TFG- LAR DE IDOSOS-AMOR À IDADE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO OCTÁVIO BASTOS

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

LAR DE IDOSOS: AMOR À IDADE

FRANCIELLY JORDÃO



CENTRO UNIVERSITÁRIO OCTÁVIO BASTOS

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

LAR DE IDOSOS: AMOR À IDADE

FRANCIELLY JORDÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação do Professor Arq. Fabricio Ribeiro S. Godoi.


I DEDICATÓRIA

À Deus, que me iluminou e sustentou até o presente momento. Meus pais, que me deram força, incentivo, confiança e a oportunidade de realizar meu sonho. Ao meu noivo, pela paciência, companheirismo, todo apoio e ensinamentos. À toda família, por acreditarem na minha capacidade. E à pessoa que me inspirou a fazer esse tema e me ensinou os maiores valores da vida: minha avó. .


I AGRADECIMENTOS

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Sempre à Deus, por renovar a minha fé e força todos os dias e abençoar esses longos anos de luta e dificuldades. Pais, que são minha base e orgulho, não desistiram de mim e aguentaram minhas maiores angústias e noites mal dormidas. Meu noivo, que entendeu cada momento e estava ao meu lado quando eu mais precisava. Família e amigos(as), que compreenderam minhas faltas e ausências. Aos amigos(as) que fiz na faculdade e partilhavam comigo todos os momentos, me ajudaram e deram forças. Ao meu orientador, por compartilhar seus conhecimentos comigo e me ajudar a alcançar meus objetivos. A toda equipe UNIFEOB e professores, por todos os ensinamentos até hoje.


I RESUMO JORDÃO, Francielly. Amor à Idade. Moradia para idosos. Trabalho Final de Graduação. São João da Boa Vista: UNIFEOB, 2017.

Embora na atualidade a camada idosa da população esteja cada vez maior, a sociedade ainda não está totalmente preparada para lidar com as pessoas com mais idade. Frente a tal constatação, este Trabalho Final de Graduação (TFG) consiste no anteprojeto arquitetônico para uma moradia coletiva de idosos, com idade mínima de 60 anos, a ser instalada na região de São João da Boa Vista, interior de São Paulo. O desenvolvimento da proposta teve base em pesquisas bibliográficas, estudos de referências diretos e indiretos, análise dos condicionantes projetais e elaboração da proposta com memorial descritivo e justificativo. A instituição possui uma área para construção de 12.000m². A concepção da pesquisa adotou o conceito de residência multifuncional, atendendo às necessidades diárias de cada morador. O partido arquitetônico foi conduzido pela prioridade em estabelecer a integração entre a instituição e a comunidade, além de evitar a segregação do convívio social.

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Palavras-chave: Idade. Idosos. Residência. Prioridade. Interação social.


IABSTRACT JORDÃO, Francielly. Love the Age. Housing for the elderly. Final work degree. São João da Boa Vista: UNIFEOB, 2017.

Although the elderly population is growing, society is still not fully prepared to deal with older people. Faced with this confirmation, this research work consists of the architectural design for a collective dwelling for the elderly with a minimum age of 60 years old, to be installed in São João da Boa Vista region, interior of São Paulo. The development of the proposal was based on bibliographical researches, studies of direct and indirect references, analysis of the design constraints and elaboration of the proposal with descriptive and justificative memorial. The institution has a building area of ​12,000 m². The conception of the architectural design adopted the concept of multi-functional residence, meeting the daily needs of each resident. The design concept was guided by the priority in establishing the integration between the institution and the community, besides avoiding the segregation of social interaction.

Keywords: Age. Elderly. Residence. Priority. Social interaction.


I LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Pirâmide Etária 2010 - P. 16 FIGURA 2- Pirâmide Etária 2020 - P. 16 FIGURA 3- Pirâmide Etária 2040 - P. 17 FIGURA 4- Pirâmide Etária 2050 - P. 17 FIGURA 5- Evolução Populacional no Brasil 2000-2060 - P. 18 FIGURA 6- Dados de São João da Boa Vista - P. 26 FIGURA 7- Tabela Etária de São João da Boa Vista - P. 29 FIGURA 8- Pirâmide Etária de 1991 - P. 31 FIGURA 9- Pirâmide Etária de 2010 - P. 31 FIGURA 10- Símbolo Internacional de Acesso – Proporções e cores - P. 44 FIGURA 11- Módulo de Referência e Área para Manobra sem Deslocamento - P. 45 FIGURA 12- Programa de Necessidades - P. 48 FIGURA 13- Programa de Necessidades - P. 48 FIGURA 14- Fluxograma - P. 51 FIGURA 15- Plano de Massas - P. 53 FIGURA 16- Localização do Terreno - P. 57 FIGURA 17- Fotos do Local - P. 59 FIGURA 18- Mapa de Uso e Ocupação - P. 62 FIGURA 19- Mapa de Cheios e Vazios - P. 64 FIGURA 20- Mapa de Gabarito - P. 66 FIGURA 21- Topografia do Terreno - P. 68 FIGURA 22- Análise Bioclimática - P. 70


FIGURA 23- Implantação Vila dos Idosos- P. 80 FIGURA 24- Implantação Vila dos Idosos - P. 80 FIGURA 25- Edificação Vila dos Idosos- P. 81 FIGURA 26- Edificação Vila dos Idosos - P. 82 FIGURA 27- Obras dos Idosos Vila dos Idosos - P. 83 FIGURA 28- Planta Pavimento 1 e 2 Vila dos Idosos- P. 85 FIGURA 29- Ventilação Vila dos Idosos- P. 86 FIGURA 30- Perspectiva Frontal Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 88 FIGURA 31- Perspectiva Lateral Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 88 FIGURA 32- Detalhamento Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 89 FIGURA 33- Quarto Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 90 FIGURA 34- Corredor Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 90 FIGURA 35- Cozinha Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 91 FIGURA 36- Diagramação Térreo Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 92 FIGURA 37- Diagramação Primeiro Pavimento Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 93 FIGURA 38- Barras de Apoio Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 94 FIGURA 39- Detalhamento de Materiais Interno Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 96 FIGURA 40- Detalhamento de Materiais Externo Lar de Idosos Peter Rosagger - P. 96 FIGURA 41- Implantação F.C. Moller- P. 98 FIGURA 42- Perspectiva Implantação F.C. Moller - P. 99 FIGURA 43- Perspectiva Implantação F.C. Moller - P. 99 FIGURA 44- Corte F.C. Moller - P. 100


FIGURA 45- Perspectiva Lado Externo F.C. Moller - P. 101 FIGURA 46- Pátio Lateral F.C. Moller - P. 102 FIGURA 47- Pátio Lateral- P. 103 FIGURA 48- Diagramação F.C. Moller - P. 104 FIGURA 49- Implantação com Plantas F.C. Moller - P. 105 FIGURA 50- Detalhamanto de Materiais P. 106 FIGURA 51- Croqui 1- P. 113 FIGURA 52- Croqui 2 - P. 113 FIGURA 53- Croqui- P. 114 FIGURA 54- Planta Térreo- P. 116 FIGURA 55- Planta 1 Pavimento- P. 117 FIGURA 56- Detalhamentos- P. 118 FIGURA 57- Elevação- P. 119 FIGURA 58- Corte- P. 120 FIGURA 59- Planta de Situação e Cobertura - P. 120 FIGURA 60- Perspectiva Frontal- P. 122 FIGURA 61- Perspectiva Rampa P. 122 FIGURA 62- Perspectiva Academia- P. 122 FIGURA 63- Perspectiva Posterior- P. 122 FIGURA 64- Perspectiva Pergolado- P. 123 FIGURA 65- Área de Lazer Coberta- P. 123 FIGURA 66- Perspectiva Frontal Quartos - P. 124


FIGURA 67 – Perspectiva Posterior Horta Comunitária - P. 124 FIGURA 68 – Diagrama de Conceito- P. 128 FIGURA 69- Setorização Pavimento Térreo- P. 130 FIGURA 70- Setorização 1 Pavimento- P. 131 FIGURA 71- Planta Tipo Moradia- P. 132 FIGURA 72- Banheiro Adaptado Planta Tipo - P. 134 FIGURA 73- Corte do Banheiro Planta Tipo- P. 135 FIGURA 74- Detalhamento Cimento Queimado- P. 136 FIGURA 75- Detalhamento com Madeira- P. 137 FIGURA 76- Detalhamento com Vidros - P. 138 FIGURA 77- Referência de Cobogó- P. 139 FIGURA 78- Telha Sanduíche- P. 140 FIGURA 79- Detalhamento de Materiais de Acabamentos- P. 142 FIGURA 80- Processo de Compostagem- P. 143 FIGURA 81- Parede Verde- P. 144 FIGURA 82- Restritor de Vazão - P. 145 FIGURA 83- Lixeira Padrão para Coleta Seletiva- P. 146 FIGURA 84- Tabela Espécie de Árvores P. 147 FIGURA 85- Projeto Paisagismo- P. 148


SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo, 10 1.2 Justificativa, 10 1.3 Metodologia, 11

2 . O ENVELHECIMENTO NO BRASIL. 2.1 O Envelhecimento, 14 2.2 Aspectos Físico-Funcionais do Envelhecimento, 22 2.3 Aspectos Psicossociais do Envelhecimento, 23

3. O ENVELHECIMENTO EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA 3.1 Introdução, 27 3.2 Atividades em São João da Boa Vista, 33

4. CASA LAR 4.1 Definição de Casa Lar, 36 4.2 Proposta, 37 4.3 Legislação Lar dos Idosos, 39 4.3.1 NBR.Nº9050, 43 4.4 Programa de Necessidades, 47 4.5 Fluxograma, 50 4.6 Plano de Massas, 53

5. ESCOLHA DA LOCALIZAÇÃO 5.1 Escolha do Local, 58 5.2 Acesso e Entorno, 61 5.2.1 Caracterização do Lote, 67 5.3 Análise Bioclimática, 69 5.4 Análise de Legislação, 71

6. CONCLUSÃO I 6.1 Estudo de Casos,78 6.1.1 Vila dos Idosos- Vigliecca e Associados,79

9 12

25 34 55 76


6.1.2 Lar de Idosos- Peter Rosegger ,87 6.1.3 C.F Moller, 97 6.2 Conclusão , 108

7. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 7.1 Desenvolvimento,111 7.2 Croquis,112 7.3 Desenhos Finais, 115

8. LAR DE IDOSOS AMOR À IDADE 8.1 Partido Arquitetônico, 127 8.2 Conceito, 128 8.3 Planta Tipo, 132 8.4 Acessibilidade, 133 8.5 Materiais Adotados, 136 8.6 Tecnologias Sustentáveis Adotadas, 143 8.6.1 Compostagem,143 8.6.2 Parede Verde, 144 8.6.3 Restritores de Vazão, 145 8.6.4 Reciclagem, 156 8.7 Paisagismo, 147

9. CONCLUSÃO

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10.1 Referências Bibliográficas, 156

110

126 150 155



CAP. 1 INTRODUÇÃO


1.1 I OBJETIVO

1.2

I JUSTIFICATIVA

É evidente que a população idosa do Brasil teve um significativo crescimento nos últimos anos, a medicina avançada e a procura em ter uma vida saudável tem grande influencia sobre isso. São João da Boa Vista não fica longe desse processo, já que é uma cidade que vem crescendo rápido e o público da terceira idade faz grande parte desses números. Assim, aumentando a demanda de moradias, que os abriguem e proporcionem conforto e cuidados. A cidade não esta comportando este crescimento, gerando filas de espera à procura de um lar, sobrecarregando os mesmos, o que leva a consideração das necessidades de ampliação e execução de novos projetos para atende-los.

O objetivo proposto para este Trabalho Final de Graduação (TFG) é o desenvolvimento de uma projeto arquitetônico de um espaço destinado à terceira idade, sendo pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Como meta maior, visa contribuir para a inclusão social, melhor qualidade de vida, resultando espaços acolhedores, resgatando sua autoestima e autonomia, tendo uma melhor aceitação com a velhice. Com o intuito de proporcionar bem-estar aos idosos, que enfrentam dificuldades em diferentes situações da vida, com condições de cidadania e dignidade, acarretou o interesse em contribuir para tal causa, em razão da importância da arquitetura na sociedade, identificando soluções para criar espaços adequados. Diante da necessidade de atender aos idosos enquanto grupo social, essa pesquisa propõe um espaço destinado à moradia coletiva de idosos, que possibilite a eles boas condições de acessibilidade, conforto e saúde física e mental, a fim de projetar lugares que incentive o convívio social a este público. O planejamento prevê multifunções, focando na continuidade da vida e amor à ela.

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1.3

I METODOLOGIA

A metodologia será a pesquisa de campo, levantamento de dados da cidade, entrevista formal e informal com assistente social e idosos. Será discutido o processo de envelhecimento, os direitos definidos por lei para a população idosa, como: normas , leis, artigos de saúde, estatuto do idoso, entre outros . Com base em dados e estatísticas da região, e de levantamentos realizados durante o desenvolvimento do trabalho, serão apresentados os resultados desses estudos e suas diretrizes, com a finalidade de solucionar parte de grandes problemas, dificuldades enfrentadas e até um olhar crítico com esse tipo de moradia.

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CAP. 2

O ENVELHECIMENTO NO BRASIL



2.1

I O ENVELHECIMENTO diretamente ligada aos avanços tecnológicos, na medicina, na urbanização adequada, na melhoria nutricional, na elevação dos níveis de higiene e como conseqüência desses avanços, as taxas de mortalidade diminuíram, aumentando a perspectiva de vida. Ao fato que a referida população requer cuidados específicos com o processo de envelhecimento, todos esses avanços começaram a ocorrer no final da década 40 e o inicio dos anos 50. (ACTA PAUL ENFERM, 2005 apud FARO, 2005, pg. 423)

Diante de alguns estudos, feitos por especialistas no tema “envelhecimento”, que darão ênfase e apoio ao entendimento sobre o conteúdo dos capítulos a seguir, são referências explicativas do mesmo as considerações que afirmam que: O envelhecimento é uma questão importante e que vem sendo explorada por pesquisas. O cenário atual da população de idosos vem surpreendendo algumas estatísticas na comparação de dados de mortalidade. A população idosa aumenta significativamente e o contraponto desta realidade mostra que o suporte para essa nova condição não evolui com a mesma velocidade. Esse crescimento se modificou intensamente nos últimos anos, por volta de 1900, a expectativa de vida estava abaixo de 30 anos, no século passado 48 anos e atualmente atinge os 68 anos. (MOURA, 2017, pg. 32)

Envelhecer é um processo natural e comum. É uma grande etapa da vida do ser humano, onde deve-se viver cuidadosamente, pois inúmeros fatos estão passando por transformações delicadas. É uma fase em que o indivíduo idoso concluiu muitos objetivos, pois já viveram muitas fases da vida, perdas e realizações. Um momento propício para que retribuamos tudo o que já nos proporcionaram; pode se dizer, “colher os frutos“. E também uma fase de necessidade e presença. Ali começa um período de carência, como era na infância, e é primordial cada cuidado, tanto físico como mental.

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Estima-se que no Brasil, nos próximos 20 anos a população de idosos poderá alcançar, podendo ultrapassar a cifra de 30 milhes de pessoas, o que representará aproximadamente 13% da população. (MOURA, 2017, pg. 423).

A expectativa de vida do brasileiro está aumentando. Com isso, é preciso aumentar a qualidade de vida dessa população idosa. Porém, não só com medicamentos e exames de exatidão, mas também dando-lhes amor, carinho e atenção, pois sabe-se que a felicidade é responsável por grande parte da qualidade de vida das pessoas.

Em 2000, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE),o numero de pessoas com 60 anos ou mais era de 14.536.029, contra 10.722.705 em 1991. Esse crescimento traz a consciência da existência da velhice como uma questão social. A população de idosos está crescendo demasiadamente. Em 1980, existiam aproximadamente 16 idosos para casa 100 crianças. Em 2000 aumentou para 30 idosos por 100 crianças. Dados do IBGE comprovam que as pessoas estão vivendo mais. (ACTA PAUL ENFERM, 2005 apud FARO, 2005, pg.423).

A solidão é o maior mal da velhice, por isso muitas doenças aparecem após esses idosos serem abandonados em asilos/casa de repouso. Nossos idosos precisam ser motivados a viver, todos precisam de incentivo a um significado para a vida, para o bem e ser feliz, que é o mais importante, intencionando nunca ser sozinhos e menosprezados. Por isso é valoroso administrar os sentimentos para um envelhecimento feliz. Alguns fatores negativos dos idosos, como agressividade, irritação, raiva e preocupação são algumas respostas de como eles estão vivendo e sendo tratados. Infelizmente, muitas pessoas não tem visão disso.

Esses dados podem comprovar os estudos e as informações relacionadas às projeções da população senil através de pirâmides etárias, com uma comparação desde o ano de 2010 até 2060, conforme as figuras 1, 2, 3, 4 e 5, a seguir.

É inevitável a percepção do aumento dessa população e suas condições, e assim a necessidade de melhoria e mudanças.

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Figura 2 – Pirâmide Etária 2020 Fonte: IBGE

Figura 1 – Pirâmide Etária 2010 Fonte: IBGE

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Figura 3 – Pirâmide Etária 2040 Fonte: IBGE

Figura 4 – Pirâmide Etária 2060 Fonte: IBGE

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Figura 5 – Evolução Populacional no Brasil 2000-2060 Fonte: IBGE

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dar, do aprender entre outros. O idoso necessita estar engajado em atividades que o façam sentir-se útil, estando sempre envolvido em ocupações que lhe proporcionem prazer e felicidade. (ACTA PAUL ENFERM, 2005 apud FARO, 2005, pg. 424).”

A sociedade não está preparada para esse crescimento frenético no número de brasileiros idosos, embora as pessoas estejam vivendo mais, e com uma qualidade de vida melhor, se comparado com anos atrás. O envelhecimento é entendido como parte integrante e fundamental do curso de vida de cada indivíduo. É nessa etapa que emergem experiências resultantes da trajetória de vida, a qual tem maior dimensão e complexidade, integrando a formação do individuo idoso. Para cada família, o fato do envelhecer assume diferentes valores, podendo apresentar tanto aspectos de satisfação como de frustração. Pode-se dizer que a família representa para os idosos um fator que influencia consideravelmente a sua segurança emocional, tornandose muito importante cada atitude familiar. Além da família, o convívio em sociedade permite troca de carinho, experiências, idéias, sentimentos, conhecimentos e dúvidas, permitindo uma troca constante de afeto.

Por esses e tantos outros motivos, as pesquisas que investigam sobre como os idosos vivem é essencial, pois só assim serão vistos os erros e tudo aquilo de grande fator que lhe faz bem ou não. É uma fase delicada na vida da pessoa, onde se deve levar em consideração todos os aspectos, assim tornando realmente um ambiente planejado a esse público, ou seja, proporcionando melhorias e motivação para se viver bem. Muitos fatores já estão favorecendo a eles, como exemplo, o acesso ao transporte público e a remédios gratuitos, direito de trabalhar mesmo com maior idade, atendimento preferencial graças o Estatuto do Idoso. No entanto, isso não é o suficiente. Ainda falta aos idosos algo mais estrutural, por vezes muito mais emocional, como já foi citado: a ausência de carinho e respeito, que para alguns é só o que precisam.

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No que diz respeito ao envelhecimento ativo, não se pode relacionar apenas às questões de saúde e cuidados, sendo necessário acrescentar outros fatores determinantes, como a vida social, o ambiente em que reside e frequenta, assim como o estilo de vida de cada um (ACTA PAUL ENFERM, 2005 apud FARO, 2005). Fazê-lo rir ou recordar fatos vividos acelera a capacidade de adaptação, que deve ser a principal meta a ser atingida.

vulnerabilidade do idoso está associada ao maior acometimento de doenças crônicas, das quais 25 são degenerativas, somado ao impacto social do envelhecimento, juntamente com as condições ambientais, diminuição de renda, possível rejeição do grupo social e afastamento dos filhos, que geram maior morbidade, influenciando na qualidade de vida do idoso. O que de fato vem sendo grande motivador de abandono é a falta de renda. As famílias não querem se disponibilizar para cuidar dos idosos, ou, por vezes, o excesso de cuidado torna-se a eles se sentirem incapazes, e acarretando outros tipos de doenças, se tornado muito dependentes e não ativos.

Alguns idosos procuram profissionais da saúde, nem sempre por doença ou algum problema, mas para serem ouvidos, para sentirem a atenção e o cuidado do outro. O idoso não deve se preocupar em somente prolongar a vida, mas sim ter uma qualidade de vida.

Os idosos exigem um tipo de cuidado muito diferente das outras pessoas, que por vezes torna-se complicado, pois é preciso grande cuidado e atenção , mais ao menos tempo também pede-se a liberdade de atitudes deles próprios , sendo ativos e úteis. Então é visto que algumas familiares não tem mais paciente para esses tipos de cuidados diferenciados , e acabam abandonando e desprezando. É por isso a preocupação de ter um lugar especialmente, obtendo todas as necessidades e sendo funcional. (ACTA PAUL ENFERM,2005 apud FARO, 2005, pg. 425).

O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que alteram progressivamente o organismo, tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e extrínsecas que terminam por levá-lo à morte.(CARVALHO, 2014 apud YAZBEK 2015, pg.24).

Goldman (2009, p. 29) define envelhecimento como o processo multifacetado, complexo e situado no tempo, no espaço e historicamente determinado.

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I

2.2 ASPECTOS FÍSICO-FUNCIONAIS DO ENVELHECIMENTO Envelhecer é um processo natural, fisiológico e que ocorre em todos os organismos multicelulares. Trata-se de um ciclo dinâmico, progressivo, com alterações anatômicas, funcionais e psicológicas. (LEBRÃO et al, 2007 apud YAZBEK, 2015, pg. 25).

Não há um consenso sobre uma exata definição de envelhecimento, não dá para se dizer exatamente o momento em que ela torna-se uma. Os fenômenos do envelhecimento podem ocasionar algumas modificações no aspecto físico, entretanto, tanto fatores fisiológicos, como psicológicos e comportamentais podem influenciar nessa caracterização. É necessário perceber que, ao longo dos anos, mudanças ocorrem nas formas de agir, de pensar e de sentir dos seres humanos; estes, possuem grandes aspectos, deve-se levar em conta, as condições pessoais de cada um, assim como as alterações físicas e emocionais.

Porém, para grande parte da humanidade, a senilidade é vista culturalmente de forma preconceituosa e limitante. No Oriente, porém, é considerada a fase da sabedoria, enquanto no Ocidente, associa-se como a fase de declínio intelectual, improdutiva, devido à vitalidade e a capacidade física diminuída (VERAS, 2003 apud YAZBEK, 2015, pg.25).

Com o processo de envelhecimento, ocorrem modificações como sedentarismo, a diminuição de massa muscular, de força muscular e de equilíbrio, a redução da visão e da audição, dentre outras, que desencadeiam a perda da independência, levando o idoso ao sentimento de incapacidade e inutilidade perante os familiares, isolando-se socialmente. (LEBRÃO et al., 2007 apud YAZBEK,2015, pg. 25).

O envelhecimento humano envolve vários aspectos de um indivíduo, visto que é uma etapa inevitável da vida, onde todo ser vivo passa por ele. É um processo natural de decadência e declínio da vida até a chegada da morte. Entretanto, para o ser humano, pode ser uma etapa difícil a ser vivenciada e, por vezes, dramática, devido ao processo de envelhecimento carregar consigo significados e estigmas em razão de suas alterações psicossociais.

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I

2.3 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO O ambiente em que o idoso se situa diretamente, pode facilitar ou dificultar o processo de adaptação, gerando como conseqüência, o envelhecimento saudável ou deteriorante. A velhice afeta o físico, concomitantemente a relação e participação socioeconômica, uma vez que ocorre “perda” da posição social, e consequentemente, grande parte dos idosos inativos, após aposentadoria, sentem incapacidade perante as atividades da sociedade (CARTAXO et. al., 2012 apud, YAZBEK, 2015, pg. 26). É importante ao longo da vida, construir outras fontes de satisfação além do trabalho, tornando mais fácil o enfrentamento desta fase, possibilitando a reestruturação de sua identidade enquanto aposentado, assimilando de forma positiva a reorganização da vida (ALVARENGA et al., 2011 apud YAZBEK, 2015, pg. 27).

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Assim, conseqüentemente (sic), há uma melhora da autoestima e da redução da necessidade de apoio físico e psicológico.” (NUNES; BARRETO; GONÇALVES, 2012, pg...; ANG; WINBLAND; FRATIGLIONI, 2002 apud YAZBEK, 2015, pg.27)

Segundo Silva et al. (2007), em um estudo com idosos após a morte de entes queridos, foi observado que ao se depararem com a perda de familiares e amigos, os mesmos tendem a desencadear uma intensa reação emocional, levando a um período de pesar na família e entre amigos, tornando-se mais suscetíveis a alterações cognitivas e de comportamento. É primordial lugares dentro do lar que permitam ao idoso se sentir produtivo, onde ele reviva como antigamente, que sinta ter serventia para os outros, mesmo que sejam pequenas coisas, mas que se ocupem e não sobre tempo para pensamentos negativos que levam a fatos como depressão. Espaços generosos, que as edificações sejam só o necessário e os espaços sejam vastos sem delimitações. Assim fazendo os sentir livres e não presos, como passa no pensamento de muitos.


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CAP. 3

O ENVELHECIMENTO EM SÃO JOÃO DA BOA VISTA


Figura 6 – Dados de São João da Boa Vista Fonte :Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

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3.1

I INTRODUÇÃO

O município a ser trabalhado localiza-se na região sudeste do Estado de São Paulo. São João da Boa Vista apresenta uma população de 83.639 habitantes. A população considerada idosa representa 14,8% do total de habitantes, ou seja, 12.347 pessoas com 60 anos ou mais. A faixa etária de 60 a 74 anos (10,4%) representa 8.698 pessoas, e com mais de 75 anos (4,4%) equivalente a 3.649 pessoas (CENSO, 2010 apud, YAZBEK, 2015, pg. 36). Baseado no Censo demográfico (2010), do total de 12.347 idosos residentes no município, foram abordados 389 idosos, conforme pesquisa realizada por YAZBEK (2015), estudante de mestrado em Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida considerando o nível de significância de 95% e erro amostral de 5%. A imagem 6 é composta por alguns dados em números da cidade.

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sobrevivência. (FIRJAN) / 2011) São João da Boa Vista foi classificada pelo Índice de Desenvolvimento Municipal da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) / 2011) como a 50ª melhor cidade brasileira para se morar.” (SÃO JOÃO DA BOA VISTA, 2017. s/p.)

Conforme dados da prefeitura de São João da Boa Vista, a pesquisa, realizada em 500 municípios, levou em conta não só as ações específicas para idosos, mas também a condição geral da cidade, em termos econômicos, sociais, culturais, saúde e educação. Segundo a reportagem do Jornal Nacional (Rede Globo), a ideia é quanto melhor for a vida das crianças, dos jovens, do adulto jovem, melhor será o bem-estar dos idosos. “Tratar bem de todos para que todos sejam beneficiados” (SÃO JOÃO DA BOA VISTA, 2017.) Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), na última década a expectativa de vida subiu de 73 para 77 anos em São João. Com as pessoas vivendo mais, o investimento do município no bem estar dos idosos é constante. (FIRJAN) / 2011) As políticas públicas municipais desenvolvidas para a terceira idade são abrangentes e com foco no acolhimento e na integração. Um exemplo são os centros de convivência do idoso (CCIs), que proporcionam moradia a quem não têm condições de garantir a própria

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Figura 7 – Tabela Etária de São João da Boa Vista Fonte:Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

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A partir da análise do Atlas Geográfico (2010), foi possível obter informações porcentuais dos indicadores e sua dependência em São João da Boa Vista, o que concretiza grande auxílio para a pesquisa. Por exemplo: entre 2000 e 2010, a razão de dependência dos idosos no município passou por um porcentual, sendo eles de 46,64% para 41,32% e a taxa de envelhecimento, de 8,41% para 10,43%, que já é uma diferença notável. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 54,79% e 7,05%, sendo possível notar também a grande diferença entres esses anos. Já no Estado de São Paulo, a razão de dependência passou de 65,43%, em 1991, para 54,88% em 2000 e 45,87% em 2010; enquanto a taxa de envelhecimento passou de 4,83% para 5,83%, e para 7,36%,

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respectivamente (ATLAS, 2010). As figuras de 7 a 9 mostram esses dados de porcentagem em tabela.


Figura 8 – Pirâmide Etária de 1991 Fonte:Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Figura 9 – Pirâmide Etária de 2010 Fonte:Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

31


34


3.2

I ATIVIDADES EM SÃO JOAO DA BOA VISTA

Hoje, muitos idosos que habitam o município não possuem planos de saúde. Porém, existem várias opções de atividades físicas, como academias ao ar livre nas praças, vôlei adaptado e aulas de dança em ginásios municipais, a exemplo do Centro de Integração Comunitária (CIC), Centro Social Urbano (CSU- DER) e Centro social Urbano (CSUDurval Nicolau), vinculadas ao Departamento de Esportes.

municipal, na medida do possível, mas não se apresentam como ações articuladas, financiadas, planejadas ou regulamentadas por um departamento público local, como por exemplo, o da Assistência Social, que muitas vezes encontrase sozinha para organização de eventos ou programas voltados para a população idosa.

No Centro de Integração do Idoso, no bairro São Lázaro, vinculado ao Departamento da Assistência Social, são voluntariamente oferecidas aulas de artesanato, grupos de convivência, aulas de alongamento, aulas de ginástica, aulas de dança, coral e alfabetização. O município dispõe, também, de eventos e festas de datas comemorativas, como: festa de São João (Junina), dia do idoso, folclore, Natal, desfile no dia da independência do Brasil, carnaval, entre outros passeios, jogos e viagens, buscando a socialização e entretenimento dos idosos. No entanto, o que se observou é que algumas ações contam com o apoio parcial da prefeitura

33



CAP. 4

CASA LAR


37


4.1

I DEFINIÇÃO DE CASA LAR MPAS (2001) define a casa lar como uma residência participativa para idosos independentes ou semiindependentes que não possuem mais vínculos familiares e não possuem condições financeiras para arcar com os custos integrais para sua sobrevivência. A casa Lar é uma instituição de atendimento que pode ser implantado tanto em novas construções quanto em edificações já existentes, porém os espaços devem estimular as aptidões e a capacidade dos idosos, devendo atender as necessidades fisico-espaciais mínimas e estar de acordo com as normas de acessibilidade da NBR9050. Deve ser localizadas dentro da malha urbana com facilidade aos equipamentos de transportes e equipamentos de serviços, de forma a favorecer a integração do idoso e não sendo pensadas como locais isolados, longe do convívio citadino. Deve-se prever áreas verdes para a realização de atividades ao ar livre, jardins e solarium, considerando um mínimo de 1,00 m² por usuário. De acordo com a ANVISA, as casas lares são mantidas por OG’s e ONG’s, com objetivo de promover o bem-estar e a autonomia do idoso.

Por ser um sistema participativo, ele conta com a colaboração financeira, material, laboral entre outras para o conjunto de atividades executadas pelos os usuários. É importante ressaltar que os idosos em casa lares, são acompanhados diariamente por cuidadores, assistente social , sindico e cozinheiras (NISHIMORI, 2015, pg. 28).

As pessoas que moram em casa-lar se tornam membros de uma comunidade em uma nova família, contribuindo com a saúde física e mental. Ali, realizam-se várias atividades e ocupação da mente e corpo. Os idosos se sentem menos excluídos pela sociedade e criam fortes amizades e companheirismo, obtendo melhores condições psicológicas junto a grandes profissionais, tem grande cuidado diariamente 24 horas, agregando excelente benefício. O convívio diário agrega valores efetivos para o bem-estar de cada pessoa e a Casa Lar tem grande influência para que aconteça isso na vida desses idosos.

36


I

4.2 PROPOSTA A proposta não se refere a um novo tipo de programa a idosos, e sim a uma proposta inovadora para a realidade da cidade, que sedia vários projetos, porém muitos deles com grande déficit de qualidade e acessibilidade. São João da Boa Vista vem crescendo gradativamente, e a evolução da cidade não está sendo como esperado. É um crescimento relativo e positivo, porém, infelizmente, a cidade não está comportando tamanha porcentagem de idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, o que é muito negativo para uma cidade que pleiteia a liderança em qualidade de vida para essas populações. A visita em uma das casas-lares de São João, proporcionou a experiência e visão ampla de tudo que acontece, aumentando as referências para projetos futuros, diante das estimativas para a população idosa e sua independência. Tem-se como ideia propor um espaço de moradia que atenda as necessidades de cada idoso, desde os independentes até os dependentes. O projeto terá como público-alvo os idosos com idade mínima de 60 anos, que tenham necessidade de permanência, sem distinção de classe social, oferecendo serviços básicos para o dia a dia, cuidados especiais, atividade para melhorar ou manter a qualidade de vida e psíquica, 37

proporcionando a inclusão social. Mais que isso, um projeto para recuperar fatos que foram vividos no passado, resgatando momentos culturais e históricos que muitos idosos gostariam de reviver, de acordo com o resultado de contatos com essa população e idosos próximos . Projetar um lugar confortável e agradável, com intuito de morar e sentir prazer de conviver no local, com pessoas sempre presentes para que eles nunca se sintam só, profissionais atentos e competentes. Trabalhando com atividades que os tornem ativos e úteis, estimulando a vontade de viver. O lar será privado, com a ajuda do benefício dos idosos, isso para auxílio de manter o lugar com melhor padrão de vida. Outro ponto está na interação do homem com o meio ambiente, que também propicia bem-estar e saúde. Estes são alguns aspectos fundamentais para se obter um envelhecimento saudável, já que vivemos em ambientes totalmente consolidados a prédios e edifícios. Para isso, é necessário que haja de alguma forma uma aproximação entre o homem e a natureza, o qual se deu as origens do ser humano.



I

4.3 LEGISLAÇÃO LAR DOS IDOSOS Conforme o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social de Portugal, por meio da Portaria nº 67/2012, foi analisado um contexto de legislação e condições para instalação de lar para idosos. Essa legislação não se aplica ao Brasil, porem será usada essa lei como referência e base projetual, dando ênfase a alguns pontos e artigos que se enquadram dentro do conceito que será proposto. São eles: o artigo 3º, que trata das condições adequadas na residência; artigo 4º, atuação da estrutura residencial, qualidade e necessidades , 5º os destinários em uma estrutura adequada, 6º capacidade de idosos permitido, 8º atividades e serviços do lar e 12º prestações de serviços realizadas.

c)

d)

Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação intrafamiliar; Potenciar a integração social.

Artigo 4.º Princípios de atuação à estrutura residencial rege-se pelos seguintes princípios de atuação:

a) Qualidade, eficiência, humanização e respeito pela individualidade; b) Interdisciplinaridade; c) Avaliação integral das necessidades do residente; d) Promoção e manutenção da funcionalidade e da autonomia; e) Participação e corresponsabilização do residente ou representante legal ou familiares, na elaboração do plano individual de cuidados.

Artigo 3º

Constituem objetivos da estrutura residencial, designadamente, os seguintes; a) Proporcionar serviços permanentes e adequados à problemática biopsicossocial das pessoas idosas; b) Contribuir para a estimulação de um processo de envelhecimento ativo;

39


Artigo 5.º

Artigo 6.º

Destinatários 1 Capacidade 1 — A capacidade máxima da estrutura residencial é de 120 residentes, não podendo ser inferior a 4 residentes. 2 — A estrutura residencial organiza -se por unidades funcionais, entendendo -se por unidade funcional o conjunto de áreas funcionais, fisicamente agrupadas e equipadas, para o alojamento dos residentes em ambiente confortável e humanizado e para a prestação dos serviços previstos no artigo 8.º 3 — A capacidade máxima de cada unidade funcional é de 60 residentes. 4 — Quando a capacidade da estrutura residencial for até 80 residentes, é dispensada a obrigatoriedade de existência de unidades funcionais.

— A estrutura residencial destina-se à habitação de pessoas com 65 anos ou mais que, por razões familiares, dependência, isolamento, solidão ou insegurança, não podem permanecer na sua residência. 2 — A estrutura residencial pode, também, destinar -se a pessoas adultas de idade inferior a 65 anos, em situações de exceção devidamente justificadas. 3 — A estrutura residencial destina -se, ainda, a proporcionar alojamento em situações pontuais, decorrentes da ausência, impedimento ou necessidade de descanso do cuidador. Artigo 6.º Capacidade 1 — A capacidade máxima da estrutura residencial é de 120 residentes, não podendo ser inferior a 4 residentes. 2 — A estrutura residencial organiza -se por unidades funcionais, entendendo se por unidade funcional o conjunto de áreas funcionais, fisicamente agrupadas e equipadas, para o alojamento dos residentes em ambiente confortável e humanizado e para a prestação dos serviços previstos no artigo 8.º 3 — A capacidade máxima de cada unidade funcional é de 60 residentes. 4 — Quando a capacidade da estrutura residencial for até 80 residentes, é dispensada

40


Artigo 8.º

b)

b) A participação dos familiares ou representante legal, no apoio ao residente sempre que possível e desde que este apoio contribua para um maior bem-estar e equilíbrio psicoafetivo do residente. 3 — A estrutura residencial pode, ainda, disponibilizar outro tipo de serviços, visando a melhoria da qualidade de vida do residente, nomeadamente, fisioterapia, hidroterapia, cuidados de imagem e transporte. 4 — A estrutura residencial deve ainda permitir a assistência religiosa, sempre que o residente o solicite, ou, na incapacidade deste, a pedido dos seus familiares ou representante legal

Serviços 1 — A estrutura residencial presta um conjunto de atividades e serviços, designadamente: a) Alimentação adequada às necessidades dos residentes, respeitando as prescrições médicas; b) b) Cuidados de higiene pessoal; c) c) Tratamento de roupa; d) d) Higiene dos espaços; e) e) Atividades de animação sociocultural, lúdico-recreativas e ocupacionais que visem contribuir para um clima de relacionamento saudável entre os residentes e para a estimulação e manutenção das suas capacidades físicas e psíquicas; f) f) Apoio no desempenho das atividades da vida diária; g) g) Cuidados de enfermagem, bem como o acesso a cuidados de saúde; h) Administração de fármacos, quando prescritos.

2 — A estrutura residencial deve permitir: a)

A convivência social, através do relacionamento entre os residentes e destes com os familiares e amigos, com os cuidadores e com a própria comunidade, de acordo com os seus interesses;

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Artigo 12.º Pessoal 1 — A estrutura residencial deve dispor de pessoal que assegure a prestação dos serviços 24 horas por dia. 2 — A estrutura residencial, para além do diretor técnico, deve dispor no mínimo de: a) Um(a) animador(a) sociocultural ou educador(a) social ou técnico de geriatria, a tempo parcial por cada 40 residentes; b) Um(a) enfermeiro(a), por cada 40 residentes; c) Um(a) ajudante de ação direta, por cada 8 residentes; d) Um(a) ajudante de ação direta por cada 20 residentes, com vista ao reforço no período noturno; e) Um(a) encarregado(a) de serviços domésticos em estabelecimentos com capacidade igual ou superior a 40 residentes; f) Um(a) cozinheiro(a) por estabelecimento; g) Um(a) ajudante de cozinheiro(a) por cada 20 residentes; h) Um(a) empregado(a) auxiliar por cada 20 residentes

42


I

4.3.1 NBR Nº 9050 Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade. No estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como próteses, aparelhos de apoio, cadeiras de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistidos de audição ou qualquer outro que venha a complementar necessidades individuais. Esta Norma visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. As áreas técnicas de serviço ou de acesso restrito, como casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis. As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais necessitam ser acessíveis em suas áreas de uso comum.

As unidades autônomas acessíveis são localizadas em rota acessível. (BRASIL, 2015, pg. 1)

Um dos temas mais importantes no setor da construção, a acessibilidade é indispensável, ainda mais quando se trata de um espaço planejado. Os idosos são os mais afetados em acidentes domiciliares, devido à grandes limitações e fragilidades de alguns. Eles têm uma necessidade ainda maior desses cuidados. Um ambiente adequado diminui grande número de acidentes e ferimentos, dentre outros acontecimentos que um lugar inadequado pode causar. Com isso, foram aplicadas essas normas, atuando corretamente dentro do projeto.

43


Figura 10 A- Símbolo Internacional de Acesso –SIA Fonte: ABNT –NBR 9050/2015

Figura 10 B- Módulo de referência e área para manobra sem deslocamento Fonte : ABNT –NBR 9050/2015

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Figura 11 A- Corrimãos e guarda-corpos Fonte : ABNT –NBR 9050/2015

Figura 11 B- Corrimãos e guarda-corpos Fonte : ABNT –NBR 9050/2015

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As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, são:  a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m;  b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m;  c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m. Devem ser previstas proteções laterais ao longo de rotas acessíveis, para impedir que pessoas sofram ferimentos em decorrência de quedas. (BRASIL, 2015, p,. 8).

Os idosos possuem o mesmo direito de ir e vir que os mais jovens. Nesta idade, o deslocamento tanto em ambientes internos, quanto externos, podem influenciar muito na qualidade de vida dos usuários. Por isso, é necessário projetar ambientes que sejam adequados para cada faixa etária, sendo importante áreas de circulação, que permitam o usuário fazer um percurso livre de obstáculos, pode ser corredores e halls ou locais restritos. Esse tipo de projeto é especialmente importante às condições de deslocamentos e manobras, sendo necessário para que um usuário consiga se aproximar com autonomia e segurança. •

46


4.4

I PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades foi elaborado dentro das diretrizes e dos estudos de casos realizados no decorrer da pesquisa, juntamente a conversas com idosos aleatórios, pesquisas in loco, análise de projetos existentes, livros, legislações, destacando pontos negativos, que foram vistos como desnecessários, e pontos positivos, que são válidos aplicar dentro de uma casa lar de idosos. Também, foram analisadas referências de lugares planejados e monografias, assim, colhendo o máximo de informações até chegar em uma tabela de setores pertinentes ao projeto que será aplicado, como mostra nas figuras 12 e 13. O programa é constituído por 8 setores, sendo eles: administrativo, apoio técnico, atendimento individual, funcionários , área de convivência, salas de atividades, serviços e apartamentos.

47


Figura 12 – Programa de Necessidades Fonte: Elaborado pela Autora

48


Figura 13 – Programa de Necessidades Fonte: Elaborado pela Autora

49


4.5

I FLUXOGRAMA

Para melhor entender, foi elaborado um fluxograma com a disposição dos ambientes após a realização de um estudo de circulação que melhor atendesse aos residentes, com fácil acesso e conforto. Por isso, o planejamento de ordenação foi indispensável, distribuindo ambientes de funcionários ao público e aos idosos, mantendo a privacidade de ambos, com grande área de circulação.

50


Figura 14 – Fluxograma Fonte: Elaborado pela Autora

51


4.6

I PLANO DE MASSAS

Um plano de massas foi elaborado para uma melhor visualização de onde será implantado o projeto e melhor entendimento da proposta. Foi definida uma estrutura básica dos espaços a serem produzidos em uma projeção de volumetrias, como na figura 15, através da palheta de cores usadas no programa de necessidades e fluxograma.

52


Apartamento Atendimento Administrativo Apoio Técnico Funcionários

Serviços Salas Área de Convivência

Figura 15 – Plano de Massas Fonte: Elaborado pela Autora

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54



CAP. 5

ESCOLHA DA LOCALIZAÇÃO


São João da Boa Vista

Terreno Escolhido 12.000 m² Figura 16- Localização do Terreno Fonte : Google Eatth Adaptado

57


5.1

I ESCOLHA DO LOCAL • Estar localizado em bairro carente de equipamentos desse tipo; • Estar em área tranquila, com residências próximas, para que haja participação da comunidade no dia a dia da instituição; • Apresentar em seu entorno equipamentos de comércio e serviços para garantir a integração do idoso à sociedade; • Oferecer fácil acesso à veículos e pedestres.

O referencial teórico e os estudos de caso realizados foram determinantes para a delimitação das diretrizes projetais onde funcionarão as edificações destinadas ao idosos, e, portanto, servirão de suporte na elaboração desta pesquisa. Levando em consideração os critérios adotados, foi incluído um meio social, para que haja integração dos idosos com a população, e que tenha todas as necessidade básicas para o uso de cada um dos residentes, com um tamanho relevante para atender o programa de necessidades que será inserido no projeto.

Considerando esses requisitos, a região escolhida para a proposta foi no bairro Jardim das Flores, na Av. Izete Correa Fontão. Figura 16 mostra a localização do terreno.

Em um empreendimento voltado para idosos, sobretudo aqueles em que o entorno é fator determinante no bom desempenho da instituição. Em vista disso, na definição do recorte espacial, a localização do lote foi definida a partir dos seguintes critérios: • Estar em Região Administrativa, cuja pirâmide etária da população seja caracterizada por uma maior proporção de idosos;

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Perspectiva Lateral

Perspectiva Frontal

Perspectiva Frontal (Rua) Figura 17 – Fotos do local Fonte : Elaborado pela autora

59


60


5.2

I ACESSO E ENTORNO

No bairro, a escolha do terreno baseou-se ainda na sua dimensão (tendo em vista o pré-dimensionamento e o programa de necessidades a ser proposto), na legislação e na topografia. Quanto à topografia, a indicação é que seja predominantemente plana ou que apresente pouca diferença de nível, de forma que sejam priorizadas as normas de acessibilidade, evitando o uso de escadas, prevendo a instalação de rampas e economizando custos.

crescendo aos poucos e se tornando muito valorizado e reconhecido. Caracteriza-se por ser um local de fácil acesso à rodovia e a diferentes bairros. Seu entorno conta com: supermercado, lanchonete, bares, farmácias, lojas, borracharia, mototáxi, ponto de ônibus entre outros. Além disso, a área é bem servida de equipamentos institucionais, dentre eles: escolas, igreja, comércios, esportes e cultura, o que pode ser observado no mapa de ocupação da figura 17 as colocações.

A Av. Izete Correa de Fontão, entre rua Três e Rua Quatro, contornam o local e é asfaltada. Todas possuem sentido duplo de direção. Na Av. Izete Correa de Fontão, é possível perceber maior tráfego de veículos, devido ser uma avenida de fluxo rápido, que faz o acesso da rodovia aos bairros. Há pontos comerciais e residenciais multifamiliares. Já as demais vias, são caracterizadas pela predominância de residências unifamiliares de um pavimento. Atualmente, a área não está ocupada, sendo somente um terreno baldio de uso privado. A estratégia é viabilizar uma nova construção, que seja de sucesso e bem aproveitada no uso a ser planejado, pois trata-se de um lugar que vem

61


Comércio

Residência Residência e Com. Escola Centro Comunitário

Figura 18 –Uso e Ocupação Fonte: Google Earth Adaptado

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Independente de ter sido criado recentemente, o bairro vem obtendo um crescimento relativamente rápido. A localidade já não possui muitos espaços vazios e vem evoluindo ainda mais para melhor atender os residentes da localidade, tendo a sua região sido muito procurada por ser extremamente tranquila para atender a todas as necessidades básicas dos moradores. A localidade, como mostra a figura, é cercada por área verde de preservação, porém o terreno em si não conta com nenhuma vegetação. A Figura 18 mostra o mapa de espaços cheios e vazios.

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CHEIOS VAZIOS ÁREA VERDE/APP RIO

Figura 19 – Mapa de Cheios e Vazios Fonte: Elaborado pela Autora

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O gabarito é predominante baixo, possui algumas construções de 2 pavimentos, que são de uso misto, como comércio e residência, e outros somente comércio, com mezanino, o que não ultrapassa essa altura, como demonstra a figura 19. A grande maioria fica somente a térreo, o que vem a ser uma qualidade, pois ali a paisagem se destaca. Não tem nada que muda radicalmente o visual da localidade, permanecendo harmônica.

65


1 pavimento 2 pavimentos

Figura 20 – Mapa de Gabarito Fonte: Elaborado pela Autora

66


I

5.2.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOTE O terreno escolhido é resultado de um parcelamento de lotes, que não está sendo ocupado por nenhuma construção no momento. Localizado na avenida principal do bairro, é rodeado por uma área de preservação toda arborizada, o que o torna um local fresco, aconchegante e saudável. Sua forma é retangular, tendo aproximadamente uma área de 12.000 m², como na figura 20.

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Figura 21 – Topografia do Terreno Fonte: Elaborado pela Autora

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5.3

I ANÁLISE BIOCLIMÁTICA

Essa pesquisa obteve dados e informações bioclimáticas da região de São João da Boa Vista-SP, que será de extrema importância para a implantação do projeto. Foi realizado o estudo solar do terreno (figura 22), a ventilação predominante que vem da direção Sudeste, conforme site do Windy.

Através do clima e do público que será atendido, na qual necessita do maior conforto possível, se tratando de idosos muitas vezes frágeis e debilitados, foram elaboradas algumas estratégias, que serão elucidadas no projeto. São elas :

- Sombreamento: estudo do sol em cada fachada e grandes vãos, o uso de beirais, pérgolas, brises e muita vegetação, que faz sombra no verão e no inverno quando as folhas caírem; entrará luz do sol para aquecer. - Ventilação e Iluminação Natural: grandes aberturas pelos edifícios, principalmente em sentido do Sudeste, onde o vento fresco predomina, além da grande economia de energia com ar condicionado, ventilador e luzes, sendo saudável e, assim, agredindo menos o meio ambiente. - Umidificação: O local é rodeado por uma área verde de preservação e um rio, o que será muito bem aproveitado, pois evitará o ambiente seco que prejudica a saúde dos idosos. Estas são as principais estratégias a serem colocadas em prática.

Para a qualificação da pesquisa, foi utilizado o site do projette.mma, que proporcionou dados ainda mais exatos para serem analisados, porém, a cidade de São João da Boa Vista não conta com informações necessárias e suficientes. Com isso, a cidade vizinha, Casa Branca/SP, foi usada como referência. A cidade é consideravelmente quente, durante grande parte do ano. Geralmente, a temperatura no verão fica entre 21.39ºC a 28.39ºC, em zona de conforto, e no inverno fica entre 20.16ºC e a mínima de 12.86ºC. A chuva acontece em maior quantidade nos meses entre: janeiro, fevereiro, março e dezembro, com a precisão de chuva mensal (mm) máxima de 370 e mínima de 15. A umidade relativa fica na máxima de 79.23% e a mínima de 53.27%.

69

.


Figura 22 – Análise Bioclimática Fonte : Elaborado pela autora

Apartamento Atendimento Administrativo

Apoio Técnico Funcionários Serviços Salas

70

Área de Convivência


5.4

I ANÁLISE DE LEGISLÇÃO

Conforme o Código de Obras de São João da Boa Vista, serão analisadas leis importantes da localidade onde será implantado o projeto, eleita após a avaliação do terreno e seu entorno, como coeficiente de aproveitamento e zoneamento. Elas estão descritas no anexo IV, do Plano Diretor do município.

ANEXO IV DESCRIÇÃO DA TAXA DE OCUPAÇÃO, COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO E ZONEAMENTO DO MUNICÍPIO 1)

QUANTO A TAXA DE OCUPAÇÃO: será de 80% (oitenta por cento), exceto o disposto na Lei nº 312, de 19 de setembro de 1995, ressalvados os casos em que já exista taxa de ocupação definida na postura do loteamento.

Essa taxa refere-se ao Plano Diretor da cidade, porém, no projeto que será implantado, a ocupação irá diminuir para 60%, visando a melhor circulação, ventilação e aproveitamento de espaços livres e lazer.

71

O local de implantação não faz parte dos “Bolsões de Verticalização”, portanto, o gabarito de construção não terá altura equivalente a 12 metros. O recuo frontal será de 4 a 5 metros, sendo 3 metros obrigatório, conforme regras do Plano Diretor.


ZR3 – LOTEAMENTOS RESIDENCIAIS:

ESTRITAMENTE

Pertencem a este zoneamento os seguintes loteamentos: Jardim Leonor, Perpétuo Socorro, Jardim Vila Rica, Parque das Nações, Jardim Cledirna, Jardim dos Eucaliptos, Parque Colinas da Mantiqueira, Riviera de São João, Jardim Santa Clara, Jardim Canadá, Jardim Nova São João, Parque dos Jequetibás, Recanto do Bosque, Santa Águida, Jardim Yolanda, Jardim das Flores, Parque Residencial Thereza Cristina, Recanto do Lago, Jardim Serra da Paulista, Jardim Flamboyant e Recanto dos Pássaros II. Ruas Comerciais onde serão permitidos Comércio em Loteamentos estritamente residenciais:

Jardim das Flores: Av. Professora Isette Corrêa Fontão e Rua José Garcia (PLANO DIRETOR SÃO JOAO DA BOA VISTA) Portanto, no projeto residencial poderá ser implantado alguns tipos de serviços comerciais, facilitando ainda mais o acesso aos idosos, conforme suas necessidades.

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CODIGO SANITÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

De acordo com o Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o decreto N. 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978, por PAULO EGYDIO MARTINS, será analisado alguns artigos de extrema valor dentro do projeto e são ele :

proporção mínima de uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 10 leitos, além de mictório na proporção de 1 para cada 20 leitos. Artigo 90 Os locais destinados ao armazenamento, preparo manipulação e consumo de alimentos deverão atender às exigências para estabelecimentos comerciais de alimentos, no que aplicáveis. Artigo 91 - Quando tiverem 50 ou mais leitos, deverão ter locais apropriados para consultórios, medico e odontológico, bem como quarto para doentes. Artigo 92 - Deverão ter área para recreação e lazer, não inferior a 10% da área edificada. Parágrafo único - A área prevista neste artigo terá espeço coberto destinado a lazer, não inferior à sua quinta parte e o restante será arborizado ou ajardinado ou, ainda, destinado a atividades esportivas. Artigo 93 - Se houver locais para atividades escolares, estes deverão atender às normas estabelecidas .

CAPÍTULO IV Habitações Coletivas Seção II Asilos, Orfanatos, Albergues e Estabelecimentos Congêneres

Artigo 86 - Aos asilos, orfanatos, albergues e estabelecimentos congêneres aplicam-se normas gerais referentes a edificações e as específicas das habitações no que couber, complementadas pelo disposto nesta Seção. Artigo 87 - As paredes internas, até a altura mínima de 1,50 m, serão revestidas ou pintadas de material impermeável não sendo permitidas divisões de madeira. Artigo 88 - Os dormitórios coletivos deverão ter área não inferior a 5.00 m² por leito: os dormitórios dos tipos quarto ou apartamento deverão ter área não inferior a 5,00 m² por leito, com o mínimo de 8,00 m². Artigo 89 - As instalações sanitárias serão na

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CAPÍTULO XVII

Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e Congêneres Artigo 259 - Os Institutos ou Clínicas de Fisioterapia e Congêneres além das disposições referentes à habitação e estabelecimentos de trabalho em geral, e das condições especificas para locais dessa natureza, terão no mínimo: I - sala para administração com área mínima de 10 m²; II - sala para exame médico, quando sujeitos à responsabilidade médica, com área mínima de 10 m²; III - sanitários independentes para cada seção, separados do ambiente comum; IV - vestiários e sanitários para empregados. Artigo 260 - A área a ventilação e as especificações dos pisos, forros e paredes dos locais para fisioterapia propriamente dita ficarão a critério da autoridade sanitária. Artigo 261 - As salas de sauna e banho turco deverão receber, durante todo o período do seu funcionamento, oxigênio em qualidade adequada, através de dispositivos apropriados a critério da autoridade sanitária. Artigo 262 - Os estabelecimentos de que trata este Capítulo terão entrada independente, não podendo suas dependências serem utilizadas para outros fins, nem servirem de passagem para outro local

74



CAP. 6

CONCLUSÃO I


69


6.1

I ESTUDOS DE CASOS

Os estudos de casos, apresentados a seguir, são explicações de projetos que embasaram e serviram como referência para a execução do presente Trabalho de Conclusão de Curso, conforme o tema analisado e escolhido: Lar de Idosos. Os estudos apresentados foram realizados indiretamente, segundo blogs, revistas e internet.

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6.1.1 I VILA DOS IDOSOS- VIGLIECCA E ASSOCIADOS. Ficha técnica: A gestão do âmbito sócio-educativo é de competência da empresa Diagonal Urbana, que foi contratada pela Prefeitura de São Paulo, através de uma licitação.

Local: Pari, São Paulo. Escritório responsável: Vigliecca e Associados Ano do projeto: 2003 Conclusão da Obra: 2007 Área do terreno 7.270m2 Área construída 8.290 m2 Conforme o site oficial da Vigliecca, o projeto foi apresentado para Hector Vigliecca, em 2003, que disse contribuir para a solução. O mesmo procura suprir as necessidades, atendendo às demandas com uma arquitetura de qualidade, contrapondo-se ao preconceito e à exclusão social, contribuindo com a cidade no seu desenho. “Concebendo um edifício articulado por passeios horizontais que tem vistas para fora. Não pretendemos fazer apenas corredores de circulações, mas ruas de convívio”, argumenta Vigliecca.

A Vila dos Idosos é o resultado da ação conjunta dos dois órgãos, cada um dos quais incumbido de competências específicas. O funcionamento do conjunto habitacional envolve parcerias com numerosas entidades públicas e privadas, contando também com contribuições individuais.

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Vila dos Idosos é um empreendimento da prefeitura paulistana para a locação social, destinada para o público maior de 65 anos, que morem na capital há pelo menos 4 anos e ganhem até 3 salários mínimos. Vivem na Vila, aproximadamente, 175 pessoas, que habitam 145 unidades. O contrato é feito por meio de locação, tem duração de 4 anos, podendo ser renovado. O valor cobrado é de 10% do seu rendimento, isso para todos os moradores. O valor do condomínio é de R$ 35,00 reais. Essas são informações do blog do escritório Vigliecca e associados.


Figura 23 – Implantação Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing

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PROJETO O Conjunto está localizado em uma quadra arborizada, bem próximo à marginal Tiete. A edificação é composta por 2 blocos, com um formato em L. Ela abraça e interliga-se com uma biblioteca, que fica localizada da esquina do terreno.

Figura 25 – Edificação Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing

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Os edifícios são feitos de superfícies de alvenaria branca, com detalhamento escuro em torno das janelas - na face principal, voltados para a rua, foram inseridos módulos de serviço. Levando em consideração a condição econômica dos moradores, além das limitações orçamentárias, entendeu-se que os materiais a serem utilizados deveriam ser padronizados, porém de alta durabilidade e escassa necessidade de manutenção. O projeto estabelece a simplificação dos acabamentos, com laje aparente, eliminando revestimento das paredes e pisos. Na parte interna, orientada para o pátio central, o ritmo da edificação é determinado pela modulação das colunas circulares.

Figura 26 – Edificação Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing

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Em correspondência às portas de entrada das unidades, as fachadas são marcadas por recuos: este simples gesto sugere um convite, uma intenção de acolher quem vem de fora, e ao mesmo tempo induz os moradores a se apropriarem, e, consequentemente, a cuidarem de espaços situados além das soleiras de suas casas, incentivando ainda mais o uso dos recuos e a agregação entre vizinhos. Vigliecca previu a instalação de pequenos bancos fixos de concreto. A ideia teve sucesso, e quem percorre os corredores abertos do conjunto se depara com os sinais da apropriação pelos moradores: alguns revestiram os banquinhos de concreto com os mesmos azulejos usados dentro de casa; outros costumam colocar varais móveis, vasos de plantas, gaiolas para pequenas aves; outros, ainda, embelezam suas portas com obras de arte.

Figura 27 – Obras dos Idosos Fonte: https://pt.slideshare.net/lucpaixao/vila-dos-idosossp

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No topo, a laje de cobertura transpõe ligeiramente o perímetro do retângulo e forma uma pequena aba. O pátio, onde a vegetação ainda está em formação, tem como elemento principal um espelho d’água. O acesso às unidades voltam-se para o corredor de convívio, orientado para o pátio central - no térreo, ele é uma espécie de galeria. Ao lado da entrada de cada apartamento, encontra-se um banco duplo de concreto; as quitinetes têm bancos simples. Ao todo, o condomínio é composto por 145 moradias, sendo distribuídos em 57 apartamentos de 42m², e 88 quitinetes de 30 m², 25% das unidades adaptadas à portadores de deficiência especial; nestes, os banheiros contam com assento para banho, apoio para sanitário e espaço para circulação de cadeira de rodas, as portas são mais largas e a circulação é de fácil acesso.

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Figura 28 – Planta de Pavimento 1 e 2 Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing

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É possível a autonomia e independência dos idosos. Os outros são facilmente adaptáveis, caso necessário. Foram respeitadas todas as regras de acessibilidade. O edifício conta com três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água, horta comunitária, salão de festa, lavanderia coletiva e uma Unidade Básica de Saúde. As unidades terão intervenções que levem em conta a forma dos objetos como, por exemplo, largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das janelas, considerando a necessidade de um espaço físico adequado e confortável. VENTILAÇÃO O projeto se preocupou ainda em favorecer a ventilação natural cruzada, por isso todas as unidades têm janelas paralelas voltadas para a face externa e para a circulação, o que mantém os ambientes permanentemente arejados.

Figura 29– Ventilação Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing

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6.1.2 I Lar dos Idosos Peter Rosegger.

Nome da obra: Lar dos Idosos Peter Rosegger Escritório responsável: Dietgger Wissounig Architekten Data do projeto: Inaugurado em 2014 Tipo: Habitacional Estrutura: Pré Fabricada em madeira laminada Materialidade: Madeira e vidro Local: Graz, Áustria Prêmio: Gerambrose, em Styria, 2014.

CONTEXTO O lar de idosos Peter Rosangger é um edifício muito bem planejado, com uma estética de chamar atenção. Foi construído em uma antiga área militar, no oeste de Graz. Ganhou o prêmio Gerambose, em um concurso de arquitetura, em 2014. Os dados foram retirados do site do próprio arquiteto responsável, Dietgger.

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PROJETO Construído em um formato totalmente quadrado, formado por dois pavimentos, o lar dos idosos é repartidos por 4 blocos, com 8 habitações repartidas, sendo 4 no térreo e 4 no segundo pavimento. Próximo a um pátio, se encontra um jardim de uso exclusivo dos residentes, tornando uma grande praça aconchegante e que também possui uma horta comunitária onde os mesmos têm acesso, cuida e cultiva a suas plantações e jardinagem, que também funcionam como ponto de encontro.


Figura 30 – Perspectiva Frontal

Figura 31 – Perpectiva Lateral

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger Fonte : http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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O arquiteto Dietgger fez grande uso de madeira e vidro, interno e externo, com a intenção de deixar o ambiente mais leve com suas cores claras. O edifício é feito por grandes aberturas e largas varandas, facilitando a caminhada e mantendo um ambiente arejado com uma visão ampla, com luz natural.

Figura 32 – Detalhamento Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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Os quartos variam a direção que está orientada, mas todos os quartos existem uma janela grande, que pode servir como banco. Os quartos de enfermagem estão localizados no núcleo de cada edifício, garantindo que estão apenas a poucos passos de cada residente e que a casa possa operar de maneira eficiente, rápido e eficaz mantendo sempre a segurança de cada um. As janelas são dispostas uma ao lado da outra, em ambos pavimentos, proporcionando sensação de plenitude interna e externa.

Figura 33 – Quarto

As portas são dispostas a frente de cortinas de vidros, assim permitindo a visão das varandas e fornecendo iluminação natural nos corredores.

Figura 34 – Corredor

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger


Os quartos variam a direção que está orientada, mas em todos os quartos existem uma janela grande que podem servir como banco. Os quartos de enfermagem estão localizados no núcleo de cada edifício, garantindo que estão apenas a poucos passos de cada residente e que a casa possa operar de maneira eficiente, rápida e eficaz mantendo sempre a segurança de cada um.

Figura 35– Cozinha Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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Figura 36 – Diagramação Térreo Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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Figura 37 –Diagramação Primeiro Pavimento Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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ACESSIBILIDADE O edifício é feito com barras de apoio por todos os cantos, tornando-se um elemento fundamental na acessibilidade de idosos. Também foram implantados elevadores para aqueles com mais dificuldade de locomoção, juntamente à rampas de acesso.

Figura 38 – Barras de Apoio Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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Alguns espaços foram adaptados para que pudessem fazer atividades conjuntas e seguras, em uma amplitude de espaço. Existem quartos especiais para idosos com maiores problemas de saúde, que ficam localizados no meio do edifício e ao lado dos quartos de enfermeiros, fortalecendo o laço de cuidadores e pacientes.

MATERIAIS Ambos os pavimentos do edifício são inteiramente feitos com estruturas de madeira laminada, cruzada nas paredes e no teto formam a estrutura portanto, com as superfícies aparentes em muitos lugares. Para atingir a atmosfera aconchegante e espaçosa, as vigas de madeira foram utilizadas para o teto das salas comuns, com painéis externos também em madeira. Os móveis também são feitos com o mesmo tipo de madeira, tornando uma naturalidade no ambiente.

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Figura 39 – Detalhamento de Materiais Interno

Figura 40 – Detalhamento de Materiais Externo

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger

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6.1.3 I C.F. Møller

Cliente: Samvirkende Boligselskaber / KAB Endereço: Nørrebro, Copenhaga, Dinamarca Arquitetura e paisagem: C.F. Møller em colaboração com Tredje Natur Engenheiros: Bascon, Transsolar Colaboradores: Smith Innovation Tamanho: 37.895 m2 Ano: 2016 Prêmios: 1º Prêmio de competição de arquitetura

C.F. Møller

C.F. Møller é um dos líderes da Escandinávia empresas de arquitetura; com 90 anos de prêmio trabalho vencedor nos países nórdicos e no mundo inteiro.Em 2015,C.F. Møller foi nomeado um dos Top 10 mais inovadores das empresas em Arquitetura. Com nossa abordagem de design integrado que combina perfeitamente o design urbano, paisagem, construção e construção design de componentes, C.FMøller recebeu muito aclamado para projetos internacionais de referência como a Universidade única.

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(Simplicidade, clareza e despretensão,os ideais que guiaram nosso trabalho desde a prática foi estabelecida em 1924, são continuamente interpretado para se adequar ao indivíduo projetos, sempre específicos do site e combinadoscom sustentabilidade, inovação e social soluções de design responsável. Ao longo dos anos, ganhamos um grande número de nacionais e internacionais competições e grandes arquiteturas prêmios. Nosso trabalho foi exibido em exposições arquitetônicas em todo o mundo bem como publicado em livros e líder revistas profissionais.) C. F MOLLER ARCHITECTS , ABRIL 2


PROJETO A casa de atendimento existente da Sølund, localizada centralmente no distrito de Nørrebro de Copenhague, ao lado do Lago Sortedam, deve ser substituída por uma comunidade compartilhada de várias gerações, que combina 360 casas de atendimento, 150 habitações juvenis (incluindo 20 habitações para jovens com transtorno do espectro autista ), 20 moradias seniores, uma instituição de creche e três micro-lojas, bem como cafés, oficinas e facilidades de estacionamento público e privado - uma verdadeira "Casa das Gerações“.

Figura 41 – Implantação Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Figura 42 – Perspectiva da Implantação Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

Figura 43 –Perspectiva da Implantação Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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A maioria dos tipos de habitação, os residentes e os visitantes são únicos em um contexto dinamarquês, e se tornará um ponto central para o desenvolvimento do distrito inteiro de Nørrebro: o projeto tem um enorme potencial como gerador de atividade urbana, o que proporcionará à área vida e atmosfera com seus muitos moradores, funcionários e convidados que respiram a vida e a atmosfera no distrito.

Figura 44 – Corte Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Um lar convidativo, integrado na cidade. O foco central foi integrar de perto o complexo em seu contexto, com a proeminente frente do lago "no quintal" e o diverso e animado Nørrebro "no pátio da frente". Um piso térreo aberto e público reúne os ambientes centrados em três pátios generosos, que fornecem condições protegidas e agradáveis ​para os muitos residentes jovens e idosos.

Figura 45 – Perspectiva Lado Externo Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Um piso térreo aberto e público reúne os ambientes centrados em três pátios generosos, que fornecem condições protegidas e agradáveis ​para os muitos residentes jovens e idosos.

A instituição de cuidado diurno é colocada no ponto mais calmo e ensolarado ao sul, de frente para um novo parque de bolso à beira do lago, e as habitações seniores estão todas colocadas no piso térreo, com estaleiros privados - um motivo já existente em torno dos lagos de Copenhague. As residências para jovens estão localizadas em um prédio separado, criando uma passagem nova e íntima do lado da rua que proporciona uma entrada principal pacífica para o centro de atendimento. Essas funções, juntamente com o lar de idosos do primeiro andar e acima, compartilham uma comum "Praça da Geração“, no pátio central. Este é o local de encontro para os usuários e convidados de Sølund, cercado por uma rua interna que conecta as funções no piso térreo.

Figura 46 – Pátio Lateral Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Na rua interna existe cabeleireiro, microlojas, internet café e outros programas públicos para o lado urbano, oficinas públicas e instalações de reabilitação de frente para os pátios tranquilos, um café e um local multifuncional para o lago. Desta forma, Sølund cria a sua própria paisagem urbana verde, convidando crianças, jovens e idosos a se envolver em atividades compartilhadas, inspirar-se nas oficinas e cozinhas, ou simplesmente se encontrar em divisões de idade nos numerosos espaços verdes, criando um ambiente em que as pessoas que precisam de cuidados, não são mais excluídas da vida urbana e distanciadas de seus companheiros humanos.

Figura 47 – Pátio Lateral Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Figura 48 –Diagramação Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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As casas de cuidados estão bem iluminadas com vistas para a paisagem e a cidade circundantes, e apresentam nichos de acesso que podem ser personalizados pelos moradores. Os diferentes grupos habitacionais estão agrupados em torno de uma cozinha central e sala de estar com um grande foco na qualidade.

Figura 49- Implantação com Plantas Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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As fachadas, revestidas de madeira e tijolos, do centro levam suas pistas do tecido da cidade vizinha, com um ritmo vertical e variações discretas nas diferentes seções, que podem ser criadas a partir de uma paleta simples de soluções pré-fabricadas. Todo o complexo é projetado para atender aos rígidos códigos dinamarqueses para a classe 2020 de baixa energia, incluindo o foco em clima de interior saudável e com medidas passivas e adequadas.

Figura 50 –Detalhamento de Materiais Fonte: ftp://ftp.cfmoller.com

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Todo o complexo é projetado para atender aos rígidos códigos dinamarqueses para a classe 2020 de baixa energia, incluindo o foco em clima de interior saudável e com medidas passivas e adequadas. O escritório conseguiu pensar em tudo no seu desenvolvimento, desde cuidados com a paisagem, cuidados com as crianças e idosos, interação social com o público, conforto e acessibilidade. É uma obra que chama atenção por sua estética e por sua funcionalidade.

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6.2

I CONCLUSÃO

A elaboração dessa fase de pesquisa partiu do intuito de buscar, na arquitetura, alternativas de proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos, levando em consideração que a qualidade de vida do idoso está relacionada a diversos fatores, dentre os quais estão o ambiente e suas relações, promover um espaço de moradia coletiva que integrasse o idoso à comunidade, ao mesmo tempo que respeitasse a sua individualidade.

ambiente que os idosos que queiram ter autonomia para exercer suas atividades do dia a dia; liberdade para receber seus familiares e amigos em suas residências, além de uma vida mais ativa e sociável, sentir-se uma verdadeira transformação na qualidade de vida, pois eles merecem, assim como todas as pessoas, ter satisfação para viver, poder sentir-se útil, independente e feliz., um projeto empenhado no sucesso da funcionalidade.

Com esse trabalho de pesquisa será atingido um ponto mais alto, com a confecção de um plano de massas que servirá de referência para a continuidade do trabalho da unidade parte II. O estudo de caso deu grande suporte, como referências para a execução do projeto, atuando como ferramentas de auxilio com informações qualitativas e quantitativas do tema trabalhado. Ao fim desta unidade (Trabalho Final de Graduação I ), é cada vez mais convicto de que é necessário e possível propor uma arquitetura voltada para as pessoas, com base no bem-estar social. Um

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CAP. 7

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO


7.1

I DESENVOLVIMENTO

Conforme o desenvolvimento de parte de pesquisa, o processo de visão e percepção passa por novas fases, processo natural, quando houverem novas mudanças e novos conceitos. Para ser mais exato, novos reajustes e readequação de plantas, para que tudo saia conforme o desejado dentro do projeto. Partindo nessa fase, é essencial no desenvolvimento, para expressão de formas e funcionalidade, como isso passa a se pensar em tipologias e formas que se encaixam dentro da proposta. Nessa nova etapa de projeto será apresentado fases para execução final, desde croquis até o resultado que foi obtido.

111


7.2

I CROQUI A origem do termo croqui remonta ao início do século XIX: vem do francês croquer, que significa simplesmente esboçar, e pode aplicar-se às mais diversas áreas, da arquitetura à moda. Croqui significa desenho rápido ou bosquejo e não pressupõe grande precisão ou refinamento gráfico – embora haja croquis muito apurados, verdadeiras obras de arte. De modo geral, não representa uma idéia acabada ou coletiva, mas uma experiência individual, de descoberta e experimentação, como a pintura ou a escultura. Há croquis que se aproximam do desenho infantil e da sua liberdade de expressão única. O croqui também pode ser entendido como a primeira fase do projeto. (CAU, 2014., s/p).

O croqui tem grande importância no processo de desenvolvimento do projeto, com uma liberdade de expressão nessa fase de modificações, ampliando conhecimentos de como ficará o desenho de forma rápida e simples até chegar no consenso certo para a forma final depois de ser realizados os ajustes, como demonstram as imagens 51, 52 e 53 , onde alguns dos croquis do Lar que foram elaborados.

Na primeira parte do projeto, foi executado um plano de massas, sem a execução de croquis, que foi criticado na banca I. A partir disto, foi planejado e elaborado uma nova tipologia de plano, que será apresentada na parte de projeto. A decisão e conceito partiu a partir de novas ideias e desenhos .

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Figura 51 – Croqui 1 Fonte : Elaborado pela autora

Figura 52 – Croqui 2 Fonte : Elaborado pela autora

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Figura 53 – Croqui 3 Fonte : Elaborado pela autora

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7.3

I DESENHOS FINAIS

Depois de ideias novas, com o auxílio de croquis, foram criados desenhos executivos, como nas imagens a seguir, para melhor entender o conteúdo e o conceito final no projeto. As pranchas técnicas se encontram no link e no QR code a seguir. https://drive.google.com/open?id=1Ne79l8s2fGVvG UAtnN-7jkrkYVarzhC3

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Figura 54 – Planta TÊrreo Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 55 – Planta 1 Pavimento Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 56 – Detalhamentos Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 57 – Elevação Fonte : Elaborado pela autora

Figura 58 – Corte Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 59 – Planta de Situação e Cobertura Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 61– Perspectiva Rampa Fonte: Elaborado pela autora

Figura 60 – Perspectiva Frontal Fonte: Elaborado pela autora

Figura 62 – Perspectiva Academia Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 63– Perspectiva Posterior Fonte: Elaborado pela autora


Figura 64 – Perspectiva Pergolado Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 65 – Área de Lazer Coberta Fonte: Elaborado pela autora


Figura 66 – Perspectiva Frontal Quartos Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 67 – Perspectiva Posterior Horta Comunitária Fonte: Elaborado pela autora



CAP. 8

LAR DE IDOSOS-AMOR À IDADE


8.1

I PARTIDO ARQUITETÔNICO

A implantação, no partido arquitetônico, foi pensada após a ideia de criar espaços do exterior para o interior, mas de modo que ambos pudessem se comunicar. Espaços “cheios e vazios”, e com grande quantidades de aberturas, onde se cria uma amplitude e limpa visibilidade para o conforto dos idosos, criando três eixos interligados. Os cheios são as construções e os vazios são as praças, estas que deverão ser preenchidas, com objetos, bancos, vegetações, quiosques, entre outras coisas, seja com seres viventes, como pessoas e animais. A proposta é que os espaços vazios sejam vazios apenas no formato arquitetônico, mas que possam ganhar vida, através dos usuários e dos elementos que os comporão. Prédios com grandes aberturas que integram a relação de dentro e fora. Muito mais que estética, o Lar de Idosos foi inteiramente projetado para viver-se bem e sentir-se em estar em um lugar que os abrigassem com o máximo de conforto possível. Uma junção de 3 blocos de construções, dois laterais, em formato curvo, a fim de dar a sensação de abraço a quem entre no lar, e um central interligando os outros dois, para que a que eles possam se sentir seguros e com a certeza que sempre serão o centro.

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8.2

I CONCEITO

A principal intenção desse projeto é proporcionar momentos felizes e um lugar em que os idosos se sintam acolhidos e protegidos. A distribuição dos anexos foi pensada como se os idosos fossem o coração do projeto. Executar a construção de um lar que contará com maior espaço de área de lazer e convivência, um modo de se sentirem úteis e de ocupar a mente. Além do mais, ter todos os cuidados com os profissionais que estão ali para toda atenção exclusiva, exaltando a qualidade da saúde física e mental.

Vitalidade

Bem-Estar

Idosos Saúde

Descanso

Cuidados

Entretenimento

Atenção

Relacionamento Acolhimento

Figura 68 – Diagrama de Conceito Fonte : Elaborado pela autora

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91129


Figura 69 – Setorização pavimento térreo Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 70- – Setorização 1 pavimento Fonte: Elaborado pela autora

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8.3

I PLANTA TIPO

Todos os ambientes foram projetados embasados em pesquisas de melhoria, para executar algo viável e adaptado dentro das necessidades, desde a administração quanto os cuidados médicos, serviços e lazer. Porém, analisando com um cuidado maior o planejamento do local que os idosos permanecerão mais tempo do dia, que são as moradias. Um local que tenha conforto e segurança e, ao mesmo tempo, eles consigam fazer suas próprias tarefas sozinhos, por isso optado por um layout mais integrado, facilitando suas atividades e o mais importante, se sentirem independentes.

Foto Planta tipo

A planta foi repartida da seguinte maneira: quarto integrado com a sala, banheiro, uma cozinha pequena (para realização de coisas básicas), pois no dentro do lar existe uma restaurante comunitário com fiscalização de nutricionista. Foram alocadas porta de acesso, dos dois lados da varanda, e um vidro na altura dos olhos, entre a sala e cozinha, para que as cuidadoras e enfermeiras possam enxergar se está tudo certo com eles. .

Figura 71 – Planta Tipo Moradia Fonte: Elaborado pela autora

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8.4

I ACESSIBILIDADE Atualmente, um dos fatores que mais molda estruturas urbanas é o conceito da acessibilidade. Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida pudessem participar de atividades que incluam o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população, visando sua adaptação e locomoção, eliminando as barreiras. (SITE EDUARDO ROCHETTI, 2013, s/p)

O lar de idosos é um dos principais lugares que precisa de determinada segurança ou seja um ambiente acessível, para que evite o máximo de acidentes domiciliar. Portanto, foi projetado delicadamente cada detalhe voltado a eles. Por exemplo: • Uma construção totalmente plana no seu pavimento térreo, sem degraus ou desníveis e com piso antiderrapante, facilitando a caminhada e locomoção dos mesmos;

133

• Corredores de acesso com largura variável entre 2,00m a 3,00m. Possibilitando mais de dois cadeirantes transitarem com auxilio das cuidadoras evitando que se choquem; • Portas com no mínimo 1 metro de largura; • Barras de apoio internas e externas em alguns pontos, caso necessite para locomovê-los; • Maçanetas do tipo alavanca, que não exige precisão ou torção do pulso para seu acionamento com 15 cm de comprimento e 4 cm da superfície da porta, facilitando o encaixe da mão; • Rampa de acesso com inclinação de 8,25% e 2 metros de largura; • Elevador de 3m²; • Banheiro adaptado. • Terraplenagem de terreno favorecendo os usuários e normas de acessibilidade.


Figura 72 –Banheiro Adaptado- Planta Tipo Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 73 –Corte do Banheiro – Planta Tipo Fonte: Elaborado pela autora

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8.5

I MATERIAIS ADOTADOS

A escolha dos materiais é um processo muito delicado dentro de uma obra, ainda mais quando se trata de pessoas que exigem um grau de cuidado maior. Por isso, é importante ter atenção na hora de decidi-los. Além da estética, eles fazem toda a diferença no bem-estar e segurança, sendo essencial trabalhar com esses conceitos juntos. Os prédios são compostos por alvenaria, com acabamento em cimento queimado, dando uma aparência mais despojada. Além disso, possui uma textura agradável e tão fresca quanto a cerâmica, capaz de proporcionar forte aderência sobre vários tipos de superfícies. Uma grande vantagem sobre esse revestimento é a durabilidade e o custo relativamente baixo. O piso também será de cimento, finalizado junto a um verniz com areia de quartzo com a função de tornar a superfície do cimento antiderrapante e seguro. Figura 74 – Detalhes Cimento Queimado Fonte: Elaborado pela Autora

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Outro material escolhido para alguns detalhamentos dos prédios foi a madeira, que terá um misto no acabamento. Ela que se adapta em muitos ambientes devido a sua neutralidade e tem grande combinação com o cimento queimado, dando aspecto de modernidade .

A madeira é um dos mais importantes e versáteis materiais de construção. Com ela se fazem estruturas, vedações, telhados, esquadrias, móveis etc. É o único material que participa de todas os sistemas e etapas da construção de edifícios, desde um simples andaime ou uma forma descartável até um nobre revestimento de parede. É o único material natural renovável. (COLIN, 2 011, s/p)

Figura 75 – Detalhamentos com Madeira Fonte: Elaborado pela Autora

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Um dos elementos mais usados no projeto, aplicado nas grandes quantidades de aberturas que compõem a construção, e colabora com o partido arquitetônico, é o vidro, um tipo de fechamento que não impede a luz solar e a visão dos espaços, tem relação de dentro e fora, dando a sensação de extensão, auxiliando na integração dos ambientes, sem deixar de citar a beleza que ele proporciona. O material será temperado para maior segurança.

Figura 76 – Detalhamentos com Vidros Fonte: Elaborado Pela Autora

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Em algumas paredes externas, foi aplicado elementos vazados, mais conhecidos como cobogó, substituindo a parede de alvenaria. Além de uma utilização decorativa que cria divisórias e fechamentos, auxilia nos efeitos da luz e sombra que irá transformar todo o ambiente, desde quem vê o interior quanto o exterior. O elemento é uma identidade da arquitetura nacional. Criado para o clima tropical, proporciona eficiência energética pois filtra o sol e garante ventilação permanente, o que diminui a necessidade do uso de ar condicionado e iluminação artificial nas edificações. (NUNES, 2015, s/p.)

Figura 77 – Referência de cobogó Fonte: SustentArq

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Na cobertura, a escolha foi por materiais eficazes para o tipo de projeto. A telha sanduíche, conhecida como termoacústica, que além de ser uma cobertura isolante, é eficiente no equilíbrio da temperatura com a ajuda de seus materiais no núcleo, isto é, garante o conforto térmico e acústico. Também é um elemento sustentável, feito com materiais recicláveis e diminui o consumo de energia elétrica.

Figura 78– Telha Sanduíche Fonte: Blog AEC

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Alguns materiais de acabamentos para as plantas de moradia foram definidos com intuito de deixar um ambiente arejado, seguro, com todos os cuidados necessários, porém mantendo a mesma estética das outras edificações, para não perder o padrão e a composição de materiais.

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Figura 79– Detalhamento de Materiais de Acabamentos Fonte: Blog AEC

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I

8.6 TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS ADOTADAS 7.6.1

I COMPOSTAGEM Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstico, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil. (SITE ECYCLE, 2014, s/p).

Portanto, com o próprio lixo orgânico de dentro do lar, será de alguma forma sustentável, eles mesmos irão utilizar desta compostagem para cuidar das hortas, jardins, e toda vegetação, ainda prevenindo a produção de resíduos .

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Figura 80 – Processo de Compostagem Fonte: ARM, Águas e Resíduos de Madeira,S.A


8.6.2

I PAREDE VERDE O uso da vegetação é uma das opções para que as construções tornem menos agressivas ao meio ambiente, se tratando de um elemento natural, gera benefícios ao local amenizando a radiação solar, graças ao sombreamento de galhos e folhas, através da fotossíntese elas ajudam a filtrar e descontaminar o ar, além de que estar próximo a uma parede verde proporciona sensação agradável, aproximando o contato com a natureza. (NUNES, 2015, s/p.).

Além de visualmente bonito e com aspecto de vivo, a parede verde traz inúmeros benefícios sustentáveis, sendo o mais importante a estabilização do conforto térmico e a qualidade de ar para os idosos.

Figura 81 – Parede Verde Fonte: WESTWING

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8.6.3

I RESTRITORES DE VAZÃO

Pensando no uso racional da água, os restritores de vazão são utilizados nas torneiras para economizar na demanda da água sem desperdício, auxiliando no custo mensal da conta. Uso do restritor de vazão ajuda a economizar água. Um restritor de vazão é um dispositivo projetado para limitar a quantidade de líquidos ou gases que saem de uma torneira ou outro distribuidor. Estes dispositivos são muitas vezes econômicos, e podem ser úteis na redução da conta de água. Por exemplo, os modelos de restritores de vazão permitem que usuários possam reduzir a quantidade de água necessária ao lavar a louça ou tomar banho. (BRANCO, 2018, s/p) Figura 82– Restritor de Vazão Fonte: Manutenção e Suprimentos

145


8.6.4

I RECICLAGEM

Uma medida muito usada na sociedade sustentável, o ato de reciclar e ter de volta aquilo que foi dispensado um dia, reduzindo o impacto ambiental, agregando uma soma de benefícios, gerando qualidade de vida e auxiliando na ajuda da compostagem.

Apesar de não ser a única medida a ser realizada para a diminuição do lixo produzido pela sociedade, a reciclagem possui um importante papel, uma vez que, além de reduzir a quantidade de rejeitos, também diminui a procura por novas matérias-primas. Dessa forma, quanto mais se recicla, mais se reaproveita e, consequentemente, menor é a necessidade de extrair novos materiais da natureza (PENA, 2018, s/p).

146

Figura 83 – Lixeira padrão para coleta seletiva Fonte: Blog Daniel Levicosa


8.7

I PAISAGISMO

Existe uma área livre dentro do terreno de aproximadamente 10.685m², na qual foi trabalhado com paisagismo. Além do bem-estar que surge em conviver em um ambiente voltado à natureza, valoriza o projeto arquitetônico, equilibra o conforto térmico (luz e ventilação), realça formas, ameniza a rigidez, entre tantas outras qualidades. Caminhos foram elaborados entre as vegetações, para circulação e apreciação, além de mini praças com bancos e mesas e, também, uma horta comunitária para completar o desenho . Foram aplicados 7 tipos de árvores, sendo 2 delas frutíferas, de variados tamanhos, fácil manutenção, sombreamento e beleza para o conjunto do projeto.

Figura 84 – Tabela de espécie de árvores Fonte: Elaborado pela autora

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Figura 85 – Projeto Paisagismo Fonte: Elaborado pela autora

148



CAP. 9

CONCLUSÃO


9.1

I CONCLUSÃO

No desenvolvimento da proposta, com as considerações de referências e pesquisas para a execução deste projeto, juntamente ao partido arquitetônico e a proposta final deste TFG II (trabalho de conclusão de curso). Foi elaborado um lar exclusivo a idosos, com o máximo de conforto e segurança, que promova a qualidade de vida e para que eles sintam o prazer de estar ali todos os dias, explorando sua independência. Também, um lugar convidativo, onde haja interação com o público, com grande parte em contato com a natureza, vivendo o mundo verde. A fim de quebrar barreiras de visões negativas, que ainda não conhecem o quão importante é viver em um lar de idosos planejado a eles mesmo. Com a intuição de projetar um lugar que evite a exclusão e a depressão, que eles se sintam integrados com a sociedade, com uma moradia digna e aconchegante, a intenção é que tenham amor à idade e vivam como merecem, assim obtendo todos os resultados alcançados conforme o esperado.

151


152


108


108



CAP. 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


10.1

I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Thaís. Espaço Público de Assistência e Reintegração do Idoso. Disponível em: <https://issuu.com/thaisandrade03/docs/espa__o_p__blic o_de_assist__ncia_e_> Acesso em: 09 mar. 2017. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada n. 283, de 26 de setembro de 2005. Disponível em: < ....> Acesso em: 22 maio 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade a edificação , mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. NBR 9050/2015. Disponível em: <http://www.ufpb.br/cia/contents /manuais/abnt-nbr9050edicao-2015.pdf> Acesso em: 13 abr. 2018. ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DO BRASIL. Região metropolitana. Disponível em: <http://www.atlasbr asil.org.br/2013/pt/perfil_m/sao-joao-da-> Acesso em: 03 fev. 2017. __________. Município de São João da Boa Vista. Disponível: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m /sao-joao-da-boa-vista_sp> Acesso em: 07 abr. 2017.

156

BRANCO, Renata. Uso do restritor de vazão ajuda a economizar água. Disponível em: <http://www.manut encaoesuprimentos.com.br/conteudo/4687-uso-dorestritor-de-vazao-ajuda-a-economizar-agua/> Acesso em: 12 abr. 2018. BRASIL. Estatuto do Idoso . Lei federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003. Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. Disponível em: <http://www.p lanalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm> Acesso em: 22 mar. 2017. CAPEX. Sistemas: coberturas: Disponível em: <http://www.c apex.pt/coberturas.php> Acesso em: 14 abr. 018. COLIN, Silvio. A madeira em tempos de sustentabilidade. Disponível em: <https://coisasdaarquitetura.wordpress. com/2011/02/24/a-madeira-em-tempos-desustentabilidade-i/> Acesso em 14 abr. 2018. CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Croqui. Disponível em: <http://arquiteturaurbanis motodos.org.br/croqui/> Acesso em: 14 abr. 2018.


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MARTINELI, Leticia. Espaço público de integração do idoso com a sociedade. Disponível em: <https://issuu.com/le ticiamartineli0/docs/espa__o_p__blico_de_integra ____o_do> Acesso em: 30 abr. 2017.

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SÍTIO A TERCEIRA IDADE. Envelhecimento no Brasil: Os desafios da nova sociedade idosa. Disponível em: <https://www.aterceiraidade.net/enve lhecimento-no-brasil-desafios/> Acesso em: 14 mar. 2017.


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158

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“O intervalo de tempo entre a juventude e a velhice é mais breve do que se imagina. Quem não tem prazer de penetrar no mundo dos idosos, não é digno de sua juventude...” (Augusto Cury)


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