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O Potencial da Espécie Moringa oleifera ' L, (Moringaceae), I. A Planta como Fonte de " " Coagulante Natural no Saneamento de Águas e como Suplemento Alimentilr
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lhe Potential of Moringa oleifera (Moringaceae) , I. lhe species as a Source of Natural Coagulant forWaterlreatment and Nutritional Component
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trad ludE H Frighetto. R.T. s.;
2Frighctto. N.; JSchne;ider, R. P.; ~Femand es
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'Empresa Bms!1eua de PesqUISa /lg. ropewãria, Embrapa fv\eio Ambente, P.oc:XMa SP 340. Km 127.5,CP69. l 382O-COO. Jaguariúna, SP. BraSIl 1Ccntro de PesquISaS ÇAAmecas. 81oIóglCaS e Agronõrmcas. Unr.oersdadc Estadual de Campinas, CPQBAIUNI. CAMP; CP 6171. 1'3.083·970. Campi nas. SP: BrPSlI.
Jlntrtuto de Ciências BIomédic:as/USP: laboralÓl'lO de Men:ooklQla AmbIen· tal~ Av. Prof. l.reu Prestes. 1374. CEP Q550B.900. CtQade Un/YefSltán;) • sp 4Embtapa Semi-Ándo: BA 428 Km 152, Zona Rural; CaIXa Postal 23. CEP 56300·000 Petrohna PC ' Correspondêncla E·mail rosa@Cnpma,embrapa br Unitennos:
IvIonnga okIfem. Monngaceac. Coagulan!!! Natural. Amacléldor de Água Oum, Óleo ComestM!!. Horlahças. Compo ncnte NutllClOf'lal
KeyWord s: Morll'lga oIe.fora.lv1onngaceae. Natural
Coagulam. Hardwater Softe~ r:dlblc O" Vegctables. NutntlClOal Componcnls 18
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Resumo ,
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Moringa olei fera Lam . é u~a planla Iroplca'l que contém subs tância~r ' , solúveis em água. dOlada de excelentes propriedades de coagula·: çáo, para o tratamento de água e água residuáfla . Uma ~~~~;::;!:~~~,:~';~ culante das semenles é responsâvel pela eficiência e p como coagulante natural, sendo comparável ao sulfato de alumínio. atualmente o produto químico mais usado nos processos de.,!,:,,,~\'~~"'. menta de água. Apresenta potencial de aplicabilidade no Iraiafll.ento de efluentes. com adsorçáo de compostos orgânicos em solução aquosa. bem como no pre·tratamento de efluentes na USina de des· li/ação de óleo de palmelfa Esta E/anta produz óleos de excelente qualidade. com características comparáveiS às de azerle de oliva. É úma planta rica em aminoácidos. vl lamlna A m ·caro/enoj ' e 0.' e ó·toco/erol. sendo excelente fonte alternotiva de protelnas para suplemento alimentar humano e ammal. Também é empregadâ na me· . d/cma herbátlca na índia
Abstract Moringa alei fera Lam is a tropical pIam conlalnlng water sofuble subSlance5 ~llh excellent coagulatlon propertles for Irealmg waler and wastewater A flocculatmg pro/cm from lhe seeds IS responsible for lhe cf/lc/cncy and proper/les as natural coagulanl and compara· ble co alummum sulfa/e. presently lhe mOSI wldely uscd chemical 10 water trCDlment proccss. Many sludles have demonstr8ted /hat subslances can be removed lrom water and waSlewater by $orpflOn palemlal 01 Org8ntC pallutanls lrom aqueous SOluIIOl1S. as well for pre/reatmcnt 01 paIm ali mrll effluen't usmg M Oringa olelfera 115 seed IS a source 01 edlble ali. 25· 4/ % yre/d. wlth excellent quallty. wlth riS physlco·chemlcal characlenSflCS comparable la the Ollve oi/. The /eaves MOringa alelfera are a rlch source 01ammo aClds ~·carote· ne. 0.' and 8·tocofero/. and prolein for human lood and animai feed . Furrhermorc 1/ 15 used rn Ille Ilerbal med,clfle In Indla
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Introduçã o Ê notÓriO que a qualidade do águ<l
Ó uma das grandes preocúpaçàes at u aiS e. certamente. será o malOI problema a ser en fren tado nos próximos anos. Por esta razão. seria de grande va lia buscar e estimular o uso de tecnologias de recuperação de águas. que envolvam um baiXO custo flOancelro e uma oferta de tec-nologlBS apropriadas. simples
e acessivels. prinCipalmente, quando se objetiva implementá -Ias em regiões mais carentes (GUP
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TA: CHAUDHUA I, 1992: POLLARD el aI., 1992). Moringa o/elfefa Lamarck. da família Monngaceae, é uma árvore nat iva do nor te da india, hoje encen o I(ado em diversos países tropicais de baixa altl' tude. Inclumdo-se zonas áridas (MORTON . ' 991; VEADCOURT. 1985: JAH N. 1986). É uma planta rúst ica e de fácil propagação. que se adapta bem ao clima tropical. tanto em solos pobres. quanto nas regiôes áridas e seml-ándas. A multiplicação e a Implantação de cultlvos racionais de M . ole;{e· ra podem ser fei tos através de sementes ou mes· mo por reprod ução assexuada através de estaquia (JAHN , 1991; DE LD UQ UE, 2000), depe ndendo da vanedade. t rata-se de uma planta de cresci men to rápido, florescendo e frutificando no fina l ,do sexto mês após o plant io (variedade Periyakulam 1 desenvol~!da na índia) ou o~ tra!> variedades que demoram de 3 a 4 anos (PALADA, 1996). agro. nômico e ecológico, é o papel dos pigmentos, responsáveis pela cor das flores, que influem direta' mente no comport amen to dos insetos em rel ação ir planta. Esses pigmen tos per tencem essencial mente à classe de flavon9lde's e carotenóides e atu~m como ~sti m ulante alimentar em alguns gru pos de IIlS~tos, nas regiôes áridas e semi-ándas (MURUGESAN, 1996), Na região norte da índia. esta planta floresce duas vezes ao ano. geralmente no período entre fevereiro a maio e de setembro a dezembro. Os grãos de pólen . produzidos entre. agosto e setembro. não s.e 'd,spersam devido à presença de su bstâncias aderentes. inviab ilizando sua ação fecu ndan te. ao passo que em dezembro. essa reslnosidade diminui aumentando as chances de polinização. principalmente atraves do transporte pelos insetos (JYOTHI et aI.. 1990). e com conseqüente aumenk> da sua propagação. Um as pecto desfavorável do ponto de vista agronômiCO se refere ao tempo de Viabilidade das sementes Porém. essa desvantagem pode Ser revert ida pela possibilidade de propagação através da tecnolo-
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gl8 de cultura de teCido (MUGHAL et aI.. 1999) ou atraves de seleção previa em 'semen tes pesa das e leves. sendo que as pesadas apresentarnm me lhor indlce de germm açao e de plántulas m<lIS vigorosas (BEZE RRA et ai , 2004) M oledera é considerada ul"!"'a planta de amplo es· pectro de ação e com grande potenCial de uso múlti plo. Inicialmente. na China. fOi utilizada como planta ornamental e de sombra. ou ainda. como cerca VNa. ou como barreira de proteção eóhca. Nos últimos anos. mais precis.:,mente desde o iniCiO da década de 90. esta planta vem sendo alvo de estudos pa ra sua utillzaçáo, partes ou o seu todo. como fonte de prote· ínas no supnmento alimen tar humano e anima i. como fonte de óleo vegetal comestível ou foote de energia combustível. como fonte de proteínas na floculação de Impurezas em águas: como matéria prima na fabrl cação de carvãb ativo e como insumo na indúst ria de celulose. Finalmente, em diversas partes desta planta têm ·se iden tificado princípIOS ativos medicinais com ação em diferentes áreas da saúde humana (COOTE et aI.. 1997; GUEVARÂ et aI.. 1996; EZEAM UZIE et aJ. , 1996; PàL et aI.. 1995; JAH N, 1996). Pelo amplo espectro de ação. e pelas boas perspectivas de apli cações que oferece. o cultivo de M. oleifera poderia cOnstituir numa interessante alternativa sócio-econÔ· mica a ser exploradà em paises tropicais. sendo que no Brasil esta planta vem sendo difundida como fqnte de Vitamina A (SILVA; KERR. 1999).
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Ativ idad e como' coagulante n atural na remo· ção da turbidez de ág ua s
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tratamen to tradicional de águas visando sua potablhdade envolve. sucessivamente, processos de coagulação-floculação-sedlmentação. seguidos por fil tração e desinfecção. da água. este último procedimento normalmente feito atraves do uso de cloro. Na etapa iniCiai do processo. utihzam -se primordialmente substânCias com grande potencial eletrolítlco representadas pOL coagulantes inorgâniCOS. na forma de sais de alumíniO. normalmente sulfato de alumíniO . ou, mais moderna mente. cloreto de poflaluminlO (PAC) ou sulfato SI!íCICO de potlalumínlo (PASS) (JOUCOEUR. HAASE. 1989). conhe · cidos como poheletróhtos: polímeros organo-sintéIICOS. como polietilenoi minas ou pol!acrilamldas; coagulan tes naturais. de ongem mlcroblana e qUI' tosana. onde se enquadra a ação da M oledera
79
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Ainda que se reconheça a eficiênCia. a disponibilidade e a praticidade de uso dos inSumos químicos tradrClonalS. vânos estudos recentes assoCIam diversas doenças humanas â presença de alumíniO na água. InclUindo-se a doença de Alzhelmer (AV'MIS. 1990;
MILLER el aI.. 1984: LETIEAMAN, DAISCOLL. \988. QURESH I: M~LMBERG. 1985), Por outro lado. polímeros organo-smtéllcoS. como pohacnlaml. da. apresentaram propnedades neurotóxlCélS e carcinogênicas (MCCOLl STER el ai., 1964) . Além destes aspectos atnlentes à saúde do consumidor, devem-se salientar o aspecto das dificu ldades na obtenção e no manuseiO de Insumos químicos, demandados no tratamento de águ~s. em locaiS mais carentes' e subdesenvolvidos. além do custo Que lhes é imputado como produtos de Importação (WAAHUAST el aI.. 1997a).
Nos estudos l eitos com sementes de M 0Ie,(er8. após a retirada da casca e da extração do óleo. obtém -se um resíduo denominado de "torta ou borra". cons t it uíd o d e tegumento ou polpa. que pode ser aproveitado como condiciona d or de solo e fert ilizan t e ou mesmo como supr imen to ·alimentar a nimai (FÇ)LKARD; SUTH ER LAI\J D . ' $196). Po rém. o e nfoq ue de maior impact o deste materia l consiste no seu a'provei tamento em processos de puri f ica ção de água. devido à presença de proteínas piezoelétricas. Ressalve·se, porém. a Inconveniência no uso de tal material devido ao Increment o na concentração de ma téria orgânica na água Ir~lada por este processo. demandando. por conseg,uinte. uma maior carga de cloro. que por sua vez. na pre· sença da materia húmica eXistente na água.\pode formar compostos conhecidos como tnalometa nos. estes com comprovada açâo mutagênlca (ZHANG; WANC.2000). Est e problema pode s~r contornado pela extração aquosa e purificação préVia das proteínas ativas presentes nas sementes de M. oledera e respon sáveiS por sua ação coagulanle. através de mecanismo de adsorção, e consequente neutralização das cargas cololdals. segUido de sedimentação (NDABIGENGESERE et al..1995. NDABIGENGESERE : NARASIAH. 1998a: FINK. 1984) (Figura 1). As substânCias ativas isoladas sao proteínas call' ônlcas com peso molecular de aproximadamente 13 kDa e ponto Isoeletnco (NDABIGENGESEAE e t ai . 1995) entre 10 e liA caractenzação e a sequência de a minoáCidos de proteínas especificas foram determinadas (GASSEN et ai . 1990. GAS · SENSCHMIDT et ai. 1991. CASSENSCH MIDT et 01 . 1995)
80
Com o IntUito de promover um aumento na eflclêncl8 da extração protéica e. consequentemente. na disp:lrll_ blhdade de agentes coaguJantes. Okuda e colaborado res (999) IntrodUZiram nesse processo uma solução de dOfeto de sódiO (NaCI), na concentração d e 1.0 moi l', podendo este ser subsllluído DO'" soluções. em Idêntica concentração. de nitrato de potáSSIO. doreto de potássIO ou nitrato de sódIO POiS o fator pnnclpal pelo Incremento da efiCIência na extração dos com ponentes ativos está na modificação da fo rça iÔnd.l (OKUDA CI aI. . 1999) (Figura 2). As proteínas obtidas da casca. desde que punfjcadas. foram mais eficientes que os compos tos de alumínio no tratamento de água. com algumas vantagens ad'CIQfIaIS como a atoxlCldade e bodegradablhdade do precipitado protéico e. oontra· riamente aos compostos químICOS. não afetando o pH e a condutlVidade da água pás-tratamento. O volume de resíduo gerado é de 4 a 5 vezes menor que o pre· clpi tado com os compos tos de alumímo e é comple· tamente blodegradável (NDABIGENGESERE et aI..
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1995, GASSENSCHMIDT el ai .. 1995). Águas provenientes de uso domést ico (JAHN, 1988) e de uso industrial (JAHN. 1986; JAHN. 1988: M C· CONNACHIE et aI. , 1994; MUYI BI; EV1SON. 1995a) foram submetidas a uJ, pro::essode coagulação-flocu· laçao·sedlmentação usando. como agente coagulante. extrato aquoso de sementes de M. oIeitera. previamente secas. Os resultados foram comparados a ou· tros métodos t radICionaiS de punncação. no tocante ao material sólido. DQO (demanda química de oxigênio). nutnentes (N e P). mlC!l)(ganlSmos e metaIs pesados. A eficiência na remoção de partículas sólidas e de ml· crorganismos fOI comprovada, mas para alguns me tais. este resultado fOI apenas parcial. Já o extrato 'aquoso foi Ineficiente em relação a 000 e aos nut rientes (N e P). que podem ser remOVidos f-óCl lmente por com · postos de alumínio. especialmente o fós foro. Contudo. resul tados sensIVelmente melhores neste processo fo· ram obtidos. com a utilização das proteínas Isoladas e previamente punficadas. MUylbl e EVlson (1995b) con· duziram estudos complementares para a otimização do processo de coagulação de flguas túrbidas afetado pelos parâmetros fíSICOS.
Çomprovouse ainda que as sementes. tanto na sua forma Integral quanto moída. ou mesmo na forma de torta. em propof'ÇÕCs de 1 a 3%. atuam como um palie letróllto ca\iômco no tratamento de âguas. FOI efiCiente mesmo em conte0dos menores de cascas em relaçilo ao volume de água tratada (50 mg l '). dependendo do grau de Impwezas presentes nas águêls_ Segun · do Suthedand e colaboradores (BARl H. 1982 e' ai .
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Ver ref.: OKUDA el ai ., 1999
em. e na
SUTHEAlAND el aI., 1989: SUTHEALAND el aI.. 1990). para sementes In natura. não descascadas. a proPorção méhs efetiva foi de 500 mg L'. Além do uso /n natura das cascas de M. ale/fera na elapa de Hoculação, as mesmas foram submetidas a um processo de p,rólise à temperatura de 750 a BOO"C. fornecendo um carvão ativo de altis$lma qualidade. O mesmo estudo demonstrou a eficiência desse malenal na adSOfção. sedimentação e consequente remoção de hepatOtOXI" nas. produzidas por clanobac térias. através do pr~· 50 de filtraçâo' por carvão atIVO em grânulo, em pó ou acondicionado em f,ltro (WARHUAST et ai. 1997b). DIVersos estudos demonstr<lram a ef,clêflCla do carvão na remoção de turbldez da água. em condlÇÕC$ dlver· sas de pH. temperatura, diferentes concentrações de cátlons e ânlOrlS, e esses estudos sistemátICOS compro varam a remoção entre 80 e 99% da turbldez (NDABI.
ativado e as carácterísticas de adSOf"ção de impurezas em suspensão, em diferentes condições de temperatura e variação no tempo de ativação. concluíram que se trata de um processo técnica e economicamente viável. especialmente para países em desenvONunento (WAAHURST et aI., 1997a; WAAHUST et aI.. 1996; WARHUAST e l ai" 1997c; I?OLLARD , 1995), Oulra variante do processo consis tiu na suspensão das sementes de M oledera. em águas consideradas duras, com teor de 300 a 1000 mg.L t de cartx>nato de câ1cIO, vis.:"lndo o amolecimento das mesmas. O mecanismo de ação conSls~e na adsorção dos ions que conferem a dureza das âguas, formaooo produtos InsolúveiS que se separam por precipitação. Independente do pH da água {MUYIBI: EVISON. I 995a}. Os oxalatos presen · tes na planta também partiCipam da ação de sequestru de cálCIO da água, sedlmenta[ldo o produto f()(mado
GENGESERE, NARASIAH. 1996, NDABICENGESE
(PANKAJA, PRAKASH. 1994).
RE; NARASIAH, I 998b: WAAHUAST et aI., I 997b: NDABIGENGESERE et aI.. 1995. MUYIBI, OKUOFU, 1995: MUYUBI: t;:VISON, 1996) Em outros estudos, sobre a relação entre a porosidade cnstalina do carvâo
Além da sua aplicação no tratamento de água, reglstra'se atualmellle a procura por floculante natural des tinado á dariflC<."lção de caldo de cana na produção de
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R.",OU I ,Ia. V--Val) lO-!&, iun" a 2001
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A tort aprese de trai de. nds soluço cumcn (AKl ll
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açúcar orgânico dE!V1do à prolblçâo do uso de.pohele trólltos SlntetlCos nesse processo. Quando <l semenl e de M. aleI/era (0.16%) foi uSilda Juntamente com a bentonJIa (0_05%) alcançou-se um bom resul tado. com potencial de clanflcação aCima de 52%; contudo o lodo gerado ainda é considerado alto (WONG. TSE, 1999). As 14 espéaes de Moringa. Já IdentifICadas e estudadas. apresentaram atividade coagulante em maior ou menor escala_ Porém. OS melhores resultados ainda foram obtidos nos estudos com M olelfera Lam . (JAHN. 1988). Outra espécie de Monngaceae a merecer atenção. oom estudos em curso. ê a M. stenopeta/a (FOLKARD; SUTHERLANO. 1996). cUJos estudos de domesticação foram realizados por JAHN ( 1991) Êxito d a aplica'ção de M . oleifera no tratamento de água
o emprego de uma tecnolc>gla Simples na punficação de águas, conjugando a ação de areia bentoni · ta e sementes de M . oledera na sedimentação de Impurezas, revel ou ser um processo efiCiente também no tratamen to de ág uas com Schistossoma mansoni. Cercanae. em Vilas do Sudão (OLSEN. 1987) . Ê, pois, desejável Que alternativas como esta. da utilização de M . ale/fera. científica e tecnica mente bem fundamentadas e comprOvadas, com experiências bem sucedldas .no Sudão (JAHN ; . HAMID. 1979; JAHN , 1981). possam ,constltuir-se i'im processos attern ativos eficientes no trat amento e na pu nficação de ág uas . Em reJato mais recente (N YEI N et aI.. 1997), esta tecnolog ia também fqi bem acei ta pela população de uma Vila em Myan mar (continente asiático). s.endo rejeitada por ape· nas 2.7% das famílias.
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Hoje, o in teresse pelo uso de coagulantes naturais vem despertando i~teresse, principalmen te. como alternativa acessível e barata para países em desenvolvimemo, com~ê n fase no su primento de água potável às populações mai s carentes. especial. mente em zonas rurais (JAHN. 1981 ; JAHN . 1986; JAHN, 1988 ; DIAZ et ai .. 1999) .
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Aplicabilidade n o tratamento de eflu entes
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A torta das sementes. apÓs a extração de óleo. apresen tou grande potencial de uso nos processos de tratamento de efluentes. através do mecanismo de adsorção dos poluentes orgãnlcos presentes em soluções aquosas. apresentando maIor adsorção de cumeno (BTEC) > etll benzeno> tolueno > benzeno (AKHTAR et ai., 2007). Estudo Similar fOi realiza do
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Aproveitamento como suprimento alimentar Na im âllse de sementes maduras. além dos com ponentes pn ncipals como proteínas. gorduras e carboidratos (Tabela 1). regi strou-se a ocorrênci,J de metlonma e clsteína num teor de 43,6 9 k9'! de pro t e í~a. considerada excepcionalmente alta e mui to próxima à encontrada no lei te humano, no lei te de vaca e em ovos de galinha. Porem. es tudos nutncionals com ratos evidenciaram uma série de anomalias, como perda de apetite. d iminuição do crescimento e aumento em dIVersos órgãos VitaIS e atrofias do timo e do baço. quando comparados com rat os alimentad!,s à base de clara de ovo. su· genndo cau tela no consumo de semen tes maduras de M . oleifera . até que estudos detectem quais se· riam os fat ores adversos causadores destas ano· malias (OLIVEIRA et aI. . 1999). 'Tabela 1 - Composição nutriciona l d as sementes m aduras de Moringa oleifcra
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n.o tratamento de efluentes da usina de extração de óleo de palmeira (BHATlA. 2007), apresentando re· moção de 95% de sólidos em suspensão e 52 ,2% de redução na demanda química de OXigêniO (000) A combinação da torta com um floculan te comerCiai (N ALCO 7751) apre sentou um desempenho supeflor ao do alumímo. com a eficiênCIa de remoçào de sólidos em suspensão aumentando para 99, 3% e a reduçâo de DQO em 52.5% (8HATIA. 2007)
Estudos com as folhas desidra tadas de M. oIeifera <Tabela 2) levaram à conclusão de Que elas apresen· tam um bom potenCial nutritivo. especialmente como fonte de carol eno, para dIetas de populações de paí· ses em desenvolVimento (SESHADRI et aI.. 1997). O teor de proteínas nas folhas alcança valores da ordem de 27%. Para alimentação animal. tanto as folhas. como a torta de resíduos. mesmo após a extração de óleo vegetal e dos coagulantes protéiCOS, constl ' tuem-se em fontes ficas de proteínas. comparáveiS as existentes em soJa. com 'teores correspondentes a 260, 70 e 60 g kg 1 . nas folhas. brotos e caules, respectivamente, degradavels em sua grande malona. em ale 24 horas de ruminação (AREGHEORE , 2002) É também recomendado como substItuto da torta de glrasso! na ração animai em regióes escassas
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o Pot.nc,,' d. E$p'<i. Mo,inlil" Ol." .f' ( M~ M!I.U~.J I, A 1'1.".. co<nu f Q" '~ d. CO'y~I.",. N . ,~,a l no S.nu mo"'o de
Ay'-' u. co"'o Supl . .... ",oAII.... n t. ,
em alimentação (SARWATI et aI.. 20021. Embora em proporção menor, também
fOI
verificada a presença
de proteinas InsoluvelS (MAKKAR. BECKER. 1996; MAKKAR, BECKER, 1997J. Devido a essas caractedsl lcas desfavoráveiS. a subs· tltuição de proteínas a partir das folhas de Mormga oledera náo deve exceder 10% na ração destinada para tilápia (Oreochromis ni/olicus L.) (AICHTER et aI., -2003). Outro estudo mostrou a potencialidade de uso ete M . oleifera como planta olericola em área sub· tropical dos EUA (PALADA. 1996). A presença de componentes antmutnClon81$ fOI comprovada através de ensaios com ratos recém desmamados. ond~ um grupo fOI alimentado somente com leite e Outro com dieta enriquecida de folhas de M . olel/era. Os resultados revelaram considerável diminuição na absorção e retenção de cálcio neste último grupo. Isto é deVido à presença de oxalatos no material vegetal que atuam como sequestrad.ores de cálCIO
(PANKAJA, PRAKASH, 1994). ,
,
Tab ela 2 - Composição nutricional d as folh as . d e M oringa oleifera: T~ores em ' 100 g d e folha s (7 5kc al)* Prolcinas
5,9 g
12,8 ~
Carboidratos
ÁCido ascôrbico
232 mg
cálcIO. rerro c: rósroro
35,3 mg
(I-(Qcorerol (vltamma E)
.....
Nlacma, tlamma, vltamma A e C
9.0mg nilo espéclflcado
• Ver refs.: MAGDA. 1994: CHING et ai., 200 1
As sementes de M oledera são mUito ficas em óleo, conheCido como MBen 011" ou "behen oil". num teor que varia entre .25 a 41 %, de acordo com O processo extra tlllo como a prensagem a fno. ex tração com hexano (ou éter de petróleo) ou com a mistura élo(ofórmiO: metanol (50:50). Esse nome popular ao óleo se deve a alta porcen tagem de áCIdo behénico (C 210 ) na composlçao do óleo, em até' 6.4%, e esse componente tem boa aplicabilIdade na mdús tria alimentícia (RAVAL : TOLlWAL. 1996: LA· LAS: TSA~NIS. 2002 ), Compara do ao Azei te de oliva, o 61eo de M. olelfera apresentou estabilidade , e composição em áCidos graxos. similares aos de oliva. embora apresen tasse um grau menor de msa turação nSAKNIS el aI.. 1998; FOLKARD; SUTHERLAND. 1996). conteúdos Similares em áCido olélCO (C ,8 .). maiores em . áCidos behénico (6.4%. C2:HI). palmítico (6.4%. C'60). e est~á rfco (5,7%. C ,sul. e menores em hnolélCO (0.7%. C 182) e IIno· lêniCO (0.2%. C 183 ) nSAKNtS et aI. 1998: RAVAL; TOLlWAL. 1996). Reglstram·se, ainda. altos teo· res de componen tes como o p-sltosterol , campes· _ terol e stigmashirol (Ta bela 3). O 61eo apresentou '. ,·r <!I ta estabilidade à oxidação rançosa. em espeCial ;:.... aquele extra rdo com clorQfórmio:metanol. O ó leo de M. oleitera con tém a · . y. e o- toco/erol: quando a maioria dos óleos vegetais con tém o a·. p. e y. tocoferol. Ressalta·se que a atiVidade antloxidante de o-tocoferal excede as de "f-. p. e a-tocoferol (LA LAS: TSAKN IS. 2002). Além de seu uSO como condimento em culmárla. este óleo fOI utilizado como aditIVO em cosmétiCOS. como lubnflcante em engre· nagens delicadas ou mesmo como combustivel em lampannas (ECKEY; MILLER. 1954: VAUGHAN . 1970" FOLKARD, SUTHERLAND, 1996).
,
,
Tabela 3 - Comparação d a compos ição do ó leo das sem entes d e Moringa a leifera e azeite de oli va ' C omponentes princi pais
Óleo de M . oleifera
Azei te d e oliva
ACJdo oléico
7 1.6 - 75.4 %
7453 %
p ·sltosterol
45.6-50.1 %
643 %
Stlgmasterol.
17.3 - 23.1 %
0,60 %
Campesterol o-tocoferol
15.1-15.8 % 506111 / 15.38121mg kg
y tocolerol
4.47('1 / 25.4(1) O1g kg '
- I)·tocoferol
35511• / \5.51 fll mg kg
8850 mg kg 990 mg kg
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·Ver f ef~ MAKK,AR. BECKER, I996. MA/(KAR BECKER. 1997. PAl ADA. 1996 TSI\KNIS 1998 , RAVAL. TOU WAl. 1996, LAtAS TSAKNIS. 2002
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Conclusões
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A partir deste estudo de revisão. tornou -se patente o amplo espectro de ação e potenCiais apllcaçoes e usos que a Monnga oledera apresenta. espe clalmente no tra tamento de águas. mdus trlals ou domésticas. e como fonte alternativa de proteínas e vitaminas no suplemento alimentar humano e ammal. As semel,tes de Monnga olelfera constituíram se em objeto de mUitos estudos. como agentes de coagu lação- floculação-sedlrnentação em processos depurativos de águas. Mostraram -se ativas, tanto _ as sementes por inteiro. quant o suas partes. como as cascas "in na tura", ou plrolizadas. es tas forn ecendo um carvão ativo de alta qualidade. devido oi! sua densa microporosldade que aumenta sua efi Ciência na retenção de poluentes. Do tegumen to. após a extração do óleo, para uso condimen tar, biocombustível. lubri ficante ou cosmético , obtém- se extratos protéICOS de alta eficiênCia na punficação d~ águas. Os principaiS parâmetros preconizados para águas tratadas por processos convencionais, como pH , alcallnidade, condutlvldade, concen tração catiônica-aniônica, são "compatíveis com as água~ tratadas com Moringa oleifera. Dessa ma · neira . a espécie M oringa aleifera representa uma alternativa eficiente, qiorenovavel , inócua à saúde humana e animal, na remoção de ·turbidez. partícu las em suspensão ou microrganismos em sistemas aquosos, constitUindo-se nume opção Interessante como processo de potabilização .de águas. Considerando-se a viabilidade de CUltiVO de Monnga alei/era em regiões áridas e tropicais, onde os problemas com água potável são mais patentes, e o envolvime'n to de processos de baixa tecnologia agregada aos extralos de Morrnga oledera na de'puração de águas impróprias ao consumo. conclUI-se que sua implementação é desejável e recomendável. Finalmente. no âmbito social. a exploração racional de Moringa ole/fera pode significar uma abertura de frentes de trabalho em áreas tropicaiS, a fixação do homem ' à Vida e às atiVidades de campo. contando com suprimento de água tra tada, podendo· se esta· belecer uma exploraç~o econômica de M oleifera. gerando recursos adicionais para o seu sustento.
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