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Editorial O Brasil é o país das oportunidades O mercado de franquias no Brasil tem se expandido de forma extraordinária, principalmente nos últimos dois anos e diante desse cenário favorável, as empresas estrangeiras passaram a ver no Brasil uma excelente oportunidade para expandir suas redes de franquias. A WSI, empresa líder mundial em prestação de serviços na internet, com sede no Canadá e detentora de mais de 1.000 franqueados em 80 países, se lançou no mercado brasileiro em 2010 e já conta com 8 franqueados. Valerie Brown-Dufour, Vice-Presidente de Desenvolvimento Internacional da WSI afirma que as perspectivas da empresa para os próximos dois anos são bem otimistas e esperam chegar a 30 franqueados. Outro exemplo é o da Coverall, empresa com mais de 90 escritórios e mais de 9.000 franqueados em todo o mundo. A empresa ainda não tem nenhum franqueado no Brasil, mas está em fase de busca por master franqueados, mas as expectativas não poderiam ser melhores, pois já receberam inúmeros pedidos pelo portal BetheBoss. Nessa onda de otimismo, verifica-se que o e-commerce também pode facilitar a expansão do franchising no Brasil. De acordo com Paulo Kendzerski, Diretor Presidente da WBI Brasil, o marketing digital poderá contribuir na expansão de projetos de franquias ampliando a divulgação dos mesmos, bem como atuando como um canal de comunicação entre franqueadores e franqueados. Nessa edição será detalhado o panorama do segmento de Educação e Treinamento que tem demonstrado ser uma opção vantajosa de franquia, uma vez que cada vez mais, as pessoas têm buscado aprimorar seus conhecimentos devido às exigências do mercado de trabalho. Na coluna “O X da Questão” serão dirimidas as dúvidas de um franqueado que adquiriu duas franquias, mas continua trabalhando, ou seja, sua gestão é feita à distância. O sucesso registrado no lançamento da Revista Franquia In Foco ocorrido em novembro de 2010, mostra que estamos no caminho certo, fazendo da informação um ativo para o leitor. Maria Teresa Somma Publisher 4
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Publisher Maria Teresa Somma mtsomma@franquiainfoco.com.br Redação e Coordenação de Projeto Maria Teresa Somma Publicidade comercial@franquiainfoco.com.br Envio de artigos artigos@franquiainfoco.com.br Coluna “O X da Questão” colunax@franquiainfoco.com.br Imprensa imprensa@franquiainfoco.com.br Capa Luiz Antonio Cataldo Ferreira Diagramação Karla Wanderley
UMA PUBLICAÇÃO
Fone: (21) 2113-0193 www.editoraopus3.com.br
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Sumário
SEGMENTO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO EM EXPANSÃO
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TRANSFERÊNCIA DE NEGÓCIO
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DE OLHO NO MERCADO BRASILEIRO
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EDUCAÇÃO E TREINAMENTO
Segmento em expansão devido à busca do aperfeiçoamento contínuo
E-COMMERCE E FRANCHISING
O e-commerce tem sido uma ferramenta muito importante na expansão do franchising no Brasil
TRANSFERÊNCIA DE NEGÓCIO Artigo mostra as causas que levam franqueados a transferirem o seu negócio DESTAQUE Rede Brasil Aluguel de Veículos
20 DE OLHO NO MERCADO BRASILEIRO Redes internacionais de franquias enxergam no Brasil uma grande oportunidade de crescimento de seus negócios
22 OPINIÃO
Empresas americanas de olho no Brasil
25 LANÇAMENTO REVISTA FRANQUIA IN FOCO X DA QUESTÃO 27 OColuna onde Maria Teresa Somma esclarece dúvidas de leitores sobre o sistema de franquias
28 CIDADE IN FOCO
Campinas: um grande potencial no seto de franchising
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Panorama
Segmento de Educação e Treinamento em expansão devido à busca do aperfeiçoamento contínuo
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om o mercado de trabalho cada vez mais exigente, as pessoas têm buscado se aperfeiçoar de forma contínua. Além disso, o número elevado de opções de concursos públicos tem gerado um aumento na demanda por cursos preparatórios. Esse cenário acabou alavancando o segmento de Educação e Treinamento e tem propiciado um aumento, tanto no número de redes como de unidades de franquias. Segundo dados da ABF – Associação Brasileira de Franchising, o segmento teve um faturamento de R$ 4,603 milhões em 2005, obteve uma ligeira queda em 2006 com R$ 4.458 bilhões, mas a partir de 2007 seguiu em franco crescimento, chegando a um faturamento em 2009 de R$ 5.194 bilhões, com uma variação de 7% em relação ao ano de 2008. No que diz respeito ao número de redes, em 2005 eram 129 e passaram a ser 199 em 2009, apresentando uma variação de 16,4% em relação ao número de redes existentes em 2008. O número de unidades também cresceu de 10.726 em 2005 para 12.303 em 2009 (variação de 8,1% levando em consideração os números de 2008).
Segundo a Associação Brasileira de Franchising, de 2005 a 2009, o segmento de educação e treinamento apresentou os seguintes desempenhos:
FATURAMENTO – SEGMENTO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO (Valor em bilhões de R$) – 2005 a 2009
Fonte: ABF
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De acordo com pesquisa realizada pela Rizzo Franchise, em 2010, o segmento de Educação e Treinamento ficou em 5º lugar em números de franqueadores, com 178 redes e 12.993 unidades. O segmento ocupa também o 5º lugar no que diz respeito à geração de empregos, totalizando 115.506 postos de trabalho. O segmento de Educação e Treinamento engloba desde cursos de idiomas, cursos preparatórios para concursos públicos, cursos profissionalizantes e educação infantil. A Prepara Cursos é um exemplo de sucesso no franchising brasileiro no segmento de Educação e Treinamento. A empresa foi fundada em 2004 e entrou no segmento de franquias em 2005, oferecendo cursos profissionalizantes em diferentes setores, especialmente na área de informática. Em apenas 6 anos de atuação, a empresa atingiu um volume de 400 unidades e expertise em oferecer cursos em alta no mercado, como para os setores de Petróleo, Gás e Sucroalcooleiro e também Informática, dentre outros.
O segmento de Educação e Treinamento ficou em 5º lugar no que diz respeito à geração de empregos A receptividade por parte dos investidores tem sido ótima. Até o momento, foram inauguradas 414 unidades no Brasil, sendo 79 destas apenas em 2010.
“A Prepara Cursos mantém-se em pleno processo de expansão e tem como meta ser líder em cursos e treinamento até 2015”
Rogério Gabriel, Diretor Presidente da Prepara Cursos Profissionalizantes
O valor médio de investimento necessário para abrir uma franquia da Prepara varia de R$ 38.000,00 a R$ 122.000,00, sendo que a taxa de franquia pode variar de R$ 5.000,00 a R$ 50.000,00. O tempo médio de retorno de investimento é de 18 meses a 24 meses e a perspectiva é de que a rede atinja as 500 franquias nos próximos dois anos. Outro case de sucesso é a UNS Idiomas que é uma empresa especializada no ensino do idioma inglês. Para a elaboração de seu método, a UNS buscou o auxílio de profissionais especializados com décadas de experiência na didática em diferentes formas de ensino do idioma inglês para brasileiros. A metodologia de ensino
NÚMERO DE REDES SEGMENTO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO (2005 a 2009)
Fonte: ABF
desenvolvida pela empresa resultou em uma forma mais moderna e eficiente de se aprender o idioma, qualificando o aluno a se comunicar com fluência em apenas 18 meses. A UNS atua no mercado há 7 anos com cursos de inglês para adultos nos formatos Executive que é subdividido em GROUP ou VIP, tendo como princípio a mesma metodologia e material usado, porém a carga horária é diferenciada. A empresa trabalha ainda com grupos fechados em empresas, tendo como principal diferencial detalhes abordados direcionados ao ramo de atividades. Trabalha ainda para o público Kids e Teens nos formatos tradicionais de ensino. A empresa se lançou no mercado de franquias no ano de 2005 e já conta com 48 franqueados. O valor médio de investimento para abrir uma unidade da UNS é a partir de R$ 80.000,00 reais. A taxa de franquia varia conforme o potencial da região – de R$ 10.000,00 a R$ 50.000,00, sendo cobrado como fundo de publicidade 15% que já estão inclusos no valor do material didático. Não é cobrada taxa de royalties, uma vez que já é cobrada uma taxa de suporte mensal fixa que varia entre 1 a 2 ½ salários mínimos. O tempo médio do retorno do investimento gira entre 12 a 18 meses.
NÚMERO DE UNIDADES SEGMENTO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO (2005 a 2009)
Fonte: ABF
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Panorama
“Através de parcerias e estratégias comerciais a UNS pretende aumentar o número de escolas para 200 e dobrar o número de alunos em todas as escolas” No que tange à educação infantil, a franquia PEIXINHO FELIZ é decorrência de estudos teóricos e práticos realizados no Brasil e no exterior pela Mestre em Ciências Humanas e Educação, Professora Damir Forner, com a colaboração de toda a equipe da escola. Com embasamento científico e resultados comprovados, a escola prioriza o uso do diálogo e a negociação para educar a criança e desenvolver habilidades empreendedoras que permitam a ela conquistar seu espaço com ética e cidadania e crescer saudável e feliz. O trabalho desenvolvido ao longo do tempo nos permite oferecer aos franqueados segurança e apoio para garantir o sucesso do seu negócio. Trata-se de uma franquia com uma proposta alegre e atraente de educação infantil e ótima opção de negócio, destinada a educandários, empresários e novos empreendedores, com possibilidades reais de ganho financeiro. A pré-escola PEIXINHO FELIZ foi implantada em Chapecó/SC em 2004, após um trabalho consistente de pesquisa na área da Psicopedagogia Infantil e da Linguística, com um grupo de dez crianças, durante os anos de 2002 e 2003. Atende crianças em idade pré-escolar. Diante do sucesso da proposta e pelos resultados do programa de ensino e aprendizagem, em 2005 foi iniciado o processo de formatação e padronização da escola em modelo de franquia. A rede conta atualmente com mais de cinquenta investidores cadastrados. A franquia PEIXINHO FELIZ está sendo oficialmente lançada neste ano de 2011. Tendo como base os conhecimentos construídos durante o processo de criação da escola e da formatação da franquia, Damir Forner tem 10
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certeza de poder garantir aos franqueados um trabalho diferenciado na área da educação infantil e um ótimo negócio. O investimento para abrir uma franquia da pré-escola escola PEIXINHO FELIZ varia de acordo com o número de turmas que o franqueado deseja ter e das condições do imóvel onde será instalada a escola. Dessa forma, o investimento pode variar de R$ 50.000,00 a R$ 90.000,00. A taxa de franquia é de R$15.000,00 e o franqueado deverá pagar 5% Carlos Coelho, Gerente de Expansão da UNS Idiomas de royalties sobre o valor da mensalidade do aluno e 1% de taxa de publicidade sobre o é de 12 meses. Para os próximos 2 rendimento bruto mensal. O tempo anos, a meta da rede é abrir, no mínimédio de retorno de investimento mo, 15 escolas.
Instalações da Pré-Escola Peixinho Feliz
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Matéria
O e-commerce facilitando a expansão do franchising no Brasil
“O e-commerce no Brasil cresce em média 40% ao ano. Nossa previsão para 2011 é que chegue próximo aos 50%” Paulo Kendizerski, Diretor Presidente da WBI Brasil
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“O obstáculo hoje é a e-commerce tem crescido expansão dos projetos de franmuito nos últimos anos, tenmentalidade dos empre- quias, Paulo Kendizerski, Dido atingido o crescimento de retor Presidente da WBI Brasil, sários que insistem em 170% nos últimos 2 anos. Tal cenário afirma que preliminarmente vai tem afetado de forma direta o segmennão reconhecer a capaci- ajudar a ampliar a divulgação to de transportes e encomendas. Isso dos projetos de franquia. dade de geração de netudo devido à mudança no comportaPosteriormente, vai ajumento dos consumidores que passaram dar atuando como um canal gócios que a internet traz a utilizar cada vez mais a internet para de comunicação não somente aos diferentes segmentos dos franqueadores, mas tamfazer suas compras. Devido ao aumento na demanda, muitas empresas que bém, e principalmente, dos de negócios” trabalham com e-commerce passaram franqueados. a terceirizar o serviço de logística, que Até bem pouco tempo os Paulo Kendizerski por sua vez, acabou impulsionando a consumidores ainda tinham Diretor Presidente da WBI Brasil transformação de muitas empresas de receio em adquirir produtos logística em franquias e consequenteou serviços pela internet, pois mente o número de unidades também aumentou. ficavam preocupados com a segurança do pagamento De acordo com o e-bit, em 2009 as lojas virtuais fatu- com cartão de crédito. O investimento em tecnologias raram cerca de R$ 10,6 bilhões, 30% a mais do que o ano que propiciam uma maior segurança e a entrada no meranterior. No que diz respeito ao número de consumidores cado do pagseguro facilitaram o aumento da demanda, das lojas on line, em 2009 chegaram a 17,6 milhões, 33% uma vez que além de oferecerem a opção de pagamento a mais que o registrado em 2008 e o tíquete médio de com boleto bancário, dá até 14 dias para o consumidor compra em 2009 foi de R$ 335,00. Esses números deixam reclamar e conseguir o seu dinheiro de volta. Atualmente não existem mais obstáculos para as pessoas comprarem claro o poder de compra do e-consumidor. Em relação à contribuição do marketing digital na pela internet. 12
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“Estudos apontam que 10% do investimento em uma filial seja suficiente para desenvolver um bom projeto web”.
Paulo Kendzerski Diretor Presidente da WBI Brasil
Simples alternativas: uma entrevista enriquecedora Franquia in Foco - De que forma o marketing digital pode contribuir para a expansão dos projetos de franquia no Brasil? Paulo Kendizerski - Num primeiro momento, ampliando a divulgação dos projetos de franquia. No segundo, atuando como um canal de comunicação não só do franqueadores, mas principalmente dos franqueados. Franquia in Foco - Que ações a WBI Brasil propõe a empresas que desejam fortalecer seus negócios na web? Paulo Kendizerski - A partir da elaboração de uma estratégia de comunicação no ambiente web, a WBI pode auxiliar as empresas a melhorar suas ações de relacionamento bem como na ampliação da divulgação dos projetos das franquias em todo o Brasil, inclusive na América Latina e até em outros continentes. Franquia in Foco - O que é fundamental que as empresas saibam antes de investir em uma loja virtual? Paulo Kendizerski - É necessário investir em pessoal
capacitado em planejamento digital e principalmente na escolha de uma solução que permite escalabilidade. Franquia in Foco - Quais os maiores obstáculos à compra pela Internet? Paulo Kendizerski - Eu diria que hoje não existem mais obstáculos para as pessoas comprarem pela internet. Pelo contrário, a internet se transformou numa excelente oportunidade de negócios para empresas de todos os segmentos. Diria mais. O obstáculo hoje é a mentalidade dos empresários que insistem em não reconhecer a capacidade de geração de negócios que a internet traz aos diferentes segmentos de negócios. Franquia in Foco - O faturamento obtido com as vendas online justifica o investimento inicial aplicado em uma loja virtual? Paulo Kendizerski - Com certeza. Temos estudos que apontam que 10% do investimento em uma filial seja suficiente para desenvolver um bom projeto web. Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Artigo
Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Por Maria Teresa Somma3
Ser otimista é imprescindível na vida, mas é importante saber dosar esse sentimento, pois na maioria das vezes, o seu excesso acarreta problemas futuros se tornando um dos motivos que levam a franqueados a terem que repensar e mudar o rumo.
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om o intuito de entender os motivos que levam franqueados a transferir o seu negócio, foi realizada uma pesquisa exploratória, através de consultas em classificados em jornais de grande circulação do Rio de Janeiro e São Paulo, no período de Janeiro de 2009 a abril de 2010. Verificou-se que nesse período 367 franqueados tentaram transferir o seu negócio. Os segmentos de franchising enquadrados nessa população (367 franqueados) foram: 279 (76%) do segmento de Alimentação; 42 (11%) Educação e Treinamento; 26 (8%) Estética; 11 (3%) Vestuário e 9 (2%) Negócios (Gráfico 1).
Gráfico 1 - Transferência de franquias por segmento
Dos 367 franqueados foram selecionados 52 para a realização de entrevistas em profundidade. Para tanto, foi elaborado um roteiro com 19 (dezenove) perguntas abertas, para possibilitar maior liberdade de respostas para os entrevistados. Após a realização das entrevistas, foi realizada uma leitura transversal do seu conteúdo, identificando a categoria de maior relevância, para posterior análise. Foi possível extrair uma categoria central e posteriormente esta foi agrupada em categorias de relevância. A categoria central foi: “Motivos para a transferência do negócio” e as categorias de relevância foram: “Gestão à distância”; “Falta de capacidade de gestão”; “Falta de comunicação entre franqueador e franqueado”; “Escassez dos recursos financeiros”; “Demora no retorno do investimento”; “Entusiasmo excessivo”; “Dissolução de sociedade” e “Dificuldade na transferência do negócio”. No quesito “Gestão à distância”, verificou-se que os entrevistados decidiram transferir o negócio, uma vez que adquiriram a franquia, mas continuaram trabalhando em empresas públicas ou privadas, deixando as lojas sob a responsabilidade de empregados. Com o tempo, viram que é impossível obter sucesso dessa maneira. No que diz respeito à falta de capacidade de gestão, observa-se que a escolha pelo sistema de franchising Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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foi uma opção de mudança de vida, mas sem uma análise prévia do real perfil de empreendedor por parte dos franqueados. Detectou-se que grande parte das pessoas não imaginavam o quanto se trabalha no varejo, principalmente no segmento de alimentação, que é uma das opções preferidas, por acreditarem que se trata de um segmento onde o faturamento é maior. Não há dúvida que o faturamento é bom, mas em compensação o trabalho é árduo. Tudo isso deve ser bem avaliado antes do candidato a franqueado escolher o segmento que vai abrir. É imprescindível deixar de lado a ideia de “glamour” que algumas pessoas têm de certas marcas, pois tal percepção acaba rápido quando há a necessidade de colocar “a mão na massa”. Outro fator crítico verificado nas falas dos respondentes é a falta de comunicação entre franqueador e franqueado. O sentimento de frustração é bem comum entre os entrevistados e a falta de clareza nas informações passadas ou a má interpretação por parte dos franqueados também é recorrente. Vários entrevistados mencionaram a questão do valor total do investimento que acabou sendo mais alto do que o informado, bem como o tempo de retorno do investimento. Como dito anteriormente, esse tempo é calculado baseado em uma média que varia de acordo com vários fatores, como por exemplo, a localização do negócio. Ainda com relação à falta de comunicação entre franqueador e franqueado, detectou-se uma grande decepção com relação ao faturamento do negócio. É importante que fique claro que o valor informado pelo franqueador é baseado em uma média e que varia, da mesma forma que o tempo de retorno de investimento, mencionado anteriormente. Outra questão relevante nesse aspecto é que muitos franqueados acreditam que o faturamento informado é o lucro que vão ter, mas o valor mencionado é o faturamento bruto e não o líquido (lucro). Do faturamento bruto são tirados todos os custos e normalmente o faturamento líquido (lucro) gira em torno de 10% a 15% do faturamento bruto. As taxas de royalties e publicidade também são motivo de reclamação. Outro fator que leva muitos empreendedores a terem que se desfazer do seu negócio é a escassez dos recursos financeiros. Isso ocorre por pura falta de planejamento por parte dos mesmos. Nunca se deve investir todas as economias, apenas uma parte, uma vez que deverão ter um dinheiro reserva até o negócio obter o retorno do investimento. Muitos franqueados, por falta de informação ou por agir de forma prematura, ao invés de fazer um financiamento voltado para o setor de franquias, preferem fazer outros tipos de empréstimos que acabam trazendo problemas futuros. Muitas vezes esses erros são causados pelo entusiasmo excessivo. Ser otimista é imprescindível na vida, mas é importante saber dosar esse sentimento, pois na maioria das vezes, o seu excesso acarreta problemas futuros, se 16
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tornando um dos motivos que levam a franqueados a terem que repensar e mudar o rumo. Outro aspecto verificado é a impaciência por parte dos franqueados devido a demora no retorno do investimento. Muitos dos entrevistados demonstraram que embora soubessem que o retorno do investimento levaria um tempo, somente se conscientizaram disso depois de pelo menos seis meses após o início das atividades. O entusiasmo inicial impediu que analisassem de forma realística o tempo que levariam trabalhando sem obter lucro. Como verificado, a questão do retorno do investimento pode ser causada tanto pelo entusiasmo inicial em excesso como pela falta de comunicação entre franqueador e franqueado, como mostrado anteriormente. O candidato a franquia deve estar consciente que a escolha por esse tipo de negócio necessita de paciência, comprometimento com o negócio e que a demora pelo retorno do investimento é um processo natural do varejo e que por vezes, pode demorar além do previsto. Para tanto, deve-se preparar para isso de forma que esse fator não impeça a continuidade do negócio. Um grande problema quando se abre uma empresa é a questão do relacionamento dos sócios e o grau de comprometimento destes com o negócio. Sociedade é um “casamento” que requer cautela redobrada. Nem sempre o sócio que apresenta um perfil mais adequado será um parceiro ideal, comprometido com os mesmos objetivos. Isso fica claro na fala dos entrevistados. Além de todos esses aspectos já mencionados, existe um agravante que é a dificuldade na transferência do negócio. Cabe mencionar que geralmente quando um franqueado pretende transferir o seu negócio, os interessados deverão ser analisados pelo franqueador e o negócio somente é fechado mediante a concordância do mesmo. Muitos empreendedores ao adquirir uma franquia não se dão conta desse detalhe, mesmo porque, a última coisa que se pensa ao adquirir um negócio é que vai haver a necessidade de transferir o mesmo. Outro fator dificultador são os custos que o novo franqueado vai ter que arcar. Além do valor cobrado para a aquisição do negócio, outros custos podem surgir como: taxa de transferência cobrada pelo franqueador; taxa de transferência de contrato de locação, principalmente quando as lojas ficam localizadas em shopping centers. Existem casos em que o franqueado consegue junto ao franqueador a isenção da taxa de transferência, ação esta já praticada por alguns franqueadores. Além disso, o franqueado ao tentar transferir o seu negócio, estipula um valor de venda completamente fora da realidade, dificultando que alguém venha a adquirir tal negócio. Geralmente no varejo, o valor de venda se baseia no faturamento da loja que normalmente gira em torno de três vezes o valor do faturamento. Então, em uma loja que fatura R$ 50.000,00 o valor plausível de venda será R$ 150.000,00, podendo chegar a R$ 200.000,00. Entretanto, nessa pesquisa, foram verificados casos em que franqueados pediam até 7 vezes o valor do faturamento, o
que torna inviável a venda. Isso foi constatado com o fato de que depois de 4 meses tentando transferir o negócio por esse valor, o franqueado ao verificar a dificuldade na transferência, diminuiu o valor de venda para 4 vezes o valor do faturamento.
Além dos motivos que levaram os franqueados a transferir o seu negócio, foi possível constatar alguns aspectos interessantes como: a) Predominância de empreendedores do sexo masculino Dos 52 entrevistados, 41 (79%) eram do sexo masculino, o que reforça a tese de que as mulheres têm obtido sucesso no setor de franquias. Além disso, as mulheres têm um perfil de buscar outras soluções antes de tentar transferir um negócio. Os homens, por sua vez, pela sua capacidade prática, buscam resolver o assunto o mais rápido possível, mesmo que talvez de forma precipitada. As mulheres também possuem uma capacidade de análise mais apurada que os homens, e isso faz com que no ato da escolha de um negócio, elas pesquisem os detalhes sobre o mesmo, o que ocasiona em uma probabilidade maior de sucesso. Verificou-se também que as mulheres que estão buscando transferir o negócio, possuem um grau maior de capacidade de negociação, uma vez que a maioria das 11 entrevistadas, conseguiu com o franqueador, por meio de argumentações, que estes deixassem de cobrar a taxa de propaganda e a taxa de transferência, visando facilitar o fechamento do negócio. b) Tempo de existência do negócio Ao serem questionados quanto ao tempo de existência da loja, verificou-se que a grande maioria, ou seja, 85% deles, abriram a loja em menos de 1 ano. Isso demonstra claramente a impaciência por parte dos entrevistados em levar o negócio adiante e esperar o retorno do investimento. c) Localização da loja Verificou-se que a loja de 92% dos entrevistados fica localizada em shopping center, e o alto custo do aluguel e condomínio também acabou propiciando a desistência do negócio. É inegável que o movimento de consumidores em shopping centers é bem maior, ocasionando maior índice de venda, mas existem determinados tipos de segmentos, cujo volume de vendas em lojas de shopping não é tão grande. Detectou-se que o segmento de Alimentação é um dos que mais faturam em shopping centers, tanto que todos os entrevistados cujo segmento de atuação era o de alimentação, nenhum deles tinha loja em shopping, ou seja, todas eram localizadas em lojas de rua.
d) Financiamento do valor do investimento inicial De todos os entrevistados, 63% informaram que financiaram totalmente ou parcialmente o investimento inicial e como a maioria está tentando transferir o negócio antes de completar um ano de existência, naturalmente que a dívida não está quitada, ou seja, parte do que receberem com a transferência do negócio será utilizada para quitar tal dívida. Todas essas constatações são importantes para enfatizar a necessidade de uma análise criteriosa e sem pressa antes de optar pela compra de uma franquia. Muitos aspectos devem ser observados, mas o que precisa ficar bem claro é que o candidato a franquia deve estar extremamente consciente de que o processo que levará ao sucesso de um empreendimento é longo e exige além de paciência, comprometimento e persistência, o item talvez mais importante nisso tudo que é a paixão pelo que faz, pois sem isso é impossível suportar as fases difíceis que com certeza ocorrerão ao longo da vida empresarial. Outra questão importante que foi constatada no processo de entrevistas é que dos 52 entrevistados, 63%, ou seja, 33 deles assumiram que estão tentando transferir o negócio para terceiros por erros de gestão ou outros que culminaram nessa decisão, mas 19 (37%) entrevistados mencionaram outros motivos para essa transferência de negócio. Onze (21%) deles afirmam que estão querendo mudar de ramo, o que não deixa de ser um problema causado pelo erro na escolha do segmento. A impressão nítida demonstrada nas entrevistas reflete que essas pessoas não têm ainda uma convicção para qual segmento vão migrar. Isso ressalta uma insegurança muito grande e a propensão de posteriormente incorrer no mesmo erro, trocando novamente de ramo, até quem sabe, encontrar algum segmento que seja adequado ao perfil do franqueado. Oito (15%) mencionaram como motivo, a mudança para outro estado. É óbvio que em alguns casos, isso pode realmente acontecer, mas o que se percebe é a resistência de algumas pessoas em admitir erros, pois esses sugerem um fracasso das mesmas. Através dessa pesquisa foi possível verificar os erros cometidos, mas trouxe também a certeza de que a franquia é um negócio com maior probabilidade de sucesso do que outros tipos de negócios, pois o número de franqueados que tentaram transferir o seu negócio foi infinitamente menor do que o número de pessoas tentando vender outros tipos de empreendimentos no mesmo período da pesquisa.
1 - O resultado completo da pesquisa se encontra no livro “FRANQUIA AO ALCANCE DE TODOS” de Maria Teresa Somma. 2 - Nesse número não estão contabilizados os anúncios repetidos em várias semanas. 3 - Atua como consultora na área de expansão de negócios e é autora dos livros “Franquia ao alcance de todos” e “Planejando estrategicamente sua vida profissional. Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Destaque
Rede Brasil Aluguel de Veículos
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“Funcionamos em regime de parceria formando um grande condomínio, onde o franqueado paga uma taxa fixa correspondente ao uso de marca, na proporcionalidade da empresa e do tamanho da cidade” Paulo Nemer, Diretor da Rede Brasil Aluguel de Veículos
trajetória da Rede Brasil Aluguel de Veículos começou em 1994, com a necessidade do mercado brasileiro em ter um sistema diferenciado, com propostas e objetivos de uma verdadeira rede, onde a relação de franqueado com franqueador fosse substituída pela parceria. A Rede Brasil cresce a cada ano e reflete a credibilidade da marca, no mercado de locação de automóveis e com cada um de seus franqueados e clientes, oferecendo variedade de veículos, com preços competitivos, tarifas promocionais e atendimento diferenciado. Em diversos estados do País, o cliente confirma a qualidade e sinergia Rede Brasil, através da rapidez e pontualidade no atendimento diferenciado, veículo adequado, operações de preços e condições de pagamento. A missão da Rede Brasil Aluguel de Veículos é superar a expectativa dos clientes, oferecendo o aluguel de veículos como alternativa de locomoção sempre em carros novos e revisados. O princípio da empresa é desenvolver serviços que valorizem e satisfaçam o cliente e para isso buscamos ações integradas e orientadas para o mercado. A Rede Brasil Aluguel de Veículos trabalha com um conceito inédito de franchising, pois não cobram royalties, e sim uma taxa mensal fixa de uso de marca, na proporcionalidade do potencial da cidade onde está localizada a franquia. O empreendedor ao se tornar franqueado da Rede Brasil, conta com toda a infra-estrutura corporativa, rede de agências, central de reservas, desconto na aquisição de veículos, treinamento especializado, além de ganhar por cada reserva emitida. A Rede Brasil tem outro grande diferencial, onde seus franqueados possuem voz ativa em todas as diretrizes do planejamento, através de um colegiado com total poder para todas as decisões, bastando apenas comparecer nas reuniões estabelecidas. A Rede Brasil Aluguel de Veículos recebeu o Selo de Excelência em Franchising da Associação Brasileira de Franchising - ABF/2010.
Nossas Vantagens: - Não cobramos royalties; - Infra-estrutura corporativa; - Rede de agências; - Reciclagem do franqueado e de seus funcionários; - Desenvolvimento dos manuais de procedimentos internos;
- Newsletter - Ganho por cada reserva enviada; - Descontos super especiais na aquisição de frota; - Assessoria de marketing e publicidade; - Planejamento de mídia anual; - Central de Reservas www.rbr.com.br Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Capa
De olho no mercado brasileiro
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evido o aumento no consumo ocorrido principalmente pela ascensão da classe C, a receita das franquias alcançou números além do esperado. De acordo com pesquisa da Rizzo Franchise, em 2010 foram instaladas 12.198 franquias, sendo 1.017 inaugurações por mês e 33 por dia. A pesquisa mostra ainda que 171.281 novas vagas de empregos foram gerados no período. A pesquisa ilustra que em 2010 o setor de franchising conta com 2.226 empresas franqueadoras e 160.272 unidades entre próprias e franqueadas. Cabe salientar que do total de empresas franqueadoras que atuam no mercado, 87% são de origem brasileira. Diante desse cenário promissor, as empresas estrangeiras passaram a ver no Brasil uma excelente oportunidade para expandir suas redes de franquias. Um bom exemplo é a WSI, 20
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empresa líder mundial em prestação de serviços na internet, que tem sua sede no Canadá e com 15 anos no mercado internacional já possui mais de 1.000 franqueados em 80 países.
WSI e a busca de parcerias perfeitas Segundo Valerie Brown-Dufour, Vice-Presidente de Desenvolvimento Internacional da WSI, o processo de entrada no mercado brasileiro levou um certo tempo, pois desejavam fazer algo diferente e o processo legal “A WSI possui uma cultura no Brasil foi um pouco muito grande de colaboração, lento. A empresa buscou parceiros certos onde os franqueados trabapara atuarem no merlham em conjunto, cado brasileiro como master franqueados. A em sinergia” empresa se lançou no Valerie Brown-Dufour mercado brasileiro em Vice-Presidente de Desenvolvimento Internacional da WSI 2010 e já conta com 8
Valerie afirma ainda que as perspectivas da empresa para os próximos dois anos são bem otimistas e esperam chegar a 30 franqueados. Entretanto, pondera que a Rede WSI prioriza a cautela na escolha de franqueados, pois fazem uma seleção rigorosa, buscando ter franqueados com perfil adequado.
dente sênior da Coverall, o programa de Master franquias internacional oferecido pela Coverall oferece os direitos exclusivos de desenvolvimento para implementar o modelo de negócio em todo o país ou território. A Coverall ainda não possui nenhum franqueado no Brasil, pois
está a procura de master franqueados interessados e tem recebido já inúmeros pedidos pelo portal BetheBoss.com.br. Para Kevin Derella, as perspectivas para os próximos dois anos são bem positivas em relação a entrada da empresa no mercado brasileiro.
Coverall em ampla expansão no Brasil Outro exemplo é o da Coverall, empresa com mais de 90 escritórios e mais de 9.000 franqueados em todo o mundo. O sistema da Coverall se baseia em um método de limpeza priorizando a saúde. O trabalho da empresa vai além de uma limpeza tradicional com a ajuda de produtos e sistemas de trabalho desenvolvidos pela Coverall. A demanda por serviços deste tipo tem tido um crescimento exponencial no Brasil e no mundo. Segundo Kevin Derella, vice-presie-
“O Brasil é um Mercado com um número imenso de oportunidades tanto para Master franqueados como para franqueados” Kevin Derella, Vice Presidente Sênior da Coverall Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Opinião Empresas americanas de olho no Brasil
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esde o surgimento da crise no mercado Norte Americano, muitas redes de franquias estão cada vez mais interessadas em expandirem os seus negócios no mercado internacional. O Brasil tornou-se uma escolha óbvia para muitos deles por ser encarado como um dos dois mercados que mais crescem neste setor em nível mundial. O sucesso atual de empresas americanas que estão no mercado brasileiro como a empresa Subway, Postnet e Action Coach entre outros são um incentivo adicional que comprovam que os conceitos americanos podem se adaptar e crescer no mercado brasileiro. Um outro fator que tem tornado o Brasil ainda mais atraente é a revisão de acordos bilaterais entre os dois países que estão sendo negociados neste momento e a franquia é um dos assuntos colocados nesta pauta. Só no mês de janeiro de 2011 o portal www.BeTheBoss.com.br fechou acordo com mais de 10 empresas que buscam parceiros no mercado brasileiro para expandirem o seu negócio. Estas empresas oferecem uma oportunidade única para empresas e pessoas interessadas, pois a maioria delas querem oferecer direitos exclusivos para todo território brasileiro ou uma região para os seus candidatos permitindo, dessa forma, a possibilidade, não somente de ganhar com o “know-how” e experiência no mundo inteiro no ponto de venda ou serviço oferecido, mas também de se tornar um franqueador. Em alguns casos, como a Meineke, uma empresa especializada em centros de serviços automotivos com mais de 1.200 pontos de venda, existe a possibilidade de adquirir somente uma franquia unitária reduzindo o custo do investimento inicial com a possibilidade de abrir mais pontos de
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venda. Outro caso particular é o da Pollo Tropical que pertence ao grupo Carrols que opera mais de 560 restaurantes e é cotado na bolsa de valores NASDAQ sob a sigla TAST. A Pollo Tropical não vende franquias nos Estados Unidos e colocou o Brasil como sua prioridade número um na expansão de novos mercados. A Coverall é uma empresa de limpeza comercial que oferece um serviço muito especial ajudando as empresas eliminarem boa parte das bactérias que podem ser encontrados em ambientes de alta circulação. TGI Fridays que já esteve presente no Brasil está voltando com uma nova estratégia de mercado e pretende reformar os pontos já existentes e buscar novos franqueados que queiram se beneficiar da notoriedade de uma empresa com uma presença forte no mundo inteiro. Existem conceitos menos conhecidos como a Robeks, que ganhou a sua notoriedade e premiações através da venda de Smoothies preparados com frutas brasileiras em suas 130 lojas. Uma das estratégias mais interessantes para o mercado brasileiro é a de conseguir em uma segunda etapa, a utilização de fornecedores exclusivamente locais, evitando assim as altas alíquotas de importação cobradas sobre produtos e bens de consumo. A Shoebox New York é uma das poucas franquias de moda nos Estados Unidos que está se posicionando para se tornar a maior marca do mundo na venda de calçados de luxo femininos. Apesar da crise Norte Americana, um dos poucos mercados que tem apresentado um crescimento anual de 20% ao ano está no ramo de sorveterias é a Marble Slab Creamery que também está apostando no mercado brasileiro oferecendo um conceito único, onde colaboradores
Fabio Scocimara, Diretor BeTheBoss Brasil
habilmente treinados em um ambiente convidativo e criam uma sobremesa exclusiva para atender o paladar de cada cliente. Molly Maids oferece serviços de limpeza às residências, o que segundo o resultado de uma pesquisa prevê um crescimento muito grande nos próximos anos. O aumento nos custos de contratação de diaristas ou empregadas domésticas e os critérios e imposições trabalhistas cada vez mais rigorosos impostos pelo governo faz com que o consumidor busque soluções para aliviar estas responsabilidades através de empresas. Esta mesma pesquisa de mercado indicou a falta de mão-de-obra especializada com garantias de qualidade nos serviços de concertos domésticos, abrindo um mercado gigante para uma empresa com 15 anos de experiência e 300 unidades franqueadas. A Mr. Handyman vê no Brasil um dos melhores mercados no mundo para este tipo de serviços e já contratou pessoas no Brasil para apoiar os seus esforços de expansão. Estas empresas evidenciam cada vez mais a importância do Brasil no mercado mundial e as oportunidades que hoje se abrem ao consumidor brasileiro. Tendo trabalhado com franquias em quase 50 países, a minha experiência indica que este momento é único para o Brasil e empreendedores qualificados que aproveitarem deste momento colherão muitos frutos no futuro.
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Lançamento
Revista Franquia in Foco é lançada em grande feira do setor no Rio de Janeiro Em novembro de 2010 foi lançada a Revista Franquia in Foco em um grande evento no Rio de Janeiro e foram distribuídos gratuitamente 10.000 exemplares da revista ao público visitante. A receptividade não poderia ter sido melhor, o que deixa clara a busca por informações acerca do sistema de franchising.
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Coluna
com Maria Teresa Somma
Tinha uma reser va financeira e resolvi investir em uma franquia. Entretanto, como funcionário público, permaneci trabalhando. Após seis meses, resolvi investir em uma nova unidade em um shopping center e para tan to fiz um empréstimo consignado, já que tenho essa facilidade como funcionário público. Embora eu tenha sócios , sinto que o retorno financeiro está aquém do que
os
merecem.
empre endimentos Estou à procura
de um novo sócio investid o r, p a r a p o d e r a l a v a n c a r os negócios, mas está difícil encontrar um que tenha também uma capacidade de gestão e que tenha experiência no varejo. ( LC , R i o d e J a n e i r o)
Envie um e-mail para: colunax@franquiainfoco.com.br
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baixo retorno dos investimentos convencionais, como poupança ou renda fixa, ou o risco de investir na bolsa de valores tem levado muitas pessoas a investirem na aquisição de um negócio e a franquia tem sido uma boa opção. Entretanto, não basta ter dinheiro para ter sucesso no empreendimento. É necessário que haja a conjugação de diversos fatores e um deles, senão o principal, é a capacidade de gestão do negócio. Além disso, o comprometimento com o empreendimento é de suma importância para que ele dê frutos, e no caso de LC, isso não tem sido possível, uma vez que sua gestão é feita à distância. Além disso, cometeu um novo erro, que foi abrir uma nova loja antes de obter o retorno do investimento da primeira. Incorreu em um terceiro erro que foi pedir um empréstimo para investir na segunda unidade. Normalmente o retorno de investimento de uma franquia é de 24 a 36 meses, podendo em alguns casos levar mais tempo. Agora está precisando encontrar alguém como sócio que tenha não somente dinheiro para investir, mas também capacidade de gestão e experiência no varejo.
Essa não é uma tarefa muito fácil, pois mesmo que encontre alguém com essas características, necessita que haja uma sinergia entre eles para que o negócio dê certo. Sociedade é como casamento que requer cautela redobrada. Nem sempre o sócio que apresenta um perfil mais adequado será um parceiro ideal, comprometido com os mesmos objetivos. Além disso, muitas vezes, embora tenha experiência no mercado de varejo, o sócio vem com alguns vícios adquiridos na empresa anterior. O ideal é que LC repense sua condição de empresário e tome uma decisão entre permanecer como tal ou como funcionário público. Sei que é uma decisão difícil, mas não se pode ter tudo na vida. Tudo o que colhemos na vida resulta de nossas escolhas. Uma opção seria colocar a esposa ou alguém da família de plena confiança para tocar o negócio. Caso não encontre um sócio investidor que tenha as características que almeja, a melhor opção é vender uma das unidades, quitar a dívida referente ao empréstimo e se dedicar exclusivamente a um empreendimento até que este dê frutos suficientes para daí então pensar em adquirir uma nova unidade.
Maria Teresa Somma é consultora atuando na área de expansão de negócios. É autora dos livros “Franquia ao alcance de todos” e “Planejando estrategicamente sua vida profissional”. Esta coluna tem como objetivo tirar as dúvidas de pessoas que já possuem uma franquia ou estão interessadas em adquirir uma. Visando manter o anonimato dos leitores, utilizaremos apenas a inicial do nome e a cidade onde vive. Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Cidade in Foco
Campinas: um grande potencial no setor de franchising
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e acordo com dados do IBGE, em 2010 o município de Campinas possui 1.080.999 habitantes, sendo o terceiro município mais populoso do estado e o maior do interior paulista, com
uma densidade demográfica de 1.358,6 hab./km². A Região Metropolitana de Campinas engloba 18 cidades além da própria: Americana, Arthur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Barbara D’Oeste, Santo Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Esta região tem mais de 2,5 milhões de habitantes. Segundo o CRCVB - Campinas e Região Convention and Visitors Bureau – a cidade atualmente recebe cerca de 6,5 mil eventos corporativos do restaurantes, lojas, táxis, prestadores de serviços, mídias, companhias aéreas, espaços para convenções e tantos outros, que sem dúvida, estão capacitados a dar apoio a todos os tipos de eventos que possam ocorrer na cidade. O potencial de consumo de Campinas é tão grande que tem atraído empreendimentos de setores comerciais de grande porte e fortes investimentos em setores como construção civil, tecnologia da informação, infra-estrutura urbana, logística e serviços.
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Fonte: Pesquisa FBCVB/ CTI/ SEBRAE
sociais ao ano, que movimenta mais de 50 setores da economia, incluin-
Fotos: Divulgação
Uma cidade bem servida de shopping centers A Região Metropolitana de Campinas está bem servida de empresas do setor de comércio. A cidade de Campinas conta com vários Shopping Centers. Os três principais são: Shopping Dom Pedro, Shopping Iguatemi e Campinas Shopping.
Shopping Iguatemi: passou por uma ampliação para atender ao público
Campinas Shopping: atende toda a região oeste de Campinas
Parque Dom Pedro: um dos maiores da América Latina Franquia In Foco :: janeiro | março 2011
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Cidade in Foco Uma cidade promissora e acolhedora
Fonte: Rizzo Franchise, 2010
Segundo dados da FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Campinas é a primeira colocada nos indicadores gerais e de educação e com relação ao setor de franquias, o cenário não é diferente. A Rizzo Franchise realizou uma pesquisa em 2010 com o objetivo de analisar os 100 melhores mercados no Brasil e traçou um panorama onde é possível verificar não somente as melhores cidades do Brasil para instalar franquias como os segmentos que apresentam as melhores oportunidades em cada uma delas. Tal pesquisa demonstrou que Campinas é a 9ª melhor cidade do Brasil para instalar franquias e ficou em 1º lugar no ranking das melhores cidades não capitais para instalar franquias. Isso demonstra claramente o potencial existente nessa cidade. A pesquisa da Rizzo Franchise também destaca os segmentos em relação ao grau de oportunidade de negócio na cidade.
Alguns lugares que tornam Campinas uma cidade também acolhedora: a torre do Castelo, o Parque Taquaral e a Estação Cultura 30
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