Lx Norte News|Ano II| nº 13

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COMUNICAMOS COM (A) SAร DE

Ano I * Nยบ 3

Ano II Nยบ 13


Aproveito este espaço para deixar a todos os nossos leitores umas breves notas sobre este Conselho de Administração à qual continuo a ter a honra de presidir, após recondução e sobre quais os principais eixos estratégicos e projetos a seguir, no sentido de assegurar a qualidade, a excelência e o rigor que têm caracterizado as instituições hospitalares que compõem o Centro Hospitalar Lisboa Norte, referências da Medicina portuguesa, desde os primórdios do século passado.

EDITORIAL

Centra-se um deles no planeamento e execução de conjunto de reestruturações físicas centradas, sobretudo, no Hospital de Santa Maria, com vista a uma reprogramação da capacidade instalada para o período de 2016 a 2020, por forma a garantir uma melhor acessibilidade aos nossos serviços por parte dos utentes, acrescido de francos ganhos de saúde para o SNS. Encontramo-nos igualmente a trabalhar, de forma coerente e integrada, na requalificação operacional do Hospital de Pulido Valente, por forma a diversificar a sua oferta e devolver ao cidadão, em proximidade, a sua fruição integrada enquanto um ativo inquestionável do SNS. Mas, para além da reestruturação a nível de infra-estruturas essenciais, e que se impõem na estratégia do crescimento e desenvolvimento temos em marcha uma ampla reestruturação organizacional dos Departamentos e Serviços Clínicos, por forma a adequar a sua capacidade de resposta, humana e tecnológica, aos novos processos assistenciais e desafios de inovação, aos Centros de Excelência recém-aprovados, pautando a nossa intervenção pela eficácia e otimização máxima dos recursos disponíveis. Estes reajustamentos traduzem-se por um conjunto de inovações e investimentos em áreas estratégicas nomeadamente (i) as novas tecnologias de informação e comunicação, (ii) a área logística, (iii) a política do medicamento, entre muitas, e penso que merece igualmente referência a nossa aspiração na continuidade da promoção de uma política de transparência e de maior comunicação e inter-relação com a nossa comunidade abrangente. Outra área estratégica passível de menção centra-se na prossecução de uma política de cooperação e internacionalização, iniciada há dois anos e já com resultados palpáveis. Este ano ainda, assinaremos importantes protocolos e acordos externos, nomeadamente com o Hospital Militar Principal (Cidade de Luanda, Angola) e com o Hospital Central de Maputo (Moçambique), ambos unidades hospitalares universitárias. Contamos ainda formalmente apresentar publicamente os resultados da aplicação desta inovadora política, articulada e muitas vezes complementar a acordos diplomáticos e igualmente, um conjunto de afiliações e acordos desenvolvidos com vários hospitais de Portugal Continental e Ilhas, em que o CHLN se encontra claramente posicionado na condição de consultor e formador nas mais diversificadas áreas, adequado as suas linhas de ação às necessidades prementes sentidas por cada instituição, e simultaneamente cumprindo a sua missão pública inerente ao facto de ser o maior centro hospitalar universitário do país. Esta política estratégica é igualmente aplicada nos esforços integrados e conjuntos para a dinamização do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), modelo organizacional que recentemente foi reproduzido recentemente de norte a sul e nos qual muito nos orgulhamos de termos sido os pioneiros em 2009. Iremos, futuramente atrair investimento externo e quadros muito qualificados no âmbito de renovadas estratégias do CAML ou/e do recém-criado Conselho Nacional dos Centros Académicos. Esperamos dar igualmente continuidade, através do nosso Centro de Investigação Clínica (CIC),à promoção, à inovação e à investigação, através de captação de fundos europeus, que permitam cativar e potenciar novos investigadores e novas áreas de investigação, e igualmente, integrados no consórcio CAML, fomentar a criação um Centro de Bioimagem e um Centro de Simulação Avançada, ambos com gestão conjunta e partilha de serviços. É importante reforçar que durante um período particularmente desafiante na vida do país, unimos esforços e conseguimos obter uma evolução bastante significativa nos desempenho dos indicadores da qualidade assistencial, bem como um aumento do índice de complexidade, sendo reconhecidos por entidades externas e enquanto referência internacional, uma meta claramente ultrapassada e que esperamos poder ampliar ao longo deste novo mandato. Em suma, este órgão gestionário carrega nos seus ombros uma missão complexa que irá certamente cumprir, valorizando o recurso mais precioso que possuímos enquanto Centro Hospitalar Universitário: o nosso capital humano imbuído da sua vontade de fazer melhor, do seu desprendimento pessoal em prol do utente e fundamentalmente do seu espírito de missão pública de continuar a abraçar o desafio que é o Serviço Nacional de Saúde. Com serenidade, firmeza, coerência e perspicuidade, saberemos, cada um de nós e todos nós, reforçar os eixos estruturantes contribuindo para ganhos de saúde mais amplos e uma maior sustentabilidade socioeconómica! Lisboa e CHLN, 30 abril de 2016

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Dr. Carlos das Neves Martins Presidente do Conselho de Administração


#1. Editorial|2

#2. Médica Interna do CHLN recebe Bolsa D. Manuel de Mello 2015/XXII Jornadas de Pediatria do CHLN|4 e 5 #3. Obras de Beneficiação no CHLN|6 #4. 9 Anos de Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos|7 #5. 10º Jornadas do Doente Crítico do CHLN|8 #6. Em Foco: Centro de Formação do CHLN: Entrevista Dr.ª Isabel Correia| 9 e 11 #7. Ministério da Saúde lança novo Portal do SNS|12 #8. Serviço de Urologia do CHLN realiza Workshop|13 #9. XV Reunião Internacional de Cirurgia e I Encontro de Enfermagem de Traumatologia|14 #10. Comemoração do Dia Mundial do Doente no CHLN |15 #11. Dia Europeu dos Enfermeiros Perioperatórios assinalado no CHLN|16 #12. Inovação: Unidade de Logística e Stock do CHLN associa-se à GS1 – Entrevista Dr. Nuno Loureiro|17-19

#14. 5ºCurso Internacional de Otoneurologia do CHLN|21 #15. Processo Clínico Eletrónico: Financiamento Aprovado|22 #16. Médica do CHLN distinguida com “Prémio L’Oreal Mulheres na Ciência” – Mini-Entrevista|23 #17. Novo CA do CHLN nomeado por Resolução do Conselho de Ministros|24-26 #18. A moda marcou as comemorações do Dia Mundial do dador de Sangue no CHLN|27 #19. Celebração dos 30 anos de sucessos da Procriação medicamente Assistida no HSM/CHLN|28-29 #20. Inauguração da nova sede da Associação Amigas do Peito|30-31 #22. Além D’Colaborador: Pedro Faro Viana|32-33 #21. Boas-Vindas e Despedidas/Ficha Técnica| Última Página

ÍNDICE

#13. 1º Encontro Internacional de Cirurgia Cardiotorácica Minimamente Invasiva|20


Médica Interna do CHLN recebe Bolsa D. Manuel de Mello 2015 A Dr.ª Diana de Aguiar Dias de Sousa, médica interna de Neurologia do Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), recebeu a Bolsa D. Manuel de Mello 2015, com um trabalho sobre a “Análise multiparamétrica por Ressonância Magnética para predição da viabilidade tecidual e recanalização em doentes com Trombose Venosa Cerebral”. Este trabalho vencedor, premiado entre cerca de 30 candidaturas, e realizado pela igualmente estudante de doutoramento da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FML) e investigadora do Instituto de Medicina Molecular (iMM), foi realizado sob orientação do Professor Doutor José Ferro, diretor do Serviço de Neurologia do CHLN. O projeto, sobre a aplicação de ressonância magnética para prever a evolução dos doentes com trombose venosa cerebral, pretendeu determinar formas de previsão do progresso dos doentes com Trombose Venosa Cerebral, através da aplicação de protocolos específicos de ressonância magnética cerebral. A Trombose Venosa Cerebral é uma forma menos frequente de AVC, mas que é especialmente relevante do ponto de vista de saúde pública uma vez que, ao contrário de outros tipos de AVC, afeta mais frequentemente crianças e adultos jovens, com particular incidência no género feminino.

. XXII Jornadas de Pediatria do CHLN O Ministro da Saúde, Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, participou nas XXII Jornadas de Pediatria do Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), organizadas pelo Departamento de Pediatria do CHLN, sob a presidência da Profª. Maria do Céu Machado. “Diálogos na Dor” foi o título atribuído às XXII Jornadas de Pediatria, decorridas nos dias 21 e 22 de janeiro e que mostraram-se, de acordo com a tradição, como uma profícua reunião de trabalhos onde as múltiplas conferências apresentadas pelos excelentes profissionais envolvidos, constituíram um programa científico manifestamente enriquecedor para o elevado número de participantes que estiveram presentes no grande auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FML). De acordo com a Profª. Maria do Céu Machado, o objetivo da escolha do tema passou por promover «a discussão interdisciplinar sobre os cuidados à criança numa perspetiva moderna, por forma a desenvolver estratégias que evitem o desconforto na prestação de cuidados. É de enorme importância que se aborde a temática da dor em Pediatria, uma vez que não é aceitável que, no século XXI, uma criança sinta os procedimentos médicos dolorosos, se forem evitáveis».

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. XXII Jornadas de Pediatria do CHLN (cont.) Na sessão de abertura, estiveram presentes o Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde, a Dra. Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN, o Prof. Doutor Fausto Pinto, Diretor da FML, a Profª. Doutora Maria do Céu Machado, Diretora do Departamento de Pediatria do CHLN, a Profª. Doutora Teresa Bandeira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, a Profª. Doutora Ana Margarida Neves, em representação do Colégio da Especialidade de Pediatria, da Ordem dos Médicos e Fernando de Sá, Enfermeiro Supervisor do Departamento de Pediatria. A sessão de abertura finalizou com a atribuição de prémios à melhor comunicação livre e ao melhor poster. O Prémio de Melhor Poster com apresentação em sala - foi para “Livopan, a sedação consciente em pediatria” da autoria de Ana Dias, Patrícia Cardoso e Priscila Carreira. O Prémio de Melhor Comunicação Livre – foi para “Protóxido de azoto para analgesia em idade pediátrica: avaliação da eficácia” da autoria de Rosa Martins Ana Teresa Soares, Fátima Prior, Marta Almeida, Rita Marques e Manuela Braga. O Prémio Menção Honrosa para Comunicação Livre foi atribuído a “Avaliação da qualidade de vida na idade pré-escolar em crianças com encefalopatia hipóxico-isquémica perinatal” de Mafalda Teixeira, Joana Oliveira e André M. Graça e por último, o Prémio Menção Honrosa para Poster com apresentação em sala - “Síndrome de Amplificação Dolorosa em Pediatria: a relevância da pluridisciplinaridade” de Joana Borges, Filipa Ramos, Jennifer Santos, Teresa Fontinhas, Teresa Mirco, Bárbara Águas e A. Siborro de Azevedo. As jornadas iniciaram-se com seis cursos pós-graduados, realizados no dia 20 de janeiro, que abordaram as seguintes temáticas: “Analgesia e sedação em Pediatria”, “Doença metabólica – quem conhece não esquece!”, “Farmacologia clínica pediátrica”, “O que precisa um prétermo?”, “Patologia musculoesquelética infantil” e “Urgências em Gastrenterologia Pediátrica”. Para as mesas redondas, foram selecionados três grandes temas de debate: “Idades Diferentes, Diferentes Perspetivas”, “Dor Aguda, Dor Crónica” e “Abordagem Terapêutica na Dor”. Fizeram igualmente parte do programa as conferências plenárias “O que é a Dor” e “Organização dos Cuidados Paliativos em Pediatria, onde estamos e onde podemos chegar”, os Simpósios “Imunodeficiências Primárias” e “Patologias frequentes da superfície ocular na Criança” proferidas por personalidades de referência, assim como espaços dedicados à apresentação de comunicações livres, discussão de casos clínicos e discussão de posters. No decurso das jornadas, especialistas de diversas áreas deram as suas perspetivas no que respeita a esta temática em vários contextos, como na Urgência, Neurologia, Gastrenterologia, Cirurgia, Reumatologia e Hepatologia.

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Obras de beneficiação no Hospital de Santa Maria/CHLN

No passado dia 22 de janeiro, o Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos das Neves Martins, acompanhado por dirigentes da instituição, visitou parte dos investimentos concluídos recentemente e outros ainda em execução, cuja responsabilidade está atribuída ao Serviço de Instalações e Equipamentos. Assim, a manhã começou com um conjunto de visitas de acompanhamento, designadamente à (i) nova área de trabalho do Serviço Social no Departamento de Pediatria, (ii) à remodelação efetuada na direção e salas de formação/reunião do Serviço de Ortopedia, (iii) às obras de renovação da operacionalidade dos Serviços Farmacêuticos, (iv) à nova área de arquivo do Serviço de Medicina II, (v) às obras de adaptação da ex Farmácia Comercial para instalação do novos Serviço de Colheitas e Farmácia de Ambulatório e (vi) à remodelação da Unidade de Internamento e de toda a área do Bloco Operatório de Otorrinolaringologia. Foram ainda visitadas com vista à sua ampliação (vii) a Unidade de Cuidados Paliativos e a Unidade de Técnicas de Gastroenterologia. De referir que as obras de beneficiação do Serviço Social no Serviço de Pediatria, localizado no Piso 8, incluíram pinturas, substituição de janelas, afagamento e envernizamento de chão, bem como a criação de uma sala de reuniões, que passará a ser partilhada com o Serviço de Recursos Humanos. No Serviço de Ortopedia, localizado no Piso 6, as obras de beneficiação, incluíram a substituição de janelas e de pavimento dos gabinetes, o afagamento do pavimento, a melhoria da sala de reuniões, bem como a pintura e a colocação de teto falso no corredor. Em termos de renovação do Serviço de Gestão Técnico Farmacêutica, localizado no Piso 1, as obras permitiram dotar o mesmo de uma sala de preparação de nutrição parentérica e de duas salas de manuseamento de medicamentos citotóxicos, através da criação de divisórias e dotação de ares condicionados adequados, terminando-se assim com situações que não correspondiam aos padrões de qualidade e às boas práticas que se impõem numa instituição como o CHLN. Foi visitado também o renovado Arquivo do Serviço de Medicina II, onde as obras efetuadas passaram por uma reforma do espaço, através da renovação de caixas e ramais de saneamento e pintura. Seguiu-se a visita às anteriores instalações da ex Farmácia Comercial, agora e como já referido em anterior publicação, em preparação para receber a nova área de Ambulatório do Serviço de Gestão Técnico-Farmacêutica, e para a nova Central de Colheitas do Serviço de Patologia Clínica, representando uma melhoria significativa nas condições de atendimento aos utentes de ambulatório, o que assume uma importância estratégica e prioritária para o contexto assistencial do CHLN.

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Em termos de obras em fase de conclusão, foi visitado ainda o Serviço de Otorrinolaringologia, no Piso 4, designadamente a melhoria do Bloco Operatório, a substituição do equipamento de AVAC, a montagem dos pendentes, a pintura de paredes, a substituição do pavimento vinílico do corredor e igualmente a substituição da rede de gases medicinais.

A nova sede da Associação Humanitária Amigas do Peito, espaço em frente à prumada das Neurociências, cedido pelo CHLN à referida associação, foi igualmente visitado com particular atenção, dado o alcance que o espaço irá ter em termos de humanização e do desenvolvimento da política de responsabilidade social do CHLN, iniciada em 2013. A remodelação em curso dotará o espaço de dois pisos, com diversos gabinetes e salas, e respetivo apoio sanitário, o que permitirá o crescimento da sua ímpar atividade, de apoio a quem luta ou lutou contra o cancro da mama. De realçar que o Presidente do Conselho de Administração, e demais dirigentes, visitaram ainda no Piso 1, a Unidade de Técnicas de Gastroenterologia e a Unidade de Medicina Paliativa, para avaliação prévia e para um futuro planeamento das decisões em preparação, com vista às obras de melhoria das condições de trabalho e atendimento, já no corrente semestre de 2016, sendo que a ampliação das áreas permitirá uma maior e melhor acessibilidade. Estes investimentos decorrem da linha estratégica, assumida pelo atual Conselho de Administração do CHLN, que visa a melhoria da qualidade da prestação de cuidados, o aumento da segurança e das boas práticas clínicas, e a melhoria das condições de trabalho dos profissionais, uma inovadora política de responsabilidade social e uma renovada aposta no trabalho de parceria com a sociedade civil.


9 anos de Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos Os Cuidados Paliativos constituem uma resposta organizada à necessidade de tratar, cuidar e apoiar ativamente os doentes com doença crónica e avançada e os seus cuidadores. Essa intervenção tem componentes essenciais, como o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e social, assim como a interdisciplinaridade, crucial na definição de um plano de intervenção individualizado, que se estende à família e inclui o processo de luto. O Hospital de Santa Maria foi um dos pioneiros na introdução, em Portugal, de Cuidados Paliativos em hospital de agudos. Concebida em 2006 como projeto piloto da Unidade Missão da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, a Equipa Intra-hospitalar de Suporte (EIHS) iniciou funções em 22 de Janeiro de 2007, apoiando anualmente, de forma direta mais de 400 doentes, adultos, e suas famílias, prestando suporte e consultoria especializada a profissionais que, dentro e fora da instituição, seguem muitos outros doentes em situação de sofrimento decorrente de doença avançada e grave.

Sob a designação de “Unidade de Medicina Paliativa” (UMP) a equipa composta por 3 médicas, das quais 1 a tempo completo e 2 a tempo parcial (12h), 5 enfermeiras, 2 psicólogos (sendo 1 bolseiro), 1 assistente social, 1 assistente espiritual e a colaboração de Psiquiatra e Dietista, está sediada, desde janeiro de 2008, no piso 1, no Centro de Ambulatório em espaço contíguo à Unidade Multidisciplinar de Dor e ao Hospital de Dia de Imunohemoterapia. A exequibilidade de cuidados partilhados, coordenados com outras especialidades e a desejável integração dos Cuidados Paliativos noutras práticas tem-se refletido num crescimento exponencial de referenciações, sobretudo pela Oncologia. Este fator, bem como a ausência de resposta equivalente noutras estruturas hospitalares e de equipas comunitárias de suporte, tornaram exíguo o espaço (24m2), e que tem limitado a capacidade de resposta das diversas valências aí dinamizadas – consultas de Medicina Paliativa, Enfermagem, Psicologia, Serviço Social, Monitorização Telefónica e Técnicas de Controlo Sintomático. No sentido de ultrapassar parte das dificuldades foi deslocalizada, em 2015, para o Hospital Pulido Valente a Consulta de Acompanhamento no Luto, onde são formalmente seguidos familiares em situação de risco de luto complicado. A recente revisão do regulamento interno da UMP veio consignar, em função do que vem sendo defendido internacionalmente que o modus operandi da equipa assegure o seguimento das situações de elevada complexidade (em ambulatório ou em internamento no CHLN), e que sinalize os casos menos complexos a outras estruturas capacitadas para o fazer (médicos de família e cuidados primários, equipas de cuidados continuados, unidades de internamento de cuidados continuados, lares ou outros especialistas), mantendo sempre o estatuto de equipa consultora. O impacto da intervenção da UMP do ponto de vista da satisfação e gratidão dos doentes e cuidadores, bem como a redução de recurso a cuidados em Serviço de Urgência e internamentos estão documentados, constituindo uma das diferentes linhas de investigação desenvolvida pela equipa, com vários trabalhos nacional e internacionalmente reconhecidos. Paralelamente, a UMP tem colaborado quer na formação académica, quer na disponibilização de campo de estágio para capacitar outros profissionais de saúde em perícias específicas da área. Contactos: telefone 217 805 599; equipapaliativos@chln.min-saude.pt

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10ª Jornadas do Doente Crítico do CHLN Decorreu, nos dias 28 e 29 de janeiro 2016, no Grande Auditório Egas Moniz e no anfiteatro 58 do Edifício Egas Moniz, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FML), as 10ª Jornadas do Doente Crítico do CHLN, organizadas pelo Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do CHLN. A sessão de abertura contou com a presença do Dr. Carlos das Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do CHLN, da Dra. Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN, da Enf.ª Catarina Batuca, Enfermeira Diretora do CHLN, e da Dra. Zélia Costa e Silva, Diretora do SMI. Como já vem sendo habitual, este evento atingiu elevado nível científico, não só pelos convidados presentes, mas muito em particular pela qualidade dos trabalhos apresentados pelos elementos do serviço. Entre os convidados estrangeiros participaram figuras de alto prestígio internacional na área da medicina intensiva, como Xavier Monnet, Daniel de Baker e António Artigas. Os temas abordaram, em particular, a avaliação clínica e o tratamento dos doentes com ARDS, o controlo da infeção hospitalar, o tratamento da sepsis, o uso de biomarcadores na avaliação da eficácia da antibioterapia, as novas normas de ressuscitação e a utilidade da normotermia na neuroprotecção, e ainda o suporte de órgão, nomeadamente através da utilização de vasopressores ou das técnicas de depuração renal.

Plano de contingência para as vaga de frio Apesar de, neste ano, se terem organizado algumas mesas redondas com médicos e enfermeiros, houve um programa de enfermagem autónomo muito participado, no qual foram abordados temas de grande impacto diário nas UCI’s como a morte, sendo focada a importância dos cuidados paliativos e do testamento vital, o trauma, e as tão frequentes questões ligadas à sedação e ao delírio. Este último tema foi tratado ainda com maior relevância num “simpósio satélite” promovido pela Orion Pharma sobre a utilidade e o manejo da Dexmedetomidina nos doentes com delírio, ou na ajuda ao “desmame ventilatório” difícil.

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De referir a distinta capacidade organizativa do SMI, pelo qual se parabeniza as comissões científica e organizadora da reunião científica, que em muito prestigiou o CHLN, deixandonos a aguardar com elevada expetativa as novidades das próximas jornadas previstas para janeiro de 2017.


Em foco: Centro de Formação do CHLN LXNORTE NEWS - Dr.ª Isabel Correia, pode fazer-nos uma breve retrospetiva daquilo que é a história do Centro de Formação no HSM e depois no CHLN? Sou diretora do Centro de Formação desde janeiro de 2003, mas obviamente que o Centro de Formação nasceu antes: foi criado em 1994 e iniciou funções em 1995. Na altura, a avaliar pelos relatórios que li dos meus antecessores, houve muitas dificuldades, não só de instalações, como de meios de apoio logístico. Contudo, num curto prazo começaram a ser realizadas as candidaturas ao Fundo Social Europeu, um dos grandes apoios que ainda hoje temos e que, desde logo, exigem alguns procedimentos que implicam qualidade e rigor. Houve, desde cedo, igualmente uma preocupação muito grande com a qualidade dos formadores, pelo que foram organizados bastantes cursos de formação pedagógica inicial de formadores – cerca de quatro cursos por ano – e houve um grande desenvolvimento dos meios de divulgação da formação, bem como na elaboração do dossier técnico-pedagógico. Todo esse crescimento quantitativo e qualitativo saldou-se, em 1999, com a acreditação do Centro de Formação pelo Departamento de Recursos Humanos da Saúde, acreditação que ainda hoje existe e é reconhecida pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). O Centro de Formação abriu progressivamente ao exterior, passando a receber formandos de outros hospitais. Em 2003, iniciei estas funções numa área que para mim era absolutamente nova, mas que desde logo me interessou bastante pela importância que tem, num centro hospitalar universitário com ampla dimensão e diferenciada missão de serviço público. É importante referir que, em 2005, se registaram algumas mudanças na forma de gestão do Hospital de Santa Maria (HSM) que necessitaram de um grande número de ações de formação, como por exemplo, a formação do sistema Alert, que foi extensíssima, pelo papel crucial do Serviço de Urgência Central. Nessa altura, o Centro de Formação teve que incrementar o seu volume de formação, tendo-se verificado um aumento de cerca de 40%, o que se revelou um verdadeiro desafio laboral. Em 2008 foi criado o CHLN, resultante da fusão do HSM e do Hospital Pulido Valente (HPV) e, à sua semelhança, decorreu também a fusão entre os dois Centros de Formação existentes, ficando estabelecida a sua base no HSM, onde existe um maior número de colaboradores e um Polo no HPV. No percurso do Centro de Formação, continuámos a ter desafios, e um muito importante foi a acreditação, em 2009, pela Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que obrigou a um trabalho muito árduo, profundo e moroso e com critérios de rigor e exigência elevados. Se, com as candidaturas anuais ao Fundo Social Europeu, já tínhamos que ser rigorosos nos nossos procedimentos, nesta altura elevámos ainda mais o patamar em termos de eficácia, eficiência e qualidade. Ainda em 2009, avançámos para a homologação do Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, que representou um grande passo para nós, permitindo manter a qualificação dos nossos formadores. Desde essa altura, que realizamos dois cursos por ano.

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Entrevista – Dr.ª Isabel Correia Em 2011, abraçámos outro desafio: a acreditação pelo Conselho Científico e Pedagógico de Formação Contínua, que permitiu que déssemos formação a professores do Ensino Secundário. Fizemos duas formações na área da Educação para a Saúde que, apesar de algumas vicissitudes do ponto de vista social e económico, por parte dos professores, tiveram um saldo positivo. Em 2012 tivemos vários cursos, na área da Pediatria e da Neonatologia, aprovados pelos Colégios de Pediatria e Neonatologia da Ordem dos Médicos. Esta etapa de crescimento para o Centro de Formação foi também muito importante, pela valorização conferida ao nosso trabalho, em termos qualitativos. Ao longo destes anos elaborámos, organizámos e disponibilizámos um amplo leque de formação, detalhada nos nossos relatórios de atividade. Em 2014, o Centro de Formação decidiu abraçar um novo desafio: a sua acreditação, pela Norma NP 4512:2013, uma norma específica da formação. Fizemos a abordagem dos vários processos, implicando obviamente o incremento da melhoria e da eficácia e criámos um sistema de gestão da formação profissional, que queremos que seja o melhor possível para os nossos clientes/ formandos. Construímos ainda um manual de gestão da formação, reformulámos o regulamento de funcionamento do Centro de Formação e, atualmente, estamos no final dessa fase. Pensamos que, em breve, vamos ter o Centro de Formação acreditado por essa Norma, um claro sinal de reconhecimento do nosso trabalho e do nosso esforço na e pela instituição. Neste Centro Hospitalar Universitário, as áreas de formação envolvidas estão ligadas, evidentemente, à saúde mas temos, no entanto, outras áreas como o atendimento, que consideramos fundamentais ao desenvolvimento socioprofissional e cultural dos nossos trabalhadores. A área do atendimento é fundamental, porque a primeira imagem retida pelo doente, pelo utente e pelos seus familiares é justamente o primeiro contacto estabelecido com a instituição, devendo ser pautado pelo rigor e correção. A formação em atendimento tem sido transversal e com um caráter anual. Disponibilizamos formação nas seguintes áreas: Medicina, Enfermagem, Segurança e Higiene no Trabalho, Ciências Empresariais, Desenvolvimento Pessoal, Línguas e literaturas Estrangeiras, Informática na Ótica do Utilizador, Tecnologias de Diagnóstico e Terapêutica, Serviços de Segurança, Fisioterapia e Reabilitação e Formação de Professores/Formadores e Ciências da Educação. Estamos disponíveis para poder abranger outras áreas, desde que isso signifique que estamos a apoiar o Conselho de Administração a cumprir os seus objetivos estratégicos, ou desde que os serviços, por necessidade, nos peçam formação específica noutra área.

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Em foco: Centro de Formação do CHLN (cont.) Dados do Centro de Formação Colaboradores-7 Salas de Formação no HSM-3 No HSM o CCF conta com o apoio do serviço de Cirurgia Experimental, que cede salas para realização de cursos práticos No Campus de Santa Maria o CF conta igualmente com o apoio da FML que cede salas e anfiteatros, especialmente no Edifício Egas Moniz. Salas de Formação no HPV -3 e 1 Sala para Aulas Práticas Utilização sempre que necessário do Anfiteatro do HPV

LXNN- Como é composta a equipa e por que áreas se divide? Como é a dinâmica da equipa? A equipa é constituída por mim, em tempo parcial, porque além desta atividade, dirijo a Enfermaria de Pneumologia do HSM-CHLN; por dois Coordenadores Técnico-Pedagógicos, duas Assistentes Técnicas e duas Assistentes Operacionais. De referir que a equipa é pequena, mas funciona muito bem e de forma coordenada. Colaboram ainda connosco dois elementos da Direção de Enfermagem, na formação na área de Enfermagem “apenas”, e que representam uma ajuda muito importante. O trabalho desenvolvido pelo Centro de Formação só foi possível pela qualidade, excelência e dedicação da sua equipa, que «vestiu a camisola da casa» e essa interação tem sido essencial para que tudo funcione, porque há todo um trabalho de bastidores, de planeamento e de avaliação, da eficiência e da eficácia e um conjunto de objetivos e metas para cumprir. Essa análise, feita continuamente durante todo o ano, implica muito trabalho. Por tudo isto, realço, mais uma vez, a excelência dos colaboradores deste Centro de Formação. LXNN- Quais são os desafios e como encara o futuro? Nós reunimos todas as condições para sermos um centro de excelência, porque nos encontramos num hospital dotado de formadores com know how, com áreas em que temos seguramente pessoas muito competentes, o que resulta num enorme desafio. Outro desafio advém das atuais instalações das salas de formação, que datam de 2005 e que não são as mais adequadas em termos de conforto, pelo que gostaríamos de ter um espaço com melhores condições, onde pudéssemos desenvolver melhor o nosso trabalho. Para 2016 temos planeada a acreditação pela norma NP4512:2013, um desafio que eu espero ver cumprido a curto prazo. Gostávamos ainda de acreditar outros cursos e outras formações, mais específicas, em várias áreas. Outra coisa que ambicionamos conseguir é um software de gestão da formação, que seria de extrema importância para facilitar todo o trabalho técnico e administrativo e, por outro lado, gostaríamos igualmente de proceder à implementação de uma plataforma de e-learning. São estas as principais metas a atingir e para as quais contamos com o apoio do Conselho de Administração.

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Ministério da Saúde lança Novo Portal do SNS

O novo Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi lançado no dia 1 de fevereiro de 2016. O seu desenvolvimento esteve a cargo dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE (SPMS) em parceria com os restantes serviços e organismos do Ministério da Saúde. Este portal permite incorporar informações úteis em quatro áreas explícitas, nomeadamente: (i) SNS, (ii) Institucional, (iii) Profissional e (iv) Cidadão, permitindo o acesso a uma informação mais clara e intuitiva. Disponibiliza aplicações que permitem ao cidadão, consultar dados relevantes de indicativos de saúde, como a pesquisa de centros de saúde, farmácias e hospitais e possibilita ainda, a consulta de informação sobre pagamentos e isenções de taxas moderadoras, para além do acesso aos tempos de espera nas urgências e às listas de espera para consultas e cirurgias, discriminado por instituições de saúde. Para aceder ao portal, consulte: www.portaldasaude.pt ou clique no link do Portal, disponibilizado nos diversos sites das instituições de saúde.

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Serviço de Urologia do CHLN realiza workshop

O Serviço de Urologia do Hospital Santa Maria (HSM) - Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), organizou nos dias 1 e 2 de fevereiro, na Sala de Aula do Serviço de Urologia e no Bloco de Cirurgia Ambulatória, um workshop com demonstrações cirúrgicas e uma palestra, pelo Prof. Dr. Sanjay B. Kulkarni, subordinado aos temas “Cirurgias Reconstrutivas Complexas da Uretra” e palestra, sobre os “Recentes Avanços na Reconstrução Uretral”, respetivamente. O Prof. Sanjay B. Kulkarni é Diretor da Kulkarni School of Urethral Surgery e do Kulkarni Center for Reconstructive Urology, em Pune, na India. No seu vasto curriculum profissional e académico destaca-se um cirurgião reconstrutivo uretral reputado mundialmente, tendo demonstrado neste workshop, algumas técnicas presentemente utilizadas na reconstrução de problemas complexos envolvendo diferentes áreas da uretra anterior, associadas a causas traumáticas, infeciosas, induzidas por radioterapia pélvica e iatrogénicas, isto é, desenvolvidas na sequência de outras cirurgias ou instrumentações anteriores. No dia 1 de fevereiro, da parte da manhã, foram realizadas duas cirurgias ao vivo e transmitidas em direto para a sala de aula do Serviço de Urologia, de pacientes submetidos designadamente a uma reconstrução de aperto panuretral com enxerto dorsolateral de mucosa bucal e no outro doente e reintervenção (redo) uretral, também com enxerto de mucosa bucal na face dorsal da uretra penoescrotal. No dia 2 de Fevereiro, foram operados mais dois doentes, tendo sido utilizados enxertos de mucosa bucal e lingual como substituto da uretra danificada em um dos pacientes. Em outro dos pacientes, foi necessária excisão parcial do bordo inferior do osso púbico (pubectomia inferior), de forma a assegurar uma anastomose uretral sem tensão, fator da maior importância para o sucesso de qualquer cirurgia envolvendo anastomose. A estenose da uretra é um problema médico frequente à escala mundial com uma prevalência estimada em 10/100.00 homens no Reino Unido, aumentando para 40/100.000 em homens por volta dos 65 anos e até 100/100.00 daí para frente. Taxas mais elevadas foram descritas nos EUA.

O tratamento cirúrgico da estenose da uretra anterior em homens adultos constitui um verdadeiro desafio reconstrutivo e tem sofrido permanente evolução. Recentemente foram introduzidas alterações consideráveis, quer em termos de causa da doença estenótica uretral, quer em termos de técnicas reconstrutivas. Estabeleceram-se critérios e guidelines para uma seleção mais rigorosa da técnica cirúrgica reconstrutiva consoante a origem da estenose uretral. Apesar desta evolução, persiste uma renovada controvérsia acerca da melhor técnica ou procedimento para reconstruir a uretra anterior (peniana e bulbar). O emprego de retalhos pediculados e enxertos livres tem variado em popularidade nas últimas décadas. Contudo, nos últimos anos, tem-se notado um ressurgimento do uso de enxertos livres (mucosa bucal e lingual), nitidamente ultrapassando o uso de retalhos de tecido genital (pele prepucial e escrotal). O urologista reconstrutivo deve estar plenamente familiarizado com o uso, tanto de retalhos, como enxertos, para tratar qualquer situação de estenose uretral, devendo possuir flexibilidade e elasticidade mental (e técnica) para adotar e/ou adaptar uma determinada técnica, que julgue mais apropriada para um particular contexto, com o qual é deparado durante a operação, e frequentemente impossível de prever préoperatoriamente. Da parte da tarde do dia 1 de fevereiro, decorreu a Palestra "What’s New in Urethroplasty?" proferida pelo Prof. Dr. Sanjay B. Kulkarni e que foi precedida de uma breve apresentação da autoria do Prof. Dr. Tomé Lopes, Diretor do Serviço de Urologia do CHLN, que deu oficialmente início a um ciclo de workshops do Serviço de Urologia do CHLN/ Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FML). No dia 2 de fevereiro, os trabalhos iniciaram-se igualmente com a transmissão em direto de duas intervenções clínicas da especialidade; dois pacientes para uretroplastia e reconstrução de aperto Panuretral, seguidas de uretroplastia posterior (bulbomembranosa), pós-braquiterapia.

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XV Reunião de Cirurgia I ENCONTRO DE Internacional ENFERMAGEM DE HOSPITAIS I Encontro de Enfermagem em Traumatologia

Nos passados dia 3 a 5 de fevereiro, decorreu no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa (FML) a 15ª Reunião Internacional de Cirurgia, uma iniciativa da Direção departamental da especialidade, na pessoa do Prof. Doutor Mendes de Almeida e que contou na qualidade de Presidente de Honra, com o Prof. Doutor Bicha Castelo. Na mesa da sessão e abertura estiveram presentes, para além do Prof. Doutor Mendes de Almeida e do Prof. Doutor Bicha Castelo, o Prof. Doutor Fausto Pinto, Diretor da FML, e em representação do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) estiveram presentes a Dr.ª Margarida Lucas, Diretora Clínica e a Enf.ª Catarina Batuca, Enfermeira Diretora. O Prof. Mendes de Almeida, após os cumprimentos e agradecimentos tradicionais circunstanciais a este tipo de eventos, brindou os presentes com uma excelente apresentação que versava sobre um conjunto de reflexões sobre a importância da especialização nas suas diversas vertentes, canalizada depois para a diferenciação hospitalar e para temas polémicos como a diferenciação entre resultado adverso e erro médico, enaltecendo a importância do capital humano, fator de grande influência no que diz respeito aos resultados de uma instituição hospitalar. Concluiu a sua comunicação, enaltecendo a importância de «(…) paz, para as políticas de saúde e os sistemas possam alcançar boas metas e funcionar na sua plenitude (…)». Após esta comunicação, seguiu-se a intervenção do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) que agradeceu a presença de todos e em nome da faculdade elogiou a importância do evento, transmitindo ao Prof. Doutor Mendes de Almeida «(…) uma palavra de apreço, apoio e solidariedade.», desejando a todos os presentes um bom trabalho. A 15ª Reunião Internacional de Cirurgia teve a duração de 3 dias e abordou grandes temáticas ligadas à prática clínica desta especialidade tais como (i) a Organização da Urgência Cirúrgica na Europa; (ii) a Política de Urgência em Cirurgia; (iii) a Abordagem do Doente Politraumatizado e Situações Críticas; (iv) o Trauma Abdominal; (v) as Urgências Pós-Operatórias e uma (vi) profunda abordagem dos pressupostos da Qualidade em Cirurgia, para além de vários cursos práticos. Ressalva-se ainda que durante o dia 5 de fevereiro, decorreu ainda neste âmbito, o 1º Encontro de Enfermagem em Traumatologia do CHLN, centrado na temática do Doente Vítima de Trauma Cirúrgico no Serviço de Urgência. O tema central deste encontro incidiu no Atendimento ao Doente Politraumatizado, como uma vivência constante na realidade assistencial do CHLN, com especial enfoque no Serviço de Urgência Central (SUC), Centro de Trauma a nível nacional, com uma Via Verde Trauma implementada. O certame foi subdividido ao longo do dia, de acordo com a comissão organizadora em três mesas sequenciais. No período da manhã foi abordada a “Intervenção dos Enfermeiros ao Doente Crítico Politraumatizado”, com ativação de Via Verde Trauma, primeiramente em contexto do Serviço de Urgência e, à posteriori no Bloco Operatório de Urgência. No período da tarde, o tema tratado permitiu abordar os “Cuidados de Enfermagem no Contexto dos Serviços das Especialidades Cirúrgicas”, que deu continuidade ao “Tratamento do Doente Crítico Politraumatizado”. Os objetivos deste encontro foram: (i) a promoção de um espaço de partilha de conhecimentos no âmbito da Traumatologia; (ii) a divulgação do Serviço de Urgência do CHLN enquanto Centro de Trauma a nível nacional e a implementação da Via Verde Trauma, onde o Enfermeiro faz parte integrante da Equipa Multidisciplinar e (iii) a divulgação e o reconhecimento da prática dos cuidados de enfermagem no atendimento ao doente crítico politraumatizado, contribuindo com evidencia científica para o desenvolvimento da profissão. O evento contou com a participação de mais de 200 participantes, cujo público prioritário foram enfermeiros do CHLN, doentes e alunos de diferentes instituições. De realçar que foram atingidos e superados os objetivos propostos e considerando o sucesso do evento, ficaram em aberto as perspetivas para a realização de ações futuras semelhantes.

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Comemoração do Dia Mundial do Doente no CHLN Por ocasião da celebração do Dia Mundial do Doente, uma data instituída a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) organizou algumas iniciativas internas, que pretenderam assinalar esta efeméride. Para o efeito, e com o intuito de sensibilizar a sociedade civil para a necessidade de apoiar e ajudar todas as pessoas doentes, o CHLN preparou, em parceria com a sua Capelania, com a Associação dos Amigos do HSM (AAHSM) e com a Liga dos Amigos do HPV (LAHPV), algumas ações, em ambos os hospitais que o compõem. Destacou-se assim, a presença no Hospital de Santa Maria (HSM) do músico Rão Kyao, que brindou utentes e profissionais com um concerto associado à participação da Comunidade Mundial de Meditação Cristã. Durante este momento musical de grande qualidade, a música deste artista foi intercalada com a leitura de alguns textos de natureza espiritual, destinados a doentes, familiares, voluntários e restante comunidade hospitalar. No término do concerto decorreu uma iniciativa considerada como redutora do risco de burn-out para os profissionais de saúde: a prática de «meditação cristã», uma tradição que remonta aos primeiros séculos do cristianismo e que está enraizada nos ensinamentos e exemplo de Jesus Cristo. Esta iniciativa irá continuar replicar-se, para todos os interessados todas as 5as feiras, na Capela do HSM, pelas 15h30 e será orientada pela Comunidade Mundial de Meditação Cristã, em parceria com a Capelania do CHLN. Simultaneamente, esteve patente uma exposição de painéis sobre o tema: "Obras de Misericórdia", que pretendeu fazer refletir e alertar para as semelhanças presentes nas várias religiões de que todos somos herdeiros. Testemunhos Gilda Monteiro, Coordenadora Nacional da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã «Considero este tipo de iniciativas, levado a cabo por um hospital central e de referência como o Hospital de Santa Maria absolutamente maravilhoso! Que acolha esta celebração da paz e da tranquilidade e de cada pessoa consigo própria para começar. Este tipo de música e este tipo de tema convida muito a pessoa a compreender a compreender a aceitar melhor a várias dificuldades da vida. Do ponto de vista organizacional considero que mobilizar um hospital para este tipo de iniciativas que contribuam para um convívio e um cruzamento entre as mesmas em ambiente sem ser de stress e de competição como é normalmente o quotidiano de um ambiente de trabalho… é muito salutar e muito favorecedor da harmonia no trabalho, um fator de extrema importância.» Padre Sampaio, Coordenador do Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) do CHLN »Esta ideia partiu da forma de celebrar, no fundo o Dia Mundial do Doente de uma maneira um pouco diferente do que é habitual. De uma forma mais cultural, por um lado e por outro através da música e de outras formas de dimensão espiritual também, de forma muito aberta à participação de todos os interessados. Estes momentos de reflexão, associados à exposição das obras de misericórdia que nos dão conta que um hospital é um local onde nós nos sentimos mais tocados pela fragilidade do outro, que devemos ser compassivos e misericordiosos com os outros. Esta iniciativa, realizada em comunhão com a Dr.ª Gilda Monteiro da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã é uma iniciativa, na minha opinião, de grande beleza porque pretende através da música e da meditação, da leitura de textos a criação e o favorecimento de ambientes de paz e sobretudo de sentido a situações de sofrimento.» Rão Kyao, Músico «Fiquei desde logo muito sensibilizado por este pedido. Considero que este é um dia muito especial pelo facto de ter sido instituído pelo Papa João Paulo II. E pegando um pouco nas palavras do Padre Sampaio é importante que nós, através do nosso sentido de altruísmo termos encontrado uma forma de valorizar o doente, o seu papel ou até mesmo um momento da vida das pessoas em que as mesmas tiveram que fazer face à doença, ultrapassando-a. É por isso um dia muito especial e espero que através da música se tenha criado um ambiente que nos faça pensar e refletir crescentemente sobre esta temática.» No Hospital Pulido Valente (HPV), o corpo de voluntários organizou-se de modo a visitar todos os doentes internados, levando-lhes, através da sua presença, apoio e esperança neste momento mais difícil, tendo ainda feito a distribuição de uma lembrança e de uma pagela sobre a efeméride em causa a cada um.

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I ENCONTRO DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS Dia Europeu dos Enfermeiros Perioperatórios assinalado no CHLN No âmbito das Comemorações do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, realizou-se, no passado dia 15 de fevereiro, no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), a Exposição subordinada ao tema ‘Equipas Unidas, Doentes Seguros’. Esta mostra, teve como objetivos dar visibilidade às atividades desenvolvidas pelos enfermeiros perioperatórios; promover a proximidade dos cidadãos com o ambiente cirúrgico e com o trabalho dos enfermeiros perioperatórios; e divulgar o trabalho dos Enfermeiros Perioperatórios, através da fotografia. A exposição, baseada em cinco importantes pilares Competência, Conhecimento, Humanização, Qualidade, Segurança - contou com a participação de todas as unidades cirúrgicas do CHLN (polos HSM e HPV), que através da apresentação de posters e/ou pequenas filmagens, bem como de exposição de arsenal cirúrgico atual e histórico de alguns dos Blocos Operatórios participantes, mostraram um pouco do que são e o que fazem. A criatividade foi uma constante, onde se procurou dar uma panorâmica geral sobre a Enfermagem Perioperatória havendo, no entanto, lugar para que cada unidade cirúrgica pudesse apresentar particularidades que a caracterizam. A inauguração oficial da exposição contou com as ilustres presenças da Enfermeira Catarina Batuca, Enfermeira Diretora do CHLN e da Enfermeira Mercedes Bilbao, Presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP), proporcionando momentos de partilha entre os enfermeiros das diversas unidades da instituição e possibilitando igualmente a interação com os utentes do CHLN. Convictos de que iniciativas como esta enriquecem quem nelas participa, assim como dignificam as instituições que as realizam, a Comissão Organizadora deste evento espera poder repetir esta experiência de sucesso.

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Inovação: Unidade de Logística e Stocks do CHLN Nuno Manuel Marques Loureiro é natural de Seia, licenciado em Gestão em Saúde. Possui um Master Business Administration em logística pelo Instituto Superior Técnico e uma pós-graduação - Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (PADIS) pela Escola de Direção e Negócios (AESE). Iniciou funções em 2006, no Hospital de Santa Maria como Técnico Superior no Serviço de Logística e Stocks e, desde junho de 2010, é Diretor da Unidade de Logística e Stocks do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). Fez parte do grupo do Grupo de Trabalho do Ministério da Saúde que implementou a Metodologia para a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade, seguindo a metodologia GRI (Global Reporting Initiative); Membro do fórum SiNATS - Fórum de discussão sobre avaliação de Dispositivos Médicos. Convidado regular para preletor no Instituto Superior Técnico e Universidade Lusíada é ainda autor de algumas publicações das quais se destaca “Logística no Contexto Hospitalar e Centralização de Armazém”. A Unidade de Logística e Stocks é responsável pela Gestão e Organização de toda a Cadeia de Abastecimento de Materiais de Consumo Clínico, Administrativo e Hoteleiro no Centro Hospitalar Lisboa Norte. Tem como objetivo principal garantir a disponibilidade de todos os dispositivos necessários, no momento necessário e em quantidade suficiente, de forma a apoiar o dia-a-dia dos Serviços de Apoio e Serviços de Ação Médica na Prestação de Cuidados de Saúde. Destacam-se como principais competências: (i) efetuar a gestão previsional de bens consumíveis necessários às atividades do CHLN, em colaboração com Serviços de Apoio e Serviços de Acão Médica; (ii) implementar métodos de gestão de stocks necessários para garantir o fornecimento de bens consumíveis aos serviços de forma economicamente mais vantajosa; (iii) assegurar a implementação de métodos de registo e controlo de existências em armazéns; (iv) instruir ou informar o Serviço de Gestão de Compras do CHLN para a aquisição de produtos consumíveis necessários à atividade dos Serviços do Centro Hospitalar; (v) assegurar a gestão dos Armazéns Centrais e (vi) superintender funcionalmente na gestão dos armazéns descentralizados das unidades e Serviços do CHLN. A Unidade é composta, à data, por 38 colaboradores, entre Direção e Armazém Central (Picking, Distribuição, Receção e Gestão de Stocks). .

LXNorte News - De há uma década a esta parte, será que nos pode explicar, de forma sucinta, que grandes alterações se verificaram em termos de logística em seio hospitalar, nomeadamente no Hospital de Santa Maria e mais tarde, no Centro Hospitalar Lisboa Norte? O Hospital de Santa Maria (HSM) contou nos últimos anos com, eventualmente, o período mais dinâmico dos seus 60 anos de atividade, com aumentos de produção e produtividade notáveis a toda a linha. A área da Logística foi uma das que sofreu um necessário processo de melhoria que elevou significativamente o padrão de eficiência e eficácia do serviço prestado aos Serviços de Ação Médica (SAM), como necessário suporte ao incremento de produção assistencial do HSM. Depois de um primeiro processo de melhorias, que serviu para ajustar a Logística do HSM a uma realidade lógica com os primeiros princípios base da boa gestão logística, passou por uma segunda fase de melhorias, que serviu de afinação do modelo implementado e de salto qualitativo para as melhores práticas da logística, não só no setor de saúde. Podemos por isso dizer, que iniciámos há quase 6 anos, a terceira fase. Assim, desde 2010, a Unidade de Logística e Stocks (ULS) tem procurado agregar continuamente soluções para reduzir tempo e insatisfação dos seus clientes diretos (serviços do CHLN).

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associa-se à GS1 – Entrevista Dr. Nuno Loureiro

Esta preocupação evoca a premissa de melhoria contínua que o serviço tem assumido para ultrapassar todos os constrangimentos e dificuldades com os quais é confrontado. No nosso contexto, a melhoria contínua assume maior preponderância/expressão na inexorável perseguição aos desperdícios da cadeia de abastecimento. Diariamente, foram efetuadas um conjunto de operações que permitiram maior agilidade, sincronização e análise de processos, com o objetivo claro de identificar onde se perde tempo e onde se acumulam stocks. Iniciou-se uma colaboração mais profícua com fornecedores e clientes (serviços) para o planeamento atempado da procura. Foram ainda efetuados investimentos em tecnologias de informação (melhorias e desenvolvimentos da aplicação que suporta a Logística) para controlar stocks e dispor de indicadores para medir desempenhos e poder antecipar ações corretivas na estratégia definida. Das medidas implementadas nestes últimos anos, destaco as seguintes:(i) criação de um circuito de Logística Inversa ; (ii) Sistema de Gestão de Stocks Inteligente ou Vendor Managed Inventory (VMI), (iii) Track & Trace – Localização de pedidos (iv) Sistema de Gestão da Qualidade, (v) Centralização de Armazéns (HPV + HSM), (vi) Gestão Avançada de Consignados e (vii) Avaliação de Fornecedores. LXNN - Como surgiu esta ideia de associação do CHLN à GS1? O que levou a esta associação, que não tinha ainda precedentes em Portugal? O ambiente macroeconómico do setor da Saúde, no qual os Hospitais se desenvolvem hoje em dia, caracteriza-se por ser altamente exigente. O sucesso ou fracasso de um Hospital não depende apenas da capacidade de adaptação às exigências do mercado, mas também do nível de eficiência das práticas implementadas. Neste sentido, o aumento da produtividade nas operações de armazenagem influi diretamente na otimização dos processos logísticos do Hospital, concedendo assim uma vantagem competitiva. Seguindo a premissa atrás assimilada, identificámos como sendo um dos vetores prioritários para o biénio 2014/2015, a codificação dos artigos rececionados pelo Armazém Central através da adoção de uma “linguagem universal”, com o propósito claro de reduzir custos, stocks, tempo, desperdícios, aumentar a segurança, rastreabilidade e maior alinhamento e sincronização de toda a cadeia de abastecimento, de forma a elevar o nível de serviço prestado ao cliente final. O Armazém Central receciona diariamente aproximadamente 250 SKU (Stock Keeping Unit), e expede mercadoria para 280 pontos de reabastecimento dentro do CHLN, a cadeia de abastecimento interna é complexa, pelo que, a standardização de procedimentos é fundamental para garantir a trilogia, produto correto, doente correto e preço justo. Assim, acreditamos que a maximização dos resultados passa por uma codificação universal para todos os materiais. Codificação essa, que permitirá a todos os elos da cadeia de abastecimento obterem a informação necessária para a sua atividade (i.e. lote, validade, número de série, origem do produto, reporting de consumos, etc.), tornando toda a cadeia mais eficiente e eficaz. Para concretizarmos e materializar-mos as nossas ideias e projetos, definimos como prioritário identificarmos um parceiro de negócio, o qual impreterivelmente teria de ter grande conhecimento e experiência sobre o tema, quer em termos nacionais como internacionais. Assim, surgiu de uma forma natural a GS1 Portugal.

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Inovação: Unidade de Logística e Stock do CHLN associa-se à GS1 – Entrevista Dr. Nuno Loureiro (Cont.) LXNN - Quais são, no seu ponto de vista as grandes mais-valias da adesão do CHLN à GS1 Portugal e o que simboliza em meio hospitalar, esta “nova mentalidade”? Para além desde projeto em curso existe outro, que se prende com a rastreabilidade dos dispositivos médicos, será que nos pode falar dos seus benefícios para o meio hospitalar? A adoção dos standards GS1 está diretamente relacionada com o nosso Sistema de Gestão da Qualidade. Decorrente das auditorias e da constante análise às nossas operações, fomos identificando (pequenas) debilidades existentes, como também foram sendo evidenciadas oportunidades de melhoria no que concerne à rastreabilidade dos dispositivos médicos. Deste modo resultaram dois projetos: 1. A Avaliação da Qualidade de Codificação dos Dispositivos Médicos e 2. a Rastreabilidade de Dispositivos Médicos (DM) em Ambiente Hospitalar. Concluídos os projetos atrás identificados e através da sua complementaridade, é possível afirmarmos que a principal vantagem da adoção dos standards, é que nos permite saber em tempo real (consultando o nosso sistema informático), onde se encontra um determinado dispositivo; se o mesmo já foi ou não utilizado; em que doente; qual a validade do dispositivo; o número de série; lote; fornecedor, CDM, etc.) através da leitura de um simples código de barras. Conseguimos dispor de toda a informação necessária para uma gestão de stocks mais eficiente e eficaz, permitindo uma maior racionalização dos recursos disponíveis, como também uma maior visibilidade e rastreabilidade dos dispositivos desde o momento de entrada no CHLN até ao momento do seu “consumo”, ou da sua devolução (Logística Inversa). Os projetos permitiram também comprovar a viabilidade técnica da utilização identificação GS1 (GTIN Global TradeItem Number) para report de CDM (código de dispositivo médico) à entidade reguladora Infarmed (consumos e compras num determinado período, à distancia de uma query em SAP). Desta forma não posso deixar de expressar o meu agradecimento a todos os stakeholders do projeto (2) – Softinsa, Zetes Burótica, Infarmed e CHLN. LXNN - Quais são os projetos em termos de Logística Hospitalar para o futuro? A modernização dos sistemas logísticos internos é um fator essencial para o aumento da produtividade e aperfeiçoamento da qualidade. Acredito por isso, que a modernização da logística interna do Centro Hospitalar Lisboa Norte continuará focada numa política de investimentos sustentável e promovendo disruptivos paradigmas, que possam dar resposta aos novos desafios que (quase) diariamente nos são colocados. Os Serviços de Ação Médica, são cada vez mais exigentes em relação à disponibilidade de fornecimento, à flexibilidade, à qualidade, mas também à rastreabilidade. Esta exigência obriga-nos por isso a uma modernização constante e determinada por diferentes fatores, designadamente: (i) exigências de maior desempenho, (ii) necessidade de aumento de capacidade de stockagem, (iii) alteração dos volumes dos produtos e, em decorrência, modificação da estratégia de distribuição; (iv) redução dos stocks, em decorrência, maior movimentação de stocks, melhoria da ergonomia; (v) procedimentos e processos de validação e leis de contratação pública. Tendo em consideração o exposto, dentro em breve serão apresentados novos projetos ao Conselho de Administração para que sejam analisados, discutidos e aferida a sua exequibilidade, sempre com o propósito de continuarmos a contribuir para a crescente alavancagem do CHLN e concomitantemente da Unidade de Logística e Stocks.

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1º Encontro Internacional de Cirurgia Cardiotorácica Minimamente Invasiva

O Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital Santa Maria (HSM) - Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), organizou no dia 19 de fevereiro, na Aula Magna do Campus de Santa Maria, o 1º Curso Internacional de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva, um curso verdadeiramente inovador pelo seu conteúdo e magnitude. Este evento contou com a presença de reputados convidados estrangeiros, peritos nesta área inovadora e de grande futuro na cirurgia cardíaca, assim como com a colaboração de vários especialistas nacionais com uma vasta experiência hospitalar, nacional e internacional. Na sessão de abertura, estiveram presentes o Dr. Carlos das Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do CHLN, a Dra. Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN, o Prof. Fernandes e Fernandes, Diretor do Departamento do Coração e Vasos do CHLN, o Dr. Ângelo Nobre, Diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do CHLN, o Dr. José Ferreira Neves, em representação da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardiotorácica e Vascular e o Dr. Sérgio Cánovas, em representação do Dr. José Cuenca, Presidente da Sociedade Espanhola de Cirurgia Cardíaca. Para o Dr. Ângelo Nobre, este curso resultou de uma colaboração internacional com Espanha e a Alemanha, tendo sido esse o principal motor de desenvolvimento do programa do curso, cujo objetivo era divulgar e partilhar técnicas inovadoras que, no caso da cirurgia mitral e da fibrilhação auricular são, no panorama nacional, um exclusivo do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do HSM/CHLN. «Os objetivos de divulgação da técnica, e de dar a conhecer as capacidades cirúrgicas e da organização de um evento do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria – CHLN foram claramente atingidos e superados». De acordo com as palavras do Prof. Doutor Fernandes e Fernandes «Esta iniciativa representou um marco importante na vida da Cirurgia Cardíaca, do Departamento do Coração e Vasos e da Instituição, que cumpre a sua missão académica, que é de fato formar, promover o conhecimento, introduzir a inovação, contribuir para o desenvolvimento dos Serviços de Saúde e sobretudo para a qualidade da prática médica que oferecemos aos nossos doentes».

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O Dr. Carlos das Neves Martins começou por fazer uma resenha histórica do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, tendo afirmado que “uma das grandes preocupações que tive, eu e os meus colegas do CA, desde o início de funções, foi a “refundação” do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica. Nessa altura, as notícias não eram positivas e colocava-se em causa, inclusive, a continuação do Serviço nesta instituição, o que era de todo impensável, como é por demais evidente. Passados três anos, quero dizer-vos que este serviço é um dos nossos motivos de orgulho e, não o digo por simpatia nem por estima pessoal ao seu Diretor e a todos os profissionais, e digo-o de forma sentida, sobretudo porque os dados falam por si. O serviço não foi extinto e não perdeu a sua idoneidade e, tem apresentado uma clara evolução do ponto de vista da qualidade, da diferenciação e naturalmente dos meios à sua disposição.» Para o Presidente do Conselho de Administração, «Todos nós temos uma grande responsabilidade, que é contribuirmos diariamente para o crescimento e o desenvolvimento da medicina portuguesa, sobretudo nas suas áreas de excelência. E é isso que estamos aqui a fazer, é isso que vamos hoje aqui fazer, sendo este outro dos contributos que instituições como a nossa, instituições que têm esta quádrupla responsabilidade: a de apoiar o ensino, a de formar, a de investigar e a responsabilidade de prestar cuidados de altíssima diferenciação, sendo responsáveis pelo tratamento dos casos mais complexos do nosso país, e daqueles que connosco têm protocolos de cooperação, podem prestar. E, no meio de toda esta atividade, temos que ter ainda a responsabilidade acrescida de parar para pensar, para refletir, e para partilhar.» O 1º Curso Internacional de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva contou com uma mais-valia, que consistiu na transmissão, em direto e a 3D, de duas cirurgias para Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL). Os temas abordados na “Live Surgery Mini-Mitral” foram “Why and How to Start a Minimal Invasive Program is CS”; “Mitral Case Presentation” ; “Anesthesia Management in Minimal Incision Surgery” ; “Single or double lung ventilation”; “The importance of Echo”; e “Einstein Vision”, tendo sido na “Live Surgery Mini-Aortic” abordados os temas “Aortic Case Presentation”; “MiniSternotomy approach” ; “TAVI today” e “Rapid Deployment Aortic Valves”. Este evento, é mais uma prova da dinâmica do CHLN que se distingue não só pela procura da excelência, mas também pela constante inovação na prestação de cuidados médico-cirúrgicos.


5º Curso Internacional de Otoneurologia do CHLN O anfiteatro 58 do Edifício Egas Moniz foi o local escolhido para receber o 5ºCurso Internacional de Otoneurologia, que decorreu entre os dias 22 e 24 de fevereiro de 2016, organizado pelo Prof. Dr. Leonel Luís, do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do CHLN e pelos Prof. Doutor Mamede de Carvalho e Prof. Dr. João Costa, da Unidade de Fisiologia Clínica Translacional do Instituto de Medicina Molecular (IMM). Trata-se de um curso internacional de otoneurologia, diagnóstico e reabilitação vestibular, com vista ao diagnóstico e tratamento dos doentes com vertigem e desequilíbrio, que conta com a participação de alunos provenientes de mais de 30 países dos EUA e América do Sul à Europa, África e Ásia.

A Sessão de Abertura do Curso contou com a presença do Dr. Carlos das Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração; do Prof. Doutor Mamede de Carvalho, Diretor da Unidade de Fisiologia Translacional, do Dr. António Marques Pereira, Diretor de Serviço de ORL e do Professor Dr. Leonel Luís, organizador deste curso e médico do serviço de Otorrinolaringologia. O curso decorreu ao longo de três dias, com sessões teórico-práticas, distribuídas entre o IMM e o Serviço de ORL do HSM, e como habitualmente, contou a participação de professores estrangeiros, neste caso, provenientes dos EUA e França. Este curso reverte-se de extrema importância, ao nível da partilha do saber e do conhecimento, visto ser uma área onde existe ainda uma grande lacuna na oferta de cuidados.

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Processo Clínico Eletrónico no CHLN

O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) obteve aprovação por parte da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) da sua candidatura ao projeto “PCE - Processo Clínico Eletrónico”, que representa um investimento de 3 milhões de Euros, sendo cofinanciado pelo FEDER em 1,7 milhões de Euros, no quadro da política de investimento definida pelo atual Conselho de Administração para esta área estratégica da instituição. Passados três anos de investimento intensivo na consolidação das infraestruturas tecnológicas do CHLN, este projeto marca um novo ciclo de investimentos em sistemas de informação, orientado para a disponibilização de novas funcionalidades aplicacionais aos profissionais do CHLN. O que traz de novo este Projeto? Com este projeto o Processo Clínico Eletrónico será estendido a todos os Serviços Clínicos do CHLN, com destaque para: (i) a prestação de cuidados médicos em mobilidade, permitindo a qualquer profissional de saúde poder atuar, em qualquer momento e em qualquer local do CHLN, através de diversos dispositivos de acesso fixo e móvel (computadores, smartphones, tablets); (ii) com este sistema, os médicos do CHLN terão acesso a um conjunto de informações, tais como: a sua lista de doentes, o histórico, o resumo clínico, as notas clínicas, diagnósticos, alertas e problemas, marcação de atos médicos, alta clínica nas diferentes áreas funcionais do hospital, à prescrição interna e externa de medicamentos, bem como à requisição e registo de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT); (iii) pretende-se desenvolver um conceito de maior proximidade com os cidadãos, em que os diversos serviços partilharão um conjunto de informação relevante sobre os utentes do CHLN, ajustando as interações às necessidades de cada um, disponibilizando uma resposta única e maximizando a eficiência e a eficácia da prestação de cuidados médicos; (iv) o Bloco Operatório Digital, que abrangerá os 10 Blocos Operatórios do CHLN, possibilitando a introdução informática dos registos referentes à anestesiologia

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e permitindo o acesso, no Bloco, aos resultados clínicos da consulta de anestesia, à integração em tempo real com os Cuidados Intensivos, o acesso a protocolos anestésicos e de procedimentos, bem como a funcionalidades de extração de dados estatísticos para análise de gestão clínica e (v) a desmaterialização dos Laboratórios Clínicos, que irá integrar os processos, equipamentos e aplicações dos laboratórios num sistema único. Nesta candidatura, agora aprovada, será desmaterializado o funcionamento dos Laboratórios de Neuropatologia e de Neurologia; em termos de segurança e certificação: serão reforçadas as medidas de segurança tendentes a permitir o funcionamento ininterrupto dos sistemas e a salvaguarda da informação, nomeadamente os registos clínicos. O acesso à informação será feito de forma mais fácil e segura, através da utilização do cartão do cidadão como meio de autenticação. As atividades informáticas relacionadas com o processo clínico eletrónico serão objeto de certificação de acordo com a norma ISO 20000. Quando se prevê que fique concluído o Processo Clínico Eletrónico? O Processo Clínico Eletrónico envolve cerca de 60 serviços clínicos. Para além das necessidades de cablagens e computadores pessoais, é também necessário efetuar parametrizações específicas para muitos serviços e familiarizar os profissionais de saúde com as novas funcionalidades aplicacionais. É um processo longo e com várias dimensões de complexidade, cuja conclusão, a um ritmo de implementação de 2 serviços por mês, perspetiva-se para o ano de 2018. Este é em suma, um processo que envolve o desenvolvimento de trabalho em várias áreas: os profissionais médicos a trabalharem com o desktop médico, os profissionais de enfermagem a trabalharem com o desktop de enfermagem, a consolidação do circuito da prescrição com protocolos diferenciados e de acordo com critérios específicos e que assume um papel verdadeiramente inovador num centro hospitalar universitário de referência, facilitando os procedimentos associados à prestação de cuidados médicos diferenciados, com maior eficácia, segurança e qualidade, resultando em significativos ganhos em saúde.


Médica do CHLN distinguida com “Prémio L` Oreal Mulheres na Ciência”

A Prof.ª Doutora Ana Catarina Fonseca, Assistente Hospitalar do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e Professora auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) na área da neurologia e farmacologia, foi agraciada no mês de fevereiro, com o “Prémio L’Oreal Mulheres na Ciência”, no âmbito do trabalho desenvolvido na deteção de alterações em doentes com AVC. LXNorte News – Como é dividir a vida entre a investigação clínica, a prestação de cuidados e saúde e o ensino? São várias as pessoas que trabalham no Centro Hospitalar Lisboa Norte e na Faculdade de Medicina de Lisboa que dividem a sua vida profissional entre a investigação, prestação de cuidados e ensino. Devem ser atividades interligadas. LXNN – Será que pode explicar de forma mais sucinta, sendo o AVC o objeto global da sua investigação em que dimensão incide a mesma? O que eu procuro estudar são as causas dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) isquémicos. Mais especificamente, os AVC’s aos quais não se consegue atribuir uma causa, mesmo após uma investigação relativamente extensa. Estes foram causados por alguma alteração, mas, atualmente podemos não ter exames complementares de diagnóstico ou conhecimentos fisiopatológicos suficientes para os detetar.

LXNN – Foi recentemente agraciada com o Prémio L’Oreal Mulheres na Ciência. Como encarou esse reconhecimento? É sempre simpático reconhecerem positivamente o trabalho que realizamos. LXNN – É uma mulher na Ciência, reconhecida publicamente aos 34 anos pelo seu trabalho de investigação. Que palavras deixaria aos seus pares sobre a Ciência que atualmente se faz em Portugal? O que conheço essencialmente é a investigação clínica. Foram realizados, sem dúvida, grandes avanços nos últimos anos, nomeadamente com a introdução do programa do interno/doutorando e com a parceria com a Universidade de Harvard, que permitiu formar um grande número de clínicos ao longo dos anos. Espero que o aumento de formação que ocorreu se possa repercutir futuramente num aumento significativo no número de bolsas de investigação obtidas, comunicações e publicações científicas realizadas por instituições portuguesas. LXNN – Sabe-se que o AVC é responsável pela morte de muitos portugueses anualmente. Em termos de prevenção para a saúde quer deixar-nos alguns conselhos aos leitores da LXNorte News? O mais importante em termos de prevenção é ter um estilo de vida saudável. Ter hábitos de vida saudáveis, uma alimentação equilibrada e realizar de forma regular exercício físico.

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Novo CA do CHLN nomeado Foi aprovada no 31 de março de 2016 a Resolução do Conselho de Ministros que nomeou o novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, E.P.E., (CHLN), após parecer favorável da CRESaP. Presidido pelo Dr. Carlos José das Neves Martins, que foi reconduzido na sua função gestionária, o novo órgão de administração do CHLN é ainda integrado pelos Vogais Executivos, Dr. Carlos Magno Fontes, pelo Dr. Júlio Candeias Pedro, pela Dr.ª Maria Margarida Lucas (Diretora Clínica) e pela Enf.ª Catarina dos Santos Batuca (Enfermeira Diretora), tendo sido estes três últimos gestores reconduzidos nas suas funções. A idoneidade, experiência e competências profissionais destes profissionais para o desempenho dos cargos estão plasmadas nas respetivas sinopses curriculares:

Carlos José das Neves Martins – Presidente - Natural de Portimão, Algarve onde nasceu em 1961. Licenciado em Relações Internacionais, Ramo Económico e Políticas pela Universidade do Minho, foi Presidente da sua Associação Académica na década de oitenta. Iniciou a sua vida profissional em 1985, no então Instituto Politécnico de Faro, após o que se seguiram vários cargos a nível regional, nacional e internacional, designadamente autarca no Município de Portimão - 1985 a 2001, Diretor Regional e Presidente do Instituto da Juventude - 1989 e 1991, Representante de Portugal no Comité de Peritos de Juventude da União Europeia e Perito de Politicas Locais no Conselho da Europa de 1990 a 1994, Presidente da Região de Saúde do Algarve e Coordenador do Gabinete de Relações Externas da Universidade do Algarve de 1996 a 1999. Em 1999, foi eleito Deputado à Assembleia da República pelo Círculo do Algarve, suspendendo as funções no período de 2002 a 2005 por posse sucessiva nos XV e XVI Governos Constitucionais, respetivamente, na qualidade de Secretário de Estado da Saúde e Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Turismo. Em 2005 regressou ao seu lugar de Assessor do Quadro na Universidade do Algarve, pedindo no mesmo ano uma licença sem vencimento para poder exercer funções no setor empresarial privado e iniciar atividade de prestação de serviços de consultoria internacional. Foi Assessor do Ministro da Saúde para as áreas das Relações Internacionais e Cooperação e em Projetos Estratégicos Interministeriais, de maio de 2012 a 20 de fevereiro de 2013. É autor de vários artigos sobre desenvolvimento sustentável e poder local, economia social e cooperação internacional, turismo e saúde, destinos emergentes e internacionalização empresarial, temas que igualmente tem abordado na qualidade de orador em conferências de âmbito nacional e internacional. Em 1987 foi distinguido com um Louvor Militar por serviços prestados como Oficial Miliciano de Artilharia da Brigada Mista Independente, em 2000 recebeu um Louvor do Magnífico Reitor da Universidade do Algarve, publicado em Diário da República, em 2003 ganhou o Galardão de «Reconhecimento e Mérito pelo Desenvolvimento e Promoção do Algarve», em 2008 recebeu a «Medalha de Mérito Municipal de Portimão - Grau Ouro» e em 2009 foi agraciado publicamente pelo Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil «Pela sua relevante atuação económica e contribuição na promoção da amizade e dos negócios internacionais na língua portuguesa».

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por resolução do Conselho de Ministros

Carlos Magno Neves Fontes – Vogal Executivo - Licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em 1978. Até à data, assumiu as funções de Diretor Financeiro do Hospital Fernando da Fonseca, cargo que assumiu desde junho de 2009. De dezembro de 2006 a maio de 2009 foi Diretor Coordenador das áreas financeira e de auditoria da Administração Central do Sistema de Saúde. Em 2003 a 2006 assumiu funções junto da Portugal Telecom (PT), na qualidade de responsável pela Tesouraria da PT- Multimédia, empresa onde já tinha sido de 2002 a 2003 Diretor Financeiro. De 1999 a 2001 foi igualmente Diretor Financeiro da JAE Construção, S.A. – ICOR. Anteriormente, desde 1994 assumiu as funções de responsável pela Tesouraria da Transgás – Sociedade Portuguesa de Gás Natural, SA. Entre 1993 e 1994 assumiu as funções de Diretor Financeiro da Unifina (SFAC) e na Unilong (ALD). Esteve ao serviço da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na qualidade de Inspetor, de 1990 a 1993 e entre 1984 e 1990 assumiu as funções de Inspetor Coordenador da Supervisão Bancária e de Seguros da Autoridade Monetária e Cambial de Macau. Foi ainda Auditor Coordenador dos Correios e Telecomunicações de Portugal (CTT), entre 1981 e 1984 e auditor da Arthur Young & Co entre 1978 a 1981.

Júlio Paulo Candeias Pedro – Vogal Executivo - Licenciado em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Lusófona, em 1999, possui uma Especialização em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública, em 2002, a que acresce o PADIS - Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde na AESE - Escola de Direção e Negócios, feito em 2008. Direção de Instituições de Saúde na AESE - Escola de Direção e Negócios, feito em 2008. Em 2007 fez o Mastering Health Care Finance — International Executive Program, realizado pela Univertsité Lausanne/Harvard Medical School/Hospital Geral de Santo António. De 1988 a 1991 fez o Curso de Enfermagem Geral pela Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara. É Administrador Hospitalar de 4.º grau, vinculado ao quadro único de administradores hospitalares, desde 14 de novembro de 2007. Assumiu as funções de Vogal do Conselho de Administração do CHLN desde 2014 até à data. Em termos académicos e científicos é, desde 2007, arguente convidado de júris da Escola Nacional de Saúde Pública no Curso de Especialização em Administração Hospitalar e orientador institucional de estágios, desde 2006. Integrou os órgãos sociais da Associação Portuguesa de Economia a Saúde de 2005 a 2008, com a participação na organização de eventos científicos.

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Novo Conselho de Administração do CHLN nomeado por resolução do Conselho de Ministros (cont.)

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Maria Margarida Barreira Lucas – Vogal Executiva- Diretora Clínica - Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa desde 1977 e obteve o título de Especialista em Medicina Interna em 1988, tendo efetuado as provas de aptidão pedagógica e capacidade científica pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 1991. Desde 2008 a 2016 exerceu as funções de Diretora do Serviço de Urgência Central do CHLN, com a responsabilidade pela gestão estratégica do serviço e a negociação dos respetivos contratos-programa, destacando-se do seu currículo os cargos de Adjunta da Direção Clínica do CHLN, no período 2008-2013, para a área das Urgências, acompanhando a reestruturação do Centro Hospitalar, de Coordenadora da Equipa de Gestão de Altas do CHLN, desde 2009, de Assistente Graduada Sénior de Medicina Interna, de Coordenadora de Setor e Adjunta do Diretor de Serviço de Medicina Interna do CHLN desde 2000, assumindo ainda as funções de preleção da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa desde 1983, na qualidade de Assistente Convidada. Da atividade de investigação, produção e divulgação científica destaca-se a autoria e co-autoria de mais de 300 comunicações científicas em congressos nacionais e internacionais, de mais de 60 publicações em revistas científicas nacionais e internacionais e de diversos capítulos em livros científicos, na área da Medicina.

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Catarina das Dores Praça dos Santos Batuca – Vogal Executiva - Enfermeira Diretora. Licenciada em Enfermagem pela Escola Técnica de Enfermeiras, mais tarde designada Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil. Iniciou a sua vida profissional em 1980 no Hospital de Pulido Valente, na prestação direta de Cuidados no Serviço de Recobro Anestésico, onde permaneceu até 1986. Nesta data, frequentou o Curso em Enfermagem de Reabilitação na Escola do Serviço de Saúde Militar. Regressou ao Hospital de Pulido Valente em outubro de 1988, na qualidade de Enfermeira Especialista exercendo funções no Departamento de Reeducação Funcional Respiratória e em 1991, no Serviço de Cirurgia Torácica. Em março de 1993 foi convidada para exercer as funções de Enfermeira Chefe do Serviço de Bloco Operatório, atividade que interrompeu em 1997 para ingressar no C.E.S.E. em Administração dos Serviços de Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende, após o que, a convite do Conselho de Administração foi exercer funções na qualidade de Enfermeira Supervisora, na Direção de Enfermagem. Em 2005 foi nomeada Enfermeira Diretora do Hospital de Pulido Valente. Com a criação do Centro Hospitalar Lisboa Norte foi convidada a integrar como Vogal o Conselho de Administração exercendo funções de Enfermeira Diretora até à presente data.


A moda marcou as comemorações do Dia Mundial do Dador de Sangue no CHLN O ponto de partida das comemorações do Dia Nacional do Dador de Sangue no CHLN, no dia 28 de março, foi o desejo de “inscrição no ADN”, de todos os constituintes da sociedade civil, de um novo “código” onde a dádiva de sangue fosse um imperativo moral, ético, genuíno e intemporal, sem necessidade de apelos constantes. Dentro da política de responsabilidade social do CHLN e procurando marcar um statement de irreverência e inovação no Serviço Nacional de Saúde, foi lançado um desafio à estilista Didimara, com o objetivo de aliar a moda à dádiva de sangue, sob o mote "Dar Sangue...tem de estar sempre na moda!", de modo sensibilizar a sociedade civil para a importância da regularidade da dádiva benévola de sangue. O ponto alto do programa desta efeméride foi um desfile de moda, no qual foram apresentados os 12 vestidos vermelhos, criados exclusivamente para 12 colaboradoras do CHLN, simbolizando os 12 meses do ano e apelando de forma criativa e glamorosa para a causa nobre, que é a dádiva de sangue. O desfile decorreu ao som da música exclusiva, alusiva ao evento, “Give me Blood”, criada pelo Dj Diego Miranda, tendo as colaboradoras sido penteadas e maquilhadas pelo Stúdio Glamour by Carla Frederico. Foi também inaugurada uma exposição fotográfica alusiva ao tema, realizada por José Correia, composta por 12 posters, com as 12 colaboradoras CHLN, vestidas com os 12 vestidos vermelhos.

Para este evento singular, o CHLN contou com a presença de diversas individualidades, nomeadamente o Dr. Rui Vieira, Vogal da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), a Dra. Ana Paula de Sousa, em representação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), o Joaquim Moreira Alves, Presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue (FAS), Alberto Mota, Presidente da Fepodabes, a Dra. Margarida Lucas, Diretora Clínica do CHLN, o Dr. Álvaro Beleza, Diretor do Serviço de ImunoHemoterapia do CHLN, o Dr. Almeida Gonçalves, Assessor do Presidente do Conselho de Administração do CHLN, Ana Paula Fernandes, Enfermeira Supervisora do CHLN, e pelas figuras públicas Sofia Nicholson, Diogo Vilela, Francisco Mendes, Roselyn Silva, e João Matias. Os convidados puderam também apreciar dois momentos musicais inesquecíveis, tendo sido o primeiro protagonizado pelo violinista Nuno Flores, acompanhado por Carlos Botelho e pela bailarina Mayana, e o segundo pela voz melodiosa de Maico e Raissa Bhering . Este evento representa um apelo para focalização nos valores essenciais, relembrando-nos da humanidade e responsabilidade social para com o próximo, porque dar sangue é dar vida e … “Dar Sangue...tem de estar sempre na moda!"

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Celebração dos 30 anos de sucessos da Foi sob o lema "Construímos Família" que, no passado dia 29 de março de 2016, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) organizou um evento comemorativo dos 30 anos de sucessos da Procriação Medicamente Assistida (PMA). A iniciativa decorreu na Aula Magna do Campus de Santa Maria, tendo contado com a presença de muitas individualidades, tanto do campo da Medicina, quanto da sociedade civil, com especial destaque para o “pai” da Procriação Medicamente Assistida em Portugal e, mais particularmente, no Hospital de Santa Maria, o médico Prof. Doutor Pereira Coelho, para o Presidente do Conselho de Administração do CHLN, Dr. Carlos das Neves Martins, para o ex-Diretor de Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do CHLN e Presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, Prof. Doutor Luís Mendes da Graça, para o Diretor do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do CHLN, Prof. Doutor Carlos Calhaz Jorge, e para Assistente Hospitalar Graduado do Serviço de Ginecologia do CHLN, Dr. Joaquim Nunes, presentes na mesa de abertura da sessão. A sessão de aniversário dos 30 anos de PMA no CHLN contou ainda com a presença de algumas das famílias acompanhadas pela equipa do Serviço de Obstetrícia, que marcaram presença neste evento. Na sessão de abertura o Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos das Neves Martins, referenciou as várias décadas de sucessos, sem esquecer uma especial referência aos recursos humanos deste serviço, nomeadamente ao Prof. Doutor Pereira Coelho, que contribuiu para o nascimento do primeiro bebé por fertilização in vitro, em 1986. «Fomos pioneiros na área da PMA após, em 1986, ter ocorrido o primeiro parto de um ´bebéproveta` em Portugal. Foi a oportunidade de seguir o exemplo de outros países e de lutar pelo milagre da vida», salientou. Aproveitou ainda a oportunidade pública mencionar o Plano Estratégico para o Triénio 2016-2018, recentemente apresentado, o qual prevê que «continuarão a ser construídos os alicerces da PMA, tão importante para a felicidade de quem quer ter um filho». De seguida foi feita uma breve comunicação que permitiu introduzir o tema em discussão, da autoria do Prof. Doutor Luís Mendes Graça, ex-Diretor do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do CHLN.

elebração dos 30 anos de sucessos da Procriação Medicamente Assistida

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Procriação Medicamente Assistida do CHLN “A evolução da PMA no CHLN e no Mundo” foi o título da apresentação escolhido pelo Prof. Doutor Calhaz Jorge, Diretor do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do CHLN, à qual se seguiu o visionamento de um vídeo subordinado ao tema: “30 Anos de PMA” no CHLN, em que, através da passagem de imagens e recordações relativas ao passado, se fez uma retrospetiva do trabalho realizado ao longo de todos estes anos pelos elementos constituintes desta equipa. A Sessão Solene de Encerramento contou com a honrosa presença de Sua Ex.ª, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Dr. Fernando Araújo, que aqui esteve em representação de Sua Ex.ª o Ministro da Saúde, Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes. O evento terminou com uma visita a uma exposição de fotografia alusiva ao tema "Família", da autoria do Dr. João Taborda, médico do CHLN, no átrio do piso 2 do HSM.

O Centro de PMA do HSM-CHLN iniciou funções em 1975, como prolongamento lógico da consulta de infertilidade, tendo sido pioneiro na execução, em Portugal, da técnica de fertilização in vitro para o tratamento de situações de infertilidade conjugal. Em 1987, o Centro de PMA foi instalado num laboratório próprio no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HSM e, em 1986 foi possível realizar o parto do primeiro bebé concebido através de fertilização in vitro, em Portugal. Na consequência da atividade deste Centro nasceram cerca de 1.800 crianças, quer em resultado da técnica terapêutica inicial, quer de outras técnicas, que entretanto se foram desenvolvendo e são realizadas. O CHLN, além de pioneiro, continua a ser um centro de referência na área da PMA, tendo sido, entre 2010 e 2013, um dos centros públicos com maior taxa de sucesso de fertilização in vitro e microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). De referir que, em 2013, 2,5% do total de nascimentos em Portugal decorreram de técnicas de PMA. Estima-se que já tenham nascido, em todo o mundo, mais de seis milhões de crianças geradas pelo recurso a estas técnicas. Como centro de excelência e referência nacional na área, o Centro de PMA do HSM-CHLN tenta oferecer a melhor qualidade clínica na resposta às solicitações internas e externas no diagnóstico e tratamento da infertilidade. É, atualmente, uma referência quer na investigação clínica, quer na formação de novos profissionais da área. Além disso, os progressos clínicos alcançados, em três anos consecutivos (2010 a 2013), tornam-no num dos centros públicos com maior taxa de sucesso na fertilização in vitro e na microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides.

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Inauguração da nova sede da

A nova sede da “Amigas do Peito – Associação Humanitária de Apoio à Mulher com Cancro da Mama”, situada no campus de Santa Maria, frente à prumada das Neurociências foi oficialmente inaugurada no dia 11 de abril, numa cerimónia que contou com a presença de numerosas personalidades, das quais destacamos, entre muitos outros, Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, Sua Excelência o Ministro da Saúde, Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, e Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. O espaço da nova sede foi cedido pelo Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) à referida associação, no âmbito do reconhecimento da magnitude da sua atividade, em termos de humanização e no prosseguimento da política de responsabilidade social da instituição, que já tinha levado, em julho de 2015, à assinatura de um Protocolo de Cooperação que oficializou a cedência de espaço próprio pelo CHLN a esta Associação, assinado pelo Presidente do Conselho de Administração do CHLN, Dr. Carlos das Neves Martins, e pela Presidente da Associação, Dr.ª Emília Vieira. O programa de comemorações deste dia teve início com a celebração de uma Missa na Capela do HSM/CHLN, celebrada por Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, seguida de uma cerimónia no Hall do Piso 2 do Hospital de Santa Maria (HSM). As diversas individualidades presentes nesta sessão foram acolhidas, neste espaço, pela atuação da Orquestra Médica de Lisboa, seguida de uma interpretação do pianista João Balula Cid, da guitarrista Luísa Amaro e do Tenor Jorge Baptista da Silva.

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Associação “Amigas do Peito”

A Dra. Emília Vieira foi a primeira a ser chamada ao palco, pela apresentadora da sessão, Mila Ferreira, tendo dirigido sobretudo palavras de agradecimento a muitos dos presentes, mas também a muitos ausentes que, ao longo destes 8 anos apoiaram, de inúmeras formas, a Associação, permitindo que chegasse onde chegou. Ressalvou ainda um agradecimento ao empenho pessoal do atual Presidente do Conselho de Administração, que nas suas palavras foi «a pedra de toque fundamental neste processo». Seguidamente, usou da palavra o Ministro da Saúde, Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, que falou sobretudo enquanto membro fundador da Associação, dirigindo aos presentes palavras de ânimo, agradecimento e satisfação por ter tido a honra de poder ter contribuído para o nascer deste projeto que naquele momento chegava a tão “bom porto”. Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa encerrou a cerimónia, dirigindo-se aos presentes para falar sobre o lema que presidiu à criação desta obra: «o amor vence tudo» disse, referindo-se à capacidade de «entrega ao outro», expressa «enquanto símbolo público de que é possível conseguir encontrar obras como esta». Terminou agradecendo, enquanto Presidente da República, pela realização desta obra. Após este ato oficial, a comitiva dirigiu-se às novas instalações, onde Sr. Presidente da República procedeu ao corte da fita inaugural, de seguida da bênção das instalações, pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa. Consecutivamente, e na presença dos muitos convidados, foi descerrada uma placa inaugural, pelo Sr. Presidente da República, juntamente com a Dra. Emília Vieira, seguindo-se uma breve visita às instalações. A remodelação do edifício, que se encontrava em situação devoluta, dotou o espaço de dois pisos, com diversos gabinetes e salas, e respetivo apoio sanitário, possibilitando, nas palavras da Dr.ª Emília Vieira, «(…) uma maior visibilidade e continuidade ao importante trabalho desenvolvido, no apoio às mulheres atingidas pela doença e respetivos familiares e amigos, proporcionando-lhes um local condigno para serem recebidas e onde as podemos aconselhar, apoiar e ajudar». Um momento muito especial que a Dr.ª Emília Vieira, na qualidade de Presidente da “Amigas do Peito” classificou como «mais um marco na vida da nossa associação, e que vem ao encontro do nosso lema de vida - Ajudar Hoje para que o Amanhã seja Possível».

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ALÉM Pedro Faro Viana Pedro Faro Viana realizou o Mestrado Integrado em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, e é atualmente interno da especialidade de Neurologia no Centro Hospitalar Lisboa Norte, desde 2013. Partilha a sua paixão pela neurologia com o jazz, tocando bateria em vários grupos que incluem o Quarteto Pedro Viana, a orquestra de Jazz Lisbon Swingers e a banda de jazz tradicional Dixiegang

1. Como e quando surgiu a paixão pela música? O meu ambiente familiar sempre foi muito musical, e vários elementos da minha família são músicos amadores, como o meu pai, irmão e tio. Comecei com aulas de piano por volta dos 9 anos, que depois interrompi (infelizmente), voltando a pegar num instrumento (bateria) aos 15 anos. Ingressei nessa altura na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, onde ganhei uma verdadeira paixão por esse estilo, e tenho tentado manter-me musicalmente activo desde então. 2. A música tem um poder imenso. É inspiradora e propiciadora de mudanças na forma como vemos e encaramos o mundo. Quando tomou consciência que poderia conjugar estes dois universos, a sublimação da música e a excelência da prática profissional? Sempre estive muito indeciso em relação à “seriedade” com que devia investir na atividade musical. Muitas vezes senti que a dedicação à música não se conseguia conjugar com as obrigações académicas, na escola ou na faculdade. No entanto ensinaram-me que não é preciso ser um instrumentista virtuoso ou profissional para tirar partido e prazer pela música. Atualmente, para além de ensaios ou ocasionais concertos, acompanho sempre que posso, o estudo ou o trabalho a ouvir música, e tenho sempre aquelas melodias que inconscientemente não nos “largam” ao longo do dia (as chamadas “earworms”), independentemente das circunstâncias. Não concordo com o termo “sublimação” associado à música, sou da opinião de que a música “pertence” a todos e tem um significado especial para quem a ouve.

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D’COLABORADOR

3. O momento criativo da música é um momento libertador, pleno de emoções, onde o tempo tem outro sabor e a vida, um outro encanto? A atividade musical é de facto um momento especial, de partilha de emoções e de experiências. No meu caso, em que toco em grupos de jazz, vejo-a como uma “conversa” ativa onde, dentro de determinadas regras de estrutura, ritmo, harmonia e melodia (como existem as regras gramaticais da linguagem), existe espaço para uma grande liberdade e exposição de “opiniões”. Para mim a riqueza da atividade musical reside na variação do tipo de “conversa”, seja com perguntas, respostas, provocações, desafios, ou em consonância. 4. Sabemos que o exercício da Medicina é extremamente desafiante e desgastante, exigindo muito de um indivíduo. A música ajuda-o a “relaxar”, a descomprimir os momentos de stress que vive enquanto profissional de saúde? Sem dúvida que, como qualquer outra atividade extracurricular que seja minimamente envolvente, a música (nos ensaios, nos concertos) obriga-nos a concentramo-nos nela, a “deixarmo-nos ir”, e assim a esquecermo-nos do nosso dia-a-dia potencialmente desgastante. É precisamente quando nos libertamos que o som “sai melhor”. Mas ao mesmo tempo, tocar num grupo musical dá-nos ferramentas muito úteis para um trabalho mais harmonioso, porque nos ensina a ser humildes, a ouvir e a reagir perante os outros. 5. Quer deixar alguma mensagem de incentivo para quem se queira dedicar ao mundo da música? Gostaria de deixar uma palavra de incentivo a muitas pessoas que gostam de música, ou que tocaram algum instrumento, muitas vezes com grande dedicação e trabalho, mas que tiveram de interromper por não conseguirem conjugar a vida musical com a profissional. Mais uma vez, não é necessário ter um “talento inato” (que eu seriamente duvido que exista) ou um grande investimento técnico para tirar partido da música. Nesse sentido vejo o Jazz como um estilo enriquecedor mas aberto a músicos amadores que queiram tirar prazer ativo de uma arte que está dentro de todos nós.

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Damos as boas vindas a… Adelaide Rodrigues Silveira Cássis Gama Adozinda Ivana Madeira Gomes Alexandra Tavares Almeida Alice Maria Geraldes Pires Ana Alexandra Centúrio Lourenço Ana Catarina Goncalves Pinto de Carvalho Ana Clara da Silva Monteiro Braz Ana Cristina dos Santos Delgado Ana Cristina Estevão Pezinho Ana Filipa Antunes Florindo Ana Filipa Correia Aleixo Margarido Ana Filipa Henriques Miranda Ana Raquel Lopes Costa Ana Rita Pinheiro de Sousa Figueira Ana Sofia Batista Carvalho Ana Sofia da Silva Pinto Santos Ana Sofia dos Santos Aly Momade André Salcedas Nave Valentim Sobral Andrea Marçal Alves Lourenço Gomes Pereira Andreia Cristiana Teixeira Pereira Andreia Filipa dos Santos Silva Andreia Filipa Martins Tibério Andreia Sofia Barata Vasques Beatriz Mendes Mendonça Carina Alexandra de Sousa Custódio Carina Filipa Neves da Cunha Carla Alexandra Ferreira Coimbra Carla Alexandra Silva Henriques Catarina Alexandra da Costa Gouveia Catarina Alexandra Jerónimo Mestre Catarina Alexandra Noga Salgueiro Catarina da Cunha Silva Catarina Filipa Rodrigues Lameiras Catarina Portela Miguéns Cancela Cátia Patrícia Augusto Félix Cláudia Alexandra Martinho de Almeida Cláudia Sousa Ferreira Cláudia Vanessa Duarte Neves Cristiana Filipa Amaro Correia Cristina Isabel Barros Tavares Daniela Alexandra Borrega Moisés Daniela Filipa Sapata Azevedo Daniela Patrícia Baptista Fernandes Debora Alexandra Duarte Toscano Diana Carla Gomes Alves Diogo José Boiça Esperança Dora Cristina Santos da Fonseca Miguel Luís Élia Filipa Antunes Santos Eliamar Martins Cardoso Eliana Marina Carvalho Henriques Filipa Alexandra Magalhães Fernandes Filipa Andreia Oliveira Matos Filipa Isabel Relvas Carpinteiro Filipe Alexandre Fernandes Gonçalves Filipe Alexandre Ferreira Estácio Flávia Sofia de Jesus Lopes Gonçalo Alberto Pereira Neves Helena Isabel Borralheira Rego Hermínia Daniela Teixeira da Cruz

Técnica 2.Classe Enfermeira Técnica 2.Classe Enfermeira Enfermeira Técnica 2.Classe Enfermeira Técnica 2.Classe Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Técnica 2.Classe Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Técnica 2.Classe Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Assistente Operacional Assistente Operacional Técnica 2.Classe Técnica 2.Classe Enfermeira Assistente Operacional Técnica 2.Classe Técnica 2.Classe Assistente Operacional Enfermeira Técnica Superior Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Enfermeiro Enfermeiro Enfermeiro Assistente Técnica Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Assistente Operacional Enfermeira Enfermeiro Assistente Técnica Enfermeira

Hugo Miguel Gomes Alexandre Ilda Maria Goncalves Antunes Inês Espada de Sousa Carvalhão Gil Inês Filipa Claro Morais Inês Filipa da Silva Melo Ivo Ricardo da Costa Marcos Joana Carolina Silva Ramos Joana Catarina Mendonça Marmelo Joana Cerdeira da Costa Joana dos Santos Gravito Joana Fernandes Cardoso Joana Filipa Gomes Nunes Joana Isabel Andrade de Oliveira Nóbrega Joana Rita Canhoto Dias Joana Sofia Teixeira de Araújo João Filipe Teixeira Laura Deolinda Silva Neto Liliana Carina Moreira Alves Lúcia de Lurdes Avila Menezes Alves Luísa Umbelina Varela Silva Madalena Lopes Duarte Figueiredo Margarida Correia Heitor Garcia Ribeiro Maria Catarina Ferreira Baptista Maria Cristina Cartaxo de Oliveira Maria Filipa Ribeiro Barros Maria Helena Teixeira R. da Costa Matias Maria Inês Aleixo Miguel Cândido Maria Inês Goncalves Maria Teresa Vitoria de Sousa Ramos Mariana Alves Martins Mariana Cajado Ferreira de Azevedo Gil Mariana da Silva Sousa Mariana Matos Aguas Grácio Mariana Nunes Correia Mariana Rita Monteiro Estevam Marta Filipa Costa Magalhães Marta Mafalda Goncalves de Sá Vieira Marta Raquel Batista da Rosa Mónica Neves Mendes Natacha Sofia Pereira de Oliveira Nídia Alexandra da Silveira Gameiro Nísia da Silva Nunes Nysioline Acanaotcha Cramez Gomes Sá Olena Bilan Pessoa Patrícia Andreia Amorim Lagarto Patrícia dos Santos Gravito Paula Cristina Pica do Carmo Morato Paula Filipa Teixeira Cardoso Ribeiro Raquel Alexandra Celestino Hipólito Raquel Conceição Marques Jardim Rita Soraia dos Santos Correia Rute da Silva Dias Sandra Cristina Alves Luís Sandra Isabel dos Santos Andrade Sandra Maria Antunes Martins Tiago Sandra Sofia dos Reis Monteiro Sara Isabel Abreu Leone dos Santos Sara Marisa Pópulo Goncalves Sara Pato da Silva

dezembro/janeiro/fevereiro/março Assistente Operacional Assistente Técnica Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeiro Enfermeira Enfermeira Técnica2.Classe Assistente Operacional Enfermeira Enfermeira Enfermeira Técnica 2.Classe Enfermeira Assistente Operacional Técnico 2.Classe Enfermeiro Assistente Operacional Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operacional Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Enfermeiro Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Operacional Assistente Técnica Técnico 2.Classe Enfermeira Enfermeira Enfermeira Enfermeira Assistente Técnico Enfermeira Assistente Operacional Assistente Operacional Assistente Operacional Enfermeira Assistente Operaciona

Sara Raquel Canário de Barros Sofia Gaboleiro Almeida Botas Sofia Soares Guitana Sónia Fernandes Garrucho Soraia Isabel Costa Rodrigues Susana dos Santos Marques Susana Maria Felício Carneiro Pereira Tânia Alexandra Moreiras Tânia Filipa Madaleno Coelho Tânia Sofia Soares de Carvalho Tariana Melissa Tavares Alves Baptista Teresa Luísa da Cruz Pezinho Tiago Jorge Pereira Santos Vanessa Luís Afonso Vanessa Marina de Carvalho Cavaleiro Vasco Filipe Loureiro Duarte Vasco Filipe Maia Moreira Vera Sílvia Oliveira Rosa Nunes Pereira William Rodrigues

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Internos Ano Comum – 111 Especialidade - 65

Despedimo-nos de… Lúcio Jesus Ferreira Botas Santos Maria Celina da Silva Cunha Gamboa da Silva Maria Clara Ferreira Lima Nobre Melo Maria de Fátima Medina Sousa Dores Veiga Maria Margarida Pires Almeida

Assistente Sénior Hosp. Assistente Operacional Assistente Grad. Hosp. Assistente Operacional Assistente Grad. Hosp.

Internos Ano Comum – 63 Especialidade - 10

LXNorte | NEWS | nº13| Ano II |abril|16 Ficha Técnica: Planeamento, Produção, Edição e Fotografia: Gabinete de Comunicação e Relações Públicas do Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE gab.com@chln.min-saude.pt


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