UMA ALMA, VÁRIAS PESSOAS
Escola Secundária de Albufeira Português Ano Letivo 2013/2014 Professora Fernanda Lamy
Filipa Tengarrinha nº18 Francisco Domingos nº19 12ºB
Índice
Breve nota biográfica sobre Fernando Pessoa Breve antologia A época de Fernando Pessoa em imagens Pessoa visto pelos outros Lista bibliográfica de obras/estudos sobre Fernando Pessoa “Escrever com… Pessoa” Conclusões Webgrafia
Introdução
Neste primeiro período do 12º ano foi-nos proposta a elaboração de um dossier temático sobre o poeta memorável que foi Fernando Pessoa, em pares ou em grupos, de modo a que consigamos aprofundar os conhecimentos adquiridos em aula. A finalidade deste projeto passa por desenvolver em nós capacidades como a criatividade, a organização de ideias, a interpretação e compreensão, não só do que nos é pedido, mas também do tema em questão. Ajudar-nos-á também no trabalho em equipa, na partilha de ideias e no aperfeiçoamento de técnicas de escrita e de leitura. O dossier destina-se ainda a dar a conhecer os autores do Património Cultural Português, neste caso um dos mais importantes escritores da nossa literatura e que teve um papel fundamental no progresso da mesma. Primeiramente há toda uma pesquisa e recolha de informações acerca do tema que irá, ao longo deste dossier temático, ser trabalhado; essencialmente, reuniremos a informação sobre a vida de Fernando Pessoa. Posteriormente virá o desafio, onde sentimos mais dificuldade, a parte mais trabalhosa e que exige de nós um trabalho de criatividade e originalidade que não estamos habituados a pôr em prática; produção escrita, leitura e dramatização. Cumpridas as instruções, este documento será fonte de consulta para qualquer questão sobre Fernando Pessoa, ortónimo e heterónimos, vida e obra.
Breve Nota Biográfica sobre Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, no dia 13 de Junho de 1888. Com 5 anos o pai morre de tuberculose. A sua mãe casou pela segunda vez, com o comandante João Miguel Rosa, era cônsul de Portugal em Durban, África do Sul, pelo que se mudaram para lá. Em 1894 criou o seu primeiro heterónimo, Chevalier de Pas. Em 1903 submeteu-se ao exame de admissão na Universidade do Cabo da Boa Esperança, não entrou, mas tirou a melhor nota entre os todos os candidatos. Em 1905 regressa a Portugal e matricula-se no Curso Superior de Letras, o qual abandonou em 1907. Em 1915, lançou a revista “Orpheu”. Em 1925 morrera-lhe a mãe. A 30 de Novembro de 1935, Fernando Pessoa é internado com uma cólica hepática, provocada pelo consumo excessivo de álcool, e acaba por falecer.
Fotobiografia
Fig.1- Fernando Pessoa ao colo da sua mãe, Maria Magdalena Pinheiro Nogueira.
Fig.4- Fernando Pessoa aos 7 anos.
Fig.2- Fernando Pessoa aos 2 anos e meio de idade.
Fig.3- Fernando Pessoa com 6 anos.
Fig.5- Fernando Pessoa aos 10 anos.
Fig.6- Fernando Pessoa com a sua mãe, irão Luís Miguel, padrasto e irmã Teca.
Fig.7- Pessoa em 1908 com 20 anos
Fig.8- Fernando Pessoa em 1914 (26 anos)
Fig.10- Fernando Pessoa com o irmテ」o Luテュs Miguel e a cunhada Eve, em 1935
Fig.9- Fernando Pessoa em 1928 (40 anos)
Fig.11- Fernando Pessoa com Eduardo Mota e Fernando Lobo D窶凖」ila
Breve Antologia Ortónimo
ISTO Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê!
Ó SINO DA MINHA ALDEIA Ó sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro da minha alma.
Por mais que tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho, Soas-me na alma distante.
E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida.
A cada pancada tua, Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto.
À NOITE O silêncio é teu gémeo no Infinito. Quem te conhece, sabe não buscar. Morte visível, vens dessedentar O vago mundo, o mundo estreito e aflito. Se os teus abismos constelados fito, Não sei quem sou ou qual o fim a dar
A tanta dor, a tanta ânsia par Do sonho, e a tanto incerto em que medito. Que vislumbre escondido de melhores Dias ou horas no teu campo cabe? Véu nupcial do fim de fins e dores. Nem sei a angústia que vens consolar-me. Deixa que eu durma, deixa que eu acabe E que a luz nunca venha despertar-me!
Heterónimo (Alberto Caeiro)
QUANDO EU NÃO TE TINHA Quando eu não te tinha Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo... Agora amo a Natureza Como um monge calmo à Virgem Maria, Religiosamente, a meu modo, como dantes, Mas de outra maneira mais comovida e próxima... Vejo melhor os rios quando vou contigo Pelos campos até à beira dos rios; Sentado a teu lado reparando nas nuvens Reparo nelas melhor Tu não me tiraste a Natureza...
Tu mudaste a Natureza... Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim, Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma, Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais, Por tu me escolheres para te ter e te amar, Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente Sobre todas as cousas. Não me arrependo do que fui outrora Porque ainda o sou.
VAI ALTA NO CÉU A LUA DA PRIMAVERA Vai alta no céu a lua da Primavera. Penso em ti e dentro de mim estou completo. Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira. Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.
Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelo campo, E eu andarei contigo pelos campos ver-te colher flores. Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos, Pois quando vieres amanhã e andares comigo no campo a colher flores, Isso será uma alegria e uma verdade para mim.
O AMOR É COMPANHIA O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma cousa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
(Ricardo Reis)
NADA FICA DE NADA Nada fica de nada. Nada somos. Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos Da irrespirável treva que nos pese Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam. Leis feitas, estátuas vistas, odes findas — Tudo tem cova sua. Se nós, carnes A que um íntimo sol dá sangue, temos Poente, por que não elas? Somos contos contando contos, nada.
NÃO QUERO AS OFERENDAS Não quero as oferendas Com que fingis, sinceros Dar-me os dons que me dais. Dais-me o que perderei, Chorando-o, duas vezes, Por vosso e meu, perdido. Antes mo prometais
NÃO TENHAS NADA NAS MÃOS Não tenhas nada nas mãos Nem uma memória na alma, Que quando te puserem Nas mãos o óbolo último, Ao abrirem-te as mãos Nada te cairá. Que trono te querem dar Que Átropos to não tire?
Sem mo dardes, que a perda Será mais na 'sperança Que na recordação. Não terei mais desgosto Que o contínuo da vida, Vendo que com os dias Tarda o que 'spera, e é nada.
Que louros que não fanem Nos arbítrios de Minos? Que horas que te não tornem Da estatura da sombra Que serás quando fores Na noite e ao fim da estrada. Colhe as flores mas larga-as, Das mãos mal as olhaste. Senta-te ao sol. Abdica E sê rei de ti próprio.
(Álvaro de Campos)
NÃO, NÃO É CANSAÇO Não, não é cansaço... É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar. É um domingo às avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo...
O QUE HÁ EM MIM É SOBRETUDO CANSAÇO O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Não, cansaço não é... É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Como tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Há sem dúvida quem não queira nada Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...
POEMA Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor
É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas).
A Época de Fernando Pessoa em imagens
Fig. 12- Unidade monetária corrente na época de Pessoa
Fig. 14- Moda nos anos 20
Fig. 16- Primeiros eléctricos em Lisboa
Fig. 13- Carro de 1910
Fig. 15- Jazz, música que teve um maior destaque nos anos 20
Fig. 17- Zona dos Restauradores, Lisboa
PESSOA VISTO PELOS OUTROS
“Sobre Fernando Pessoa Era um homem que sabia idiomas e fazia versos. Ganhou o pão e o vinho pondo palavras no lugar de palavras, fez versos como os versos se fazem, como se fosse a primeira vez. Começou por se chamar Fernando, pessoa como toda a gente . Um dia lembrou-se de anunciar o aparecimento iminente de um super-Camões, (…), e ele estava de reserva para ser Fernando Pessoas, fenómeno nunca visto antes em Portugal. (…) Fernando diante de um espelho, nele tivesse percebido, de relance, outra pessoa. Pensou que havia sido mais uma ilusão de óptica, das que sempre estão a acontecer sem que lhes prestemos atenção, ou que o último copo de aguardente lhe assentara mal no fígado e na cabeça, mas, à cautela, deu um passo atrás para confirmar se, como é voz corrente, os espelhos não se enganam quando mostram. (…) havia um homem a olhar de dentro do espelho, e esse homem não era Fernando Pessoa. Era até um pouco mais baixo, tinha a cara a puxar para o moreno, toda ela rapada. (…) Fernando Pessoa disse: “Chamo-me Ricardo Reis”. O outro sorriu, assentiu com a cabeça e desapareceu. Durante um momento, o espelho ficou vazio, nu, mas logo a seguir outra imagem surgiu, a de um homem magro, pálido, com aspecto de quem não vai ter muita vida para viver. A Fernando pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro, porém não fez qualquer comentário, só disse: “Chamo-me Alberto Caeiro”. O outro não sorriu, acenou apenas, frouxamente, concordando, e foi-se embora. Fernando Pessoa deixou-se ficar à espera, sempre tinha ouvido dizer que não há duas sem três. A terceira figura tardou uns segundos, era um homem daqueles que exibem saúde para dar e vender, com o ar inconfundível de engenheiro diplomado em Inglaterra. Fernando disse: “Chamo-me Álvaro de Campos”, mas desta vez não esperou que a imagem desaparecesse do espelho, afastou-se ele, provavelmente tinha-se cansado de ter sido tantos em tão pouco tempo. Nessa noite, madrugada alta, Fernando Pessoa acordou a pensar se o tal Álvaro de Campos teria ficado no espelho. Levantou-se, e o que estava lá era a sua própria cara. Disse então: “Chamo-me Bernardo Soares”, e voltou para a cama. (…)Este Fernando Pessoa nunca chegou a ter verdadeiramente a certeza de quem era, mas por causa dessa dúvida é que nós vamos conseguindo saber um pouco mais quem somos.” Fundação Saramago
http://www.youtube.com/watch?v=DH6pxuaeFtw http://www.tvi.iol.pt/videos/13895617 http://sicnoticias.sapo.pt/cultura/2013/06/13/se-fosse-vivo-fernando-pessoa-faria-125-anos
Lista bibliográfica de obras/estudos sobre Fernando Pessoa
“Potência e Negatividade em Fernando Pessoa” Autor: Duarte, Lelia Parreira Editora: Veredas & Cenários
“Fernando Pessoa - Uma quase autobiografia” Autor: Cavalcanti Filho, José Paulo Editora: Record
“Citações e pensamentos de Fernando Pessoa” Autor: Pessoa, Fernando Editora: Leya Brasil
“O paganismo em Fernando Pessoa - e sua projecção Autor: Castro, Ernesto Manuel de Mello e Editora: Annablume
“Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo” Autor: Martins, Fernando Cabral Editora: Leya Brasil
“Fernando Pessoa, o menino da sua mãe” Autor: Pais, Améria Pinto Editora: Companhia das Letras
“Cartas Astrológicas de Fernando Pessoa” Autor: Pizzaro, Paulo C. Editora: Bertrand (Portugal)
“Poesia de Fernando Pessoa para todos” Autor: Abreu, Estela dos Santos Editora: Martins Editora
“Conversa com Fernando Pessoa” Autor: Moises, Carlos Felipe Editora: Ática
Escrever com… Pessoa
Querido diário,
Mais um dia passou, mais um dia cá estou. Sobrevivi, mas nem sempre é fácil, custa pensar de forma diferente, é difícil quando tudo o que queremos está fora do nosso alcance. Na minha cabeça tudo urge de forma rápida, apertada, sinto que vou explodir. Pensar dói, arde, fere, magoa. Só gostava de poder voltar à infância, onde tudo era simples, descomplicado, onde a noção da realidade era pouca, longínqua, onde podia respirar sem me doer o peito de tudo o que nele vai dentro. Só uma coisa me alivia toda esta pressão de viver, os meus caros companheiros de vida, colegas, ombros amigos e que sei que sempre que precisar estarão aqui para mim; falo portanto do meu mestre Alberto Caeiro, de Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Todos eles fazem parte de mim, e pertencem-me do mesmo modo que eu lhes pertenço, sem eles seria difícil ultrapassar os obstáculos diários a que a vida nos submete. Eles e a escrita fazem parte de mim, sem eles eu não era eu. No outro dia, em conversa com os meus parceiros resolvi mostrar-lhe um dos meus poemas, o qual intitulei de "Tudo o que faço ou medito”. Apesar de diferentes (Ricardo Reis: nasceu no ano de 1887 no Porto, é de estatura baixa, moreno, cara rapada, é médico; Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira, estatura alta (1.75 metros), magro, cabelo liso, cara rapada, uma espécie de judeu português, engenheiro naval de profissão; por último, o ‘Mestre’ como gostamos de o tratar, Alberto Caeiro, nasceu em 1889 em Lisboa, apresentava uma estatura média, aspeto fraco, loiro e de olhos azuis, não teve profissão); todos temos uma louca paixão pela escrita, tudo o que sentimos, pensamos, tudo o que somos é canalizado para a escrita e para os nossos poemas; sinto-me bem junto deles, sinto que me entendem. Mas outra coisa boa do dia de hoje foi ter estado com a minha bebezinha, lindinha do coração. Ela sim faz-me um rapaz alegre, faz-me viver o momento sem pensar no depois, aproveitar o agora, se não fosse for ela acho que não aguenta dia após dia, a mesma rotina, o mesmo cansaço, a saturação, ela faz-me querer viver, descobrir. Ela dá-me forças para lutar e não desistir. Por hoje é tudo o que tenho a dizer. Até depois. https://www.youtube.com/watch?v=NOzwMMkV7LQ
Conclusões
Concluídas todas as tarefas propostas para a realização deste dossier temático, podemos afirmar que este trabalho foi essencial para o nosso desenvolvimento intelectual, alargando os nossos horizontes e fazendo-nos compreender um pouco da história do nosso país e da nossa literatura através de um que foi o grande mestre da heteronímia, não só a nível nacional, mas a nível mundial; serviu ainda para a consolidação de conhecimentos sobre Fernando Pessoa enquanto sujeito e enquanto poeta, que nos será bastante útil na compreensão dos seus poemas, os quais estão a ser e serão trabalhados em aula e alvo de avaliações. Em suma, este foi um trabalho que exigiu bastante concentração, empenho, criatividade e originalidade por parte dos alunos, mas sem dúvida ser-nos-á bastante útil e proveitoso para nós enquanto estudantes e herdeiros da Língua Portuguesa.
Webgrafia
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Fontes das imagens http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/ed0b08c350.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/690ae1df3f.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/395f843553.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/cbb89ec678.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/848954f398.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/64c1983caa.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/d4a0f57227.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/13841c3630.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/e5e8473e12.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/77616d337d.jpg http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/typo3temp/pics/32f9ffcd8b.jpg
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