Manual Pratico Digital - Projetando para Offset

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MANUAL PRÁTICO DIGITAL: PROJETANDO PARA OFFSET Trabalho de Conclusão de Curso – Design Gráfico Ana Paula da Paixão Almeida Salvador - 2005.2


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2.1.1 Apresentação

Planejar graficamente é uma arte, onde se integram texto, imagem, cor e espaço no intuito de tornar a mensagem mais legível e agradável. Segundo Amaury Fernandes, “Não basta ter talento para criá-lo. Dominar sua industrialização é imprescindível para acelerar os processos e aumentar sua lucratividade” (Produção Gráfica para quem não é produtor gráfico, prefácio), ou seja, quanto mais se conhece os processos, mais liberdade se tem para criar, reduzindo tempo de execução e custos. Essa é a proposta deste manual. Auxiliar na concepção de projetos que serão impressos pelo processo Offset, dando suporte técnico desde o primeiro momento até o produto final impresso, mostrando, assim, como pensar em formato, em papel, na sua gramatura, nas cores, nos possíveis acabamentos, no que é necessário para a realização de um orçamento, como preparar o arquivo para ser encaminhado à gráfica, etc. Enfim, um resumo dos conhecimentos básicos que se precisa saber para trabalhar com impressos. Consta também explicação sobre cada etapa: criação, pré-impressão, impressão e acabamento e ainda dicas em todos os processos; uma explicação sobre Offset digital; passo a passo para fechamento de arquivo; um glossário para consulta de possíveis termos desconhecidos e indicações de links interessantes. A impressão Offset origina da evolução do sistema de impressão Litográfica, que foi "inventada" por Alois Senefelder no ano de 1798, na cidade de Munique, Alemanha. O Offset (expressão que vem do inglês set off, que significa “a transferência de tinta de uma página para outra”) ou impressão indireta é o processo pelo qual a imagem é gravada fotomecanicamente em uma chapa flexível de zinco ou alumínio; depois, é transferida para um cilindro de borracha; e em seguida, para uma folha de papel. Versátil, esse sistema tem alta qualidade de impressão e permite trabalhar em vários formatos, em preto-e-branco e em cores, utilizando tanto impressoras planas quanto rotativas. Para executá-lo com sucesso, deve-se tomar alguns cuidados, desde o momento da concepção do projeto.


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2.1.2 Criação

Para criar é necessário que haja uma demanda de projeto, bem como um briefing, conjunto de informações básicas para início do trabalho de criação. Deve ser feita uma lista de solicitações, expectativas e limitações do cliente, como por exemplo: qual a intenção do impresso? Quem é o público? O que deve conter o produto? Como as pessoas vão receber o produto? Qual a disponibilidade de verba para execução do impresso? Enfim, quanto mais informações conseguir obter, mais facilmente se desenvolverá o projeto. Depois de analisadas essas informações é o momento de transformá-las em linguagem gráfica. Mesmo com toda tecnologia, o ideal é que primeiro se utilize o papel para esboçar, isso dará mais possibilidades para o criador, sem que este fique limitado às ferramentas dos programas. Paralelo a isso, deve-se começar a colocar em prática o conceito elaborado para o projeto, pensando no papel, nas imagens e seus efeitos, nas cores e em tudo que envolver a execução do trabalho. Conhecendo os processos de produção gráfica, o orçamento do cliente será melhor aproveitado, driblando os custos com profissionalismo e escolhendo um formato econômico, por exemplo. Dica 01: “Para que um todo, dividido em partes desiguais, pareça harmonioso, é preciso que exista, entre a parte pequena e a maior, a mesma relação que entre a grande e o todo”. (Planejamento Visual Gráfico, 1985, APUD Média e Extrema Razão, Relação ou Seção Áurea – Euclides)

A escolha do formato

Com base no briefing do cliente, será escolhido o formato que for mais adequado. Mas, tecnicamente existem formatos que desperdiçam menos papel e, por isso, tornam-se mais baratos. As folhas inteiras mais comuns têm o formato 66x96 cm; a partir delas vão sendo formados os planos de impressão. Quanto mais layouts couberem no plano, menos folhas serão impressas, conseqüentemente o material sairá mais em conta. Por isso, os formatos 10x15 cm, 15x21 cm, A4, A3 e assim por diante são formatos econômicos. O formato deve ser sempre um submúltiplo do formato base, ou seja, dobrando essa folha são obtidas 2 meia folhas, dobrando-a mais uma vez, são obtidas 4 folhas de ¼ de folha. Agindo assim, sempre será obtido o melhor aproveitamento do papel.


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Tabela com os formatos das normas DIN (Instituto de Normalização da Indústria Alemã)

AO = 841x1189 mm A1 = 594x841 mm A2 = 420x594 mm A3 = 297x420 mm A4 = 210x297 mm A5 = 148x210 mm A6 = 105x148 mm

Deve-se sempre descontar primeiro o espaço reservado para a pinça da máquina, o local onde a pinça da máquina puxará o papel e o das marcas de impressão das linhas de corte, dobra e registro. Em média 2 cm em cada lado.

Dica 02: Sempre consulte a gráfica para verificar quais formatos ela utiliza.

É importante abordar a escolha do formato também nos envelopes. Por existirem padrões já fabricados, é interessante saber quais são eles, para evitar gastos desnecessários com faca de


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corte, caso precise-se de um formato especial. Portanto, recomenda-se consultar sempre uma gráfica ou fornecedores para obter essas informações, isso tornará o orçamento mais acessível. Para conhecer alguns formatos, são indicados esses links: www.finepapers.com.br, www.arjowiggins.com.br, www.ripasa.com, www.paperexpress.com.br, www.suzano.com.br, www.paperby.com.br. Contudo, se a necessidade é produzir um envelope com um formato fora do padrão ou com uma dobra não convencional, é preciso fazer a faca de corte*. É necessário seu desenho para fazer o orçamento. * mais informações em “acabamentos”. •

A escolha do Papel

A escolha do papel não deve ser feita apenas com base na questão conceitual. Deve-se levar em consideração a quantidade de cores que será utilizada no layout, pois não é tão simples imprimir. Por exemplo, um material 4x4 (4 cores na frente e 4 cores no verso) num papel com gramatura de 75 gr, a depender da qualidade da gráfica pode ficar “enrugado”. Deve-se considerar também a cor do papel, pois há influência direta na qualidade das imagens impressas; o tipo de acabamento que ele sofrerá e até mesmo o prazo, pois existem papéis, como os fosco, que demoram mais do que os lisos na secagem, devido à sua porosidade superficial, influenciando, assim, na entrega do material. Há ainda a questão da usabilidade, pois existem papéis, como o couché liso, que não são adequados para a escrita. É muito importante também ter cuidado com a gramatura, que pode estragar o resultado final do projeto, se não for bem escolhida. Quando a gramatura é acima de 230gr, a fibra do papel é “quebrada” ao ser dobrada e acaba influenciando no acabamento. Existe uma infinidade de tipos de papéis, os mais comuns são o jornal, apergaminhado, offset, vegetal, couché (fosco ou liso), mas também existem os especiais como os apresentados pela Iox, Suzano, Color Plus, dentre outros. Em seus respectivos sites obtêm-se mais informações, podendo até, em alguns, adquirir mostruários gratuitos. Dica 03: No caso da escolha de um papel especial é de fundamental importância que haja prazo, pois esses papéis são são pedidos conforme a demanda e podem levar alguns dias para chegarem do fornecedor.

A escolha das Cores


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As cores utilizadas no processo Offset são o Cian, Magenta, Amarelo e Preto, que dão origem a um termo muito utilizado no meio gráfico: CMYK. Quando selecionamos uma cor para determinado elemento gráfico, na paleta de cores do Corel Draw, por exemplo, podemos notar que ela é formada por porcentagens de CMYK, não tendo obrigação de conter as quatro cores. Um “vermelho”, por exemplo, pode ser formado por 100% de Magenta + 100% de Amarelo ou 10% de Cian + 100% de Magenta + 95% de Amarelo. Essas combinações são infinitas. O que se quer explicar é que tudo criado nos programas é formado por essas combinações. É através delas que são formadas as milhares de cores que vemos nos impressos. A impressão de uma foto é um exemplo bem claro disso. Seguem 2 exemplos que demonstram como essas cores são separadas para dar origem a cada fotolito:


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No processo Offset, a quantidade de cor é uma das responsáveis pela variação do orçamento. Por isso, deve-se analisar a necessidade de cada projeto ao ser impresso em uma, duas, três ou quatro cores. Um projeto com apenas uma cor será mais barato do que um de duas cores, considerando as mesmas características de formato, quantidade e papel, e assim sucessivamente. Além dessas quatro cores, existe outra escala chamada Pantone, que são cores conhecidas como “especiais”, ou seja, não são formadas por combinações na impressão. Essas cores podem ser escolhidas através de uma “escala pantone”, onde é possível visualizar o resultado final da impressão tanto para papéis macroporosos (offset) quanto microporosos (papéis com superfície com tratamento couché). São representados, respectivamente, pelas letras “U” e “C”, mostrando que a mesma cor tem resultados diferentes ao ser impressa em papéis distintos. As cores prata e dourada, por exemplo, são cores pantone, ou seja, não são geradas com a mistura do Cian, Magenta, Amarelo e Preto (CMYK), e sim compradas já prontas.

Escala Pantone

Dica 04: Confira sempre com o gráfico se a quantidade de tinta criada será suficiente para impressão de todo material, pois caso acabe, será necessário fazê-la novamente e há o risco de haver uma variação entre as cores.

Dica 05: Não é recomendável retícula com menos de 5%.

As máquinas Offset mais comuns podem ter um, dois, três ou quatro castelos de impressão (parte da máquina onde ficam as tintas ou verniz). Mas, já existem hoje equipamentos com até 12 castelos.


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A máquina monocolor, como o nome já diz, imprime uma cor por vez. Ou seja, se o material tiver três cores, o papel entrará na máquina três vezes. Se esse mesmo arquivo for impresso numa bicolor, o papel entrará na máquina duas vezes e assim sucessivamente. O mais importante na escolha das cores para um impresso é analisar o briefing e adequar a quantidade de cores ao perfil do trabalho e seu orçamento.

Máquina de 4 Cores

Máquina de 2 Cores

Dica 06: Quando combinar cores, evite, na medida do possível, Cian chapado (100%) mais Magenta com percentagem acima de 30% para superfícies extensas, pois podem ocorrer imperfeições na distribuição da carga de tinta e, assim, gerar manchas.

Dica 07: Ao usar num layout 100% de Preto, é conveniente calçá-lo, ou seja, usar mais uma cor na mistura. Nesse caso, com pelo menos 30% de Cian. Isso garantirá uma cobertura mais uniforme do preto, evitando manchas.

Dica 08: Quando utilizar cores chapadas escuras é recomendável que se aplique algum acabamento de proteção, como verniz, plastificação ou laminação.

Dica 09: Evite usar composição com mais de duas cores para imprimir fontes com corpo (tamanho da fonte) pequeno e/ou fino, pois facilmente pode ficar fora de registro, aparecendo aquelas “sombras” desagradáveis.

Escolha dos Acabamentos

Todos os materiais gráficos são submetidos a pelo menos um acabamento, que é o refile. Mas, existem diversos tipos que darão charme ou proteção ao material, no caso de uma


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plastificação ou verniz, por exemplo, que protegem da umidade e de marcas de digitais com o manuseio. O acabamento vai variar muito a depender da peça criada. Um dos maiores cuidados deve ser tomado com relação à dobra, por ser um dos mais utilizados. No menu “acabamento” existem mais informações sobre cada um deles. O ideal é usar o acabamento de forma consciente, dando algum sentido para ele, seja estético ou funcional.

Dica 10: É recomendável evitar dobras sobre áreas que receberam cores escuras ou imagens, pois dificilmente, após a dobra, as fibras do papel não serão reveladas, provocando um aspecto desagradável de “quebrados” brancos.

Dica 11: Deve-se evitar também que textos passem pela dobra, pois irá dificultar a leitura. O espaço ideal entre a dobra e a coluna de texto é de no mínimo 0,5 cm.

Dica 12: E ainda deve-se evitar que aplicação de verniz UV também não fique na dobra, pois o verniz não é flexível e quebra com a dobra.

A escolha das Fontes

A escolha da fonte é muito importante para a concepção da um trabalho gráfico. Mas, existem alguns cuidados que devem ser considerados nessa escolha. As fontes True Types, aquelas compradas em banca de revista, por exemplo, podem gerar problemas, caso não tenha um bom gerenciamento. Se possível, é recomendável evitá-las ou usá-las com moderação. O ideal é que elas não sejam convertidas em curva, como é comum, pois essa ação tem como resultado a formação de muitos nóis na fonte, perdendo suas características originais. Recomenda-se que sejam anexadas ao arquivo que será enviado para a gráfica, caso o arquivo não seja entregue fechado.

Dica 13: Devem-se evitar fontes menores que 04 pontos, pois podem ficar saturadas de tinta quando impressas.


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Dica 14: Fontes em Preto devem estar em uma só cor, não em policromia.

Dica 15: Cuidado com texto com mais de duas cores.

Dica 16: Sempre que houver a necessidade de vazar um texto, ou seja, colocar letras claras sobre fundo escuro, evite o uso de fontes light, “finas”, pois a tendência é que na impressão as fontes sejam comprimidas. Assim,você estará evitando que sua fonte seja entupida e não gere leitura.

Dica 17: Confira sempre o arquivo depois de converter as fontes em curva, pois existem algumas que dão erro e podem estragar todo o layout.

Dica 18: “Overprint” é uma técnica usada onde um elemento ou uma cor é impressa sobre as outras sem a indesejada alteração de tonalidade. Serve para evitar aquelas sombras, caso haja falha de registro.

A escolha das Imagens

Existem basicamente dois tipos de imagens: as vetoriais e as bitmap. A resolução de uma imagem é a medida de seus detalhes que um dispositivo pode capturar ou reproduzir. O pixel é a abreviatura para “picture element” (elemento de uma imagem). É o menor elemento de uma imagem digital e contém informações acerca da luminosidade e cor. Quanto mais pixels uma imagem tiver, melhor é a sua resolução e qualidade. DPI é a abreviatura de “dots per inch” (pontos por polegada). É usada como unidade de medida na impressão para descrever a resolução geométrica de uma imagem. Quanto mais elevado é o DPI, melhor é a resolução da imagem e a sua qualidade. Trabalhando na área da pré-impressão, precisa-se compreender as vantagens e desvantagens dos dois tipos de imagem. Em geral, as imagens digitalizadas são bitmap, enquanto desenhos feitos em aplicações como o Corel Draw ou o Illustrator são gravadas como desenhos vetoriais. Mas, é possível converter imagens entre os dois tipos de dados e também é possível misturá-los num único arquivo. Um dos problemas mais freqüentes com imagem para impressão é provocado por deficiências na resolução de entrada. Deve-se ter muito cuidado, pois uma vez capturada ou produzida em uma definição baixa é praticamente impossível alterar para cima essa resolução, causando problemas em todo o restante do processo de reprodução. Características das imagens vetoriais: os desenhos vetoriais são arquivos leves porque apenas contêm informação das curvas bezier que formam o desenho. Podem ser


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redimensionados sem qualquer perda de qualidade. Estes arquivos tornam-se, assim, ideais para a execução de marcas, mapas ou objetos que têm de ser redimensionados com muita freqüência. Dica 19: Cuidado com o uso de tile (pequenos objetos que se repetem dezenas ou centenas de vezes) e efeitos de lentes do Corel Draw, pois podem tornar os arquivos muito complexos, podendo dar erro na saída do trabalho.

Dica 20: Cuidado com as espessuras das linhas nos programas vetoriais, elas não podem estar como míninas.

Aplicações de imagem vetorial: existem no mercado centenas de aplicações que são usadas para criar ou modificar informação vetorial. Em pré-impressão, o Adobe Illustrator, o Corel Draw e o Macromedia Freehand são os mais populares. As imagens bitmap (mapa de bits) são tal como o nome indica, uma coleção de bits que formam uma imagem. Esta consiste numa matriz de pontos individuais (ou pixels) em que cada um tem a sua própria cor (descrita usando bits, a menor unidade de informação para um computador). Características dos dados bitmap: podem conter muita informação. Mas, a imagem ampliada mostra sua principal desvantagem: se for muito ampliada, perde a naturalidade e a sua definição. Reduzindo a imagem demais, também terá má influência, pois perderá nitidez. São simples de interpretar sempre que o RIP da impressora ou filmadora tenha memória suficiente. Aplicações de imagens bitmap: existem centenas de aplicações no mercado que permitem a criação e a alteração de imagens bitmap. Na pré-impressão, a aplicação Adobe PhotoShop domina completamente o mercado. Mas, existem outros programas como o Corel Paint. O ideal é que no final elas estejam com resolução de 300 DPI e em CMYK. Dica 21: Evite usar efeitos gerados em programas vetoriais, como lentes, efeito de degradê, dentre outros. Lembre-se: imagens devem ser tratadas em programas para imagem. O Photoshop é o mais usado e super bem aceito.

Orçamento


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É interessante que se tenha uma lista das gráficas existentes na cidade de atuação com seus serviços e porte, para que na hora da necessidade de um orçamento já se tenha uma base de por onde começar a orçar. Na hora de pedir o orçamento, é importante que já se tenha os dados do arquivo anotados. •

O formato: é necessário especificar as dimensões do impresso. Caso ele possua dobras,

deve-se dizer quantas são e especificar a dimensão dele aberto e fechado. Exemplo: um folder possui o formato fechado de 10x30 cm, com uma dobra no meio. O formato fechado é 10x30 cm e o aberto é 20x30. •

Número de lâminas ou de páginas: existe uma confusão em relação à terminologia empregada para designar folhas, páginas e lâminas. Uma folha é uma folha de papel, tem sua frente e seu verso; já a página refere-se a uma das faces do papel e a lâmina é uma forma de especificação de um produto gráfico. Exemplo: um livreto com 16 páginas possui 4 lâminas. Ou seja, cada lâmina representa 4 páginas.

Quantidade de cores: informe o número de cores utilizado tanto na frente quanto no verso, caso o tenha. Geralmente, fala-se em 1x1 (um por um) ou 4x1 (quatro por um), por exemplo. No primeiro caso, quer dizer que será impresso uma cor na frente e uma no verso, e no segundo, quatro cores na frente e uma no verso.

Tiragem: especifique a quantidade. E lembre-se: no processo Offset há uma economia na escala, ou seja, quanto maior a quantidade, menor o preço unitário.

Acabamento: especifique o acabamento. Se possível já vá orçar o material com uma boneca, pois às vezes, as gráficas precisam ver o layout para poder calcular. Isso ocorre muito com envelope, pois a depender do layout não é possível rodá-lo fechado, tendo, assim, que rodá-lo aberto e fazer faca de corte, o que encarece o orçamento.

Papel: este também já deve estar estabelecido, assim como sua gramatura. Existem empresas de papéis especiais que disponibilizam seus mostruários, é só fazer o pedido pelo site que elas entregam em domicílio. O orçamento deve ser feito em pelo menos três gráficas e considerando-se além do

preço, a comparação de qualidade, atendimento e prazo.


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2.1.3 Pré-Impressão

É a etapa no qual se deve deixar o arquivo pronto para gerar o fotolito. O ideal é entrar em contato com a gráfica que irá imprimir o material para saber como ela gostaria de receber o arquivo, pois pode variar um pouco de uma para outra. Existem duas formas de encaminhar esse arquivo: fechado ou aberto. O arquivo aberto é aquele onde as informações são possíveis de serem manipuladas, mas também corrigidas, caso seja detectado algum erro. Estes arquivos podem estar no formato dos programas mais conhecidos no mercado como: Corel Draw, Ilustrater, Page Maker ou QuarkXpress. Já o arquivo fechado não pode ser manipulado pela gráfica, pois está num formato em que só é possível a sua visualização. Constam algumas instruções para se fechar arquivo no menu “fechamento de arquivo”. Existem informações que são fundamentais na hora de finalizar um arquivo, são elas: •

Fonte

A fonte deve ser anexada junto ao arquivo que será encaminhado à gráfica, caso este não seja enviado fechado. •

Cor

As escalas de cores utilizadas no mundo gráfico são a CMYK e a Pantone. Nada pode estar em RGB, pois essas são cores de visualização do monitor. O que deve ser levado em consideração é o fato de o arquivo ter cor Pantone sem necessidade. Ao se criar uma marca, por exemplo, deve-se definir sua cor nas duas escalas, para que no caso de um impresso quatro cores, não se precise acrescentar mais uma ou duas cores pantone. Ou seja, é possível conseguir, em alguns casos, a mesma cor nas duas escalas. É fundamental saber que as cores visualizadas no monitor são diferentes daquelas que são vistas depois de impressas e que ainda variam de acordo com o tipo da impressora. Isso deve ser esclarecido ao cliente, mesmo realizando provas mais específicas. A fidelidade de cor é o maior desafio das empresas de equipamentos para a indústria gráfica, pois os maiores problemas encontrados nas gráficas envolvem cor.


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Dica 22: Para conseguir um fundo preto sem falhas, use 100% de Preto(K), calçado (acrescentando) com 60% de Cian (C), assim o chapado tenderá a ficar brilhante.

Dica 23: A soma de todas as cores sobrepostas (C+M+Y+K) não deve ultrapassar os 320%, a fim de não comprometer a secagem do impresso, pois o papel não suporta tanta tinta sobreposta.

Linhas de Corte e Dobra

Devem constar indicações de onde o impresso deverá ser cortado e dobrado para que fique do tamanho desejado. As linhas de corte são representadas por linhas contínuas e as de dobra, por linhas pontilhadas. Essas linhas são fundamentais para a finalização do arquivo. •

Margem

Os trabalhos gráficos são impressos em folhas de papel que posteriormente são manuseadas, dobradas, cortadas, etc. Como podem ocorrer variações de deslocamento do impresso, é necessário deixar uma margem de segurança, para que elementos gráficos não sejam degolados. A norma gráfica orienta que deve existir uma área entre o final do elemento gráfico e o corte de no mínimo de 0,5 cm. •

Sangra

Esse termo é usado quando o grafismo supera o formato final do papel. Esse arquivo deve ser finalizado deixando passar uma sobra de, em média, 0,3 cm da imagem. Isso serve para evitar que filetes brancos apareçam na margem do impresso. •

Prova

No dicionário Aurélio, prova significa: “aquilo que atesta a veracidade ou a autenticidade de alguma coisa; demonstração evidente”. Uma prova para a indústria gráfica, independente do sistema ou tecnologia utilizada, só tem sentido se tiver uma correspondência direta com o resultado final do impresso - tanto no que diz respeito às cores quanto à integralidade dos dados do arquivo. As provas em artes gráficas, além de serem um precioso guia para os impressores, servem para nos certificar de que o que se encontra no arquivo digital é exatamente o que se encontra na prova. Será reproduzido o que se vê. Há no mercado, hoje, uma infinidade de tipos de provas. As provas


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mais comuns são: cromalin e prelo. Os resultados das provas de cromalin são bons, porém muitos brilhosos e possuem um aspecto voltado para impressos que terão o mesmo brilho no final. Pois, apesar de ser feito a partir do fotolito, o processo apresenta algumas distorções em relação à reprodução das cores. Já a prova de prelo é sempre a que mais se aproxima do resultado final na produção. É mais cara, mas a depender do cliente vale o investimento. Pois, para ser produzida é necessário que já se tenha os fotolitos, que serão copiados em chapas especiais (as mesmas utilizadas no sistema de impressão Offset). Precisa-se também de um equipamento chamado PRELO, que reproduz as características de impressão Offset, mas produz uma pequena tiragem de impressos, de forma artesanal, cor por cor. •

Caderno

Quando um impresso tem muitas páginas, é natural que as lâminas centrais saiam das linhas de corte. É preciso pensar nesse desnível e evitar deixar margens, tarjas, números de páginas ou textos muito próximos das laterais, para que não sejam degolados no refile. •

Boneca

Chama-se boneca o modelo que será apresentado ao cliente. Nele, poderão ser conferidos se todos os elementos estão dispostos corretamente e tirar possíveis dúvidas no layout. Esse exemplar deve ser o mais parecido possível com o projeto final. O papel, as cores, formato, dobras, todos os detalhes devem ser analisados antes de mandar o arquivo para a gráfica. Ele serve não apenas para o cliente, mas para quem está criando a peça. Para testes de imagens que têm que se casar, por exemplo. Ou arquivos com mais de uma dobra, para que nada saia de cabeça para baixo ou desalinhado. E o mais importante, na confecção de livros ou material do gênero, onde terão que ser montados os cadernos. E antes disso, é preciso definir o dorso, para saber o formato da capa aberta. É muito comum nas gráficas essas provas serem assinadas pelo cliente, certificando de que ele está de acordo com tudo o que está no arquivo, para evitar problemas. •

Check List

Esse é uma espécie de formulário, que serve de conferência para os arquivos, antes de serem encaminhados à gráfica. É muito importante, pois um pequeno erro pode gerar um prejuízo muito grande ao cliente e ao profissional.


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Depois de ter feito o check list, leva-se para a gráfica o arquivo acompanhado da prova, da boneca e o orçamento. É importante que se deixe o nome e possíveis telefones e e-mail d responsável para contato, mesmo que este faça o acompanhamento pessoalmente. Pois, a gráfica pode precisar tirar alguma dúvida ou informar algum imprevisto.

2.1.4 Impressão

Ato de imprimir, setor da indústria gráfica responsável direto pela reprodução das imagens sobre os suportes de impressão: •

A escolha da Gráfica

A escolha da gráfica que irá imprimir o trabalho deverá levar em consideração a tiragem planejada. Pequenas tiragens, pequenas gráficas. Tiragens medianas, gráficas medianas. Grandes tiragens, grandes gráficas. O ideal é que se tenha uma relação de parceria com, no mínimo, três empresas de cada porte. Assim, o risco de ficar sem fornecedor é bastante reduzido. Uma lembrança: relação de parceria é aquela que é boa para ambos: nem a gráfica pode aplicar um "balão", tal como não entregar no prazo acordado um trabalho sem uma boa justificativa, muito menos deve-se concordar em pôr pressão sobre o fornecedor para obter o trabalho em um prazo "maluco" para satisfazer alguma vontade do cliente. Muitas vezes os clientes atrasam a aprovação do layout ou das provas e, depois, ficam pressionando para "recuperar" o atraso que eles causaram. Essa relação é delicada e é preciso deixar todos os detalhes bem esclarecidos para não haver problemas. •

Caminho percorrido na gráfica

(1) Fotolito Quando o conjunto das artes-finais está pronto é hora de gerar o fotolito, filme onde são transmitidas as imagens que serão impressas, o que caracteriza o processo Offset convencional. Nesse processo, para cada cor (CMYK) será revelado um filme.


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Essa revelação é feita através de equipamentos como este, que recebe as informações do computador, cujos arquivos são enviados já com separação das cores.

Equipamento que revela o Fotolito

(2) Chapa Depois, os fotolitos são gravados em chapas metálicas que entrarão na máquina para retransmitir as informações para a blanqueta, para daí sim imprimir no suporte, o papel, por exemplo. Essas chapas são sensíveis à luz e são reveladas num processo parecido com o fotográfico. O fotolito é colocado em cima da chapa e fixada com uma determinada fita, depois é levada a um equipamento onde é exposto à luz. Após isso, ela é encaminhada para uma outra máquina que a revelará ou, então, poderá ser revelada manualmente, nos dois casos utilizando de produtos químicos.


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Equipamento que expões a chapa à luz.

Equipamento que revela a chapa.

Chapa revelada, pronta para entrar na máquina.

(3) Máquina Existem as máquinas Offset plana e rotativa. Ambos os equipamentos utilizam o método onde a imagem é obtida pela transferência indireta da tinta para o suporte, ou seja, a matriz não entra em contato direto com o papel. Esse sistema de impressão é baseado na repelência de tinta e água. A transferência da imagem original para a matriz é feita através do fotolito. Após a exposição do fotolito, a chapa de impressão é revelada, e nela obtêm-se duas superfícies diferentes: a imagem, que conterá a tinta, e a contra camada, que deixará o suporte (papel) à mostra. Primeiro, a máquina de impressão aplica uma camada de água sobre toda a chapa. Em seguida, os rolos de tintagem espalham a tinta sobre a mesma. As áreas de imagem recebem a tinta, e as partes que não têm imagem a repelem, pois a tinta, gordurosa, não se mistura à água. Com a chapa entitada, entra em ação um cilindro revestido com uma capa de borracha chamada de blanqueta ou couchu, que é impressa pela chapa entidada. A imagem transferida para a blanqueta é então transferida para o papel. A máquina de impressão plana é alimentada através de papéis empilhados. Assim, o papel é recolhido por pinças pelo cilindro de impressão. Junto a ele, roda o cilindro da blanqueta, fazendo com que a imagem seja transferida para o papel.


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Nas máquinas rotativas, a cada giro dos cilindros é rodada uma medida de papel, que formará os cadernos, chamada cutof. Três dobras no cutof formam um caderno de 16 páginas. O acerto nessas máquinas se dá após a máquina atingir a velocidade de 25.000 l p/h. A tintagem da chapa é feita no sentido perpendicular ao eixo do cinlindro, assim como na plana. O que muda da rotativa para a plana:

Sistema de Alimentação – Rotativa

Máquina Offset Rotativa


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Sistema de Alimentação – Plana

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Acabamento

Por acabamento entende-se um conjunto de processos que seguem a impressão e que dão ao impresso a sua apresentação definitiva; podendo ser apenas um refile ou conter dobras, facas especiais, verniz localizado, etc. •

Refile

O refile é realizado depois de o impresso estar completamente seco. Será o primeiro acabamento, caso o material não seja plastificado. Se os cortes forem retos, são realizados em guilhotinas, que podem ser manuais ou eletrônicas. É utilizado para retirar as margens e marcas de impressão; em lâminas soltas, para separar as unidades; em impressos paginados, para “abrir” os cadernos após eles serem formados pela dobradura da folha inteira, para definir o formato do impresso final.

Dobra

Como já diz o nome, é o acabamento que irá dobrar o impresso. Uma, duas, três ou tantas vezes exigir o impresso. Essa etapa pode ser realizada manualmente ou em máquinas, vai


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depender das características da gráfica, ou do próprio material, que às vezes necessita que seja sobrado à mão. Contudo, há um número máximo recomendável devido à sua gramatura. Quanto mais baixa, maior o número de dobras. •

Abaixo de 100 - não há grandes restrições;

100 – 4 dobras cruzadas ou 4 dobras paralelas, ou ainda 5 dobras paralelas sanfonadas;

120 – 3 dobras cruzadas ou 3 dobras paralelas, ou ainda 4 dobras sanfonadas;

170 – 2 dobras cruzadas ou 2 dobras paralelas ou ainda 3 dobras paralelas sanfonadas;

300 – Apenas uma.

Máquina de Dobra

Corte e Vinco

Chama-se de corte especial àquele que não é reto, ou seja, que não pode ser cortado na guilhotina. Peças redondas ou vazadas são exemplos de cortes que precisarão de faca especial, peça feita de madeira e lâminas afiadas, que se encaixam na máquina, sendo pressionadas folha por folha, para que sejam cortadas. Essa faca pode ser também para vincar, ou seja, marcar um determinado local que precisará ser dobrado. O principio é o mesmo, só que as lâminas não são cortantes, ou seja, não cortam, apenas marcam. Podem existir na mesma faca corte e vinco. Os materiais que precisam desse tipo de acabamento ficam com o orçamento mais caro, pois há um custo maior na execução, com a produção da faca e com a utilização de mais uma máquina. Mas, uma vez feito o material, a gráfica guarda a peça, pois pode ser reutilizada por diversas vezes, a depender da quantidade, não sendo cobrada no próximo orçamento.


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Exemplo de faca de corte e seu funcionamento.

Exemplo de um material que necessitou de faca de corte e vinco.

Enfim, ao pensar em formato diferente, furos, dobra em papel com alta gramatura, tem que se pensar na realização dessa faca, que deve ser desenhada pelo criador do projeto e mandada para a gráfica, já na hora do orçamento. •

Encadernação

Aplicado a qualquer operação que resulte na união de páginas de uma publicação. Existem cinco tipos: (1) Canoa Forma simples e barata de brochura. Método típico de revista, onde folhas são dobradas formando as páginas e grampeadas no meio, no sentido da lombada.


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(2) Lombada (hot melt) Lado das brochuras, dos livros, das revistas, onde fica a costura, colagem ou grampo. Dá uma impressão mais sofisticada às publicações. Nesse caso, as folhas não formam cadernos, são soltas. Sendo indicada para volumes entre 40 e 200 páginas. (3) Com Costura e Cola Nesse processo, os cadernos são costurados e só depois são colados. Sendo, assim, mais resistentes e de custo maior. Indicado para publicações com mais de 200 páginas. (4) Com Tela Processo mais resistente e caro, dentre todos. Pois, além da costura e da cola, é envolvida com uma tela que dá mais firmeza à publicação. Geralmente os dicionários, as Bíblias e edições de luxo utilizam esse método.

(5) Mecânica É o caso de aspirais, garra dupla, etc. Dica 24: No caso de aspirais ou acabamentos semelhantes, é necessário prever uma margem interna maior no layout, para que não sejam perfuradas informações e imagens indesejavelmente, por exemplo.

Plastificação

Esse é um dos acabamentos muito utilizados. Tem função de aumentar a durabilidade do material. É realizado em máquinas que através do calor e pressão aplicam uma camada de polietileno sobre o impresso. Materiais que passam por esse processo só serão refilados depois.


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Equipamento de Plastificação

Existem dois tipos: •

Plastificação brilhante: utilizada em cartazes, revestimento de livros e embalagens. Não permite colagem, por isso nas áreas de cola deverá ter reserva (área sem plástico). Para revestimento de livros, recomenda-se aplicar plastificação com 30 micra de espessura. Papéis com gramatura inferior a 180gr/m2 enrugam ao plastificar. Quando a plastificação for para revestimento de livros pode ser em 150gr/m2.

Plastificação fosca: utilizada também em cartazes, revestimentos de livros e embalagens. Também não permite colagem, por isso nas áreas de cola deverá ter reserva. Pode ser aplicado verniz UV com reserva sobre a plastificação fosca.

Dica 25: A plastificação não é recomendável no caso do uso de tintas metálicas no impresso e de papéis ásperos com grandes chapados.

Laminação

Perecido com a Plastificação, porém com maior aderência. A laminação fosca vem sendo muito utilizada, pois proporciona um ar discreto, refinado. Mas tem que se ter consciência de que diminuirá a vivacidade das cores e pode prejudicar na definição de elementos muitos pequenos. •

Laminação BOPP alto brilho: mais liso e uniforme que a plastificação. Toda laminação tem 30 micra de espessura. As características são as mesmas da plastificação para colagem. A gramatura mínima do papel deve ser de 120gr/m2;

Laminação BOPP fosca: mais liso e uniforme que a plastificação. Toda laminação tem 30 micra de espessura. As características são as mesmas da plastificação para colagem. A gramatura mínima do papel deve ser de 120gr/m2.


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Verniz

É um acabamento de requinte, sofisticação. Que valoriza o layout, pois evidencia cores e proporciona brilho. Pode ser aplicado em toda a superfície (Verniz total) ou em determinadas localidades do impresso (Verniz localizado ou de reserva), dando um efeito de bom gosto. Ainda pode ser Fosco ou Brilho. Deve se ter cuidado com dobras, pois podem quebrar, a depender da gramatura. Dica 26: Ao finalizar um arquivo com verniz localizado, deve-se criar uma página a mais, como se fosse mais uma cor, onde estarão apenas os espaços onde será aplicado o verniz. Ou seja, esse arquivo além de gerar os fotolitos para cada cor (CMYK) constará de mais um.

Relevo

Existem quatro tipos de relevo, são eles: •

Relevo timbrado: utilizado para convites de casamento, cartões de visita e impressos nobres. As matrizes são gravadas a mão por artesão por gravadores, num processo manual, onde ferramentas chamadas buril gravam matrizes de ferro. As letras, de corpos pequenos, são desenhadas manualmente. As matrizes também podem ser gravadas mecanicamente com aplicações de ácido;

Relevo seco: o papel é prensado entre dois moldes. A matriz em baixo relevo e a contramatriz em alto relevo. Não há aplicação de tinta. A matriz pode ser gravada a mão, quando há diferentes alturas do relevo, ou mecanicamente. Pode ser usado clichê de latão.

Baixo relevo: aqui a matriz é feita em alto relevo, portanto, o efeito de relevo é reverso.

Relevo americano: imitações menos nobres do timbrado. Após a aplicação, é aplicado um pó termo iridescente sobre a tinta ainda úmida. O papel passa sob resistências que esquentam o pó; este se dilata e a impressão fica em relevo. •

Hot Stamping

Pode ser chamada também de gravação a quente. Que proporciona um efeito metálico, tipo ouro e prata. Acabamento caro, pois tem que ser impresso em maquinário próprio. Utiliza fitas ou folhas de celofone que são liquefeitas e pressionadas no papel.


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Dica 27: Não é recomendável o uso de hot stamping em elementos muito detalhados ou em letras serifadas em corpos inferiores a nove pontos.

Serrilha

Acabamento que tem a função de produzir itens descartáveis, tipo canhotos, e também para ajudar em dobras de papéis com alta gramatura. São produzidos em equipamentos próprios. •

Picote

É bem parecido com a serrilha, mas não tem função de ajudar na dobra. São pequenos furos lado a lado que formam uma linha. Também realizado em máquina própria. •

Efeitos Especiais

São eles: Tintas Fotocrômicas: tintas que mudam de cor ou cuja pigmentação desaparece quando sofrem ação da luz. Tintas Termocrômicas: tintas que mudam de cor ou cuja pigmentação desaparece quando sofrem ação do calor. Raspadinha: inicialmente usadas apenas para ocultar informações, agora podem ser texturizadas, coloridas e odorizadas. Abra e Cheire: aplicada em papel dobrado; ao desdobrar exala uma fragrância. Fuorescente: pigmentos microencapsulados que absorvem a luz e brilham no escuro.

2.1.6 Offset Digital

O processo Offset está se desenvolvendo a cada dia, e hoje já existe um novo tipo desse processo, que é o “Offset Digital”, o qual dispensa o uso do fotolito. Utiliza-se da tecnologia a laser para gravação das chapas a partir de uma máquina digital chamada platesetter. Conhecido no mercado como CTP (computer-to-plate) ou DTP (direct-to-plate), tem como conceito e objetivo principal eliminar o uso de fotolitos, dispensando os processos de montagem manual.


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Os filmes (fotolitos), antes montados em bases de astralon (página a página, cor a cor), são montados em computadores (PCs ou Macintoshes), a partir de arquivos digitais e com softwares específicos para imposição das páginas. As chapas de polímero possuem base de alumínio com tratamento anodizado. Este tratamento oferece uma melhor aderência da camada de fotopolímero, proporcionando uma maior tiragem e um perfeito equilíbrio entre água e tinta. A emulsão da chapa possui alta sensibilidade ao laser, oferecendo também alta resistência na impressão. •

Armazenamento: semelhante às chapas do processo convencional, não necessitando de ambiente climatizado;

Tiragem: após a exposição e revelação da chapa de polímero é possível obter 200.000 impressões antes de passarem pelo forno. Após o forneamento, pode-se chegar a 1.000.000 de impressões, o que representa uma tiragem muito maior do que a obtida com o processo convencional;

Variações de ponto: a tecnologia de gravação em fotopolímero, em conjunto com a alta definição ótica de uma Platesetter, garante uma definição de ponto de 175 lpi com uma resolução de 2.540 DPI, permitindo a reprodução de pontos que variam de 2% a 99%.

Máquina Offset Digital

Controle digital da “offset digital”

Por ser um processo totalmente eletrônico e informatizado (digital), proporciona as seguintes vantagens: •

redução de custo com a eliminação do uso de fotolito e a diminuição de lixo produzido, o que aponta para uma tecnologia ecologicamente responsável;

menor tempo de produção;


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aumento na qualidade do produto final.

2.1.7 Fechamento de Arquivo

Saber gerar um arquivo fechado é fundamental para uma inevitável migração evolutiva futura. O primeiro passo de uma jornada que, mais dia menos dia, todos os que trabalham com editoração eletrônica terão que fazer, pressionados pelo cada vez mais competitivo mercado gráfico (Ricardo Minouru Horie, Guia Profissional Publish – Fechamento de Arquivo 2005).


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