Posicionamento e estratégias para o turismo na Costa Doce Gaúcha

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POSICIONAMENTO

e estratégias para o turismo na

COSTA DOCE GAÚCHA


Manifesto Procure novas aventuras. Encontre águas sem fim. Procure sabores únicos. Encontre diversas culturas. Procure relaxar. Encontre novos ritmos. Procure o seu passado. Encontre histórias heróicas. Procure inspiração. Encontre paisagens naturais. Procure viver algo novo. Encontre as nossas tradições. Procure mais tempo com a sua família. Encontre toda hospitalidade. Procure um novo destino. Encontre o Extremo Sul do Brasil. Costa Doce Gaúcha Extremo Sul do Brasil


ÍNDICE

1. O POSICIONAMENTO

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2. OS TERRITÓRIOS

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3. AS ESTRATÉGIAS

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4. A MARCA

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1.1 O que é? ......................................................... 02 1.2 O público alvo ............................................... 02 1.3 As etapas do projeto .................................... 03 1.4 O conceito ...................................................... 04 1.5 Os elementos da proposta .......................... 05 1.6 Os desafios ...................................................... 05 1.7 A estratégia por territórios ......................... 06 1.8 As características marcantes ....................... 06 1.9 As identidades territoriais ............................ 07

2.1 Território 1:Vida na Lagoa ............................ 10 2.1.1 Proposta de Valor ........................................ 10 2.1.2 Ecossistema turístico .................................. 12 2.1.3 Ações Estratégicas .......................................14 2.1.4 Referências Projetuais ................................ 17 2.2 Território 2: Pelotas Criativa ........................ 18 2.2.1 Proposta de Valor ........................................ 18 2.2.2 Ecossistema turístico ................................. 20 2.2.3 Ações Estratégicas ...................................... 22 2.2.4 Referências Projetuais ............................... 26 2.3 Território 3: Meu Pago .................................. 28 2.3.1 Proposta de Valor ........................................ 28 2.3.2 Ecossistema turístico ................................. 30 2.3.3 Ações Estratégicas ...................................... 32 2.3.4 Referências Projetuais ............................... 34 2.4 Território 4: Costa do Mar .......................... 36 2.4.1 Proposta de Valor ........................................ 36 2.4.2 Ecossistema turístico ................................. 38 2.4.3 Ações Estratégicas ...................................... 40 2.4.4 Referências Projetuais ............................... 43

3.1 Estratégias Tranversais ................................... 44 3.1.1 Etapa: Qualificar .......................................... 44 3.1.2 Etapa: Eventualizar ...................................... 44 3.1.3 Etapa: Calendarizar ..................................... 44 3.1.4 Etapa: Insfraestruturar ............................... 44 3.1.5 Etapa: Profissionalizar ................................. 44 3.1.6 Etapa: Comunicar ........................................ 44 3.2 Plano de Infraestrutura ................................. 46 3.3 Plano de Comunicação ................................. 52 4.1 Conceituação .................................................. 58 4.2 Elementos Norteadores ............................... 58 4.3 Referências Projetuais ................................... 58 4.4 Logotipo e Versões ......................................... 60 4.5 Aplicações da Marca .......................................62 4.6 Produtos Derivados ....................................... 64


1. O POSICIONAMENTO 1.1 O QUE É? A construção de um posicionamento serve para marcar e/ou diferenciar uma oferta das demais na mente dos consumidores. No segmento do turismo, o posicionamento busca construir um argumento único, próprio, que identifique um território e dê forma a uma ideia capaz de traduzir, em linhas gerais, a proposta de valor de um destino turístico. Portanto, o objetivo deste projeto é criar, a partir da pesquisa “Oportunidades para o desenvolvimento do Turismo na Região Sul do RS”, realizada pelo IPM-Unisinos, além do cruzamento de dados e de um processo de cocriação com agentes da região, um posicionamento turístico para a Costa Doce Gaúcha, bem como a definição de estratégias e ações capazes de dar materialidade a este posicionamento.

1.2 O PÚBLICO ALVO Possíveis públicos inicialmente prioritários: - Famílias desta e de outras regiões do RS em busca de novas experiências históricas, culturais e naturais. - Viajantes com origem ou em direção aos países do Mercosul. - Demais brasileiros curiosos em conhecer um RS mais autêntico e diverso.

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1.3 AS ETAPAS DO PROJETO O projeto foi desenvolvido durante um ano, com a participação efetiva das comunidades dos municípios que compõem a Costa Doce Gaúcha. Ao longo deste período diversas etapas foram percorridas: - Disseminação e apropriação da pesquisa Compartilhamento dos resultados da pesquisa sobre o potencial turístico da região visando disseminação, apropriação, legitimação e indicação conjunta de atributos e prioridades. - Divisão da região em territórios A partir da proximidade geográfica e do potencial comum dos atrativos turísticos, a região foi dividida em quatro territórios. - Definição dos elementos da proposta de valor Identificação das dimensões prioritárias da proposta de valor da região como um todo e o seu desdobramento em cada um dos territórios. - Definição do posicionamento estratégico Construção do posicionamento tendo em vista as expectativas dos públicos-alvo e a identidade e as características particulares da região em relação a outros destinos concorrentes. - Definição de ações transversais prioritárias Proposição de ações transversais articuladas entre diferentes atores, bem como a otimização e promoção da oferta existente. - Criação da Marca Costa Doce Gaúcha Desenvolvimento de logomarca da região, com diretrizes para sua aplicação nos mais diversos meios de comunicação e promoção.

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1.4 O CONCEITO

EXTREMO SUL DO BRASIL A localização geográfica foi o ponto de partida para a inspiração desse conceito. A expressão “Extremo Sul do Brasil” é composta por palavras que simbolizam algo único e verdadeiro: EXTREMO = PERSONALIDADE Além de demarcar com precisão a localidade no mapa, a palavra remete a experiências intensas, marcantes e inesquecíveis.

SUL = ORIENTAÇÃO A palavra que aponta a região onde o território se situa também é a referência que os brasileiros têm da terra dos gaúchos, dando propriedade ao destino de fatores culturais marcantes.

BRASIL = ORIGEM O país de natureza exuberante, do futebol, do carnaval, do samba, da alegria e da hospitalidade. É sinônimo de lazer, cultura e diversidade. A palavra ajuda a aumentar a amplitude do posicionamento, atingindo turistas de outras nacionalidades.

Figura 1: Imagens e conceitos que caracterizam a Costa Doce Gaúcha.

Limite geográfico. Longos caminhos, grandes jornadas. Fim (ou começo) do Brasil.

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Natureza extrema. Mar, lagoa e campo. Águas calmas e ventos fortes. Frio e calor intensos.

Onde o Rio Grande do Sul começou Tradição de pioneirismo e criatividade Para curtir e contemplar sem limites.


1.5 OS ELEMENTOS DA PROPOSTA DE VALOR A partir das pesquisas de campo e dos workshops desenvolvidos com os participantes do mercado do turismo da região, mapeou-se os principais elementos da Proposta de Valor da Costa Doce Gaúcha:

PAISAGEM:

CULTURA:

Relacionado a natureza, vida ao ar livre, contemplação, clima e belezas nativas.

Relacionado a diversidade, colonização, festas populares, arte, sabores e educação.

HISTÓRIA E PIONEIRISMO:

Relacionado à tradição, arquitetura, fatos históricos, curiosidades sociais e nativismo.

As palavras que compõem esse gráfico foram coletadas a partir de dinâmicas aplicadas em workshops com o objetivo de explicitar os atrativos mais importantes da região. Com base nessa coleta, foi feita um agrupamento por similaridade de sentido, gerando três grandes grupos conceituais. Universidades Doce – Fenadoce Colônia Carnaval Música Gastronomia Músicas, músicos e festivais Gaúcho da Costa Gastronomia

CULTURA

Caminhos

Sol

Natureza

Natureza Clima – Frio - Vento Natureza Água Mar- Lagoa – proximidade Sol – Pôr e Nascer Rota Mercosul Catamarã Turismo Aventura Porto - Estaleiro Moles – Vagoneta

PAISAGEM

Paisagem Águas

Formação do RS

Cultura

História

HISTÓRIA E Farrapos PIONEIRISMO

Prédios históricos Revolução Farroupilha Caminho Farroupilha Primeiro Time do Brasil Porta do desenvolvimento do Rio Grande do Sul

Gaúcho

Figura 2: Características percebidas e temáticas associadas à Costa Doce Gaúcha.

1.6 OS DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DO POSICIONAMENTO Para posicionar a região como um destino turístico competitivo em âmbito regional, nacional e internacional, foi preciso superar algumas barreiras que se apresentavam como dificuldades desde a origem do projeto. São elas:

Tamanho da região: A Costa Doce Gaúcha possui dimensões territoriais maiores que diversos países da Europa, gerando grande demanda de tempo nos deslocamentos.

Diversidade de características: A riqueza de diversos atrativos primários dificulta a identificação imediata de um diferencial claro para ser explorado enquanto posicionamento.

Características próprias locais X potencial de atratividade: É comum estabelecer uma certa confusão no que se refere a atrativos turísticos, pois nem sempre o que é próprio de uma localidade específica pode ser entendido pelo turista como uma atração digna de desejo de consumo. 05


1.7 ESTRATÉGIA POR TERRITÓRIOS Frente aos desafios listados anteriormente, a solução encontrada para elaborar o posicionamento do destino turístico Costa Doce Gaúcha foi organizar a região em quatro microrregiões (Territórios), considerando a proximidade geográfica e o potencial similar de atrativos.

TERRITÓRIO 1 T1C1 - Guaíba T1C2 - Barra do Ribeiro T1C3 - Tapes T1C4 - Arambaré T1C5 - Camaquã T1C6 - Cristal T1C7 - São Lourenço do Sul T1C8 - Turuçu T1C9 - Dom Feliciano TERRITÓRIO 2 T2C1 - Pelotas TERRITÓRIO 3 T3C1 - Arroio Grande T3C2 - Jaguarão T3C3 - Piratini T3C4 - Pinheiro Machado T3C5 - Canguçu T3C6 - Morro Redondo

Entradas da Costa Doce Gaúcha

1.8 CARACTERÍSTICAS MARCANTES A organização em quatro territórios permite que sejam exploradas as características marcantes de cada uma das partes, sem perder de vista o posicionamento do todo – Extremo Sul do Brasil. Nas representações gráficas a seguir, é possível visualizar como os elementos da proposta de valor da Costa Doce Gaúcha estão articulados em cada um dos territórios. 06

TERRITÓRIO 4 T4C1 - Tavares T4C2 - São José do Norte T4C3 - Rio Grande T4C4 - Santa Vitória do Palmar T4C5 - Chuí

Figura 3: Mapa com representação geográfica da Costa Doce Gaúcha, composta por 4 territórios e mais de 20 cidades.


PAISAGEM

PAISAGEM

HISTÓRIA

CULTURA

Território 1

PAISAGEM

HISTÓRIA

CULTURA

Território 2

HISTÓRIA

PAISAGEM

CULTURA

Território 3

HISTÓRIA

CULTURA

Território 4

PAISAGEM

HISTÓRIA

CULTURA COSTA DOCE GAÚCHA

Figura 4: Representação gráfica dos elementos da proposta de valor por territórios e unificados na Costa Doce Gaúcha.

1.9 IDENTIDADES TERRITORIAIS Cada território possui uma configuração diversa e, ao mesmo tempo, complementar. Uma situação que leva a um novo desafio: Como promover cada território e, ao mesmo tempo, consolidar um posicionamento único da Costa Doce Gaúcha? A resposta é o desenvolvimento de propostas de valor para cada território, capazes de reforçar simultaneamente seus atributos próprios e o posicionamento da região como um todo, conforme segue: Território 1: Vida na Lagoa Território 3: Meu Pago

Território 2: Pelotas Criativa Território 4: Costa do Mar

No próximo capítulo, serão apresentados estudos da composição de oferta para cada território citado. 07


2. OS TERRITÓRIOS Para cada território que compõe a Costa Doce Gaúcha, são aqui apresentados: - Oferta atual: mapa da oferta turística atual, construído a partir de algumas das principais atrações relativas à cultura, à história e à paisagem. Também são referenciados alguns exemplos dos produtos locais e serviços de suporte ao turista (hospedagem, alimentação, transporte etc.) - Proposta de valor: síntese do conjunto de atributos capaz de expressar e direcionar a oferta turística do território. - Ecossistema turístico: mapa sistêmico que relaciona as atrações, eventos, produtos, roteiros e experiências capazes de materializar a proposta de valor de cada território e, por consequência, o posicionamento da Costa Doce Gaúcha. - O que fazer: projetos que buscam qualificar a oferta atual ou desenvolver novas ofertas turísticas para o território. - Referências: cidades, regiões ou países com posicionamentos reconhecidos e que podem inspirar a construção do ecossistema turístico de cada território.

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Figura 5: Relação sistêmica entre o posicionamento da Costa Doce Gaúcha e as propostas de valor para os territórios envolvidos.


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Figura 6: Representação visual do Ecossistema Turístico proposto para a Costa Doce Gaúcha.

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2.1 TERRITÓRIO 1

PROPOSTA DE VALOR O Território 1 conta com grande parte dos municípios em contato direto com a laguna. É o território mais próximo de Porto Alegre e uma das principais portas de entrada de turistas para o Extremo Sul do Brasil. O título-chave Vida na Lagoa tem como objetivo enaltecer a natureza extrema, única e preservada da Costa Doce Gaúcha, com base em três pilares que estruturam a construção da identidade local: 10

VIDA NA LAGOA

1. Vida saudável, com atividades para gerar o bem-estar para famílias e amigos, com momentos agradáveis e saudáveis; 2. Águas calmas, que reforça as oportunidades que a região tem de oferecer atrações relacionadas com a laguna, as praias e as orlas das cidades; 3. Para complementar a experiência na região, ofertas relacionadas ao espírito aventureiro, com roteiros, ecoturismo, história e esportes terrestres.


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ECOSSISTEMA TURÍSTICO DO TERRITÓRIO 1

Paradouros, sinalização, etc Colônias de criação de peixes

Na O

Indígena, história

Balneabilidade

Parque Ecológico Lagartixa Passeios nas dunas

Pesca

Pousadas isoladas - chalés Naturismo Caminhadas longa distância – paradas Produtos relacionados Pousadas ecológicas

Spa das águas

Descanso

Visitação, caminhadas Educação alimentar

Preparos com Peixe Azeite da região Vinho da região Pratos de peixes nativos Peixes e Produtos relacionados Centro de gastronomia saudável Produção de orgânicos Restaurantes comida saudável – prod. locais

Restaurantes Pratos Típicos Feiras, cursos Degustação Feira do Peixe

Gastronomia Contemplação

Alimentação saudável Colheita do Arroz Sol – nascer e pôr Pontais, trapiches

Ofertas vegetarianas e veganas

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Escapismos

Estadias de relaxamento

Eco-Hotéis fazenda Acesso por trapiche

Iluminação especial

Esportiva, ecológica

Campeonato

Localizados na Orla

Lounges de verão

Explorar temporada de banho

Lojas Equipamentos

Artesanato Ferramentas e métodos

Equipamentos, bancos

Parque aquático temático infantil

Mirantes

Espiritualidade Meditação, introspecção Espaços para meditação Meditação na água – plataformas, barcos, SUP

Centros de Yoga Festa dos Navegantes


VIDA NA LAGOA

Restaurantes e bares – dia e noite

Orla

Barcos Catamarã Lanchas A cavalo Jet-ski Banana Boat

Travessias

Acessos, calçadões

Passeios

Torres , mirantes, serviços

Radicais Balneário Rabello

Quiosques, bares, lounges Acessos ecológicos para as praias Trapiches, mirantes Kitesurf Butiazal Windsurf Saco de Tapes Stand Up Paddle Pontal de Tapes Jet Ski Piscina de ondas

Praia do Pinvest

Diversão

Praia Arambaré Praia da Barrinha Arroio Velhaco

Esportes Aquáticos

Trilhas caminhada / corrida

Esportes Terrestres

Trilhas Pet Ciclismo

Fundação Gaia II

Ecoturismo

Fundação Gaia II Parque Ecológico Cidade sobre as águas

Roteiros

Prédios históricos Sítios históricos

Cenários/Vista

Fazendas Sítios históricos

Educação Ambiental Instituto Educação Sustentabilidade das Águas Barcos restaurante Barcos bar Conjunto de passarelas, trapiches e pontes Criação de peixes Casa Gomes Jardim Casa Bento Gonçalves

Morros Parque Histórico General Eventos nas águas Bento Gonçalves Mirantes/acessos Eventos Festival das águas Fazenda Barba Negra Luzes da Laguna Réveillon – Fogos Shows de jatos d'água Celebrações, shows Eventos esportivos Carnaval de Tapes Eventos verão Projeto Tapes Verão Show Evento de Natal Mateada de Tapes Cultura e Campo Fogos nas águas/musical Rodeio Criolo, CTGs Natação de travessia

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AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 1 1. Hotéis temáticos e pousadas ecológicas Os municípios de Guaíba e Barra do Ribeiro contam com inúmeras opções de hotéis e pousadas, assim como Arambaré e São Lourenço do Sul. Entende-se que estas ofertas de estada devem ser qualificadas e novas propostas implantadas, sempre alinhadas ao posicionamento. Em um lado, pousadas ecológicas que tenham uma relação mais direta com a laguna e que oportunizem contato com o bioma local. De outro, novos hotéis devem ser temáticos (águas e vida saudável) junto da laguna ou na orla das cidades, incentivando atividades relacionadas ao relaxamento, meditação, conexão com a natureza, alimentação saudável e consciência ecológica. 2. Mundo das águas Essa proposta é para a criação de um ou mais centros de atividades ecoconscientes que avancem sobre as águas. Cada conjunto seria como uma cidade sobre as águas, com atrações, belos passeios, contato com a água, contemplação e paisagens. Nesta cidade, as ruas seriam trapiches e passarelas de madeira, com espaços para implantação de atividades como restaurantes temáticos, bares e lounges. Neste percurso, podem ser criados espaços de estar e contemplação, bem como plataformas para pesca ecológica. Seria importante para consolidar a oferta, uma pousada sobre as águas (ver item 5). 3. Ecoparque de esportes radicais O Ecoparque de Esportes Radicais é um parque que busca amplificar a consciência em relação à ecologia e à biodiversidade da região, apresentando aos turistas as belezas naturais por meio da prática de esportes radicais. O parque poderá ser dedicado a alguns esportes náuticos, como kitesurf, SUP, windsurf, wakeboard e caiaque, entre outros. Além do uso da própria laguna, podem ser criadas lagoas artificiais, assim como uma piscina de ondas. O parque deve contar com uma estrutura de apresentação da biodiversidade da região e ser um posto de informação para gerar interesse de conhecer todo o território. 4. Ciclovias ecológicas O desenvolvimento de uma rede de ciclovias de longa distância junto da costa da laguna, sempre que possível, e em meio à regiões estratégicas como nas orlas, passeios e beiras da laguna próximas às cidades. A criação desta rede deve permitir passeios de bicicletas, patinetes e afins. Deve-se adotar o conceito de ciclovia ecológica para o desenvolvimento de projetos de baixo ou nenhum impacto ao meio ambiente, bem como pensar paradas estratégicas em meio a sítios e fazendas, em parceria com produtores e proprietários. As ciclovias devem contar com suporte de paradouros, belvederes e mirantes. 5. Pousada das águas Proposta de estadia diferenciada para quem busca uma experiência única. A pousada poderia estar localizada em conjunto com o item 2, mas também poderia ser implantada de forma isolada, em outro local, em meio a uma paisagem única, ao mesmo tempo que permita uma implantação técnica viável (local de baixa profundidade) e sustentável. O acesso poderia ser por barco ou plataforma. A execução deve prever materiais ecológicos e sustentáveis, com técnicas de construção que não gerem impacto ao local de implantação. 6. Gastronomia local A oferta de gastronomia do território 1 deve priorizar a produção local e proximidade com a Lagoa dos Patos e com as produtos vindos das águas (região de Rio Grande). O peixe é o prato principal, mas outros produtos da região também podem ser utilizados em preparos, como o azeite e o vinho, produtos de origem colonial e étnica que precisam ser promovidos. Além disso, os produtos naturais e feitos à base de frutas, insumos nativos e produção orgânica e ecológica devem fazer parte da oferta gastronômica. 14


7. Caminho das praias doces Criação de uma conexão maior entre as praias da Costa Doce para que, em conjunto, possam ser identificadas, a exemplo do que acontece no “litoral norte” do estado. Seria a oportunidade de oferecer uma opção a mais em alguns finais de semana dos meses mais quentes. Esta proposta está interligada com outras, como as dos itens 6 e 8, por exemplo. Devem ser criadas opções de lazer no litoral, eventos e shows, além de uma comunicação e identidade visual unificada e alinhada com o território. 8. Plataforma de esportes Criação de equipamentos na orla das cidades ou em locais de maior interesse para prática de esportes náuticos junto à Lagoa dos Patos. Estes equipamentos podem ser plataformas, trapiches ou outras estruturas para possibilitar e facilitar a prática de esportistas iniciados e interessados. Os espaços devem ser pensados para oferecer não só o apoio para o esporte em si, mas também pode contar com restaurantes e bares, valorizando a gastronomia regional, natural e orgânica. Espaços e praças para que pessoas possam acompanhar os esportistas na água complementam os locais. 9. Programa “o preparo do peixe” Esta proposta busca criar uma plataforma para o desenvolvimento de uma cultura do consumo de peixe na região e no estado. O programa deve abranger a comunidade, proprietários de restaurantes e chefs de cozinha para valorizar o produto da pesca local e o uso de insumos da região, criando uma experiência sensorial que complemente a identidade deste território. A cozinha popular com pratos típicos deve ser explorada, assim como novos pratos. Existe também a oportunidade de incentivar a criação de restaurantes assinados por chefs na região da lagoa como uma oferta de experiências de alto padrão com produtos locais. 10. Tratamento de orlas das cidades O território conta com muitas cidades que estão junto da laguna, sendo uma oportunidade de trabalhar suas orlas. A ideia é construir locais que possam fortalecer a relação com a laguna, com a criação de calçadões ecológicos, trapiches e acessos aos lugares considerados mais relevantes e de maior potencial turístico. Estas construções devem levar em consideração o caráter natural e ecológico da proposta e definição de linguagem e materialidade utilizada nestes locais. 11. Núcleo de alimentação saudável e produção de orgânicos Por sua proximidade, o território 1 pode ser uma alternativa para produção de produtos orgânicos para a cidade de Porto Alegre, além de abastecer toda a região. O incentivo à alimentação saudável pode ser construído em conjunto com universidades de gastronomia e agronomia, produtores de orgânicos locais e municípios. Esta proposta tem como objetivo desenvolver uma rede de empreendedorismo do agronegócio sustentável e ecológico. Estes produtos podem ter selos de qualidade e de local de produção como forma de ajudar na construção da imagem da região. 12. Volta da Laguna - ciclismo Este evento ocorreria no território 1, com a consolidação do item 4, bem como com a união de todos os territórios. Considerando questões como vida saudável e a tendência do retorno da bicicleta como meio de transporte ecológico, é uma oportunidade de também promover a região. A exemplo do que acontece em outros países como França e Itália, a Volta da Laguna poderia ser uma prova nacional ou internacional de ciclismo, que ocorreria durante alguns dias em um mês estrategicamente escolhido, como em setembro, junto às festividades da Revolução Farroupilha, por exemplo. 15


AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 1 13. Escola – Fundação Gaia II A proximidade com a Fundação Gaia, criada por José Lutzemberger, torna-se a oportunidade de criar um centro de educação e preservação do bioma da região. Este centro poderia ser localizado em uma área que necessite de reflorestamento, assim como aconteceu com o Rincão Gaia. A proposta busca oferecer ao público a consciência ambiental por meio das paisagens e reflorestamento. A educação deve ser contemplada com a recepção de escolas e interessados nas questões ambientais. 14. Competições e eventos esportivos A exemplo do que ocorre em Guaíba, que já organiza um campeonato internacional de Jet-ski, existe a oportunidade de criação de um calendário de competições que utilizem o Rio Guaíba e a Lagoa dos Patos como plataforma. O calendário visa conectar as iniciativas existentes com a criação de eventos que chamem a atenção de novos públicos, com o viés da vida saudável por meio da prática esportiva. Esportes como Wakeboard, Kitesurf, Windsurf, canoísmo, travessias de natação, além do próprio jet-ski, são algumas das modalidades que podem compor um calendário com uma programação anual. 15. Mercado da Lagoa Implantação de espaços dedicados ao comércio de produtos da região da Costa Doce Gaúcha, com foco no território 1. Os mercados podem ser locados junto das entradas de algumas cidades, da mesma forma em orlas como a de Guaíba, por exemplo, que poderá ser acessada por meio do catamarã direto de Porto Alegre. Considerando que o pescado vindo da Costa Salgada (Território 4) pode ser agregado aos produtos oriundos da Lagoa dos Patos, esses mercados tem o potencial de difundir as especiarias da região como um todo. 16. Laguna Meditativa O programa Laguna Meditativa busca incentivar a implantação de centros e locais para prática terapêutica de corpo e mente. As atividades que ocorreriam nestes locais poderiam abranger desde a Yoga (para todos os níveis) meditação, terapias holísticas, terapias para doenças e dores crônicas, assim como disponibilizar cursos e treinamentos para profissionais da área. Atividades para finais de semana e em locais afastados devem fazer parte do programa. Em alinhamento com o posicionamento do território, estes locais devem oferecer alimentação saudável, com produtos orgânicos locais. 17. Parque Ecológico do Butiá Este parque teria a proposta de utilizar uma espécie nativa da região, como o Butiá, como pano de fundo para o desenrolar de atividades. Existem algumas atividades que ocorrem em meio ao butiazal, como o de Tapes, mas estas iniciativas podem ser articuladas e complementadas. Atividades como trilhas para caminhadas, trilhas mountain bikes, trilhas pets e arvorismo são alguns exemplos do que poderia ser explorado no local. Devem complementar a oferta receptivos com produtos locais e derivados do próprio butiá, além de estadas, como campings ou cabanas ecológicas. 16


REFERÊNCIAS TURÍSTICAS Lagoa da Conceição, Florianópolis Por que é uma referência? A Lagoa da Conceição tem um ritmo próprio em meio à agitação de Florianópolis, com suas águas calmas e o pôr do sol entre os morros. Os visitantes buscam na Lagoa da Conceição um estilo de vida, que une contado com a natureza, momentos de pausa e meditação, com esportes náuticos. A vida gira em torno da Lagoa, nos bares e restaurantes, nas lojinhas de artesanato e de grifes famosas. O turista que vai à Lagoa da Conceição é muito diverso, pois o local oferece atrações para toda a família e todos os bolsos. A região conta com um ecossistema completo, com hospedagem, gastronomia, passeios etc.

Salar de Uyuni - Potosi, Bolívia Por que é uma referência? O Salar de Uyuni é o maior do mundo: um imenso deserto de sal, onde formam-se pequenos lagos que refletem as nuvens e as estrelas. É um local procurado por turistas que buscam a contemplação longe dos grandes centros urbanos. Um dos atrativos é o Hotel de Sal Playa Blanca, uma construção no meio do deserto, toda feita com blocos de sal, dos tijolos aos móveis, que encontra-se no meio do salar. No Salar de Uyuni, há também um monumento feito de sal, em 2014, para marcar a passagem do Rally Dakar na região. O posicionamento trabalhado pelo Salar é “Magia”, e toda a oferta converge para isto. 17


2.2 TERRITÓRIO 2

PELOTAS CRIATIVA

PROPOSTA DE VALOR O Ecossistema do Território 2 concentra suas atividades no polo regional da Costa Doce Gaúcha: a cidade de Pelotas. Suas misturas de culturas, influências e cores inspiram um cenário único na região, conferindo ao espaço uma atmosfera de inovação, criatividade e diversão com a intensidade do Extremo Sul do Brasil. O nome Pelotas Criativa destaca a vibração e vocação desta cidade, que mescla passado, presente e futuro em uma combinação que vai atrair turistas de diversas partes para conhecer mais de perto seus encantos e características: 1. O pilar Diversidade Cultural expõe o lado artístico e boêmio da cidade, com seus teatros, companhias artísticas e cena noturna, além de destacar as bele18

zas arquitetônicas; 2. Em Educação e Inovação, destaca-se a importância da vida universitária e seu viés de geração de novos conhecimentos, atraindo os olhares de quem aprecia eventos ligados ao conhecimento; 3. Já em Territórios Criativos, abre-se espaço para intervenções em partes icônicas da cidade, que podem destacar seu passado e inspirar novidades para o futuro; 4. E em Economia Criativa, conecta-se o que a cidade produz de melhor e mais destacado para potencializar seus valores, gerando mais destaque midiático e de significado.


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ECOSSISTEMA TURÍSTICO DO TERRITÓRIO 2

Virada Cultural Obras João Simões Lopes Neto Esculturas Antônio Caringi Pinturas Aldo Locatelli Roteiro Art Nouveau Museu Leopoldo Gotuzzo Museu da Baronesa Teatro 7 de Abril Theatro Guarany

Museus Teatros Monumentos Casarões Biblioteca Prefeitura Mercado Púb. Grande Hotel Igrejas/Catedral

FENAD Casas Noturnas Uso de parques Bares e Pubs Festiv Corridas Pub Craws Sesc Artistas de Rua Noite nos Museus Grafiteiros Grupo Tholl Rua 24h Pintores Escultores Eve Escritores Exp Vida Noturna Casa Ramil Cantores

Free Walking Artistas Tour e Projeções 3D em fachadas Arte/cultura Igreja ‘cabeluda’ Brasil Pelotas Patrimônio Farroupilha Clubes de Futebol Brilhante Clubes Sociais CTGs C. Português Jockey Club Parque Tênis Espaços de festas Social Caça e Pesca NAVE Calçadão Cinema Diamantinos Shoppings Campestre Ateliers Negócios/Serviços Comercial Agências Caixeiral Startups Hubs Gonzaga Floriculturas Parque Una Produtos Dunas Cafés/Docerias Souvenirs/Artesanatos Camelódromo Antiquários Caminho Máquinas de Poemas Gastronomia Compartilhamento Vinhos João Bento Kerb Publi Wine Houses Vinhos Nardello editoriais Doceiras Doces de Pelotas Produções Locais Churrascarias Antparade Carros Xis Redes de TVs Bicicletas Charque Rádios, Jornais Museu do Doce Culinária Food Wifi Free Rota Gastronômica Portuguesa Trucks Film Commission Patinetes

20

Inte Int

Mob

Pç. C


PELOTAS CRIATIVA

Competições “Winter Break” Bairro das Escolas Bailes Solenidades de Samba Férias Julho Olimpíadas Repúblicas val Comemorações Gincanas, ... Carnaval Pensões Festas Integração Dias de Vestibular Religiosos Diretórios Acadêmicos Listão/aprovados Estudantes Art Battle Encontros UFPEL, UCPEL, IFSUL, Universitários Universidades SENAC, Anhanguera entos & Cursos, Intensivos, Formaturas Cursos Pré-vestibular Capacitações, ... posições Vestibulares Summits/campus party Feira de Negócios/congressos 14 áreas

DOCE

ídias

Mundo Universitário Congressos/Feiras Indústria

Paradas Bus Praças Parques tervenções

biliário Urbano

Parklets

Cel P. Osório (das Artes)

Areia Ciclovias

Parque Aquático Rua XV

Quiosques

Luau/piquenique Esculturas Esportes/competições

Hospedagem Charqueadas Parque Nova Cascata Cachoeira do Arco-íris Santuário de Guadalupe

Avenidas Street Art (em muros)

Criativa do Arroz do Leite do Pêssego de Conservas Polo Tecnológico

A Casa das Sete Mulheres Incidente em Antares Calçadão O Tempo e o Vento Balneabilidade, Banho de Sol, etc.

Laranjal

Cidade

Josapar Tio João Grupo Extremo Sul Gourmetização Aquisição Degustação Colheita/Produção Passeios Temáticos Batalha de Pitchs

Expo Feira

Visitação

Cenários

Colônia

Feira do Livro, outras.

Bairros Cores

Bento Gonçalves (Rambla) Fernando Osório Dom Joaquim Identidade

Hotéis Boutique Executivos Pousadas Hostels Rurais Visitações Degustações Passeio de Jipe Outros

Bairro Criativo/Porto Criativo

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AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 2 1. Hotéis Boutique A rede hoteleira de Pelotas é, atualmente, satisfatória em qualidade e quantidade de leitos para seus visitantes. Porém, com o acréscimo esperado pelo estímulo ao turismo que pretende-se gerar, é de fundamental importância incrementar os espaços de hotelaria. Para compor com a proposta criativa e inovadora que se propõe para a cidade, seria interessante estimular o mercado receptivo a construir novas instalações inspiradas em um conceito já difundido mundialmente: os hotéis boutique. Com preços competitivos e muito design e decoração, esta categoria hoteleira tem grande aceitação no mercado e pode, além de dar suporte de reforço ao receptivo da cidade, criar uma atmosfera de inovação e contemporaneidade para seus novos visitantes. 2. Temporadas artísticas Atualmente, Pelotas já possui uma cena cultural marcante, recebendo diversos eventos e shows nacionais e internacionais, além da própria produção local de peças e apresentações. A proposta aqui é organizar de forma lógica essa gama de atrações, criando um calendário categorizado das atividades durante todo o ano. É assim que procedem as grandes cidades do mundo que tem na cultura um de seus maiores atrativos. Desta forma, o movimento artístico na cidade cresce em percepção, passando a ideia de “sempre ativo” para o público espectador, que com esse calendário organizado pode preparar suas agendas para acompanhar as atividades artísticas preferidas e, junto a isso, desfrutar de outras possibilidades turísticas na cidade. 3. Pub Crawls Pub Crawl é um tour de galera por diversos bares de uma determinada cidade, ao longo de uma noite. Neste tour, cada um bebe, no mínimo, um drink em cada bar. O trajeto entre um bar e outro é feito todo a pé e deve terminar sempre em uma festa grande da região. A ideia é roteirizar os bares e pubs de Pelotas e proporcionar esse roteiro da diversão para jovens adultos que querem conhecer mais sobre a gastronomia e a cultura da cidade em conversas animadas de bar, bebendo e comendo com os amigos. Esse tipo de roteiro é famoso no mundo todo e, ao acontecer em Pelotas, coloca a cidade ainda mais no mapa da diversão jovem mundial. 4. Arte Urbana Cada vez mais, a arte de rua tem se tornado uma expressão artística de vulto mundial. Sua estética urbana e colorida cria uma atmosfera cosmopolita para as cidades onde sua disposição é organizada e planejada. É uma estratégia simples que transforma o conceito do aspecto visual urbanístico de cidades como Pelotas, que possuem alguns prédios abandonados que vão servir de moldura para grandes artistas da pintura de rua, como Kobra e Os Gêmeos. Estes e outros pintores, além de terem alto reconhecimento artístico mundial, são influenciadores digitais com alta adesão nas suas redes sociais, o que potencializa a divulgação do destino. 5. Summits (Simpósios) Os eventos de empreendedorismo e criatividade são grandes vetores de turismo para cidades com vocação criativa e inovadora em todo o mundo. O South By Southwest (SxSW), que acontece anualmente em Austin, no Texas, é a maior referência no meio. Aqui no Brasil, iniciativas como Hacktown, que acontece no interior de MG, são bons exemplos de como o conhecimento gera fluxo de pessoas em sazonalidades definidas. A ideia aqui é estimular este tipo de encontros profissionais e criativos na cidade de Pelotas, ligando com o conceito de cidade inovadora para aumentar a força do nosso posicionamento. 6. Winter Break (Festival de Inverno) Famoso no mundo todo, o “Spring Break” é um pequeno período de férias universitárias que movimenta o turismo em locais onde a diversão e a vida noturna são atrativos destacados. Em Pelotas, a ideia é deslocar esse momento para as férias de inverno, criando na cidade um roteiro de festas, bares e shows que vão mo22


vimentar a cena do lazer jovem. Com esse movimento, evitamos a evasão dos estudantes que já vivem na cidade em função da universidade, e também estimula a vinda de novos universitários para Pelotas, criando em uma semana essa atmosfera de muita badalação. É possível disponibilizar uma série de shows de música com artistas e bandas de renome nacional e mundial em diferentes pontos da cidade, além de atividades temáticas em bares e festas. 7. Parklets Parklets são minipraças que ocupam o lugar de uma ou duas vagas de estacionamento em vias públicas. São uma extensão da calçada que funcionam como um espaço público de lazer e convivência para qualquer um que passar por ali. Podem possuir bancos, mesas, palcos, floreiras, lixeiras, paraciclos, entre outros elementos de conforto e lazer. Eles representam um novo olhar sobre a utilização do espaço urbano, mais precisamente as vias públicas, que são dominadas pelos veículos como carros e ônibus. Com este conceito contemporâneo de ampliar o convívio das pessoas na cidade e provocar a discussão sobre a utilização dos espaços na cidade, Pelotas pode ser o local com mais Parklets no mundo, gerando destaque e curiosidade para novos visitantes que buscam opções atuais de destino. 8. Rua das Repúblicas A procura de estudantes do interior do estado e do Brasil por moradia barata e funcional em Pelotas é frequente, devido ao grande número de faculdades e universidades. Atualmente, esses estudantes ficam distribuídos em pensionatos e apartamentos de baixo valor de aluguel, espalhados pela cidade. A ideia é centralizar essa oferta através de “co-livings”, uma tendência mundial de compartilhamento de moradias que vêm se tornando uma proposta alternativa e “cool” para jovens que buscam conforto, bons preços e companhia. Nossa ideia propõe uma rua próxima às maiores universidades da cidade onde este tipo de habitação seja ativada por meio de Airbnb, por exemplo. Ao redor deste espaço, toda uma proposta de vida jovem pode ser criada: bares, restaurantes com gastronomia variada, supermercados 24h e espaços de convivência, como uma praça temática de “rodas de chimarrão”. 9. Porto Criativo A vocação criativa de Pelotas é reconhecida regionalmente. Sua vida artística e universitária movimentam uma cena de criatividade que é o norteador do posicionamento turístico proposto. Como estratégia para tangibilizar esse conceito, a ideia é criar um bairro criativo na cidade, onde se reproduzirá um pouco de tudo que esse destino turístico pode oferecer. Essa lógica de aplicação de conceito acontece em vários lugares do mundo: Porto Alegre tem a iniciativa de reativar o 4º Distrito, Buenos Aires e Barcelona já fizeram isso em suas zonas portuárias com muito sucesso. Nossa proposta é utilizar o bairro Porto (e o tradicional Quadrado, espaço que já recebe algumas iniciativas de restauração), para centralizar ações como: pinturas de rua, museu do pescador, visitas a navios antigos, bares e restaurantes, espaços fechados para atividades físicas como patinação e bicicletas, além de churrasqueiras públicas. 10. Nova Fenadoce Evento tradicional da cidade, exalta um dos símbolos mais forte de Pelotas: o doce. Em seu formato atual, reúne visitantes de vários lugares do estado, trazendo shows e atrações nacionais para a região. Mas como é possível mesclar tradição com criatividade, a fim de reforçar o posicionamento turístico proposto? A ideia é incrementar a festa com mais atividades, a fim de reinventá-lo. A “Ant Parade”, evento que ressignifica as famosas “Cow Parades” do mundo, pode trazer às ruas a criatividade plástica aplicada ao mascote do evento. Além disso, é possível reunir os artistas locais da cidade para uma peça teatral de rua que mostre as origens da história do doce na região e suas influências culturais. A versão Masterchef focada em novas receitas de doce pode ser uma ativação de imagem de Pelotas, que aconteceria durante o evento. Por fim, grandes esculturas feitas de doce espalhadas pela cidade, que podem ser fotografadas pelos visitantes, criariam impac23


AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 2 to visual para postagens nas redes sociais através de uma experiência diferente e inusitada. 11. Rambla Bento Gonçalves Uma das avenidas mais importantes da cidade de Pelotas possui grandes canteiros centrais onde, hoje em dia, não há uma ocupação organizada e uniforme. Nossa ideia é transformar este espaço em uma grande exposição artística ao ar livre, com diversas atividades em modo permanente que atraia os visitantes que queiram ter contato com música, dança, teatro, escultura e pintura. Com grandes bancos, espaços para relaxamento e até um redário, na Rambla Bento Gonçalves o tempo passa mais devagar e é possível assistir grandes artistas fazendo performances abertas. Pintores e seus cavaletes mostrando ao vivo suas inspirações, pequenas orquestras de câmara tocando música clássica e popular, artistas de ruas com seus malabarismos e performances compõem este ambiente que ainda pode receber pequenos comércios como cafés e floriculturas. 12. Praça Multiuso A Praça Cel. Pedro Osório recebe anualmente grandes eventos, como a Feira do Livro e o Doce Natal. Nossa ideia é criar um calendário anual de atividades no local, aproveitando a vocação do espaço para receber grandes públicos. Com a instalação de uma arena a céu aberto, com arquibancadas fixas em um grande telão, é possível criar um “Cinema na Praça”, apresentando filmes de produção local e nacional nos finais de semana. Aproveitando este mesmo equipamento, o espaço vira uma “Fan Fest Pelotas” para que a população e visitantes assistam grandes eventos esportivos no local. Lá, é possível prever também um palco para apresentações mensais do grupo Tholl e outras companhias de arte da cidade. Esse espaço pode ser também um centro de eventos abertos ao público em geral com conteúdo de interesse coletivo: saraus, declamadores gauchescos e até mesmo palestrantes poderiam usar o local com estímulo e patrocínio de empresas interessadas em divulgação. 13. Free Walking Photo Tour Nas grandes cidades do mundo, o Free Walking Tour é uma maneira inclusiva e coletiva de apresentar os atrativos locais para visitantes. A ideia é oferecer um serviço guiado a partir de um ponto turístico relevante, onde turistas têm uma noção macro da cultura da região. Estes passeios podem ser monitorados por jovens guias de turismo provenientes das faculdades de turismo da cidade, que vão mostrar o que Pelotas tem de mais marcante. Junto ao passeio, se disponibilizará alguns fotógrafos que ajudarão os turistas e até mesmo preparar fotos “instagramáveis”, que servirão como divulgação da cidade através de uma hashtag como “PelotasPhotoTour”. 14. Virada Cultural Este evento, que já existe em algumas cidades do Brasil e do mundo, combina muito bem com os atrativos da cidade de Pelotas e seu posicionamento turístico. A ideia é criar, em alguns finais de semana do ano, a possibilidade de visitação dos espaços culturais por 24 horas, de forma gratuita. Exposições, peças, apresentações e concertos acontecem pela manhã, tarde e noite, virando a madrugada. Com essa movimentação, todo o comércio e atividades gastronômicas também se favorece pois aumenta consideravelmente o fluxo de visitantes. Para isso, se disponibilizará transporte coletivo especial e facilitar o trânsito de bicicletas. Nossa ideia é criar quatro viradas culturais por ano, no início da cada uma das estações. 15. Histórias Daqui A cidade de Pelotas é reconhecida por sua beleza arquitetônica e urbana. Por isso, alguns filmes e séries de grande renome nacional já foram gravados por aqui. “Incidente em Antares”, “Casa das Sete Mulheres” e “O Tempo e o Vento” são alguns dos mais famosos. Nossa ideia é potencializar essas histórias contadas na 24


cidade e usar os espaços que serviram de sets de filmagem para transformá-los em “parques temáticos” ou pequenos museus literários. A mistura de ficção e realidade que essas histórias trazem para a região pode atrair turistas interessados que foram atraídos pelos livros e produções cinematográficas. 16. Festival dos Sabores A diversidade cultural de Pelotas é imensa. Esse cruzamento de culturas pode ser explorado como atrativo a partir da gastronomia. Nossa ideia é criar uma grande experiência de comida de rua que acontece trimestralmente, algo semelhante como o Smorgasburg, o maior festival de comida de rua do mundo, que acontece no Brooklin (Nova Iorque), São Paulo, entre outras. Ele pode ser itinerante e acontecer em diferentes parques da cidade nas suas quatro edições anuais, trazendo a curadoria de chefs locais e nacionais para criar iguarias deliciosas e simples, bem ao estilo street food. Barracas, Food Trucks e grandes mesas para compartilhamento, além de música ao vivo, fazem deste evento um grande atrativo para turistas. 17. Verão animado no Laranjal A Praia do Laranjal é um espaço de tranquilidade e contato com a natureza que serve de refúgio para os moradores de Pelotas. O que se quer propor é uma ativação mais forte deste espaço no período do verão, aproveitando esse conceito escapista e transformar o Laranjal no local mais tranquilo para passar o verão no Brasil. Ao contrário das grandes praias, que reúnem multidões em torno de grandes eventos, como festivais e jogos esportivos, o Laranjal será um espaço para meditação, aulas de yoga, caminhadas leves, redes comunitárias e palestras sobre saúde física e mental. Grandes espaços para retiros podem ser construídos e preparados para todos aqueles que quiserem paz e tranquilidade na temporada mais agitada do ano. 18. Cabanas na Colônia A região das colônias em Pelotas é repleta de atrativos naturais que atendem turistas interessados nas tradições e no contato com a natureza. Para potencializar esse fluxo, podemos criar uma hotelaria típica neste local: cabanas rústicas, ou até mesmo o conceito de “hotel barraca”, que existe em Cambará do Sul, com conceito importado da África do Sul. Estas barracas, além de proporcionarem um visual arquitetônica diferente, também podem oferecer a seus visitantes as iguarias locais, como os cafés coloniais. Outro atrativo que pode ser estimulado nesta região é a colheita de orgânicos. Os visitantes podem ter acesso a produtos frescos e, mais do que isso, viverem a experiência da vida campestre. 19. Parque das Artes Pelotas é reconhecida pela sua íntima relação com as artes e a cultura, além de seu espaço de convívio com a natureza através de seus parques e praças. É possível potencializar essa região criando um grande parque de instalações artísticas, seguindo a mesma linha de Inhotim, em Minas Gerais. Criar, em um espaço arborizado, um jardim botânico sob responsabilidade de um instituto de arte contemporânea é uma estratégia para chamar a atenção de visitantes que gostam de cultura e vida ao ar livre. 20. Indústria Criativa Pelotense A indústria criativa é formada por 14 segmentos de atividades. A ideia seria fazer esses segmerntos tornarem-se protagonistas em Pelotas, propondo serviços, cursos, exposições, produtos e atividades integradas que levassem o talento da cidade para fora dos limites do município. Com o selo “Pelotas Criativa”, todas as iniciativas relacionadas a esta indústria levariam consigo uma identidade visual própria e uniforme. Por exemplo: filmes e séries criadas e/ou gravadas na cidade levariam esse selo de forma explícita. Nas lojas, bares e restaurantes que oferecessem aos turistas produtos criados em Pelotas, poderíamos ter este selo nas fachadas, nos materiais de divulgação e nos próprios produtos. 25


REFERÊNCIAS TURÍSTICAS

Barcelona, Espanha Por que é uma referência? De uma cidade conhecida por modernistas como Gaudi e Domènech, Barcelona aproveitou os Jogos Olímpicos de 1992 para transformar-se em uma das cidades mais criativas e visitadas do mundo. Atividades da economia criativa, como a Gastronomia, tornou-se referência mundial, atraindo milhares de visitantes todos os anos. As famosas ramblas concentram artistas de rua e artesãos, num verdadeiro atelier a céu aberto. Barcelona viabilizou a produção de filmes (como Vicky Cristina Barcelona) e diversos eventos que ajudaram a consolidar sua imagem. Desenvolveu o Distrito 22@, uma região voltada ao empreendedorismo e à inovação.

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Curitiba, Paraná Por que é uma referência? Curitiba é uma cidade intensa, de dia e de noite, com um ecossistema integrado para promover o turismo, com congressos, eventos, shows, espetáculos etc. O Festival de Teatro de Curitiba, que está na 29ª edição, faz com que a cidade receba visitantes de todo o país. A cidade é repleta de museus (MON, Museu de Arte Contemporânea, Museu Paranaense etc.). Ao longo do ano, eles realizam atividades integradas que incentivam a visitação e a atração de turistas. Todo ano, a cidade se veste para o Natal, com decoração, espetáculos, criações artísticas e dezenas de atrações.

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2.3 TERRITÓRIO 3

PROPOSTA DE VALOR O Ecossistema do Território 3 apresentado a seguir, diferente dos demais, não tem um contato pleno com as águas da Costa Doce. As exceções são as cidades de Arroio Grande e Jaguarão, que margeiam a Lagoa Mirim. Este território apresenta outra faceta do Extremo Sul do Brasil, com o título-chave Meu Pago, que busca resgatar e representar três pilares que alicerçam a identidade da região: 28

MEU PAGO

1. A memória da Revolução Farroupilha e todos resquícios que seguem presentes e marcados no território; 2. O culto as tradições, costumes e folclores do gaúcho, com suas indumentárias, danças, músicas, valores etc; 3. Por fim, a vida no campo, com suas paisagens, estâncias, fazendas, plantações e gado, permitem tanto um turismo de contemplação da natureza, como também um turismo de convívio com as lidas rurais.


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ECOSSISTEMA TURÍSTICO DO TERRITÓRIO 3 Estâncias Grife de camisetas, bonés... Fazendas Instrumentos musicais, Arreios Chácaras Artesanatos, Souvenirs Sítios Erva-mate, Cuia/bomba, mateira Pousadas Eucaliptos/Madeireiras Cabanhas Azeite, Arroz, Soja,... Campings Marca própria Cabanas Universidades Visitação Orgânicos, etc Escolas Agrícolas Outros

Carreteiro Charque Pães, Doces Rapaduras

Cursos, oficinas Saídas de Campo Observação

Pratos típicos Churrascarias Feiras, cursos Fazer, degustar Casarios/Taperas/ruínas Igrejas, Ruas e Praças, Clubes Centros históricos e Mercados Museus, Teatros, Centros de Cultura Ponte Br. de Mauá, Fontes e Cacimbas Galpão Crioulo Jornal do Almoço Globo Repórter/Rural Outras produções nacionais

Filmes Séries Programas Vídeos Web

Antiga estrada de ferro Balneários Municipais 30

Qualificação

Gastronomia Patrimônio Audiovisual Cenários Comemorações

Lagoa Mirim Outras Encenaçõ Rio Semana e projeçõ Camaquã Farroupilha Serras e Cerros Cavalgada Shows Desfile da Chama Sítios Arqueológico Crioula Acampamento

Caminhos rurais Campos de Poncho Verde

Farol de Ponta Alegre

Produtos


MEU PAGO Andar a cavalo/pônei/charrete/carreta/carroça Tertúlia, Fogo de Chão, roda de Chimarrão Visitar lavouras, ver plantio e colheita Pescaria e banho/saltos em rios/açudes Lida com gado Marcação de gado Assar carne Banho / vacinação Dia de: Tosa de ovelhas Frio / Geada Vivência

ões ões

Exposições

Eventos

Agropecuárias

FeOvelha Remates Outras

Carreiras, Domas Gineteadas, Laço Rodeios Shows Prendas Bailes Peões Piquetes Concursos CTGs Ensaio de Invernadas Cantores nativistas Artistas Declamadores, trovadores Dançarinos, sapateadores, ... Poetas, escritores, artesãos, pintores Cultura Livros, contos, poesias, etc. Mostras, Feiras do Livro, ... Indumentária Festival da Cultura Gaúcha Uso, exaltação, confecção e comercialização Exposições de várias épocas/estilos/modelos Festas Para diferentes públicos e segmentos (Ex. Jovens, ...)

Festivais

Encontros

de CTGs, de Piquetes Tradicionalistas de artesãos, de artesanato, Musicais de compositores, músicos, historiadores de Invernadas Artísticas (ENART/FEGART) Literários Vertente Jogos Rurais, Olímpiada do Gaúcho Comparsa Gastronômicos Congressos temáticos Terra & Cor 31


AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 3 1. Estâncias e Fazendas Show Potencializar hotéis-fazenda com ofertas de impacto condensadas em um final de semana por mês, articuladas com datas estratégicas para a fazenda, como o dia de movimentação com o gado, dia de esquila, colheita, plantio, abate etc. Soma-se ao que já existe, programação complementar, como corais, artistas locais, invernadas artísticas, encenação teatral. Sugere-se ainda finais de semana temáticos, como um final de semana de Páscoa, com atrativos alinhados, ou ainda, finais de semana especiais, com um grande atrativo-chamariz, presença do Borghetinho, presença do Guri de Uruguaiana etc. 2. Ampliar o conceito de Museus Mapear o que de qualidade pode estar em exposição. Os Museus da região possuem poucos objetos de valor ou baixo estado de conservação. O que se sugere são museus, ou espaços de exposições mais contemporâneos. Ex.: Em uma propriedade rural, criar uma grande exposição com número expressivo de charretes, carroças, carretas. Criar espaço de exposição com centenas, sim centenas, de indumentárias da cultura gaúcha, não apenas bombacha e vestido de prenda. Pesquisar na história, recriar, não ficar focado em restos de época. Muito outros espaços poderão ser criados, outro exemplo seria algo que reunisse todos instrumentos musicais regionais, com sua variedade de formatos, um ambiente como todos estilos de gaita, ou com violões de diferentes épocas etc. Inúmeras outras temáticas podem ser exploradas, isso possibilitaria criar um dia a Casa do Gaúcho, que seria um espaço com um pouco de todos esses museus propostos. 3. Festival da Cultura Gaúcha Realização de um Festival Anual da Cultura Gaúcha na região, ao estilo FLIP (Paraty-RJ), que seja um grande encontro histórico-tradicionalista-campeiro. Com historiadores, músicos, poetas, escritores, CTGs, piquetes, prendas e peões, invernadas artísticas, grupos teatrais, apresentações e encenações, mídia em geral, artesanato, gastronomia, e tudo mais. A partir desse grande encontro de atores e matéria-prima local, organizar ampla agenda para encontros, debates e apresentações para o público externo. 4. Produzir Audiovisualidades O filme Saneamento Básico (2007), de Jorge Furtado, foi gravado na interior da Serra Gaúcha com baixo orçamento e deu uma grande visibilidade para a pequena cidade de Monte Belo do Sul. Vicky Cristina Barcelona (2008) é um filme de Woody Allen que cumpre uma mesma função, dar visibilidade a um determinado lugar, conectando cineastas/diretores que precisam de cenários e interesses locais. Sem pensar de forma grandiosa, o que se propõe aqui inicialmente é buscar parceria com cursos de cinema do Rio Grande do Sul, bem como com a Casa de Cinema de Porto Alegre, para viabilizar filmagens na região. Além disso, deverá ser prospectada a presença de reportagens, gravações de vídeos para youtube, programas de TV artísticos ou campeiros nas paisagens, empreendimentos e atrativos locais. 5. Profissionalizar o artesanato local, ao estilo nordeste O artesanato gaúcho em geral é muito rústico, com pouco design e valor agregado, restrito muitas vezes a produtos de couro/lã caseiros. Sugere-se um amplo esforço de estudo do artesanato nordestino, como referência, que consegue ser comercializado em vários estados, aeroportos, lojas especializadas, inclusive sendo exportado, sustentando artesãos e comerciantes. Há inclusive no nordeste cursos de pós-graduação em artesanato, por isso indica-se parceria com cursos de Design gaúchos para qualificar oferta de produtos. Ex.: Peças de santos nordestinos em barro valem mais de R$ 1.000,00, pois são elementos de decoração. Outra frente de atuação seria convidar artesãos, pintores e criativos para repaginar a imagem da região projetada para fora, em pinturas, esculturas, fotografias, entre outros. 32


6. Driblar a sazonalidade e potencializar atrativos O desafio posto aqui é não ficar refém de atrativos de uma data única. Ex. Semana Farroupilha, que deverá ter seletivas (pré-eventos) de lançamento, preparação, seleção, ensaios etc (Referência: O Carnaval no Rio acontece em um final semana, mas passa seis meses com eventos de preparação, como ensaios, escolha do samba enredo, visita ao barracão, fantasias, shows para arrecadação de recursos etc). Todos atrativos do ecossistema de posicionamento turístico apresentado devem ser pensados com desdobramentos para ocuparem o calendário anual. O exemplo mais próximo é Gramado, com uma oferta de eventos/atrativos de janeiro a janeiro. A estratégia é mesclar eventos/atrativos de períodos determinados com outros atemporais. 7. Patrimônio Histórico Multiuso Casarios, taperas, ruínas, mercados públicos, museus, fontes, entre outros, deverão ir além de posicionarem-se como palco para fotos, ou seja, atrativos de poucos minutos. A exploração turística deste patrimônio deverá receber atrações complementares diferenciadas para enriquecer a potencialidade percebida. Sugere-se que cada edificação, monumento ou outro, seja ocupado, quando não receber destino mais nobre, por apresentações artísticas e culturais, exposições (anteriormente se sugeriu mostra de indumentárias), projeções, comemorações e comércio de produtos, entre outros. Com essa linha de raciocínio se pretende ampliar o potencial turístico do patrimônio histórico da região. 8. Propriedades rurais temáticas Partindo da premissa de que toda oferta de atividades rurais é muito parecida, coloca-se o desafio de diversificá-la. Assim, indica-se um mapeamento completo de todas estâncias, fazendas, chácaras, sítios, pousadas, cabanhas e campings rurais que estariam aptos e dispostos a receberem turistas, para, na sequência, começar um estudo de potencialidades e criação de ofertas diferenciadas, com temáticas e posicionamentos variados. Ex.: Uma propriedade rural com foco em criação de cavalos, outro em ovelhas, outra no plantio do arroz, ou orgânicos, outra com uma fábrica caseira de pães, outra com mini museu de arreios para montaria. Há no interior da Serra Gaúcha, por exemplo, uma propriedade/restaurante cujo foco são os morangos-hidropônicos. 9. Belos caminhos do Sul Paisagismo, arborização, pórticos, letreiros, entre outros, deverão ser estratégias de embelezamento dos caminhos da região, isto é, das estradas e vias da região, bem como de entrada de propriedades rurais, também valendo para a zona urbana. Cita-se, como exemplo, as cursas azuladas da região das hortênsias na Serra Gaúcha e a rua denominada ‘mais bela do mundo’ no bairro Floresta, em Porto Alegre, toda coberta de verde. 10. Novos usos para os CTGs Os Centros de Tradição Gaúcha deverão almejar o papel de Casa do Gaúcho, com intensas atividades e ofertas, como a confraternização, o aprendizado e a comercialização de itens da cultura gaúcha. Entretanto, o que se sugere aqui é um protagonismo total dos CTGs nesta região, podendo posicionarem-se como Centros de Informação e recepção de turistas. 11. Uso do frio como atrativo Lindas são as paisagens com geadas, neblinas e serrações, assim como a gastronomia aquecida para esses momentos. Nem todos os cantos do país podem viver esses momentos, por isso, o frio torna-se um atrativo que pode ser explorado turisticamente com certo grau de criatividade. Esse é o desafio. Registra-se que era comum em pequenos municípios desta região promover carnavais de inverno para o público jovem. 33


REFERÊNCIAS TURÍSTICAS

Parintins, Amazonas Por que é uma referência? A cidade de Parintins, no interior da Amazônia, tem reconhecimento nacional e internacional graças ao culto de suas tradições e história. Lá, é realizado um evento anual, que acontece todos os anos nos meses de junho. Essa festa acontece, nesse formato, desde 1965. A partir das lendas e tradições da região da Amazônia, existe uma disputa entre duas agremiações, chamadas de “bois”: Garantido e Caprichoso. Interessados em uma cultura genuína e apaixonante, milhares de turistas se deslocam para a região. A transmissão desse evento, que é praticamente um show, é transmitido em rede nacional.

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Barretos, São Paulo Por que é uma referência? O posicionamento da cidade de Barretos foi construído a partir da Festa do Peão Boiadeiro, realizada anualmente desde 1956. O parque do peão, local de realização da Festa, foi projetado por Oscar Niemeyer, o que por si só, já atrai visitantes. No interior do parque, localiza-se a arena, que serve para os rodeios, mas também para shows e ventos durante todo o ano. Todos os eventos e atrações remetem ao estilo “boiadeiro”, que também reflete-se na moda, na gastronomia, nos hotéis, no jeito de receber os turistas. O posicionamento estende-se por uma grande diversidade de produtos e marcas que também encarregam-se de promover a cidade.

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2.4 TERRITÓRIO 4

PROPOSTA DE VALOR Natureza extrema define o posicionamento do ecossistema turístico do Território 4, localizado na faixa litorânea que se estende do município de Tavares ao Chuí. Este território representa a parte mais selvagem do Extremo Sul do Brasil, ao mesmo tempo rico em produção e cultura. Os pilares que direcionam as atrações e sustentam o posicionamento do Território 4 são: 1. Horizonte sem fim, que parte da presença de paisagens e caminhos a perder de vista; 36

COSTA DO MAR

2. Biodiversidade, que valoriza a riqueza da fauna e da flora do sul do Brasil; 3. Cultura entre-mares, que mostra a vida entre o mar e a lagoa, também chamado ‘de mar de fora’ e ‘mar de dentro’. Em relação aos outros território da Costa Doce Gaúcha, o Território 4 é o único banhado pelo mar. Além disso, as duas reservas naturais, suas diversas lagoas e a maior praia do mundo, mostram o potencial de desenvolvimento turístico fortemente relacionado ao ecoturismo, aventura e esportes náuticos.


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ECOSSISTEMA TURÍSTICO DO TERRITÓRIO 4

APA dos Botos

Reserva do Taim Observação da avifauna Safaris fotográficos Expedições

APA Banhado Maçarico Lagoa do Peixe

APA da Lagoa Verde Refúgio Vida Silvestre

Trilhas ecológicas Acampamentos

Refeições com chefs convidados

Festival

Gastronomia

TERRITÓRIO 4

Produtos locais

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Cultura Além-Mar (Portuguesa) Arroz Cebola

Festas religiosas

Jurupiga

Cordeiro pré-salgado

Museus Casarios

Museus temáticos

Eventos

Camarão da L. do Peixe

Igrejas e capelas

Museu Mu M

Experiências

Aulas e palestras

Frutos do mar

Mercado Público RG

Museu Im

Parques e reservas

Observação de estrelas

Degustação e venda de produtos Festa do Pescador e Pescadora Festa do Mar Festa do Camarão Festa da Anchova Festa da Cebola Festival dos Sabores

Eco Museu da Ilha da Pólvora

Festa de São Pedro

Anchova Ilhas de RG Patrimônio Histórico

Artesanato e tapeçaria

Festa N. Sra. Navegantes

Contem

Prainha (SJN) Molhe Leste

D M

Festa N. Sra. da Boa Viagem Rinção da Ceb Festa de Iemanjá


COSTA DO MAR

mperial Marinheiro

u Oceanográfico useu Sacro Museu Náutico Museu da Cidade Museu do Porto

Lagoas, lagunas e mar Pesquisa

Canal São Gonçalo

Cursos de extensão

Sambaquis Banhados Conchário

Educação Ambiental

Dunas

Paisagens

Balneário Costa Doce Praia do Barranco

Capão da Marca Capão de Fora Cristóvão Pereira

Capilla

Mar

Praias

Mostardas Barra do Chuí Cassino Lagoa

Faróis

Praia do Mar Grosso Hermenegildo

Barrinha do Estreito

Lagoa

Praia do Farol

Barra Atalaia Sarita Verga Albardão Chuí Trekking 4X4

Mar Caiaque SUP Trekking Eventos Cavalgada Maratona esportivos Kite Surf Natação Beach-soccer Windcar Vela Cassino-Chuí Ponto de parada Travessias Rio Grande – Chuí para observação (BR471) do Taim mplação Rio Grande – Torres – SJ Norte Wayfinding (BR101) Arrio Grande Lagoa – Oceano RG - SJ Norte “Extremo Sul (Tavares) do Brasil” Vela Doca do Molhes da Barra Balsa Informações Mercado Caiaque 4x4 turísticas Trilha Bike Porto de Sta. Vit. Barco/Lancha Natação Cavalgada bola do Palmar Surf

Kite surf Jet-ski

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AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 4 1. Hotéis e pousadas No início, Rio Grande pode ser o grande ponto de apoio para os turistas da região, por sua posição geográfica e por possuir uma oferta hoteleira diversificada. No entanto, para a construção do posicionamento desejado, é fundamental o empreendimento de novos hotéis e pousadas que propiciem ao visitante o contato “extremo” com a natureza. Cabanas às margens das lagoas, chalés próximos aos faróis, barracas térmicas junto às trilhas para expedições de observação de pássaros, quartos com vista para o mar, além de alojamentos em fazendas, são alguns exemplos de hospedagens desejáveis para o local. 2. Oferta turística integral A região conta com diversos operadores locais de turismo, que oferecem passeios e roteiros. Entretanto, a oferta, em geral, não proporciona o sistema completo para uma boa estada: hospedagem confortável; alimentação de qualidade, com ênfase nos produtos locais; atrações para os diferentes perfis de públicos etc. Além disso, fica restrita a uma região específica do território. Com uma maior integração entre os agentes dos diferentes municípios, o visitante poderia ter uma experiência mais completa. Para isso, os agentes locais poderiam ser envolvidos em processo de projetação conjunta da oferta. 3. Eventos esportivos O território 4 é muito propício à prática de esportes náuticos e de aventura. Alguns eventos ganharam corpo nos últimos anos, como a Ultramarathon Extremo Sul, a Corrida de Aventura Caminho dos Ventos e o Mar Grosso Open Surf. De toda forma, ainda estão longe de destacarem-se no cenário nacional. Para tanto, é necessário um trabalho de qualificação das ofertas existentes de promoção de novas ofertas. É necessário também a articulação conjunta de um calendário, que encadeie os eventos ao longo do ano, e da transformação de pequenos eventos em promoções maiores. 4. Acesso ao Taim A Estação Ecológica do Taim tem potencial para constituir-se em uma das principais atrações turísticas do estado. Para isso, é preciso que sejam criadas as condições para que o turista acesse o local. Um movimento que deve ser feito, sem prejuízo ambiental, evidentemente. A regulamentação para visitação depende do poder público responsável. Mas, em paralelo, iniciativas podem ser implementadas, como o estímulo a que proprietários de terras vizinhas ao parque ofereçam ofereçam hospedagem e passeios nas proximidades da Estação, como acontece no Pantanal, por exemplo. 5. Projeto Taim A exemplo do Tamar, poderia ser criado o Projeto Taim, em parceria com ONGs, Prefeituras, Governo Estadual e o ICMBio, que autuaria e quatro linhas: conservação, pesquisa aplicada, educação ambiental e o desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Os recursos deveriam vir da iniciativa privada, interessada em promover a sua marca – os empreendimentos da região, como os produtores de arroz e de madeira, por exemplo, deveriam ser envolvidos. A iniciativa poderia ser uma forma garantir o acesso à área, sem comprometer a preservação do local. 6. Gastronomia O Território 4 possui vocação gastronômica peculiar no RS, dada a sua proximidade com o mar, com as lagoas e uma terra bastante fértil no meio delas. O Arroz do Litoral Norte, cultivado na região de Tavares, possui Denominação de Origem, mas outros também tem potencial identitário, como o camarão da Lagoa do Peixe, por exemplo. Deve ser realizado um projeto de construção de uma gastronomia regional capaz de converter-se em um atrativo turístico. Para isso, é preciso a identificação de oportunidades, qualificação de produtores e restaurantes, além do incentivo a novos empreendimentos. 40


7. Festival do Mar Os municípios da região contam com diversas festas relacionadas à gastronomia local, como a Festa da Anchova, do Camarão, da Cebola, entre outras. Já a Festa do Mar não tem sido realizada nos últimos anos. A ideia é a de promoção de um evento maior, capaz de dar luz a toda produção gastronômica da região: o Festival Gastronômico do Mar, com exposição e venda de produtos, aulas e palestras, cursos rápidos de capacitação de cozinheiros e garçons, refeições produzidas por chefs reconhecidos e ampla repercussão midiática. As atividades devem se estender durante um mês inteiro, envolvendo todos os municípios, com um calendário único e integrado. 8. Passantes No verão, milhares de turistas brasileiros cruzam a BR 116 e a BR 471 em direção ao Uruguai, e uruguaios no sentido inverso. Como a viagem é longa e, em muitos casos, os viajantes estão em férias, poderiam ser convidados a conhecer algumas atrações do Território 4, ficando dois ou três dias na região. Para isso, é necessária a qualificação da oferta atual de hospedagem no Chuí e Santa Vitória do Palmar, e também o direcionamento para Rio Grande. Além disso, é preciso que seja comunicada esta oferta, com um conjunto de atrações, alternativas de hospedagem (confortáveis) e de alimentação. 9. Revitalização de áreas para contemplação O território 4 conta com paisagens próprias para a contemplação. O sol nasce no oceano e põe-se na Lagoa, por exemplo. Para que seus moradores e turistas possam usufruir de momentos como esses, é necessário que os espaços públicos sejam convidativos, limpos e seguros. Nesse sentido, devem ser empregados esforços para a revitalização da Prainha (S. J. do Norte), da Doca do Mercado (Rio Grande), dos Molhes da Barra (Cassino) e do Porto de Sta. Vitória do Palmar e de outros locais como estes. Podem ser instalados mobiliários urbanos que, além de acolher os visitantes, estimulem fotos e publicações nas redes sociais. 10. Festa da Rainha do Mar As comemorações do Dia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanja são tradicionais nos municípios da região. Dada a quantidade de atrações aquáticas que a região possui, as festas têm muito potencial para tornarem-se uma grande atração turística. Para isso, deve-se ir além das tradicionais procissões e oferendas do dia 2 de fevereiro. Podem ser promovidos espetáculos artísticos que evoquem as histórias relativas à data, missas e cerimônias especiais, chuva de papel picado pelas ruas, barcos e carros enfeitados. Os municípios devem vestir-se para a data, transformando-se em um grande cenário festivo. 12. Roupas e acessórios O posicionamento do Território 4, voltado para o Mar e para a natureza extrema, é bastante sugestivo como tema para coleções de roupas e acessórios. No Cassino, há uma grife chamada Catavento Cassino, que produz uma moda praia temática, com estampas e composições sobre o balneário. Vários outros locais têm a mesma vocação, como o Taim, a Lagoa do Peixe, a Ilha dos Marinheiros, ou mesmo os faróis da região. O projeto deve incentivar o surgimento de novas iniciativas nesse sentido. Além de serem peças de divulgação do território, são alternativas de presentes para o turista em férias. 13. Festival Contemplação da Natureza do Sul Observação de pássaros, de animais silvestres, de estrelas e da lua, das águas, do nascer do sol no mar, o pôr do sol na Lagoa. Todos esses são temas possíveis para a realização de um grande festival no território 4. O evento pode ter formatos diversos, de acordo com a vocação turística de cada município. Deve ser projetado uma programação intensa e articulada entre as diversas ofertas, com acampamentos em praias e lugares ermos, palestras, pic-nics, churrascos no campo, prática de meditação, passeios a cavalo, de barco nas lagoas etc.

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AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O TERRITÓRIO 4 14. Caçadores de Faróis As margens do Oceano Atlântico e da Lagoa dos Patos possuem diversos faróis. “Caçar” faróis é apenas uma desculpa para conhecer e usufruir das belezas locais. Já existem roteiros nesse sentido, como o que oferece uma caminhada entre Cassino e Barra do Chuí. A ideia é ampliar a oferta, envolvendo os outros faróis da região, que podem ser visitados na sua totalidade ou e partes, conforme o tempo disponível. O acesso pode ser realizado por trilhas, a cavalo, veículos 4X4, embarcações etc. Para isso, é necessária a criação de um sistema turístico completo, que contemple transporte, alimentação e hospedagem de qualidade. 15. As maiores experiências do mundo na maior praia do mundo A ideia aqui é o projeto de experiências, a partir de categorias no Guinness Book, que possam ser enquadradas como as maiores do mundo. O maior acampamento, a maior cavalgada, o maior distância percorrida na beira da praia, o maior competição de windcar na praia etc. O objetivo é o de promoção de eventos que, além de atraírem turistas para a região, vão gerar a circulação de notícias em meios de comunicação e postagens em redes sociais. Para isso é necessária a oferta completa, da prospecção ao acolhimento dos visitantes, incluindo atrações paralelas. 16. Rio Grande da cultura e da inovação Rio Grande é um município que tem uma vocação muito grande para a cultura, seja por sua história ou pela presença de universidades e instituições de ensino. Além disso, apresenta um ecossistema em construção voltado para a inovação, que mobiliza universidades, a iniciativa privada e o poder público. Por isso, devem ser mobilizados esforços para o desenvolvimento integrado de ações tanto na área da cultura, aproveitando os museus e prédios históricos, como direcionadas à inovação (eventos científicos, congressos, hackathons etc).

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REFERÊNCIAS TURÍSTICAS Pantanal, Brasil Por que é uma referência? O Pantanal é um bioma brasileiro que estende-se por dois estados e 16 municípios. Mesmo com esta distribuição consegue estabelecer um posicionamento claro associado à natureza, ecologia e atividades aquáticas. Associa as culturas locais da pesca e da criação de gado com o turismo. Apesar do difícil acesso, possui um ecossistema turístico apto a receber turistas de todo o mundo, com transportes especiais e uma rede de hotéis fazendas, de onde parte os passeios para toda a família. O turismo converteu-se em uma importante atividade econômica. Por exemplo, é responsável por 11,4% do PIB de Corumbá (MS).

Costa Rica Por que é uma referência? Seu posicionamento turístico é totalmente voltado à natureza e ao ecoturismo. Possui um território equivalente a 1/5 do Rio Grande do Sul, sendo 40% coberto por bosques e florestas e contando com 5% da biodiversidade do mundo. Alia preservação da natureza com o desenvolvimento do turismo, que responde por 6,3% do PIB do país. Banhada por dois oceanos, é palco de diversos eventos e competições esportivas (surf, kitesurf, pesca aquática etc). Seu posicionamento “Pura Vida” está consolidado e é utilizado em diversos produtos, serviços e experiências.

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3. AS ESTRATÉGIAS 3.1 ESTRATÉGIAS TRANSVERSAIS É um conjunto de estratégias, desdobradas em ações, que tem como objetivo contemplar as lacunas encontradas entre o posicionamento projetado e a realidade atual do território. Conheça aqui os passos estratégicos que orientam a concretização do posicionamento. Para cada categoria estratégica, são apresentados o que falta para complementar a oferta atual (item AÇÃO) e como deve ser implementada a estratégia (item EXECUÇÃO).

QUALIFICAR

EVENTUALIZAR

CALENDARIZAR

AÇÃO: Toda oferta existente deverá ser qualificada. O que se propõe é ir além de atrações ‘in natura’ (que apresentam a realidade autêntica), organizando programações completas enriquecidas com criatividade, repletas de eventos articulados e de impacto. Atrações externas complementarão a oferta local, que também deverá ser aprimorada. Essa mesma linha de raciocínio vale para o que vier ainda a ser criado. Tudo será previamente agendado, com reservas.

AÇÃO: Criar eventos onde eles não existem. Há uma série de prédios históricos, clubes sociais e estruturas não aproveitadas turisticamente, que demandam atividades. A ideia é que após um mapeamento de todas as edificações disponíveis para uso turístico na região, cada uma delas proponha e acolha um evento que dê visibilidade e atraia público. É o caso de bibliotecas municipais, mercado público, museus, entre outros.

AÇÃO: O desafio de ‘calendarizar’ a oferta busca impedir que certos atrativos, como a Semana Farroupilha, sejam atrações sazonais. Por outro lado, se quer evitar que outros atrativos pulverizem público com muitas ofertas. O que se busca é que, as ofertas de finais de semana, por exemplo, sejam agendadas apenas para o último final de cada mês, até que a procura cresça. Atrativos sazonais devem pensar em como se viabilizar ao longo do ano.

EXECUÇÃO: Um final de semana em uma estância (hotel-fazenda), por exemplo, deverá coincidir com o momento de tosa de ovelhas, colheita, doma e outros típicos, ao mesmo tempo que em uma das noites deverá ser promovida uma apresentação musical, com invernada artística local etc. Um passeio em alguma das praias não deve se resumir a observar a natureza. Além da paisagem, podem ser inseridas atividades como passeio em jipes, ou quadrículos, jet-skis, bem como a construção de cabanas próximas para hospedagem, mirantes para fotos etc. 44

EXECUÇÃO: Uma biblioteca municipal pode propor atividades com nomes da cena cultural, como, por exemplo, Luís Fernando Veríssimo palestrando, contando histórias. Outras ideias são: Teatro na biblioteca, Música na biblioteca (com cantores locais), jogos (de tabuleiro) na biblioteca. A mesma lógica vale para todas as edificações disponíveis para uso turístico. Um mercado público, por exemplo, poderá ações criativas que extrapolem suas funções originais.

EXECUÇÃO: Seguindo a lógica proposta, os atrativos não estariam nem disponíveis todo ano, e nem apenas uma vez por ano. Seriam calendarizados. Por exemplo, em um hotel-fazenda, seriam oferecidos pacotes turísticos para o último fim de semana de cada mês, minimizando esforços e condensando o público. Também se vislumbra aproveitar datas especiais. Ex.: Natal na Estância ‘XYZ’, Páscoa no Campo etc. Além dos atrativos programados, inserir ceia de natal, Papai Noel para crianças, apresentações musicais etc.


INFRAESTRUTURAR

PROFISSIONALIZAR

COMUNICAR

AÇÃO: A infraestrutura necessária para receber turistas já foi apresentada. O ponto de partida é ter uma boa suíte para ficar, um lugar encantador para comer, delícias gourmet para experimentar e belos cenários para olhar e fotografar. Mas o que se propõe aqui, de fato, é que se vá além do básico. Não basta ter hotéis, restaurantes e comércio genéricos, eles têm que estar dentro do posicionamento da região e serem diferenciais, com decorações e produtos locais. Cada detalhe deve ser projetado.

AÇÃO: A partir da complexidade e do tamanho da região, faz-se necessário profissionalizar a gestão turística do território e dividir responsabilidades e metas. Após um mapeamento de todas as demandas para alavancar o turismo na região, deve-se definir quem é o responsável por resolvê-las. Cita-se o caso das cidades de Gramado e Canela, que possuem um turismólogo responsável unicamente pela captação de eventos e congressos para essas cidades.

AÇÃO: Após a qualificação dos atrativos e distribuição ao longo de um calendário anual, faz-se necessário traçar estratégias de comunicação e promoção dos diferencias da região, levando em conta as inúmeras plataformas e mídias existentes, assim como os distintos públicos de interesse. Indica-se parceira com agências de turismo nacionais, produção de materiais gráficos, uso de mídias digitais, ampla sinalização, pórticos e outdoors, além do material audiovisual.

EXECUÇÃO: As perguntas a seguir indica o grau de profissionalismo sugerido, na qual metas e responsabilidade são atribuídas/ compartilhadas. Quem se responsabiliza pelas redes sociais e pelo site? Quem é responsável por acompanhar a qualidade dos atrativos? Quem faz a interlocução com a secretaria de turismo estadual e ministério do turismo? Quem cuida dos acessos e infraestrutura? Quem produz um material gráfico unificado? Quem qualifica e alinha o artesanato? Quem faz a gestão dos eventos e calendário anual? Etc...

EXECUÇÃO: Além de uma marca de apelo popular da Costa Doce Gaúcha, deverão ser produzidos vídeos e imagens não-amadoras para compartilhamento em mídias sociais, bem como produções cinematográficas, em parceira com cursos de cinema. Também se sugere viabilizar reportagens em jornais, rádios e TVs de abrangência nacional. Soma-se produtos de promoção da marca da região, como camisetas, adesivos etc. Eventos de lançamento, revista com todos os atrativos da região, site e aplicativos complementam a comunicação.

EXECUÇÃO: Hotéis não deverão apenas hospedar, deverão tornarem-se atrativos. O mesmo vale para restaurantes, cafeterias, bares, atrativos em geral, que deverão apresentarem-se de forma temática, alinhados com o posicionamento do território e com atrações artísticas, musicais, entre outros. Caminhos até os atrativos deverão ser embelezados, como é o Caminho das Hortênsias, com flores, paisagismo etc. e transportes temáticos, como um ônibus campeiro, por exemplo.

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3.2 PLANO DE INFRAESTRUTURA Apresenta-se aqui o detalhamento de algumas sugestões de ações necessárias ao desenvolvimento da infraestrutura, fundamental para o processo de construção da marca Costa Doce Gaúcha.

3.2.1 ECOSSISTEMA DE APOIO AO TURISMO

Hospedagem

Rodovias Rodoviárias

Alimentação Comércio

Aeroporto Taxis/Uber

Hospital

Caminhos

Banheiros

Mirantes

Guias

Urbanidades

Informações Acessibilidade Segurança

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Praças e Parques Centros de Eventos


3.2.2 PRIORIDADES

Hospedagem com serviços e decoração típica qualificada

Restaurantes qualificados com serviços e decoração típica

Comércio especializado, com produtos locais e típicos

Transportes caracterizados com o posicionamento local

Quiosques (containers) de informações ao turista

Parques e praças equipados, criativos e temáticos

Caminhos customizados e embelezados

Recepção e acolhimento

Guias de turismo treinados

Mirantes e observatórios

Vias de acesso, paradouros e estacionamentos

Espaços para eventos e exposições

Terminais rodoviários

Aeroporto comercial próximo

Vida urbana, centros históricos e comerciais

Taxi, Uber e similares

Banheiros públicos

Acesso a pronto socorro e serviços médicos

Acessibilidade e Inclusão

Segurança ao turista

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HOSPEDAGEM Mapear e desenvolver uma rede alternativa de pousadas e hospedarias, com os donos de fazendas, estâncias e sítios recebendo visitantes em suas propriedades. Deverá haver um trabalho de ‘tematização’ caso-a-caso, estimulando que cada hospedagem possua características, atrativos e decoração próprios, diferenciados entre si. Qualificar a estrutura das hospedagens com arquitetura, paisagismo, decoração e implementação de serviços que reforcem o posicionamento do território que pertencem. Todos os quartos deverão ser qualificados e vistoriados seguindo um padrão para receber turistas exigentes do centro do país ou exterior. Preparar as ofertas de hospedagens considerando a diversidade de possibilidades que a região oferece, sempre alinhadas ao posicionamento de cada território.

ALIMENTAÇÃO Qualificar a estrutura regional e oferta de alimentação, implementando serviços, cardápios e conceitos de estabelecimentos alinhados ao posicionamento do território. Criar rede alternativa de restaurantes que incluam empreendedores locais, donos de pousadas, fazendas e estâncias, proporcionando recepção e oferta de alimentação e produtos locais. Implementar novos empreendimentos com diversidade gastronômica, que valorizem a oferta de valor do território. Ofertas podem variar desde as mais populares e tradicionais até a gastronomia mais sofisticada. Estimular a produção local de orgânicos e o uso de insumos produzidos na região. Implantar um programa de incentivo ao consumo de peixe e pescados da região em conjunto com pescadores, proprietários de estabelecimentos e poder público. 48


RECEPÇÃO E ACOLHIMENTO Qualificar o atendimento aos turistas com a oferta de novos serviços, como espaços para degustação e venda de produtos, realização de cursos e eventos. Ofertar cursos e treinar guias de turismo locais para atuarem na região. Realizar constantes oficinas para preparar empreendedores e a comunidade em geral para receberem bem e acolherem os visitantes. Implementar quiosques de informações turísticas em todos municípios da Costa Doce Gaúcha, especialmente nos locais de entrada de turistas (rodoviárias, porto, aeroporto, alfândega), e nos principais paradouros das rodovias (Cristal, por exemplo). Cada ponto de atendimento deve estar preparado para oferecer informações completas sobre as localidades próximas (atrativos, hospedagem e alimentação), como também a respeito de toda Costa Doce Gaúcha. Disponibilizar e facilitar o acesso à informações sobre a região em plataforma digital.

CAMINHOS CUSTOMIZADOS Desenvolver projeto de sinalização típica nas estradas, com o posicionamento Extremo Sul do Brasil e informações sobre pontos turísticos. Instalar áreas para registro fotográfico e mirantes; pontos de parada, com banheiros, áreas para piqueniques. Comercializar os produtos locais em mercados e paradouros posicionados em pontos estratégicos nas BRs 116, 471 e 101, com informações aos turistas. Implantar embelezamento em trechos estratégicos de acesso a pontos turísticos, com paisagismo característico, como por exemplo: túnel verde, ipês, butiás, hortênsias etc. Qualificar acessos aos locais de visitação com caminhos, trapiches e plataformas, conforme cada caso, sempre buscando materiais da região e construções ecológicas.

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ESPAÇOS PÚBLICOS Os parques e praças deverão ser tematizados e equipados com mobiliários criativos. A orla da Lagoa dos Patos deverá ser revitalizada, com espaços para lazer, esportes, bares e restaurante. Processo similar ao que Porto Alegre está fazendo com a Orla do Guaíba. Promover de exposições, feiras e instalações artísticas, efêmeras e permanentes. O mobiliário urbano da cidade (paradas de ônibus, lixeiras, luminárias etc) deve ser repensado a fim de tornarem-se atrativos, como é o caso dos Tubos (paradas de ônibus) de Curitiba – PR. Bairros temáticos, como o Bairro da Liberdade, em São Paulo, e o Distrito Criativo, em Porto Alegre, deverão ser implementados conforme as características de cada um.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Ofertar cursos técnicos, presenciais e à distância, para formação de profissionais para trabalharem no ecossistema turístico, com apoio das instituições de ensino da região. Promover cursos para capacitação em gestão e empreendedorismo para proprietários de estabelecimentos locais e interessados em investirem em novos negócios na região. Criar programa para capacitação de produtores locais e suas associações de classe, mostrando os benefícios dos produtos com certificação de procedência, bem como os processos necessários para a sua conquista. Criar núcleo regional de desenvolvimento de turismo capaz da ativação das ações citadas acima, além da prospecção e captação de oportunidades para a região.

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TRANSPORTE E VIAS DE ACESSO Criar transportes típicos-temáticos para passeios e deslocamentos entre e até os principais pontos turísticos da região. Os meios de transporte já serão atrativos e formas de entretenimento. A ideia é explorar temáticas relativas aos posicionamentos dos territórios ou relacionadas a determinados pontos turísticos e atrativos. Qualificar vias de acesso a pontos turísticos e terminais rodoviários, inserindo paradouros e estacionamentos em pontos estratégicos. Ampliar e qualificar o aeroporto de Pelotas, viabilizando o aumento do número de voos para a região. Taxi, Uber e similares deverão completar a oferta de transporte. Implementar formas alternativas de transporte, como aluguel de bicicletas e patinetes nas orlas.

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3.3 PLANO DE COMUNICAÇÃO Apresenta-se aqui o detalhamento de algumas sugestões de ações necessárias ao desenvolvimento da comunicação, fundamental para o processo de promoção da marca Costa Doce Gaúcha.

3.3.1 ECOSSISTEMA DE PROMOÇÃO TURÍSTICA

Camisetas, Adesivos Bottons e Pins Mascote e Brindes

Marca Territorial Material Impresso Mapa Ilustrado Prod. Editoriais

Intervenções

Site/portal

Sinalização

Redes Sociais

Agências

Aplicativos

Eventos Pórticos e Outdoors Mídia Nacional

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Games Prod. Fotográfica


3.3.2 PRIORIDADES

Marca territorial e aplicação

Intervenções urbanas

Sinalização criativa

Personagens e mascotes

Pórticos e outdoors

Matérias em mídia nacional

Produtos audiovisuais

Portais, sites e aplicativos

Uso de redes sociais

Agências e pacotes turísticos

Mapa turístico ilustrado

Material promocional

Banco de imagens

Produtos editoriais

Ações em eventos e feiras

Ações em datas especiais

Brindes e souvenirs

Bottons e pins promocionais

Camisetas e bonés

Adesivos de lugares

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IDENTIDADE VISUAL Criar a marca “Costa Doce Gaúcha – Extremo Sul do Brasil”, a partir dos atributos e da oferta de valor do território. O conceito sugerido é ‘lettering’, ao estilo Porto de Galinhas, que permita uso em materiais promocionais e também aplicação nos territórios; Desenvolver um Manual de Identidade da Marca para garantir a padronização nas suas aplicações; Incentivar o uso da marca em todas as peças de comunicação produzidas pelos agentes do ecossistema turístico da região; Desenvolver sinalética e ambientação temática ao longo do território a partir da identidade da marca; Desenvolver mascotes ou personagens alinhados com o posicionamento do território; Produzir materiais gráficos.

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IDENTIDADE TERRITORIAL Desenvolver elementos de identidade territorial para serem utilizados nas paisagens ao longo das rodovias ou nos acessos municípios da região; Realizar um concurso para a criação dos elementos, com o envolvimento da comunidade artística da região e do resto do Estado.

Referência: Touro de Osborne – uma enorme silhueta de touro-bravo, de aproximadamente 14 metros de altura, concebida originalmente para promover o Brandy de Jerez Veterano do Grupo Osborne. Com a passagem do tempo e o apego cultural, converteu-se não só em marca comercial desta empresa, mas também em símbolo cultural espanhol.

PRODUTOS E ARTESANATOS Produzir materiais promocionais relacionados ao posicionamento: brindes, souvenirs, bottons e pins, camisetas, adesivos, camisetas, bonés etc; Estimular que empresas de confecções ou lojas locais desenvolvam coleções que tenham como tema o posicionamento “Extremo Sul do Brasil”; Capacitar, por meio de cursos e consultorias, as comunidades, associações e ongs que produzem artesanato a desenvolver produtos que expressem o posicionamento do território; Desenvolver uma rede de pontos de venda para os produtos identitários locais (lojas nos municípios, em postos de gasolina dos principais acessos da região, etc.)

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CONTEÚDOS E MÍDIA Captar produções de conteúdo para as diversas mídias e formatos (publieditoriais, audiovisuais, Film Commission etc.) para que retratem e divulguem os atrativos da região; Contratar serviço especializado de assessoria de Imprensa para publicação de matérias jornalísticas em redes de TV, rádios, jornais, revistas, blogs e portais de notícias; Contratar serviço especializado para promoção de campanhas publicitárias para os eventos principais da região, como Fenadoce, Semana Farroupilha e N.S. Navegantes; Estimular que as Prefeituras invistam na produção e manutenção de um banco de imagens atualizado com atrações culturais, históricas e paisagem locais; Investir nas principais mídias de deslocamento aéreo do país (revistas de bordo e mídia aeroportuária).

AÇÕES COM AGÊNCIAS DE VIAGENS Desenvolver materiais gráficos e eletrônicos com foco em linguagem informativa, apresentando os atributos da região; Criar material no formato mala-direta, despertando assim um interesse maior pelos atrativos da região e destacando os pontos fortes comerciais da Costa Doce Gaúcha; Escolher um grupo seleto de empresas de viagens nacionais para um tour receptivo na região, apresentando os principais pontos da Costa Doce Gaúcha in loco para estes influenciadores; Organizar os contatos das agências de viagens para, de forma sistemática, alimentá-las com novas informações sobre a região através de email marketing.

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REDES SOCIAIS, SITES E APLICATIVOS Desenvolver manual de uso de redes sociais para os diversos agentes do ecossistema de turismo da região, com estratégias e e diretrizes para elaboração de conteúdos (textos, fotos e vídeos) que expressem o posicionamento da região; Estimular a geração de conteúdo em redes sociais, especialmente Instagram e Youtube, por parte dos turistas; Contratar serviço profissional (ou indicar que seja contratado por cada município) para geração de conteúdo, programação de publicidade on-line e links patrocinados em sites de busca; Promover experiências de turismo em sites como o AirBnB, oferecidas por guias de turismo (profissionais ou amadores), restaurantes e locatários de habitações temporárias; Estimular o uso de aplicativos de referência e recomendação, como Tripadvisor, em todos os estabelecimentos ligados ao receptivo turístico, assim como serviços e aplicativos como Citymapper e Google Maps; Desenvolver de aplicativo da região, com a organização do conteúdo e atrativos de forma interativa e fácil acesso ao turista.

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4. A MARCA Para um novo posicionamento, indica-se uma nova marca.

4.1 CONCEITUAÇÃO

4.2 ELEMENTOS NORTEADORES

O desenvolvimento de uma nova marca é muito mais do que a criação de um novo elemento gráfico de representação de um território. É também uma sinalização de mudança significativa, que serve também como uma ação de ativação de um novo posicionamento.

A expressão visual marca Costa Doce Gaúcha é formada por três elementos:

Para a criação da nova marca da Costa Doce Gaúcha, foram estabelecidos 3 pilares que orientaram sua construção gráfica: Territorialidade A marca precisa estar presente, de forma física, no território, como forma de interferir positivamente na paisagem da região. Sendo assim, a nova marca da Costa Doce Gaúcha demanda uma espacialidade, uma volumetria. Legibilidade Como forma de divulgar o território enquanto oferta turística, a marca criada precisava apresentar de forma clara e direta o nome da região. Sendo assim, a sua construção gráfica demanda o que tecnicamente é chamado de “lettering” (marca que trás em sua expressão visual o nome Costa Doce Gaúcha por escrito). Versatilidade A partir da estratégia de multiplicar o conceito do posicionamento da região em diferentes territórios e propostas de valor, a nova marca tem como premissa ser versátil e dinâmica. Sendo assim, a multiplicidade de cores e combinações cromáticas devem ser presentes em sua construção.

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1. Nome: Costa Doce Gaúcha (com a adição do adjetivo “Gaúcha” à “Costa Doce”). 2. Decodificador (ou tag line): Extremo Sul do Brasil. 3. Logotipo: Consiste na formatação visual harmônica de todos os elementos.

4.3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS Por que são referências? São marcas de fácil aplicação e reconhecimento no território. Elas sintetizam a proposta de valor dos locais; O processo de construção da marca testes territórios vai muito além de uma logomarca: há um sistema integrado de estratégias turísticas, atrações, serviços e produtos.


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4.4 LOGOTIPO E VERSÕES A seguir, apresenta-se a marca Costa Doce Gaúcha e sua paleta de cores.

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4.5 APLICAÇÕES DA MARCA

eida rlos Alm João Caretário de Turismo Sec

EXTRE

BRAS UL DO MO S

IL

ail.com alm@gm E-mail: jc 1 99999 99 99 5 Celular: Pitangas, 128 s a d S v. A End. o Sul - R renço d 0 0 0 São Lou 0 0 CEP 90 0

EXTREMO SUL DO BRASIL

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4.6 PRODUTOS DERIVADOS

PELOTAS EXTREMO SUL DO BRASIL

CAMAQUÃ

PIRATINI JAGUARÃO

GUAÍBA

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Coordenação do IPM-UNISINOS Prof. Dr. Marcelo Jacques Fonseca Prof. Dr. Guilherme Trez

Criação e Conceituação Prof. Dr. Fabrício F. Tarouco Prof. Ms. Paulo H. R. Bittencourt Esp. Gustavo Lompa Nunes Esp. Cristiano Flores Fragoso

Coordenação do Projeto pelo Sebrae RS Amanda Bonotto Paim Ciro Vives Fábio Krieger Jussara Cruz Argoud

REALIZAÇÃO:



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