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Libânia Madureira

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Xavier

Xavier

LIBÂNIA MADUREIRA escrita

Nascida na Invicta cidade do Porto, Portugal.

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Entre vários projectos, destaca-se a participação em mais de 2 dezenas de antologias poéticas, em Portugal e uma no Brasil, onde reside temporariamente. Organiza tertúlias na cidade do Porto e cidades limítrofes, na divulgação dos poetas e da sua poesia, além da publicação de alguns dos seus poemas, no livro “Sentimentos de Cristal”, (edição de autor).

No âmbito de actividades culturais, participou com os seus poemas em várias exposições de pintura que aqui não se enumera para não ser exaustivo.

- Co-fundadora de “Trovas Poéticas” em parceria com o músico e compositor, Carlos Andrade; - É Sócia Constituinte da «Associação de Amizade e Apoio à Língua Portuguesa no Mundo» – CPLP e Diáspora; - Menção Honrosa (2010) atribuída pelo Clube de Poetas Vivos, pela participação no tema “Cartas de Amor”; - Menção Honrosa “Concurso Eça de Queirós” (Póvoa de Varzim - 2014); - Faz parte do projecto Poetas Somos – um espaço cibernético de divulgação de poetas e da sua poesia que deu origem à publicação em co-autoria do livro “Aurora de Poetas”.

“O MEU LADO FEMININO” – tem um rosto simples, banal, que procura revelar, não o seu aspecto exterior, (pois esse envelhece e morre), mas o rosto da alma, que se perpetua nas suas atitudes … que fala do que o motiva…dum alento imutável… permanente fonte de “Água Viva”… onde me banho e sacio a minha sede… onde canto e danço e embalo as palavras e sentimentos… onde mondo caminhos, em direcção à reluzente estrela que alumia o pensamento e o torna “realidade” … me expresso … me deixo envolver/habitar nesta brisa mansa e inspiradora que sopra da melodia, feita de Liberdade… de um tempo _ sem tempo, embalando emoções adormecidas que, quando despertadas, ainda que não tenham pedido permissão para entrar, crescem invadindo o «SER», com a alegria de se sentir viva e actuante , pelo «Belo», que é a «Vida», feita «Poesia»!...

“MULHER …NA CLAUSURA DA VIDA ”

O gemido da dor, vagueia pela aurora lenta, na encruzilhada da vida, tão vazia sufocando o fulgor de outrora na cela da vida escura, solitária, soturna, fria.

Mulher, já sem forças para lutar, depura as cicatrizes da incompreensão, é crucificada pela nobreza do caminhar morta pelo egoísmo, sem compaixão.

Nos destroços duma reclusão fulminada a Mulher na sua clausura implora a libertação do coração ultrajado na escuridão da palavra que chora.

Clausura onde derramou seu sangue com dignidade e ventura é luz e esperança da dor vertida , pela luta exangue na raíz tolhida do tempo da bonança…

Mulher na Clausura da Vida é desacorrentada do desalento infernal e do silencioso murmúrio fratricida quebrando as algemas do abismo fatal.

…E no murmúrio da noite, o infinito se levanta emoldurando o silêncio rubro de dor. Nas asas da Esperança, o sonho suplanta e como Ela, não sucumbe a crença no Amor… Mulher(És)!

Entre o som e o silêncio outras poéticas se transformam em águas de renúncias dum mar surdo e cruel.

Afectos concretos, ou súplices, abrem estradas nos movimentos dúplices de gestos e palavras de mel escritas no vento, lembrando naus com as velas prenhes de afeição.

Eco materno imerso de profunda harmonia. Incorruptível verso, girassol de esperança nos degraus da existência.

Cristalina poesia, a matriz de noites de luares poéticos que o escuro supera. Sublime canto de bem-querer, ardente alvorecer por entre as vagas docemente enlaçando suas fragas sem dor, nem fadiga, sopro que motiva esta força imensa de Ser Mulher…

APENAS MULHER!!!....

Não importa que idade tem, ou vai fazer, o importante é viver a cada instante sem se deixar adormecer…

Entregar-se a esta alegria imensa de Ser Mulher, quer seja no riso, ou no pranto, em cada célula do seu Ser, mas intensa luz de puro espanto. Sem limite ou queixume, na força de se reinventar em todo o seu Ser. Na docilidade, na multiplicidade, nesse incomparável perfume de Estar…

A Vida por vezes "a" magoa mas nem por isso "a" faz parar. Vai e vem como o vento nesta força de se dar, nesta voz que ecoa e anuncia, a chegada do Novo Dia, sem perdas de tempo. Nesta força voluntariosa com que luta sem receio da derrota fazendo da Vida uma permuta…

É a força do Ser, Apenas Mulher!...

Um Ser, em que a Vida se revela de singular substancia, onde a natureza se modela. Clorofila perfumada e bela plena de raízes. Singelas cores Divinas de faces purpurinas de delicados matizes …

MULHER DE ÁRDUA E SÃ LAVRA

O luar afaga a noite num aceno afoite atenuando seu cansaço acolhendo em seu regaço de prata a luzir, sem qualquer alarde nem receio do porvir, num fogo que já não arde.

Busca nesse luar, o silêncio pacificador no azul cristal da alma, num incessante balbuciar, na ausência de dor que assegure uma jornada calma, eternizada na palavra.

Mulher de árdua e sã lavra tem em seu peito acesa a chama de quem luta e ama. Coração erguido e mãos abertas presença fiel nas horas certas escrito em suas veias, voando além das forças, de mãos cheias!

Chama acesa na busca incessante de «vida» com sabor a dádiva, geradora da verdadeira alegria que floresce pela autenticidade, pela profundidade e não se desvanece no sussurro das palavras ávidas de vida, por mais vida de incontáveis cicatrizes.

Chama tantas vezes extinta por dentro e viva por fora. Chama de vida que não envelhece, chama que aquece nas versáteis directrizes, alento imutável, a toda a hora…

Ser Mulher... É «SER» Vida, Essência, Graça, esse eflúvio que nos trespassa…

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