um importante eixo de ligação da cidade, notamos também que há problemas de ligacões viárias, o que dificulta a transposição dos bairros.
3.2. BREVE HISTÓRICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
A
área no trecho delimitado, passou por ocupação através de loteamentos de fazendas e chácaras, o que acaba por justificar a atual ocupação na área imediata ao córrego que ao invés de ser loteada, foi sendo desdobrada e que o desdobro não exige estrutura urbana tais como doação de áreas públicas, verdes e sistema viário, conclui-se então o motivo da falta de ligação viária entre os bairros adjacentes ao Córrego do Tanquinho neste trecho. Como vemos no mapa 2 a exceção ocorre no trecho entre o Castelo Branco II e o Parque Industrial Lagoinha, onde tem-se a concentração de condomínios fechados e que possuem maior quantidade de moradores. O primeiro loteamento aprovado pela Prefeitura Municipal no entorno ao Córrego do tanquinho no trecho estudado foi o Jardim Zara na década de 50, os demais bairros da área ocorreram entre a década de 70 e 80 e os condomínio nas décadas de 90 e 2000 como pode se observar no mapa 2. Percebe-se que os primeiros loteamentos no trecho estudado foram menos agressivos ao Córrego, que respeitaram a Av. Barão do Bananal e Rua João Bim como limites, casos do Jardim Novo Mundo, Jardim Zara, Jardim Paulistano e parte do Parque Bandeirantes, portanto não agrediram diretamente o leito do córrego, já os loteamentos como o Jd. Castelo Branco II, o condomínio Jd. Europa, algumas partes do Pq. Ind. Lagoinha e os lotes com frente para a Av. Barão do Bananal e R. Joao Bim foram extremamente agressivos ao leito do córrego, justificado pela falta de vias no local que limitassem a ocupação, ocorreu e ainda ocorre nestas áreas a maior pressão sobre o córrego,
A falta de limites para as ocupações nesta áreas fora tamanha que atualmente condomínios ocupam parte da APP (área de Preservação Permanente) e área destinadas á diretrizes viárias, como o caso do condomínio Jardim Europa, que interfere diretamente na ligação da Rua Lourenço Copedê (Castelo Branco II) com a Av. Walt Disney (Ind. Lagoinha),
MAPA 2 – EVOLUÇÃO DOS BAIRROS FONTE: Google Maps ESTUDO: Francieli Moreno
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3.3. USO DO SOLO 3.3.1. LEGISLAÇÃO SOBRE USO DO SOLO L.C. 2157/07
ao interesse da pesquisa, não há interferência quanto a atividade de parque linear no local. A lei ainda traz o mapa 4 o macrozoneamento da cidade, definindo através de zonas a necessidade de restrições quanto ao uso do solo. Com exceção da nascente do córrego que esta localizada na ZUR (Zona de Urbanização Restrita), definida assim por ser área de recarga do Aquífero Guarani e portanto não podendo haver uma ocupação intensa e consequente impermeabilização do solo, a area esta em sua maior parte localizada na ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), é portanto destinada a urbanização com maior densidade demográfica e é possui infraestrutura que permite a urbanização.
MAPA 3 – ZONEAMENTO INDUSTRIAL FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto; Secretaria de Planejamento e Gestão Pública;
N
o mapa 3, é apresentado conforme a lei de uso e ocupação do solo, as área destinadas ao usos na cidade, sendo eles industriais, comerciais e de prestação de serviços, estas áreas forma delimitadas conforme a necessidade de proteção ambiental versus risco ambiental da atividade. A área de estudo compreende a Área de Uso Misto I - AUM 1 (Risco Ambiental 1,5) e Área de Uso Misto II - AUM 2 (Risco Ambiental 1,0), no que diz respeito
MAPA 4 – MACROZONEAMENTO FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto; Secretaria de Planejamento e Gestão Pública
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3.3.2. LEVANTAMENTO IN LOCO
F
oi realizado no local o levantamento por predominância, a área possui um uso típico de vizinhança, sendo as ruas de divisas dos bairros (vias coletoras) utilizadas para comércio e prestação de serviços de escala municipal, que atendem os diversos nichos da cidade, o interior com predominância de uso residencial, possuindo apenas comercio local como padarias, loja de varejo, entre outros. O uso no área levantada, segue a legislação do município, não havendo portanto, atividades que ultrapassem o Índice de Risco Ambiental (IRA) = 1,5, porém ao analisarmos as atividades no imediato imediato ao córrego percebe-se a concentração de atividades que apesar de não serem poluentes, não contemplam uma relação com o mesmo e que contribuem para a desvalorização e negligenciamento ao córrego ainda maior por parte da população, são atividades como depósitos, marcenarias, supermercados, salões de festas, que utilizam grandes “galpões”, criando uma barreira na paisagem local e interferindo diretamente no acesso da população ao leito do córrego. Apesar da área ser de predominância residencial, encontramos a uma escala de vizinhança completa, onde o pedestre não precisa se deslocar para outros bairros a procura de padarias, por exemplo, recentemente houve a criação de pequenos comércios como barzinhos, pizzarias e lanchonetes na Rua Niterói e que tem atraído significativa população.
MAPA 5 – ZONEAMENTO INDUSTRIAL FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
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3.4. OCUPAÇÃO DO SOLO
ocupação, o que garante áreas livres para os equipamentos do parque sem grande interferência ao existente no local, já na área que compreende a Rua João Bim, a ocupação é mais densa, com lotes menores.
MAPA 6 – FIGURA FUNDO FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
MAPA 7 – GABARITO FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
ocupação do solo foi estuda somente no entorno imediato ao córrego do Tanquinho, com analise das áreas livres para o projeto de parque linear. Através do mapa 6 constata-se que na área que compreende a Av. Barão do Bananal os lotes são maiores com chácaras e galpões,ainda encontramos lotes sem
A área é predominantemente composta por residências unifamiliares térrea ou dois pavimentos, encontramos no local alguns lotes plurifamiliares, com no máximo 4 pavimentos e sem grande interferência na paisagem urbana. Os prédios plurifamiliares com mais de 10 pavimentos são pontuais, porém são compostos por grande número de famílias (acima de 300 unidades de apartamentos).
A
3.5. TOPOGRAFIA
A
O mapa 8 contempla de forma mais clara a diferença de níveis entre o fundo de vale e os morros presentes na área, a altimetria apresenta claramente os pontos mais altos e a influencia pluvial da área As curvas de níveis possuem uma variação de altitude do nível 514 ao 634.
s curvas de nível na área estão apresentadas de 5 em 5 metros, percebe-se claramente no mapa 7 apresentado, a baixa altitude no leito do rio e a presença dos morros que traçam a área de influência das águas, sendo assim os bairro da área de estudo, tem em ambos os lados, influência pluvial sobre o Córrego do Tanquinho.
MAPA 7 – CURVAS DE NÍVEL FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base
MAPA 8 – ALTIMETRIA FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
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28
3.6. EQUIPAMENTOS URBANOS
O
s equipamentos disponíveis na área são, creches, escola de primeiro grau, e equipamentos de apoio a vizinhança, há no local uma UBS, porém para equipamentos de saúde mais complexos como UBDS e UPA é necessário o deslocamento para outros setores da cidade, os mais próximos são a UBDS Castelo Branco/Iguatemi e a UPA XIII de Maio. As praças são poucas e não possuem mobiliários suficientes para o uso. MAPA 10 – EQUIPAMENTOS URBANOS FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
MAPA 9 – PLANIMETRIA FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
A planimetria da área, onde será implantado o parque tem variáveis de inclinação em sua maioria entre 5% e 10%, essa inclinação permite o escoamento das aguas pluviais e não interfere na elaboração de projeto, sendo a topografia de fácil manuseio e possíveis alterações necessárias.
3.6.1. PARQUES URBANOS
É
como parques urbanos, mas não são utilizados para este fim, também notamos que são considerados parques urbanos aqueles que possuem fechamentos que limitam o uso e guarita de acesso, os demais como o Parque Linear Ulisses Guimarães são considerados não urbanos, este tem acesso livre e sem horário para uso. Destacamos no mapa 12 a seguir que a cidade possui apenas sete parques em uso, dentre estes destacamos novamente o Parque Linear Ulisses Guimaraes que não possui infraestrutura suficiente, segurança e me atrativos para o uso da população, da mesma forma encontra-se o Parque Fernando Freitas Monteiro. Portanto Ribeirão Preto possui apenas cinco parques que atendem a população e ainda assim são parque que causam especulação imobiliária e definem o perfil dos usuário somente pelo fato de suas localizações. A pesquisa entende a necessidade de rever tais conceitos e a importância de criar na cidade parques que acima de tudo privilegiem a população e facilitem seu uso e não limitem o mesmo.
MAPA 11 – PARQUES NA CIDADE FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
necessário compreender melhor a disposição dos parque urbanos na cidade de Ribeirão Preto, estes podemos notar no mapa 11 que são pontuais e relativamente distantes uns dos outros, estão localizados na ZUP. Percebemos que o mapa 11 apresenta áreas como o cemitério Bom Pastor e Saudade e ainda o Horto Florestal
MAPA 12 – PARQUES COM USO NA CIDADE FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, (Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
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30
3.7. HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL 3.7.1. HIERÁRQUIA FÍSICA
A
hierarquia física é o que a via representa fisicamente, como ela esta estruturada na cidade, independe de sua função, já a hierarquia funcional, trata da relação de uso das vias, em relação a como a via realmente funciona. Na área de estudo percebemos que há uma grande quantidade de vias a serem implantadas, o mapa 14 mostra que há uma intenção de criar um anel viário interno na cidade, o que na pratica não teria a agilidade que o mesmo exige, pois há a necessidade de muitas intersecções em nível. Através do estudo IN LOCO, percebemos que o que diz respeito as vias coletoras há uma distorção de uso, como o caso da Rua Niterói, Av. Barão do Bananal e R. Joao Bim que nos horários de pico que acaba recebendo fluxo de avenidas, mas fisicamente não comporta a demanda.
MAPA 13 – HIERÁRQUIA FÍSICA FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
3.7.2. FIERARQUIA FUNCIONAL
E
casos como a R. Daniel Ferranti, no Castelo Branco II, que fisicamente é uma via coletora, mas que na funcional, acaba sendo uma via de acesso local, ocorre o mesmo com o prolongamento da Av. Leão XIII, já executado pela empreendedora Trissul, esta serve como via coletora, facilita sim o acesso a outros pontos da cidade, mas não tem o fluxo de uma avenida. A pesquisa em fase de projeto, pretende salientar esses pontos e assim melhorar a qualidade das vias no entorno ao parque linear, privilegiando para tanto os acessos ao mesmo.
MAPA 14 – HIERÁRQUIA FUNCIONAL FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
3.7.3. SISTEMA CICLOVIÁRIO
E
xiste para a área um projeto de ciclovia na diretriz de via expressa e nas avenidas tanto as de diretrizes quanto as existentes, ambas não foram executadas, o que existe mais próximo do local é a ciclofaixa na Av. Costábile Romano e Av. Francisco Junqueira, que funciona aos domingos fazendo a ligação entre os parques Carlos Raia e Luiz Roberto Jábali.
MAPA 15 – CICLOVIÁRIO FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
Cabe entender que a ciclovia é um espaço segregado para o fluxo de bicicletas, ou seja, separado dos veículos, através de muretas, meio fio ou outros, protege o ciclista
do trafego, já na ciclofaixa, não há separação física e sim a faixa pintada no chão esta utiliza a via existente, somente separa o transito em dia delimitados para seu uso, no caso de Ribeirão Preto, esse uso é aos domingos e agentes de transito monitoram as vias para garantir a segurança dos ciclistas, nesses períodos a via tem restrição de uso para veículos motorizados. Um dos principais pontos da pesquisa é garantir que o parque linear possa trazer, de forma efetiva e segura a ciclovia, pretende-se valorizar o uso desta para deslocamento na cidade e não somente com fins recreativos.
31
32
3.7.4. VIA EXPRESSA CONTORNO NORTE
MAPA 16 – VIA EXPRESSA CONTORNO NORTE: TRECHO ÁREA DE ESTUDO AV. BARÃO DO BANANAL E RUA JOÃO BIM FONTE: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto ESTUDO: Francieli Moreno
C
onforme a LC. 2157/07 a área de estudo possui uma diretriz viária, trata-se de uma via expressa de ligação entre os setores Norte e Leste da cidade. Segundo a Prefeitura Municipal, e como apresentado nos mapas 13 e 14 seria uma importante ligação e formação de um anel viário interno na cidade. Esta diretriz existe por volta de 50 anos na cidade, segundo reportagem feita pelo Jornal “A Cidade”, a prefeitura não possui nada definido sobre o projeto e sim um estudo, um dos fatores que tem interferido na execução são o alto custo da obra e da desapropriações necessárias,
além desses fatore a via atinge agressivamente a APP, pois por se tratar de via expressa, possui via marginal e ocupa cerca de 60m para cada lado do córrego no trecho e não respeita a urbanização existente no local. a pesquisa não concorda com a diretriz viária e defende que há maneiras mais sustentáveis de interferir em área de fundo de vale consolidada, como o caso do Córrego do Tanquinho.
3.7.5. AVENIDAS E VIAS PARQUES
33
R
ibeirão Preto, conforme a L.C. 2157/07 trata os rios da cidade como Avenidas Parques e Via Parques, com exceção do Córrego do Tanquinho que como já mostrado é uma via expressa. Considerando a importância de parques lineares e corredores verdes, a pesquisa entende que o Córrego do Tanquinho deve ser tratado como via parque, devido sua ocupação já estabelecida, que mesmo não sendo um projeto que privilegie veículos automotivos é de fato uma importante forma de locomoção não poluente para a cidade, ligando de forma sustentável os bairros da cidade, entende também que é possível ligar os principais rios da cidade através desses corredores, e utilizar o projeto a ser implantado no trecho delimitado do córrego como projeto modelo para os demais. Rios que são considerados vias parques na cidade:
MAPA 17 – AVENIDAS E VIAS PARQUES APLICADAS A HIDROGRAFIA FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto ESTUDO: Francieli Moreno
AVENIDAS PARQUE: • Córrego dos Campos • Córrego Vista Alegre • Córrego dos Catetos • Córrego Monte Alegre • Córrego Limeira • Córrego Santa Adelaide • Córrego São Geraldo • Córrego RP8a • Córrego Olhos D’Água • Córrego da Serraria • Córrego Tamburi • Córrego Bela Vista • Córrego Macaúba • Córrego Retiro do Ipê • Córrego Boa Vista
VIAS PARQUE: • Córrego dos Catetos • Córrego Laureano • Córrego Seco • Córrego Tom Jobim • Córrego Planalto Verde • Córrego dos Drenos • Córrego Nova Aliança • Córrego do Horto • Córrego das Palmeiras • Córrego do Esgoto • Ribeirão Preto • Córrego Retiro do Ipê • Córrego América. • Córrego Areião. • Córrego Santa Tereza.
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3.8. PLANO DE MACRODRENAGEM
O
plano de macro drenagem de Ribeirão, foicriado para a contenção de enchentes na cidade, principalmente pelo encontro do Ribeirão Preto com o Retiro Saudoso. Para o Tanquinho foram projetados quatro barragens na área que diz respeito ao projeto, estas barragens aumentam a cota de inundação da área e evita que o fluxo de água vá diretamente para o ribeirão preto, O desague do Tanquinho acontece no norte do ribeirão preto já próximo a seu desague no Rio Pardo, o que não o coloca como prioridade dos projetos a serem realizados, ainda assim segundo a secretaria de gestão pública, os projeto previstos não serão realizados por bacia hidrográfica e sim por barragens e suas devidas necessidade, não há prazo para conclusão das obras.
MAPA 18 – MACRODRENAGEM FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto
3.9. CONEXÃO COM OS BAIRROS
A
conexão entre os bairros, analisados na escala do pedestre, não é satisfatória, existem muitas vias sem saídas ou interrompidas, esta situação acaba por aumentar o tráfego de veículos nos bairros, e evita que pedestres se desloquem de um bairro a outro, apesar da escala de vizinha dos bairros serem satisfatória, supermercado, pizzaria e outros, são acessados principalmente por veículos. Essas distancias devem ser diminuídas e o projeto de parque linear, toma por princípios a necessidade de privilegiar o caminho do pedestre e ciclista, a fim de um uso mais sustentável e favorável a cidade, será analisado a necessidade de novas vias no entorno imediato ao parque e caminhos internos seguros e convidativos a pedestres e ciclistas.
MAPA 18 – CONEXÕES DOS BAIRROS, VIAS - PEDESTRES FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto ESTUDO: Francieli Moreno
3.9.1. ANÁLISES FOTOGRÁFICAS
A
s fotos apresentadas mostram claramente como a sociedade tem se voltado contra o Córrego do Tanquinho, na verdade, podemos afirmar que esta situação encontrada é comum a outras hidrografias da cidade, no caso estudado, não há um olhar para o mesmo, a escala do pedestre não existe, calçadas cheias de lixo e entulhos não permitem o transito de pedestres com segurança, a margem do córrego cheio de lixo, só tende a aumentar o problema com enchentes e poluição, as casas que estão mais próximas ao córrego sofrem com a paisagem degradada. A sensação obtida ao realizar as fotos, foi de total impotência, um espaço que não permite que o pedestre esteja ali, os carros circulam em alta velocidade aumentando assim a sensação de insegurança do pedestre, os bairros do entorno não condizem com a realidade encontrada nas margem do córrego, são bairros equipados, limpos, onde moram pessoas instruídas, já na margem do córrego encontramos um espaço abandonado, com mal cheiro, e sem a menor chance de acesso da população. Foto 1 – Continuação Da Av. Leào XIII: - Esta avenida é interrompida pelo supermercado Tonin e Droga Center, os novos condomínios se responsabilizaram pela execução desta segunda parte da avenida, atualmente a mesma é bem cuidada, porém serve apenas para entrada dos moradores no condominio e não como via de alto fluxo de veículos. Foto 2 – Avenida Interrompida Pelo Cond. Jardim Europa: - Este codomínio invadi a diretriz viária da cidade, o que gerou o interrupment da via, atualmente existe um processo judicial para recuperação desta área e implantação da via. Foto 3 – Margem Do Córrego: - Margem com topografia mais baixa que o nível da rua, as árvores existentes não são nativas ao local, foram plantadas pelos condomínios, como parte recuperação ambiental da área.
Foto 4 – Lixo Na Margem Do Córrego: - Lixo jogado pela própria população do entorno, principalmente como descarte de lixos não retirados pelo município. Foto 5 – Bananeiras, Não Nativa Do Local: - Estas, segungo a secretaria municipal do meio ambiente, são decorrentes do lixo descartado no local. Foto 6 – Mamonas, Não Nativa Do Local: - Nascem da mesma forma que as bananeieras. Foto 7, 8 e 9 – Espaço Recreativo, Jd. Castelo Branco II: - Criado junto com o conjunto, é bastante utilizado pela população, porém sem muito suporte, fazem parte do conjunto, uma praça, pista de skate, pista de bocha e campo gramado de futebol. Foto 10 – Rua Sem Saída, Pq. Bandeirantes - Rua termina na margem do rio, onde existe a diretriz viária para a Via Expressa Contorno Norte. Foto 11 – Vista Da Margem Do Córrego, Lateral Rua Sem Saída - Gramado, manuten,ão relaizada pelo condomínio que faz divisa com o córrego. Foto 12 – Edifício Plurifamiliar, Calçada Para Passagem De Pedestres - Calçada e iluminação, realizadas pelo condomínio. Foto 13 e 14 – Est. Catarina B. Vendrúscolo -Via simples, de alto fluxo e sem estrutura para pedestres. Foto 15 e 16 – Calçada Para Pedestre e Como Depósito De Lixo - Falta de estrutura e manutenção. Foto 17 – Leito Do Córrego, Canal Para Passagem Da Est. Catarina B. Vendrúscolo - Estrtura para passagem da via sobre o córrego, neste local será implantado barragem, do plano de macro drenagem. Foto 18 – Área Livre, Encontro Da R. João Bim E Av. Barão Do Bananal - Área particular, não edificada. Foto 20 – Área Livre, Esquina Da R. Dr. Antonio Carlos Marçal (Lado Esquerdo) - Área particular, não edificada, e sem manutenção regular. Foto 20 – Acesso Ao Córrego, Pela R. Carlos Auguisto Brasão, Criado Por Moradores Locais - Moradores abriram via de terra para acesso ao leito do córrego. Foto 21 – Área Livre - Área particular, não edificada.
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Foto 1 – continuação da av. Leào xiii
Foto 2 – avenida interrompida pelo cond. Jardim europa
Foto 3 – margem do córrego
FOTO 4 – LIXO NA MARGEM DO CÓRREGO
FOTO 6 – MAMONAS, NÃO NATIVA DO LOCAL
FOTO 5 – BANANEIRAS, NÃO NATIVA DO LOCAL
FOTO 7 – ESPAÇO RECREATIVO, JD. CASTELO BRANCO II
MAPA 19 – INDICAÇÕES DE FOTOS TIRADAS NO LOCAL FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto(Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
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FOTO 8 – ESPAÇO RECREATIVO, JD. CASTELO BRANCO II
FOTO 9 – CAMPO DE FUTEBOL, ESPAÇO CASTELO BRANCO II
FOTO 10 – RUA SEM SAÍDA, PQ. BANDEIRANTES
FOTO 11 – VISTA DA MARGEM DO CÓRREGO, LATERAL RUA SEM SAÍDA
FOTO 12 – EDIFÍCIO PLURIFAMILIAR, CALÇADA CRIADA PARA PASSAGEM DE PEDESTRES
FOTO 13 – EST. CATARINA B. VENDRÚSCOLO
FOTO 14 – EST. CATARINA B. VENDRÚSCOLO
MAPA 19 – INDICAÇÕES DE FOTOS TIRADAS NO LOCAL FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto(Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
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Foto 15 – calçada para pedestre
Foto 16 – calçada como depósito de lixo
Foto 17 – leito do córrego, canal para passagem da est. Catarina b. Vendrúscolo
Foto 18 – área livre, encontro da r. João bim e av. Barão do bananal
Foto 20 – área livre, esquina da r. Dr. Antonio carlos marçal (lado esquerdo)
Foto 20 – acesso ao córrego, pela r. Carlos auguisto brasão, criado por moradores locais
Foto 21 – área livre
MAPA 19 – INDICAÇÕES DE FOTOS TIRADAS NO LOCAL FONTE: Prefeitura Municipal De Ribeirão Preto(Mapa Base) ESTUDO: Francieli Moreno
3.10. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICO DO PERFIL DOS MORADORES DO ENTORNO
F
oram realizadas nos bairros do entorno do trecho delimitado, setenta e sete questionários, estes aplicados a fim de entender a relação dos moradores com o córrego, e a intenção de uso e equipamentos desejados por eles no projeto de parque linear. Diante dos dados obtidos percebe-se que a população local possui boa instrução, são em geral pessoas com formação acadêmica, e com faixa de renda media de até 5 salários mínimos, porém esta situação não altera a relação dos moradores com o rio, quando perguntado sobre o bairro de residência, o resultado são de moradores com média de dez anos no bairro e que gostam do local onde moram, acham o bairro bem servido e com boa estrutura, mas se quer conhecem sabem o nome do córrego que passam no local, tem-se o córrego como local de poluição e que simplesmente atrapalha os bairros no entorno, noventa e oito por cento dos moradores nunca fizeram uso do Córrego do Tanquinho e vinte e seis por cento acreditam que o córrego serve para descarte de esgoto, assim como noventa por cento diz que a responsabilidade de cuidar do córrego é tanto da população quanto da comunidade, mas quando analisado a situação real do córrego percebemos que a quantidade de lixo e entulho jogado em suas margens é significativa, percebe-se que a relação de cuidado na prática não existe, é portanto mais um local sem uso, é considerado um terreno baldio. Grande parte da população acredita que o rio deveria sim ser despoluído e ser um espaço recreativo, não foi encontrado na pesquisa grandes distorções nas respostas, o que notamos é que a atividades preferidas variaram de acordo com os bairros, devido as atividades já existentes
no mesmo, idade, faixa etária dos entrevistados. No bairro Castelo Branco II acontece uma feira livre todas as sextas feiras e também possui uma base recreativa na margem do córrego que conta com quadra de futebol e espaço para caminhada, neste bairro a preferencia por equipamentos foi portanto, as que os moradores já vivenciam no dia a dia, de certa forma todos os equipamentos e atividades propostas no questionário foram escolhidas pelo entrevistados, conforme podemos confirmar nos gráficos dispostos. Apresenta-se a seguir graficamente os principais resultados obtidos:
Sexo
SEXO:
35% 65%
Masculino Feminino
FAIXA ETÁRIA:
Faixa Etária
3% 28%
0 a 9 anos
15%
10 a 19 anos 20 a 44 anos
54%
45 a 69 anos mais de 70 anos
Grau de Instrução GRAU DE INSTRUÇÃO: Superior Completo
38% 54%
8%
Superior Incompleto Médio Completo
39
40
Você faz, ou ja fez uso VOCÊ FAZ,do OUcórrego JÁ FEZ USO DO CÓRREGO:
FAIXA DE RENDA: Faixa de Renda 0 a 3 salários
1% 5% 18%
37%
2% Faz
3 a 5 salários
Ja Fez
98%
39%
Não
6 a 8 salários 9 a 10 salários
QUAIS OS MAIORES PROBLEMAS RELACIONADOS AO Quais os maiores problemas CÓRREGO: relacionados ao córrego
TEMPO DE MORADIA:
Tempo de Moradia
Poluição
2% 13%
até 1 ano
24%
41%
de 2 a 4 anos de 5 a10 anos
20%
34%
35%
17%
Enchentes
14%
Atrapalha a ligação entre os bairros
de 11 a 20 anos
Mau cheiro
de 21 a 30 anos
Qual o principal motivo que o levou
QUAL O PRINCIPAL MOTIVO QUE O LEVOU A MORAR NESTE a morar neste bairro BAIRRO: Fácil acesso a transporte
17%
21%
3%
Baixo custo do lote
20%
Emprego
Melhora a qualidade de vida
23%
29%
Serve para o abastecimento de água
7%
Proximidade do trabalho
10% 29%
NA SUA QUALqual A UTILIDADE DE UM NO NaOPINIÃO sua opnião a utilidade de CÓRREGO um BAIRRO: córrego no bairro
26%
Lazer recreativo
12%
Para descarte de esgoto
Proximidade da família Outros 3%
Sabe o nome do Córrego SABE O NOME DOpelo CÓRREGO que passa bairroQUE PASSA PELO BAIRRO:
Não é util, não faz diferença
Para você, de quem é a deRESPONSABILIDADE cuidar PARA responsabilidade VOC^, DE QUEM É A DE CUIDAR DE UM RIO: de um rio 1% 6% 3% Da população
15% Sim 85%
Não
Das autoridades 90%
Dos dois Não sei
que acredita ser feito O QUE O VOCÊ ACREDITAque QUEdeveria DEVERIA SER FEITO COM O RIO QUE PASSA NO com o rioBAIRRO: que passa no bairro 4%
TIVESSE EM UM PARQUE LINEAR:
pista de caminhada
Nada, esta bom do jeito que está
5%
7%
Que tipos de equipamentos você gostaria QUE TIPOS DE EQUIPAMENTOS VOCÊ GOSTARIA que tivesse em um parque linearQUE
pier sobre o córrego
Aterrá-lo, pois é um problema para o bairro Despoluir suas águas apenas
84%
Despoluí-lo e dar um uso recreativo ao seu entorno
Que benefícios acredita que um QUE BENEFÍCIOS ACREDITA QUE UM PARQUE PODE parque pode trazer TRAZEER:
quadra poliesportiva
9%
10%
24% quadra gramada de futebol
12%
6% passarela dobre o córrego
9%
12% 10%
8%
palco de shows e apresentações oficinas de arte/cultura
Recreativo 26%
17%
Proteção do rio, matas ciliares e animais
18% 24%
valorização econômica da área
15%
Acha que um parque ao longo do Rio pode trazer alguns problemas
76%
Acha que um parque ao longo do Rio pode trazer alguns problemas Não
76%
11%
11%
13%
20%
descansar
pela manhã à tarde
41%
16%
algumas horas finais de semana não sei
POPULAÇÃO- L8 DOMICÍLIOS- L8 POPULAÇÃO- L7
recreação com crianças 11%
13%
o dia todo
IBGE - CRESCIMENTO POPULAÇÃO X HABITAÇÃO:
Quais atividades/espaços24%usaria 8%
8% 22%
QUAIS ATIVIDADES/ESPAÇOS USARIA: 6%
QUANTO TEMPO PASSARIA NO PARQUE: 13%
Sim
7%
feira livre
Quanto tempo passaria no parque
melhoria da paisagem
ACHA QUE UM AO LONGO DO RIO PODE TRAZER Sim PARQUE Não ALGUNS PROBLEMAS: 24%
alimentação (lanchonete, restaurantes)
voltada a natureza (verde)
DOMICÍLIOS - L7
CRESCIMENTO 2010
POPULAÇÃO- L5
2000
DOMICÍLIOS- L5
caminhada ciclismo
POPULAÇÃO- L2 DOMICÍLIOS- L2 0
5.000 10.000 15.000 20.000 25.000
41
É POSSÍVEL MUDAR.....
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4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
4.1. PARQUE CANTINHO DO CÉU SÃO PAULO - BRASIL Boldarini Arquitetos Associados Projeto e Obra: 2008 a 2012
O
parque destaca-se como um dos mais significativos para a cidade de São Paulo, pois consegue aliar qualidade de projeto ao compromisso social. A sua implantação possibilitou não apenas a ampliação da qualidade de vida à uma área periférica, destituída de qualquer opção de lazer e entretenimento, mas também o resgate da autoestima de seus moradores. “O parque cantinho do céu, no Grajaú, no extremo sul de São Paulo, se estende por sete quilômetros na margem da represa Billings. O equipamento é parte do projeto de urbanização da região, uma forma de desencorajar a reocupação da orla e conscientizar a comunidade da paisagem que a envolve.”
FIGURA 1- ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE FONTE: Soluções Para as Cidades
A intenção inicial era remanejar todas as famílias da área, já que se encontravam em Área de Preservação Permanente – APP, ação foi revertida em função da consolidação da ocupação.
de modo que as sugestões dos moradores e seus representantes fossem incluídas à medida que as obras caminhavam. Um dos principais objetivos é reduzir o volume de esgoto sem tratamento despejado na represa e alterar a relação dos moradores com a bacia por meio da inclusão e melhoria da qualidade de vida. O projeto prevê a requalificação da região ambientalmente protegida, ocupada irregularmente à beira da represa, isolada por um corredor de linhas de alta tensão e com condições precárias de infraestrutura, inclui a instalação do sistema de esgotamento sanitário e drenagem, a criação de um sistema viário e de uma faixa de proteção/preservação ambiental que delimitará as áreas de moradia privada e da represa pública, o sistema de vias foi revisto criando as ligações necessárias e que completam o sistema, como pode ser visto grupo de figuras 2 (B).Conforme observa-se nas plantas da figura 2, no lugar de retirar 100% das moradias que ocupavam o local, foi delimitada para tal uma faixa retirando cerca de 30% das moradias. Por conta de um acordo feito pela Secretaria de Habitação, as distâncias entre as moradias e a margem da represa puderam variar de 15 m a 150 m, mantido o valor total da área garantida pela legislação específica.
GRUPO DE FIGURAS 2 – PLANTAS DE SITUAÇÃO FONTE: Archdaily
O escritório de arquitetura iniciou o desenvolvimento do projeto executivo simultaneamente ao início das obras, justificada pela dificuldade de conhecimento prévio do terreno, o que possibilitou um aprimoramento das escolhas de projeto no decorrer da obra, possibilitou ainda que a comunidade participasse das escolhas de projeto,
FIGURA 3 - SITUAÇÃO ANTERIOR A IMPLANTAÇÃO DO PARQUE FONTE: Archidaly
45
46
A ocupação do local não é homogênea, há trechos que se assemelham a loteamentos regulares e outros semelhantes a favelas, com clara ausência de sistema viário, por exemplo. A necessidade de criação de conexões viárias foi então um dos critérios para definir as desapropriações, assim como a existência de áreas para construção da rede de captação da água pluvial e do esgotamento sanitário.
grelhas metálicas, também conhecidas como boca-de-leão. Uma pequena borda faz a delimitação entre a faixa predominantemente para pedestres e, a outra, onde o fluxo dos carros predomina. Mas o uso é compartilhado, em primeiro lugar porque este é um hábito. Em segundo porque, a sessão diferenciada já indica ao motorista que é hora de diminuir a velocidade e ter maior cuidado, de forma a permitir o uso compartilhado.
GRUPO DE FIGURAS 5 - SITUAÇÃO ANTES E DEPOIS NA MARGEM DA REPRESA FONTE: Soluções Para as Cidades
FIGURA 4 - SISTEMA DE COLETA DE ESGOTO E PLUVIAL FONTE: Archidaly
A liberação dos terrenos às margens da represa, na opinião de Boldarini, além de assegurar a qualidade da água e evitar o assoreamento do reservatório, cria uma qualidade paisagística que aproxima os moradores do Cantinho do Céu do recurso hídrico e estimula sua valorização como bem público. Assim, em vez de bocas-de-lobo, as vias contam com
FIGURA 6 - IMPLANTAÇÃO FONTE: Soluções Para as Cidades
Foram criados na implantação diferentes tipos de equipamentos, visando atender todos os moradores, a figura 6, nos mostra que estes equipamentos, vão desde mirantes e decks até atividades físicas como capoeira e futebol.
FIGURA 7 - SITUAÇÃO ANTERIOR A IMPLANTAÇÃO DO PARQUE, TERMINO DAS RUAS FONTE: Archidaly
inclinação para o centro, de forma que as águas pluviais escoem pelo meio da rua. A sessão foi uma alternativa escolhida pelo escritório para evitar que, diante da construção das casas em patamares diferentes, a água não escorresse para dentro delas. Ao fim das vias, o escritório projetou retornos/praças. Em vez de serem redondos, são quadrados, pintados de vermelho, com muros de arrimo e bancos, para configurarem uma área de transição entre a moradia e o parque, o privado e o público. Como as casas estão voltadas para as ruas, a vista da represa em direção às moradias era composta basicamente por muros mal-acabados. Em vez disso, foram propostos revestimentos coloridos, criando mais uma oportunidade de delimitar o que é público do privado e constituindo um elemento artístico com faixas e cores. O artista plástico Maurício Adinolfi assina a obra.
FIGURA 9 - SITUAÇÃO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PARQUE, DECK FONTE: Archidaly FIGURA 8 - SITUAÇÃO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PARQUE, PRAÇAS FONTE: Archidaly
No residencial dos Lagos um dos bairros que fazem parte do complexo, 90% da infraestrutura esta pronta, quase todas as ruas já contam com sistemas de água e esgoto. A via (rua) é feita em piso Inter travado (Figura 4) com
O cuidado para privilegiar a infiltração do solo é, aliás, uma das marcas do projeto. O escritório optou por substituir, nos próximos passos da obra, o piso Inter travado pelos blocos de concreto permeável, que permite a infiltração de até 90% da água que passa por ele. Para o piso das quadras e campos de futebol, a solução
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grama sintética foi resultado de uma negociação do escritório, que queria que fossem de areia, enquanto a comunidade pedia concreto. Mas a área de lazer conta também com quadras de futebol e vôlei de areia.
FIGURA 12 - MIRANTE FONTE: fotografia.folha.uol.com.br
FIGURA 10 - QUADRA DE FUTEBOL FONTE: Archidaly
Para o piso das quadras e campos de futebol, a solução grama sintética foi resultado de uma negociação do escritório, que queria que fossem de areia, enquanto a comunidade pedia concreto. Mas a área de lazer conta também com quadras de futebol e vôlei de areia.
Em alguns pontos do parque, a opção foi o piso de madeira elevada, que não interfere na infiltração e se adapta facilmente ao terreno irregular, corrigindo declividades e melhorando a acessibilidade. O projeto do parque nas demais áreas do Cantinho do Céu ainda está indefinido, uma vez que o escritóriode arqueitetura optou por desenvolvê-lo observando-o e realizandomo detalhamento à medida que as casas são removidas das margens da represa. O escritório tem planos para criar, nas áreas do parque de conservação e preservação, uma estrutura de escalonamento com wetland, para tratar a água pluvial que não infiltrar antes que chegue à represa.
ESTUDOS PARA 2a ETAPA DO PROJETO
FIGURA 11 - PROJETO DO MIRANTE FONTE: Boldarini Arquitetura e Urbanismo apud Soluções Para as Cidades
A nova etapa do Programa Mananciais da Prefeitura de São Paulo ressalta a importância do espaço coletivo e público para a população local, como um elemento essencial para a qualificação do bairro. A proposta percorre uma estratégia tanto para estimular a aproximação do morador à represa, quanto para buscar uma transforma-
ção efetiva das condições sócio espacial, que permita reforçar o direito à cidade e à inclusão social.
4.2. PARQUE RED RIBBON - QINHUANGDAO CITY - CHINA Turenscape Architecture Projeto e Obra: 2005 - 2008
GRUPO DE FIGURAS 13 - SEGUNDA ETAPA DO PROJETO, AINDA NÃO EXECUTADA FONTE: www.audioevideodesign.com.br/audiovideo/ctCantinho_do_ ceu.do#.VUJJtiFViko
Para a pesquisa, o parque Cantinho do Céu, se torna importante, pela forma de ocupação existente anteriomente a execução do parque, a relação exitente dos moradores para com a represa é muito parecida com a encontrada no Córrego do Tanquinho. A forma de apropriação do parque, como é tratada a vontade dos moradore e usuários, a preocupaçõa com materialidade e impermeabilizaçõa do solo, é muito importante em situações próximas a leito de rios, represas, lagos ou outros. Os decks como forma de aproximação da água, sem necessariamente tocá-la, permite a infultração e mudança de nível da água sem maiores interferências no mobiliário. Em situaçõa de descaso com a natureza, a populaçõa precisa se sentir parte do projeto urbano, precisa ter uma relação com o ambiente, de qualquer outra forma o local pode se tornar vandalizado e ainda mais negligenciado do que antes, o projeto do parque Cantinho do Céu conseguiu atingir estes pontos, fazendo com que a populaçõo cuide e se aproprie do lugar, este é o principal desejo da projeto para oa Córrego do Tanquinho.
O
Red Ribbon que traduzido significa “fita vermelha”, é exatamente um fita vermelha que atravessa o parque Qinhuangdao, pode ser visto no contexto do terreno natural e da vegetação, de cerca de 500 metros, essa fita integra as funções de iluminação, assentos, interpretação ambiental e orientação.
FIGURA 13 – BANCO VERMELHO, QUE ATRAVESSA TODO O PARQUE FONTE: Archdaily
O parque ocupa uma área de 20 Hectares, conservando o mais natural possível o corredor fluvial, esse projeto demonstra como uma solução de design minimalista pode alcançar uma melhoria dramática para a paisagem. O grande desafio do projeto foi o de preservar os habi-
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tats naturais ao longo do rio que ao mesmo tempo meta da criação de novas oportunidades de lazer e educação ambiental.
zamentos e passagens para animais de pequeno porte foram construídos. Perfurações foram feitas na superfície superior da fita, criando um padrão pontilhado, em que luzes e gramas crescem no local. O parque está localizado no rio Tanghe na margem urbana oriental de Qinhuangdao. Oportunidades e desafios para o projeto, são estabelecidos atraves das condicionantes do local: • Boas circunstâncias ecológicas: O local foi coberto por vegetações nativas, proporcionando habitats variados para diversas espécies; • Mal cuidado e deserto: Localizado à beira de uma cidade de praia, o local era um depósito de lixo, com uma favela deserta e instalações de irrigação obsoletas, como valas e torres de água; • Problemas em potencial de segurança e acessibilidade: Coberto com arbustos e gramas sem cuidado, o local era praticamente inacessível e, portanto, perigoso para as pessoas usarem; • Exigências funcionais: Com a expansão urbana invadindo, o local foi usado pelas novas comunidades para recreação, incluindo a pesca, natação e corrida;
FIGURA 14 – IMPLANTAÇÃO ANTERIOR AO PARQUE FONTE: www.turenscape.com
O Red Ribbon foi concebido como um elemento vivo dentro de um ambiente de vegetação verde e água azul, curvando-se com o terreno. Ele integra um calçadão, iluminação e assentos. Feito de fibra de vidro, é iluminado por dentro, num vermelho brilhante à noite. Possui 60 centímetros de altura e varia em largura de 30 a 150 centímetros. No banco, ou seja a fita vermelha, foram construídos cru-
• Pressão do desenvolvimento: o corredor natural do rio, provavelmente seria substituído por diques de concreto e flores ornamentais. Cinco pavilhões na forma de nuvens são distribuídos ao longo da fita. Estes fornecem proteção contra a luz solar dura, as oportunidades para encontros sociais, pontos focais visuais e colocação de placas de interpretação ambiental. Flores ornamentais perenes nas cores branco, amarelo, roxo e azul aparecem como um patchwork nos campos anteriormente desolados.
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FIGURA 15 – PAVILHÕES FONTE: www.turenscape.com
O vermelho brilhante da fita acende esta densa vegetação, ligando a vegetação natural diversificada e os quatro jardins de flores. A fita funciona como um dispositivo estrutural que reorganiza o local anteriormente bastante mal cuidado e inacessível. O lugar se tornou cada vez mais urbanizado; este parque em sintonia com as necessidades dos moradores da região, mantem seus processos ecológicos e serviços naturais intactos. A ideia era preservar o máximo do corredor do rio natural possível, promovendo a vegetação natural diversificada exuberante como um elemento do projeto. Em vez de pavimentação ao longo do rio com pavimento duro e canteiros de flores ornamentais, o projeto utiliza a “fita vermelha“ feita em estrutura de aço que se estende ao longo de 500 metros da margem do rio. A ideia era fornecer acesso para jogging, pesca e natação com uma intervenção mínima na paisagem.
GRUPO DE FIGURAS 15 – VISÃO GERAL DO PARQUE FONTE: Archdaily A ideia era preservar o máximo do corredor do rio natural possível, promovendo a vegetação natural diversificada exuberante como um elemento do projeto. Em vez de pavimentação ao longo do rio com pavimento duro e canteiros de flores ornamentais, o projeto utiliza a “fita vermelha“ feita em estrutura de aço que se estende ao longo de 500 metros da margem do rio. A ideia era fornecer acesso para jogging, pesca e natação com uma intervenção mínima na paisagem.
Um conceito simples, com impacto extraordinário!
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A ídeia de preservar a arborização nativa, proporcioanando uma recuperaçõa ambiental, tanto da flora, quanto da fauna, a intervençõa mínima a paisagem já existente. É muito importante para a pesquisa o respeito ao local de intervenção, entender que já existe e não pode ser apenas substituído por um projeto e sim preservado por este.
FIGURA 16 –IMPLANTAÇÃO GERAL DO PARQUE FONTE: www.turenscape.com
Assim como o parque Cantinho do Céu, o Red Ribbon também foi executado em um local onde a população nao tinha nenhum tipo de ligação com o espaço, neste caso um lixão, muito próximo a um leito de rio, onde a preservação ambiental era nula. A Forma de preservação do natural, a relação criada atraves de algo tão simples com um banco em forma de fita. A criação de pavilhões para decanso e agruoamento de pequenos grupos de pessoas, se torna relevante ao ponto de trazer a população utilizar o espa,o pelo simples fato de estar ali, para descanso, para encomntro e se sentir tranquila, próxima a natureza.
O FUTURO QUE SE DESEJA.....
56 5. PROJETO
5.1. ESTUDOS PRELIMINARES
A
partir dos dados obtidos nas análises do entorno da área de intervenção, dos dados socioeconômicos e pesquisa de interesse da população quanto as ativdade pretendidas no parque linear, foi possivel delimitar de forma clara as áreas para o projeto, estas foram escolhidas, evitando desapropriações que poderiam causar grande impacto ao local, as que foram realizadas são lotes unifamiliares ou comércio, e que de maneira geral podem ser aplicado o Estatudo da Cidade, e seus instrumentos, além de lotes não construídas ou parte de lotes que invadem a APP (área de preservação permanente), outras áreas foram utilizadas por serem públicas. Desta forma apresentamos o estudo 1, onde pode-se obter e avaliar as desapropriações desejadas e portanto as áreas em metragem quadrada de cada espaço, assim po-
demos definir o zonemaneto do parque. Quanto aos acesos, como sabemos, um parque linear deve ter acesso livre a população, não devendo ser cercado ou com guarita definindo uma entrada principal, sendo assim, foi analizado as melhores formas de acesso ao parque, e quais acessos devem ser realizados em cada zonemamento, de forma geral estes estão apresentados em todos os estudos, sendo levantado as possibilidades para cada situação desejada, como ponto principal para os acessos foi necessário analizar as diretrizes viárias da cidade, e assim definir o que se torna importante para o projeto e o que deve ser revisto e adequado ao projeto, apresentaremos logo mais a planta viária. O zoneamento foi definido principalmente à partir da pesquisa aplicada ao moradores do entorno, em estudo percebemos que as intencões de uso por bairros, são diferentes quanto ao que se deve oferecer um parque no bairro, assim, cada área foi elaborada de forma a respeitar as intenções descritas em conjunto com as adequações necessárias quanto ao espaço necessario para cada atividade do zonemamento, desta forma pretende-se principalmente aproximar os moradores ao par-
que, apresentamos o estudo 2 e 3, onde percebemos a espacialização do projeto. Pode-se através destes estudos determinar os principais pontos do projeto, foi possivel entender o que é viável e o que é inviável, estes estudos ainda permitiram enten-
der dentro de cada área do programa de necessidades os mobiliários que se tornam necessários, os caminhos e fluxos que devem percorrer, entender de forma geral o fluxo do parque, tipos de árvores (copas, altura, sombreamento) desejados e relção com a topografia, definindo
ESTUDO 1 – ESTUDOS PRELIMINARES FONTE: Francieli Moreno
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situações de corte ou aterro da mesma. Será relaizada adequações em etapa de Anteprojeto, melhorando a qualidade de cada espaço, criando novos espaços e eliminando aqueles que não serão necessários.
Inicialmente, como pode-se perceber no estudo 4 e 5, o zonamento comptempla uma área de shows (apresentações culturais) que ao longo da pesquisa, percebeu0se que este local (propriedade particular), será valorizada com a criação do parque, deu-se preferência para fu-
ESTUDO 2 – ESTUDOS PRELIMINARES FONTE: Francieli Moreno
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turos lotemaentos ou condomínios, visto que no imediato ao córrego há possibilidades de implantar este zoneamento, outras áreas foram transferidas para outras em fase de anteprojeto, afim de adequadar o zonemaneto e gerar qualidade de uso dos espaços.
ESTUDO 3 – ESTUDOS PROGRAMA DE NECESSIDADES FONTE: Francieli Moreno
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ESTUDO 4 - ESTUDO DE ZONEAMENTO S/ ESCALA
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ESTUDO 5 - PRIMEIRA PRPOSTA DE IMPLANTAÇÃO S/ ESCALA
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5.2. VIAS IMPLANTADAS
C
omo apresentado no levantamento da área, existem muitas vias sem saída, ou que teminam nos muros dos condominios, além da diretriz viária que incide sobre o local, estas situação inviabiliazam o fácil acesso ao par-
que proposto, portanto vias foram implantadas ao longo do parque, de forma a dar cotinuidade as já existentes, a pesquisa não leva em consideração que seja uma solução para o local a criação de uma via expressa, portanto esta não fará parte do programda do parque, porém outras vias que fazem parte das diretrizes viárias da cidade, serão respeitadas e criadas de forma a facilitar os acesso ao bairros e ao parque e consequente melhora da malha viária do local. Apresenta-se a seguir o estudo 4, diretrizes viárias:
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0
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ESTUDO 4 - VIAS IMPLANTADAS
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Vias Implantada
5.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES
A
traves dos estudos preliminares foi possivel estabelecer o programa de necessidades. Apresentamos à seguir o programa, atividades de cada programa, seus mobiliários e edificios de apoio:
1. Lazer Ativo: Espaço dedicado ao esportes e atividades físicas. Contempla: - Quadra poliesportiva. - Quadra grama sintética, para futebol. - Quadra de areia, para futebol e volei. - Pista de skate. - Bicicletário. - Parque Infantil - playgrounds e caixa de areia. - Vestiário - banheiros, chuveiros e ármarios guarda-volumes. - Lanchonete. - Iluminação. - Sede administrativa.
3. Shows, Apresentações Culturais Espaço dedicado a apresentações culturais, musicais, teatro e atividades relacionadas, para apresentações livres, não será para fins privados. Contempla: - Teatro de arena. - Bebedouro. - Iluminação.
4. Feira Livre Espaço para feira livre, de várias modalidades. Comtempla: - Uma praça de lazer contemplativo, com traçado criando áreas para a realização de feiras livres. - Equipamento de apoio- banheiros, bebedouros e auxilio ao feirantes (Ex.: pia para lavagem das horatliças). - Estacionamento para os feirantes e para clientes. - Iluminação.
5. Estacionamento Veículos Estacionamento de veículos automotivos. Contempla: - Arborização - Média de 32 veículos por estacionamento. - Iluminação.
2. Praças:
6. Pier
Espaços de lazer contemplativo - área de transição entre os equipamentos distribuídos no parque. Contempla: - Bebedouros. - Bancos. - Iluminação. - Áreas sombreadas por árvores ou por pergolados.
Espaço dedicado a interação com a água, lazer contemplativo, alimentação e descanso. Contempla: - Pier - deck de madeira, sobre o córrego. - Alragamento do leito do córrego. - Praça de alimentaçao. - Estacionamento.
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- Banheiro. - Bebedouro. - Iluminação. - Bancos. - Mobiliário de apoio.
5.4. CONCEITO e PARTIDO
7. Academia ao ar livre
omo já foi percebido, área é negligenciada pela sociedade, o córrego que passa pelo local é considerado um local de descarte de lixo, poré, este é o principal elemento deste espaço, ou seja, a água, portanto pretende-se utilizar como conceito este elemento, de tal forma que ele possa ser percebido como um conjunto no parque, para isso o programa de necessidades deverá assumir as formas e condições da água, como a transparência, as tendências de caminhos que ela percorre, seus alargamentos que formam aberturas, enfim, será feito alusão à água nos principais pontos e elementos do parque. Pretende-se integrar os ambientes criados ao ambiente natural, de forma com que o usuário se sinta em sintonia com a natureza, os ambientes devem fazer parte da natureza encontrada de forma a não ser um elemento a se sobressair e sim interagir e se fundir com o ambiente natural.. Como partido será utilizado o metal, este será utilizado como estrutura dos ambientes, peir, passarelas, e demais elementos, para complemento do mesmo os demais materiais, como a madeira, vidro, concreto, serão usados como fechamento, mobiliários, caminhos, entre outros.
Espaço destinado à atividades físicas para terceira idade. Contempla: - Deck de madeira - nivelando o solo, ambiente para atividades. - Bebedouro. - Equipamentos da academia ao ar livre. - Banheiro. - Iluminação.
8. Quioques Churrasco Espaço destinado ao lazer para a família. Comtempla: - Quiosques para churrasco - churrasqueira, pia, bancada, e mobiliário de apoio. - Banheiro - Bebedouros de água. - Pergolados entre os caminhos. - Sombras das árvores existentes, para piquinique.
9. Mountain bike e Corrida Esta área possui uma massa mais densa de vegetação, que servirá para ciclismo tipo Moutan Bike e corrida sob trilha ecológica. Contempla: - Pista para Mountan Bike. - Pista de trilha ecológica. - Bebedouro de água, ao longo do percurso. - Iluminação
C
5.5. DIRETRIZES GERAIS E PROJETUAIS
A
s diretrizes gerais conduzem a elaboração do projeto, embasadas no espaço urbano como acessibilidades, mobilidade, sustentabilidade, e no programa de necessidades do projeto, já as diretrizes projetuais são as ações focadas no objeto, são decorrentes das diretrizes gerais e são efetivamente as propostas para se alcançar as diretrizes gerias. Melhoria da qualidade ambinetal: - Econogêse aplicada. - Tratamento da água do córrego. - Alargamento do leito do córrego em local específico, a fim de nelhorar a drenagem e colaborar para o plano de macrodrenagem do munícipio. - Caminhos permeáveis. - sobreamentos por árvores e pergolados, melhorando o micro clima. Iluminação: - Postes modernos com lâmpadas de baixo consumo e alta eficiência. - Maior quantidade e melhor distribuição da iluminação, inibindo o uso indiscriminado do parque. Transporte: - Estacionamentos em locais específicos, para atendimento a nivel da cidade, com poucas vagas. - Ampliaçõa e melhoria dos pontos de ônibus no entorno do parque, para maior qualidade para os usários. - Incentivo para uso de bicicletas, e outros meios de locomoção.
Incentivo a Atividades Físicas: - Criação de ciclovia com possibilidade de ligação as já existentes na cidade e com base no plano diretor. - Pista para mountain bike, incentivo ao uso de bicicleta. - Criação de bicicletários, para estacionamento e aluguéis das mesmas. - implantaçao de quadras para diversos atividades, como futebol, volei basquete, tênis, skate, entre outros. - espaços para recreção infantil. Acessibilidade: - Calçadas e caminhos mais largos, assim mais acessíveis. - Rampas em todos os pontos de acesso ao parque e esquinas. - Sinalização com piso tátil, semáforo sonoro, entre outros. Paisagem Urbana: - Estabelecer divisão visual entre o parque e os edifícios no imediato ao mesmo, através de pinturas, paredes verdes, entre outros. - Adequação do mobiliário e arborização de forma a compor junto a paisagem de forma harmônica. - Arborização conjunta de forma a atender as necessidades das estações do ano. - Arborização escolhida em conjunto com engenheiro ambinetal, através do estudos das árvores nativas do local e da cidade, e atendendo as caracteristicas da mata de Cerrado comumente na região de Ribeirão Preto e especificada no plano de microbacias do Rio Pardo. - Criação de espaço destinado a feira livre, evitando o fechamento de vias e deslocamento de trânsito para a relização da mesma, melhoria da qualidade de uso e incentivo a esse tipo de atividade. - Espaço para shows, incentivando o uso urbano e apropriação do espaço urbano. - Áreas comtemplativa, de forma a valorizar a paisagem do parque e da cidade, e do córrego, através de pier, bancos, e outros. - Quiosques para lazer familiar e pequenos grupos.
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5.6. MEMORIAL JUSTIFICATIVO
E
ste memorial tem por finalidade estabelecer as diretrizes e caracteristicas do projeto, como complemento do projeto especificado e programa de necessidades, como segue: A área 1, destinada ao lazer familiar, terão quiosques para churrasco, estes são em estilo de pergolado, possui duas lataerais fechadas em quadriculado para melhor fluxo do vento e duas abertas, de livre passagem, em estrtura metálica pintado na cor marrom madeira e piso cimentado, cada quiosque terá pia de apoio, chrraqueira, iluminação individual, um banheiro masculino e um feminio, bebedouro de água. será um total de 7 quiosques distribuídos de acordo com o levantamento de arboraização, serão instalados conforme vão disponíveis entres copas das árvores, além do piso de cada quioque, a área será de piso gramado com espaços que possibilitem a realizaçõa de piquiniques, a iluminação geral será por postes, próximos aos cominhos criados. A área 2, destinada a pista de mountain bike e trilha de corrida terão caminhos traçados em terra batida, as pistas serão diferenciadas por marcação lateral serpando uma da outra e por se tratar de uma área que já possui parte da vegetação implantada, poderá sofrer alteração em seu desenho em fase de execução, os caminhos formam um percurso que terá placas indicativasd de distância percorrida, tendo o marco zero no acsso pela Av. Barão do Bananal, porém é espaço livre, onde o ciclista ou pedestre poderá percorrer o caminho que assim preferir. Haverá 4 bebedouros de água ao longo do percurso e iluminação geral por postes e poderá ser utilizada em periodo noturno. A área 3 destinada á feira livre será em piso intertravado, funcionando em dias sem a relaizaçõa de feira como uma
praça seca para lazer contemplativo, o edificio de apoio será em estrtura metálica com vedaçõa em tijolos baianos, telhado embutido e comtemplarão acoplado a este banheiros masculino e feminino, além de uma bancada de apoio para lavagem de verduras e outros. São dedicados duas áreas para feira livre, a primeira será a transferência da atual feira livre que ocorre no bairro Castelo Branco II e da recente feira de automóveis usados (está já é uma tradição na cidade e passou a ser realizada na rua lateral à área de intervenção, após sua interdição na Av. Leão XII), a segunda, na Rua João Bim, é um novo ponto para feira no município, haverá bancos e arborização dispostos no espaço, permitindo portanto a utilização da área para diversas atividades. A área 4, destinada ao playground terá equipamentos para crianças com diversas finalidades como brindeiras, atividades em grupo ou individuais, exercícios físicos e outros, os equipamentos serão em madeira, metal e polipropileno, definidos de acordo com cada atividade do espaço e formas de implantação. este espaço será em piso de areia, terra e gramdo, haverá ilmuninaçõa e bancos no entrono, bebedouro e arborização. A área 5, destinada ao lazer ativo se repetem em dois locais no parque, e terão ambientação diferenciadas entre
elas, a primeira na Av. Barão do Bananal, será em piso intertravado, dando continuidade aos caminhos do parque e formando uma praça seca, a segunda localizada próxima a Av. Meira Júnior será em piso gramado haverá locais específico para vegetção árborea e jardins, contemplata na área quadras dividas em quadra de tênis em piso de saibro, a poliesportiva de concreto, a de volei de areia em areia própria e as pistas de skate serão em concreto, a quadra de society será de grama sintética e será implantada somente no lazer ativo próximo a Av. Barão do Bananal, as lanchonetes serão em estrutura metálica, com telhado embutido, junto a este edificio será o apoio aos funcionários, com almoxarifado, depósito, e vestiários masculino e feminino para usuários do parque. A área 6, destinada a atividades físicas terá os equipamentos da academia ao ar livre e um deck de madeira para ati-
vidades em grupo, observa-se que as instruções para o uso correto dos euquipamentos deverão ser realizados por profissionais capacitados e essa indicação cabe ao municipio, terá banheiro masculino e feminino, bebedouro, iluminação por postes. A área 7, espaço para shows, apresentações culturais, mu-
sicais, teatro e atividades relacionadas, será um espaço para uso a nível da cidade, para apresentações livres, não deve ser utilizada para fins privados, será em piso intertravado, como uma praça seca, com apoio elétrico, para ligação de instrumentos, este não terá palco elevado, mas sim um pergolado como identicação da área de palco em relação á espaço da platéia, esta poderá se apropriar do espaço de difrentes formas, pois o piso será livre, apenas com alguns bancos no entorno do espaço, haverá iluminação por poste e bebedouro. A área 8 destinada ao lazer comtemplativo e interação com água está localizada no encontro da Av. Barão do bananal com a Rua João Bim, este espaço possui boa vizualização da
cidade, portanto servirá de contemplação da mesma, no local existem poucas árvores,será realizado o alargamentoalargamento do cóerrego, onde sobre este haver;a um pier que atravessa o córrego, com espço para estadia, descanso e contemplação, o pier será em estrtura metálica com piso em deck de madeira gramados servirão de áreas de permanência, piquinnique e outra atividades, a praça de alimentação será estrtura metálica com vedação em concreto e vidro, haverá parceria com empresas de refeições rápidas, como lanches, picoleteria, casa de suco e outros, o que possibilita maior interesse e cuidado com o parque, para as mesas em metal e tampo de granito haverá parte coberta e parte livre sob sobreamento árboreo, caminhos aproveitarão o talude natiral, que possui baixa inclinação já servindo como rampa de acesso.
Os estacionamentos para veiculos dispostos ao longo do parque seão em proximidade da rua, de livre acesso sem desnivel de via e de asfalto,haverá estacionamento para os feirantes e para clientes na área 3, evitando o que ocorre normalmente, onde os próprio veículos delimitam o espaço da feira alterando o tráfego de veículos no lo-
cal.
Os pontos de onibus serão padronizados, seguindo o memso estilo do mobiliário e edfícios do parque, em estrtura metálica, será analizada a necessidade de aumentar de a quantidade de pontos de ônibus no entorno. Os caminhos que definem os espaços e implantação do parque serão em piso intertravado, possibilitando assim a infiltração no solo, todos os demais pisos serão gramados, evitando ao máximo sua impermeabilização. A ciclofaixa será em piso de concreto liso identificada como tal, por pintura na cor vermelha e identificaçoes visiveis e táteis no desníveis com as vias (ruas) de travessia, haverá nos acessos
ao parque (estacioanmento, ponto de ônibus, entrada de pedestre) bicicletários, proposta onde através de um APPS (aplicativo para celular) o usuário pode retirar a bicicleta em um local e devolve-la em outro, além de um estacionamento para biciletas de usuários do parque, estes bicicletários serão de metal, observando a existencia de dois tipos: o para retirada de bikes atraves do aplicativo de celular e o de estacionamento para usuários. A iluminação do parque será por postes de fiação subterráena, os bebedouros de águas serão identificados por tóten, e serão de água natural, sem o uso de eletricidade, os bancos em metal com assentos de madeira, haverá pergolados entre os caminhos destinados ao descanso, interação com o verde e piquiniques, em pontos escolhidos haverá rede de balanço, serão em metal e madeira, e terão iluminação imbutidas, estes terão plantas trepadeiras. A mata a ser definida será de acordo com a vegetação nativa, na área de mata ciliar não serão utilizadas vegetação exótica ao local, será realizado o reflorestamento, aplicando o príncipio da econôgese de Chacel, com criação de caminhos tipo trilha, entre as árvores da APP. Devido a complexidade de um projeto com o de um parque linear e suas atividades, será realizada o detalhamento de uma área definida, esta será a área 8, as demais áreas a serem definidas com projeto executivo em fase de execução de obra.
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5.7. ANTE PROJETO
TERRENOS INCORPORADOS AO PROJETO: LEGENDA
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Desapropriações Mata Ciliar 100 Córrego
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,8
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IMPLANTAÇÃO 200
0
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0
100
200
IMPLANTAÇÃO
A
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IMPLANTAÇÃO B
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IMPLANTAÇÃO C
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CORTE AA
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CORTE BB
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CORTE CC
E
D
- Serão dispostos ao longo do espaço, lixeiras, bebedouros de água, banco e luminárias; - Foi aproveitado ao máximo a topografia original, fomando taludes gramados, com inclinação para cadeirantes e possibilidade de uso do gramado para atividades; - Nos caminhos com piso intertravado, foi nivelado a topografia, formando portanto a ligação com a ebtrada da praça de alimentação e banheiros.
E
DETALHAMENTO - ÁREA 8
D
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LAYOUT BLOCO - ÁREA 8 - LAZER CONTEMPLATIVO
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CORTE DD
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CORTE EE
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5.8. PERSPECTIVAS
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Pilar estrutura metálica, não afeta a topografia horiginal
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Praça de alimentação e banheiros
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Pilar e guarda corpo em estrutura metálica
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Piso intertravado e deck de madeira, facilita infiltração no solo
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo mesas de madeira com sombreiro
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Cobertura metáica, naos restaurantes e banheiros, demais descobertos
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ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Detalhe da estruta e topografia
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Deck , estrtura metálica, piso de madeira
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Deck em nível com praça.
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Rampa em nível para cadeirantes , Bebedouros com água natural
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Bancos no deck acompanha guarda corpo
ÁREA 8 - Lazer Contemplativo Detalhe da união do deck com a praça
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ÁREA 1 - Lazer Familiar Pergolados com churrasqueira em meio a vegetação
ÁREA 1 - Lazer Familiar Vegetação com iluminação, para piquiniques
ÁREA 1 - Lazer Familiar Banheiros, adaptados para portadores de necessidades especiais
ÁREA 1 - Lazer Familiar Estrtura metálica, com cobertura em policarbonato
Estacionamento Em nível com a rua
ÁREA 4 - Playground Piso de areia, recreação infantil
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Ponto de Ônibus Estrutura metálica, segue padrão de mobiliário
ÁREA 5 - Lazer Ativo Talude, adptação da topografia
ÁREA 5 - Lazer Ativo Praça de alimentação e banheiros
ÁREA 5 - Lazer Ativo Quadra de esportes
ÁREA 5 - Lazer Ativo Detalhe do talude e vegetação
ÁREA 5 - Lazer Ativo Pista de Skate, acima do nível do piso
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Praça de transição Pergolado em estrutura metálica, cobertura policarbonato
Praça de Transição Ciclofaixa, levemente em desnível, ponte sobre o córrego
Praça de Transiçao Guarda corpo ponto em estrtura metálica, piso intertravado
ÁREA 7 - Shows, Apresentações Piso de madeira, estrutura metálica, praça livre
ÁREA 3 - Feira Livre Piso Intertravado, esatcionamento em nivel com a rua, praça livre
ÁREA 3 - Feira Livre Feira itinerante, banheiros e apoio aos feirantes, estrutura metálica
85 6. CONCLUSÃO O projeto desenvolvido até o momento contemplou a criação de um parque linear, em área de preservação permanente ambientalmente degradada, foi possivel mostrar que as possibilidades de atividades e atrativos são infinitas e que á área tem potencial para promover integração com a natureza, qualidade de vida aos moradores do entorno e torna-se uma referencia na cidade. Neste estudo pode-se observar a dificuldade de intervenção em áreas urbanas consolidadas, estas muitas vezes radicais e impactantes, mas que são de extrema importancia do ponto de vista de recuperção da natureza. Podemos concluir que um espaço torna-se ocioso, degradado e por fim esquecido pela sociedade, quando a urbanização assim o faz. O projeto tornou a área ambientalmente viável, um ponto de encontro em pessoas e atividades, com o proposito de preservação e contato com a natureza, socialização e integração da sociedade. Concluimos que um parque linear é uma fonte de democratização social!!!
86 REFÊRENCIA BIBLIOGRAFICA MARCOS ANTÔNIO SILVESTRE GOMES, « A espacialização dos parques e a dinâmica da produção, apropriação e valorização do espaço urbano em Ribeirão Preto (SP) », Espaço e Economia [Online], 2 | 2013, posto online no dia 09 Março 2013, consultado em 16 Agosto 2014. - UR: http://espacoeconomia.revues.org/181; DOI : 0.4000/espacoeconomia.181 ARLETE MARIA FRANCISCO, « Os Desafios do Planejamento Urbano em Áreas do fundo de Vale Consolidadas: o Caso da Microbacia do córrego do Veado em Presidente Prudente,SP », Anpur [Online], consultado em 11 Setembro 2014. - UR: http://www.anpur.org.br/revista/rbeur/index.php/APP/article/view/3851/0 LARISSA PIRES DE ARRURA, LAURA MACHADO DE MELLO BUENO, « A mobilidade urbana nos fundos de vale como foo de um novo desenho urbano mais sustentável », consultado em 10 Setembro 2014. - UR:https://www.puc-campinas.edu. br/websist/portal/pesquisa/ic/pic2012/resumos/2012824_11723_965912203_resaur.pdf TIAGO ZANETTI DE VICENTE, et al, « Exigências legais e parâmetros urbanísticos na drenagem sustentável de Ribeirão Preto », consultado em 13 Setembro 2014. - UR:https://www.abrh.org.br/sgcv3/UserFiles/Sumarios/b495f50fcb74cb3d6ffe772457c42d40_a432657f4b0a5627d77815ab347ad442.pdf LEITE, CARLOS « Cidades Sustentáveis Cidades Inteligentes, Desenvolvimento sustentável num planeta urbano ». Bookman , 2012 - SPIRN, ANE WHISTON « O Jardim de Granito, A Natureza no Desenho da Cidade », Edusp, 1995 MARCOS ANTÔNIO SILVESTRE GOMES, « Parques Urbanos De Ribeirão Preto-Sp: na Produção Do Espaço, O Espetáculo Da Natureza », Tese Mestrado, 2009. - Fonte: Orientadora Rosa Farias (Moura Lacerda) MIRIAN MENDONÇA DE CAMPOS CURADO, « Paisagismo Contemporâneo no Brasil: Fernando Chacel e o Conceito de Ecogênese », Não Datadao - Fonte: Orientadora Rosa Farias (Moura Lacerda) SOLUÇÕES PARA AS CIDADES « Projeto Técnico: Parques Lineares Como Medidas De Manejo De Águas Pluviais », Não Datadao - Fonte: Orientadora Rosa Farias (Moura Lacerda):
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