Jornal Estação de 19/04/2023 - Ed. 2245

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Estação e Farol todas as quartas juntos, em um único jornal. SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2023 | ANO 10 - EDIÇÃO 2245 | WWW.JORNALESTACAO.COM.BR Defesa Civil de SP faz 47 anos e homenageiam agentes Pág. 04 A Secretaria Municipal da Saúde elaborou planos para fortalecer a vigilância laboratorial e epidemiológica, e responder de forma rápida e eficaz a um eventual risco da doença, com orientação da OPAS Capital define medidas para evitar retorno do poliovírus Pág. 02 POLIOMIELITE EM SÃO PAULO Taba Benedicto/AE Metroviários denunciam falta de segurança na Linha-15 Prata do Metrô Pág. 05

Após arrastão na Vila Soraia, moradores da

Após uma sequência de arrastões cometidos por ocupantes de um veículo preto na Vila Soraia, na zona leste de São Paulo, neste mês, moradores cobram mais segurança na região. A ação dos bandidos foi flagrada por câmeras de segurança.

Na primeira parte do vídeo, cuja data não é a do crime, é possível ver uma jovem no ponto de ônibus da Avenida Águia de Haia, número 3.850. Ela está com uma mochila nas costas e um celular na mão.

Em seguida, um carro preto se aproxima. A jovem entrega o celular aos bandidos pela janela do veículo. Em seguida, o carro vira à esquerda, na rua Apoquitaua, e um rapaz que atravessava a rua é assaltado.

No momento do segundo assalto, os ocupantes do carro se aproximam da mesma forma. Na calçada, o rapaz levanta as mãos, em sinal defensivo. Um homem com capuz desce do carro e pega o celular e a mochila da vítima. Após o roubo, o veículo vai embora.

O advogado e especialista em segurança pública Paulo Sumariva recomenda que a vítima sempre formalize um boletim de ocorrência "Sempre que a pessoa se envolver em uma ocorrência policial, ela precisa comunicar o fato para uma delegacia de polícia. Há ainda a possibilidade de realizar um boletim de ocorrência de forma digital. Desta forma, as ocorrências vão chegar ao poder público para tomar medidas de prevenção."

Para tentar evitar se tornar um alvo fácil dos bandidos, Sumariva compartilha algumas dicas. "A pessoa deve sempre manter cautela, ou seja, não andar com celular na mão e objetos de valor, como jóias e relógios, expostos. Os homens devem levar a mochila na frente do corpo, assim como as mulheres devem fazer com suas bolsas. Temos visto ainda muitos furtos ligados a bicicletas", disse ele.

[ Cena do dia ]

Saúde de São Paulo define medidas para evitar retorno da poliomielite na capital

Frente ao risco de reintrodução do poliovírus, causador da paralisia infantil, no Brasil e diante do cenário epidemiológico internacional, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, elaborou dois planos para fortalecer a vigilância laboratorial e epidemiológica, e responder de forma rápida e eficaz a um eventual risco da doença, com base nas recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Obras nas calçadas

também de refugiados de países com registro do vírus, além do acompanhamento de casos notificados por 60 dias, entre outras medidas.

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um enterovírus (gênero de vírus que tem como principal meio de replicação o trato gastrointestinal) chamado poliovírus. As sequelas dessa condição, relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pela poliomielite, normalmente são motoras e não têm cura, podendo afetar tanto crianças quanto adultos e levar à paralisia total ou parcial dos membros inferiores.

Dezoito dias após o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) afirmar que agiria para romper o contrato de concessão das linhas 8 e 9 de trens metropolitanos à Via Mobilidade, a empresa apresentou uma proposta de acordo que prevê investimento de R$ 87 milhões para melhoria nas linhas férreas.

“Uma vez celebrado o acordo, o valor de R$ 87 milhões será acrescentado aos investimentos previstos no Plano de Ação já apresentado ao governo do estado, em fevereiro deste ano, com o objetivo de acelerar a recuperação da infraestrutura das linhas 8 e 9”, divulgou em nota, hoje (17), a Via Mobilidade.

No último dia 30, o MP-SP informou que, em razão da série de descarrilamentos e problemas técnicos registrados recentemente nas linhas privatizadas 8 e 9, havia encerrado todas as negociações de acordos com a Via Mobilidade e que tinha decidido "tomar as providências necessárias" para a extinção do contrato de privatização.

“Outra alternativa não resta, portanto, a não ser deixar as negociações com a empresa e, infelizmente, vamos ter que tomar as providências necessárias visando a extinção desse contrato", disse, então, o promotor de Justiça Silvio Marques. “Nós não podemos ficar esperando que um

acidente grave ocorra com morte de pessoas”, acrescentou.

De acordo com a Via Mobilidade, os novos recursos serão aplicados em cinco frentes: melhoria nas estações Antônio João, Barra Funda, Presidente Altino, Primavera Interlagos, e a implantação de tecnologia que permitirá aos usuários, em tempo real, saber os horários de chegada e partida das composições.

“Sugerimos, em nossa proposta de acordo, prazos específicos de entrega para cada um destes cinco projetos e os trabalhos serão iniciados assim que tivermos a concordância do Palácio dos Bandeirantes e do Ministério Público para irmos adiante", disse o presidente da CCR Mobilidade, grupo que engloba a Via Mobilidade, Marcio Hannas.

Em nota, o MP-SP afirmou que recebeu a proposta da concessionária “com vistas à resolução dos graves problemas nas Linhas 8 e 9 dos trens metropolitanos e pagamento de indenização”.

“A documentação será analisada pelos promotores de Justiça que atuam no caso e pelos engenheiros do Centro de Apoio à Execução (CAEx). Em especial, serão verificadas as propostas sobre as medidas tendentes à eliminação de riscos de acidentes e conforto dos usuários, bem como o valor da indenização”, disse em nota o MP.

Obras de requalificação das calçadas no centro de São Paulo (SP), na rua José Bonifácio com a rua Quintino Bocaiúva, estão sendo realizadas nesta terça-feira (18). Funcionários na prefeitura estão removendo o piso antigo EXPEDIENTE

O “Plano Municipal de Mitigação de Risco de Reintrodução do Poliovírus Selvagem (PVS) e Surgimento do Poliovírus Derivado Vacinal (PVDV): Estratégia do Município de São Paulo” define as ações a serem realizadas em 2023 para diminuir o risco de reintrodução da poliomielite na capital. As estratégias para mitigação de risco preveem o monitoramento mensal dos indicadores de vigilância, treinamento para busca ativa de casos suspeitos de paralisias flácidas agudas em hospitais, capacitação de profissionais de saúde, monitoramento ambiental (de água e esgoto) e

Mesmo considerando que desde 1988 o Estado de São Paulo não tem a confirmação de casos de poliomielite, e que em 1994 o Brasil recebeu a certificação de eliminação para poliomielite, sabe-se que esta não é a realidade de outros países, que apresentam situação endêmica ou epidêmica para poliomielite, seja de vírus selvagem ou de derivados vacinais.

detectada por meio de exame de fezes

Presença do

Durante o processo de investigação de casos de paralisia, deve ser realizada a coleta de fezes para avaliar a presença do poliovírus em até 14 dias após o início do déficit motor, idealmente. O descarte da poliomielite é feito a partir do resultado negativo desses exames, ou de avaliação clínica e evolução do quadro do paciente, com restabelecimento da força motora.

A meta anual de notificação para paralisias flácidas agudas é de um caso para 100 mil crianças menores de 15 anos. Em 2022, a cidade de São Paulo registrou 44 casos de crianças com qualquer tipo de paralisia. Após

investigação, mais de 90% dos diagnósticos finais referiram-se à síndrome de Guillain Barré, doença em que o sistema imunológico ataca os nervos. De acordo com Juliana Monti Maifrino Dias, da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), toda paralisia é notificada para comprovar para a Organização Mundial da Saúde (OMS) que o país continua livre da pólio. “A partir da notificação, espera-se que a investigação desse caso seja deflagrada em até 48 horas, tendo como meta a investigação oportuna de pelo menos 80% dos casos notificados”, explica Juliana.

Diretor de Redação: Gil Campos / Diretor Comercial: Robson de Morais

Diagramação e Arte: Marcelo Russo

Agência de notícias: Agência Estado / Editado e distribuido por: MIG Editoria, Rua Conselheiro Antonio Prado, 121 - Vila ProgressoGuarulhos/SP - CEP: 07095-180 - Fone: 2823-0800

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Via Mobilidade propõe acordo de R$ 87 milhões para evitar processo no MP-SP
vírus é
zona leste de SP cobram segurança
Breno Esaki/Ag. Brasília

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FOTO: RAVENA ROSA / ABR

Defesa Civil faz 47 anos e presta homenagem a agentes que socorreram vítimas das chuvas

O Governo de São Paulo promoveu na segunda-feira (17) uma solenidade em celebração aos 47 anos de atuação da Defesa Civil do Estado. A cerimônia teve a participação do governador Tarcísio de Freitas e da primeira-dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas e contou com uma série de homenagens e agradecimentos aos profissionais e voluntários que atuaram nas grandes operações de apoio a vítimas das chuvas em São Sebastião, além de um resgate na região de Sorocaba e da missão humanitária enviada à Turquia após um terremoto devastador no início do ano.

Durante o evento, Tarcísio recebeu a Medalha Defesa Civil, juntamente com a Primeira-dama Cristiane Freitas e o vice-governador Felicio Ramuth, entre outros homenageados. A honraria simboliza a relevância da Defesa Civil no combate

às consequências nocivas de eventos desastrosos e na prestação de socorro e assistência às populações atingidas.

O governador enalteceu os esforços e a atuação da Defesa Civil nas chuvas do Litoral Norte. Tarcísio afirmou que o estado vai investir em tecnologia e pessoal para avançar nas ações de prevenção da instituição.

“Vamos entregar radares para o planalto e litoral, contratar mais profissionais e aumentar os nossos sistemas de alarmes com mais tecnologia. Quanto mais preciso for as nossas previsões, estaremos um passo à frente para salvar vidas. Vamos continuar a entregar mapas de riscos aos municípios e equipamentos para o enfrentamento. Para melhorar ainda mais a nossa capacidade de resposta”, disse o governador.

A atuação da Defesa Civil em 2023 foi ainda mais importante com o trabalho de resgate e

salvamento após as chuvas extremas no Litoral Norte durante o carnaval. O maior temporal já registrado no país deixou um rastro de mortes e destruição em São Sebastião, mas a resposta do Governo de São Paulo ajudou a retirar mais de mil pessoas das áreas de risco, ação em que os agentes da Defesa Civil foram decisivos para proteger vidas e auxiliar a cidade a restabelecer serviços essenciais.

Poucas semanas antes, a Defesa Civil do Estado enviava à Turquia dois oficiais com experiência em atendimento em crises humanitárias para buscas e resgates de vítimas do terremoto, que também atingiu parte da Síria. Os agentes paulistas se juntaram a outros 38 profissionais brasileiros que também ajudaram a instalar a população afetada pelos tremores em abrigos e na distribuição de água, alimentos e medicamentos.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo foi criada em 1976 após tragédias como os incêndios nos edifícios Andraus e Joelma e as fortes chuvas em Caraguatatuba. Desde então, o órgão desempenha um papel relevante para toda a população paulista em situações de desastres e emergências. Com seu centro de gerenciamento de emergências, a Defesa Civil monitora as condições climáticas e emite alertas para todo o Estado, demonstrando assim sua importância e dedicação

Curso de saúde mental para os professores da rede estadual de SP abre mais 500 vagas

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) prorrogou as inscrições para a primeira edição do curso “Ame sua Mente na Escola”, promovido pelo Projeto Ame sua Mente na Escola e pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Efape).

Além disso, mais 500 vagas foram disponibilizadas para a formação, que acontece a

distância a partir de 2 de maio, com carga horária de 32 horas, por meio da plataforma do Instituto Ame sua Mente (thinkific. com). As inscrições podem ser feitas no site da Efape.

A ação visa favorecer, por meio da educação em saúde, a promoção de saúde mental, a prevenção de transtornos mentais na juventude, a redução dos estigmas relacionados aos transtornos mentais, a

resolução de problemas mais leves dentro da própria escola, a identificação precoce e o encaminhamento adequado de casos para assistência especializada, assim como promover o autocuidado em relação à saúde mental dos próprios educadores.

O curso será ofertado aos servidores da Seduc-SP integrantes do Quadro do Magistério (QM).

Realizado com o apoio do Instituto ABCD e da Associação Umane, o projeto Ame sua Mente na Escola visa estabelecer uma nova cultura sobre saúde mental no ambiente escolar e, assim, trabalhar a prevenção dos transtornos mentais na juventude, a redução dos estigmas e a resolução de questões de saúde mental relacionadas ao processo de aprendizagem.

O projeto consiste em formar educadores e gestores escolares da rede pública de ensino do Estado de São Paulo em temas que envolvem a saúde mental. Transtornos do humor, transtornos de ansiedade, TDAH e drogas são algumas das temáticas abordadas.

Mais de 80 escolas e cerca de 2.000 mil professores já participaram do programa de formação em saúde mental, por meio da parceria entre o Ame sua Mente na Escola e Seduc-SP.

em proteger e servir a população.

Além das ações emergenciais, o Governo de São Paulo, por meio da Defesa Civil, firmou uma parceria com o aplicativo Waze para o envio de alertas meteorológicos. O alerta aparecerá para os condutores que utilizam o Waze caso eles tentem atravessar uma área inundada. Dessa maneira, ele poderá escolher se quer mudar a rota ou continuar dirigindo no mesmo trajeto. O sistema já funciona na capital paulista e será ex-

pandido para todo o Estado. Em São Paulo, o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil é o responsável por abastecer a central do aplicativo com as áreas de incidência de chuvas, o que permite aos usuários serem alertados automaticamente se o trajeto selecionado estiver com risco de inundações. Dessa maneira, os motoristas poderão acompanhar as informações de emergência sobre as rotas afetadas por excesso de precipitações na tela do celular.

Ação voltada ao público masculino que senta de pernas abertas é lançada em SP

Uma campanha para incentivar o público masculino para o uso consciente do espaço nos ônibus da cidade de São Paulo foi lançada, no domingo (16), pela SPTrans. “Cara, fecha as pernas” tem o objetivo de evitar que os passageiros homens evitem espalhar as pernas ao se sentar para não atrapalhar as pessoas ao lado.

Os cartazes da campanha são afixados nos ônibus da capital paulista. Também aparecerá nas redes sociais da empresa.

Esse comportamento, conhecido como manspreading,

é tema de discussões em diversos países. Em Madri, na Espanha, desde 2017, há um alerta contra essa prática no metrô. Já em Nova York, placas nas estações advertem: “Cara... Pare de se espalhar, por favor”.

A largura média de um assento em ônibus é de 45 centímetros para os bancos comuns e 86 para os bancos duplos. Por isso, o comportamento de manspreading é considerado uma invasão do espaço alheio e pode gerar desconforto para outras pessoas.

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Governo de São Paulo Governo de São Paulo
Órgão foi criado após incêndios nos edifícios Andraus e Joelma Renato S. Cerqueira/AE

Sindicato dos Metroviários denuncia falta de segurança do monotrilho em São Paulo

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo denunciou nessa terça-feira (18) que a Linha 15 - Prata do Metrô, monotrilho que passa pela zona sul e leste da

capital paulista, opera sem a segurança necessária. Segundo a presidente da entidade, Camila Lisboa, não há um sistema para evitar colisão entre trens,

como a que aconteceu no dia 8 de março. O acidente ocorreu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste, por volta das 4h30,

durante a movimentação de posicionamento dos trens. Ninguém ficou ferido.

Para Camila, o acidente só ocorreu porque o monotrilho não conta com os mesmos mecanismos de controle automatizado como das demais linhas do metrô. “O sistema automático de proteção dos trens permite que tantos os trens quanto os trilhos leiam os trens, saibam quando tem um trem à frente”, explico’u. De acordo com a presi-

dente do sindicato, a opção pelo trem em linha elevada não atende às necessidades de transporte da cidade. “Se a gente olhar em várias partes do mundo, é raro existir um sistema como esse [de monotrilho].

Ele não é um veículo para funcionar a longas distâncias, não é um trem para carregar muita gente”, disse.

A falta de capacidade do monotrilho tem afetado o transporte de passageiros, segundo Camila. “Na

semana passada, um trem paralisou por conta de excesso de peso”.

O sindicato defende que os trens tenham operadores com acesso aos controles, para garantir a segurança de operação do monotrilho. “Com todos os acidentes e problemas que já aconteceram com o monotrilho, não ter um operador de trem para acionar a emergência, para tomar atitude quanto a circunstância, coloca a população em risco”, disse Camila.

Metrô diz que cumpre todos os protocolos internacionais

Em nota, o Metrô afi rma que tem a segurança como prioridade, e que “cumpre com todos os protocolos internacionais necessários”. Ainda de acordo com o comunicado, a investigação interna da empresa concluiu que a colisão de março aconteceu por “descum-

primento de procedimentos operacionais por parte dos funcionários envolvidos”.

O Metrô disse ainda que o monotrilho usa um sistema de sinalização e controle “similar ao das linhas 1-Azul e 2-Verde, que identifica todos os trens e só libera a passagem em

trechos livres, sendo que o operador monitora o funcionamento da composição e atua em caso de necessidade”.

A Alstom, empresa responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos usados no monotrilho, disse que não vai se manifestar.

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Março/2023. Maio/2023. Taba Benedicto/AE

‘Não vamos transformar as escolas em prisão’, diz Lula; Governo lança plano de R$ 3 bilhões

O presidente Luiz Inácio

Lula da Silva disse, nessa terça-feira (18), que há uma predominância na pregação da violência no ambiente da internet, e que a sociedade e as famílias devem assumir a responsabilidade pelo processo educacional das crianças e adolescentes. Para ele, as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que ajudam a disseminar.

“Não é possível que eu possa pregar o ódio na rede digital, que possa ficar fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar, é isso que vemos

todo santo dia. A verdade é que uma criança de 6 anos, 9 anos, ela repercute na escola o que ela ouve dentro de casa”, disse, destacando que o Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que a comunidade tem que assumir responsabilidade pelo que acontece nas escolas.

Para Lula, há uma mudança de padrão de comportamento na sociedade e não é possível permitir que o ódio prevaleça. “Quando a criança de 8 anos acha que arma é solução, ela viu na Bíblia? Não. No livro escolar? Não. Ela ouviu do pai ou da mãe dentro de casa e é por isso que precisamos

ter em conta que sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas”, argumentou.

Lula comandou, no Palácio do Planalto, uma reunião com os chefes dos poderes Judiciário e Legislativo, ministros de Estado, governadores, entidades representativas de prefeitos e parlamentares para discutirem políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas. A ideia é criar estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo.

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Fomento para implementar ações

O governo federal também anunciou um programa de fomento para implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de núcleos psicossociais nas escolas.

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Para o presidente Lula, elevar muros e instalar detectores de metais não é a solução.

“Não vamos transformar as escolas em prisão de segurança máxima, que não é a solução. Nem tem dinheiro para isso e nem é politicamente correto, humanamente e socialmente correto”, disse.

“Eu fico imaginando as crianças sendo revistadas nas escolas. Como seria patético para os pais, para o prefeito, para o governador, para o presidente da República, para as instituições desse país,

uma criança de 8 anos ter que mostrar a mochila.”

O ministro da Educação, Camilo Santana, também propôs que estados e municípios criem comitês de discussão com as comunidades locais sobre a proteção ao ambiente escolar. “Esse é o momento de unirmos a todos, independente de questões políticas, partidárias ou ideológicas, o que está em jogo é a vida de crianças e jovens nesse país”, disse.

Governo pede ao MST desocupação das áreas invadidas para manter o diálogo

O governo federal pediu ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a desocupação de áreas invadidas para a “manutenção do diálogo entre movimentos sociais e governo”, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. A solicitação foi feita pelo ministro em reunião na noite desta segunda-feira, 17, com lideranças do movimento.

Ligue ou envie uma mensagem para:

11 98148-0102

“Recebi das mãos da coordenação do MST a pauta da 26ª Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Neste encontro de 17 de abril, informei que estou em diálogo com a Presidência

da República na elaboração de medidas para a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, paralisado nos últimos anos”, escreveu Teixeira em rede social.

“Ao mesmo tempo, à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, reforcei que a atuação do MDA é pautada pela Constituição Federal, tanto com relação à proteção da propriedade privada e quanto à função social da propriedade. Nesse sentido solicitamos a desocupação das áreas para a manutenção do diálogo entre movimentos sociais e governo federal”, prosseguiu o ministro.

Desde o último domingo (16), o MST promove invasões em área de pesquisa da Embrapa, propriedades rurais privadas e sedes do Incra.

As invasões do MST fazem parte do “Abril Vermelho”mês em que o movimento lembra o Massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, e realiza diversas ações em defesa da reforma agrária. O movimento diz que a jornada de ocupações é uma forma de pressionar o governo resolver a situação e retomar a reforma agrária. O MST também pede ao governo a exoneração de superintendentes do Incra e uma nova rodada de negociações com MDA.

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Joédson
Alves/ABr

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