TCC arqurbuvv Centro Cultural VIVA, Vila Velha

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UNIVERSIDADE VILA VELHA

CENTRO CULTURAL

,VILA VELHA

GABRIEL FREITAS RODRIGUES 2019



UNIVERSIDADE VILA VELHA ARQUITETURA E URBANISMO GABRIEL FREITAS RODRIGUES

CENTRO CULTURAL

VIVA

,V I L A V E L H A

VILA VELHA 2019


GABRIEL FREITAS RODRIGUES

CENTRO CULTURAL

VIVA

,V I L A V E L H A

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Vila Velha, como requisito para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. ORIENTADORA: Profª Drª Simone Neiva

VILA VELHA 2019



AGRADECIMENTOS

A curadora e artista plástica Kyria que me deu a oportunidade de realizar um sonho ao expor uma de minhas obras e ter a experiência de ser valorizado artísticamente.

Primeiramente, a Deus, que me deu forças para seguir meus sonhos e trilhar meu caminho da melhor maneira, mostrando-me que sou mais forte do que imaginava.

Aos amigos da minha cidade natal, em especial a Kyara (in memorian) que tive o prazer de ter em minha vida e mesmo que longe, me incentivou e acreditou em mim.

Agradeço também aos meus pais Zélia e Cláudio que me criaram incentivando a cada etapa de minha vida e principalmente, mostrando-me que o mundo pode ser criativo.

Aos meus amigos de Vila Velha, em especial a minha ‘‘dupla’’ de faculdade Brunna Pauli que sempre me apoiou e me descontraiu em momentos tensos. A Rafaela que foi um peça essencial para me ajudar com o desenvolvimento do TCC. A Aline, Luiza, Suelen e Luana que foram importantes para mim nesse processo de faculdade e que quero ter sempre por perto.

Ao meu padrasto Ricardo, por investir nos meus sonhos dando-me a oportunidade de ter uma ótima profissão. A minha madrasta Rosangela, por apoiar e confiar em mim para trabalhos artísticos. Aos meus irmãos, Tatyana, Diego, Ícaro e Mateus; por estarem sempre do meu lado, me incentivando e dando alegria. A minha grande família, que desde cedo já me mostravam e incentivavam em minha vocação para arte e me ajudaram em todos os momentos. Aos meus maravilhosos orientadores Simone e Clóvis que desde o início do curso mostraram-me que a arte está ligada diretamente à arquitetura. Que orientaram-me da melhor maneira buscando formas para que eu desse o melhor de mim. Ao Geraldo que desde o primeiro período curso, já enxergou em mim um grande potencial.


RESUMO Este trabalho é sobre o projeto de um Centro Cultural. A partir de estudos foi realizado a criação de um Centro Cultural cujo nome escolhido foi VIVA. É um espaço de descontração e aprendizado para todos, que proporciona diferentes sensações aos visitantes e está localizado na cidade de Vila Velha no Espírito Santo. Foi realizado um histórico sobre o desenvolvimento dos espaços artísticos ao longo dos séculos, compreendendo suas configurações espaciais e principais usos. Além disso, foram feitos estudos de caso de Galerias e Centro Culturais. Produziu-se uma pesquisa cultural de Vila Velha e Vitória e uma análise aprofundada da região em que será implantado o Centro Cultural. Estas pesquisas foram realizadas para agregar informações e utiliza-las no projeto.

PALAVRAS - CHAVE: Arte; arquitetura; centro cultural; cultura.

This monography is about the design of a Cultural Center. From studies was created a cultural center named as VIVA. It is a space for relaxation and learning for all, which provides different sensations for visitors and is located in the city of Vila Velha in Espírito Santo. A history of the development of artistic spaces over the centuries, including their spatial configurations and main uses, was made. In addition, case studies were made of Cultural Galleries and Center. A cultural survey of Vila Velha and Vitória was produced and an indepth analysis of the region in which the cultural center will be established. These surveys were conducted to aggregate information and use it in the Cultural Center project.

KEYWORDS: Art; architecture; cultural center; culture.

ABSTRACT


LISTA DE FIGURAS Figura 01 Figura 02 Figura 03 Figura 04 Figura 05 Figura 06 Figura 07 Figura 08 Figura 09 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 -

Gabinete de curiosidades Câmara das maravilhas Galeria degli Uffizi corredor Galeria degli Uffizi sala Mapa da Galeria degli Uffiz Projeto do museu de Etienne-Louis Boullée Museu Britânico Panteão de Paris Áreas públicas no Louvre em 1793 Salão Carre do Louvre Grande Galeria do Louvre Estudo de Jean Nicolas Louis Durand, planta Estudo de Jean Nicolas Louis Durand, corte Palácio de Cristal, Londres MASP, São Paulo Sequência Fibonacci Museu do Crescimento Ilimitado Projeto Museu do Crescimento Ilimitado Projeto museu para a Cidade Pequena Guggenheim, Nova York Interior Guggenheim, NY Planta do museu Guggenheim, Nova York Fachada do Centro Pompidou Interior do Centro Pompidou Projeto do museu Pompidou Guggenheim, Bilbao Interior do Guggenheim, Bilbao

17 17 18 18 18 19 19 19 19 20 20 20 20 21 21 21 21 21 22 22 22 22 22 22 23 23 23

Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 Figura 38 Figura 39 Figura 40 Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura 44 Figura 45 Figura 46 Figura 47 Figura 48 Figura 49 Figura 50 Figura 51 Figura 52 Figura 53 Figura 54 Figura 55 Figura 56 Figura 57 -

Projeto do museu Guggenheim, Bilbao Uso da tecnologia Tecnologia Galeria do Museu Vale em: 2007 Galeria do Museu Vale em: 2016 Projeto museu MAXXI, 1º piso Projeto museu MAXXI, 2º piso Museu MAXXI Interior do Museu MAXXI Museu MORI Interior do Museu MORI Linha do tempo - História dos museus e galerias de arte (a partir do barroco) Localização, L’orangerie Evolução do museu L’orangerie Museu L,orangerie Setorização, 1ºandar, L’orangerie Guarda volumes Bilheteria Acesso aos salões principais Passarela Salão principal Setorização, subsolo -1ºandar, L’orangerie Lanchonete Livraria Setorização, -2ºandar, L’orangerie Corredor de exposições Exposição permanente Exposições temporárias 1 Exposição temporárias 2 Elementos neoclássicos

23 24 24 25 25 25 26 26 26 26 26 27 29 29 30 30 31 31 31 31 31 31 31 31 32 32 32 32 32 33


Figura 58 Figura 59 Figura 60 Figura 61 Figura 62 Figura 63 Figura 64 Figura 65 Figura 66 Figura 67 Figura 68 Figura 69 Figura 70 Figura 71 Figura 72 Figura 73 Figura 74 Figura 75 Figura 76 Figura 77 Figura 78 Figura 79 Figura 80 Figura 81 Figura 82 Figura 83 Figura 84 Figura 85 Figura 86 Figura 87 Figura 88 -

Cortina de vidro Salão oval Forro translúcido Paredes inclinadas Iluminação zenital Bancada divisória Vão de iluminação Elementos feitos em pedra Esquadria simples Piso de resina Piso de pedra Telhado de vidro Forro de gesso Diagrama de usos, L’orangerie Corte AA usos, L’orangerie Localização, Galeria 01 Fachada Galeria 01 Acessos principais Acesso lateral Setorização, 1º andar, Galeria 01 Recepção Escada Salão principal Corredor de exposições Setorização, 2º andar, Galeria 01 Níveis do segundo pavimento Forma da edificação Esquadria embutida Janelas laterais Pé direito normal Pé direito duplo de exposição

33 33 33 33 33 33 33 34 34 34 34 34 34 35 35 36 36 37 37 37 37 37 37 37 38 38 38 38 38 39 39

Figura 89 Figura 90 Figura 91 Figura 92 Figura 93 Figura 94 Figura 95 Figura 96 Figura 97 Figura 98 Figura 99 Figura 100 Figura 101 Figura 102 Figura 103 Figura 104 Figura 105 Figura 106 Figura 107 Figura 108 Figura 109 Figura 110 Figura 111 Figura 112 Figura 113 Figura 114 Figura 115 Figura 116 Figura 117 Figura 118 Figura 119 -

Composição Platô externo Alvenaria crua Alvenaria branca Piso de cimento queimado Cobertura metálica Diagrama de usos, Galeria 01 Corte AA usos, Galeria 01 Localização, Galeria 02 Fachada Galeria 02 Rampa de acesso Acesso de serviço Setorização, 1º andar, Galeria 02 Hall de entrada Salão principal Acervo de quadros Acesso ao acervo superior Setorização, 2º andar Sala de reuniões Escada do administrativo Grandes vãos Porta de vidro Fachada norte Fachada leste Fundo oeste Fundo sul Pé direito duplo Iluminação natural/shedes Material da rampa Piso do hall Espaço interno

39 39 39 39 39 39 40 40 41 41 41 41 42 42 42 42 42 43 43 43 43 43 43 43 44 44 44 44 44 44 44


Figura 120 Figura 121 Figura 122 Figura 123 Figura 124 Figura 125 Figura 126 Figura 127 Figura 128 Figura 129 Figura 130 Figura 131 Figura 132 Figura 133 Figura 134 Figura 135 Figura 136 Figura 137 Figura 138 Figura 139 Figura 140 Figura 141 Figura 142 Figura 143 Figura 144 Figura 145 Figura 146 Figura 147 Figura 148 Figura 149 Figura 150 -

Escada de aço Fechamento em vidro Tons claros Diagrama de usos, Galeria 02 Corte AA usos, Galeria 02 Museu Vale Museu Homero Massena Casa da Memória Galeria Eugênio P. Q. Espaço Lastênio Scopel Mapa de galerias e ateliês de arte de Vila Velha / Vitória Mapa de regiões de Vila Velha Mapa do bairro de Itapoã Aproximação do lote Lote visto de cima (dia) Lote visto de cima (noite) Vista do lote Fachada praia Fachada lateral Estado atual do lote Mapa de zoneamento Aproximação do terreno escolhido Mapa de condicionantes Mapa de uso do solo Mapa de gabarito Mapa de vegetação Mapa de hierarquia viária Mapa síntese Fluxograma Vista aérea do Centro Cultural VIVA Fachadas do Centro Cultural VIVA

44 45 45 45 45 50 50 50 50 50 51 53 53 54 54 54 54 54 54 54 56 57 58 59 60 61 62 64 74 78 79

Figura 151 Figura 152 Figura 153 Figura 154 Figura 155 Figura 156 Figura 157 Figura 158 Figura 159 Figura 160 Figura 161 Figura 162 Figura 163 Figura 164 Figura 165 Figura 166 Figura 167 Figura 168 Figura 169 Figura 170 Figura 171 Figura 172 Figura 173 Figura 174 Figura 175 Figura 176 Figura 177 Figura 178 Figura 179 Figura 180 Figura 181

-

Planta baixa Área externa / 1° andar 80 Fach. com gran. esquadrias e ambientes de conv.81 Fach. trabalhada no ripado e ambientes de conv. 81 Perspectiva voltada para praia 82 Perspectiva voltada para cidade 82 Edificação com as esquadrias fechada 83 Fachadas com as esquadrias abertas 83 Portão vermelho fechado 83 Portão vermelho aberto 83 Entrada ao Centro Cultural VIVA 84 Recepção 84 Recepção do FAB LAB 85 Salas do FAB LAB 85 Segundo andar do FAB LAB 85 Ante sala 86 Mezanino 86 Salão com exposição / corredor de exposições 87 87 Salão com show 88 2° andar 89 Loja 02 restaurante 89 Vista do restaurante para o salão principal 90 3° andar 91 Sala multímidia 91 Terraço de exposições 92 4° andar 92 Sala com exposições 92 FSala com workshop 93 5° andar 93 Biblioteca 93 Área para estudos e leituras 94 Subsolo


TABELAS / GRÁFICO Tabela 01 Tabela 02 Tabela 03 Tabela 04 Tabela 05 Tabela 06 Tabela 07 Tabela 08 Tabela 09 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16

-

46 Análise geral dos estudos de caso 47 Programa de necessidade (base) 57 Índices urbanísticos Potencialidades e fragilidades da área de estudo 64 1° andar (espaços de apoio/circulação do público) 67 68 1° andar (fab lab) 68 1° andar (serviço) 2° andar (espaços de apoio/circulação do público) 69 69 2° andar (fab lab) 3° andar (espaços de apoio/circulação do público) 70 4° andar (espaços de apoio/circulação do público) 70 71 4° andar (administração) 71 5° andar 72 Cobertura 72 Área externa 73 Subsolo

Gráfico 01 - Habitantes por região

52


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO Introdução ______________________________________________________________________________________________________________________________________ Justificativa _____________________________________________________________________________________________________________________________________ Objetivos Gerais / Específicos _________________________________________________________________________________________________________________ Metodologia _______________________________________________________________________________________________________________________________ Estrutura _______________________________________________________________________________________________________________________________________

1 1.1 1.2

2 2.1 2.2 2.3 2.4

13 14 14 15 15

A HISTÓRIA DOS MUSEUS E GALERIAS ATRAVÉS DOS SÉCULOS Do século XV até o século XX ___________________________________________________________________________________________________________________ 17 Século XXI - Era Contemporânea ____________________________________________________________________________________________________________ 24

ESTUDOS DE CASO Paris - L’orangerie _______________________________________________________________________________________________________________________________ São Paulo - Galeria 01 _________________________________________________________________________________________________________________________ Vitória - Galeria 02 ____________________________________________________________________________________________________________________________ Análise geral dos estudos de caso _________________________________________________________________________________________________________

29 36 41 46


3

DIRETRIZES 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9

Região Vitória / Vila Velha ______________________________________________________________________________________________________________________ 50 Área escolhida ______________________________________________________________________________________________________________________ 52 Legislação __________________________________________________________________________________________________________________________ 56 Condicionantes _____________________________________________________________________________________________________________________ 58 Uso do solo _________________________________________________________________________________________________________________________ 59 Gabarito _____________________________________________________________________________________________________________________________ 60 Vegetação __________________________________________________________________________________________________________________________ 61 Hierarquia viária ____________________________________________________________________________________________________________________ 62 Síntese _____________________________________________________________________________________________________________________________ 63

O PROJETO 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5

O programa _____________________________________________________________________________________________________________________________________ Fluxograma _________________________________________________________________________________________________________________________ As vegetações ______________________________________________________________________________________________________________________ Os materiais ________________________________________________________________________________________________________________________ O projeto ____________________________________________________________________________________________________________________________

66 74 75 77 78

CONCLUSÃO Conclusão ________________________________________________________________________________________________________________________________________ 96

REFERÊNCIAS Referências webgráficas _______________________________________________________________________________________________________________________ 98 Referências das figuras ________________________________________________________________________________________________________________________ 101 Referências das tabelas / gráfico __________________________________________________________________________________________________________ 110

APÊNDICE Apêndice ________________________________________________________________________________________________________________________________________ 112

4


INTRODUÇÃO

Introdução Justificativa Objetivos Gerais / Específicos Metodologia Estrutura

13 14 14 15 15


INTRODUÇÃO O autor do trabalho conta com a experiência pessoal relacionada à arte, pois sempre teve contato com o mundo criativo, crescendo valorizando os detalhes e as ações. Reconhece-se que a arte pode ser vista e interpretada de diferentes formas afinal, cada pessoa possui um comportamento e entendimento. Esse estilo de vida fez com que tivesse a oportunidade de expor uma de suas obras no ‘‘III Circuito ArtES’’ em 2017; além de escolher a Arquitetura e Urbanismo como profissão, por se tratar de uma oportunidade profissional que pode poetizar espaços urbanos, criando ambientes onde muitos podem aprender a valorizar e conhecer o mundo de outras perspectivas. Como é o caso dos centros culturais, onde são explorados os sentidos de cada visitante; lugares onde se aprende brincando e se divertindo.

‘’A ARTE É UMA FORMA DE CONHECIMENTO PARA A LIBERDADE, UM CAMINHO PARA A VIDA’’. FAYGA OSTROWER 13


JUSTIFICATIVA O projeto Centro Cultural VIVA, Vila Velha, tem o intuito de trazer novos atrativos culturais para a cidade de Vila Velha, pois no cenário atual se vê a falta de investimentos artísticos no município. Busca-se trazer elementos culturais por meio da arte, incentivando a economia criativa, e gerando emprego para diversas pessoas. O Espaço VIVA será centro cultural, que além de áreas expositivas, também trará outros movimentos artísticos como um palco que será projetado para fazer apresentações voltadas tanto para o lado interno da galeria quanto para o lado externo da edificação; contando também com salas multiuso que poderão ser usados para wokshops e aulas; uma biblioteca com área de estudo e pesquisa; um FAB LAB com diversas maquinas para auxiliar na produção de itens artísticos; além de ter uma área de lanchonete / livraria e restaurante onde poderão acontecer encontros artísticos. Devido à falta de espaços públicos destinados a atrações artísticas e culturais na cidade, o centro cultural contará com a criação de uma área externa que funcionará como uma extensão da galeria, atraindo públicos de todas as classes e idades.

OBJETIVOS GERAIS O presente trabalho tem o objetivo principal de criar um projeto arquitetônico de nível estudo preliminar de um centro cultural com espaço de galeria de arte, que terá integração com área externa através de uma espaço de apoio que poderá receber eventos artísticos, além de outros ambientes que explora a criatividade. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Diagnosticar os espaços culturais de Vila Velha. - Analisar atrativos artísticos a serem implantados no projeto. - Propor um centro cultural para o município. - Incentivar a economia criativa. - Criar ambientes de ensino. - Criar um espaço que gere turismo para Vila Velha.

OBJETIVOS

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METODOLOGIA A partir de uma metodologia exploratória, inicialmente foi feito um estudo sobre a história do surgimento dos museus e galerias de arte; entendendo como ocorreu o surgimento e as transformações através dos séculos, até chegar aos dias de hoje, com o estilo contemporâneo. Após esse breve histórico, foram feitas análises de estudos de caso, com visitas aos locais escolhidos para análise dos casos, colhendo informações técnicas, espaciais e sensoriais. Dessa forma foi criada uma tabela onde se pode observar as semelhanças e diferenças de cada estudo de caso e, para conclusão, realisou-se uma tabela e uma análise crítica do que seria aplicado, ou não, ao projeto do Centro Cultural VIVA. Logo depois foi feita uma análise em diretrizes para a escolha de um terreno, onde se tem uma maior conexão com a cidade de Vila Velha, por estar em contato próximo ao litoral. Uma localização onde muitas pessoas passam todos os dias, principalmente nas épocas de férias e festivas. Em conclusão foi feito um programa de necessidades baseado nos estudos anteriores, e a partir disto foi criado o estudo preliminar do centro cultural VIVA.

O trabalho é estruturado em 4 capítulos: O primeiro capítulo resume a evolução histórica dos museus e galerias de arte, do seu surgimento através das grandes navegações até o século atual com a Era Contemporânea. No segundo capítulo são realizadas análises dos estudos de caso de três galerias, sendo uma na França mais precisamente em Paris, e outras duas no Brasil, nas cidades de São Paulo e Vitória. Para análise, foram examinados pontos como: características funcionais, características formais, características construtivas e usos de cada espaço. No terceiro capítulo foi produzido uma análise da área onde será implantado o centro cultural, tendo como diretrizes: estudos da região Vitória / Vila Velha, área escolhida, legislação do bairro, condicionantes, uso do solo, gabarito, analise ambiental, hierarquia viária e finalizando com um mapa síntese. Por fim, no quarto capítulo é apresentado o projeto, inicia-se explicando o programa de necessidades, em seguida fluxograma, referências das vegetações e materiais, conceito e partido, analise dos ambientes e por fim o projeto técnico / humanizado.

ESTRUTURA

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A HISTÓRIA DOS MUSEUS E GALERIAS ATRAVÉS DOS SÉCULOS

1

1.1 Do século XV até o século XX 1.2 Século XXI - era contemporânea

17 24


1

1.1 DO SÉCULO XV ATÉ O SÉCULO XX

das maravilhas” (figuras 01 e 02), que tinham a intenção de recriar a natureza dos lugares exóticos visitados, um Novo Mundo.

Figura 01 - Gabinete de curiosidades

Figura 02 - Câmara das maravilhas

Fonte: Site Gabineteinsolito, 2019.

Fonte: Site Facta.art, 2019.

O presente tópico foi escrito a partir dos artigos elaborados: por Simone Neiva e Rafael Perrone publicado na Revista PÓS v.20 n.34 (2013), por Durval de Lara Filho publicado no site Fórum Permanente v.1n.1 (2012) e por Letícia Julião publicado no site cultura.mg.gov.br. A origem da palavra “museu” veio do grego antigo “Mousein” que significava “o templo das nove musas”, que caracterizavam os diferentes tipos de artes e ciência. Essas musas eram filhas de Zeus com Mnemosine (divindade da memória). Tais espaços tinham um significado um pouco diferente do que conhecemos hoje; os Mousein eram lugares para contemplação, estudos científicos, literários e artísticos. Na Idade Média esses recintos foram esquecidos, voltando somente nos séculos XV e XVI, como ambientes de coleções particulares. Principalmente devido ao advento das grandes navegações e com a descoberta de novos objetos, que faziam parte do cotidiano de outros povos, fora do continente Europeu e que foram trazidos de regiões como: Egito, Grécia, Oriente, Américas e África. Essas peças eram entulhadas sem nenhum critério em pequenas salas conhecidas como “gabinetes de curiosidades’’ ou ‘‘câmara

No século seguinte, os ambientes de armazenamento de obras de arte se tornaram maiores, os objetos eram expostos lado a lado, em uma espécie de sala que era chamado de “galeria’’ ou ‘‘loggia” que por sua vez possuíam janelas nas laterais deixando a luz do sol entrar nesse ambiente. Ainda no século XVII, as galerias começaram a ganhar prestígio (em particular, pelos burgueses) como foi o caso da galeria Degli Uffizi na Itália, que era um espaço no último andar da casa do burguês e colecionador de arte François I, onde foi criado um espaço para expor as peças de forma a dar uma livre circulação entre elas (figuras 03, 04 e 05).

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Figura 03 - Galeria degli Uffizi corredor Figura 04 – Galeria degli Uffizi sala

Fonte: Site Hisour, 2019.

Fonte: Site Getyourguide, 2019.

Figura 05 - Mapa da Galeria degli Uffiz

Ao final do século XVII, a Europa se via em uma grande transição de estilos, saindo do Barroco, que possuía linhas mais orgânicas e elementos rebuscados, para o Neoclássico com formas mais definidas e geométricas. Essa mudança também influenciou nos espaços de galerias de arte, que passaram a se organizar de forma mais “simétrica, geométrica e axial” Um quadrado com um grande pátio e em cada lado uma loggia coríntia e uma sala em cada um destes lados. Estas oito galerias desembocam em quatro salões em ângulo, encimados por pequenas cúpulas. Outra cúpula maior está no centro de cada lado, iluminando a sala principal atrás da galeria correspondente (PEVSNER, apud NEIVA; PERRONE, 2013, p. 86).

A partir desse período, os espaços de museus começaram a ser pensados como um elemento a parte das residências; o arquiteto Etienne-Louis Boullée fez um projeto onde apresentou um espaço com uma linguagem Neoclássica (figura 06). Em seu projeto, Boullée sobrepõe uma planta em cruz grega a um quadrado, e, no cruzamento das duas figuras geométricas, insere uma rotunda encimada por uma cúpula circular, por onde penetra a luz. A composição quadrada é ladeada por quatro imensos pórticos semicirculares (NEIVA; PERRONE, 2013, p.86). Fonte: Site Florence.net, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

Salas de exposição

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Circulação

Principal Fluxo

Esses espaços tinham exclusividade expositiva, aparentemente as obras eram organizadas em relação a sua importância, onde as mais importantes se concentravam nas áreas centrais.


Figura 06 - Projeto do museu de Etienne-Louis Boullée

Salas de exposição Criculação Pórtico semicircular Principal Fluxo Projeção da cúpula

No período da Revolução Francesa, os espaços de exposições começaram a ser públicos, pois o clero estava perdendo o poder, e com isso a população começou a intervir sobre as ações do país. Os museus foram abertos a população, pois a burguesia queria expor suas conquistas e sua superioridade ao demonstrar que suas visões sobre aquelas obras eram as únicas certas. O Museu do Louvre que antes era o Palácio do Louvre, em 1793, foi um dos primeiros a se tornar um espaço de museu público. As áreas de exposições se concentravam no Salão Carré e na Grande Galeria (figuras 9, 10 e 11).

Fonte: Site Museum futures, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

O estilo Neoclássico se fez bastante presente na arquitetura de museus, também no século XVIII até início do século XX, com elementos que marcavam imponência, como frontões, cúpulas, escadarias e pátios; como exemplo o Museu britânico e o Panteão de Paris (figuras 07 e 08). Figura 07 - Museu Britânico

Figura 09 - Áreas públicas no Louvre em 1793

Figura 08 – Panteão de Paris

Fonte: Site Paris deconstructed, com redesenho do autor/ sem escala, 2019 Fonte: Site Tripadvisor, 2019.

Fonte: Site Historia com gosto, 2019.

Salão Carré

Grande Galeria

Áreas privadas

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Figura 10 - Salão Carre do Louvre

Figura 11 – Grande Galeria do Louvre

O programa do museu de Durand prevê uma maior variedade de usos que seus antecessores. Séries de espaços menores ao redor dos pátios abrigam gabinete de artistas, salas de pintura e escultura, indicando uma multiplicidade de usos complementares à função expositiva (NEIVA; PERRONE, 2013, p.86). Figura 12 - Estudo de Jean Nicolas Louis Durand, planta

Fonte: Site Wikidata, 2019.

Fonte: Site Wahooart, 2019.

Salas de exposição

Os especialistas ligados à instituição museu – historiadores, connaisseurs, e assim por diante – concordavam, cinicamente que os museus em geral deveriam ser acessíveis ao grande público, mas por outro lado mantinham o entendimento da arte como um produto de uma sensibilidade especial, passível de ser adquirida somente por via de um conhecimento a priori e certo grau de educação (GROSSMANN, apud BASBAUM, 2012, p.1).

Pátio Pórtico Principal Fluxo Projeção da cúpula

Fonte: Site Atiner.gr, com redesenho do autor/ sem escala,2019.

Nesse mesmo momento, as edificações deixaram de ser em sua maioria, de igrejas e palácios, e passaram a ser de museus e fábricas; conferindo nesse período uma arquitetura voltada para espaços culturais, que por sua vez sofreram algumas modificações espaciais, para servirem de apoio aos grandes espaços de exposições e também criar ambientes mais adequados aos estudos das artes; como a criação de pequenas salas que propunham novas ambiências, ou também o surgimento de espaços de conservação, catalogação e registro dos objetos expostos, criando assim um acervo escrito, como foi marcado pelo estudo de Jean Nicolas Louis Durand (figuras 12 e 13).

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Figura 13 - Estudo de Jean Nicolas Louis Durand, corte

Fonte: Site Atiner.gr, 2019.


Mas após esse período, do início do século XX até a sua metade, a Europa se via em constantes conflitos que consequentemente acarretaram na estagnação da história dos museus. Depois dessa estagnação, a Europa começa a viver o Modernismo, com o surgimento da Era Industrial. Nesse mesmo período, outros países começaram a ter influencias européias, tanto com o advento dos museus quanto com o estilo modernista. Com isso, os novos espaços culturais ganharam elementos como pele de vidro, terraços-jardim, pilotis e áreas mais amplas com uma estrutura que permitiam grandes vãos, (figuras 14 e 15) mas ainda faziam uma releitura com elementos neoclássicos como, cúpulas e escadarias. Figura 14 - Palácio de Cristal, Londres

Fonte: Site Viva decora, 2019.

somente um terço do espaço disponível é utilizado para fins de exposição (VENTURI, apud NEIVA; PERRONE, 2013, p. 94).

Nessa época foram pontuados alguns nomes modernistas, como: Le Corbusier com seu projeto Museu do Crescimento Ilimitado (1939), construído em uma estrutura de concreto, elevado por pilotis, distribuído em forma de espiral (inspirados na sequência de Fibonacci) com a mesclagem de espaços sequenciais, livres e flexíveis (figuras 16, 17 e 18). Figura 16 – Sequência Fibonacci

Figura 17 – Museu do Crescimento Ilimitado

Fonte: Site Toda matéria, com redesenho do autor, 2019.

Fonte: Site Eca.usp, 2019.

Figura 15 – MASP, São Paulo

Fonte: Site Timeout, 2019.

Foi implantado nas arquiteturas elementos como lojas e outras áreas de consumo, com a intenção de melhorar a situação da Europa após as guerras. O raio do ‘‘espaço para arte’’ para o ‘‘espaço para recepção e acesso’’ era de 9:1 no século 19. Atualmente, esse raio aproxima-se a 1:2, isto é,

Figura 18 – Projeto Museu do Crescimento Ilimitado

Exposição Principal Fluxo

Fonte: Site Eca.usp, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

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Mies Van der Rohe projetou o Museu para a Cidade Pequena (1942), que possuía uma estrutura de aço, criando um espaço aberto, fazendo uma conexão do interior com o exterior. As obras eram dispostas sobre uma parede envidraçada, dando a impressão de estarem flutuando (figura 19).

Figura 22 – Planta do museu Guggenheim, Nova York

Exposição Elevador Pátio

Figura 19 - Projeto museu para a Cidade Pequena

Principal fluxo Escada

Salas de exposição Expositores Acesso principal

Frank Lloyd Wright com seu projeto do Museu Guggenheim de Nova York (1943 – 59), possui planta aberta e flexível, rampa espiralada e foi pensado em uma circulação continua (com ajuda de elevador), para evitar que os visitantes tivessem que voltar tudo para saírem do estabelecimento (figuras 20, 21 e 22). As obras eram dispostas de forma inclinada, dando a impressão de estarem em cavaletes.

Renzo Piano e Richard Roger ao projetar o Centro Pompidou (1971), que possuí um espaço flexível que pode ser moldado a qualquer tipo de arte, feito através de um grande retângulo, contando com cinco pavimentos, que possuem espaços com vidro e painéis digitais, permitindo uma maior interação do interior com o exterior. Para melhor apreciação, em seu lado externo foi construído uma praça e as circulações verticais contam com escadas rolantes no exterior do edifício, dando uma melhor conexão dele com a cidade (figuras 23, 24 e 25).

Figura 20 – Guggenheim, Nova York

Figura 21 – Interior do Guggenheim, NY

Figura 23 – Fachada do Centro Pompidou Figura 24 – Interior do Centro Pompidou

Fonte: Site Como projetar, 2019.

Fonte: Site Debora Bonetto, 2019.

Fonte: Site Cometo paris, 2019.

Fonte: Site Vitruvius, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

22

Fonte: Site Wikiarquitectura, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

Fonte: Site Tripadvisor, 2019.


Figura 28 – Projeto do museu Guggenheim, Bilbao

Figura 25 – Projeto do museu Pompidou

Exposição Área técnica Elevador Externo Principal fluxo Escada Projeção

Pátio

Fonte: Site Pin.it, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

Frank Ghery ao realizar o Museu Guggenheim de Bilbao (1993), criado já na Era Contemporânea, pensou na composição a partir de vários volumes que se interceptam, além de que cada área apresenta uma forma e materiais diferentes em sua composição atraindo assim, diversos públicos e criando ambientes que se conectam com o resto da cidade. O museu é composto por três andares; há um átrio central que produz uma iluminação zenital, além de vinte salas de exposições e espaços para o consumo de alimentos e venda de objetos artísticos (figuras 26, 27 e 28). Figura 26 – Guggenheim, Bilbao

Fonte: Site Canal curta, 2019.

Figura 27 – Interior do Guggenheim, Bilbao

Fonte: Site Guggenheim.org, 2019.

Salas de exposição Admistração Serviço Banheiro Circulação Clarabóia Escada Fonte: Site Pesquisa e critica na arquitetura, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

Concluindo este tópico, foi visto que o advento dos espaços de arte foram criados a partir de uma espécie de depósito para estudo de outras culturas. Passaram por várias mudanças espaciais, como os ambientes que antes eram abertos somente para a alta classe; até chegar nos dias de hoje onde eles se encontram mais acessíveis a todos os públicos, além de ensinar vários assuntos por meio da arte.

23


1

PROPÓSITO / FINALIDADE X ATIVIDADES / FUNÇÕES 1.2 SÉCULO XXI - ERA CONTEMPORÂNEA

O presente tópico foi escrito a partir dos artigos publicados no site Fórum Permanente v.1n.1 (2012) e site ENANCIB; ambos escrito por Durval de Lara Filho. A partir do século XXI e com influência da Era Contemporânea o significado de museus e galerias de arte tomam um novo rumo, deixando de lado a idéia de espaços exclusivos de exposição de arte física que demonstravam ser intocáveis; começando principalmente nas regiões da Europa, Japão e América do Norte. Esse novo modelo junta tecnologia e técnicas, com uma estrutura que gera estímulo e políticas culturais. Onde por exemplo o visitante poderá estar mais próximo e conhecer melhor um documento antigo, através da digitalização, podendo ainda apresentar outros estímulos como os sonoros e visuais, para sua melhor compreensão. (figuras 29 e 30). Figura 29 – Uso da tecnologia

Figura 30 –Tecnologia

Fonte: Site Globo, 2019.

Fonte: Site Epoca, 2019.

Mas, esse novo meio de ensino e apresentação dos museus não agrada a todos; gerando questões e discussões sobre o que realmente interessa ou prevalece, sendo elas:

24

Com relação ao propósito ou finalidade, dizem que as atuações se dão apenas de forma funcional; que a aplicação da tecnologia sobre elementos tradicionais pode mascarar a verdadeira intenção pensada pelo autor; que as obras se caracterizam pela sua materialidade de caráter único, onde não se admite o uso de réplicas e duplicações. Os métodos de preservação se tornam rígidos e mostram que elementos faltantes ou não encontrados, sobre uma peça fazem parte da história, e tratam de um processo temporal que não devem ser tocados para não acelerar o processo natural. Mas com relação às atividades ou funções, demonstram que cada museu ou galeria apresenta diferentes desafios, como por exemplo, um museu de ciências se comporta de uma forma distinta aos museus de arte contemporâneos. Os museus e galerias de arte contemporânea devem procurar um equilíbrio entre os métodos de conservação e exposição utilizando as contemplações e interações com a arte de modo que a conservação do antigo fique em harmonia com o novo, como por exemplo: ocorreu com o curador Jon Ippolito, na exposição do artista Dan Flavin, onde haviam várias lâmpadas com iluminação de cores diferentes, mas um dos modelos estava parando de ser fabricado e para não mudar a essência que aquela iluminação trazia, o curador adquiriu um maior número de lâmpadas que ainda haviam daquele modelo, para futuros reparos naquela instalação. O museu já não é mais considerado apenas como


mero depósito, mas também como agente cultural, provocando e representando a produção das artes contemporâneas (GROSSMANN, apud BASBAUM, 2012, p.1).

Essa metamorfose pode acontecer através de elementos tecnológicos, como: iluminações, projeção, divisórias moveis, aparelhos de som e etc. Alguns museus marcados pela contemporaneidade:

Outra questão discutida refere-se ao tempo útil de uma obra. Se ela é permanente ou se transforma até chegar ao seu “fim”. Referente a isso Jon Ippolito faz uma analogia e chega à conclusão de que se deve pensar primeiramente, sobre a obra, se ela apresenta uma flexibilidade, podendo haver manutenções ou até mesmo recriada ou duplicada. Em seguida, deve haver um contato, se possível, com o autor, para entender suas intenções sobre sua arte; se a mesma possui uma “validade”, se pode ser modificada para adequar a um espaço (como exemplo dividir-la para ficar em dois ou mais ambientes). Junto a esse processo, deve acontecer a catalogação das informações, através de esboço, notas, fotos e etc. Os espaços se tornaram mais flexíveis, afim de se adequarem a rotatividade e diversidade de cada exposição, fazendo com que um único ambiente possa gerar diferentes sensações. (figuras 31 e 32).

Zaha Hadid, com o museu MAXXI na Itália (2009), constrói um espaço onde os caminhos se conectam, criando ambientes dinâmicos e interativos. O ambiente é aberto para se adequar a qualquer tipo de exposição, feito especialmente para as obras contemporâneas. A arquitetura possui paredes curvas que trazem movimento e conversam com a arquitetura neoclássica a sua volta; a cobertura é feita de forma a trazer uma luz filtrada para dentro do espaço. As peças são expostas de forma suspensas, por elementos sustentados por vigas. (figuras 33, 34, 35 e 36). Figura 33 – Projeto museu MAXXI, 1º piso

Exposição Auditório Loja

Figura 31 – Galeria do Museu Vale em: 2007 Figura 32 – Galeria do Museu Vale em: 2016

Restaurante Serviço Principal fluxo Escada Acesso principal Projeção

Fonte: Site Museu vale, 2019.

Fonte: Site Museu vale, 2019.

Fonte: Site Archdaily, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

25


Figura 34 – Projeto museu MAXXI, 2º piso

obras, que vão de elementos físicos até imagens projetadas que se modificam através da interação do visitante em tempo real, tornando a experiência mais lúdica. O museu está dividido em 5 zonas (Mundo sem Fronteiras, Floresta de Atletismo, Parque do Futuro, Floresta de Lâmpadas e Casa de Chá) por onde o visitante pode circular de forma livre estimulando os sentidos (figuras 37 e 38). Figura 37 – Museu MORI

Figura 38 – Interior Museu MORI

Fonte: Site Kojaconreport, 2019.

Fonte: Site Borderless, 2019.

Exposição Auditório

Principal fluxo

Serviço

Escada

Fonte: Site Archdaily, com redesenho do autor/ sem escala, 2019.

Figura 35 – Museu MAXXI

Fonte: Site Luxo.ig, 2019.

Figura 36 – Interior do Museu MAXXI

Fonte: Site Archdaily, 2019.

O Grupo TEAM LAB responsável pelo museu MORI Building digital arte, no Japão (2018): um museu de artes digitais, em um espaço com 520 computadores e 470 projetores; composto por mais de 40

26

Em resumo; a Era Contemporânea provocou uma revolução nos espaços culturais, que antes serviam só para fins de exibição e que atualmente, além de exposições, também incentivam o conhecimento através da criatividade, explorando-se os sentidos humanos e criando espaços com diversos elementos de interação. Para conclusão deste capítulo foi criado uma linha do tempo (figura 39) pontuando os principais aspectos de cada espaço de exposição ao longo dos séculos.


Figura 39 -Linha do tempo - História dos museus e galerias de arte (a partir do barroco)

SÉC. 21

SÉC. 15 a 16

SÉC. 17 a 19

(BARROCO)

(NEOCLÁSSICO)

*Espaços pequenos e fechados. *Objetos entulhados. *«Gabinetes de curiosidades, ou câmara das maravilhas.»

*Espaços quadrados. *Objetos dispostos de formas: simétricas, geométricas e axial. *Inclusão de pequenas salas.

(CONTEMPORÂNEO) *Espaços flexíveis. *Ambientes criados para explorar os sentidos e conhecimentos. *Uso de tecnologia criando interação e conhecimento lúdico.

INÍCIO DO SÉC. 17

SÉC. 20

*Espaços lineares com janelas. *Objetos lado a lado. *«Galeria ou Loggia.»

*Espaços abertos com grandes vãos. *Objetos dispostos de forma livre. *Inclusão de lojas e área de consumo.

(BARROCO/ NEOCLÁSSICO)

(MODERNISMO / CONTEMPORÂNEO)

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019

27


ESTUDOS DE CASO

2

2.1 2.2 2.3 2.4

Paris - L’orangerie São Paulo - Galeria 01 Vitória - Galeria 02 Análise geral dos estudos de caso

29 36 41 46


2

2.1 PARIS - L’ORANGERIE

O museu L’orangerie, está situado no Jardins das Tulherias, em frente a praça da Concórdia e ao lado do rio Sena. O espaço conta com uma área construída de aproximadamente 4 mil metros quadrados (figura 40). Sua construção foi iniciada pelo arquiteto Firmin Bourgeois e finalizada pelo arquiteto Ludovico Visconti em 1852.

Construído com a intenção de ser um ambiente de exposição de arte, principalmente para as obras do artista Oscar Claude Monet. O espaço sofreu quatro modificações desde sua inauguração, passando do estilo Neoclássico até chegar ao estilo Contemporâneo em 2006, onde foram criados os subsolos com novas salas e áreas de consumo (figura 41). Figura 41 - Evolução do museu L’orangerie

1860

Figura 40 - Localização, L’orangerie

1930

Jardins das Tulherias

1970

2006

Rio Sena Fonte: Google Earth, L’orangerie Jeu de Paume com redesenho do autor, 2019. Rua de Rivoli Praça da Concórdia Escala gráfica 0 50 150 250m Quai des Tuileries

Fonte: Site ignezferraz, 2019.

29


O museu L'orangerie foi escolhido, por ser um ambiente que mostra ser acessível e flexível, por ter passado por grandes reformas ao longo de sua história; além de possuir ambientes que ‘‘brincam’’ com as formas (cheios e vazios), trazendo dinamismo e luz natural.

Figura 43 - Setorização, 1ºandar, L’orangerie

60

CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS

5 59

L'orangerie está implantado em um terreno plano, dentro dos Jardins das Tulherias, apresentando três pavimentos, acessados principalmente por uma entrada triunfal com escadaria; mas também possui outras entradas através de suas laterais onde existem rampas que trazem acessibilidade. Por estar em um parque a arquitetura é contemplada com grande área verde de lazer (figura 42).

48

Figura 42 - Museu L,orangerie

4

67

5

47

69 66

45

46

3

2

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Adentrando a edificação (figura 43), há uma grande área onde são guardados os pertences maiores e pesados dos visitantes, logo a frente existe uma bilheteria, dando acesso à circulação vertical dos subsolos e uma passarela para entrar a uma ante-sala, que conecta aos dois salões principais (figuras 44 a 48).

30

2

1 2 3 4 5

Hall de entrada Guarda volumes/ apoio Bilheteria Ante sala Salão principal Acesso de pedestre Acesso de serviço/ saída de emergência Principal fluxo Escada Elevador

58

1

44

57 e 65

Escala gráfica 0 2 4 8m 42

Fonte: Site L’orangerie, com redesenho do autor, 2019.


Figura 44 - Guarda volumes

Figura 45 - Bilheteria

Descendo a escada, que proporciona o acesso ao subsolo (-1), existe uma lanchonete e uma livraria (figuras 49, 50 e 51). Descendo mais um lance no subsolo (-2), há varias salas de exposições (permanente e temporárias); possui uma área de ensino com sala pedagógica, sala de leitura e auditório; além de banheiros e bebedouros (figuras 52 a 61). Todos os andares possuem acessibilidade, através de um elevador que conecta todos os espaços.

Fonte: Site Idf-film, 2019.

Fonte: Site Idf-film, 2019.

Figura 46 - Acesso aos salões principais Figura 47 - Passarela

Figura 49 - Setorização, subsolo -1ºandar, L’orangerie

1 2 3 4

51 63

4 2 3

64

1

50

Escala gráfica 0 2 4 8m

Lanchonete Apoio a lanchonete Livraria Balcão da livraria Principal fluxo Escada Elevador

Fonte: Site L’orangerie, com redesenho do autor, 2019. Fonte: Site Idf-film, 2019.

Fonte: Site Idf-film, 2019.

Figura 48 - Salão principal

Fonte: Site Casosacasoselivros, 2019.

Figura 50 - Lanchonete

Figura 51 - Livraria

Fonte: Site Ducasse-paris, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

31


Figura 52 - Setorização, -2ºandar, L’orangerie

Figura 53- Corredor de exposições

Figura 54 - Exposição permanente

Fonte: Acervo pessoal, 2019

Fonte: Acervo pessoal, 2019

Figura 55 - Exposições temporárias 1

Figura 56 - Exposição temporárias 2

Fonte: Acervo pessoal, 2019

Fonte: Acervo pessoal, 2019

3

3

3

54

1 Sala de exposição

2

3

temporária 1

2 Corredor de exposições

3

70

3 Salas de exposições permanentes

53 e 68

3 3 3

4

temporárias 2

8

62

7

5 6 7 8

Sala pedagógica Sala de leitura Auditório Banheiros Principal fluxo Escada

55 e 61

4

4 Salas de exposições

1

Elevador

56

5

6

Escala gráfica 0 2 4 8m

Fonte: Site L’orangerie, com redesnho do autor, 2019.

32

CARACTERÍSTICAS FORMAIS A edificação é formada por frontões, colunas e grandes aberturas, (figura 57) que caracterizam o seu estilo neoclássico original. Mas podem ser vistas modificações feitas ao longo do tempo, como os elementos de vedação feitos de materiais mais modernos. Todos os lados possuem grandes portas, mas somente as laterais possuem cortinas de vidro que ocupam grande parte de suas faces (figura 58).


Figura 57 - Elementos neoclássicos

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 58 - Cortina de vidro

As salas situadas no subsolo (-2), apresentam formas mais retilíneas, com divisórias paralelas e inclinadas; alguns ambientes também apresentam uma iluminação natural zenital (figuras 61 e 62). Figura 61 - Paredes inclinadas

Figura 62 - Iluminação zenital

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Routeparis, 2019.

Os ambientes internos possuem pé direito duplo, com exceção da área de consumo que possui pé direito mais baixo. Cada sala contem peculiaridades, as localizadas no primeiro andar são de formatos ovais com o intuito trazer melhor imersão da obra com os visitantes. Sua cobertura é formada por um material translúcido, que proporciona uma iluminação natural. No centro dos salões há bancos que possibilitam olhar de outro ângulo as obras de arte e aprecia-las (figuras 59 e 60).

Na área de consumo há um espaço aberto com uma bancada que divide a lanchonete da livraria; sua iluminação se dá principalmente através de duas aberturas no teto que trazem luz natural (figuras 63 e 64).

Figura 59 - Salão oval

Figura 60 - Forro translúcido

Figura 63 - Bancada divisória

Figura 64 - Vão de iluminação

Fonte: Site Revistaviajar, 2019.

Fonte: Site Routeparis, 2019.

Fonte: Site Routeparis, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

33


CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Figura 67 - Piso de resina

Figura 68 - Piso de pedra

Fonte: Site Routeparis, 2019.

Fonte: Diretodeparis, 2019.

Figura 69 - Telhado de vidro

Figura 70 - Forro de gesso

Fonte: Site Idf-film, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Externamente o museu é feito de pedra entalhada com elementos estruturantes e decorativos de estilo neoclássico (figura 65). As esquadrias são simples, feitas com vidros e perfis metálicos de cor natural, para evitar se sobressairem à fachada original, mas trazendo uma melhor iluminação e integração entre os espaços internos e externos (figura 66). Figura 65 - Elementos feitos em pedra Figura 66 - Esquadria simples

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Site Trip101, 2019.

Internamente a estrutura é feita de alvenaria crua ou pintada de branco, trazendo um estilo clean que harmoniza com o estilo neoclássico. O primeiro andar possui piso de resina plástica branca e nos andares inferiores há piso de pedras claras (figuras 72 e 73). O forro principal é feito com vidro e perfil metálico que se une a cortina de vidro, mas há outras áreas que possuem materias translúcidos, filtrando a luz e, outros espaços possuem forro de gesso (figuras 67 e 70). Os mobiliários são feitos de metal e MDF laqueado em tons claros.

34


DIAGRAMA DE USOS A

Figura 72 - Corte AA usos, L’orangerie 1º ANDAR

Figura 71 - Diagrama de usos, L’orangerie A

-1º ANDAR -2º ANDAR

A

Fonte: Site L’orangerie, com redesenho do autor, 2019.

Exposição Serviço/Adm. Loja

A

Alimentação Circulação Acesso de pedestre Acesso de serviço/ saída de emergência

Exposição

Alimentação/Loja

Serviço/Adm.

Circulação

Escala gráfica 0 2 4 8m

Os espaços de exposições principais estão localizados ao fundo ou no último subsolo, fazendo com que o visitante tenha que passar por todos os outros ambientes do museu, como pequenas áreas de exposição e áreas de consumo como lanchonete e livraria, até chegar aos atrativos principais. Essa setorização faz com que o visitante conheça todos os ambientes (figuras 71 e 72). Há uma diferenciação em relação às áreas; os ambientes principais, são marcados por formas ovaladas e paredes inclinadas, gerando flexibilidade e trazendo um clima lúdico, que complementa a obra exposta. Como os ambientes internos não apresentam a mesma forma da estrutura principal externa, foram criados pequenos espaços entre eles, que são aproveitados para área técnica e de serviço.

A

A

Escala gráfica 0 2 4 8m

Fonte: Site L’orangerie, com redesenho do autor, 2019.

35


2

2.2 SÃO PAULO - GALERIA 01

A galeria 01, está situada no bairro Jardins, no encontro das ruas Cristóvão Diniz e Estados Unidos. O espaço conta com uma área construída de aproximadamente 500 metros quadrados, projetado pelo escritório Metro Arquitetos Associados em 2016 (figura 73).

A edificação é uma segunda sede de outro lugar com o mesmo nome, criada com a intenção de tornar-se um ambiente que se transforma para atender a peculiaridade de cada exposição. A galeria 01 possui como potenciais um espaço flexível, com base neutra que pode ganhar elementos estruturais temporários; também pelo seu porte e proximidade à rua, fazendo com que o visitante tenha mais vontade de entrar. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS A galeria está implantada em um terreno plano de esquina, com grandes afastamentos frontais, que serve como praça e estacionamento (figura 74).

Figura 73 - Localização, Galeria 01

Figura 74 - Fachada Galeria 01

Galeria 01

Fonte: Google Earth, com redesenho do autor, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Rua Cristóvão Diniz Rua Estados Unidos Rua Padre João Manuel Rua Barão de Capanema

36

0

Escala gráfica 10 30

50m

Apresenta dois pavimentos; é acessada principalmente pela entrada central, marcada por um platô com bancos. Há também outros acessos nas extremidades, servindo principalmente para entrada de equipamentos e serviço (figuras 75 e 76).


Figura 75 - Acessos principais

1 2 3 4

Figura 76 - Acesso lateral

Estacionamento Elevação com bancos Recepção Salão principal Acesso de pedestre Acesso de serviço/ saída de emergência

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

5 6 7 8

Acervo Banheiros Corredor de exposição Área de apoio/ serviço Principal fluxo Escada

Figura 78 - Recepção

Figura 79 - Escada

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 80 - Salão principal

Figura 81- Corredor de exposições

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Ao entrar na edificação (figura 77) se vê a recepção e o acesso para o segundo pavimento; ao lado fica o salão principal, um espaço aberto com pé direito duplo e no outro lado há uma sala menor em forma de corredor. A conexão entre as duas salas se dá principalmente pelo corredor da frente, mas existe outro na parte de trás que dá acesso ao banheiro e ao acervo (figuras 78 a 81). Figura 77 - Setorização, 1º andar, Galeria 01 81

80 e 94 88

86

87 85

92 e 93

78, 79 e 90

76

75 e 89

84 e 90 74

Escala gráfica 0 2 4 8m

Fonte: Casa Triângulo, com redesenho do autor, 2019.

37


No segundo pavimento (figura 82 e 83) só há uma escada (não apresentando acessibilidade). Do lado esquerdo se tem uma grande sala de reuniões e do lado direito área administrativa, com sala de administração, escritório e banheiros (não se tem imagens destas áreas) . Figura 82 - Setorização, 2º andar, Galeria 01

4 4 3

83

1

CARACTERÍSTICAS FORMAIS A edificação é de forma simples e minimalista, em forma de retângulo, com destaque para o andar de baixo, que apresentam translucidez devido ao fechamento em policarbonato. Nas fachadas as esquadrias são quase imperceptíveis, pois estão embutidas na estrutura de vedação; na lateral existem duas janelas no andar superior, marcadas com esquadrias que avançam a estrutura (figuras 84 a 86). Figura 84 - Forma da edificação

Escala gráfica 0 2 4 8m

2

Fonte: Casa Triângulo, com redesenho do autor, 2019.

1 Sala de reunião 2 Administração Principal fluxo

3 Escritório 4 Banheiros Escada Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 83 - Níveis do segundo pavimento

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

38

Figura 85 - Esquadria embutida

Figura 86 - Janelas laterais

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.


Os ambientes internos apresentam altura de aproxima-damente dois metros e setenta centímetros, com exceção do salão principal que tem pé direito duplo (figuras 87 e 88). Figura 87 - Pé direito normal

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 89 - Composição

Figura 90 - Platô externo

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 91 - Alvenaria crua

Figura 92 - Alvenaria branca

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 93- Piso de cimento queimado

Figura 94 - Cobertura metálica

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

Figura 88 - Pé direito duplo de exposição

Fonte: Site Casatriangulo, 2019.

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Externamente a galeria é composta por: em primeiro andar com vedação de policarbonato, trazendo conexão entre exterior e interior, devido a iluminação que transpassa entre ambos os lados e segundo andar com vedação de alvenaria pintada de branco, trazendo leveza e neutralidade. A galeria ainda apresenta área externa extra, com um platô que possui bancos de concreto, servindo como ante-sala (figuras 89 e 90). Internamente a edificação é formada principalmente de alvenaria crua ou também pintada de branco e vedação de policarbonato; o piso é de cimento queimado claro e a cobertura da edificação é feita em estrutura metálica aparente, conferindo ao espaço um aspecto de galpão. Quase não há esquadrias entre os ambientes, justamente para deixar o visitante transitar livremente entre os espaços (figuras 91 e 94).

39


DIAGRAMA DE USOS Figura 95 - Diagrama de usos, Galeria 01 A

Exposição Serviço/Adm. Loja Circulação

A

O salão principal de exposição está conectado, através de duas circulações, a outra pequena área que também serve para exposição, trazendo flexibilidade e diversas configurações de espaços, pois os ambientes podem se completar ou fazer exposições distintas. Além disto, as circulações podem formar um único caminho (onde um lado segue um sentido e o outro faz o sentido oposto), ou pode deixar o visitante optar livremente por onde passar.

Acesso de pedestre A Acesso de serviço/ saída de emergência

A

Escala gráfica 0 2 4 8m

Fonte: Casa Triângulo, com redesenho do autor, 2019.

Figura 96 - Corte AA usos, Galeria 01 2º ANDAR 1º ANDAR

Exposição Serviço/Adm.

Circulação

Escala gráfica 0 2 4 8m

Fonte: Casa Triângulo, com redesenho do autor, 2019.

40

O espaço de exposição principal fica próximo a entrada, mas para chegar a ele, antes se passa por uma espécie de recepção que também serve como loja. Nesse ambiente se vê o acesso ao andar superior, que facilita aos profissionais e artistas a irem para área administrativa sem precisar passar por áreas públicas de exposição (figuras 95 e 96).

Para área de serviço, foi acrescentado à estrutura principal um elemento à parte, que não chama muita atenção, mas que atende à proposta.


CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS

2

2.3 VITÓRIA - GALERIA 02

A galeria 02, está situada no bairro Mata da Praia, no encontro da Avenida Carlos Gomes de Sá com a Rua Francisco Mercadante (figura 97). O espaço conta com uma área construída de aproximadamente 500 metros quadrados, projetada pelo arquiteto Kleber Frizzera em 2006. Figura 97 - Localização, Galeria 02

Galeria 02 Avenida Carlos Gomes de Sá Rua Francisco Mercadante Avenida Fernando Ferrari

A galeria está implantada em um terreno inclinado de esquina, apresenta dois pavimentos (figura 98), contando com um acesso principal, marcado por rampa, que além de trazer acessibilidade também serve como um importante elemento de composição da fachada (figura 99). Na fachada leste há um acesso de serviço, que serve para facilitar o transporte das obras de arte e equipamentos para dentro da galeria (figuras 100 e 101) . Figura 98 - Fachada Galeria 02

Fonte: Site Google Earth, com redesenho do autor, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019. Figura 99 - Rampa de acesso

Figura 100 - Acesso de serviço

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Escala gráfica 0 10 30 50m

A edificação foi criada com a finalidade de espaço para arte, onde se pode apreciar e comprar as obras, mas também onde há exibições de vídeos, palestras e workshops. A galeria 02 foi escolhida para estudo devido seu porte e por apresentar um ambiente que valoriza a iluminação natural através de aberturas no teto. Além de estar localizada no estado do Espírito Santo.

41


Figura 101 - Setorização, 1º andar, Galeria 02 0

Escala gráfica 2 4

8m

111

Figura 102- Hall de entrada

Figura 103 - Salão principal

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 104 - Acervo de quadros

Figura 105 - Acesso ao acervo superior

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

98 e 99

1 102 e 118

117 105 e 120

5 5

113

7

6

2

3

116

112

4

5 104 107, 108 e 110 109 e 121

115

103, 119 e 122

100

Fonte: Site Matias Brotas, com redesenho do autor, 2019.

114

1 Rampa 3 Salão de principal 2 Hall de entrada 4 Deposito de quadros 5 Banheiro 6 Sala de workshop Acesso de serviço/ 7 Arquivo Acesso de pedestre

saída de emergência

Principal fluxo

Escada

Ao entrar na edificação, existe um hall que faz uma divisão entre a área de exposição e o espaço administrativo (figura 102). De um lado se encontra um grande espaço aberto e clean (que poderá ocorrer modificações decorrentes das diferentes exposições), onde são expostas as obras (figura 103), o salão principal faz conexão com um acervo de quadros no mesmo nível (figura 104), banheiros e outro acervo que é acessado por escada (figuras 105 e 106).

42

Do outro lado do hall existe a sala de reuniões com monitor (figura 107), onde ocorrem exibições de vídeos, palestras e workshops; esse espaço ainda conta com uma pequena dispensa, banheiro e mini buffet. Nesse mesmo lado há uma escada (figura 108) que dá acesso a recepção e a área administrativa (figura 106); para que esse espaço não seja enclausurado, foi criado uma varanda, fazendo ligação da sala com o espaço externo (o espaço administrativo não foi permitido fotografar).


Figura 106 - Setorização, 2º andar

3

2

4

1

0

Escala gráfica 2 4 8m

1 Recepção 2 Administração 3 Banheiro 4 Varanda 5 Segundo acervo Principal fluxo Escada

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 110 - Porta de vidro

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

5

Fonte: Site Matias Brotas, com redesenho do autor, 2019.

Figura 107 - Sala de reuniões

Figura 109 - Grandes vãos

Figura 108 - Escada do administrativo

CARACTERÍSTICAS FORMAIS O formato da edificação é simples e ortogonal, apresentando poucos detalhes (apenas pequenos frisos demarcando os andares), há poucas aberturas, contando com uma entrada principal e três pequenos vãos na fachada norte (figura 111), um portão de serviço e quatro básculas na fachada leste (figura 112), sete janelas pequenas no fundo oeste (figura 113) e no fundo sul não se tem esquadrias na parte da galeria (figura 114). Figura 111 - Fachada norte

Figura 112 - Fachada leste

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Apesar dos ambientes estarem separados por paredes de alvenaria, a maioria dos vãos e portas são de vidro além de serem de grande porte, trazendo conectividade entre os ambientes (figuras 109 e 110).

43


Figura 113 - Fundo oeste

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 114 - Fundo sul

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 117 - Material da rampa

Figura 118 - Piso do hall

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Os ambientes apresentam altura de aproximadamente dois metros e setenta centímetros, com exceção do salão principal, onde existe pé direito duplo, e seu teto é marcado por planos inclinados que criam faces envidraçadas (shedes), trazendo uma melhor distribuição da luz natural ao espaço (figuras 115 e 116). Figura 115 - Pé direito duplo

feita de concreto de cascalho grosso, corrimão de ferro e cabos de aço (figura 117), o que traz ao espaço um aspecto de galpão, que é evidenciado na chegada do hall, onde o piso é todo feito em aço cortem. (figura 118).

Figura 116 - Iluminação natural/shedes

Nos outros espaços as paredes são de alvenaria e o piso de concreto tratado (figura 119), as escadas também seguem essa linha industrial, feitas com chapas de aço texturizadas (figura 120). Figura 119 - Espaço interno

Figura 120 - Escada de aço

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Externamente a galeria é revestida de cimento escovado, a rampa é

44


Figura 124 - Corte AA usos, Galeria 02

Um contra ponto é o uso de vidro e tons claros nas paredes, que trazem leveza e equilíbrio a galeria (figuras 121 e 122). Figura 121 - Fechamento em vidro

Figura 122 - Tons claros

Exposição Serviço/Adm.

2º ANDAR

Circulação

1º ANDAR

0

Escala gráfica 2 4 8m

Fonte: Site Matias Brotas, com redesenho do autor, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

DIAGRAMA DE USOS Figura 123 - Diagrama de usos, Galeria 02

Exposição A

Serviço/Adm.

A

Circulação Acesso de pedestre Acesso de serviço/ saída de emergência A

O salão principal de exposição está próximo a entrada, mas antes desse espaço foi criado uma espécie de ante-sala, um ambiente funcional que além de servir como recepção também atende a cerimônias de coquetéis de inauguração. Esse lugar ainda faz divisão entre a área de exposição e a administrativa (figuras 123 e 124). O acesso de serviço está situado no salão principal, servindo como área para transporte de matérias e obras, facilitando e diminuindo a área percorrida para o transporte das obras. O setor administrativo por estar no andar superior tem visão da entrada através de vãos na arquitetura, facilitando a vigilância de segurança e controle de pessoas na galeria. A arquitetura segue o formato da quadra, por isso a sua maior face não está paralela e nem criando um ângulo reto em relação as outras paredes; essa solução aumentou o ambiente interno.

A

0

Escala gráfica 2 4 8m

Fonte: Site Matias Brotas, com redesenho do autor, 2019.

45


2

2.4 ANÁLISE GERAL DOS ESTUDOS DE CASO Tabela 01 -Análise geral dos estudos de caso

Estudo de caso

Características Funcionais

Características Formais

2.1 - Museu L’orangerie

- Três andares. - Terreno de jardim e plano. - Exposição, vendas de alimentos e livros. - Acessos: principal e serviço. - Andares acessíveis.

- Formas geométricas (neoclássico). - Média conexão interior / exterior. - Ambientes de exposições altos e espaçosos.

- Pedra entalhada. - Alvenaria. - Vidro e metal. - Resina plástica. - Pedras claras.

2.2 - Galeria 01

- Dois andares. - Terreno de esquina e plano. - Exposição de obras. - Acessos: principal e serviço. - Andar superior não acessível.

- Formas geométricas retas (contemporâneo). - Pouca conexão interior / exterior. - Ambientes de exposições altos e espaçosos.

- Alvenaria. - Policarbonato. - Estrutura metálica. - Cimento queimado.

2.3 - Galeria 02

- Formas geométricas retas - Dois andares. - Terreno de esquina e inclinado. (contemporâneo). - Pouca conexão interior / - Exposição, venda de obras, vídeos, palestras e workshops. exterior. - Ambientes de exposições - Acessos: principal e serviço. altos e espaçosos. - Andar superior não acessível. Fonte: Tabela elaborado pelo autor, 2019

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Características Construtivas

- Cimento escovado. - Alvenaria. - Ferro e cabo de aço. - Vidro. - Aço cortem. - Cimento queimado.


Tabela 02 -Programa de necessidade (base)

Ambiente

Museu L’orangerie

Galeria 01

Galeria 02

Centro cultural VIVA

RECEPÇÃO GUARDA VOLUMES HALL DE ENTRADA ANTE SALA SALÃO PRINCIPAL SALA WORKSHOPS AUDITÓRIO EXPOSIÇÃO PERMANENTE ÁREAS DE CONSUMO ÁREA EXTERNA DE APOIO ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE SERVIÇO BANHEIROS ACESSÍVEIS ELEVADORES Fonte: Tabela elaborado pelo autor, 2019

47


RESENHA DOS ESTUDOS DE CASOS A partir dos aspectos apontados (tabela 01 e 02), serão considerados no projeto final alguns pontos, como: Apesar dos estudos de caso estarem em cidades totalmente diferentes, apresentam uma semelhança quanto ao seu interior, que é formado por materias mais cleans e em sua forma natural, como o concreto, metal e madeira; além do uso de tons claros em alvenarias (branco e tons pastéis). As formas também acompanham esse estilo, com a utilização de formas geométricas básicas, principalmente as retilíneas. Esses elementos mais leves são feitos para valorizar a arte exposta, deixando a arquitetura como um complemento. Os espaços de exposições principais dos estudos estão no mesmo nível das áreas externas, o que traz acessibilidade a essas áreas, facilitando o caminhar do visitante, sem precisar de muita informação. Esses ambientes, além de serem bem espaçosos e com pé direito duplo, se adequam aos estilos de cada arte que, muitas vezes são de caráter eclético, marcados pela era contemporânea. Por se tratar de uma arquitetura flexível e de destinação artística, as circulações também se comportam como pequenas exposições ou prévias do que será visto nas áreas principais. As áreas administrativas estão mais afastadas do fluxo principal, nos três casos estão situadas nos andares superiores, sem muita conexão com áreas comuns.

48

Outro aspecto usado nessas galerias é o uso de aberturas para trazer a luz natural aos espaços. Esses elementos se comportam de formas diferentes, conforme o efeito e espaço que se quer valorizar. Como foi o caso do museu L'orangerie, por estar em um espaço de jardim, foram criadas grandes aberturas fazendo uma integração entre o exterior e interior, além de serem um convite para todos entrarem no museu. Já na galeria 02, como esta inserida em um meio urbano (sem elementos externos para valorizar), foi pensada a iluminação vinda de cima através de sheds. Um ponto que deve ser pensado para o projeto a ser desenvolvido é acessibilidade em todos os ambientes.


DIRETRIZES

3

3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9

Região Vitória / Vila Velha Área escolhida Legislação Condicionantes Uso do solo Gabarito Vegetação Hierarquia viária Síntese

50 52 56 58 59 60 61 62 63


3

3.1 REGIÃO VILA VELHA / VITÓRIA

A cidade capital Vitória, em comparação com o estado do Espírito Santo, é um dos municípios que apresenta maior incentivo cultural, com um grande número de espaços destinados a exposições e outros meios culturais. De acordo com o ‘‘IV Circuito ArtES’’ em 2018 (figura 130), um evento anual que reúne os espaços artísticos, criando várias atividades ao longo de um mês; mostra que a cidade de Vitória apresenta 11 espaços de galerias de arte (espaço cultural de exposição de obras de arte, área aberta ao público) e 16 espaços de ateliês de artistas (espaço de criação de obras de artes, o ambiente pode ser público ou privado), sendo que o município apresenta 98.194 km² é tem um índice demográfico de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) um número de 327.801 habitantes. Já na cidade de Vila Velha, diferente da capital, não existem muitos incentivos culturais, apresenta 5 espaços de galerias de arte e 4 ateliês de artistas (dados de acordo também com o ‘‘IV Circuito ArtES’’ em 2018) (figura 130), sendo que o município apresenta o dobro de espaço contando com 201.00 km² de áreas e 414.586 habitantes.

além de que muitas das exibições nem são anunciadas ao público. Esses lugares ainda não apresentam uma diversidade cultural, a maioria está destinado somente à exposições. Figura 125 - Museu Vale

Figura 126 - Museu Homero Massena

Fonte: Site Museu vale, 2019.

Fonte: Site Turismo e servico, 2019.

Figura 127 - Casa da Memória

Figura 128 - Galeria Eugênio P. Q.

Fonte: Site vilavelha.es.gov.br, 2019. Fonte: Site Circuito artes, 2019. Figura 129 - Espaço Lastênio Scopel

Os espaços de galerias presentes em Vila Velha são: Museu Vale, Museu Homero Massena, Casa da Memoria, Galeria de arte Eugênio Pacheco de Queiroz e Espaço de arte Lastênio Scopel, (figuras 125 a 129). Além de apresentar alguns espaços de galeria, os mesmos fazem de uma a três exposições por ano, o que os torna pouco atrativos,

Fonte: Site Circuito artes, 2019.

50


Figura 130 - Mapa de galerias e ateliês de arte de Vila Velha / Vitória

GUARAPARI

VIANA CARIACICA

Galerias de arte Ateliê Vila Velha

SERRA

Vitória Áreas habitadas Áreas não habitadas

0

Escala gráfica 1 2 4km

Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, site Prefeitura de Vitória e site IV Circuito ArtES, com redesenho do autor, 2019.

51


3

3.2 ÁREA ESCOLHIDA

A CIDADE A cidade de Vila Velha é um importante cartão postal para o estado do Espirito Santo, por ser a primeira cidade do estado e uma das mais antigas do Brasil. O município é rico em cultura como a música através do congo e, do instrumento criado por capixabas a cazaca. Além da religião com o seu principal elemento, o Convento da Penha, abrigando também festas como a da Penha, Jesus Vida Verão; possui belas praias e morros. Mas, necessita de edificações que comportem ações culturais, espaços flexíveis como um centro cultural.

Mas somente na década de 70 deu-se início a urbanização com o surgimento de conjuntos habitacionais e, em 1975 foram construídos os primeiros prédios do bairro. Com o passar do tempo novos investimentos foram sendo aplicados à região e, hoje em dia, o bairro conta com empreendimentos residenciais e comerciais destinados para diversas classes sociais. Habitantes

150.000

Gráfico 01 - Habitantes por região

147.279

100.000 50.000

69.551

68.635

65.970

59.381

Região 02

Região 03

Região 04

Região 05

22.808 Região 01 Itapoã

Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.

O BAIRRO

O TERRENO

A área mais habitada do município fica na região 01 e próximo das regiões 02, 03 e 04 (gráfico 01). Itapoã foi o bairro escolhido (figuras 131 e 132), por está na porção sul de Vila Velha, uma área bem movimentada por todo o período do ano, mas principalmente em épocas festivas como o ano novo e períodos de férias.

A lote escolhido é de esquina (figura 133 a 135), ficando em uma região que era para ser valorizada, com vista direta para a praia (figura 136) e que é uma área bem frequentada por moradores e turistas ao longo do ano.

De acordo com o site ‘‘Morro do moreno’’ (2010). Itapoã teve seu surgimento em 1965. Nessa época haviam poucas habitações e o bairro ainda era considerado um sítio, com chão de terra batida e bastantes árvores frutíferas. A água era trazida em barris para abastecer as casas.

O terreno atualmente se encontra abandonado e cercado (figuras 137 a 139), mas já foi usado para standes de vendas de um emprendimento e estacionamento clandestino. Seu estado atual gera insegurança as pessoas que passam em sua calçada justamente por ter esse aspecto abandonado e por não apresentar uma vigilância natural, principalmente no período da noite.

52


Figura 131 - Mapa de regiões de Vila Velha

Figura 132 - Mapa do bairro de Itapoã

PRAIA DA COSTA

DIVINO ESPÍRITO SANTO

Vila Velha Itapoã Região 01 Região 02 Região 03 Região 04 Região 05 Área não habitada

Escala gráfica 0

1

2

4km

Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.

53

PRAIA DE ITAPARICA

Limite do bairro Itapoã Outros bairros Edificações Terreno escolhido Escala gráfica Praça 0 50 150 250m Terreno baldio

Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.


Figura 133 - Aproximação do lote

Terreno escolhido

Figura 134- Lote visto de cima (dia)

Figura 135 - Lote visto de cima (noite)

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 136- Vista do lote

Figura 137 - Fachada praia

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Figura 138 - Fachada lateral

Figura 139 - Estado atual do lote

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Escala gráfica 0 5 15 30m

Fonte: Site Geobases / iema, com redesenho do autor, 2019.

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JUSTIFICATIVAS As poucas áreas destinadas à cultura de Vila Velha se encontram em regiões com menores densidades populacionais, o que impossibilita muitos de irem a esses espaços. Por isso, foi escolhido um terreno em uma área valorizada, principalmente por estar na orla de Itapoã, o que gera maior visibilidade e incentivo à todos a frequentarem esse espaço. Esse espaço será uma boa oportunidade para se criar uma economia criativa, principalmente para região 01. De acordo com o site Sebrae.com.br, o termo é relativamente novo, trazendo uma inovação à economia, que une o poder econômico e a cultura criativa, que atualmente é bem falha na cidade de Vila Velha. Além de poder ser um espaço de referência cultural para o município e até mesmo para o estado do Espírito Santo, também vai gerar empregos em diversos ramos, desde os que não precisam de profissionalização como áreas de serviço e apoio até profissionais em áreas de administração, música, artes plásticas, curadoria, jardinagem entre outros. Em termos técnicos, esse tipo de empreendimento gera o aumento do valor da terra para a região, o chamado Mais Valia, que é bem aplicado ao terreno escolhido, por estar em uma parte do bairro que apresentam grandes terrenos vazios; uma área que atualmente se encontra desvalorizada apesar de estar em um local nobre da cidade. A galeria contará com uma área externa de apoio principalmente ao palco que será projetado para a mesma. Esse espaço será versátil, com uma configuração que ajude a abrigar diversas formas de

55

cultura, podendo criar espaços separados para pequenas intervenções, ou se tornar único para um evento de maior porte, um espaço público onde todos poderão participar e interagir, criando um centro de convívio para todos independente de sua classe, principalmente para o bairro de Itapoã que abriga ações culturais em sua orla. Por se tratar de um espaço onde se quer atrair diversos tipos de públicos, o terreno escolhido será uma parceria entre o centro cultural VIVA, com a prefeitura que cederá o espaço, com o intuito de trazer diversos atrativos culturais a comunidade principalmente local (Itapoã), mas também a regional da (grande Vitória). O projeto VIVA VILA VELHA poderá se estender a outros bairros criando uma rede de espaços culturais na cidade, e que poderá ser implantado no resto do estado, servindo de incentivo para a disseminação dessa ideia, em todo o país.


3

Figura 140 - Mapa de zoneamento

3.3 LEGISLAÇÃO

O lote escolhido (figura 140) localiza-se no cruzamento da avenida Estudante José Júlio de Souza e Rua Inê Targino Pupin, no bairro Itapoã em Vila Velha. Essa região de acordo com o PDM (2013) de Vila Velha (Plano Diretor Municipal) e LEI Nº 4575, está definida como ZOP3 (Zona de Ocupação Prioritária 3), que: [...]corresponde à parcela do território municipal melhor infra-estruturada, onde deve ocorrer o incentivo ao adensamento e à renovação urbana, com predominância do uso residencial e prevenção de impactos gerados por usos e atividades econômicas potencialmente geradoras de impacto urbano e ambiental. (PDM, 2013, p.25).

Tem como principais objetivos otimizar a infra-estrutura da região; requalificar a paisagem urbana, induzir a novos usos dinâmicos e intensificar o uso de equipamentos urbanos e sociais. Limite do bairro Limite da área de estudo Itapoã Outros bairros Escala gráfica Terreno escolhido 0 50 150 250m ZOP3 Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.

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Figura 141 - Aproximação do terreno escolhido

Os índices dessa região permitem que o Coeficiente de Aproveitamento (CA) seja de 2,92; os Afastamentos Frontais de 3,5 metros; com Altura Máxima das edificações de 38 metros configurando 12 pavimentos permitidos; uma Taxa de Ocupação Máxima de 60% e Taxa de Permeabilidade de 15% (tabela 03).

Rua Juiz

Alexand

re Martin

o

s au an

aM m

m d 118 úlio J é os eJ

A

nt

da

60% 15%

91

aD

id ven

a

nid

e Av

uza

o eS

m 76 pin

ia

ra ap

Pu

Taxa de permeabilidade

3,5 metros 12 pavimentos

m

107

no

Taxa de ocupação

2,92

rgi Ta

Gabarito

Inê

Afastamento frontal

a Ru

Índices urbanísticos Coeficiente de aproveitamento

stro Filh

Ru

Tabela 03- Índices urbanísticos

s de Ca

tu Es

Fonte: PDM de Vila Velha (2013),com redesenho do autor, 2019

O terreno tem 8.627,00 metros quadrados (figura 141), que será utilizado para a criação do Centro Cultural VIVA. Sua fachada maior é voltada para o sudeste com uma testada de 118 metros e a outra fachada é voltada para o sudoeste com testada de 76 metros.

Limite do terreno Outras quadras Malha viária

Escala gráfica

0 25 50

100m

Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.

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3

Figura 142 - Mapa de condicionantes

3.4 CONDICIONANTES

O município apresenta um clima tropical (figura 142), predominante com temperaturas que vão de 18ºC a 32ºC, as estações não são bem definidas, pois o clima quente é o que mais se destaca, quase não havendo temperaturas baixas. O terreno foi escolhido justamente por estar em uma área com vista privilegiada, com um cenário de Itapuã, onde se pode ver o movimento na praia complementada com a paisagem dos navios ao fundo que saem e entram no porto de tubarão. Os ventos são predominantes vindos do sudeste, principalmente da região litorânea. O terreno possui as fachadas sudeste e nordeste, ambas pegando uma parte do sol da manhã e as fachadas sudoeste e noroeste , pegando uma parte do sol da tarde. Os ventos são predominantemente vindos do sudeste. Os barulhos preponderantes da região são devido a movimentação da praia, provenientes do calçadão, com quiosques, quanto a movimentação da via, outra área com ruídos mais altos está localizada na porção sudoeste, onde existe um aglomerado de restaurantes e bares que funcionam durante a noite (18:00 até as 00:00). Em relação a topografia do lote escolhido, há um terreno plano decorrente de uma antiga terralanagem.

Limite da área de estudo Terreno escolhido Edificações Visuais Ventos dominantes Sol nascente Sol poente Ruídos predominantes

58


3

Figura 143 - Mapa de uso do solo

3.5 USO DO SOLO

A região de estudo (figura 143), apresenta predominância de tipologia residencial, sendo que ao noroeste (mais para o interior do bairro), há mais casas e nas demais áreas, há predominância de prédios, onde existem alguns condomínios de edificações padronizadas. A área também possui regiões de comércio, destinados, em sua maioria, ao consumo alimentício e de lazer, que funcionam mais no período noturno. Quase não há usos institucionais, porém, as edificações existentes destinadas a essas práticas, são igrejas e escolas. Há poucas edificações de uso misto, contendo duas na porção sudoeste e mais duas na área noroeste. As áreas destinadas ao lazer, somente foram identificadas: uma praça, com quadra e academia popular na parte nordeste, e a praia que por si, já é considerada uma espaço de convivência. Há vários terrenos abandonados espalhados pelo bairro. A criação de um espaço artístico, poderá atrair diversos perfis para essa região, gerando investimentos e valorização da área.

59

Limite da área de estudo Terreno escolhido Residencial Comércial Institucional Uso misto Praça Terreno baldio


3

Figura 144 - Mapa de gabarito

3.6 GABARITO

A região (figura 144), apresenta em sua maioria gabaritos que vão de 1 a 5 metros, principalmente na parte noroeste da análise. As edificações que apresentam gabaritos mais altos estão localizadas na parte litorânea e área sudoeste, em particular as edificações altas de uso exclusivo residencial apresentam os primeiros andares de moradias bem altos, a aproximadamente 9 metros de sua base; essa distância é devido às áreas consideradas públicas dos prédios, como portaria, estacionamento e área de lazer. De acordo com o PDM (Plano Diretor Municipal) de Vila Velha (2013) essa região apresenta algumas edificações que estão acima do índice permitido que é de 12 pavimentos, trazendo um adensamento para o local, o que provoca um sombreamento na praia no período da tarde. Limite da área de estudo Terreno escolhido Até 2 pavimentos De 3 a 5 pavimentos De 10 a 14 pavimentos De 15 a 20 pavimentos De 21 a 25 pavimentos

60


3

Figura 145 - Mapa de vegetação

3.7 VEGETAÇÃO

A vegetação da região (figura 145) é composta por árvores como Castanheiras, Palmeiras e Coqueiros, que estão espalhados por todo o local; sendo as de maior porte (de 7 aos 12 metros), mais concentradas na área litorânea e, nos terrenos vazios; as vegetações de médio porte (de 2 aos 6 metros) estão situadas na porção norte. As Palmeiras e os Coqueiros estão espalhados pela região, mas se encontram em maior quantidade na parte litorânea. As vegetações rasteiras estão em áreas de terrenos vazios. Essa vegetação não recebe os devidos cuidados e há presença de gramas altas.

Limite da área de estudo Terreno escolhido Vegetação rasteira Palmeira/coqueiro Árvore de porte médio Árvore de porte alto

61


3

Figura 146 - Mapa de hierarquia viária

3.8 HIERARQUIA VIÁRIA

As duas vias principais (Av. Estudante José Júlio de Souza e R. Inê Targino Pupin) que dão acesso ao terreno (figura 146), são bem movimentadas, e de acordo com o PDM (Plano Diretor Municipal) de Vila Velha (2013), são consideradas vias coletoras. Os horários de maior movimento, são os períodos de "pico" (6:00 às 8:00 e 17:30 às 19:00), quando as pessoas estão indo ou voltando de seus afazeres. Em contra partida, a terceira via que passa pelo terreno não apresenta nenhum tipo de pavimentação e movimentação, tornando a região mais insegura. A região ainda apresenta três vias arteriais (da esquerda para direita no mapa: Av. Profa. Francelina Carneiro Setúbal, Av. São Paulo, Av. Hugo Musso), que por sua vez fazem a conexão da parte Sul com a parte Norte de Vila Velha e também são caminhos que dão acesso a Vitória (terceira ponte). Próximo ao terreno escolhido há outras vias coletoras que interligam Itapuã com o bairro Itaparica. Na área mais residencial (porção sul da região analisada) há predominância de vias locais, com trânsito mais calmo. A região conta com três tipos de modais de transporte, sendo o principal os veículos particulares, mas também contando com a opção de veículos públicos (ônibus Transcol) e uma ciclovia na área litorânea.

Limite da área de estudo Terreno escolhido Vias Quadras Itapuã Quadras Itaparica Ponto de ônibus Via arterial Via coletora Via local Sem pavimentação Ciclovia Fonte: Site Prefeitura de Vila Velha, com redesenho do autor, 2019.

62


3

3.9 SÍNTESE

Após análise, foi visto que a região apresenta poucas áreas destinadas ao lazer sendo que, as existentes se concentram na área litorânea. Não existe um lazer voltado a recreação e integração cultural que explore os vários sentidos humanos, por meio da arte. O local, por possuir muitas áreas abandonadas e ociosas, acaba sendo um pouco perigoso, principalmente no período noturno. Este sentimento de insegurança rodeia também as áreas sem infraestrutura viária.

Outro ponto a ser considerado é a vegetação, que atualmente na área apresenta-se em uma quantidade considerável, por isso, na edificação proposta será pensado em uma natureza de forma exuberante, que condiz com as vegetações existentes no entorno, gerando conforto e bem estar tanto para quem estiver no Centro Cultural quanto para quem estiver ao redor.

Constata-se que esta é uma boa área para criação de usos de lazer por se tratar de uma região praticamente residencial afinal, esses tipos de usos além de promoverem a qualidade de vida, também são importantes para a valorização do entorno.

Para completar esse capítulo foi realizado uma tabela (tabela 03) demarcando as potencialidades e deficiências da área analisada, e também um mapa síntese (figura 147) onde foram apontadas as questões mais relevantes para a criação do Centro Cultural VIVA.

O terreno está bem localizado, com um visual privilegiado, com vista para um dos cartões postais naturais do Estado, a Praia. O lote ainda conta com vias que interligam-se com outros bairros e municípios, além de ser uma região onde se concentra a maior diversidade de meios de transporte (veículos particulares, ônibus, bicicletas, pedestres), o que é um ponto positivo para a auto promoção do Centro Cultural VIVA. A criação de uma edificação que não toma toda da área do lote, é importante para cidade, por trazer áreas de “respiro” (áreas permeáveis que permitem conexões). Esta região, principalmente

63

na parte litorânea, necessita desse tipo de artifício. O Centro Cultural será projetado pensando nesse “respiro”, evitando construir no seu coeficiente máximo de altura, e também será criado um espaço que funcionará como apoio ao mesmo (uma área descoberta, para trazer outros tipos lazer e convívio para a comunidade).


Tabela 04 - Potencialidades e fragilidades da área de estudo

Diretrizes

Potencialidades

Fragilidades

Condicionantes

- Terreno plano; - Belo visual; - Bem localizado.

- Clima quente; - Falta de Iluminação; - Sem vigilância.

Uso do solo

- Área boa para moradia; - Área adequada para um centro cultural.

- Falta de usos diversificados; . - Maior parte do comercio é noturno.

Gabarito

- Maior parte da área está em escala humana.

- Há alguns prédios altos, atrapalhando o visual e gerando sobra excessiva.

Vegetação

- Boa parte da área apresenta vegetação.

- Terrenos baldios descuidados, com matos altos.

Hierarquia viária

- Boa diversidade de modais de transporte; - Fácil acesso no terreno; - Boa interligação entre os bairros.

- Falta de estacionamentos; - Há via sem pavimentação.

Figura 147 - Mapa síntese

Ventos dominantes Sol nascente Sol poente Ruídos predominantes Via arterial Via coletora Sem pavimentação Ciclovia Palmeira/coqueiro Árvore de porte médio Árvore de porte alto

Visuais Limite da área de estudo Terreno escolhido Residencial Comércial Institucional Uso misto Praça Vias Quadras Itapuã Quadras Itaparica Vegetação rasteira

64


O PROJETO

4

4.1 4.2 4.3 4.4 4.5

O programa Fluxograma As vegetações Os materiais O projeto

66 74 75 77 78


4

4.1 O PROGRAMA

O Centro Cultural VIVA é composto por cinco pavimentos, um subsolo e uma área externa de apoio a edificação. Os espaços estão distribuídos em áreas livres ao público; áreas destinadas para artistas; acervo; administração e serviço. Os ambientes livres ao público, são áreas de aprendizado, compostas principalmente por salões de exposições (principal e terraço) e salas multiusos. Há também espaços de estudo/descanso/convivência, como o hall de entrada e a biblioteca e além disso, áreas de consumo como o café/livraria e restaurante. Por se tratar de um centro que explore a arte, há espaços com usos destinados para artistas, como o FAB LAB, equipado com ferramentas que vão desde as mais simples, como elementos para pintura, até as mais profissionais como: serralheria, marcenaria e impressoras digitais e 3D´s. Além desses lugares de criação na edificação, existe um palco para pequenos/médios shows e intervenções culturais, que possui salas de apoio como os camarins e a sala destinada a ensaio.

O espaço administrativo é composto por uma recepção própria; espaços de reuniões; sala do presidente; pequeno acervo e tesouraria. As áreas de serviço são destinadas tanto para apoio dos funcionários (copa e vestiário); quanto para apoio do centro cultural: banheiros; almoxarifado; lavanderia; área técnica de apoio ao palco; depósitos; área técnica de elevadores e caixa d´agua. A edificação é complementada por um espaço externo de lazer, que pode abrigar diversas intervenções artísticas (esculturas, música, festivais entre outros). O ambiente externo também possui áreas de serviço como: área para o gerador; depósito de lixo e estacionamentos (de automóveis e bicicleta). A seguir são apresentadas as tabelas com o programa de necessidades (tabelas 05 à 16), elaborado por andares e separado por setores. As medidas adotadas foram baseadas nos Estudos de Caso realizados no Capítulo 2; na cartilha do Sebrae de “como montar uma Galeria ou Centro de Arte”; nas pranchas de dimensões de espaço de palco e no TCC “Galeria de arte contemporânea em Vitória” da arquiteta e urbanista Lorena Simões.

Saindo dos ambientes públicos, há o acervo que está situado no subsolo, servindo tanto para estocagem de obras de arte, quanto para processo de restauro de obras e recolhimento de livros doados.

66


Tabela 05 - 1° andar ( espaços de apoio/ circulação do público)

Piso

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Hall de entrada

Sofás, cadeiras, mesinhas e tela interativa

Todos

1

95,0 m²

95,0 m²

Recepção

Atendimento automático, quadro de informações

Todos

1

42,0 m²

42,0 m²

Funcionários

1

42,0 m²

42,0 m²

Todos

1

47,0 m²

47,0 m²

Funcionarios

1

13,5 m²

13,5 m²

Todos

2

18,0 m²

36,0 m²

Balcão, cadeira, armário, computador, prateleiras, Cadeiras, mesas, Loja 01 (livraria/café) balcão e prateleiras Armarios Deposito loja 01 e prateleiras vasos, pias Banheiros e trocadores

Bilheteria / Guarda volumes

1º Andar

Ante sala

Telas interativas

Todos

1

36,0 m²

36,0 m²

Salão principal

Vazio

Todos

1

1.032,0 m²

1.032,0 m²

Corredor de exposições

Vazio

Todos

1

110,0 m²

110,0 m²

Todos

1

13,5 m²

13,5 m²

Funcionários

1

74,0 m²

74,0 m²

1

192,0 m²

192,0 m²

4

13,0 m²

52,0 m²

1

84,0 m²

84,0 m²

Vazio Área de espera coberto Depósito do Cadeiras, expositores salão principal

Palco / coxia Camarim Depósito do palco

Estruturas de palco Mesa, cadeiras, armários, vaso, pia e chuveiro Iluminação, som, cortina, estruturas e objetos cênicos

Funcionários e convidados Funcionários e convidados Funcionários

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

67

1.869,0 m²


Tabela 06 - 1° andar (fab lab)

Piso

1º Andar (FAB LAB)

Espaços

Equipamentos

Recepção

Armários, cadeiras, balcão, sofás e computador Solda, bancada, mesa, cadeiras e prateleiras

Serralheria

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Todos

1

40,0 m²

40,0 m²

Todos

1

18,0 m²

18,0 m²

Marcenaria

Serra de bancada, CNC, mesa, cadeiras, prateleiras e computador

Todos

1

24,0 m²

24,0 m²

Pintura

Compressor, bancada, mesa, cadeiras e armários

Todos

1

30,0 m²

30,0 m²

Banheiros

Vaso, pia e chuveiro

Todos

2

6,0 m²

12,0 m²

TOTAL

124,0 m²

Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 07 - 1° andar (serviço)

Piso

1º Andar (serviço)

Espaços

Equipamentos

Controle de entrada Lavanderia

Balcão, cadeira e armário Tanque, varal armário e bancada

Deposito de material

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Funcionários

1

3,0 m²

3,0 m²

Funcionários

1

4,0 m²

4,0 m²

Prateleiras

Funcionários

1

4,0 m²

4,0 m²

Almoxarifado

Prateleiras

Funcionários

1

6,0 m²

6,0 m²

Banheiros

vasos, pias, chuveiros e armários Mesas, cadeiras, estufa, geladeira, fogão e bancada

Funcionários

2

3,6 m²

7,2 m²

Funcionários

1

9,0 m²

9,0 m²

Copa

TOTAL

33,2 m²

Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

68


Tabela 08 - 2° andar ( espaços de apoio/ circulação do público)

Piso

2º Andar

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Loja 02 (restaurante)

Cadeiras, mesas, balcão e prateleiras

Todos

1

255,0 m²

255,0 m²

Deposito da loja 02 Mezanino do deposito da loja 01

Prateleiras, armarios

Funcionários

1

33,0 m²

33,0 m²

Prateleiras, armarios

Funcionários

1

13,5 m²

13,5 m²

Apoio ao palco

Mesa, cadeira computador, mixagem vasos, pias e trocadores

Funcionários

1

35,0 m²

35,0 m²

Todos

2

18,0 m²

36,0 m²

Vazio

Todos

1

165,0 m²

165,0 m²

Vazio

Funcionários e convidados

1

58,0 m²

58,0 m²

Banheiros Mezanino do salão princial Sala de ensaio

595,5 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 09- 2° andar (fab lab)

Piso

2º Andar (FAB LAB)

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Impressão 3D

Impressora 3D, armários, bancada, mesa, cadeiras e computadores

Funcionários e convidados

1

21,0 m²

21,0 m²

Impressora digital, impressora de recorte, suportes de Funcionários Comunicação visual adesivos e lonas, e convidados computadores, impressora

1

30,0 m²

30,0 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

69

51,0 m²


Tabela 10 - 3° andar ( espaços de apoio/ circulação do público)

Piso

Espaços

Equipamentos

Salas (menores)

Sala Multímidia

Mesas, cadeiras, armário, computador e projetor Mesas, cadeiras, armário, computador e projetor Mesas, cadeiras, armário, computador e projetor

Hall Terraço de exposições Apoio a exposição externa

Sala (maior)

3º Andar

Banheiros

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Todos

3

32,5 m²

97,5 m²

Todos

1

42,5 m²

42,5 m²

Todos

1

45,5 m²

45,5 m²

Sofás e cadeiras

Todos

1

45,5 m²

45,5 m²

Bancos

Todos

1

1.700,0 m²

1.700 m²

Prateleiras

Funcionários

1

35,0 m²

35,0 m²

vasos, pias e trocadores

Todos

2

18,0 m²

36,0 m²

2.322,0 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaboradapelo autor, 2019. Tabela 11 - 4° andar ( espaços de apoio/ circulação do público)

Piso

4º Andar

Espaços

Equipamentos

Salas (menores)

Mesas, cadeiras, armário, computador e projetor Mesas, cadeiras, armário, computador e projetor

Sala (maior)

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Todos

3

32,5 m²

97,5 m²

Todos

1

42,5 m²

42,5 m²

TOTAL

140,0 m²

Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

70


Tabela 12 - 4° andar (administração)

Piso

4º Andar (ADM.)

Espaços

Equipamentos

Usuários

Recepção / copa

Mesas, cadeiras, armário, computador e frigobar

Sala de reunião

Mesas, cadeiras, armário

Funcionários e clientes Funcionários e clientes

Mesas, cadeiras, armário e computador Mesas, cadeiras, armário Tesouraria / acervo e computador

Sala do presidente

Quantidade

Unidade

Total

1

28,0 m²

28,0 m²

1

16,0 m²

16,0 m²

Convidados

1

12,0 m²

12,0 m²

Funcionários e clientes

1

19,0 m²

19,0 m²

Casa de maquinas

Maquina

Funcionários

1

18,0 m²

18,0 m²

Banheiros

vasos, pias e trocadores

Todos

2

18,0 m²

36,0 m²

129,0 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 13 - 5° andar

Piso

5º Andar

Espaços Biblioteca Banheiros

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Todos

1

312,0 m²

312,0 m²

Todos

2

18,0 m²

36,0 m²

Mesas, cadeiras, armário, computador, acervo digital, puffs, prateleiras, balcão e estantes vasos, pias e trocadores

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

71

312,0 m²


Tabela 14 - Cobertura

Piso

COBERTURA

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Casa de maquinas

Maquinas

Funcionários

1

20,0 m²

20,0 m²

Central de ar condicionado Barrilete/ caixa d’agua

Condensadoras

Funcionários

1

68,0 m²

68,0 m²

Caixa d’agua

Funcionários

1

15,0 m²

15,0 m²

103,0 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 15 - Área externa

Piso

ÁREA EXTERNA

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Apoio ao Centro Cultural VIVA

Cadeiras e bancos

Todos

1

2.400,0 m²

2.400,0 m²

Gerador

Maquina de gerador

Funcionários

1

24,0 m²

24,0 m²

Depósito de lixo

Vazio

Funcionários

1

12,0 m²

12,0 m²

Vagas

Todos

1

1.800,0 m²

1.800,0 m²

Vagas

Todos

1

80,0 m²

80,0 m²

Estacionamento (automóveis) Estacionamento (bicicleta)

TOTAL

4.316,0 m²

Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

72


Tabela 16 - Subsolo

Piso

SUBSOLO

Espaços

Equipamentos

Usuários

Quantidade

Unidade

Total

Recepção

Armários, cadeiras, balcão, sofás e computador

Funcionários

1

60,0 m²

60,0 m²

Procedimento de acervo Gerenciamento de acervo Depósito de acervo Banheiros

Mesas, cadeiras, computadores e armários Mesas, cadeiras, computadores e armários Mesas, cadeiras, computadores e armários

Funcionários

1

140,0 m²

140,0 m²

Funcionários

1

250,0 m²

250,0 m²

Funcionários

1

250,0 m²

250,0 m²

Funcionários

2

8,0 m²

16,0 m²

Vasos e pias

Estacionamento (automóveis)

Vagas

Todos

1

3.600,0 m²

3.600,0 m²

Cisterna

Caixa d’agua

Funcionários

1

15,0 m²

15,0 m²

TOTAL Fonte: Tabela elaborada pelo autor, 2019.

73

4.321,0 m²


4

4.2 FLUXOGRAMA

Baseado nos Estudos de Caso realizados no Capítulo 2, foi elaborado um fluxograma (figura 148) para o Centro Cultural VIVA. Neste fluxograma são demonstrado os percursos que o público irá percorrer e os caminhos dos funcionários, para melhor flexibilizar e aproveitar os ambientes, podendo transformar os espaços, e criar cenários para as obras de arte.

No fluxograma foram destacadas as circulações verticais (escadas e elevadores), que conectam todos os andares, e proporcionam a experiência completa através dos espaços do centro cultural, independente de sua condição física. Outra questão demarcada são os acessos, tanto o principal (marcado em verde), quanto os acessos secundários (marcados em vermelho) que podem servir como saídas de emergência.

Figura 148 - Fluxograma

2º ANDAR

TERRAÇO DE EXPOSIÇÃO

5º ANDAR

BIBLIOTECA

LOJA 02 / Á TECNICA DO PALCO 3º ANDAR

SALAS/ SALAS MULTIMÍDIA

-1º ANDAR

1º e 2º ANDAR

FAB LAB CIRC. VERTICAL

LOJA 01 1º ANDAR

4º ANDAR

ADM. SALAS

ÁREA DE SERVIÇO

ANTESALA

HALL DE ENTRADA RECEPÇÃO

DEPÓSITO

MEZANINO

ACERVO CIRC. VERTICAL

CIRC. VERTICAL

CAMARIM

CIRC. VERTICAL

PALCO

EXPOSIÇÃO PRINCIPAL CORREDOR DE EXPOSIÇÃO

DEPÓSITO

Fonte: Acervo pessoal, 2019.

Ambientes

Circulação

Todos

Funcionários / convidados

Conexão

Acesso principal

Acesso secundário / emergência

74


4

4.3 AS VEGETAÇÕES

O tipo de vegetação escolhido foi o tropical, utilizando bastante de espécies com mais folhagens, para enfatizar a natureza brasileira e principalmente os morros de Vila velha, como: o Convento da Penha e o Morro do Moreno, trazendo para cidade um espaço com ar mais puro. Ao todo foram escolhidas 21 espécies, procurando trazer vegetações que melhor se adequem ao clima quente e úmido. As espécies foram determinadas e pensadas de modo a criar um conforto para quem passar ou permanecer no Centro Cultural VIVA, onde as mesmas foram posicionadas de forma a criar uma escala de vegetação, começando por forrações baixas, passando aos arbustos médios até chegar nas grandes árvores. Essa vegetação começa pelo lado externo, mas adentra o centro cultural, trazendo uma maior conexão do exterior com o interior, incluindo assim a edificação na cidade.

Vitória Régea (10 a 30 cm)

Maranta Barriga de Sapo (30 a 40 cm)

Philodendron Lua Clara (30 a 40 cm)

Samambaia Americana (40 a 60 cm)

Philodendron Xanadu (60 a 80 cm)

Costela de Adão (60 a 90 cm)

Pavoca (90 a 100 cm)

Agave (100 a 120 cm)

75


Lírio do Amazonas (100 a 300 cm)

Jibóia (120 a 180 cm)

Licuala (180 a 300 cm)

Guaimbê (360 a 470 cm)

Pata de Elefante (400 a 500 cm)

Palmeira Real (acima de 2000 cm)

Pata de Vaca (900 a 1000 cm)

Sibipiruna (900 a 1200 cm)

Pau Brasil (acima de 1200 cm)

Pau Mulato (acima de 1200 cm)

Palmeira Rabo de Raposa (600 a 900 cm)

Palmeira Vetchia (800 a 1000 cm)

Baixa

Média

Palmeiras

Árvores

Palmeira Azul (900 a 1100 cm)

76


4

4.4 OS MATERIAIS

Os materiais utilizados foram pensados com a intenção de trazer elementos capixabas, como a madeira, usada tanto internamente quanto externamente, que representa a natureza marcada pelo Estado, além de remeter ao material do instrumento de percussão, a casaca. Utilizou-se o quartzo Kalahari, que seria submetido a um tratamento com uma técnica de apicuamento, deixando a pedra em sua forma mais natural, para ser utilizado na fachada. Além disso, o quartzo Porto Mari foi usado no piso e o granito São Gabriel Preto utilizado para dar detalhes e sofisticação à edificação. Estas pedras são de natureza capixaba, e representam as pedreiras do estado, principalmente as presentes no município de Cachoeiro. O piso externo de concreto poroso foi colocado afim de trazer permeabilidade a esta área. Através das duas cores escolhidas deste material foram criados 3 padrões de paginação, cada um representando um tipo de espaço. O vidro foi utilizado para trazer mais transparência a edificação, com a intenção de valorizar os visuais da cidade de Vila Velha, trazendo o “mar” para dentro do centro cultural.

77

Alguns pontos de cores foram explorados em cada andar. Cada cor faz referência ao Estado do Espírito Santo, e foram retiradas do livro '' Iconografia capixaba''.

MADEIRA FREIJÓ (1*) MADEIRA ITAÚBA (2*) QUARTZO KALARARI (1), QUARTZO PORTO MARI (2) e GRANITO SÃO GABRIEL (3) PISO PERMEÁVEL DRENANTE EM CONCRETO POROSO

VIDRO

METAL PRETO

CIMENTO QUEIMADO

Como complemento a estes materiais, foi inserido o ACM branco, criando grandes quadros que valorizam o visual externo na área da escada e do corredor de exposições, e também o metal para trazer o estilo industrial a edificação.

ACM BRANCO

Na área de exposições foi utilizado o cimento queimado nas paredes e no piso, afim de acarretar mais liberdade ao artista, e trazer neutralidade para o ambiente.

CORES

(1*)

(1)

(2*)

(2)

(3)


4

Figura 149- Vista aérea do Centro Cultural VIVA

4.5 O PROJETO

CONCEITO E PARTIDO Como conceito, criou-se uma edificação que pode ser aproveitada tanto internamente quanto externamente e também foi elaborada uma envoltória que trouxesse leveza à cidade. Outro aspecto foi a busca por acessibilidade nos espaços públicos, pois assim todos têm a oportunidade de frequentar o centro cultural. Como a Arte Contemporânea é flexível em relação às obras criadas, os espaços também se adequam as obras, pois os ambientes podem se dividir ou unir entre si. Uma das justificativas para escolha do terreno é o visual, por isso houve o cuidado em criar elementos que destaquem essa paisagem. Como partido, foi criado uma arquitetura que utiliza formas ortogonais e longitudinais, podendo assim, aproveitar todos os cantos. Para trazer os costumes do Estado do Espirito Santo ao centro cultural, foi aplicado revestimentos, acabamentos e cores de origem ou menção Capixaba. As vegetações foram cuidadosamente escolhidas para trazer o clima tropical ao espaço, trazendo mais verde para cidade. A tecnologia também foi utilizada para deixar os espaços mais dinâmicos e interativos, atraindo o público para o Centro Cultural VIVA (figura 149).

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

78


VOLUMETRIA A edificação é composta por 4 volumes principais que se conectam (figura 150)(prancha 4/5). A parte mais alta, foi projetada pensando no instrumento musical típico do estado, a Casaca, um instrumento feito de madeira (tagibibuia), que apresenta ''sucos'' em seu corpo para produzir som. Na edificação a representação da Casaca foi simbolizada justamente com a composição de cheio e vazios, onde nas áreas recuadas estão as janelas, compostas com um ripado, e a parte avançada feita em madeira sólida, que está localizada entre as divisões dos andares. O volume mais horizontal foi pensado com a intenção de trazer boa visibilidade da praia para as edificações que estão mais atrás do centro cultural, esta parte foi projetada para aproveitar tanto o seu interior, que possui: salão principal de exposições, palco e o corredor de exposições (este apresentando grandes janelas que saltam da edificação, criando grandes quadros, emoldurando a paisagem natural da praia), quanto a sua cobertura, com um terraço de exposições ao ar livre. Entre este volume e o citado anteriormente há um recuo, representando a conexão entre Vila Velha e Vitória que se dá através, principalmente da 3° ponte.

O último volume está localizado acima do terraço de exposições, composto pela parte do elevador de carga, sua fachada foi tratada com um jardim vertical, trazendo verde para o terraço, criando uma maior conexão de vegetação com a área externa ao Centro Cultural VIVA. Figura 150- Fachadas do Centro Cultural VIVA

03

O outro volume foi pensado com o intuito de destacar a área de produção e criação do centro cultural, o FAB LAB. Este é muito parecido com o volume mais alto, mas é revestido com mármore São Gabriel e com vegetações de samambaias. Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

79


AMBIENTES POR ANDAR Figura 151- Planta baixa Área externa / 1° andar

155

163

162

153

159

8 desce

PROJEÇÃO PROJEÇÃO DO 2 ANDARDO 2 ANDAR

1

8

1

168

6

161

165 167

160 156 e 157

152

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

158

154

80


ÁREA EXTERNA

Figura 152- Fachadas com grandes esquadrias e ambientes de convivência

A primeira visão que o visitante tem do Centro Cultural VIVA, é o espaço externo da edificação (figuras 151 à 155)(prancha 1/5) , um ambiente composto por lugares abertos, cheios de vegetações tropicais que compõem o cenário em conjunto a edificação. Esse ambiente serve como apoio ao centro cultural, um espaço onde podem haver diversas interações artísticas, atraindo o público e despertando o interesse ao mundo artístico. A pavimentação foi pensada de modo a recriar o movimento das ondas, criado a partir do conjunto do piso de concreto poroso, que apresentam duas cores intercaladas, complementadas pelos “zig zags” feitos pelas linhas na diagonal. Através dessa composição de cores foram criados padrões diferentes para demarcar áreas de passagem, para atrair o público a área do palco externo ou para adentrar ao centro cultural, e também os espaços de permanência e convívio.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 153- Fachadas trabalhada no ripado e ambientes de convivência

A vegetação foi colocada de modo que diferentes caminhos fossem criados por todo a envoltória da edificação, privilegiando o pedestre. Um detalhe é a composição que a vegetação trás, além de estarem no plano horizontal das calçadas elas também sobem nas paredes na forma de jardins verticais. Esta área externa é contemplada com espaços de estacionamento de carro, com vagas prioritárias para deficientes, idosos, gestantes, ambulâncias e ônibus. Há também “estacionamento” para bicicletas, incentivando um transporte mais limpo, como complemento da ciclovia já existente na orla da praia.

81

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.


Figura 154 - Perspectiva voltada para praia

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 155 - Perspectiva voltada para cidade

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

82


A edificação apresenta artifícios que a torna mais dinâmica, como o uso de painéis ripados na maioria das esquadrias, que com a passar do tempo podem ser abertos ou fechados (de forma manual) para melhor atender ao conforto interno da edificação, gerando alterações na fachada (figuras 156 e 157). Outro elemento que traz dinamismo são as grandes esquadrias presentes na área do corredor de exposições, onde o visitante

83

pode parar e interagir com o espaço. Com isso, as pessoas que passam pela calçada podem ver o movimento no interior do edifício (figura 152), o que cria uma vigilância natural, ocasionando em mais segurança para a região. Por último, o espaço do palco, que por ter a possibilidade de receber exposições voltadas ao exterior, possui portões vermelhos que podem ficar abertos ou fechados, dependendo das intervenções ali criadas (158 e 159).

Figura 156 - Edificação com as esquadrias fechada

Figura 157 - Fachadas com as esquadrias abertas

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 158 - Portão vermelho fechado

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 159 - Portão vermelho aberto

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.


Figura 160- Entrada ao Centro Cultural VIVA

1° ANDAR Ao entrar no centro cultural, o primeiro contato que o visitante tem é com o hall de entrada, um espaço com pé direito duplo, onde há uma área de espera e estar. Logo em seguida, se tem de um lado a cafeteria/livraria, um espaço aberto onde podem ocorrer pequenas reuniões ou somente descansar lendo um livro e comendo um lanche (figura 160); do outro lado temos a recepção com opções de alto atendimento ou atendimento presencial e preferencial para comprar o ingresso, pedir informações ou até mesmo colocar algo no guarda volumes, nesse mesmo espaço se tem um painel touch, onde o visitante pode conhecer mais sobre Vila Velha (figura 161). Ainda neste ambiente pode-se acessar: ao salão principal, banheiros, Fab Lab e as circulações verticais, que dão acesso aos outros andares. Figura 161 - Recepção

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

84


O Fab Lab é composto por dois andares. Apresenta uma recepção exclusiva, onde o visitante poderá reservar algum equipamento ou espaço (figura 162).

Figura 163 - Salas do FAB LAB

Há quatro tipos de salas, cada uma destinada a uma técnica ou confecção, são elas: serralheria; marcenaria; pintura e no andar superior estão as máquinas de impressão digital, de recorte e 3D (163 e 164). As peças criadas poderão ser expostas: no salão principal, nas salas ou até mesmo na recepção do Fab Lab.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

85

Figura 162 - Recepção do FAB LAB

Figura 164 - Segundo andar do FAB LAB

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.


Antes de entrar no salão principal, há um espaço de antes sala, que contextualiza a exposição, através de telas interativas (figura 165).

Figura 165 - Ante sala

Entrando no salão, há um grande espaço aberto de pé direito duplo (com ripas de madeira no teto), com pisos e paredes revestidas de cimento e cobertura de laje protentida. Um espaço que pode sofrer modificações para melhor atender a intensão que o artista quer transmitir (figuras 167 e 168). Ainda nesse ambiente há um mezanino para que o visitante possa ver as obras através de diferentes ângulos (figura 166). Ao lado do salão se tem o corredor de explicações, um espaço comprido que serve como uma grande vitrine para o centro cultural, devido às grandes esquadrias criadas ao longo do espaço. Estas esquadrias trazem a paisagem externa para dentro da edificação (figura 167).

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 166 - Mezanino

No lado oposto a entrada do salão principal, há um palco que pode ter exibições voltadas para o interior, ou exterior do centro cultural. O palco é equipado com espaços de camarim e sala de ensaio. Ainda no primeiro andar temos a área de serviço e apoio exclusivo dos funcionários, contando com banheiros, áreas de almoxarifado, depósito de material de limpeza, lavanderia e uma copa para fazer refeições.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

86


Figura 167 - Salão com exposição / corredor de exposições

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 168 - Salão com show

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

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Figura 169- 2° andar

164

TROCADOR

TROCADOR

166

171

170

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

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Figura 170 - Loja 02 restaurante

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

2° ANDAR

Figura 171- Vista do restaurante para o salão principal

Este andar (figura 169)(prancha 2/5) é composto por espaços que complementam o 1° andar, como uma parte do Fab Lab (figura 164), e o mezanino do salão principal (figura 166). Porém, há um ambiente exclusivo nesse andar, a segunda loja do centro cultural. Esta sendo utilizada como restaurante de comida típica capixaba. Esse ambiente apresenta vista privilegiada do hall de entrada do Centro Cultural VIVA, do salão principal e do corredor de exposições (figuras 170 e 171). Assim como todos os andares, este é equipado com banheiros femininos e masculinos, possuindo cabine para pessoas portadoras de necessidades especiais e circulações verticais (elevadores e escada). 89

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.


Figura 172 - 3° andar

174

TROCADOR

6

10

TROCADOR

10

173

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

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3° ANDAR

Figura 173- Sala multímidia

Ao chegar nesse andar (figura 172)(prancha 2/5), o visitante verá salas multiusos, com grandes esquadrias de vidro, que proporcionam amplitude ao espaço. Ao final do corredor há uma sala multimídia, equipada com sistema de telão e áudio (figura 173). Ainda neste andar existe um espaço externo, o terraço de exposição, um ambiente a céu aberto, onde o visitante poderá ver as obras expostas e apreciar o movimento da cidade, principalmente da praia (figura 174).

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 174 - Terraço de exposições

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

91


4° ANDAR

Figura 176 - Sala com exposições

Assim como o terceiro andar, neste (figura 175)(prancha 2/5) há salas multiusos, totalizando 8 salas (4 neste andar e 4 no andar inferior). Estes ambientes são adaptáveis a várias intervenções, como exposições, aulas e workshops. Os espaços se moldam aos tamanhos dos eventos, pois as salas se interligam através das grandes portas de correr (figuras 176 e 177). Este andar também é composto pela área administrativa do Centro Cultural VIVA, nele existe uma recepção própria, sala de reuniões, sala do presidente, sala de pequenos acervos (documentação) e tesouraria. Figura 175- 4° andar

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019. Figura 177 - Sala com workshop

TROCADOR

177

TROCADOR

176

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

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Figura 178- 5° andar

179

TROCADOR

acervo digital

5° ANDAR Nesse patamar há uma grande biblioteca (figuras 178 e 179)(prancha 2/5), um espaço onde o visitante pode realizar leituras e estudos. Há o acervo físico, com livros doados, além de um acervo digital interativo.

estante de livros

estante de livros

TROCADOR

estante de livros

estante de livros

estante de livros

180 estante de livros

Para o melhor conforto do visitante nesse espaço existe um ambiente com mesas e sofás, que estão posicionados próximos a janela com vista para o mar. Nesse ambiente o teto foi rebaixado com ripas, para ocasionar a sensação de aconchego (figura 180).

estante de livros

estante de livros

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019. Figura 179 - Biblioteca

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.

93

Figura 180 - Área para estudos e leituras

Fonte: Figura elaborada pelo autor, 2019.


sobe

Figura 181- Subsolo

SUBSOLO 4

4

trainel de quadros

Por fim no andar abaixo da terra, existe o acervo, dividido em 3 ambientes além da recepção (prancha 3/5). Um dos ambientes é o espaço de procedimento do acervo, onde há todo processo de limpeza e restauro de objetos doados ao centro cultural (ex: livros). No gerenciamento do acervo, onde poderão ser feitos retoques nas obras expostas; esse ambiente também serve como depósito temporário quando há a troca de exposições. Por último há o depósito do acervo, onde são colocadas as obras e objetos do próprio centro cultural. Nesse andar ainda há o estacionamento coberto, com vagas preferenciais, de carga e descarga. Possui acesso ao centro cultural através de rampa.

Fonte: Figura elaborada pelo autor/ sem escala, 2019.

Assim finalizando este capitulo do projeto. 94


CONCLUSÃO

Conclusão

96


CONCLUSÃO A partir do desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, foi possível realizar o aprofundamento do estudo da história do surgimento dos espaços artísticos e também, explicar como se desenvolveram e porque surgiram. É interessante ver que com o passar do tempo o processo de criação foi se modificando para melhor atender as novas formas de arte. Os espaços foram se subdividindo e aumentando com o tempo e evoluindo com o uso da tecnologia.

grande espaço unido, que poderá atender a diferentes portes de exposições, shows, aulas e workshops. Além dos ambientes internos, teve-se o cuidado em pensar nos elementos que façam interação com espaços externos, criando assim uma melhor conexão com a cidade, valorizando as paisagens já criadas no meio urbano, e também a valorização dos visuais naturais como a praia.

Deste modo o estudo da fundamentação teórica histórica foi essencial para criação do Centro Cultural VIVA, pois foi possível ter uma visão melhor da importância destes espaços para educação, afinal, estimulam a criatividade e o senso cognitivo. Neste trabalho foi possível analisar que ainda há a falta de espaços culturais, principalmente na cidade de Vila Velha. Um empreendimento como esse traz uma valorização ao seu entorno, melhorando a qualidade de vida das pessoas que ali moram e trabalham. Por esses motivos houve a elaboração do Centro Cultural VIVA. Além dos benefícios da criação desses lugares artísticos, com esta pesquisa, pôde-se entender melhor as organizações dos ambientes, juntamente com os programas de necessidades, para criar artifícios que atraiam todo tipo de público e que seja convidativo de uma forma amigável e criativa. Pensar nos espaços como um conjunto, que trabalham de forma cooperativa, podendo ser dividido, criando ambientes distintos, ou até mesmo criando um 96


REFERÊNCIAS

Referências webgráficas Referências das figuras Referências das tabelas / gráfico

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(a partir do barroco). Figura elaborada pelo autor, 2019.

Figura 43 – Setorização, 1ºandar, L’orangerie. Disponível em: <https ://www.musee-orangerie.fr/fr/page/o-museu-da-orangerie>, com redesenho do autor. Acessado em: 08/04/2019.

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Figura 49 – Setorização, subsolo -1ºandar, L’orangerie. Disponível em: <https://www.musee-orangerie.fr/fr/page/o-museu-da-oran gerie>, com redesenho do autor. Acessado em: 08/04/2019.

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Figura 50 – Lanchonete. Disponível em: <https://www.ducasse-p aris.com/fr/les-adresses/cafe-orangerie>. Acessado em: 08/04/ 2019. Figura 51 – Livraria. Acervo pessoal, 2019.

Figura 61 – Paredes inclinadas. Acervo pessoal, 2019. Figura 62 – Iluminação zenital. Acervo pessoal, 2019. Figura 63 – Bancada divisória. Disponível em: <https://www.route paris.com/musee-lorangerie>. Acessado em: 08/04/2019. Figura 64 – Vão de iluminação. Acervo pessoal, 2019.

Figura 52 – Setorização, -2ºandar, L’orangerie. Disponível em: <h ttps://www.musee-orangerie.fr/fr/page/o-museu-da-orangerie>, com redesenho do autor. Acessado em: 08/04/2019.

Figura 65 – Elementos feitos em pedra. Acervo pessoal, 2019.

Figura 53 – Corredor de exposições. Acervo pessoal, 2019.

Figura 66 – Esquadria simples. Disponível em: <https://trip101.co m/article/be-mesmerized-at-paris-musee-de-l-orangerie>. Acessado em: 08/04/2019.

Figura 54 – Exposição permanente. Acervo pessoal, 2019. Figura 55 – Exposições temporárias 1. Acervo pessoal, 2019. Figura 56 – Exposição temporárias 2. Acervo pessoal, 2019.

Figura 67 – Piso de resina. Disponível em: <https://www.routepar is.com/musee-lorangerie>. Acessado em: 08/04/2019.

Figura 57 – Elementos neoclássicos. Acervo pessoal, 2019.

Figura 68 – Piso de pedra. Disponível em: <http://diretodeparis.c om/musee-de-lorangerie-o-resultado-do-amor-de-duas-pessoas-pela-arte/>. Acessado em: 08/04/2019.

Figura 58 – Cortina de vidro. Disponível em: <https://www.routeparis.com/musee-lorangerie>. Acessado em: 08/04/2019.

Figura 69 – Telhado de vidro. Disponível em: <http://www.idffilm. com/en/locations/musee-de-l-orangerie-glass-roof-space.html>.

104


Acessado em: 08/04/2019.

Figura 79 – Escada. Disponível em: <https://www.casatriangulo.c om/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 70 – Forro de gesso. Acervo pessoal, 2019. Figura 71 – Diagrama de usos, L’orangerie. Disponível em: <https: /www.musee-orangerie.fr/fr/page/o-museu-da-orangerie>, com redesenho do autor. Acessado em: 08/04/2019. Figura 72 – Corte AA usos, L’orangerie. Disponível em: <https:/w ww.musee-orangerie.fr/fr/page/o-museu-da-orangerie>, com redesenho do autor. Acessado em: 08/04/2019. Figura 73 – Localização, Galeria 01. Disponível em: <Google Earth >, com redesenho do autor. Acessado em: 09/04/2019. Figura 74 – Fachada Galeria 01. Disponível em: <https://www.caatriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 75 – Acessos principais. Disponível em:<https://www.casa triangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 81 – Corredor de exposições. Disponível em:<https://www .casatriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 82 – Setorização, 2º andar, Galeria 01. Disponível em:<http s://www.casatriangulo.com/galeria/>, com redesenho do autor. Acessado em: 09/04/2019. Figura 83 – Níveis do segundo pavimento. Disponível em:<https:/ /www.casatriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 84 – Forma da edificação. Disponível em:<https://www.ca satriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 85 – Esquadria embutida. Disponível em:<https://www.cas atriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 76 – Acesso lateral. Disponível em: <https://www.casatria ngulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 86 – Janelas laterais. Disponível em: <https://www.casatri angulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 77 – Setorização, 1º andar, Galeria 01. Disponível em:<http s://www.casatriangulo.com/galeria/>, com redesenho do autor. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 87 – Pé direito normal. Disponível em: <https://www.casat riangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 78 – Recepção. Disponível em:<https://www.casatriangulo .com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

105

Figura 80 – Salão principal. Disponível em: <https://www.casatria ngulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 88 – Pé direito duplo de exposição. Disponível em: <https/ /www.casatriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.


Figura 89 – Composição. Disponível em: <https://www.casatriang ulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 90 – Platô externo. Disponível em: <https://www.casatrian gulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 91 – Alvenaria crua. Disponível em: <https://www.casatria ngulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 100 – Acesso de serviço. Acervo pessoal, 2019. Figura 101 – Setorização, 1º andar, Galeria 02. Disponível em:<htt p://www.matiasbrotas.com.br/galeria-matias-brotas/>, com rede senho do autor. Acessado em: 10/04/2019. Figura 102 – Hall de entrada. Acervo pessoal, 2019. Figura 103 – Salão principal. Acervo pessoal, 2019.

Figura 92 – Alvenaria branca. Disponível em: <https://www.casatr iangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 93 – Piso de cimento queimado. Disponível em:<https://w ww.casatriangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 94 – Cobertura metálica. Disponível em:<https://www.casa triangulo.com/galeria/>. Acessado em: 09/04/2019. Figura 95 – Diagrama de usos, Galeria 01. Disponível em:<https:/ /www.casatriangulo.com/galeria/>, com redesenho do autor. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 104 – Acervo de quadros. Acervo pessoal, 2019. Figura 105 – Acesso ao acervo superior. Acervo pessoal, 2019. Figura 106 – Setorização, 2º andar. Disponível em:<http://www. matiasbrotas.com.br/galeria-matias-brotas/>, com redesenho do autor. Acessado em: 10/04/2019. Figura 107 – Sala de reuniões. Acervo pessoal, 2019. Figura 108 – Escada do administrativo. Acervo pessoal, 2019. Figura 109 – Grandes vãos. Acervo pessoal, 2019.

Figura 96 – Corte AA usos, Galeria 01. Disponível em:<https://ww w.casatriangulo.com/galeria/>, com redesenho do autor. Acessado em: 09/04/2019.

Figura 110 – Porta de vidro. Acervo pessoal, 2019.

Figura 97 – Localização, Galeria 02. Disponível em: <GoogleEarth >, com redesenho do autor. Acessado em: 10/04/2019.

Figura 112 – Fachada leste. Acervo pessoal, 2019.

Figura 98 – Fachada Galeria 02. Acervo pessoal, 2019.

Figura 111 – Fachada norte. Acervo pessoal, 2019.

Figura 113 – Fundo oeste. Acervo pessoal, 2019. Figura 114 – Fundo sul. Acervo pessoal, 2019.

Figura 99 – Rampa de acesso. Acervo pessoal, 2019.

106


Figura 115 – Pé direito duplo. Acervo pessoal, 2019. Figura 116 – Iluminação natural/shedes. Acervo pessoal, 2019. Figura 117 – Material da rampa. Acervo pessoal, 2019. Figura 118 – Piso do hall. Acervo pessoal, 2019. Figura 119 – Espaço interno. Acervo pessoal, 2019. Figura 120 – Escada de aço. Acervo pessoal, 2019. Figura 121 – Fechamento em vidro. Acervo pessoal, 2019. Figura 122 – Tons claros. Acervo pessoal, 2019. Figura 123 – Diagrama de usos, Galeria 02. Disponível em:<http:/ /www.matiasbrotas.com.br/galeria-matias-brotas/>, com redese nho do autor. Acessado em: 10/04/2019. Figura 124 – Corte AA usos, Galeria 02. Disponível em:<http://ww w.matiasbrotas.com.br/galeria-matias-brotas/>, com redesenho do autor. Acessado em: 10/04/2019.

107

lha.es.gov.br/paginas/cultura-esporte-e-lazer-casa-damemoria>. Acessado em: 16/05/2019. Figura 128 – Galeria Eugênio P. Q. Disponível em: <http://circuito artes.iades.art.br/>. Acessado em: 16/05/2019. Figura 129 – Espaço Lastênio Scopel. Disponível em: <http://circu itoartes.iades.art.br/>. Acessado em: 16/05/2019. Figura 130 – Mapa de galerias e ateliês de arte de Vila Velha / Vitória. Disponível em: <http://www.vilavelha.es.gov.br/midia/pagi nas/Perfil%20socio%20economico%20R2.pdf>, <http://legado.vi toria.es.gov.br/regionais/bairros/Mapa_bairros/LIMITE_BAIRROS.p df> e <http://mapacultural.es.gov.br/projeto/1818/>, com redesenho do autor. Acessado em: 11/05/2019. Figura 131 – Mapa de regiões de Vila Velha. Disponível em: <http: //www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/Perfil%20socio%20eco nomico%20R2.pdf>, com redesenho do autor. Acessado em: 11/ 05/2019.

Figura 125 – Museu Vale. Disponível em: <http://museuvale.com/ site/website/Museu.aspx?tipo=2>.Acessado em: 16/05/2019.

Figura 132 – Mapa do bairro de Itapoã. Disponível em: <http://ww w.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/Perfil%20socio%20economic o%20R2.pdf>,com redesenho do autor. Acessado em:11/05/2019.

Figura 126 – Museu Homero Massena. Disponível em: <http://turi smoeservicos.com.br/pt-BR/publicacoes/projeto-possibilita-visit a-monitorada-ao-sitio-historico-da-prainha/>. Acessado em: 16/ 05/2019.

Figura 133 – Aproximação do lote. Disponível em: <https://geoba ses.es.gov.br/novas-imagens-map-es-2012-2015-sem-ecw>,com redesenho do autor. Acessado em: 30/05/2019.

Figura 127 – Casa da Memória. Disponível em: <http://www.vilave

Figura 134 – Lote visto de cima (dia). Acervo pessoal, 2019.


Figura 135 – Lote visto de cima (noite). Acervo pessoal, 2019.

Figura 148 – Fluxograma. Acervo pessoal, 2019.

Figura 136 – Vista do lote. Acervo pessoal, 2019.

Figura 149 – Vista aérea do Centro Cultural VIVA. Acervo pessoal, 2019.

Figura 137 – Fachada praia. Acervo pessoal, 2019. Figura 138 – Fachada lateral. Acervo pessoal, 2019. Figura 139 – Estado atual do lote. Acervo pessoal, 2019. Figura 140 - Mapa de zoneamento. Disponível em: <http://www.vi lavelha.es.gov.br/midia/paginas/Perfil%20socio%20economico% 20R2.pdf>, com redesenho do autor. Acessado em: 11/05/2019.

Figura 150 – Fachadas do Centro Cultural VIVA. Acervo pessoal, 2019. Figura 151 – Planta baixa Área externa / 1° andar. Acervo pessoal, 2019. Figura 152 – Fachadas com grandes esquadrias e ambientes de convivência. Acervo pessoal, 2019.

Figura 141 - Aproximação do terreno escolhido. Disponível em: <http://www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/Perfil%20socio20 economico%20R2.pdf>, com redesenho do autor. Acessado em: 11/05/2019.

Figura 153 - Fachadas trabalhada no ripado e ambientes de convivência. Acervo pessoal, 2019.

Figura 142 - Mapa de condicionantes. Acervo pessoal, 2019.

Figura 155 - Perspectiva voltada para cidade. Acervo pessoal, 2019.

Figura 154 - Perspectiva voltada para praia . Acervo pessoal, 2019.

Figura 143 - Mapa de uso do solo. Acervo pessoal, 2019. Figura 144 - Mapa de gabarito. Acervo pessoal, 2019. Figura 145 - Mapa de vegetação. Acervo pessoal, 2019.

Figura 156 - Edificação com as esquadrias fechada. Acervo pessoal, 2019. Figura 157 - Fachadas com as esquadrias abertas. Acervo pessoal, 2019.

Figura 146- Mapa de hierarquia viária. Acervo pessoal, 2019. Figura 158 - Portão vermelho fechado. Acervo pessoal, 2019. Figura 147 - Mapa síntese. Acervo pessoal, 2019.

108


Figura 159- Portão vermelho aberto. Acervo pessoal, 2019.

Figura 172 - 3° andar. Acervo pessoal, 2019.

Figura 160 - Entrada ao Centro Cultural VIVA. Acervo pessoal, 2019.

Figura 173 - Sala multímidia . Acervo pessoal, 2019. Figura 174- Terraço de exposições. Acervo pessoal, 2019.

Figura 161 - Recepção. Acervo pessoal, 2019. Figura 175 - 4° andar. Acervo pessoal, 2019. Figura 162 - Recepção do FAB LAB. Acervo pessoal, 2019. Figura 176 - Sala com exposições. Acervo pessoal, 2019. Figura 163 – Figura 163 - Salas do FAB LAB. Acervo pessoal, 2019.

Figura 177 - Sala com workshop. Acervo pessoal, 2019.

Figura 164 – Segundo andar do FAB LAB. Acervo pessoal, 2019.

Figura 178 – 5° andar. Acervo pessoal, 2019.

Figura 165 – Ante sala. Acervo pessoal, 2019.

Figura 179 – Biblioteca. Acervo pessoal, 2019.

Figura 166 – Mezanino. Acervo pessoal, 2019.

Figura 180 – Área para estudos e leituras. Acervo pessoal, 2019.

Figura 167 – Salão com exposição / corredor de exposições. Acervo pessoal, 2019.

Figura 181 – Subsolo. Acervo pessoal, 2019.

Figura 168 - Salão com show. Acervo pessoal, 2019. Figura 169 - 2° andar. Acervo pessoal, 2019. Figura 170 - Loja 02 restaurante. Acervo pessoal, 2019. Figura 171 - Vista do restaurante para o salão principal. Acervo pessoal, 2019.

109


REFERÊNCIAS DAS TABELAS / GRÁFICO Tabela 01 – Análise geral dos estudos de casos. Tabela elaborada pelo autor, 2019.

Tabela 11 - 4° andar ( espaços de apoio/ circulação do público). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 12 - 4° andar (administração). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 13 - 5° andar. Tabela elaborada pelo autor, 2019.

Tabela 02 – Programa de necessidade (base). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 03 – Índices urbanísticos. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-vila-velha-es>, com redesenho do autor. Acessado em: 10/05/2019. Tabela 04 – Potencialidades e fragilidades da área de estudo. Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 05 - 1° andar ( espaços de apoio/ circulação do público). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela

Tabela 14 - Cobertura. Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 15 - Área externa. Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 16 - Subsolo. Tabela elaborada pelo autor, 2019. Gráfico 01 – Habitantes por região . Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-vila-velha-es>. Acessado em: 10/05/2019.

06 - 1° andar (fab lab). Tabela elaborada pelo autor, 2019.

Tabela 07 - 1° andar (serviço). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 08 - 2° andar ( espaços de apoio/ circulação do público). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 09 - 2° andar (fab lab). Tabela elaborada pelo autor, 2019. Tabela 10 - 3° andar ( espaços de apoio/ circulação do público). Tabela elaborada pelo autor, 2019.

110


APÊNDICE

Apêndice

112


2

2

+0,17

Índices urbanísticos

DEPÓSITO DE LIXO Á: 12,0 m²

Permitido Projeto Coeficiente de aproveitamento

2,92 12 pav.

Gabarito ESTACIONAMENTO (63 VAGAS) Á: 1.800,0 m²

BICICLETÁRIO (70 VAGAS) Á: 80,0 m²

2

0,05

Terreno Edificações

Quadras Malha viária GERADOR Á: 24,0 m² +0,17

Quadras Malha viária

Escala gráfica

0 25 50

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

100m

5 pav.

(38 m)

(22,7 m)

Taxa de ocupação

60%

32%

Taxa de permeabilidade

15%

15%

MAPA DE SITUAÇÃO

CORTE 02

0,05

8.627,00 m²

Terreno Centro Cultural VIVA

0,42

Vitória Régea 1

1

3

1

1

sobe 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 114 12 13 14 15 16 17 18 19 20 211 22 23

10

1

1

10

serra de compressor bancada

PINTURA Á: 32,0 m²

3

1

1

1

1

3

1

Costela de Adão

Pacova

Agave

Lírio do Amazonas

Licuala

Guaimbê

ÁREA DE PASSAGEM

Pata de Elefante

FACHADA 03

6

+0,17 solda

ÁREA DE CONVITE 5

+0,10

W.C. MASC. +0,10 Á: 6,0 m²

1

2

RECEPÇÃO (FAB LAB) Á: 40,0 m²

05 08 09 04 10 03 0201 11

+0,03

7

6

7

CONTROLE Á: 4,0 m² 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

2 9

DEPÓSITO DO CAFÉ/ LIVRARIA Á: 13,5 m² 0607

10

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

sobe

11

COPA Á: 9,0 m²

2

CIRCULAÇÃO Á: 14,0 m² +0,03 W.C. FEM. 3 Á: 3,6 m²

2

ÁREA DE ESPERA COBERTO Á: 13,6 m²

11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 sobe

6

10

11

2

ESCADA Á: 30,0 m²

2

LAVAN. Á:4,0 m²

6

6

DML Á:4,0 m² 10

2

12

13 14 ELEV. 15 SOCIAL 16 Á: 2,0 m² 17 18 19 20 21 22 23

2

Rabo de Raposa

2

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m²

Á: 12,5 m²

PROJEÇÃO DO MEZANINO

CAMARIM 1

CAMARIM 4

Sigla Dimensão (cm)

4

5

5

5

10 10 5 2

5

8

ANTE SALA Á: 36,0 m²

5

W.C. MASC. Á: 18,0 m² 4 5 +0,03 TROCADOR

CIRCULAÇÃO Á: 74,0 m²

PALCO Á: 192,0 m²

12

SALÃO PRINCIPAL Á: 1045,0 m²

6

sobe

cartaz da exposição

1

2

CORTE 01 sobe

FACHADA 04

PROJEÇÃO DO 2° ANDAR

1

auto atendimento

RECEPÇÃO Á: 42,0 m²

+1,17 6

DEPOSITO DE APOIO AO SALÃO PRINCIPAL Á: 74,0 m² conheça mais de VILA VELHA

HALL DE ENTRADA Á: 95,5 m²

1

+0,17

9

1

2

DEPOSITO DE APOIO AO PALCO Á: 84,0 m²

BILHETERIA Á: 24,6 m²

GUARDA VOLUMES Á: 17,4 m² 10

10

CORREDOR DE EXPOSIÇÕES Á: 122,0 m² +0,17

+1,17

PROJEÇÃO DA FACHADA

CORTE 02

7

7

2

90 / 210

3

60 / 210

4

90 / 210

5

60 / 210

6

200 / 350

7

100 / 350

8

400 / 350

9

500 / 350

10

200 / 350

11

200 / 210

Madeira Compensado naval Compensado naval Aço e fibra de lã cerâmica Aço e fibra de lã cerâmica Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Madeira

12

1000 / 590

Aço

7

CENTRO CULTURAL

ESCALA 1: 250 +0,17 0,00

APOIO AO CENTRO CULTURAL VIVA Á: 2.400,0 m²

Material Vidro e Madeira Madeira

400 / 300

FACHADA 01

PLANTA BAIXA ÁREA EXTERNA e 1º ANDAR

Pau Mulato

Pau Brasil

ÁREA DE PERMANÊNCIA

RIPADO MÓVEL

1

PROJEÇÃO DA MARQUISE

7

Sibipiruna

2

+0,10

5

W.C. FEM. Á: 18,0 m²

Pata de Vaca com Jibóia

PORTAS

Á: 12,5 m²

desce sobe

ALMOXARIF. Á: 6,0 m²

2

Palmeira Real

2

PROJEÇÃO DA MARQUISE

desce

W.C. MASC. Á: 3,6 m² 3

telas interativas

CAFÉ/ LIVRARIA Á: 48,0 m²

TROCADOR

8

informação dos andares

CORTE 01

Palmeira Azul

2

2

PROJEÇÃO PROJEÇÃO DO 2° ANDARDO 2 ANDAR

ELEV. SOCIAL Á: 4,0 m²

Vetchia

CORTE 03

2 ELEV. DE CARGA Á: 15,0 m²

CAMARIM 3 Á: 12,5 m²

CAMARIM 2 Á: 12,5 m²

2

FACHADA 02

Xanadu

SERRALHERIA Á: 18,0 m²

MARCENARIA Á: 24,0 m²

CNC

3

3

2

Lua Clara

10

W.C. FEM. Á: 6,0 m²

1

CORTE 03

3

CIRCULAÇÃO Á: 34,0 m²

+1,17

3 2 2

Barriga de Sapo

Tipo 2 folhas (correr) 1 folha (de giro) 1 folha (de giro) 1 folha (de giro) 1 folha (de giro) 2 folhas (de giro) 1 folha (de giro) 4 folhas (correr) 5 folhas (correr) 2 folhas (correr) 2 folhas (correr embutida) 2 folhas (correr)

JANELAS

Sigla Dimensão (cm) 1

200 / 200 / 110

2

100 / 200 / 110

3

200 / 200 / 110

4

590 / 200 / 110

5

400 / 200 / 110

6

440 / 2000 / 20

7

900 / 680 / 20

8

1740 / 300 / 10

9

510 / 300 / 10

10

100 / 60 / 250

11

300 / 60 / 250

Material Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e ACM Vidro e ACM Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira

Tipo 2 folhas (correr/ 1 trilho) 1 folha (correr/ 1 trilho)

Sigla Dimensão (cm)

Material

1

350 / 200 / 110

Madeira

2

175 / 200 / 110

Madeira

Tipo 2 folhas (desliza) 1 folha (desliza)

Quadro de áreas

Fixa

Área externa

6.108,0 metros

Fixa

1° Andar

2.268,0 metros

Fixa

2° Andar

792,5 metros

Fixa

3° Andar

2.220,0 metros

Fixa

4° Andar

408,0 metros

Fixa

5° Andar

392,0 metros

Fixa

Cobertura

103,0 metros

Basculante

Sub solo

4.390,0 metros

Basculante

TOTAL

16.681,5 metros

PLANTA BAIXA ÁREA EXTERNA e 1º ANDAR / PLANTA DE SITUAÇÃO / PLANTA DE LOCALIZAÇÃO VEGETAÇÃO / USOS DO PISO EXTERNO / TABELA DE ESQUADRIAS / ÍNDICES URBANÍSTICOS / QUADRO DE ÁREAS

15


20

FACHADA 03

21 23

22

2

informação dos andares

FACHADA 02

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m²

MEZANINO DO SALÃO PRINCIPAL Á: 165,0 m²

SALA DE ENSAIO Á: 58,0 m²

3

5

4

14 13

3

13

4

H: 110 cm

12

2

7

7

7

1

7

CORTE 02

30

CORTE 02

1

FACHADA 03 1

2

CIRCULAÇÃO Á: 11,5 m²

2

ESCADA Á: 30,0 m²

2 H: 110 cm

+12,59 ÁREA TÉCNICA DO ELEVADOR DE CARGA Á: 18,0 m²

acervo digital

Sigla Dimensão (cm)

+16,73

3

CORTE 03

28

3

5

32

estante de livros

13

5

5

W.C. MASC. Á: 18,0 m² 5

4

+16,58

3 estante de livros

1 1

4

estante de livros

SALA DO PRESIDENTE Á: 12,0 m²

RECEPÇÃO Á: 25,0 m²

1

1

2

2

15

SALA O8 Á: 42,5 m²

15

3

FACHADA 01

2

12

1

H: 110 cm

25

2

3

27

3

PLANTA BAIXA 3º ANDAR FACHADA 01

ESCALA 1: 250

2

25

1

1

FACHADA 01

1

31

1

1

PLANTA BAIXA 5º ANDAR ESCALA 1: 250

FACHADA 01

CALHA

CALHA

+16,73

PLANTA BAIXA 4º ANDAR ESCALA 1: 250

3

60 / 210

4

90 / 210

5

60 / 210

6

200 / 350

8

400 / 350

13

90 / 320

14

300 / 320

15

100 / 210

16

100 / 100

Sigla Dimensão (cm)

Material

Tipo 1 folha Madeira (de giro) 1 folha Madeira (de giro) Compensado 1 folha (de giro) naval 1 folha Compensado (de giro) naval 2 folhas Aço e fibra (de giro) de lã cerâmica 4 folhas Vidro e (correr) Madeira 1 folha Madeira (de giro) 2 folhas Madeira (correr embutida) 2 folhas Madeira (correr) Madeira

Alçapão

1

200 / 200 / 110

3

200 / 200 / 110

6

440 / 2000 / 20

7

900 / 680 / 20

10

100 / 60 / 250

11

300 / 60 / 250

12

400 / 200 / 110

13

100 / 200 / 110

14

100 / 210 / 10

15

200 / 210 / 10

16

870 / 210 / 10

Material Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e ACM Vidro e ACM Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira

Tipo Sigla Dimensão (cm) 2 folhas (correr/ 1 trilho) 17 2500 / 210 / 10 18 1000 / 210 / 10 Fixa Fixa

19

1650 / 210 / 10

Fixa

20

300 / 300 / 10

Basculante

21

400 / 300 / 10

Basculante

22

500 / 300 / 10

4 folhas (correr/2 trilhos) 23 580 / 210 / 10 2 folhas (correr/2 trilhos) 24 200 / 200 / 110 Fixa 25 500 / 200 / 110 Fixa

26 600 / 200 / 110

Fixa

27 800 / 200 / 110

Material Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira

Tipo

Sigla Dimensão (cm) 400 / 300 / 10

Fixa

28

Fixa

29 300 / 200 / 110

Fixa

30 900 / 200 / 110

Fixa

31 1500 / 200 / 110

Fixa

32 2900 / 200 / 110

Fixa Fixa Fixa 5 folhas (correr/3 trilhos) 6 folhas (correr/3 trilhos) 8 folhas (correr/3 trilhos)

Material Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira Vidro e Madeira

Tipo Fixa 3 folhas (correr/3 trilhos) 9 folhas (correr/3 trilhos) 15 folhas (correr/3 trilhos) 29 folhas (correr/3 trilhos)

RIPADO MÓVEL Sigla Dimensão (cm)

Material

1

350 / 200 / 110

Madeira

2

175 / 200 / 110

Madeira

3

480 / 200 / 110

Madeira

4

240 / 200 / 110

Madeira

Tipo 2 folhas (desliza) 1 folha (desliza) 2 folhas (desliza) 1 folha (desliza)

1

3

CORTE 02

+12,59 25

LAJE IMPERMEABILIZADA

estante de livros

29 1

CORTE 02

SALA DE REUNIÃO Á: 16,0 m²

1

2

25

Á: 45,5 m²

30

1 2

1

90 / 210

1 estante de livros

27

2

3.600 litros

FACHADA 04

TROCADOR

2

BIBLIOTECA Á: 312,0 m²

4

+12,44

TESOURARIA E ACERVO Á: 20,0 m²

14

estante de livros

CAIXA D’AGUA Á: 15,0 m²

(inclinação 30%)

SALA O7 Á: 32,5 m²

5

10 3

CORTE 03

CORTE 01

telha fibrocimento

26

5

W.C. MASC. Á: 18,0 m² TROCADOR

2

5

5

(inclinação 30%)

5

16

3

3.600 litros

telha fibrocimento

10

5

FACHADA 02

CIRCULAÇÃO Á: 87,0 m²

5

10

estante de livros

CORTE 01

ÁREA TÉCNICA DO ELEVADOR Á: 20,0 m² +20,17

4

FACHADA 04

10

2

CORTE 01

+16,66

5

W.C. FEM. Á: 18,0 m²

TROCADOR

5

5

estante de livros

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m² LAJE IMPERMEABILIZADA

informação dos andares

5

3

FACHADA 04

TROCADOR

4

ELEV. SOCIAL Á: 4,0 m²

CORTE 01 CORTE 01

+12,52

5

W.C. FEM. Á: 18,0 m²

4

CORTE 02

FACHADA 02

13

2

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m²

FACHADA 02

ELEV. SOCIAL Á: 4,0 m²

CORTE 013

3

CORTE 03

13

14

13

SALA MULTIMÍDIA

PORTAS

ÁREA TÉCNICA DO AR CONDICIONADO Á: 68,0 m²

+16,73 ESCADA Á: 30,0 m²

CORTE 03 CORTE 03 3

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 desce

(inclinação 30%)

sobe

11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

3

14

4

8

JANELAS

telha fibrocimento

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

(inclinação 30%)

11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

28

4

+8,30

+20,17

28

SALA O6 Á: 32,5 m²

5

6

+12,59

4

26

TERRAÇO DE EXPOSIÇÃO Á: 1700,0 m²

FACHADA 03

telha fibrocimento

CORTE 03

5

1

FACHADA 01

12

3

SALA O5 Á: 32,5 m²

5

14

6

26

5

HALL DO TERRAÇO DE EXPOSIÇÃO Á: 45,5 m²

+8,45

FACHADA 03

13

5

1

4

ESCALA 1: 250 1

5

13

27

13

1

4

5

telas interativas

14

SALA O4 Á: 42,5 m²

PLANTA BAIXA 2º ANDAR

2

+8,38

5

W.C. MASC. Á: 18,0 m²

28

1

14

CORTE 01

+8,45

10

CIRCULAÇÃO Á: 73,0 m²

2

SALA O3 Á: 32,5 m²

26

15

2

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m²

ELEV. DE CARGA Á: 15,0 m²

10

+4,16

3

ÁREA DE APOIO AO TERRAÇO DE EXPOSIÇÃO Á: 35,0 m²

W.C. FEM. Á: 18,0 m²

4

PROJEÇÃO DA MARQUISE

TROCADOR

H: 110 cm

CORTE 02 CORTE 02

25

SALA O2 Á: 32,5 m²

26

4

1

ELEV. SOCIAL Á: 4,0 m²

CORTE 01

CORTE 01

+4,16

13

6

13

2

CORTE 03 6

14

4

5

+8,45

ESCADA Á: 30,0 m²

ELEV. DE CARGA Á: 15,0 m²

5

5

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

sobe

+4,16

2

RESTAURANTE Á:255,0 m²

16

28

28

W.C. MASC. Á: 18,0 m²

12

SALA O1 Á: 32,5 m²

4 desce H: 110 cm

H: 110 cm

17

3

+8,45 26

CIRCULAÇÃO Á: 42,0 m² 2

LAJE IMPERMEABILIZADA

4 5

5

CORTE 03

CORTE 03

+4,24

5

5

DEPÓSITO DO RESTAURANTE Á: 34,0 m²

11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

3

+4,16

2

W.C. FEM. Á: 18,0 m²

2

24

6

ESCADA Á: 30,0 m² ELEV. SOCIAL Á: 4,0 m²

13 14 ELEV. 15 SOCIAL 16 Á: 2,0 m² 17 18 19 20 21 22 23 desce

FACHADA 04

sobe

+4,31

H: 110 cm

12

11 10 09 08 07

H: 110 cm

CIRCULAÇÃO Á: 12,0 m²

CORTE 01

+4,31

ÁREA TÉCNICA DE APÓIO AO PALCO Á: 35,0 m²

11

TROCADOR

1

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

TROCADOR

2

MEZANINO DEPÓSITO DO CAFÉ/ LIVRARIA 141516 17 Á: 13,5 m² 13 18 23 19 +4,31 222120

+8,45

informação dos andares

3

1

11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

informação dos andares

1

1

12

13

impressora de recorte

adesivo e lona

3d

1

6

COMUNICAÇÃO VISUAL Á: 30,0 m²

impressora digital

+4,31

2

6

tela interativa

SALA DE IMPRESSÃO 3D Á: 20,0 m²

25

1

22

CORTE 02

21 H: 110 cm

FACHADA 02

20

FACHADA 04

20

22

TROCADOR

22

H: 110 cm

CORTE 03

20

FACHADA 03

H: 110 cm

18

01 02 03 04 05 06 07 08 22 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23desce

CORTE 02

CORTE 02

19

PLANTA DE COBERTURA ESCALA 1: 250

CENTRO CULTURAL

PLANTA BAIXA DO 2º, 3º, 4º e 5º ANDAR / PLANTA DE COBERTURA TABELA DE ESQUADRIAS

25


Escala gráfica 0

desce

sobe

2

4

8

16m

PLANTA BAIXA DO SUBSOLO ESCALA 1: 250

PORTAS Sigla Dimensão (cm) 3

60 / 210

6

200 / 350

Material Madeira Aço e fibra de lã cerâmica

Tipo 1 folha (de giro) 2 folhas (de giro)

LAJE PROTENDIDA

METALON (3 CM) ESTACIONAMENTO (140 vagas) Á: 3.600,0 m²

CORTE 02

carga e descarga

-4,14

-4,14 CIRCULAÇÃO Á: 56,0 m²

3

6

6

CISTERNA Á: 15,0 m²

sobe

CORTE 03

FOLHA DE FREIJÓ (5 CM)

RECEPÇÃO Á: 60,0 m²

ESPAÇO DE PROCEDIMENTO DO ACERVO Á: 140,0 m²

3.600 litros

VIGA DE CONCRETO

CORTE 03

3.600 litros

-4,30

TRILHO DE METAL ELEV. DE CARGA Á: 15,0 m²

CORTE 01 2 6

FOSSO DO ELEV. Á: 4,0 m²

ELEV. SERVIÇO Á: 4,0 m²

-4,07 W.C. FEMININO 4 Á: 8,0 m²

CORTE 01

ESQUADRIA DE FREIJÓ

6

LAJE PROTENDIDA

W.C. MASCULINO 4 Á: 8,0 m²

RODA DE METAL

trainel de quadros 6

FOLHA DE VIDRO RIPADO DE FREIJÓ TRILHO ELETRIFICADO DEPÓSITO DO ACERVO Á: 250,0 m²

GERENCIAMENTO DO ACERVO/ ESTOQUE DE MATERIAL Á: 250,0 m²

VIGA DE MADEIRA SPOT DE LUZ

DETALHAMENTO TRILHO DE LUZ

DETALHAMENTO JANELA COM RIPADO

ESCALA 1: 10

ESCALA 1: 10

CORTE 02

-4,14

ENCAIXE DE METAL

CENTRO CULTURAL

PLANTA BAIXA SUBSOLO / TABELA DE ESQUADRIAS DETALHAMENTOS

35


MADEIRA LISA FREIJÓ

FACHADA 01

FACHADA 02

ESCALA 1: 250

ESCALA 1: 250

MADEIRA RIPADA FREIJÓ

QUARTZO KALARARI APICUADO

GRANITO SÃO GABRIEL

VIDRO

03

ACM BRANCO

FACHADA 03

FACHADA 04

ESCALA 1: 250

ESCALA 1: 250

JARDIM VERTICAL (SAMAMBAIAS)

CENTRO CULTURAL

FACHADAS / MATERIAIS DAS FACHADAS

45


+16,73

BIBLIOTECA

CORTE HUMANIZADO 01

SALA

SALA

SALA

SALA

SALA

SALA

+12,59

+8,45

SALA

SALA MEZANINO DO DEPOSITO LOJA 01

ESCALA 1: 250

+4,31

CIRC.

ÁREA TÉCNICA DO AR CONDICIONADO

+20,17

DEPÓSITO DO ACERVO

LAJE IMPERMEABILIZADA

CIRC.

+12,59

+0,17 DEPOSITO

HALL DE ENTRADA / LOJA 01

+16,73

BIBLIOTECA

SALA

ÁREA TÉCNICA +20,17 DO AR CONDI.

+20,17

TELHADO DE FIBROCIEMENTO

- 4,14

SALA DE IMPRESSÃO W.C. W.C. +0,10

SERRALHERIA

CRIC.

RECEPÇÃO DO ACERVO

CORTE HUMANIZADO 02

CASA DE MAQUINAS

CIRC.

LOJA 01

LAJE IMPERMEABILIZADA

ESCALA 1: 250

APOIO AO

LAJE IMPERMEABILIZADA

SALA

CIRC.

+8,45 TERRAÇO

TERRAÇO DE EXPOSIÇÕES

DE EXPOSIÇÕES

+4,31 DEPOSITO

LOJA 02

SALA DE IMPRESSÃO

MEZANINO

CIRC. SALA DE ENSAIO RAMPA

+1,17

PINTURA MARCENARIA W.C.

ESTACINAMENTO

RECEPÇÃO

+0,10 RECEPÇÃO

DO FAB LAB ESPAÇO DE PROCEDIMENTO DE ACERVO

+0,17

COPA

CIRC.LAVA.

ELEV.

SALÃO PRINCIPAL

CAMARIM CIRC. CAMARIM

RAMPA

- 3,24 - 4,14

ELEVADOR DE CARGA CISTERNA FOSSO

-5,14

CORTE HUMANIZADO 03 ESCALA 1: 250

CENTRO CULTURAL

CORTES HUMANIZADOS

55


Verde Mata

Verde Litoral

Azul CĂŠu

Vermelho Panela

Rosa CĂŠu

Azul Mar

Coral Moqueca

Ocre Concha


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