“Big Brother” para veículos e cargas poderá melhorar a gestão do trânsito Seminário Nacional sobre Sistemas Inteligentes de Transportes discute novos conceitos de Rastreabilidade de Veículos e Cargas para melhorar a gestão da trânsito nas grandes cidades e nas estradas, além da segurança e controle do transporte de carga no País
Um verdadeiro “Big Brother” para veículos e cargas começou a ser montado com o início da implantação, pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), do novo Sistema de Identificação Automática de Veículos (SINIAV). O projeto prevê, até 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, a instalação de chips eletrônicos em veículos, para que possam ser identificados eletronicamente por antenas dispostas nas cidades. Estas antenas irão enviar os dados para centrais de processamento e verificar a situação do veículo analisado. Este sistema será responsável por uma série de vantagens para todos aqueles que constituem o tráfego de veículos das metrópoles brasileiros. Mas o objetivo maior e mais desejado por grande parte dos motoristas é a organização do trânsito nas grandes cidades, que preocupa também as autoridades encarregadas de organizar eventos programados para algumas das principais capitais brasileiras, tais como a Copa do Mundo de 2014, em 12 cidades, e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Paralelamente, as Secretarias de Fazenda Estaduais e a Receita
Federal começaram a colocar em prática, em cadeia nacional, o Sistema de
Identificação,
Rastreamento
e
Autenticação
de
Mercadorias,
denominado Projeto Brasil ID. O sistema utiliza um conjunto de soluções tecnológicas padronizadas para reduzir os riscos associados à fabricação e à logística de transporte de mercadorias que circulam pelo país. Coordenado
pelo
Encontro
Nacional
dos
Administradores
Tributários (ENCAT) e pelo Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do FINEP, o Brasil-ID incorpora os conceitos dos Documentos Fiscais Eletrônicos, como a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e o Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (MDF-e). O sistema é baseado na tecnologia de Identificação por
Radiofrequência
(RFID)
e
em
tecnologias
associadas
de
telecomunicação, definindo um padrão comum para o rastreamento e a autenticação de todo tipo de produto em circulação pelo país. As implementações-piloto serão conduzidas através de corredores que passam por 16 Estados da União, por dezenas de empresas nos vários estágios da cadeia logística e em alguns segmentos mercantis. Com a estruturação de serviços de rastreamento e verificação de autenticidade de mercadorias é possível promover a segurança e a otimização do comércio e circulação em cada um desses Estados. Para discutir essas questões e analisar as tecnologias, materiais e equipamentos que poderão ajudar a melhorar gestão do transito, com a implantação do SINIAV, e o monitoramento de cargas, através do Projeto Brasil-ID, o Programa de Engenharia de Transportes da Coppe (PET) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), está organizando II Seminário Sistemas Inteligentes de Transporte – Tecnologia para Mobilidade Urbana, Veículos e Cargas, nos dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções RB1 (RJ). Além de criar oportunidade para avaliar os impactos da implantação do ITS nas cidades brasileiras, o evento pretende debater o posicionamento do Rio de Janeiro para implantar
novos equipamentos e instrumentos inovadores e confiáveis de gestão do transporte e de seu desenvolvimento. O Seminário, organizado pela Planeja & Informa Comunicção e Marketing, vai reunir empresários executivos, técnicos e dirigentes do setor de transporte, governo e profissionais de engenharia para analisar o uso de novos equipamentos e tecnologias mais adequadas para a modernização do sistema de trânsito brasileiro. Salto tecnológico no trânsito Para que seja possível instalar o SINIAV e o Brasil-ID de maneira efetiva em uma cidade ou rodovia, é necessário utilizar grandes quantidades de componentes. O mais básico deles é um chip eletrônico, que será afixado no veiculo, nas Notas Fiscais, nos Conhecimentos de Transporte e na própria mercadoria. As placas eletrônicas e as centrais de processamento se comunicam através das antenas transmissoras que permitam, por determinação dos órgãos governamentais, Denatran e Secretarias da Fazenda dos Estados (SEFAZ), a leitura e gravação de dados nos chips analisados. Além disso, é necessário que a leitura possa ser realizada em veículos que estejam em velocidades de até 160 Km/h e a gravação em veículos que desempenhem velocidades de até 80 Km/h. Outra exigência é que o alcance das antenas seja de pelo menos cinco metros. Por fim, todas as antenas precisam oferecer pelo menos 99,9% de desempenho nas leituras dos veículos que passarem em seu raio de alcance. As informações
capturadas
pelos
sensores
são
enviadas
a
outros
equipamentos por meio de interfaces seriais, paralelas, USB ou ethernet. Cada órgão estadual deverá ser equipado com uma central de recepção de informações. Enviadas pelas antenas, estes dados recebidos devem ser sincronizados com centrais nacionais para que, sempre que houver necessidade, sejam emitidos alertas sobre roubos, furtos e problemas com cargas. Fiscalização eletrônica Com a implantação do SINIAV, radares para avanço de semáforo
ou velocidade acima do permitido ainda existirão, mas a fiscalização eletrônica deve ganhar um novo significado. Sempre que um veículo estiver irregular (impostos atrasados, multas sem pagamento ou problemas com licenciamento) as antenas emitirão informações às centrais. Com o Brasil-ID a fiscalização da movimentação de carga pelo pais será facilitada reduzindo a evasão fiscal. As mesmas centrais enviam informações para policiais de trânsito ou agencias de controle fiscal que serão responsáveis pela fiscalização de veículos em uma blitz, por exemplo. Dessa forma, quando houver alguma blitz programada, este veículo irregular será parado automaticamente e o motorista será autuado. Roubo de veículos e cargas Se um carro ou uma carga for roubada, o proprietário deve informar a polícia sobre a situação. Com o sistema eletrônico, todas as antenas de fiscalização enviarão informações à polícia sobre a localização do veículo, assim que ele passar por alguma delas.É uma maneira prática e rápida de localizar carros em movimento. Apesar de não serem tão eficientes quanto equipamentos de rastreamento por GPS, as antenas do SINIAV ou Brasil-ID podem fornecer dados essenciais para que os responsáveis pela busca possam traçar triangulações na caça pelos bandidos. Para as empresas privadas, a vantagem do SINIAV já pode ser vista em muitos shoppings. Pagando antecipadamente ou cadastrando-se em alguns serviços, os motoristas podem entrar e sair de shoppings, mercados e outros estabelecimentos sem pagar estacionamento, já que a conexão eletrônica pode ser feita rapidamente. Postos de pedágio também poderão ser beneficiados com o sistema pelo mesmo motivo. O desafio é criar mecanismos que permitam o pagamento de multas leves referentes a estacionamentos em local proibido ou então a compra de cartões de parada para que até este tipo de ação seja mais dinâmica do que é atualmente.
Mais informações: Planeja & Informa Comunicação e Marketing Comitê Técnico: Prof. Paulo Cezar M. Ribeiro da Coppe (2191126733); e Alexandre Rojas (21-97987991), da UERJ; Carlos Emmiliano (21-98078975) e Carolina Martins, da Planeja & Informa Comunicação e Marketing. Inscrições e informações: cristiana.iop@planejabrasil.com.br Contato: (21) 2262-9401/ 2215-2245
COMO SE INSCREVER? INSCRIÇÕES 12/04 a 25/05 PROFISSIONAIS R$ 300,00 ESTUDANTES* R$ 80,00
*
Valor diferenciado somente para estudantes da COPPE/ UERJ/ FGV. Vagas limitadas para estudantes – 50 lugares.
**** COMO SE INSCREVER? ****
Solicite o formulário de inscrição pelo e-mail: cristiana.iop@planejabrasil.com.br ou ligue para o Atendimento ao Participante: (21) 2262-9401 / 2215-2245. *****QUEM DEVE PARTICIPAR?***** Empresários, Presidentes, Diretores, Gerentes e Técnicos das áreas de Tecnologia, Integração de sistemas, Logística, Seguradoras, Montadoras de veículos, Concessionárias de rodovias, Metrô, Empresas de ônibus, além de representantes do DENATRAN, DETRAN, CET-RIO, ANTT, Fetranspor, Ministério dos Transportes, Cidade, Ciência e Tecnologia, Secretarias (Municipais e Estaduais), Órgãos do Governo e universidades.
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