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Ano 5 nº 17 - janeiro, fevereiro e março de 2010
Concurso público, PLANEJAMENTO
o começo de tudo
Regras para abertura de seleções públicas são diferentes para esferas federal, estadual e municipal, mas seguem a mesma lógica. Nos últimos sete anos, mais de 170 mil vagas foram criadas em órgãos federais.
pág.
3, 4 e 5
)) EDUCAÇÃO
Avaliações completam 20 anos
Ferramenta é utilizada para monitorar o sistema de ensino nacional. Estados e municípios também realizam testes de conhecimento.
Pág. 6, 7 e 8
pág.
12
)) SELEÇÕES
Internet como aliada
Cespe/UnB investe em novas tecnologias para capacitar equipes e corrigir provas discursivas. Redações do Enem foram corrigidas em ambiente virtual.
A
PRESENTAÇÃO
O Jornal do Cespe/UnB entra em seu quinto ano de edição de cara nova. A repaginada chega para tornar a leitura mais agradável e dar leveza e modernidade à publicação. Mais espaço para conteúdo, valorização de fotos e imagens e melhor organização das informações são alguns dos destaques do novo projeto gráfico, desenvolvido pela equipe de designers da Assessoria Técnica de Comunicação do Cespe/UnB. A mudança explora a simplicidade de soluções gráficas, como ícones e cabeçalhos, e aposta no uso de ilustrações, infográficos e de nova tipografia – trazendo as fontes UnB como padrão. O jornal também ganhou quatro páginas a mais e novas seções. O Fique por Dentro, por exemplo, agora concentra informações com foco no candidato, com respostas às dúvidas frequentes e dicas sobre as diferentes fases de uma seleção. Além do novo layout, a edição traz outros destaques. A matéria central fala do processo de criação de vagas e concur-
sos. O país tem hoje mais de 8 milhões de servidores públicos. E novas vagas surgem a cada ano. Em 2009 foram criados 17 mil postos em órgãos federais. Na pauta também estão incluídas as avaliações educacionais, que este ano completam 20 anos de existência. O primeiro instrumento utilizado para verificar a qualidade da educação brasileira foi o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado pelo Ministério da Educação em 1990. As reflexões sobre o tema estão no artigo da página 3 e também na reportagem das páginas 4 e 5. Já o balanço do número de eventos realizados pelo Cespe/UnB no ano passado pode ser conferido na página 10, onde ainda é apresentada uma pesquisa inédita sobre como as provas de concursos podem ser mais eficazes na hora de selecionar os profissionais com perfis mais adequados aos cargos que irão ocupar.
Foto da edição 2
Reitor
José Geraldo de Sousa Junior
Vice-Reitor
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Diretor-Geral
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Assessoria de Comunicação
Editora
Graziella Nunes
Reportagem
Ciléia Pontes, Rafael Baldo e Wilton Castro
Fotografia
Flora Egécia
Diagramação e Ilustrações
André Tiroles, Carolina Woortman
e Gabriela Alves
Projeto Gráfico
André Tirolês, Gabriela Alves
Caravanas de alunos de diferentes partes do país participaram do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB). Provas foram aplicadas nos dias 12 e 13 de dezembro em Brasília e mais oito cidades de Goiás e Minas Gerais.
e Rui de Paula
Revisão
Elaine Oliveira
Impressão
Gráfica Cidade
Tiragem
15 mil exemplares
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nº 17
artigo
Girlene Ribeiro de Jesus
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e responsável pela Coordenadoria de
A avaliação educacional no século XXI
Pesquisa em Avaliação do Cespe/UnB
De acordo com Sanders e Horn (1995) a avaliação educacional é uma ferramenta útil para melhorar o sistema educacional, fornecendo informações que permitem aos educadores determinar quais práticas promovem resultados desejados e quais não. Ela provê um monitoramento contínuo do sistema educacional, detectando os efeitos positivos ou negativos de políticas adotadas (Soares, Cesar & Mambrini, 2001). Na avaliação educacional geralmente se utiliza como variável indicadora da eficácia do sistema o desempenho acadêmico dos alunos, sendo também coletadas informações acerca do contexto escolar. Nesse sentido, o processo de avaliação deve contemplar diversos aspectos, partindo da coleta e organização das informações de forma sistemática, até chegar à verificação de como determinado sistema está funcionando. A esse respeito, o governo brasileiro tem se mobilizado e investido recursos, a fim de tornar mais eficaz a educação oferecida no país. A primeira avaliação em escala nacional realizada no Brasil foi o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), cujo objetivo é conhecer o sistema educacional brasileiro com a maior profundidade possível. O Saeb começou a ser desenvolvido no final dos anos 80 e foi aplicado pela primeira vez em 1990. Atualmente há no Brasil algumas grandes avaliações em larga escala realizadas pelo governo federal, como por exemplo a Prova Brasil, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Enade – que subsidia a avaliação do ensino superior. A Prova Brasil e o Enade produzem
indicadores de qualidade para as instituições de ensino avaliadas, os quais são utilizados para a indução e implementação de políticas públicas. A década de 90 foi fundamental para a consolidação da avaliação da educação básica nacional, inicialmente por meio do Saeb e, posteriormente, do Enem. As técnicas cientificamente mais avançadas e consolidadas em países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, são utilizadas no Saeb e na Prova Brasil. Nessas avaliações, o avanço mais importante foi a introdução da Teoria de Resposta ao Item (TRI), com todas as suas possibilidades de uso. Entre as contribuições mais relevantes da TRI para a avaliação educacional está a possibilidade de aplicação e comparabilidade de resultados obtidos por meio de formas paralelas de um mesmo teste, assim como a possibilidade de estudos longitudinais mais fidedignos na área. Outra contribuição para a área é a utilização de indicadores e o estabelecimento de metas para a educação nacional. O Brasil tem crescido em diversos aspectos, tanto economicamente quanto no desenvolvimento da sua população. E a avaliação educacional não está em descompasso com a situação de crescimento do país, pelo contrário, tem se expandido e disseminado sua cultura por diversos estados e municípios. O futuro parece ainda mais promissor, com a introdução do computador tendo como funções tanto montar quanto aplicar provas. Cabe aos pesquisadores dessa área no país continuar formando recursos humanos e aprimorar as técnicas que já vêm sendo utilizadas. Mais de 2,5 milhões de
estudantes participaram do Enem em 2009
3
A importância das avaliações educacionais DESEMPENHO
Instrumentos de avaliação são utilizados para calcular índice de desempenho de alunos e definir metas para a educação no país
[Ciléia Pontes] Da Assessoria Técnica de Comunicação
4
As avaliações possibilitam obter um retrato fiel da educação que está sendo proporcionada aos estudantes brasileiros
Foto: Arquivo pessoal
Cada vez mais conhecidas e utilizadas por instituições públicas e privadas para verificar a eficiência do ensino e aprendizagem nas escolas, as avaliações educacionais completam, em 2010, 20 anos de existência no país. Em 1990, o Ministério da Educação (MEC) iniciou a aplicação das provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), considerado o primeiro instrumento a verificar a qualidade da educação brasileira. De lá pra cá, as avaliações foram aprimoradas e divididas de acordo com o nível de ensino. Para a presidente da Associação Brasileira de Avaliadores Educacionais (Abave), professora Lina Kátia de Oliveira, as avaliações educacionais passaram a ser adotadas pelos gestores porque têm o papel de trazer à tona a realidade da educação no Brasil e vêm sendo eficientes na elaboração e implantação de políticas públicas que garantam a qualidade do ensino. “Elas possibilitam obter um retrato fiel da educação que está sendo proporcionada aos estudantes brasileiros”. Atualmente, o governo federal aplica avaliações para estudantes do ensino básico até o ensino superior. A partir do lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a instituição do Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação, em 2007, as avaliações passaram a ser realizadas também por estados e municípios, embora muitos destes já tivessem experiência nesse tipo de exame em anos anteriores. Na opinião da presidente da Abave é possível utilizar as avaliações de forma coordenada entre os governos das três esferas e, com isso, repensar o número de exames aplicados. “Tem alunos
Avaliações educacionais Desde o ano 2000, o Cespe/UnB organiza e executa avaliação de programas e sistemas educacionais tanto de instituições públicas quanto de privadas. Somente no final do ano passado, o Centro esteve envolvido na realização de cinco avaliações:
OUTUBRO
Prova Rio 2009: aplicada para 128.703 alunos da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.
NOVEMBRO
Sistema de Avaliação de Desempenho da Educação do Amazonas (Sadeam): aplicado para cerca de 50 mil estudantes de escolas estaduais.
DEZEMBRO
Sistema de Avaliação Educacional do Rio de Janeiro (Saerj): aplicado para 1 milhão de alunos da rede estadual de ensino. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): aplicado para 2,5 milhões de estudantes em todo o país. Em 2009, o exame obteve visibilidade ao ganhar caráter de seleção de universitários. Programa de Avaliação do Senai São Paulo (Provei): aplicado para 9.681 estudantes dos cursos de aprendizagem industrial, técnicos e superiores de tecnologia ministrados nas escolas da rede em todo o estado.
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que ao final do ano passam por quatro avaliações. Acredito que deveria existir um acordo de cooperação entre governo federal e os estados para que as avaliações fossem compartilhadas, já que os itens e a metodologia utilizada são os mesmos”, disse.
O que é verificado
A pesquisadora do grupo de avaliação da Faculdade de Educação da Universidade Federação da Bahia (UFBA), Cristiane Brito, explica que com as avaliações é possível verificar, por exemplo, se o aluno aprendeu determinado conteúdo na carga horária adequada e que fatores são determinantes para essa aprendizagem. “As avaliações conseguem identificar cada momento da educação desse aluno”, resume. Na maioria dos exames, além de conteúdo escolar, os alunos respondem a questionários socioeconômicos para verificar em que contexto ocorre o aprendizado. Há, ainda, avaliação dos conteúdos e planos pedagógicos desenvolvidos pelas escolas e do modelo de gestão administrativa de cada instituição de ensino. “Associando o resultado das provas aos questionários, pode-se verificar porque os alunos de uma escola tiveram desempenho melhor que de outra escola. Por exemplo, é possível saber se a biblioteca existente na instituição fez diferença no aprendizado dos alunos”, explica Cristiane Brito.
Políticas públicas
Em todas as modalidades de avaliação, a proposta é verificar deficiências na educação e propor medidas que alterem possíveis resultados negativos do ensino oferecido pela União, estados e municípios. “O objetivo é prover diagnósticos e apontar rumos”, reforça a coordenadora de Pesquisa em Avaliação do Cespe/UnB, Girlene de Jesus. Na esfera federal, o resultado das avaliações no Saeb e Prova Brasil subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cada escola e cada rede de ensino. O índice mede a qualidade da educação a cada dois anos e tem a meta de alcançar nota 6 até o ano de 2022. A nota 6 corresponde à qualidade de ensino de países desenvolvidos. Atualmente, a nota nacional é de 4.2, segundo cálculo feito em 2007. Os municípios que apresentaram os menores índices entraram na lista de prioridade das ações do MEC. Eles foram obrigados a assinar o Plano de Ações Articuladas (PAR) e, a partir daí, passaram a elaborar diagnósticos da educação básica oferecida, verificando o que precisa ser melhorado para atender as metas definidas pelo governo, listando as principais necessidades. Entre as ações financiadas estão a capacitação de gestores e formação continuada para professores e conselheiros. Atualmente, estão na lista de prioridade para receber essas ações 1.820 municípios.
Avaliações realizadas pelo Cespe/UnB nos últimos dois anos
Curiosidades Em alguns estados, como no Amazonas e na Paraíba, as escolas e seus funcionáESCOLA rios são premiados quando atingem a meta estabelecida. No Amazonas, segundo a Secretária de Educação do Estado, a escola com nota acima de 5 recebe R$ 30 mil em dinheiro e mais o pagamento do 14º salário para todos os funcionários. Em João Pessoa, segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas com melhor desempenho na avaliação conhecida como Escola Nota Dez recebem um selo de qualidade e prêmio de 14º salário para professores e demais funcionários.
Avaliações
Avaliação de Docentes da UnB realizada pelos Discentes
Sistema de Avaliação de Desempenho da Educação do Amazonas (Sadeam)
Participantes 43.529 50.000
Sistema de Avaliação Educacional do Rio de Janeiro (Saerj)
1.000.000
Programa de Avaliação do Senai São Paulo (Provei)
9.681
Prova Rio 2009
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) Programa Brasil Alfabetizado
128.703
3.500.000 2.000
10!
No Rio de Janeiro, os primeiros mil colocados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio da rede pública que alcançaram as melhores notas na avaliação da rede estadual de 2009 ganharam um lap top.
2008
Avaliações
Avaliação de Rede das Escolas Municipais de Teresina (PI)
2009
NOTA
Participantes 12.000
Sistema de Avaliação de Desempenho da Educação do Amazonas (Sadeam)
117.875
Avaliação Externa do Ensino Médio da Bahia (Avalie)
70.000
Sistema de Monitoramento da Educação Básica (Simeb) das Escolas do Serviço Social da Indústria (Sesi)
36.000
Boletim de Desempenho Individual dos Candidatos do PAS
24.937
Avaliação Externa das Escolas Americanas
2.000
Programa Brasil Alfabetizado
2.240
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Avaliação de Usuários do Programa TV Escola
287.000 1.500.000 59.121
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Como nasce um concurso público CONCURSO
Abertura de novas vagas segue várias regras e leis de cada esfera de poder. Criação de novos cargos depende de regulamentação do Congresso Nacional [Rafael Baldo] Da Assessoria Técnica de Comunicação
Os candidatos a uma vaga no setor público costumam observar quais são as fases e exigências das seleções. Porém, um concurso público começa muito antes da divulgação do edital. Desde a constatação da necessidade de vagas até a nomeação dos aprovados, o processo passa por várias etapas (confira o quadro abaixo). Atualmente, existem 8.310.136 servidores públicos nas esferas federal, estadual, municipal e distrital. Entre 2002 e 2009, 174.201 novas vagas foram autorizadas pelo Ministério do Plane-
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jamento, Gestão e Orçamento (MPOG) na esfera federal. No entanto, cada esfera de governo e de poder cuida do seu próprio concurso. De acordo com o Decreto nº 6.944, o MPOG não tem atribuição sobre os concursos referentes a vagas nas carreiras de Advogado da União, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, de Defensor Público
Etapas de um concurso público na esfera federal
1
Um órgão identifica a necessidade de novas vagas. Os motivos mais comuns são a substituição de aposentados e o aumento do volume trabalho na área.
2
Feita a análise interna, este órgão envia o processo de pedido de vagas para a Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
b.
Se o pedido for ace cesso continua. O D 6.944 exige o encaminha solicitações até 31 de ma ano. Assim, o MPOG evi de última hora sem uma mais criteriosa.
3
O processo é analisado pelo ministério. Além do tipo de cargos requeridos (efetivos ou de comissão), é verificada a disponibilidade orçamentária prevista para o número de vagas pedidos.
a.
Se o pedido é ne cesso é devolvid gão de origem com a O órgão pode reform nova solicitação para
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Leis de concursos públicos
e o pedido for aceito, o proesso continua. O Decreto nº exige o encaminhamento das ações até 31 de maio de cada ssim, o MPOG evita pedidos ma hora sem uma avaliação riteriosa.
.
Se o pedido é negado, o processo é devolvido para o órde origem com a justificativa. rgão pode reformular e enviar a solicitação para o MPOG.
Federal São regidos pelo Decreto presidencial nº 6.944, de 21 de agosto de 2009. Regulamenta a autorização de concursos públicos para órgãos da administração pública federal direta e indireta (ministérios e entidades vinculadas). Exceções: não tem atribuição nas seleções das carreiras de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, Defensor Público da União e de Diplomata.
da União e de diplomata. Elas ficam sob responsabilidade do órgão de origem.
Planejamento
O concurso da Fundação Universidade de Brasília (FUB), por exemplo, seguiu a legislação federal, depois da liberação de vagas para o Ministério da Educação. O MEC, por sua vez, dividiu-as entre as instituições de ensino superior e as novas vagas foram reservadas. O concurso, de formação de cadastro de reserva, aguarda a liberação do orçamento do MPOG para iniciar a nomeação. “Com o aumento de vagas para estudantes e a criação de novos cursos na UnB era necessário mais pro-
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Aprovado o pedido, o órgão pode firmar contrato com uma organizadora de concursos públicos.
Estadual e Municipal Cada estado possui leis específicas para realização de concursos públicos, mas seguem diretrizes semelhantes à instância federal. No Distrito Federal, por exemplo, é o Decreto nº 21.688, de 7 de novembro de 2000. A maioria das seleções passa por aprovação orçamentária da Secretaria de Planejamento da região. Porém os prazos de solicitação, exigências e outros pormenores variam de acordo com as regulamentações do estado ou município.
fessores e funcionários para atender a demanda”, afirma Thelmo Rocha, gerente de Ingresso e Movimentação da Secretaria de Recursos Humanos da Universidade. A previsão inicial é a convocação de 150 novos funcionários até 2010 e mais 150 ate 2011, com a realização de uma nova seleção. No caso de concursos estaduais ou municipais, o processo é parecido, mas reserva particularidades de acordo com o estado e até a cidade onde o órgão de origem está localizado. Antes de fazer a seleção, a Prefeitura Municipal do Ipojuca (PE) fez um relatório das necessidades de cada secretaria do município e ainda aguardou a aprovação das novas vagas pela Câmara Municipal.
5
A organizadora fica responsável pelo planejamento, aplicação e correção das etapas necessárias de seleção dos candidatos.
7
6
Depois da divulgação do resultado final da seleção (a homologação), o MPOG volta a verificar o orçamento previsto. O órgão chama os aprovados para a posse dentro do número de vagas previstas no orçamento do Ministério.
Vagas autorizadas na esfera federal
Foto: Sara Marques
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“Só depois dessas etapas e a adequação do orçamento previsto, seguindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o concurso foi liberado”, lembra Joaquim de Lima, Secretário de Administração de Recursos Humanos da Prefeitura do Ipojuca. Segundo ele, o processo para selecionar guardas municipais começou em 2007. A aplicação das provas foi realizada quase um ano depois.
Novos cargos
Com a velocidade e especialização do mercado, algumas vezes novas profissões que não estão previstas no quadro de um órgão precisam ser criadas. Esse processo, no entanto, exige um estudo bem mais demorado e sua aprovação pode levar, literalmente, anos. Somente com um projeto de lei ou medida provisória para o Congresso Nacional é possível a regulamentação da nova profissão. Um caso recente é a regulamentação do cargo de Analista de Sistemas, ligado à área de Tecnologia da Informação. O Projeto de Lei nº 607, de 2007, tramita na Câmara dos Deputados, mas não é consenso entre os profissionais da área. Embora seja uma mudança para a inclusão dessa profissão em concursos públicos, os profissionais liberais que não possuem a formação indicada criticam o projeto.
*vagas temporárias e fixas
Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Outra alternativa é a buscada pela Medida Provisória nº 193, que pretende criar e transformar cargos de quatro agências reguladoras. Entre elas, está a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, onde 50 cargos de Técnicos em Regulação e Vigilância Sanitária vagos virariam 50 cargos de Técnico Administrativo. “Adequamos a vaga com a formação de nível médio exigida e reduzimos assim as contratações tercerizadas“, explica Lúcia Masson, Coordenadora de RH da Anvisa. Porém, a criação dos cargos não indica que os mesmos serão ocupados no mesmo ano em que forem criados.
Um novo cargo público só pode ser criado após a aprovação de um projeto de lei ou medida provisória no Congresso Nacional
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Curtas PAS Revisão dos Objetos de Avaliação: mais uma etapa é concluída
AVALIAÇÃO Prova Rio 2009 revela desempenho do ensino fundamental Em seminário que reuniu aproximadamente mil diretores de escolas em janeiro, o Cespe/UnB fez a entrega dos resultados da Prova Rio 2009, que avaliou o desempenho dos estudantes do ensino fundamental da rede pública da cidade do Rio de Janeiro. Os dados também serão apresentados a coordenadores pedagógicos em fevereiro. A prova, aplicada pelo Cespe/UnB entre 29 de outubro e 3 novembro do ano passado, reuniu 128.703 alunos do 3º e 7º anos. As questões foram de Português e Matemática. Essa foi a primeira etapa de três provas – além de 2009, em 2010 e 2011 – que devem retratar o aprendizado dos alunos ao longo deste de período de formação escolar. A Secretaria Municipal de Educação, coordenadora do exame, vai utilizar o estudo para corrigir deficiências e indicar quais habilidades dos estudantes que os professores e dirigentes educacionais devem dedicar mais atenção. Os resultados da avaliação também serão disponibilizados para as escolas por meio de uma página eletrônica na internet.
Foto: Estefan Radovicz
Já está disponível no ambiente virtual de interação do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB) a revisão dos Objetos de Avaliação da 2.ª Etapa do Subprograma 2009 do Programa. A nova versão do texto atualiza as obras – artes visuais, filmes, peças teatrais, músicas e livros –, que se adequam aos pressupostos do Programa. A revisão é baseada em contribuições e debates entre professores de ensino médio de escolas públicas e particulares. O conteúdo pode ser acessado pelo site www.gie.cespe. unb.br, no link “Revisão dos Objetos do PAS”. Em 14 anos de existência do PAS/UnB, essa é mais uma etapa da segunda revisão de seus Objetos de Avaliação.
ENSINO MÉDIO Enem mobilizou 150 mil pessoas em cada dia de aplicação O Cespe/UnB esteve à frente do consórcio – formado com a Cesgranrio – que cuidou das etapas de aplicação e correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 5 e 6 de dezembro. A aplicação das provas exigiu cerca de 150 mil pessoas por dia somente nos 18 estados sob a responsabilidade do Cespe/ UnB. Ao todo, 13.326 malotes contendo as provas e folhas de respostas foram encaminhados aos locais de prova nesses estados. Foi necessária ainda a locação de 4.536 escolas, em um total de quase 59 mil salas de aulas. Celebrado o término da aplicação, seguiu-se a recepção dos malotes,
GRADUAÇÃO Resultado do 1º Vestibular 2010 para indígenas sai em fevereiro Está prevista para o dia 10 de fevereiro a divulgação da relação de candidatos aprovados no 1º Vestibular de 2010 voltado para estudantes indígenas. Ao todo, 98 candidatos concorreram às 10 vagas oferecidas nos cursos de Agronomia, Enfermagem e Obstetrícia, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição. O vestibular é realizado por meio de um
que juntos pesavam 37 toneladas, no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília. O recebimento e a digitalização de todo o material de prova e das folhas de respostas e redações dos 2,5 milhões de estudantes que compareceram ao exame mobilizou cerca de 800 pessoas no Cespe/ UnB. Já a correção das redações foi realizada por 3.600 professores de língua portuguesa. O resultado das provas foi entregue ao Ministério da Educação no final de janeiro. convênio assinado em 2004 entre Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). A primeira edição do vestibular ocorreu em 2006. Desde então, estudantes de mais de 10 etnias frequentam as aulas na instituição. “O ingresso desses alunos tem possibilitado o amadurecimento da discussão sobre a importância de ações afirmativas como essa. O vestibular para indígenas da UnB é modelo para outras instituições de ensino superior”, reforça o coordenador de apoio pedagógico da Funai, Gustavo Menezes.
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PESQUISA
Eficácia das provas de concursos públicos é analisada em tese de doutorado O trabalho, desenvolvido por pesquisadora do Cespe/UnB, foi aprovado pelo Instituto de Psicologia da UnB
“As provas que exigem apenas memorização de conteúdos têm menor chance de selecionar as pessoas procuradas pelas organizações”, ressalta Fabiana Queiroga.
[Ciléia Pontes] Da Assessoria Técnica de Comunicação
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É preciso haver maior alinhamento entre as características das provas de concurso público e a natureza do trabalho a ser realizado quando o candidato assumir o cargo. Essa é uma das conclusões da tese de doutorado “Seleção de Pessoas e Desempenho no Trabalho: um estudo sobre a validade preditiva dos testes de conhecimentos”, defendida pela psicometrista da Coordenadoria de Pesquisa e Avaliação do Cespe/UnB, Fabiana Queiroga, no Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. A pesquisadora verificou que a prova de concurso é mais eficaz quando exige conhecimentos voltados para as tarefas que serão executadas no cargo. “Quanto mais a prova for direcionada para o que a pessoa vai fazer no emprego, maior é a chance de selecionar pessoas que apresentarão os desempenhos esperados pelas organizações”, explica. O estudo mostra que os conhecimentos gerais – aqueles costumeiramente exigidos para todos os cargos – têm pouca relação com a prática no emprego, diferentemente do que ocorre com
os conhecimentos específicos, pois, dependendo de como forem avaliados, têm maior probabilidade de se relacionar com o trabalho prático realizado pelos aprovados. Outra relação demonstrada é que quanto maior o grau de complexidade do conteúdo cobrado, maior a relação com a função a ser desempenhada. “Ou seja, as provas que exigem apenas memorização de conteúdos têm menor chance de selecionar as pessoas procuradas pelas organizações”, ressalta.
Pesquisa
Durante três anos e meio, Fabiana Queiroga pesquisou os bancos de dados dos concursos realizados pelo Cespe/UnB para duas organizações no período de 10 anos. Os objetos de pesquisa foram as provas aplicadas, as notas dos aprovados e o desempenho deles dentro das organizações. “Na pesquisa com esses profissionais também buscou-se controlar o grau de motivação para trabalhar e o suporte oferecido pela
CESPE/UnB
Eventos mobilizaram mais de de inscritos em 2009 O ano passado foi marcado por intenso trabalho no Cespe/UnB, como demonstram os números de 2009. Os eventos realizados pelo Centro – como concursos públicos, avaliações e cursos de formação – mobilizaram mais de seis milhões de candidatos. Antes ou depois da realização dos eventos, muitos desses candidatos fizeram contato com o Cespe/UnB, que contabilizou mais de 300 mil registros de informações.
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Em 2009, o Cespe/UnB realizou concursos públicos, nos quais se inscreveram mais de 1,1 milhão de candidatos. Os certames mais concorridos foram os da Polícia Federal, com 114 mil inscritos, e da Anatel, com mais de 98 mil.
6 milhões 99
Além dos concursos, outros eventos, como vestibulares da Universidade de Brasília, testes de proficiência e Exames da Ordem dos Advogados do Brasil foram realizados no ano passado para mais de 360 mil inscritos.
4,8
organização para entender melhor o impacto dos concursos nas avaliações de desempenho recebida pelos funcionários”, relata. A pesquisadora conta que a ideia em estudar esse tema surgiu depois de conversas com representantes de órgãos que realizaram concurso público e se queixavam de que, apesar de as provas estarem de acordo com o esperado, elas ainda não conseguiam selecionar o candidato com o perfil ideal para a vaga oferecida. “Esse trabalho é para mostrar, com dados, que essas situações ocorrem e nem sempre o candidato com a maior nota vai desempenhar o trabalho como a organização quer”, observa. A tese de doutorado, concluída no final do ano passado, poderá ser acessada no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a partir de fevereiro, pelo endereço www.capes.gov.br.
Mais de milhões de pessoas se inscreveram para participar das avaliações realizadas pelo Cespe/UnB. No total, foram 11avaliações, entre educacionais, análises de perfil de candidatos de concursos públicos e proficiência em línguas.
317.394
A Central de Atendimento registrou atendimentos a candidatos de todas as regiões do país, sendo 146.159 por telefone, 151.619 por e-mail e 7.072 presenciais. No geral, os atendimentos trataram de dúvidas e requerimentos sobre os processos seletivos.
22.078
Durante as seleções, foram realizados atendimentos especiais. Entre os recursos disponibilizados estão provas ampliadas, provas em braile, software para leitura de textos, ledores e intérpretes de Libras.
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Também estão na lista de eventos de 2009 os cursos de formação, capacitação e ambientação de diferentes órgãos públicos, que juntos contaram com a participação de mais de 3 mil pessoas. nº 17
? Fique por dentro
A pergunta é
Saiba mais
“Preciso reaver a minha senha, que já fiz mas não consegui localizar. Gostaria de me inscrever em um concurso, porém sem a senha não tenho acesso à página eletrônica do mesmo. O que posso fazer?” José Carlos Valença da Silva Juazeiro (BA)
Para reaver a senha, o candidato deve acessar o link “Página de Inscrição”, disponível no rodapé da página inicial do Cespe/UnB (www.cespe.unb.br). O candidato, então, deve clicar no link “Esqueci a Senha” e responder ao que lhe for solicitado até que ele seja informado de que a senha foi encaminhada ao email. O envio é feito ao e-mail informado pelo candidato no momento em que seu cadastro foi preenchido. Contudo, o candidato deve prestar atenção no comando logo abaixo da mensagem que informa o envio do e-mail, que diz: “Se você não recebeu o e-mail com sua senha, clique aqui”. Ao acessar o link, uma nova página com perguntas surgirá. Respondendo-as corretamente, o candidato vai conseguir visualizar sua senha na tela.
Agenda
Luiz Mário Couto
Professor responsável pela área de provas práticas do Cespe/UnB
Com o objetivo de avaliar aspectos como domínio do conhecimento, articulação do raciocínio, capacidade de argumentação e emprego adequado da linguagem, a prova oral é muito utilizada em processos seletivos para cargos cujo perfil exija apresentação oral e capacidade de argumentação, como, por exemplo, juízes, defensores públicos, delegados, professores, procuradores. Sua metodologia de aplicação, no entanto, pode variar de um concurso para o outro. A avaliação pode ser realizada a partir do sorteio de temas, da distribuição de candidatos por área de conhecimento ou da avaliação de todo o conteúdo. Também são considerados tipos de prova oral a defesa de memorial e a prova de tribuna. Para obter um bom resultado nessa etapa, o candidato deve ser capaz de sintetizar o tema requerido de forma a demonstrar sua capacidade de articulação de raciocínio aliada à utilização de
Prova oral
11
linguagem adequada. Vale lembrar que o fator emocional influencia diretamente no desempenho dos candidatos. O nervosismo e a ansiedade são as principais causas de reprovação. Por isso, tranquilidade é fundamental, uma vez que quem chega nessa etapa do concurso já demonstrou que tem conhecimento do conteúdo programático.
10 de fevereiro
12 de fevereiro
17 de fevereiro
19 de fevereiro
23 de fevereiro
5 de março
16 de março
19 de março
24 de março
26 de março
Resultado final das provas objetivas e convocação para a perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência do concurso do Ministério da Previdência Social
Resultado final da prova objetiva e provisório da prova subjetiva do concurso da Defensoria Pública de Alagoas
Resultado final da perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência e do concurso do Tribunal de Contas do Estado do Acre
Resultado final da prova discursiva e convocação para a avaliação de títulos e experiência profissional e para a prova de defesa de projeto do concurso para Pesquisador-Tecnologista do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Resultado final da avaliação de títulos e do concurso do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo
Resultado final da prova discursiva e estudo de caso e convocação para a perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência do concurso do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso
Resultado final das provas discursivas e convocação para avaliação de títulos do concurso da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco
Resultado final das provas objetivas e provisório das provas discursivas do concurso da Defensoria PúblicaGeral da União
Resultado final da prova objetiva e convocação para perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência do concurso para cargos administrativos do Ministério da Saúde
Resultado final da perícia médica dos candidatos que se declararam portadores de deficiência e do concurso (exceto para o cargo de Advogado) do concurso do Banco de Brasília
* As datas são prováveis. Informações no site do Cespe: www.cespe.unb.br
Era digital contribui com a evolução dos concursos Tecnologia
Novas tecnologias permitem a capacitação de pessoal especializado e a expansão da correção de provas discursivas para o ambiente virtual.
Digitalização permite correção à distância das redações do Enem 2009
[Wilton Castro] Da Assessoria Técnica de Comunicação
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Concursos e avaliações já não são os mesmos de antigamente. Por meio das novas tecnologias, o Cespe/UnB vem treinando e atualizando os colaboradores que atuam nos locais de prova utilizando a internet. A correção de questões discursivas e redações também se adequou à rede mundial de computadores, a exemplo do que ocorreu no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visto que os textos foram digitalizados e corrigidos na tela do computador (ver box ao lado). Recentemente, a era virtual abriu caminho para a realização de cursos a distância para a formação de chefes e fiscais de prova cadastrados em todo o território nacional. Há quatro meses a primeira turma foi integrada ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) montado pelo Cespe/UnB para o treinamento nessa função. Desde então, foram capacitados cerca de mil colaboradores. “O ganho dessa metodologia é levar a cada pessoa a exata definição dos procedimentos que serão usados na aplicação das provas”, justifica
Luiz Mário Couto, professor responsável pela área de provas práticas do Cespe/UnB
Ferramenta
O gerenciamento on-line dos cursos a distância é feito por meio do Moodle, um software livre que é recomendado pelo Ministério da Educação e utilizado por instituições federais de educação, entre elas, a Universidade de Brasília (UnB). No Moodle, o participante “navega” nos conteúdos, realiza tarefas, consulta material instrucional e estabelece comunicação com tutores e professores via chats e fóruns. Lina Barreto, especialista em educação a distância e consultora do Cespe/UnB, afirma que a busca por formação permanente de pessoal está crescendo. “É um desafio rever os paradigmas educacionais, tendo em vista a formação de competências e a ampliação da demanda pelo ensino a distância”, completa.
Lina Barreto, especialista em educação a distância
e consultora do Cespe/UnB, afirma que a busca por formação permanente de pessoal está crescendo.
A realização do Enem 2009 exigiu a correção de 2,5 milhões de provas por meio digital. As redações foram corrigidas duas vezes por 3.600 professores de português, que foram orientados a utilizar um sistema seguro desenvolvido pelo Cespe/UnB exclusivamente com a finalidade de avaliar provas discursivas. A capacitação para uso dessa ferramenta de correção ocorreu presencialmente e foi realizada em pólos regionais. A partir daí, uma rede com 127 supervisores foi criada para coordenar o trabalho dos corretores segundo os critérios de correção disponibilizados no sistema.
‣‣Qualidade
As redações foram disponibilizadas em pastas virtuais, acessadas apenas pelos profissionais envolvidos por meio de uma senha específica. Durante todo o processo, o número de corretores trabalhando e a quantidade de textos corrigidos foram monitorados em tempo real. Estatísticas sobre a qualidade das correções também foram produzidas diariamente. “Considerando o volume de material gerado pelo Enem 2009, conseguimos dar um salto muito grande no sentido de criar mecanismos de controle da qualidade da correção à distância”, comenta Jorge Amorim Vaz, responsável pela Coordenação de Tecnologia do Cespe/UnB. A avaliação digital de textos utilizada no exame já é adotada há quatro anos pelo Centro em outros eventos e foi desenvolvida para descentralizar a correção de provas.
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