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Avião Concorde

O Concorde é um avião comercial supersônico de passageiros, que foi produzido entre 1965 e 1978, pelo consórcio formado pela empresa francesa Aérospatiale e a britânica British Aircraft Corporation. Um símbolo de uma época quando qualquer coisa parecia capaz de ser atingida pelo homem. O protótipo atingiu a velocidade transônica (Mach1, aproximadamente 1.100 km/h) em outubro de 1969 e chegou a velocidade supersônica Mach 2 (aproximadamente 2 200 km/h) em novembro de 1970. Os voos comerciais começaram em janeiro de 1976. No início, o Concorde tinha cerca de 100 pedidos de compra das companhias áreas mais importantes do mundo mas foram cancelados, principalmente devido a crise do petróleo e dificuldades financeiras das companhias. Apenas a Air France e a British Airways operaram o Concorde. Está fantástica aeronave podia voar até 60 mil pés de altitude (18.288 metros), muito acima das nuvens de tempestade, correntes de ar e outros aviões. Assim, praticamente não sofria turbulência. Voando tão alto, os passageiros podiam ver a curvatura da terra. Devido ao intenso calor provocado ao voar em velocidade supersônica era possível sentir o calor ao tocar as janelas no final do voo. Em 1985, para demonstrar a rapidez do Concorde, a Air France fez uma jogada de marketing genial: decolaram ao mesmo tempo de Boston um Concorde e de Paris um 747. O Concorde voou para Paris, reabasteceu e voltou para Boston, chegando 11 minutos antes da chegada do 747! Em Fevereiro de 1996, um Concorde da British Airways voou de Nova Iorque para Londres em 2 horas e 53 minutos com velocidade média de mais de 2010m/h. Em 25 de julho de 2000, um dos Concordes da Air France teve um acidente fatal, caindo em um hotel pouco depois de decolar, matando 109 pessoas a bordo e mais 4 no solo. Foi apontado como culpada uma peça que caiu de um DC10 da Continental que decolou poucos minutos antes. Logo após o acidente os voos com o Concorde cessaram enquanto a investigação seguia seu curso. Com o inquérito terminado, diversas modificações foram feitas para aumentar a segurança do avião, como novos pneus e um reforço de Kevlar para os tanques de combustível. Com as alterações o Concorde voltou aos céus mas, com os atentados às torres gêmeas do dia 11 de setembro de 2001 o mundo mudou. As pessoas ficaram com medo de voar e a ocupação dos voos caiu vertiginosamente. A situação piorou quando em 2003 a Airbus, então responsável pela manutenção do Concorde, informou que seriam necessário mais de 300 milhões de reais em manutenção para que o avião pudesse seguir em atividade. Com isso, em 10 de abril de 2003, saiu o anúncio oficial que as duas companhias não iriam mais voar com o Concorde depois de outubro daquele ano. A Air France antecipou a data para maio. Já a British Airways aproveitou o aumento da procura pelos últimos voos do Concorde, e manteve o avião voando lotado até o dia 24 de outubro de 2003. Seu último voo saiu de Nova York e fez seu pousou em Londres sob o som do aplauso de uma multidão que se reuniu para dar o adeus ao Concorde. Em 27 anos de atividade, o Concorde fez 50 mil voos e transportou 2,5 milhões de passageiros.

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