Jornal Voz da EMIP

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BELO HORIZONTE – ANO 1 – 1ª EDIÇÃO – JULHO 2021

O JORNAL DA ESCOLA MUNICIPAL

ESTUDANTIL ISRAEL

PINHEIRO

A NOSSA PRIMEIRA EDIÇÃO! Conheça o nosso jornal, de estudante para estudante (pág. 2)

NEGRO F O graffiteiro do Alto em entrevista ao jornal (pág. 6 e 7)

VAI FAZER FRIO! Saiba como vai ficar o tempo e como nosso corpo reage ao frio (pág. 2 a 4)

CAROLINA MARIA DE JESUS Apresentando essa escritora (pág. 5)

PANDEMIAS HISTÓRICAS Aprenda sobre outras doenças contagiosas (pág. 4 e 5)

ESCOLA E PANDEMIA A voz das/os alunas/os (pág. 8 e 9)


Editorial Olá, somos do Jornal “A voz da EMIP”. Nessa edição do jornal, temos matérias das jornalistas Rebeca Vitória, Diana Efigênia, Débora Eduarda, Yasmin Costa, Maria Luiza Campos, Rubia Quintiliano e desenhos de Rebeca Emanuelly. Os temas são sobre o frio, Carolina Maria de Jesus, as/os estudantes na pandemia e uma matéria sobre as pandemias e as epidemias do passado! Também trazemos uma matéria muito legal com o graffiteiro Fred, que fez vários graffiti nos muros da escola. Acompanhe todas as edições e compartilhe o jornal com outras pessoas! Se quiser fazer parte de jornal, junte-se a nós.

por Rebeca Vitória Da Equipe do Jornal A Voz da EMIP

Notícias sobre frio em BH

por Diana Efigênia

Região metropolitana de Belo Horizonte

Atualizações sobre o frio em BH para julho

Nos próximos dias, teremos noites de tempo aberto e dias ensolarados com nuvens no céu. Não há chuva.

possibilidade

de

Na primeira metade do mês, máxima de calor de 25° e mínima de 12°. FONTE: Wikipedia, 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3% A3o_Metropolitana_de_Belo_Horizonte

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O frio fora dos palácios

Quais foram as mudanças climáticas ocorridas no inverno do ano de 2021? Mudanças climáticas e impactos ambientais Uma das consequências das mudanças climáticas é o aumento da temperatura da Terra, o que gera o aumento do nível do mar. Mesmo no inverno, ocorrem períodos de sensação de calor por conta dessas mudanças.

FONTE: O Tempo, 2020. Disponível em: https://www.otempo.com.br/cidades/ as-vesperas-do-inverno-campanhaquer-arrecadar-agasalhos-paramoradores-de-rua-1.2350220

Comentário:

O que causa o frio?

Junho foi um mês com muitas conquistas para uns e muitas dificuldades para outros. Nesse mês de junho fez muito frio. Em 2020, aconteceram desequilíbrios enormes no planeta Terra e nós ficamos fracos, mas com o passar do tempo nós já estamos nos fortalecendo novamente. Muitas pessoas morreram entre o ano de 2020 e 2021, tanto famosos quanto pessoas importantes em nossas vidas. Espero que a gente fique bem até 2022.

O frio é causado pela perda de calor do corpo, provocando baixa temperatura no meio externo para o meio interno de um ser vivo.

O que seu corpo precisa para não sentir frio? O segredo para se aquecer no inverno está em proteger as extremidades do corpo, praticar exercícios físicos, beber bastante água, alimentar-se bem e não ficar descalço.

Perguntas para vocês! O que a população está fazendo para se ajudar neste frio? Já parou para pensar em como ajudar alguém nesse inverno?

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Desenho por Rebeca Emanuelly de Souza Oliveira

Conheça pandemias e epidemias do passado VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE PANDEMIA E EPIDEMIA?

por Rebeca Vitória

Pandemia se refere a uma doença que se espalha por todos os continentes (pan = todos). Epidemia acontece quando a doença está disseminada em uma região. Peste antonina: foi uma epidemia, com início no ano de 165 e perdurou até 180, afetando todo o mundo romano. Não se sabe as causas desta doença, pois desta epidemia não temos muitos relatos. Estudos apontam que matou mais de 5 milhões de pessoas.

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Desenho por Rebeca Emanuelly de Souza Oliveira


Praga de Justiniano: acontecida no século VI, foi causada pela bactéria da peste bubônica e pode ter matado até 300 mil pessoas em Constantinopla, a capital do Império Romano naquela época. Peste bubônica: transmitida por pulgas, foi a pandemia mais devastadora registrada na História. Resultou de 75 a 200 milhões de mortes na Eurásia (o continente terrestre que é formado por Europa e Ásia). Dengue: é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Infecta e mata muitas pessoas todos os anos, pois é uma epidemia ativa. Portanto temos que evitar água parada, limpar os reservatórios que podem acumular água, tampar a caixa d’água e cuidar de sua casa. Gripe espanhola: foi uma vasta e mortal pandemia de uma mutação do vírus Influenza. De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou 500 milhões de pessoas e morreram cerca de 17 a 100 milhões de pessoas. O mesmo vírus voltou na pandemia acontecida em 2009.

Quem foi Carolina Maria de Jesus? por Rúbia Quintiliana Carolina nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento (MG), e em 1937, depois da morte de sua mãe, mudou-se para São Paulo, onde trabalhava como empregada doméstica. Em 1947, desempregada, mudou-se pra favela do Canindé, onde criou seus três filhos, sustentando-se com o que conseguia, catando no lixo materiais recicláveis, como papel e latas.

Parelheiros, distrito de São Paulo, uma cidade mais na zona rural. Queria fugir da rotina da cidade e foi onde veio a falecer.

Carolina fez parte da História relatando a sua vida, todo o sofrimento e injustiça que passava, assim como outros negros e negras. Mas não foi reconhecida como deveria nessa época: ela só foi reconhecida após sua morte, depois de ter Foi catando revistas e cadernos, e seus livros recuperados por lendo os livros que achava ou pesquisadores. pegava emprestado, que ela passou a escrever poemas e a Talvez, se Carolina tivesse uma contar sua história em um diário. vida estável, seria mais Este diário virou um livro reconhecida? Quem sabe se ela chamado “Quarto de despejo: não fosse negra? Ou até mesmo diário de uma favelada” e foi um esse seja o motivo para conhecer grande sucesso na época, a história da Carolina Maria de vendendo dez mil exemplares em Jesus. uma semana. Depois do sucesso do seu livro, se mudou pra

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Negro F: artista resistência

Equipe do Jornal

Então vamos lá! Salve, salve. Com vocês: Fred, Negro F, 41 anos, graffiteiro, morador da comunidade do Alto Vera Cruz. Pergunta 1 – Com quantos anos você começou a fazer o graffiti? Quem ou o que o estimulou a começar? Fred - [...] Comecei a fazer graffiti em 1995, eu tinha por volta de 16, 17 anos. Foi quando teve umas primeiras intervenções na minha comunidade de alguns painéis, de alguns artistas, [...] que me influenciaram muito, Bá, Serginho, VMG, graffiteiros da época que fizeram vários painéis na minha comunidade e eu vi aqueles traços, aqueles movimentos e fiquei fascinado e assumi isso pra minha vida, né? Falei: “é isso que eu quero”. E no início de carreira quem muito ajudou foram os movimentos culturais aí da comunidade: Associação Comunitária, os grupos de hip hop da época - o “Processo Hip Hop” - , Daniel, Zulu e Tiquinho. A Associação do Bairro, através das lideranças Dona Valdete, Paulão e Julio, Alcides, pessoas que influenciaram [o meu] início da trajetória e da minha militância com a arte.

Pergunta 2 – Qual foi a maior dificuldade no começo de sua carreira? Fred - Eu acho [que a] maior dificuldade inicial para todo artista é um incentivo, né? Porque a arte urbana, o graffiti, [a] arte periférica ainda não tem investimento e às vezes falta muita ação de fomento, né? [...] Acho que hoje, diferente da minha época, a gente tem vários graffiti na nossa comunidade e que alguém que tiver interesse [...] tem informações. Na minha época a gente tinha fita VHS, eu acho que vocês nem nunca "ouviu" falar nem conhece, que era difícil você ter acesso a vídeos e imagens, referências, né? Uma grande incentivadora da minha trajetória também foi minha tia Sônia. Ela tinha uma câmera fotográfica, me emprestou e eu saí tirando fotos de graffiti na comunidade, na cidade inteira e depois conseguir revelar isso... Então esses graffiti foram grandes inspiradores assim do meu início de carreira. Pergunta 3 – Como se sente em relação ao picho?

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Fred - Ah, pichação e graffiti é uma divisão muito brasileira, né? Muito local, muito regional. A nível do mundo, graffiti e pichação estão na rua. É só uma questão de estética de traço. É uma questão de visão assim, porque muitas das vezes [...] as pessoas consomem picho [e] consomem graffiti da mesma forma. E todo mundo tem espaço na cidade, eu acho que infelizmente a gente tem uma legislação brasileira que demoniza ou criminaliza a pichação, né? [Por]que se tivesse uma legislação brasileira que talvez entendesse esses artistas e, de alguma forma, potencializasse essa sua ação, talvez a gente não teria tanta ação anarquista. E acho que é isso mesmo, a gente tem que ter manifestos, intervenções de várias formas, e o graffiti também ele cumpre o seu papel. Então acho que cada um com sua arte tem a sua contribuição positiva na comunidade, na sociedade.

Pergunta 4 – Como você acha que o graffiti influenciou sua vida não só profissional como pessoal? Fred - Ele influencia de várias formas, desde quando eu comecei até hoje, então o graffiti ele é um movimento na minha vida muito ativo, muito presente. Eu não me vejo não fazendo graffiti, ou não pensando política pública para graffiti, ou não fazendo ações de graffiti nesse nível, então hoje eu posso dizer, assim, que parte das coisas que eu sonho, acredito, realizo e quero cada vez mais fazer está relacionado ao graffiti. [...] Eu tenho esse histórico, [...] a minha vida está tatuada ao graffiti, né? Então não tem como eu não me apresentar, não falar de mim ou não vivenciar qualquer ação que não tem uma relação direta com graffiti. O graffiti é a minha vida! E aí, gostou da entrevista com este artista nascido no Alto?

O trabalho do graffiteiro Fred na nossa escola. FOTO: BERNARDO CAMPOS

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O que os alunos estão achando das aulas online? Venha conferir!

por Yasmim Costa de Jesus, Maria Luiza de Souza Campos e Debora Eduarda Marques Alves de Oliveira

Olá, pessoal! Aqui falaremos sobre o que os alunos estão achando das aulas remotas. No dia 17 de março de 2020, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte (SMED-BH) suspendeu as aulas presenciais para evitar a propagação do coronavírus, então começamos o ensino online, ou seja, as aulas remotas. Mas como será que esse ensino online está sendo para os alunos?! Bom… aqui apresentaremos relatos de algumas estudantes de como estão sendo para elas as aulas remotas. "Eu estou gostando das aulas estão sendo muito boas, mas não é fácil e eu acesso as aulas pelo celular".

"Está sendo muito fácil, mas as aulas estão sendo muito cedo e eu tenho muita coisa pra fazer aqui em casa, as atividades estão sendo um pouco difíceis".

Assinado: Mariane (7ºB)

"Ah, eu estou gostando das aulas online, mas tenho muita saudade das aulas presenciais quero ver os meus colegas e etc. As aulas online estão sendo muito legais! Mas para mim está sendo um pouco difícil (às vezes não presto muita atenção) bom. . . Só isso mesmo". Assinado: Rebeca (7ºB)

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Assinado: Maria Eduarda (7ºA) "Eu estou gostando, tá sendo bem daora!" Assinado: Ana Clara (7ºB) "As aulas estão sendo legais, porém dá muita preguiça e eu acesso as aulas pelo celular". Assinado: Júlia (7ºA)


"É uma forma muito diferente e muito legal, é um pouco complicado para mim que não consigo acordar muito cedo mas eu acho uma forma muito divertida, e segura para não pegarmos a Covid-19. Com as aulas online, nós ficamos mais seguros, mas temos que nos acostumar, mas é muito legal e eu gosto muito". Assinado: Yasmin Vitória (7ºA)

FONTE: Pinterest, sd. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/5 6013589111967177/feedback/? invite_code=3c9810fe4542419 8bcae736b206200ec&sender _id=609534268225634342

DICAS PARA IR BEM NA ESCOLA: Faça anotações Grave as aulas Leia livros sobre o assunto Estude todos os dias Mas também tire um tempinho para descansar e se cuidar :)

Revisão e diagramação: Amanda Guerra (Geografia/UFMG) e Danilo Teixeira (História/UFMG) Revisão final: Prof. Moacir Fagundes (EMIP) Colaborador: Prof. Wanderson dos Santos (EMIP) Fotógrafo: Bernardo Campos

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