Caixa Aberta n.º24

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Nº24 | MARÇO 2010

edição especial

2006 / 2010

Imagens de um Mandato

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entrevista

JOÃO LOPES Presidente da Direcção do STEC

1 BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

Nº24 | MARÇO 2010


índice CAIXA ABERTA Nº 24

Edição Especial - MARÇO 2010

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2006 - 2010 • ACÇÃO SINDICAL • O CRESCIMENTO DO STEC

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• CONTRATAÇÃO COLECTIVA

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• ACÇÕES DE PROTESTO / GREVE GERAL / MANIFESTAÇÕES

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• CAMPANHA CONTRA O TRABALHO SUPLEMENTAR NÃO REMUNERADO • ÁREA JURÍDICA • FORMAÇÃO

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• REUNIÕES DO CONSELHO NACIONAL • REUNIÕES DE DELEGADOS SINDICAIS

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• ENTREVISTA JOÃO LOPES - Presidente da Direcção do STEC

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TíTULO DO EDITORIAL • 2006 / 2010 O STEC CRESCEU, ESTÁ CONSOLIDADO E MAIS PRESTIGIADO!

• ELEIÇÃO DOS SECRETARIADOS SINDICAIS DA CGD NO PORTO EM COIMBRA E EM LISBOA • ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS REFORMADOS AO CONSELHO NACIONAL • COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL E 1º DE MAIO

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• ELEIÇÃO DOS DELEGADOS AO CONSELHO NACIONAL • COMUNICAÇÃO E IMAGEM

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• INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE E DE NOVAS INSTALAÇÕES DA DELEGAÇÃO DE COIMBRA

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• ASSINADO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE O STEC E A CGTP

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• HORAS LIVRES • Concurso de Fotografia e Prémio Literário • Exposições de Fotografia • Workshops de Fotografia • Torneio de Futsal • Passeios, Viagens e outras iniciativas

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• PROTOCOLOS

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• CONTRA-CORRENTE

2006 / 2010

O STEC CRESCEU, ESTÁ CONSOLIDADO E MAIS PRESTIGIADO! A Direcção e Mesa da Assembleia Geral, eleitas em Maio de 2006, estão prestes a terminar o seu mandato. Com todas as dificuldades que tivemos que enfrentar durante estes quatro anos, empenhámo-nos num trabalho em prol dos trabalhadores do Grupo CGD, de forma honesta e persistente, com firmeza, capacidade de luta e resistência, contando com um apoio que vai muito para além dos nossos associados. O reconhecimento deste trabalho é visível no crescimento progressivo do número de sócios, que se tornou mais acentuado nos períodos que se seguiram à finalização de cada processo de negociação contratual o que, pensamos, reflecte os resultados muito positivos que têm sido alcançados pela Direcção. Neste particular, é de salientar a correspondência de adesão dos jovens trabalhadores ao STEC, sobretudo depois da última negociação, que esperamos continue a verificar-se, única forma de garantir o futuro e de permitir caminhar no sentido de eliminar alguma discriminação de que é objecto esta camada de trabalhadores, na CGD. Ao publicarmos este número especial do Caixa Aberta, que dedicamos a todos os sócios, queremos recordar o caminho percorrido, os principais momentos vividos nestes quatro anos de vida do STEC, os passos dados na consolidação deste projecto que é de todos e para todos. PENSAMOS QUE O NOSSO SINDICATO ESTÁ DE ÓPTIMA SAÚDE! ESPERAMOS QUE, NO FUTURO, SAIBAMOS TODOS GARANTIR E REFORÇAR ESTA OBRA CHAMADA STEC !

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imagens de um mandato

ACÇÃO SINDICAL Durante o mandato, a Direcção reforçou o seu empenhamento na acção sindical, visitando todos os locais de trabalho da CGD, muitos deles mais do que uma vez e praticamente todos os locais de trabalho das outras Empresas do Grupo, procurando conhecer os problemas que afectam, em cada momento, os trabalhadores, contribuindo para a sua resolução, aumentando significativamente o número de sindicalizações e reforçando a sua rede de Delegados Sindicais.

O trabalho realizado com a recolha de assinaturas dos trabalhadores das Empresas do Grupo no postal da “casinha”, em apoio à reivindicação do crédito à habitação em iguais condições às dos trabalhadores da CGD, obteve uma grande adesão daqueles trabalhadores tendo sido feito um contacto directo generalizado nos locais de trabalho o que ajudou também a promover o Sindicato naquelas Empresas.

A presença dos dirigentes do STEC junto dos trabalhadores permitiu ainda o contacto com a realidade vivida em cada local de trabalho, a recolha de informação nos mais diferentes domínios e a transmissão do papel determinante do Sindicato no dia-a-dia dos trabalhadores. A distribuição, em mão, em muitos locais de trabalho, dos livros do Acordo Contratual, quer da CGD quer das Empresas do Grupo, bem como do Livro dos Protocolos, permitiu uma maior divulgação do que de novo se conseguiu e da importância de estar sindicalizado no STEC.

O CRESCIMENTO DO STEC Para uma melhor compreensão da realidade do STEC, fazemos aqui uma análise à composição dos sócios e ao crescimento do Sindicato nestes quatro anos.

DISTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS POR SITUAÇÃO 10,80%

Activos

1,59%

Pré-reformados Aposentados 87,60%

EVOLUÇÃO DE NOVAS ADMISSÕES DE SÓCIOS QUADRIÉNIO 2006 / 2009

DISTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS POR ZONA SINDICAL 47,16%

2500

Coimbra

16,17%

Porto

2000

Lisboa 1500

36,67%

1000

DISTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS POR SEXO

500

49,63%

Nº Homens

0

Nº ADMISSÕES 2006 / 2009

Coimbra

Nº Mulheres

CGD

Porto

EMPRESAS GRUPO CGD

Lisboa

50,37%

DISTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS POR FAIXA ETÁRIA 15,89%

Faixa etária <=35 Faixa etária >35

84,11%

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2006 - 2010 CONTRATAÇÃO COLECTIVA Neste período realizaram-se 4 processos de revisão contratual, sendo dois de revisão de clausulado total, em Dezembro de 2007, com a CGD e com as Empresas do Grupo e os restantes de revisão da Tabela Salarial e Cláusulas de expressão pecuniária. Decorre ainda a negociação de Revisão Global destes Acordos que foram denunciados com as propostas apresentadas pelo STEC em 2009. Estes processos negociais raramente foram pacíficos, tendo o STEC realizado uma greve ainda em 28 de Abril de 2006. Em 30 de Maio do ano seguinte a Direcção decidiu aderir à Greve Geral acrescentando ao objectivo geral de luta pelo emprego com direitos, a luta contra o desemprego e a precariedade no trabalho, a luta contra o impasse das negociações contratuais no Grupo CGD, por negociações sérias que salvaguardassem os direitos adquiridos, a melhoria dos salários e uma distribuição da riqueza mais justa. Os resultados do processo negocial de 2008, que abarcou a CGD e várias Empresas do Grupo, têm de se considerar positivos. Pela primeira vez foi aceite um princípio que o STEC há muito vinha defendendo – uma evolução de aumentos salariais, tendo por base percentagens diferenciadas mais elevadas para os níveis remuneratórios mais baixos, de valor médio para os níveis remuneratórios intercalares e mais reduzidas para os níveis remuneratórios mais altos, acompanhada da implementação de um aumento mínimo. Este princípio veio a ser aplicado também na revisão de 2009. Ainda no processo de 2008 conseguiram-se aumentos, em percentagem, superiores no subsídio de almoço e diuturnidades.

Nas sucessivas revisões do Acordo com as Empresas foi possível igualar o valor das diuturnidades e introduzir os subsídios infantil e de estudo para filhos e também o subsídio para trabalhador estudante, todos com valor igual aos aplicados na CGD. No processo de Revisão de 2009, em plena crise com as dificuldades inerentes, os resultados obtidos com a melhoria das condições de promoção ao nível 11, e também de passagem ao nível 5, bem como a melhoria das condições do Crédito à Habitação no Acordo com a CGD, compensaram um aumento salarial baixo, num processo que seria apenas de revisão salarial. Salientamos ainda as várias tentativas do STEC em negociar um Acordo com o Caixa BI, através de negociação ou por acordo de adesão, sempre negado por parte da Administração da Empresa. Na mais recente tentativa, em que o STEC apresentou uma Proposta de Acordo ao Caixa BI e recebeu uma resposta negativa em tudo, referindo a Administração não estar interessada em negociar, o STEC levou o processo para o Ministério do Trabalho, tendo sido ultrapassada a fase de Conciliação sem que o Caixa BI tenha alterado a sua posição. O processo encontra-se agora na fase de Mediação, estando o STEC na disposição de ir até ao fim, a Arbitragem Obrigatória, se necessário, face à intransigência do Caixa BI.

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imagens de um mandato ACÇÕES DE PROTESTO / GREVE GERAL / MANIFESTAÇÕES 25 de Setembro 2006

Acção de Protesto do STEC à porta da CGD, contra a imposição de um aumento de 2,5%, abaixo da inflação, e por salários justos.

12 de Outubro e 25 de Novembro de 2006

Manifestações em defesa de uma nova política.

2 de Março de 2007

Manifestação Nacional convocada pela CGTP Protesto pela degradação das condições de vida dos trabalhadores e de exigência de mudança de políticas por parte do Governo.

Greve Geral de 30 de Maio de 2007

O STEC entendeu aderir à Greve Geral convocada pela CGTP, com os seguintes objectivos: - Pelo Emprego com direitos, contra o desemprego e a precariedade no trabalho; - Contra o impasse das negociações contratuais no Grupo CGD e por negociações sérias que salvaguardem os direitos adquiridos.

5 de Julho 2007

Guimarães - Manifestação de Protesto contra a Flexigurança no momento em que os ministros europeus do Emprego e Assuntos Sociais participavam num Encontro Informal da Presidência Portuguesa da União Europeia.

18 de Outubro de 2007

Manifestação em Defesa de uma Europa Social e Emprego com Direitos, contra o "Livro Branco" das Relações de Trabalho.

5 de Junho de 2008

Manifestação contra as alterações ao Código do Trabalho constantes do relatório da Comissão contituída pelo Governo para o efeito.

14 de Maio 2009

Manifestação em Madrid convocada pela Confederação Europeia dos Sindicatos - Contra a crise, apelando aos Governos e instituições europeias para um novo compromisso no qual o primeiro elemento é o emprego com direitos.

Manifestações do 25 de Abril e 1º de Maio

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2006 - 2010

CAMPANHA CONTRA O TRABALHO SUPLEMENTAR NÃO REMUNERADO A campanha desenvolvida contra o trabalho suplementar não remunerado através das várias formas de intervenção do STEC, junto da Administração, da Inspecção do Trabalho e fundamentalmente pela denúncia das situações, teve efeitos positivos, tendo melhorado significativamente a situação na CGD.

ÁREA JURÍDICA Com o crescimento de associados tem também crescido o trabalho realizado pelos nossos Advogados de apoio aos sócios, pois os problemas também crescem. E se alguns conseguimos ultrapassar pelo diálogo e intervenção junto das Empresas outros não serão passíveis de resolução senão através do Tribunal. A intervenção na área jurídica consubstanciou-se em oito vectores: • • • • • • • •

Acompanhamento dos processos disciplinares; Consultadoria jurídica; Processos judiciais; Elaboração de pareceres jurídicos; Apoio jurídico à contratação colectiva; Apoio aos diversos órgãos internos do Sindicato; Análise da situação laboral de trabalhadores em situação de precariedade no Grupo CGD; Apoio a todos os trabalhadores em situação de precariedade, que o solicitaram.

Salientamos, dentro do trabalho desenvolvido, as seguintes questões:

 O aumento significativo dos processos disciplinares, acompanhados pela área jurídica, o que permitiu que alguns despedimentos fossem evitados através da actuação do Sindicato;

 O apoio dado aos sócios relativamente a processos de aposentação e de sócios em situação de faltas justificadas por doença;

 Processos transitados em julgado, que evitaram avultados prejuízos para os sócios, visto que em  

Tribunal foi negada a pretensão da Caixa Geral de Depósitos, em fazer recair o risco, nomeadamente em caso de falsificação e burla, sobre o trabalhador; Actuação face à crescente precarização laboral no Grupo CGD; Processo crime ganho em tribunal contra a CGD, por transferência e substituição ilegal de trabalhadores em greve.

FORMAÇÃO O STEC realizou em 2009, já na nova Sede, acções de Formação sobre “Comunicação” dirigidas aos Delegados Sindicais do STEC e também à Direcção e MAG.

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imagens de um mandato

REUNIÕES DO CONSELHO NACIONAL Para além das duas reuniões anuais previstas estatutariamente para aprovação do Plano de Actividades e Orçamento e Relatório e Contas, realizou-se ainda uma reunião extraordinária deste órgão para tomada de posse dos Conselheiros e eleição do Conselho Fiscal e Conselho Disciplinar. O Conselho Nacional ratificou também, anualmente, os Acordos Contratuais conseguidos pela Direcção nas negociações.

REUNIÕES DE DELEGADOS SINDICAIS Neste período o STEC realizou 6 Reuniões Nacionais de Delegados Sindicais para analisar os processos de Negociação Colectiva e as alterações ao Código do Trabalho. Algumas das reuniões precederam Acções de Protesto ou Manifestações.

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2002 - 2006

entrevista

Há muito por fazer para cumprir os ideais de Abril

JOÃO LOPES Presidente da Direcção do STEC

JOÃO LOPES Presidente da Direcção do STEC. No final do mandato desta Direcção, pode falar-nos sobre o crescimento do STEC nestes quatro anos? JL: Quando em meados de 2006 esta Direcção foi eleita, o STEC era já o Sindicato mais representativo do Grupo CGD, muito especialmente em relação aos trabalhadores da Empresa-líder do Grupo, a Caixa Geral de Depósitos. Esta realidade, foi-se solidificando, de forma continuada, ao longo deste mandato com um crescimento mensal relevante, e actualmente a dimensão do STEC apresenta já um distanciamento extremamente significativo de todos os restantes sindicatos que operam nas Empresas do Grupo CGD, tanto comparados em termos individuais como inclusive se considerados em conjunto. Que balanço faz relativamente à actividade desenvolvida pelo Sindicato neste período, nas várias áreas: contratação colectiva, acção sindical, apoio jurídico aos sócios, formação, iniciativas de tempos livres, informação? JL: A actividade do STEC cresceu de forma notória neste período, nomeadamente quanto ao aumento de visitas e contactos com os diversos locais de trabalho, na eleição de mais Delegados Sindicais e numa maior ligação aos trabalhadores e aos seus problemas. O crescimento do apoio jurídico que tem vindo a ser prestado aos sócios é naturalmente disso resultante, já que o crescimento do Sindicato não deixa, naturalmente, de se reflectir também no aumento dos problemas laborais. Na área da contratação colectiva, há a registar a existência de situações díspares em relação às várias Empresas do Grupo: Uma evolução claramente positiva, no que se refere à CGD, traduzida em diversas melhorias contratuais alcançadas no âmbito do A.E. existente; Uma realidade idêntica mostram as Empresas do Grupo, da área para-bancária, com significativos avanços no ACT (o seu instrumento de regulamentação colectiva); Situação bem diferente é a que existe no Caixa Banco de Investimento, uma Empresa de grande importância para o Grupo, com uma alta rentabilidade mas com os seus trabalhadores a trabalharem sem qualquer

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da organização. Estes factos, não invalidam que se deva igualmente reconhecer que comunicação é sinónimo de criação, pelo que neste domínio as coisas estão, ou devem estar, sempre a evoluir e é com este espírito que as devemos permanentemente avaliar. A construção da nova Sede do Sindicato foi um marco importante para o STEC. Quais as perspectivas que abriu de novo para a actividade do Sindicato? JL: A inauguração, de um edifício próprio como Sede do Sindicato, não pode deixar de ser vista como uma relevante valorização do património do STEC e um avanço significativo na sua estrutura organizativa. Para além deste facto, as novas instalações vão ser ainda uma importante mais valia na actividade do STEC, convenção colectiva. É uma situação que, seja na recepção aos sócios, seja na sua no entanto, julgamos estar em vias de ser utilização como um espaço polivalente de alterada, já que o STEC deverá, proxima- formação, cultura ou lazer. mente, iniciar negociações directas para Qual é a imagem do STEC hoje, um AE especifico com este Banco. interna junto dos trabalhadores e Em relação à actividade do Sindicato, da Administração do Grupo e no na área da formação, devo reconhecer que exterior? a nossa primeira experiência não deixou JL: Pelas impressões que vamos recograndes saudades, pese embora não se possa deixar de registar que algumas das lhendo nos mais diferentes domínios, o acções de formação realizadas, em regra STEC desfruta hoje de uma imagem exfora dos grandes centros de Lisboa e Por- tremamente positiva a todos os níveis e é to, se vieram a revelar bastante positivas. cada vez mais visto como a grande orgaQuanto aos tempos livres, reafirmar nização dos trabalhadores do Grupo CGD que não sendo esta uma área prioritá- e a sua destacada referência sindical. ria para a actividade do STEC, tem-se Esta evidência é obviamente mais visível mesmo assim procurado recriar algumas no seio dos trabalhadores das Empresas iniciativas, designadamente na área da do Grupo, mas também a nível das áreas cultura e desporto, que possam começar de gestão é reconhecida a importância a ganhar raízes e desta forma se tornem que o STEC já conseguiu grangear e o tradição no seio do Sindicato. Os con- papel fundamental que institucionalmente cursos de fotografia e o prémio literário, hoje lhe é conferido. Em relação ao extebem como o torneio de Futsal, estão a ser rior e reportando-me especificamente aos exemplos disso. Em termos da realização media, a visibilidade do Sindicato atingiu de viagens de turismo ou lazer e passeios o seu grande pico de visibilidade nos úlde carácter cultural ou ambiental, o STEC timos meses de 2004, com a intervenção tem avançado com algumas iniciativas, pública que protagonizou em resposta à umas bem concretizadas, outras nem apropriação pelo Governo de uma parte tanto e outras ainda que não passaram importante do Fundo de Pensões dos trabalhadores da CGD. de projectos.. Áparte essa situação extrema, o STEC No que se refere à comunicação, estamos convictos do papel determinante não tem conhecimento de sinais exterioque esta área tem tido para o aumento res relativos à sua intervenção, que no da conscencialização dos trabalhadores fundamental se tem pautado pelo apoio e quanto à importância do Sindicato, para participação nas acções de luta protagoalém do papel fundamental que tem de- nizadas no âmbito do movimento sindical sempenhado para uma maior visibilidade unitário pela CGTP-IN.

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imagens de um João mandato Lopes

guros da CGD, como aliás a de qualquer outro banco, é uma área estratégica da sua actividade, já que nos tempos que correm, os principais produtos de aplicação financeira, para onde os bancos canalizam as poupanças dos seus clientes, são asseguradas pelas respectivas Companhias de Seguros. Ora a CGD, se alienar a sua área seguradora, em que situação ficaria? Como reagiriam os seus clientes, que confiaram as suas poupanças à marca CGD? Que consequências, em termos de rentabilidade? Que efeitos, em relação à sua imagem de segurança, credibilidade e rigor? Bem, espero que estejamos a falar apenas de uma proposta que não vai passar disso mesmo, de uma proposta, porque se assim não suceder isto é um pesadelo!

A recente decisão do governo de obrigar as Empresas Públicas, como a CGD, a congelarem os aumentos salariais, que comentário lhe sugere? JL: Esta medida do governo era injusta e já não fazia qualquer sentido, no que se refere à Administração Pública, mas agora com a sua extensão às Empresas Públicas, onde se inclui a CGD, temos de concluir que as coisas se agravaram e que arrastam consequências tão absurdas quanto perversas. Com as dificuldades crescentes que o custo de vida provoca, como podem reagir os milhares de trabalhadores atingidos? O que vai acontecer às Empresas - que são a grande maioria do universo empresarial nacional - que produzem apenas para o mercado interno? Que efeitos vai isto provocar? Obviamente, mais encerramento de Empresas, mais desemprego, mais problemas sociais, mais pobreza generalizada, mais atraso para o país e mais afastamento dos países de referência da U.E. No caso particular da CGD, há ainda a acrescer uma questão central - esta Empresa tem-se mantido ao longo dos anos como o braço financeiro do Estado, utilizada como instrumento moderador na actividade financeira, intervindo de

forma determinante na economia nacional sempre os sucessivos governos assim o entendiam, e funcionando ainda para a população como a referência bancária de segurança, credibilidade e rigor. Para além de todas estas vantagens, a CGD é ainda, há gerações, o grande cofre das poupanças do País, com os seus resultados de exercício a revestirem desde sempre uma imprescindível mais valia para o Orçamento Geral do Estado. E o Plano de Estabilidade e Crescimento que o governo apresentou, de que consta a proposta de privatização da área seguradora da CGD. Que tem para nos dizer acerca disso? JL: Bom, depois do que anteriormente disse, esta proposta do governo só pode ser entendida como uma brincadeira de mau gosto, ou uma prova de que o executivo já está a actuar de cabeça perdida. A sabedoria popular diz que, em situações de aflição, "vão-se os anéis, mas fiquem os dedos". Mas o que esta proposta do governo nos está a dizer é que "não ficamos apenas sem os anéis... ficamos também sem os dedos"! Ora perante uma asneira destas, só podemos concluir que os seus autores, ou estão de cabeça perdida ou já ensandecidos. A área de se-

Que perspectivas de futuro prevê para o STEC? JL: Apesar de não dispormos de qualquer bola de cristal, julgamos não ser difícil adivinhar que o STEC tem todas as condições para continuar a trilhar no futuro um caminho de estabilidade e segurança. A adesão a este projecto sindical, cada vez em maior número, de jovens trabalhadores do Grupo CGD, é um exemplo concreto e objectivo que sustenta esta conclusão. Naturalmente que os tempos que vivemos são complexos e difíceis, as últimas noticias, de congelamento salarial e de privatização da área seguradora do Grupo CGD, suscitam as maiores apreensões, mas a verdade é que o STEC tem tido desde o seu aparecimento em 2001, uma existência repleta de escolhos - alguns bem dificeis de ultrapassar, logo nos seus primeiros anos de existência - a que sempre tem conseguido responder de uma forma firme, positiva e segura. Este historial de dificuldades que desde o início tem vindo a moldar o crescimento do Sindicato, acabou igualmente por cimentar os alicerces deste projecto e ser a sua grande mais valia em relação ao futuro.

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2006 - 2010

ELEIÇÃO DOS SECRETARIADOS SINDICAIS DA CGD NO PORTO EM COIMBRA E EM LISBOA

ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS REFORMADOS AO CONSELHO NACIONAL

Em simultâneo com a eleição da Direcção foram eleitos também os Delegados Sindicais. Durante o mês de Junho a Direcção promoveu a realização de reuniões de Delegados Sindicais nas respectivas zonas para eleger os Secretariados Sindicais da CGD no Porto, em Coimbra e em Lisboa.

Pelo facto de não ter havido nenhuma candidatura à Comissão de Reformados na data prevista, em simultâneo com a eleição da Direcção, promoveu-se mais tarde, em 20/11/2006 a eleição dos Representantes dos Reformados ao Conselho Nacional.

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL E 1º DE MAIO O STEC promoveu anualmente, em conjunto com a Comissão de Trabalhadores da CGD o já tradicional Jantar Comemorativo do 25 de Abril, que junta sempre mais de uma centena de trabalhadores e alguns familiares numa confraternização evocativa da Revolução dos cravos, contando com a participação da Associação 25 de Abril e a presença habitual do membro do extinto Conselho da Revolução, Almirante Martins Guerreiro. Em 2009, já nas instalações da nova Sede do STEC, esteve patente uma exposição sobre o 25 de Abril com diversos materiais fotos, jornais, cartazes, livros, revistas e filmes. Esta exposição contou com a presença do Capitão Carlos Barata e também com Manuel Carvalho da Silva, Coordenador da CGTP.

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ELEIÇÃO DOS DELEGADOS AO CONSELHO NACIONAL A convocatória da MAG, na mesma data da eleição dos Secretariados, foram eleitos os Delegados ao Conselho Nacional de cada área, Porto, Coimbra e Lisboa.

COMUNICAÇÃO E IMAGEM Esta é uma área que a Direcção considera prioritária pela importância que reveste no contacto com os trabalhadores. A informação actualizada e em cima do acontecimento com distribuição alargada praticamente a todos os trabalhadores e não só aos sócios tem sido uma aposta do Sindicato. Esta forma de comunicar, para além do contacto directo, tem permitido uma visibilidade alargada do STEC e da sua imagem perante os trabalhadores. Foram emitidos, em média, vinte comunicados informativos anuais e mais três de divulgação de actividades dos Tempos Livres. Durante este mandato saíram também 13 números da revista Caixa Aberta, sendo um número especial dedicado à inauguração da Sede do STEC. No final de cada ano, a Direcção fez chegar individualmente a cada associado um postal de Boas Festas acompanhado com uma pequena lembrança e um calendário.

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2006 - 2010

INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE E DE NOVAS INSTALAÇÕES DA DELEGAÇÃO DE COIMBRA O edifício onde se encontra instalada a nova Sede do STEC é um espaço que envolve quase 1.000 m 2, distribuídos por 3 pisos, encerrando potencialidades múltiplas que permitem uma significativa diversificação das actividades do Sindicato e funcionar como pólo de convívio para os associados residentes na sua área de localização - a zona urbana da grande Lisboa. As obras de reconversão do edifício, adquirido em 2005 pelo Sindicato, foram complexas na sua concepção, morosas nos burocráticos aspectos de ordem legal e nas suas diversas fases, o que levou a um significativo atraso na conclusão da obra. Em Junho de 2008 foi efectuada a mudança das instalações da Av. Guerra Junqueiro, para as novas instalações no Largo Machado Assis ainda com as obras a decorrer. A inauguração só foi possível realizar em 7 de Março de 2009, já depois de todas as vistorias feitas e autorizações e licenças de utilização concedidas. Este foi um momento alto na história ainda curta do sindicato, que contou com a presença dos membros dos vários órgãos do STEC desde a sua fundação, os Delegados Sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores de Empresas do Grupo CGD, para além de diversos convidados institucionais. A nova Sede, para além da sua importância e significado, ao tratar-se de instalações próprias do STEC, reveste uma inquestionável mais-valia que não poderá deixar de ser valorizada e aproveitada por todos. Também ainda no início deste mandato foram inauguradas novas instalações da Delegação de Coimbra do STEC.

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ASSINADO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE O STEC E A CGTP Em Fevereiro de 2008 o STEC e a CGTP assinaram um protocolo de cooperação visando uma melhor articulação e dinâmica de trabalho entre as duas organizações sindicais, designadamente quanto aos problemas com que se confrontam e às formas de resposta para cada situação e às múltiplas experiências vividas.

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2006 - 2010 HORAS LIVRES Concurso de Fotografia e Prémio Literário De realização anual, já vão na quarta edição e a quinta será lançada ainda este ano. O Concurso de Fotografia tem merecido um crescente interesse por parte dos sócios, com muitos concorrentes a participar. Já o Prémio Literário tem tido um número reduzido de participantes.

Exposições de Fotografia Os trabalhos premiados e outros seleccionados pelo júri dos vários Concursos de Fotografia do STEC estiveram patentes em exposição, uns na Delegação de Coimbra do STEC e outros já na nova Sede, em Lisboa.

Workshops de Fotografia Realizaram-se três acções de formação na área da fotografia, em Lisboa, Porto e Coimbra, com grande adesão de sócios e familiares.

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imagens de um mandato

Torneio de Futsal É uma iniciativa que tem juntado, anualmente, um número considerável de participantes de vários pontos do país, num convívio que, para além da competição, é sempre salutar. A edição de 2010, a VI, decorreu há poucos dias em Anadia, contando com a participação de 70 pessoas, entre sócios e familiares.

Passeios, Viagens e outras iniciativas Enunciamos algumas das viagens que, ao longo deste mandato, foram proporcionadas aos sócios e familiares: - Cruzeiro no Douro; - Visita ao Aqueduto das Águas Livres; - Rota da Farinha e da Broa; - Rota do Azeite; - Cruzeiro no Sado; - Amendoeiras em Flor e Pinturas Rupestres; - Fim-de-semana na Serra da Estrela; - Passeio a Aveiro - A ria, os moliceiros e as salinas; - Viagem à Tunísia. Promoveram-se ainda idas ao Teatro com desconto no preço dos bilhetes.

PROTOCOLOS Cerca de uma centena de novos protocolos foram estabelecidos pelo STEC com diversas entidades abrangendo as áreas do ensino, hotéis, agências de viagem, saúde e desporto, cultura e lazer, parques de campismo, turismo rural e outras, cuja informação está disponível no site do STEC.

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2006 - 2010 CONTRA CORRENTE Sempre presente em cada edição da Revista Caixa Aberta, o Contra Corrente tratou com humor as coisas sérias ...

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Sede STEC - LISBOA Largo Machado de Assis, Lote-A, 1700-116 LISBOA tel 21 845 4970/1 - móv 96 231 1720, 91 849 6124 fax 21 845 4972

e-mail: stec @ stec.pt

Delegação STEC - PORTO R. do Bolhão, nº 53 - 4º Dto, 4000-112 PORTO tel 22 338 9076, 22 338 9128 fax 22 338 9348

Delegação STEC - COIMBRA R. do Carmo, nº 54 - 3º Letra Q, 3000-098 COIMBRA tel 23 982 7686, 23 982 8554 fax 23 982 6802

Boletim Informativo Caixa Aberta Nº 24 - Edição Especial , Março de 2010 - Periodicidade: Trimestral - Tiragem: 6500 Exemplares Direcção e Redacção: Departamento de Comunicação do STEC - Concepção Gráfica: Hardfolio - Impressão: Ligrate - Atelier Gráfico, Lda.

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