O jovem carioca e a Biblioteca Nacional
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Fabricio Monteiro Flavia Andreoni
O jovem carioca e a Biblioteca Nacional: Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Instituto Infnet | Design Gráfico Abril de 2012 3
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P976
Andreoni, Flavia. O jovem carioca e a Biblioteca Nacional / Flavia
Andreoni, Fabricio de Macedo Monteiro. — 2012. 48 f. ; 20 cm.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Design Gráfico)— Instituto Infnet, Rio de Janeiro, 2012. Bibliografia: f. 44 e 45.
1. Biblioteca Nacional. 2.Biblioteca Pública. 3. Leitura I. Caldi, Leonardo. II Título.
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Agradecimentos O resultado deste trabalho simplesmente não seria possível sem a ajuda, direta e indireta, de muitas pessoas. Dedicamos este trabalho às nossas famílias, que nos apoiam e nos dão força em todos os momentos da vida. Sem vocês ao nosso lado nada seria possível. Gostaríamos de agradecer a todos os professores que participaram, como: Francisco Valle, Bianca Martins, Gustavo Loureiro, Emmanoel Ferreira e Cleber Correia, que com a sua experiência e disposição nos guiaram não apenas durante o desenvolvimento deste trabalho, mas também durante nossa graduação. Agradecemos ao nosso orientador, Leonardo Caldi, pelo seu carinho, amizade, conhecimento e disposição em nos ajudar neste percurso.
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Resumo y Este documento apresenta um breve estudo sobre o lugar da biblioteca pública e do leitor no Brasil, campanhas de incentivo à leitura, estratégias de design que podem aproximar o público de um determinado serviço/produto e campanhas de TV no Brasil e no mundo. Inicialmente, será feito um breve histórico sobre a Fundação Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, guardiã da memória gráfica brasileira e em seguida, serão abordadas campanhas áudio visuais que tiveram impacto sobre determinado público. Por fim, o projeto de pesquisa busca promover uma interação do público-alvo (jovem) com a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a fim de despertar o interesse pela leitura. Através de uma estratégia de design, será desenvolvido um vídeo que irá promover o hábito da leitura e a Biblioteca Nacional, informando seus serviços e benefícios. Palavras-chave: Biblioteca Nacional, biblioteca pública, informação, leitura, vídeo, design.
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Abstract y This document presents a brief study of the position of the public library and the reader in Brazil, campaigns to encourage reading, design strategies that can attract the audience to a particular product / service and TV campaigns in Brazil and worldwide. We will start by presenting a brief history of the National Library in Rio de Janeiro, guardian of the Brazilian graphic memory. Then, we will discuss the audiovisual campaigns that have had impact on specific segment of the public. Finally, the research project seeks to promote an interaction between the target audience (youth) with the National Library in Rio de Janeiro in order to generate interest in reading. A design-strategy provided video will be developed and it will promote the reading habit and its relation with the National Library, reporting its services and benefits. Keywords: National Library, public library, information, reading, video, design.
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Sumário 1. Biblioteca Nacional: introdução • 1.1. Posicionamento da marca 2. Tema
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• 2.1. Definindo Público Alvo
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• 2.2. Justificativa do projeto
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• 2.3. Objetivos
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• 2.4. Fundamentação Teórica
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• 2.5. Metodologia de Pesquisa
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• 2.6. Internet vs Biblioteca
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• 2.7. O jovem e a leitura nos dias de hoje
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3. Desenvolvimento: Por que a escolha por um vídeo?
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• 3.1. Análise de Similares
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• 3.2. Vídeo
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• 3.2.1. Imagens de referência
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• 3.2.2. Roteiro
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• 3.2.3. Storyboard
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4. Considerações finais
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5. Referências Bibliográficas
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6. Lista de imagens
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
1. Biblioteca Nacional: introdução A Biblioteca Nacional, inaugurada em 29 de outubro de 1810, está situada na Av. Rio Branco nº 219, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Construída para substituir a Real Biblioteca de Lisboa, destruída após terremoto e incêndio, teve, em seus primeiros meses, acesso franqueado apenas aos membros da Família Real. O privilégio caiu por ordem do Príncipe-Regente Dom João VI, que dispôs as sessenta mil peças do acervo a pesquisadores da Corte, desde que autorizados por ele. A partir de 1814, a Biblioteca foi franqueada ao público. A Biblioteca Nacional começou com 60 mil livros da Biblioteca Real e não parou de crescer, graças a doações, compras de novos títulos dentre outros; além disso, a Lei 10.994 (Depósito Legal), de 14 de dezembro de 2004, garante que Biblioteca receba um exemplar de tudo o que se publica no Brasil, sendo assim, a única beneficiária, tornando-se a guardiã da memória gráfica brasileira. São 150 novas obras registradas por dia na Biblioteca Nacional, algumas são de acesso bem restrito. A Biblioteca proporciona informação cultural nas diversas áreas do conhecimento humano com base na produção intelectual brasileira. (Biblioteca Nacional, [2006?]) De acordo com a diretora executiva da Fundação Biblioteca Nacional¹, Célia Portella: Atualmente a Biblioteca Nacional é considerada oficialmente, pela UNESCO, a oitava maior do mundo, pelo seu valor histórico e pela quantidade de peças do seu acervo. Possui a mais rica coleção de livros da América Latina, com mais de nove milhões de peças. Está sob sua responsabilidade coletar, guardar, preservar e difundir a produção bibliográfica brasileira. Hoje, ela é referência insubstituível para profissionais das humanidades, das ciências, das artes, pelos que pesquisam sobre a construção do Brasil e as projeções européias no novo Mundo. (Releitura da Biblioteca Nacional, 2010, p.03).
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¹ Em 1990 a Biblioteca Nacional, com sua biblioteca subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o Instituto Nacional do Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília, passaram a constituir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
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de proteção em bronze. O prédio foi cuidadosamente preparado para guarda de um acervo valioso. São 6 andares de prateleiras com 2 milhões de obras gerais, 70 mil dicionários, enciclopédias gerais e especializadas, atlas e manuais, 60 mil jornais e revistas editados no Brasil. São 800 mil manuscritos que vão do período do século XI ao XX, mais de 22 mil mapas e uma infinidade de desenhos, estampas, fotografias e partituras musicais. Além de outros serviços encontrados na Biblioteca Nacional como, por exemplo: exposições, mostras, leituras, debates, música e visita guiada. (Biblioteca Nacional: Guardiã da Memória, 2012). Verificamos através de pesquisas e visitas realizadas à Biblioteca no período de dezembro a janeiro de 2012, que há pouco material para divulgar a Fundação. Em contato com Jean Souza, assessor de imprensa da Fundação Biblioteca Nacional, foi questionado se existe necessidade de melhoria na divulgação dos serviços da Biblioteca. Não tivemos retorno.
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Figura 1: Vista do quarto andar da Biblioteca Nacional.
Figura 2: Claraboia acima da Divisão de Obras Raras e Gabinete da Presidência.
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A Biblioteca possui amplos salões, vitrais coloridos, escadarias em mármore e grades
Figura 3: Detalhe do Armazém de Obras Gerais.
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Figura 4: Faixada da Biblioteca Nacional, localizada na Av. Rio Branco no Rio de Janeiro.
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Veremos adiante, no período de fevereiro de 2012, uma enquete que foi realizada na web e na rua com o público-alvo. Chegou-se à conclusão que sua marca gráfica é pouco conhecida pela população. Na verdade ainda são poucas as bibliotecas públicas que elaboram diagnósticos sobre as necessidades informacionais, estudos e perfil dos usuários. (SUAIDEN, 2000, p.58). Madden ao basear-se em uma pesquisa sobre usuários e não usuários de bibliotecas públicas dos Estados Unidos chegou a algumas conclusões, dentre elas:
Figura 7: Impressos das Agendas Culturais da Biblioteca Nacional de Nov.2011 e Mar. 2012
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[...] muitos não-usuários poderiam ser conquistados por meio de grandes campanhas publicitárias, muito especialmente relacionados com aperfeiçoamento doméstico e carrobiblioteca. Muitos homens não usuários poderiam se tornar usuários, desde que a biblioteca dissemine livros e serviços relacionados com os seus interesses. (MADDEN apud SUAIDEN, 2000, p.58)
Há uma necessidade de melhoria na comunicação da instituição com materiais que divulguem sobre sua história, sua programação e serviços. Esta seria mais uma forma que a Biblioteca teria de promover uma nobre causa: incentivar e despertar o interesse pela leitura, escrita e cultura brasileira.
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Figura 6: Revista de História da Biblioteca Nacional.
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Figura 5: Impresso sobre a Biblioteca Nacional em inglês.
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1.1. Posicionamento da marca Segundo Kotler (1996, p. 270), o posicionamento é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de forma que ocupem um lugar distinto e valorizado nas mentes dos consumidores-alvo. Já Aaker (2001, p. 83 apud MIGUEL,2005, p.3 ), define que imagem da marca é como a marca é atualmente percebida; identidade da marca é como os estrategistas querem que a marca seja percebida e posição da marca é a parcela de identidade e da proposta de valor da marca que deve ser ativamente comunicada ao público-alvo. Posicionar uma marca e administrá-la com competência e inteligência pode ser chamado de Branding . Branding é um processo complexo, mas seu objetivo é simples: é a criação e desenvolvimento de uma identidade específica para uma empresa, produto, mercadoria, grupo ou pessoa. É cuidadosamente projetado para apresentar qualidades que seus criadores acreditam que será atraente para o público, e que se destina a ser desenvolvido e perpetuado por um longo tempo. Uma campanha publicitária lança um produto. O branding, quando é bem feito, cria uma marca.
Todos esses profissionais da área do design, marketing e administração, nos influenciaram no nosso caminho e tomadas de decisão nos momentos de escolha do artefato e conceito.
Para ter sucesso na criação da marca deve-se entender as necessidades e desejos dos clientes e daqueles que possivelmente poderão vir a ser. “Geralmente, a questão não é qual produto ou serviço é melhor, a questão é qual produto ou serviço as pessoas acham que é melhor” (TYBOUT; CALKINS, 2006, p. 2). Para descrever o que é design gráfico decidimos por uma citação do designer gráfico japonês Ikko Tanaka². Design gráfico é a capacidade de criar algo enxuto a partir de várias considerações e habilidade para tirar o excedente e filtrar o essencial, alcançando a satisfação quando consegue traduzir o desejo do cliente e atingir interação completa com o receptor. (TANAKA, [19--]).
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² Ikko Tanaka trabalhou 40 anos na profissão conquistando mais de 80 prêmios. Seus cartazes, calendários e logotipos integram, por exemplo, o acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA.
Posicionamento da marca |
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2. Tema Nossa proposta de pesquisa é divulgar os serviços da Biblioteca Nacional com a tarefa de disseminar a informação e o saber entre o público-alvo, através de uma estratégia de design que envolve a produção de um vídeo. Para isso realizamos uma pesquisa sobre branding, recursos áudio visuais, uma coleta de dados sobre o público-alvo (jovens) e entrevistas para saber de suas necessidades e carências. Portanto, nosso projeto dialogará com uma identidade visual e produção de vídeo.
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| Tema
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2.1. Definindo o público-alvo Nosso público-alvo é o jovem de 16 a 24 anos, de todas as classes sociais. No primeiro contato com o público-alvo percebemos que essas pessoas frequentam muito pouco as bibliotecas. A maioria não conhece a Biblioteca Nacional e seus serviços. Além disso, afirmaram que os seus educadores não incentivam visitas a biblioteca para as pesquisas acadêmicas. No dia 30 de janeiro, em conversa com Jean Souza, assessor de imprensa da Fundação Biblioteca Nacional, tivemos conhecimento de que o público dessa faixa etária participa mais das visitas guiadas, com um total de 66.935 usuários atendidos em 2011, do que das salas de leitura, embora a preferência do público tenha sido o Portal BN com 22.149.234 acessos em 2011. No dia 13 de fevereiro de 2012 foi desenvolvido um questionário e publicado no Twitter da escritora Thalita Rebouças³, onde se obteve mais de 170 respostas.
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³ Thalita Rebouças é escritora. Tem 10 livros voltados para os adolescentes, todos publicados pela Rocco, e três em Portugal, pela Editorial Presença. A escritora possui mais de 181 mil seguidores no Twitter.
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Figura 8: Twitter da escritora Thalita Rebouças.
Definindo o público-alvo |
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Gráficos da pesquisa: Responderam ao questionário 172 pessoas. Foram 68 pessoas do Rio de Janeiro e 104 de outros estados. Idade
Escolaridade
Sexo
1
9
9
Outros estados: de 21 à 25
61 92 7
RJ: Masculino 59
Outros estados: de 15 à 20
59
Outros estados: universitário Outros estados: vestibulando
Outros estados: Feminimo
92
Outros estados: Masculino
RJ: de 21 à 25 RJ: de 15 à 20
Outros estados: pós-graduado 42
64
RJ: pós-graduado
13 1
RJ: Feminino
12
61
RJ: Universitário RJ: Vestibulando
Lazer: Rio de Janeiro Outros
10 14
40
Dormir
24
Outros
57
51
Navegar na internet
62
58
Outros estados: internet RJ: Internet
Ler
Navegar na internet Sair com os amigos
61
Outros estados: livros e internet
34
Dormir
43
Ler 45
Quais meios você utiliza para fazer pesquisa?
Lazer: Outros estados
Sair com os amigos
RJ: livros e internet
37 50
RJ: livros Outros estados: livros
Por que você utiliza apenas a internet para fazer pesquisas? 3
Outros estados: Não
Outros estados: Não gosto de livros
26
Outros estados: Mais rápido e acessível RJ: outros 4
1
Outros estados: outros
8
4
Você confia 100% no conteúdo disponível na internet?
39
97
7
22
| Definindo o público-alvo
RJ: Não RJ: Sim
RJ: Não gosto de livros RJ: Mais rápido e acessível
Outros estados: Sim
67 67
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Quando livros você lê por ano? 35
O seu educador te incentiva a frequentar alguma biblioteca?
30
Outros estados: 6 à 10 62
Outros estados: Não
Outros estados: de 1 à 5 RJ: de 6 à 10
33
Outros estados: Sim 76
RJ: Não
34
RJ: de 1 à 5
RJ: Sim
42
28
Você já frequentou alguma biblioteca? 3
16
Outros estados: Nunca frequentei 29
55
Você conhece a Fundação Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro?
Outros estados: Não
Outros estados: Pública Outros estados: Colégio ou Faculdade
Outros estados: Sim
52 99
RJ: Nunca frequentei
11
5
RJ: Colégio ou Faculdade
RJ: Se você respondeu que frequenta a Biblioteca, qual foi o motivo da visita?
Outros estados: Se você respondeu que frequenta a Biblioteca, qual foi o motivo da visita?
Não responderam
3
4
Debates
Não responderam
1
Registro de original
2
Visita guiada
Apenas passou pelo local
Pesquisa autônoma
2
Debates
Registro de original
7
Visita guiada
2
Apenas passou pelo local
Você sabia que toda editora deve enviar à Biblioteca Nacional, no mínimo um exemplar de cada livro publicado no Brasil?
RJ: Não RJ: Sim
RJ: Pública
2
Pesquisa autônoma
Você gostaria de conhecer a Biblioteca Nacional e seu acervo de mais de 9 milhões de livros? 3
11
Outros estados: Não
Outros estados: Não Outros estados: Sim 57 86
Outros estados: Sim
65
RJ: Não
RJ: Não 101
RJ: Sim
RJ: Sim
3 18
Definindo o público-alvo |
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Em uma pesquisa realizada no Centro do Rio de Janeiro no dia 1o de março de 2012, quinze jovens foram abordados e apresentamos a marca gráfica da Biblioteca Nacional, apenas dois deles a identificaram.
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Figura 9: Foto retirada em frente a Biblioteca Nacional.
Através das pesquisas apresentadas percebeu-se que os usuários não confiam 100% no conteúdo presente na internet, mas mesmo assim, utilizam-na para os seus estudos. Além de não conhecerem os serviços da Biblioteca Nacional e a sua marca gráfica.
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| Definindo o público-alvo
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2.2. Justificativa do projeto A escolha desse tema deve-se ao fato de se acreditar que a leitura é de suma importância para a formação de qualquer indivíduo. A pessoa que lê, melhor escreve, estuda e se comunica, por acessar uma vastidão de informações, histórias, autores passados, opiniões e argumentos. É relevante começar a captar e entender a percepção dos consumidores sobre um produto, serviço, experiência ou organização, assim, também, trabalhar na criação das estratégias da marca para que ela se torne a única solução para o consumidor. Além disso, há o interesse em trabalhar com estratégias de nicho e acredita-se que será de grande valia concluir essa pesquisa. Trabalhar na criação de estratégias de design e desenvolver o tema vai contribuir para a ampliação do conhecimento, permitindo o crescimento pessoal e profissional.
Justificativa do projeto |
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2.3. Objetivos O objetivo geral do projeto de pesquisa é desenvolver ações que sejam capazes de aprimorar a divulgação dos serviços da Biblioteca Nacional, a fim de fazer com que o público jovem participe mais ativamente de sua programação, tendo como base um projeto audiovisual. Para atingirmos nosso objetivo geral, é preciso cumprir com algumas tarefas, tais como: • Levantar dados sobre a Biblioteca Nacional (histórico, campanhas passadas, frequência de visitação, benefícios e limitações) e outras bibliotecas públicas; • Entrevistar o público-alvo que não frequenta a Biblioteca a fim de saber o que o afasta da Instituição, o que o atrairia, e quais são as suas reais necessidades; • Traçar um plano de leitura e extrair conceitos e metodologias de design; • Desenvolver roteiro, storyboard e layouts para o vídeo.
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| Objetivos
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2.4. Fundamentação teórica Para aplicar o design dentro do tema abordado e realizar o projeto, é necessário compreender os seguintes pontos: • Percepção visual aplicada à organização do layout; • Comunicar e provocar efeitos no intérprete; • Estudar conceitos fundamentais relacionados a atributos visuais. Autores como Gilberto Strunk, com o livro ‘Como criar identidades visuais para marcas de sucesso’ (2007) e Marcos da Costa Braga com ‘O papel social do design gráfico’ (2011), são grandes referências para o desenvolvimento de conceitos a serem aplicados com excelência no tema sugerido. Segundo Philip Kotler (1995, apud EMIR JOSÉ SUAIDEN⁴, 2000) desenvolveu investigações, envolvendo a área de segmentação de mercado como uma forma de delimitar as áreas de interesses e, assim, tornar os serviços e produtos mais eficientes, ou seja, ao gosto da clientela. Ainda fala sobre o marketing diferenciado: a biblioteca deveria estudar as características diferenciadas de cada segmento e preparar uma estratégia para atender às necessidades de cada um de maneira específica.
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⁴ Emir José Suaiden é graduado em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília (UNB), Mestrado em Ciência da Informação . Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Doutorado em Ciência da Informação pela Universidad Complutense de Madrid (UCM) e possui pós-doutorado na Universidad Carlos III de Madrid. Em 2008 foi membro do Conselho Consultivo do Programa Nacional de Incentivo à Leitura. (Currículo Lattes - CNPq, 2012.)
Fundamentação teórica |
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2.5. Metodologia de pesquisa Serão adotadas duas técnicas de pesquisa: questionários impressos/online e observação direta. Sobre o questionário, pode-se dizer que essa técnica permite gerar uma estatística desde dados demográficos, socioeconômicos e até dados pessoais, tendo em mãos informações mais precisas que são fundamentais para o desenvolvimento do projeto. Segundo Eduardo F. Barbosa, autor de livros como ‘Trabalhando com projetos: Planejamento e gestão de projetos educacionais’: O questionário é uma técnica de custo razoável, apresenta as mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e pode conter questões para atender a finalidades específicas de uma pesquisa. Aplicada criteriosamente, esta técnica apresenta elevada confiabilidade. (BARBOSA, 1998).
Enquanto na técnica de observação é possível captar mais a espontaneidade no grupo estudado e examina-se melhor as atitudes comportamentais. Eduardo F. Barbosa (1998, p.3), também fala que observações realizadas em fases iniciais de um projeto ou mesmo antes de seu início podem ser de caráter não estruturada, ou seja, realizadas de maneira informal.
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| Metodologia de pesquisa
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2.6. Internet vs Biblioteca Através do estudo realizado, constata-se o quanto a internet facilita o acesso à informação e quanto isso atrai o público jovem. Todavia, nem todo conteúdo fornecido na internet pode ser aceito como verdadeiro. Se o internauta não tiver o mínimo de conhecimento sobre o tema que está procurando, pode, provavelmente, estar consumindo informações duvidosas. Em entrevista ao Estadão, o semiólogo, ensaísta e escritor italiano Umberto Eco fala sobre o conteúdo disponível na internet e o de uma enorme biblioteca. A diferença básica é que uma biblioteca é como a memória humana, cuja função não é apenas a de conservar, mas também a de filtrar - muito embora Jorge Luis Borges, em seu livro Ficções, tenha criado um personagem, Funes, cuja capacidade de memória era infinita. Já a internet é como esse personagem do escritor argentino, incapaz de selecionar o que interessa - é possível encontrar lá tanto a Bíblia como Mein Kampf, de Hitler. Esse é o problema básico da internet: depende da capacidade de quem a consulta. Sou capaz de distinguir os sites confiáveis de filosofia, mas não os de física. Imagine então um estudante fazendo uma pesquisa sobre a 2ª Guerra Mundial: será ele capaz de escolher o site correto? É trágico, um problema para o futuro, pois não existe ainda uma ciência para resolver isso. Depende apenas da vivência pessoal. Esse será o problema crucial da educação nos próximos anos. (ECO, 1998).
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A Internet é advento relativamente novo, na vida do mundo. Trata-se de uma contribuição com efeitos tão significativos no dia a dia do ser humano que não se concebe mais a vida sem ela. As rotinas são concebidas segundo as mudanças de espaço e de tempo que o uso da Grande Rede promove, privilegiando a rapidez e a prática nas comunicações. Mas isso parece ter como preço o descaso e a falta de cuidado no processo de significação das palavras. Quando as pessoas não são exigentes quanto a padronizar significados, acabam por se utilizar de palavras cujos significados são apenas aproximados, para se expressar. Por isso é que dizem: ‘Essa pimenta é ardida’ em vez de picante, mas ardida, na verdade, fica a boca de quem a come, para se valer apenas de um exemplo. Constata-se então que a pobreza vocabular das pessoas acaba fazendo empobrecer o próprio idioma que se fala. As pessoas simplesmente acham que, se são entendidas, o objetivo da comunicação foi alcançado, mas será que a importância do ato de comunicação é tão somente o de transmitir informações de maneira prática e rápida? Dizer que o cérebro se adapta às exigências equivale a dizer que ele também acaba se estruturando de acordo com a falta de exigências. O esforço de concentração na busca de significados do que se quer dizer de maneira mais precisa, enriquece o cérebro de conexões que, no seu conjunto, acabam por capacitar melhor o indivíduo na resolução de problemas e na tomada de decisões. Por isso, consideramos nesta pesquisa que a leitura é um dos hábitos mais importantes e vitais para a evolução da vida.
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2.7. O jovem e a leitura nos dias de hoje Nos últimos anos, foram desenvolvidos vários programas, projetos e campanhas com o objetivo de promover e incentivar a leitura e a escrita. Seguem algumas campanhas e ações: • 2001: a Secretaria de Educação Fundamental e o MEC, na intenção de fazer do Brasil um país de leitores, deram continuidade à ação do PNBE com o Projeto ‘Literatura em minha casa’. O projeto tinha como objetivo valorizar a leitura literária, tornar acessível aos alunos de 4ª e 5ª séries um conjunto de livros da literatura infanto-juvenil significativos para a sua formação. Segundo o site do FNDE, esse projeto favoreceu 40 milhões de alunos. • 2001: aconteceu a campanha ‘Tempo de leitura’. Esta campanha visou despertar o hábito da leitura em todo o Brasil. Contou com a participação de escritores, artistas, pais, diretores, professores, alunos e bibliotecários, para que se dedicassem às oficinas literárias e à divulgação de obras lidas. • 2005: a campanha ‘Viva Leitura’, lançada pelo MEC, tinha o objetivo incentivar o hábito da leitura. Eles pretendiam alcançar 8,5 milhões de alunos de 4ª, 5ª e 8ª séries. (COPES e SAVELLI [2007?]) O ingresso e o crescimento no mercado de trabalho são um dos grandes desafios na vida de qualquer indivíduo. Estar preparado para assumir uma atividade profissional implica em formação e aprendizado. Uma pesquisa realizada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) mostrou que 61% dos jovens e adultos entrevistados se preocupam com assuntos relacionados à carreira. A resposta mais citada foi ter mais oportunidades de trabalho. Além disso, quando questionados sobre o que é importante para os jovens, a segunda resposta mais dada também O jovem e a leitura nos dias de hoje |
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estava relacionada à carreira, ou seja, foi estudar e ter um diploma universitário, apontado por 20% dos brasileiros. (REDAÇÃO ECOD, 2009). No dia 08/12/11 foi publicado no site da TV Cultura, pelo programa Pé na Rua, uma reportagem que fala a respeito de pesquisas feitas pela internet no Google. A maioria dos jovens entrevistados respondeu que se uma busca por um assunto não aparecer no Google, então, provavelmente, não existe. (TV CULTURA, 2011). Dessa forma, pode-se dizer que há muitas campanhas e projetos de incentivo à leitura. Diversas ações são voltadas para o público infantil, pois é nessa faixa etária que se formam os hábitos, personalidade e preferências. Por conta disso, diversos materiais produzidos, tais como impressos e propagandas televisivas, são desenvolvidos para se comunicarem apenas com esse público. Os jovens possuem preocupações com a sua formação e carreira. Portanto, promover a Biblioteca Nacional é, ao mesmo tempo, comunicar ao estudante do ensino médio, universitário e pós-graduado que, além da internet, existem os mais variados livros e que estão disponíveis para pesquisa a qualquer momento na Instituição. A biblioteca física pode ser um complemento da biblioteca digital.
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3. Por que a escolha por um vídeo? A visão é o mais poderoso dos cinco sentidos e o mais explorado na comunicação. Exemplo disso são as informações visuais que recebemos todos os dias: outdoors, revistas, televisão, etc. Geoff Grook, presidente do laboratório de pesquisa em design sensorial no Central Saint Martins College of Art and Design em Londres, afirma que 83% das informações retidas pelas pessoas foram captadas visualmente. (LINDSTROM, 2011, p.86). A audição também possui papel importante. Lindstrom afirma que muitos elementos do nosso cotidiano são claramente associados com sons. Se não escutamos, não damos atenção. Ao ouvirmos um som, diversas sensações e lembranças são ativadas. (LINDSTROM, 2011, p.74) Deve-se tirar proveito desses dois sentidos já que o aparelho de televisão esta presente na grande maioria dos lares há muitos anos, não importando a classe social. É um grande meio de comunicação para o povo brasileiro que a assiste e tem nela uma fonte variada de informações no seu dia a dia. Essas informações podem muitas vezes ter influencia sobre as pessoas. Segundo o IBGE a televisão é o veiculo de comunicação de maior alcance do pais, estando presente em mais de 53 milhões (94,4%) de residências, com isso é considerada o meio de entretenimento e informação mais utilizado pelos brasileiros. A sua influencia é inegável, principalmente entre crianças e jovens. As campanhas televisivas são muito importantes porque atingem um grande número de pessoas e com rapidez. Geralmente são direcionadas a um público e se utilizam da linguagem mais adequada a este público e a cultura de sua época. Campanhas de vacinação e prevenção de doenças, por exemplo, funcionam muito bem quando
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mostradas na televisão. O publico visualiza aquilo que lhe trará benefícios, pois é mostrado numa linguagem de fácil entendimento. De acordo com o site do Portal da Saúde: [...] a campanha de vacinação de gripe para idosos começou em 1999 e milhões de pessoas são vacinadas todos os anos no Brasil. A adesão a campanha superou as expectativas do Ministério da Saúde e houve uma redução no número de internações decorrentes da gripe. (PORTAL DA SÁUDE, [200-?])
Campanhas educativas de trânsito também surtem o efeito desejado. De acordo com a presidente Dilma Rousseff: o governo tem feito campanhas frequentes para informar e conscientizar a população sobre o trânsito. Em 2011 foi feito uma campanha voltada para o feriado de Corpus Christi. Foi constatada uma redução de 35% no número de mortos em relação ao ano anterior. As iniciativas irão continuar, pois há o objetivo de reduzir em até 50% o número de mortes causadas pelos acidentes de trânsito nos próximos 10 anos. (PORTAL BRASIL, 2011).
Em 15 de fevereiro de 2012, conversamos com o psicólogo Pablo Cunha, que atende em seu consultório jovens de diversas idades e mantêm o site Agenda Psi, que possui mais de 6 mil assinantes, onde aborda diversos assuntos relacionados a psicologia. Para ele, a adolescência é momento importante na construção de um projeto de vida adulta. Nessa fase, toda atuação da sociedade deve ser guiada pela perspectiva de orientação.
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O jovem carioca e a Biblioteca Nacional:
Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Outra forma de levar a informação a milhares de pessoas é através da mídia indoor. Aquelas em elevadores, ônibus e metrô. Segundo o diretor de conteúdo da Band Outernet e membro da Associação Brasileira de Mídia Digital out of home (ABDOH), Fábio Ribeiro, esse tipo de mídia faz sucesso. Para Fábio, o digital indoor tem a vantagem de conversar diretamente com o consumidor final em diferentes locais onde ele se encontra. (MARTINS, [201-?]).
Por que a escolha por um vídeo? |
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
3.1. Análise de similares 1. My Facebook Timeline 2011 de Orvar Fridriksson: esse vídeo foi desenvolvido pelo aplicativo para Facebook do site timelinemoviemaker.com. Ele cria um vídeo em cima dos principais acontecimentos na timeline do usuário do Facebook. A partir de técnicas de motion graphics⁵ há um passeio de câmera na horizontal e vertical acompanhado por uma trilha sonora.
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g 2. National Library Board: Singapore Book Exchange: campanha televisiva intitulada Singapura Book Exchange incentiva a troca de livros entre os estudantes. Foi desenvolvido pela agência de publicidade DDB de Cingapura para a marca: Conselho Nacional de Biblioteca, em Cingapura. Foi lançado em abril de 2010. O vídeo utiliza a técnica stop motion⁶.
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g 36
| Análise de similares
⁵ Motion Graphics é: Estilo de animação, normalmente conhecida pela quantidade de movimentos e ilustrações envolvidas. São animações com bastante informações.
Figura 10: Vídeo My Facebook Timeline 2011 retirado da internet (Vimeo).
⁶ Stop motion é: Stop Motion é a técnica de animação na qual o animador trabalha fotografando objetos, fotograma por fotograma, ou seja, quadro a quadro. Entre um fotograma e outro, o animador muda um pouco a posição dos objetos. Quando o filme é projetado a 24 fotogramas por segundo, temos a ilusão de que os objetos estão se movimentando.
Figura 11: Vídeo National Library Board: Singapore Book Exchange, retirado da internet (Vimeo).
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NCB Naturalis: Em 2010, três institutos combinaram suas coleções formando NCB Naturalis, o centro holandês de excelência para estudos de biodiversidade. Com isto foi criado uma das maiores coleções do mundo, com mais de 37 milhões de objetos. Foi criado um vídeo no qual o passado, presente e futuro da organização foram visualizados. O vídeo utiliza técnicas de motion graphics.
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3.
Similares
Técnica
Sonoplastia
Utiliza vídeos e/ ou imagens
Formato
Imagens e vídeo
Web
My Facebook Timeline 2011
Motion graphics
Trilha Sonora
National Library Board: Singapore Book Exchange
Stop motion
Efeitos Sonoros
Imagens
Televisão
NCB Naturalis
Motion graphics
Trilha Sonora
Imagens
Televisão
Biblioteca Nacional
Motion graphics
Trilha Sonora
Imagens e vídeo
Figura 12: Vídeo NCB Naturalis, retirado da internet (Vimeo).
Web e televisão
Análise de similares |
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3.2. Vídeo Nosso vídeo divulga a Biblioteca Nacional e sua marca gráfica. Decidimos criar o projeto em motion graphics por possibilitar dinamismo, ritmo e movimento. Fizemos uma busca e encontramos uma pesquisa realizada pelo Núcleo Jovem da Editora Abril, onde foram entrevistados jovens brasileiros, de 15 a 24 anos, que utilizam as redes sociais. Foi constatado que o jovem tem uma relação intensa com esse tipo de ferramenta. É uma extensão dos seus relacionamentos sociais e que faz parte de suas vidas. (PORTAL TERRA, 2011.) Dessa forma, optamos por um layout com certas características do Facebook em nossa comunicação visual, mais precisamente a linha do tempo. Nela mostramos alguns fatos históricos relacionados à Biblioteca e os seus serviços. Para enriquecer a leitura do vídeo e a compreensão do telespectador, optamos por acrescentar ícones e ilustrações as informações. A escolha das cores, deve-se ao fato de seguirmos rigorosamente o pantone utilizado no manual da marca da Biblioteca Nacional, que foi cedido gentilmente uma cópia pela assessoria de impresa da Fundação.
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| Vídeo
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3.2.1. Imagens de referência Segue abaixo algumas imagens de referência para elaboração do layout.
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Figura 13: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 14: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 15: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 16: Imagem de referência retirada do site Dribble.
Imagens de referência |
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Figura 18: Imagem retirada do Facebook da BN.
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Figura 17: Imagem retirada do Facebook da BN.
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| Imagens de referência
Figura 19: Imagem retirada do Facebook da BN.
Figura 20: Imagem retirada do Facebook da BN.
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3.2.2. Roteiro & Storyboard
Cena 1:
Cena 2:
Cena 3:
Inicia com uma fotografia
Câmera para e faz um leve
Câmera para e faz um leve Câmera para novamente
Câmera para e faz um
roll ao redor de uma caixa e faz um roll no texto de
leve roll na estante com
da Biblioteca Nacional em roll mostrando ícones dos
Cena 4:
Cena 5:
p&b e sua marca gráfica.
serviços da Biblioteca. Após que informa o volume
detalhes sobre a BN, sua
livros e informações sobre
Em poucos segundos a
a exibição das informações de obras da Biblioteca.
localização e horário de
a quantidade de obras
fotografia ganha cores.
a câmera faz outro
Após a exibição das
funcionamento. Após
registradas por dia. Após
Câmera faz um travelling
travelling, desta vez para
informações faz outro
a exibição a câmera faz
a exibição a câmera faz
para o lado direito.
baixo.
travelling para cima.
outro travelling para baixo. outro travelling para cima.
Duração: 4 seg.
Duração: 5 seg.
Duração: 5 seg.
Duração: 8 seg.
Duração: 4 seg.
Cena 6:
Cena 7:
Cena 8:
Cena 9:
Cena 10:
Câmera para e faz um leve
Câmera para e faz um leve
Câmera para e faz um leve Câmera para e faz um
Câmera para e faz um
roll ao redor de informações roll ao redor de outra caixa
roll ao redor de outra caixa leve roll ao redor de outra leve roll ao redor de outra
apresentando os amigos
de informações da equipe
com informações técnicas caixa com informações
caixa com informações
da BN. Após a exibição
da BN. Após a exibição
da BN. Após a exibição
sobre a divisão de
das informações faz outro
das informações faz outro
das informações faz outro da BN. Após a exibição
iconografia da BN. Após
travelling para baixo.
travelling para baixo.
travelling para baixo.
a câmera faz outro
a exibição ocorre outro
Duração: 4 seg.
travelling para cima.
travelling para baixo.
Duração: 7 seg.
Duração: 7 seg.
Duração: 5 seg.
Duração: 5 seg.
sobre o arquivo sonoro
Roteiro & Storyboard |
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Cena 11:
Cena 12:
Câmera para e faz um
Câmera para e faz um leve Câmera para e faz um
Cena 14:
Cena 15:
Câmera para novamente e Câmera para e faz um leve
leve roll mostrando outros roll mostrando as revistas leve roll ao redor de espaços que integram a de história da BN. Após a uma caixa que informa o BN. Após a exibição das exibição das informações aniversário de 200 anos
faz um roll no texto sobre
roll ao redor uma caixa de
o acervo inicial da BN e a
informações sobre a BN
lei do depósito legal. Após
digital. Após a exibição a
informações a câmera faz
a câmera faz outro
da BN. Após a exibição
a exibição a câmera faz
câmera faz outro travelling
outro travelling, desta vez
travelling, desta vez para
das informações faz outro outro travelling para baixo. para baixo.
para cima.
o baixo.
travelling para cima.
Duração: 4 seg.
Duração: 6 seg.
Duração: 6 seg.
Cena 16:
Cena 12:
Cena 13:
Câmera para e faz um leve Aparece o slogan no roll mostrando o endereço centro da tela.
Fade in.
do site e das redes sociais
Fade out.
aparece de cima para
da BN. Após a exibição
Duração: 5 seg.
baixo.
das informações há um blur. Duração: 6 seg.
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Cena 13:
| Roteiro & Storyboard
Marca gráfica da BN
Duração: 3 seg.
Duração: 6 seg.
Duração: 6 seg.
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4. Considerações Finais Nesse período de pesquisas e convivência com a Biblioteca e o público tivemos a certeza de que a Biblioteca precisa urgentemente se promover. Isto é, não pode limitar-se a panfletos, estes muitas vezes em apenas um idioma, na recepção da Biblioteca. A Biblioteca precisa buscar o público e o seu papel dentro da sociedade já que na edição de 2012 da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência, revelou uma queda no número de leitores no país: de 95,6 milhões, registrada em 2007, para 88,2 milhões, com dados de 2011. O índice representa uma queda de 9,1% no universo de leitores ao mesmo tempo em que a população cresceu 2,9% neste período. (LINDOSO, 2012, p.3) Outra informação surpreendente da pesquisa é de que 75% da população nunca frequentou uma biblioteca na vida. Mas divulgar-se seria apenas o começo de um processo. Há a necessidade de se atualizar ao novo milênio, as novas exigências do público. O mínimo que eles esperam, por exemplo, é internet wi-fi e a possibilidade de utilização do notebook no interior da Biblioteca. Hoje, dentro das salas de leitura, somos limitados a folhas de papel e lápis. Em uma das conversas que nós tivemos com o nosso público-alvo, nos disseram que utilizaram uma biblioteca pública na Alemanha. Dentro dela havia um bistrô, espaços confortáveis para a leitura, para a utilização de notebooks, telas de LCD touchscreen onde o usuário poderia obter informação dos mais diversos assuntos. Acreditamos que a Biblioteca Nacional poderá ter um grande futuro pela frente. Com o aumento da frequência do público de todas as idades. Mas para isso ela necessita se promover melhor e modernizar as suas instalações e serviços. Considerações finais |
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5. Referências Bibliográficas KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 4a ed. São Paulo: Atlas, 1996. LINDSTROM, M. Brand Sense. Building Powerful Brands Through Touch, Taste, Smell, Sight & Sound. Nova Iorque: Simon & Schuster Inc., 2005. TYBOUT, M. A.; CALKINS, T. Branding. São Paulo: Editora Atlas S.a., 2006. Páginas na Internet: BARBOSA, E. F. Instrumentos de Coleta de Dados em Projetos Educacionais. [S.l.], 1998. Disponível em: <http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/banco_ objetos/%7B363E5BFD-17F5-433A-91A0-2F91727168E3%7D_instrumentos%20 de%20coleta.pdf> Acesso em: 11 dez. 2011. BIBLIOTECA NACIONAL. Histórico. Rio de Janeiro: [199-?]. Disponível em: < http:// www.bn.br/portal/?nu_pagina=11>. Acesso em: 10 de jan. 2012. BIBLIOTECA NACIONAL: GUARDIÃ DA MEMÓRIA. Rio de Janeiro: 2012. Disponível em: < http://www.senado.gov.br/noticias/tv/videos/cod_midia_145927.flv>. Acesso em: 6 fev. 2012. BRASIL, U. Eletrônicos duram 10 anos; livros, 5 séculos, diz Umberto Eco. Estadão, São Paulo: 13 mar. 2012. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/ arteelazer,eletronicos-duram-10-anos-livros-5-seculos-diz-umberto-eco,523700,0. htm> Acesso em: 12 jan. 2012. COPES, J.R.; SAVELI, E. L. de. Programas, Projetos e Campanhas de Incentivo à 44
| Referências bibliográficas
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O jovem carioca e a Biblioteca Nacional:
Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Leitura: uma visão histórica. Paraná: [200-?]. Disponível em: <http:// alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/ sm07ss11_07.pdf>. Acesso em: 25 fev, 2012. MIGUEL, N. A. de. Segundo Congresso Internacional de Comunicação e Marketing - Branding. 2005. Disponível em: < http://www.eaesp. fgvsp.br/subportais/GVcenpro/Publica%C3%A7%C3%B5es_Artigos_ Cincom2005_A%20marca%20como%20pessoa%20e%20a%20 pes%E2%80%A6.pdf>. Acesso em: 4 de abr. 2012. PORTELLA, C.M. Releitura da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em: <http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/celiaMaria.pdf>. Acesso em: 10 de jan. 2012. REDAÇÃO ECODESENVOLVIMENTO. Juventude acredita no trabalho e se preocupa com a água no planeta. São Paulo: 2009. Disponível em <http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/juventude-acreditano-trabalho-e-se-preocupa-com-a>. Acesso em: 20 nov, 2011. SUAIDEN, E.J. A biblioteca pública no contexto da sociedade da informação. Brasília: 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/ v29n2/a07v29n2.pdf>. Acesso em: 23 jan, 2012. PÉ NA RUA, TV CULTURA. Se não tem no Google, existe? Rio de Janeiro: 2011. Disponível em: <http://tvcultura.cmais.com.br/penarua/se-naotem-no-google-existe>. Acesso em: 5 jan, 2011. LINDOSO, F. Os brasileiros e o papel da leitura. O Globo, Rio de Janeiro, 7 abr. 2012. Prosa &Verso, p.3.
Referências bibliográficas |
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
6. Lista de imagens
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Figura 1: Vista do quarto andar da Biblioteca Nacional.
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Figura 2: Claraboia acima da Divisão de Obras Raras e Gabinete da Presidência.
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Figura 3: Detalhe do Armazém de Obras Gerais.
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Figura 4: Faixada da Biblioteca Nacional, localizada na Av. Rio Branco no Rio de Janeiro.
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Figura 5: Impresso sobre a Biblioteca Nacional em inglês.
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Figura 6: Revista de História da Biblioteca Nacional.
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Figura 7: Impressos das Agendas Culturais da Biblioteca Nacional de Nov.2011 e Mar. 2012
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Figura 8: Twitter da escritora Thalita Rebouças.
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Figura 9: Foto tirada em frente a Biblioteca Nacional.
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Figura 10: Vídeo My Facebook Timeline 2011 retirado da internet (Vimeo).
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Figura 11: Vídeo National Library Board: Singapore Book Exchange, retirado da internet (Vimeo).
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Figura 12: Vídeo NCB Naturalis, retirado da internet (Vimeo).
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| Lista de imagens
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Estratégia de design para uma aproximação necessária.
Figura 13: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 14: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 15: Imagem de referência retirada do site Dribble.com.
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Figura 16: Imagem de referência retirada do site Dribble.
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Figura 17: Imagem retirada do Facebook da BN.
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Figura 18: Imagem retirada do Facebook da BN.
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Figura 19: Imagem retirada do Facebook da BN.
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Figura 20: Imagem retirada do Facebook da BN.
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Lista de imagens |
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