Edifício na Rua Eça de Queiroz 21-35 | A co-habitação de usos | Reabilitação de um edifício | Lisboa

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Edifício na Rua Eça de Queiroz 21-35 Projecto Final em Arquitectura II Frederica Aguiar de Melo

1


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3


AGRADECIMENTOS à minha Mãe pelas mensagens e abróteas fritas, ao meu Pai pelos projectos e chocolates da base, ao meu irmão pela consulta estrutural e pela comida, à Marta pela partilha da dor, e por saber imprimir isto, à Rita por ser uma mal de tudo e de nada, e pela arte em si, à Ana pelo oceano salgado, e pelas noites de tecas, à Catarina pelos abraços, pelo arroz e pizza. ao meu Opa por umas pancadas na bola, aos meus colegas pelo conhecimento partilhado, ao Professor Miguel Amado pela mestria, ao Benja pelo amor, e pela luta conjunta, às ilhas onde nasci, pela liberdade e natureza, a mim também, e sempre, pelas lutas ganhas.

4


5


ÍNDICE Enquadramento

8 10 12 14

Mote Enquadramento Histórico _ Lisboa Os seus Contemporâneos Rua Eça de Queiroz

O Edifício

16 20

História Avaliação do Estado Actual

Intervenção

28

Distribuição

46

Espaços Decifrados

50

Processo Índice Imagens Referências Bibliográfica

70 78 81

Rua Eça de Queiroz

Temas: Cor, Influencers Programa Imposto Programa Proposto

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7


MOTE - PROGRAMA Este documento surge na sequência do Projecto Final em Arquitectura II, onde nos é proposta a reabilitação de um edifício, sito em Lisboa, para funcionar como sede de uma empresa, na Rua Eça de Queiroz números 21 a 35. Levantam-se, imediatamente, questões como: O que é que este edifício devolve à cidade? Como responder ao tema da reabilitação em Lisboa? Por saber que ao responder a este programa tão vasto será necessário o aumento da cércea original do edifício, como integrar a nova fachada na cidade? Deve esconder-se, afirmarse? Camuflar-se? Deve ser inexistente? Como se organiza um edifício sede de escritórios?

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A sede deve albergar o seguinte programa:

_«Instalação de três espaços open-space com capacidade para 5 trabalhadores em cada espaço; _Duas salas de reuniões, sendo uma no piso de entrada e outra no piso da administração; _Dois espaços de secretariado, um no piso dois e outro no piso dos gabinetes da direção; _Quatro gabinetes individuais de direcção com uma área mínima de 18m2 sendo três deles no mesmo piso; _Três conjuntos de IS (H e M) sendo um deles reservado no piso da administração e um outro adaptado a pessoas com deficiência motora no piso térreo; _Um espaço de copa para serviço de refeições em simultâneo de dez pessoas; _Um espaço de garagem para 3 veículos automóveis; _Espaços técnicos para equipamentos de cópia e informática distribuídos na quantidade de um por piso; _Espaço de arquivo com dimensão superior a 15 m2; _Espaço de recepção do edifício com dimensão para segurança e zona de espera de visitantes; _Zona exterior para descanso e convívio de trabalhadores; _Espaço de auditório para 60 pessoas e sala técnica de equipamentos de projeção; _Um espaço para resíduos.»

9


ENQUADRAMENTO HISTÓRICO - LISBOA Após um aumento da população no fim do século XIX, há a necessidade de expansão da cidade de forma rápida. Após a abertura da grande boulevard francesa, a Avenida da Liberdade (anterior Jardim Público), o plano de Ressano Garcia prevê a construção das Avenidas Novas, de malha ortogonal, plano que pretende integrar os eixos pre-existentes da cidade. Com este boom, deslocam-se do interior do país para a cidade de Lisboa, muitos construtores que por inexperiência em construção de edifícios de grande envergadura, (e por não conhecerem estruturas em gaiola do pombalino,)erguem volumes com pouca qualidade construtiva.

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.1

.1 Vista aĂŠrea da Avenida da Liberdade e Parque Eduardo VII .2 Planta de Silva Pinto [1911] .2

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ENQUADRAMENTO HISTÓRICO - OS SEUS CONTEMPORÂNEOS Nas décadas vizinhas à da construção do edifício em estudo, erguiam-se estes seus contemporâneos. De entre os ilustres e os menos ilustres, os edifícios que constam no Guia Arquitectónico de Lisboa retratam as faces públicas dos vários edifícios que compuseram e compõem as fachadas de Lisboa. Entre estes e uns tantos outros que se por aí vêm, nesta época, o trabalho da fachada era fortemente enaltecido, e consequentemente premiado pelos Prémios Valmor.

«Por outro lado, se as fachadas representam, nas suas novas preocupações decorativas, o universo teatral do «espectáculo para os outros» da ostentação própria, existe um mundo paralelo e escondido, o das traseiras, espécie de negativo dessa representação «moderna e progressista» que vai - nada mais nada menos transportar para o interior do quarteirão, tão aparentemente regular, geométrico e cartesianamente francês, o quotidiano da vida popular da Mouraria, de Alfama ou do Bairro Alto; ou seja, da tradição das camadas mais representativas do viver urbano lisboeta, escondido ou acomodado com mais ou menos recato, entre escadas de serviço, marquises, mini-hortas, arrecadações para galinhas e outros bichos domésticos.» Fernandes, José Manuel

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.3

.9

.10

.4

.5

.11

.12

.6

.3 Casa Viscondes Valmor 1905 .4 Conjunto habitacional 1907 .5 Edifício de habitação na av. Almirante Reis 1908 .6 Habitação unifamiliar 1910 .7 Museu Bordalo Pinheiro 1912 .8 Habitação no campo grande 1911 .9 Palacete ao campo grande 1912 .10 Liceu Maria Amália 1913 .11 Ordem engenheiros 1913 .12 Ritz Club 1915 /46 .13 Teatro de São Luiz 1916 .14 Edifício habitação av. República 1920

.7

.13

.8

.14

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ENQUADRAMENTO HISTÓRICO - Rua Eça de Queiroz A partir da análise da cartografia histórica - planta de Filipe Folque (1856-58) -, denota-se que no século XIX começa a definir-se um arruamento nas traseiras dos edifícios confinantes à actual Rua de Santa Marta. Em cartografias posteriores este arruamento será definido como Rua Eça de Queiroz, onde se encontra o objecto em estudo. Na planta da Câmara Municipal de Lisboa de 1871, onde figuram os planos de expansão de Ressano Garcia, já se encontra projectada a rua Eça de Queiroz e o respectivo quarteirão em estudo. Já na Planta de 1911 de Silva Pinto, encontram-se estabelecidos os eixos do Plano de Ressano Garcia, e construções desenvolvidas segundo os mesmos, excepto na Eça de Queiroz que ainda não ganha expressão, havendo já um edifício na futura Rua Actor Tasso. Na planta de 1950 já estão consolidados os quarteirões, encontrando-se o edifício em estudo já representado.

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1856 58 Filipe Folque

1871 - Planta CML

.15

1911 Silva Pinto

.16

1950

.17

.15 Planta de Filipe Folque [1856/58] .16 Planta Câmara Municipal de Lisboa [1871] .17 Planta de Silva Pinto [1911] .18 Planta de 1950 - Lxi

.18

15

null: 15-03-2019

null: 1:2500

null: 15-03-2019

null: 1:2500

null: 15-03-2019

null: 1:2500

null: 15-03-2019

null: 1:2500


O EDIFÍCIO O edifício é projectado pelo Arquitecto António do Couto (1874-1946) para o proprietário Alberto António Peixoto com intuito de funcionar como loja no piso térreo e moradia no piso superior. Em 1916 é aprovada a sua construção. A fachada principal é simétrica em relação ao eixo central do edifício por onde se faz o acesso ao mesmo. O edifício ergue-se em torno de um pequeno pátio central, que ilumina as divisões circundantes, onde um grande janelão ilumina as escadas centrais de acesso ao primeiro piso. Tem uma serventia lateral, e é de acentuada simetria. É um edifício largo e baixo, com cobertura em terraço, inicialmente erguido desse modo para ‘não retirar a vista ao edifício atrás, que também pertence ao proprietário’.

.19 Fotografias do edifício existente

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Planta Piso Térreo

1945

1979

Planta Primeiro Piso

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8 7 6 5 4 3 2

Outros Documentos

1

5

RUA EÇA DE QUEIROZ

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5

DESENHO

O

Desenho: Planta Existente Piso 1 Escala: .21 1:200 .20 Proprietário: Alberto António Peixoto Autor: Proprietário: FredericaAlberto Melo António Peixoto piso 0 - estabelecimento 0 - Eça estabelecimento Projecto:pisoRua de Queiroz 21-35 piso 1 - moradia piso 1 - pensão Belga S

4

8

2

20m

4

N

0

E

18

A01

10

.22

Proprietário: PORTUCEL piso 0 - escritórios Portucel piso 1 - escritórios Portucel piso 2 - cantina Portucel

Pedido demolição e subida à altura do gaveto

Pedido ampliação para instalar cantina

Pedido Ampliação 1943

Pedido Comunicação com edifício das traseiras

Finalização da Construção

Projecto Inicial

1918 1916


Estado Actual

Caja Badajoz abre Sucursal em Lisboa

Obra no edifício das traseiras

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2004 1988

oficial -legal

2019 15

6.06

58.31

54.71

0.42

5.35

0.42

0.15

1.98

2.98

0.41

5.11

10

5.50

0.15

4.00

19.68

2.58

0.90

0.55

0.43

1.00

2.13

5.36

0.81

4.93

8 7

7

5

6 5

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1.00

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8

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3 2

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1.08

2

1

1

0.28

1.58

5.54

1.20

7.80

0.87

2.18

0.26

6.89

4.04

0.20

5.44

2.37

51.71

0.70

51.66

1.15

1.23

0.73

0.73

2.17

1.23

1.04

5

51.60

51.65 1.54

1.28

1.05

0.67

1.24

0.73

2.17

1.23

1.20

15

0.76

58.31

0.71

4.01

0.15

2.38

1.47

1.20

0.11

RUA EÇA DE QUEIROZ

0.15

55.07

1.14

3.11

1.05

54.71

0.42

0.15

2.77

1.48

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5

2.23 0.15

1.20

0.42

5.11

7

6

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4.18

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3

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1

0.15

10

1.30

0.25

0.70

0.15

8

4.90

19.68

1.56

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10

2.49

13 14 15

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0.15

1.20 0.15

4.46

4.47

3.51

0.15

55.09

16 17 18

0.15

19

1.29

18

19

1.94

17

18

DESENHO

11

12

16

17

10

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2.99

12 13 14 15

12

16

0.15

10

11

11 13 14 15

12 13 14 15

9 8

16

7 6

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5

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Desenho: Escala: Autor: Projecto: 4

Planta Existente Piso 1 1:200 Frederica Melo Rua Eça de Queiroz 21-35

19

O

S

0.15

4.30

0.15

2.40

0.15

4.23

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2

2.88

4

A01

10

N

0.95

2.43

20

E

55.05

1.54

1.20

1.11

1.21

1.30

1.11

1.08

1.30

5

55.05

55.05 1.25

1.09

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1.16

1.30

1.24

1.11

1.27

15

RUA EÇA DE QUEIROZ

15

10

5 10

Planta Existente Piso 1 DESENHO

Desenho: Escala: 1:200 Autor: Frederica Melo Projecto: Rua Eça de Queiroz 21-35 O

S

2

4

A02 10

N E

5

RUA EÇA DE QUEIROZ

15

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Desenho: Escala: Autor: Projecto:

DESENHO

Planta Existente Piso 2 1:200 Frederica Melo Rua Eça de Queiroz 21-35

O

S

2 N E

.23

Proprietário: PORTUCEL piso 0 - escritórios piso 1 - escritórios piso 2 - terraço

.25

.24

Proprietário: Caja Badajoz piso 0 - escritórios piso 1 - escritórios piso 2 - terraço

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Proprietário: Ibercaja piso 0 - escritórios Ibercaja piso 1 - escritórios Ibercaja piso 2 - escritórios Ibercaja

4

A03 10


AVALIAÇÃO DO ESTADO ACTUAL -identificação de patologias Procedeu-se a uma avaliação do estado actual do edifício, através da análise in situ. Uma análise mais aprofundada, com recurso a ferramentas adequadas, seria necessária para uma avaliação mais precisa das condições dos elementos estruturais e revestimentos. É de notar que a intervenção proposta é decidida com base nas análises possíveis.

20


71.69

69.75

EDIFÍCIO EM CONSTRUÇÃO DESENHO COM BASE NOS ELEMENTOS DO PROJETO DE EDIFÍCIO EM CONSTRUÇÃO

68.69

59.68

59.03

59.03

55.09

51.71

51.71

15

10

5

Desenho: Escala: Autor: Projecto:

Corte Longitudinal 1:200 Frederica Melo Rua Eça de Queiroz 21-

O S

N E

.26 Alçado lateral com a identificação de patologias

21

2

4


Análise das patologias da fachada principal

A

B

.27

.27 Alçado principal com a identificação das patologias

22

C


A.Sujidade Uniforme e Diferencial Sujidade devida aos elevados índices de poluição das Avenidas Novas e associada a águas da chuva, visíveis na platibanda e balaústres principalmente. A solução poderá ser a limpeza dos elementos de pedra, com pulverização de água de Ph neutro e escovagem com escovas não metálicas.

.28

B.Oxidação nas partes metálicas da guarda Deve se fazer a decapagem, substituição das partes irrecuperáveis, metalização e posterior pintura. Os elementos devem ser retirados do local e proceder-se à metalização e lacagem em estufa. .29

C.Oxidação nas partes metálicas da guarda Deve se fazer a decapagem, substituição das partes irrecuperáveis, metalização e posterior pintura. Os elementos devem ser retirados do local e proceder-se à metalização e lacagem em estufa. .30

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A. Humidades no pavimento Manchas de humidade no revestimento de piso devido a um deficiente isolamento da parede que está em contacto com o solo

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.31

15

Análise das patologias do piso térreo C

D

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8 7 6 5 4 3 2 1

B

A

5

.32 Planta do piso térreo com identificação de patologias

RUA EÇA DE QUEIROZ

15

10

5

Desenho: Escala: Autor: Projecto:

DESENHO

Planta Existente Piso 1 1:200 Frederica Melo Rua Eça de Queiroz 21-35

O S

2

4

A01

10

N E

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B. Degradação de Paredes por Empolamentos e Desagregações A degradação dos revestimentos está associado ao seu envelhecimento natural, à falta de manutenção, e reduzida permeabilidade das pinturas, o que não permite a ‘respiração’ das paredes de alvenaria, originando empolamentos entre os rebocos e a pintura, ou a diferença de humidade com a consequente cristalização de sais solúveis no interior ou no exterior do revestimento (as criptoflorescências ou eflorescências).

.33

C. Perda de aderência do reboco O reboco está a perder aderência ao suporte devido à solução de reboco utilizada, deve ser escolhido um reboco compatível com o suporte existente.

.34

D. Manchas de Humidade Manchas de humidade nas paredes em contacto com o solo.

.35

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Análise das patologias do primeiro piso 15

C

B

10 10

10

11

11

12 13 14 15 16

8

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7

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6

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5

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12 13 14 15

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17 18

4

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A

5

.36 Planta do primeiro piso com identificação de patologias RUA EÇA DE QUEIROZ

15

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Desenho: Escala: Autor: Projecto:

DESENHO

Planta Existente Piso 1 1:200 Frederica Melo Rua Eça de Queiroz 21-35

O S

2

4

A02 10

N E

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A. Ataque biológico no soalho O ataque dá-se perto de zonas de entregas na fachada lateral, zonas húmidas. Deve-se avaliar quais as peças atacadas para sua substituição, bem como avaliar se estes ataques também se verificam nas vigas. Se sim, dever-se-á proceder ao empalme das vigas, ou sua substituição, conforme o estado de degradação se verifique

.37

B. Humidade na caixilharia dos vãos A zona dos vãos são normalmente zonas mais húmidas, deve-se proceder a um correcto isolamento do vão. .38

C. Empolamento da tinta Formação de bolsa de água entre a pintura e o reboco, devido à utilização de uma tinta que não permite a respiração do material.

.39

27


RUA EÇA DE QUEIROZ O exercício e programa proposto, insere uma necessidade do aumento das áreas do edifício — ou seja, o aumento da cércea — e que permite a integração nas dimensões circundantes. A cidade é um mecanismo vivo que cresce, decresce e se adapta, constantemente, às variantes propostas pela natureza e pela mão humana. Contudo, há que pensar e repensar no que é que estas alterações implicam no tecido urbano e no que oferecem à sociedade. O que pode a cidade receber com este projecto? É necessário oferecer algo de volta à cidade — a habitação. A habitação é um assunto preponderante e urgente nas cidades, particularmente na cidade de Lisboa, que grita para a criação de espaços para os jovens trabalhadores.

28


.40

.41

.40 Desenho conceptual sobre fotografia .41 Estudo conceptual de volumes

29


19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

3

7

9

3

7

9

3

7

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3

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3

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3

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19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

1

“é o resultado literal de um determinado espírito neoliberal que encoraja desde então — em método collage — a manutenção das fachadas em interiores totalmente reconstruídos. Há uma linha de montagem já preparada que concorda que preservar equivale a manter (mais ou menos) a fachada preexistente”. Vaz Milheiro, Ana

19.1371

RUA EÇA DE QUEIROZ

.42 Estudo de replicação de fachada 5

10

1

19.1371

25m RUA EÇA DE QUEIROZ

1

19.1371

30 RUA EÇA DE QUEIROZ

1


13

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23

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RUA EÇA DE QUEIROZ - Fachada Com o intuito de acentuar a verticalidade da intervenção, é instalado um sistema de brises metálicas lacadas, que protegem a nova fachada, e conduzem a intervenção pela linha da rua através da serventia lateral , e até se desfazer no logradouro do edifício.

32


.43 Render da integração do brise soleil na fachada existente

33


COR A cor está em toda a parte do nosso mundo, e influencia a forma como o percepcionamos. se me disserem que eu uso cor nos meus projectos, peço que não se esqueçam que a branco também é cor, e a escolha do branco, ou a não escolha de outra cor, também é utilizar cor no projecto.

«A experiência mais elementar que temos do amarelo é o sol. Esta experiência é compartilhada por todos como efeito revigorante. (...) O amarelo irradia, ri, é a principal cor da disposição amistosa.(...) O amarelo é lúdico. O amarelo irradia como um sorriso.» «O amarelo tira o seu calor do Sol, apesar de que um efeito realmente caloroso só é obtido quando combinado ao laranja e ao vermelho.» «Amarelo-laranja-vermelho é o acorde cromático de uma intensificação. É a dinâmica de um laranja que se esforça para atingir o vermelho. O vermelho é o ponto mais alto, o laranja é o caminho em direcção ao objectivo.» Heller, Eva

34


.44

.45

.44 Colagem sobre fotografia do saguão - processo .45 Esquissos da planta .46 Composição de cores

.46

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'INFLUENCERS'

.47

.47 .48 .49 .50 .51 .52

.48

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Flores & Prats, A Capela da manhã 2018 Aurora Arquitectos, Hostel na Parede Barragán, Casa Própria Ricardo Bofill, Muralla Roja Stefano Colli, Betevé Barragán, Casa Própria


.49

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.51

.52

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.53

.53 Maio Architects, 22 Dwellings .54 Karl Friedrich Schinkel, Fellner Haus .55 Octavio mestre arquitectos + costacalsamiglia Clínica Olivé Gumà .56 John Soane, Banco de Inglaterra

.54

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.55

.56

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PROGRAMA IMPOSTO - TRABALHO Com a mudança da escrita para o teclar, quando começou a mecanização, viu-se a utilização de plantas repetitivas como as de uma fábrica, em que os trabalhadores se distribuem linearmente, como numa linha de produção de fábrica. Desde este tipo linear para grupos de mesas, pelo trabalho feito desde casa, e posteriormente passando pelo cowork, a separação do espaço de trabalho do de viver está a desvanecer. Assim como o método da planta linear e repetitiva em que é visível a supremacia dos orgãos directivos das empresas. Assim, numa procura de um espaço com hierarquias desvanecidas, o método collage aparece como método de definição dos núcleos. Através de uma parede em estante, os núcleos semi-abertos dos escritórios manipulam o espaço e criam diversas opções em torno de si, manipulando as áreas de trabalho.

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.57

«(...) what is instead pursued is wonder, the unexpected and the unusual, the transposition of signs and meanings, the transmigration of values of perception and use; if irony is used, the sense of play and lightness constrasts the severe austerity. The continuous space becomes a landscape marked by small significant events, a place to become familiar with and to explore by passing through it.» Giardello, Paolo

.57 Colagem por áreas em planta dos diversos espaços do piso térreo (processo) .58 Colagem por áreas em planta dos diversos espaços do primeiro piso (processo)

.58

41


ESCRITÓRIOS - INFLUÊNCIAS Não nos esqueçamos do filme Brazil onde o espaço do trabalhador das duas uma: ou é no meio da algazarra, e da frenética das máquinas, num open space sem luz natural dividido por uma série de máquinas repetitivas onde alguns trabalhadores teclam freneticamente, e de onde outros tantos levam papéis como baratas tontas em rotas que não se sabe como nunca chegam a cruzar, de onde do topo da sala se encontra o gabinete do chefe, escondido atrás de um vidro baço. Do pedestal o chefe trabalha, de porta fechada os trabalhadores relaxam a ver a bola nos computadores do ministério, de porta aberta os trabalhadores voltam ao frenético. Fica a imagem da supremacia do chefe, da trafulhice dos trabalhadores, e da frenética da época da máquina. Noutros frames, quando o protagonista é promovido, já no ministério, o espaço de trabalho acede-se através de um espaçoso corredor, onde o chefe anda a correr de um lado para o outro a atender às questões dos seus subordinados, - se não conseguirem entrar no comboio são ignorados, portanto é bom que tenham uma alma de atleta para acompanhar este chefe- através do corredor acede-se aos gabinetes, estes sim, já gabinetes individuais, mas que não hão de passar de um metro de largura para três de comprimento - !! imagine-se (só vendo o filme) enfim, nesse espaço minúsculo vir-se-à a descobrir que a mesa do senhor não lhe pertence apenas a ele, mas também ao seu colega de trabalho, que possui a outra metade da secretária no gabinete ao lado. 42


.59 Frames do filme Brazil, 1985 de Tery Gilliam

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PROGRAMA PROPOSTO - CO-LIVING O intuito de reabilitar um edifício deve prever a sua manutenção, a sua atualização, e o usufruto do espaço que este ocupa na cidade. Encontrando-nos numa crise imobiliária, a criação de espaços para habitação é imperativa. Ao existirem mais empresas a basearem-se em Lisboa há que haver resposta para o aumento da população. É necessário oferecer algo de volta à cidade — a habitação. A habitação é um assunto preponderante e urgente nas cidades, particularmente na cidade de Lisboa, que grita para a criação de espaços para os jovens trabalhadores. A minha resposta passa pelo aproveitamento de parte da nova construção para integrar uma unidade de casa partilhada, coliving, que serve de mote para os jovens, os recém-licenciados, os trabalhadores lisboetas voltarem a consquistar os bairros. Pela procura e entendimento da investigação do atelier DOGMA sobre espaços habitáveis, procuro entender como se poderá desenvolver o espaço da habitação no futuro: não necessitará estar directamente ligado ao conceito de família, uma casa para uma família, mas sim num espaço que é comum a muitos, de que muitos usufruem, e de onde se parte para espaços do eu, espaços individuais. DOGMA sublinham que só se consegue viver em comunidade se houver a possibilidade de ter um espaço para um só, o espaço para se estar sozinho. 44


ÂŤ(...)the organization of the housing around two spatial conditions: being alone and being together. Individual space is minimized so that one person can live in it comfortably, and collective space is increased to contain those functions usually squeezed into tiny apartments. In this way, domestic labor is exposed and shared by the collective and thus drastically reduced as an individual burden.Âť Dogma Studio

.60 Frame da SĂŠrie Televisiva Friends

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DISTRIBUIÇÃO .61 Esquema inicial das ligações espaciais dos escritórios .62 Esquema actual da distribuição dos espaços

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DISTRIBUIÇÃO A coesão do edificado obtém-se pelo vazio que é o do saguão, e pelo cheio das escadas e subsequente núcleo húmido. O vazio do saguão, germina e desenvolve, desenrolando-se e abrindo-se para as traseiras do edifício. A escada interior fria interliga os vários pisos, relacionando-se com o saguão, na sua verticalidade, e actuando como escada única de interligação da sede, bem como acesso à habitação. Nos diversos espaços do edifício os cheios modelam o espaço vazio, através dos núcleos - escritórios,dormitórios.

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.63 Esquema em planta piso 0 a 4 . Legenda:

Núcleos Núcleo Húmido e de Acessos Vazio Vazio Exterior

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ESPAÇOS DECIFRADOS - O SAGUÃO O saguão actua como elemento de ligação da pré-existência com a sua intervenção: mantém a funcionalidade inicial e através de neste caso o arquitecto se ter interessado pelo espaço do saguão (pátio na memória descritiva), mantém a funcionalidade higiénica, de respiração do edifício, e estrutural como apoio das lajes. Através da intervenção é lhe dado a importância de conexão de um ambiente interior para o exterior, onde desabrocha e se abre para o interior de quarteirão. A importância da luz e das tonalidades que a mesma incumbem no saguão, potencia a sua função conectora, além de fornecer luz aos espaços circundantes, emana as cores quentes de que se reveste este novo saguão. O saguão actua como espaço de descoberta, de onde se vê e se é visto, à volta do qual se circula. O janelão projectado pelo arquitecto alcança destaque como fonte de ligação ao espaço exterior. A axialidade manifestou um papel importante na descoberta dos espaços existentes. Esquecendo as escadas o que se tornaria importante seria a relação directa com o saguão, que se manifesta como espaço de interligação de ambas as intervenções.

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.64 Esquiços do espaço de entrada e de ligação ao saguão

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O arco central ao edifício destaca-se como momento fulcral. Os dois arcos consecutivos são mantidos, e a ligação ao espaço exterior do saguão enaltecida. O uso do arco no projecto inicial torna-se mote para a nova intervenção, partindo da curva, das suas concavidades e convexidades, e de para onde estas nos remetem, desenvolvem-se as distribuições dos espaços.

.65 Corte conceptual do espaço exterior a invadir o edifício .66 Imagem de Ambiente do acesso ao saguão.

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ESPAÇOS - ESCADA A escada é o espaço anexo ao saguão, que ao se elevar dentro do núcleo, estabelece a ligação entre os dois programas. Funciona como escada de emergência, e como escada integrante do escritório , fazendo parte do mesmo e do seu normal funcionamento.. A escada é um espaço envolto numa cor fria, que contrasta com a adjacente do saguão, é um núcleo fechado que é banhado a azul. O duplo pé direito entre escadas torna a escada num espaço mais confortável. As portas de acesso à escada são essencialmente portas de correr corta fogo lacadas na cor do interior da escada. A porta deslizante confere a possibilidade da porta estar aberta durante o período em que o escritório está aberto, mas também de ser accionada perante necessidade de evacuação.

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.67 Imagem do acesso Ă escada

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ESPAÇOS - AUDITÓRIO No programa proposto é pedido um auditório com capacidade para 60 pessoas. A inserção deste auditório no lote era uma das maiores condicionantes, por se tratar de uma grande área em relação ao edifício existente, e por impor certas características como os percursos semi-públicos de acesso, espaço de recepção, bem como áreas subordinadas ao mesmo, como as instalações sanitárias. A opção projectual centrou-se no aproveitamento do ângulo do lote para inserir um auditório em leque, que permite uma distribuição natural na acústica da sala. O auditório situase no piso térreo o que garante um acesso facilitado ao mesmo, e permite o seu destacamento, podendo funcionar como estrutura independente ao auditório e beneficiar por rentabilização do mesmo. O acesso ao auditório faz-se pelo saguão, tanto interior como exterior, e possui vãos em vidro fosco que permitem dar claridade à sala, mas que também podem ser isolados pelas portadas deslizantes. Através de um sistema de parede deslizante o auditório podese subdividir em dois, permitindo diversos usos simultâneos , como o caso de uma pequena acção de formação e um workshop na sala adjacente. 56


.68 Imagens ambiente do processo de estudo do espaรงo do auditรณrio, sobre fotografia do local.

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O MARQUÊS - E MOBILIDADE O programa contempla uma garagem com capacidade para três viaturas. A localização do edifício em questão é central, beneficiando de vários meios de transporte públicos com paragens a menos de cinco minutos, bem como de estações de bicicletas partilhadas. O futuro da zona da rotunda Marquês de Pombal estará sempre ligado ao fácil acesso. Assim, a contra-proposta é em prol de um futuro mais sustentável, pela utilização de meios de transporte suaves, e colectivos. Em consequência desta opção são pensadas áreas de parque para bicicletas ou outros meios suaves de pequena dimensão, como também a introdução de um espaço de duche que dê conforto aos trabalhadores para poderem optar por utilizar bicicletas, por exemplo.

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.69 Frame do filme Playtime, de Jacques Tati

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ESPAÇOS - ESCRITÓRIO O escritório aproveita a pré-existência, quer a porta deslizante inicial como a cópia posterior. O aproveitamento destes elementos e das divisões a que dão acesso vêm criar o espaço escritório. Numa procura de uma hierarquia menos centralizada, os escritórios possuem um carácter semi-aberto, conjugando com uma maior área. As divisões pré-existentes podem-se fechar num núcleo mais pequeno do escritório, e a divisão criada pelas estantes é uma divisão já semi-pública, servindo de acesso ao arquivo, e como antecâmara do núcleo do escritório, cortina acústica

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ESPAÇOS - SALA DE REUNIÕES, ARQUIVO, MULTIUSOS A sala de reuniões do piso 1 centra-se no edifício, no eixo de simetria e axial que liga ao pátio, e se relaciona com o arco de ligação ao saguão. Servido de três janelas que dão para a fachada principal, e limitado pelas estantes, este espaço admite diversas disposições. Quando todos os painéis se encontram arrumados, este espaço pode funcionar como zona informal de trabalho, sendo uma extensão do open-space adjacente. O trabalho informal com o portátil ou ipads, permite este tipo de versatilidade. Funciona como meio de acesso às estantes do arquivo quando todo o núcleo dos gabinetes esteja em utilização. No entanto, no evento de uma reunião, os painéis de madeira deslizantes fecham o espaço, e as cortinas acústicas isolam os gabinetes, transformando-o em sala de reuniões. Neste caso, a dualidade das estantes permite acesso ao arquivo, através das antecâmaras dos escritórios.

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ESPAÇOS - COPA E TERRAÇO O espaço da copa surge como extensão do núcleo do gabinete, e volta-se para o terraço. A estante que faz a continuidade das prateleiras do escritório, torna-se na bancada da cozinha, e estende para ser a mesa de refeições. A curva do edifício resguarda a zona da copa da incisão directa de luminosidade, e permite ao espaço do terraço abrir-se para o interior de quarteirão comum.

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Desenho: Escala: Autor: Projecto:

DESENHO

Corte Longitudinal 1:200 Frederica Melo Rua Eรงa de Queiroz 21-35

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ESPAÇOS - SALA COMUM E COZINHA A arte de viver em conjunto centra-se nas zonas comuns, ponto de encontro e de celebração, centro da divisão de tarefas, das confusões, conflitos, estas características intrinsecamente humanas enfatizam-se pela criação de uma divisão comum que abraça os quartos subjacentes e os conecta com o interior do edifício e do quarteirão. Neste piso as prateleiras fazem a transição do espaço de estar para a cozinha, através da continuidade da estante até à bancada da cozinha. As estantes também integram a escada que faz o acesso ao piso dos quartos.

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ÂŤInstead of being organized as an autonomous unit, housing must be conceived as a composition of equal private spaces organized in relation to shared collective spaces. Instead of being the quintessential symbol of private property, the house can be rethought as a system of collective property Âť Vittorio Aureli,Pier; Tattara, Martino.

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ESPAÇOS - QUARTO O quarto de cama é a unidade mais íntima da casa. Aliado a um núcleo de casa de banho individual, o quarto reserva as actividades mais íntimas para dentro de si, surgindo como espaço de abrigo. O quarto compõe-se essencialmente, pelo núcleo que acolhe a unidade sanitária e guarda-fato, e o espaço sobrante onde se instalam a cama e secretária. A rigidez do núcleo dá um maior grau de liberdade ao restante quarto, permitindo ao utilizador apropriar-se do espaço individualmente.

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«we believe that living together is only possible if there is always the possibility to be alone, if each dweller has the possibility to retreat in solitude.»

« Moreover, Woolf likens the possibility of a room with the possibility of economic independence, thus linking the space for solitude and concentration to the wider class/ gender framework through which society is organized.» Korody, Nicholas

Dogma Studio

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DOCUMENTOS DESCONEXOS DO PROCESSO

.70 Diversos esquiรงos conceptuais e fotografias de maquetes do processo

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ÍNDICE DE IMAGENS Página Número Título .1 Vista aérea da Avenida da Liberdade e Parque Eduardo VII .2 Planta de Silva Pinto [1911] [AAP] .3 Casa Viscondes Valmor 1905 [AAP] .4 Conjunto habitacional 1907 [AAP] .5 Edifício de habitação na av. Almirante Reis 1908 [AAP] .6 Habitação unifamiliar 1910 [AAP] .7 Museu Bordalo Pinheiro 1912 [AAP] .8 Habitação no campo grande 1911 [AAP] .9 Palacete ao campo grande 1912 [AAP] .10 Liceu Maria Amália 1913 [AAP] .11 Ordem engenheiros 1913 [AAP] .12 Ritz Club 1915 /46 [AAP] .13 Teatro de São Luiz 1916 [AAP] .14 Edifício habitação av. República 1920 [AAP] .15 Planta de Filipe Folque [1856/58] [AAP] .16 Planta Câmara Municipal de Lisboa [1871] [AAP] .17 Planta de Silva Pinto [1911] [AAP] .18 Planta de 1950 [Lxi] .19 Fotografias do edifício existente [própria autoria] .26 Alçado lateral com a identificação de patologias [autoria grupo Daniel Querido, Sofia Ferreira, Amélia Sousa, própria]. .27 Alçado principal com a identificação das patologias [idem]. .28 Fotografias de Patologias de autoria própria. .29 idem

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.30 idem .31 idem .32 Planta do piso térreo com identificação de patologias [autoria grupo]. .33 Fotografias de Patologias de autoria própria. .34 idem .35 idem .36 Planta do primeiro piso com identificação de patologias [autoria grupo]. .37 Fotografias de Patologias de autoria própria. .39 idem .38 idem .40 Desenho conceptual sobre fotografia .41 Estudo conceptual de volumes .42 Estudo de replicação de fachada .43 Render da integração do brise soleil na fachada existente .44 Colagem sobre fotografia do saguão - processo .45 Esquiços da planta .46 Composição de cores .47 Flores & Prats, A Capela da manhã 2018 .48 Aurora Arquitectos, Hostel na Parede .49 Barragán, Casa Própria .50 Ricardo Bofill, Muralla Roja .51 Stefano Colli, Betevé .52 Barragán, Casa Própria .53 Maio Architects, 22 Dwellings

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.54 Karl Friedrich Schinkel, Fellner Haus .55 Octavio mestre arquitectos + costacalsamiglia Clínica Olivé Gumà .56 John Soane, Banco de Inglaterra .57 Colagem por áreas em planta dos diversos espaços do piso térreo (processo) .58 Colagem por áreas em planta dos diversos espaços do primeiro piso (processo) .59 Frames do filme Brazil, 1985 de Tery Gilliam. .60 Frame da Série Televisiva Friends. .61 Esquema inicial das ligações espaciais dos escritórios. .62 Esquema actual da distribuição dos espaços. .63 Esquema em planta piso 0 a 4. .64 Esquiços do espaço de entrada e de ligação ao saguão .65 Corte conceptual do espaço exterior a invadir o edifício .66 Imagem de Ambiente do acesso ao saguão. .67 Imagem do acesso à escada .68 Imagens ambiente do processo de estudo do espaço do auditório, sobre fotografia do local. .69 Frame do filme Playtime, de Jacques Tati .70 Diversos esquiços conceptuais e fotografias de maquetes do processo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Appleton, J. 2011, Reabilitação de Edifícios Antigos, Patologias e Tecnologias de Intervenção, Edições Orion, Amadora. Heller, E. 2000, A Psicologia das Cores: como as cores afectam a emoção e a razão, Gustavo Gili, Barcelona. Appleton, J. G. 2005, Reabilitação de Edifícios ‘‘ Gaioleiros’’, Um Quarteirão em Lisboa, Edições Orion, Amadora. Appleton, J.G. & Domingos I. 2009, Biografia de um Pombalino, Um caso de reabilitação na Baixa de Lisboa, Edições Orion, Amadora. Rodrigues, J. M. 2010, Principais técnicas de consolidação e reforço de paredes de edifícios antigos, Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil, FCT -UNL. Fernandes, J. M. 1989, Lisboa, Arquitectura & Património, Livros Horizonte Lda., Lisboa. Giardello, P. 2019 ‘‘Unconventional Offices’’ em Casamonti M. (ed), area, Vol. 163, Milão. Korody, N. 2016, “Living together is only possible if there is always the possibility to be alone.” – Dogma studio’s

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hard-line look at architectural solitude’’, Archinect <https:// archinect.com/features/article/149959097/living-together-isonly-possible-if-there-is-always-the-possibility-to-be-alonedogma-studio-s-hard-line-look-at-architectural-solitude> [acedido a 13 Maio de 2019]. Vittorio Aureli, P. & Tattara, M. 2015, ‘‘Production/ Reproduction: Housing beyond the Family’’, Harvard Design Magazine <http://www.harvarddesignmagazine.org/ issues/41/production-reproduction-housing-beyond-thefamily> [acedido a 13 Maio de 2019]. Agência Lusa, 2017, ‘‘“Fachadismo” pode prejudicar o Porto Património Mundial’’, Observador, <https://observador. pt/2017/11/21/fachadismo-pode-prejudicar-o-portopatrimonio-mundial/> [acedido a 20 Março de 2019]. Conde Meirrinho, P. J. VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÓMICA DE SOLUÇÕES DE REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS DE MADEIRA; Dissertação de Mestrado Henriques da Silva, R. 1989, Lisboa de Frederico Ressano Garcia 1874 - 1909, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Associação dos Arquitectos Portugueses, 1987, Jorge

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da Silva, F. (ed) Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, AAP, Lisboa. Lispa, Raul 1995 Barragán, Obra completa, Tanais Ediciones, Sevilha. Estel Studio, <https://www.estel.com/en/> [acedido a 23 Maio de 2019].

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este documento nĂŁo foi escrito ao abrigo do novo Acordo OrtogrĂĄfico


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