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'Uber' lançado pela Prefeitura de SP sofre com a falta de carros e a greve do Metrô

O primeiro dia de funcionamento do MobizapSP, aplicativo da Prefeitura de São Paulo para viagens particulares de carro, coincidiu com a greve dos metroviários e tornou praticamente nula a oferta de veículos em diversos pon- tos da capital. Lançado às 13h, o serviço iniciou com pouco mais de 30 mil carros cadastrados.

O anúncio do MobizapSP destaca duas vantagens principais para o usuário e para o motorista: uma taxa de cobrança fixa em 10,95% sobre o valor total das corridas, muito abaixo da concorrência, que chega a cobrar mais de 30% dependendo do valor da viagem; e a falta de preço dinâmico para os clientes, que em aplicativos similares chega a quadruplicar o valor de um determinado trajeto a depender da demanda.

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O serviço foi inaugurado no mesmo dia em que os metroviários entraram de greve e, consequentemente, uma maior demanda de viagens por aplicativo que tornou o preço dinâmico em outras plataformas em vários pontos da cidade. Motoristas ouvidos pelo Estadão afirmaram que mesmo com o desconto maior em serviços concorrentes, o total da viagem vale mais a pena quando é cobrado o preço dinâmico.

O Estadão tentou fazer três trajetos com o aplicativo da Prefeitura e do consórcio C3 ao longo desta quinta-feira, 23, nos modos Econômico e Premium. Em nenhuma delas o aplicativo conseguiu localizar um motorista disposto a fazer a viagem.

Poucos minutos após o lançamento oficial do aplicativo, os mais de 40,2 mil usuários cadastrados no serviço receberam uma mensagem no celular anunciando o início do funcionamento. "De SP a gente entende", dizia o texto.

"A Prefeitura está preocupada com o munícipe, com a segurança das pessoas que transitam por São Paulo e também com os ganhos dos motoristas de aplicativo", explicou o vereador Marlon Luz (MDB), um dos idealizado- res do projeto.

Durante uma cerimônia de lançamento do serviço às 12h15, o vereador pediu uma corrida do seu próprio celular para dar uma volta no quarteirão da Alameda Jaú, nos Jardins. A viagem custou R$ 11,09, mas foi previamente combinada com o motorista, que já aguardava o pedido ao lado do hotel Renaissance, uma vez que o serviço ainda não estava disponível para os usuários.

"A ideia é passar mais segurança aos passageiros em relação às corridas. A gente tem visto aí absurdos todas as semanas nos jornais em relação à segurança, então a ideia da Prefeitura é elevar esse patamar e fazer com que todas as outras plataformas também subam esse patamar", disse Luz.

Segundo ele, o MobizapSP é o único aplicativo que pede antecedentes criminais aos motoristas cadastrados e "não se aproveita de greves" para manipular o preço das corridas.

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