Monografia Catálogo de Acervo

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Gabriela Anger

Catálogo de Acervo Coleção RFJ

FAAP - Faculdade Armando Álvares Pentado São Paulo, SP 2009

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Gabriela Anger

Catálogo de Acervo Coleção RFJ

Trabalho de conclusão da graduação como parte obrigatória para obtenção do grau de Bacharel em DESENHO INDUSTRIAL com Habilitação em DESIGN GRÁFICO

FAAP - Faculdade Armando Álvares Pentado Faculdade de Artes Plásticas São Paulo, SP 2009



Professores de TCC: Professor Mestre Carlos Eduardo L. Perrone Professora Mestre Maria CecĂ­lia Consolo Professor Doutor Miguel de Frias e Vasconcellos Filho Professor Paulo Cesar Souza Sampaio

Professor Orientador: Professor Mestre Ivan Marcos Caminada Bismara


Dedico este trabalho Ă minha famĂ­lia que esteve ao longo de todo o processo ao meu lado.


Agradeço primeiramente aos meus pais que tornaram possível os meus estudos e aguentaram durante quatro anos, todas as idéias, invenções, projetos, chatices e maluquices que foram desenvolvidos ao longo do aprendizado. Também agradeço a todas as pessoas que ajudaram no desenvolvimento do projeto, tornando possível sua realização, me ouvindo torcer, reclamar.

Agradeço especialmente ao Professor Rubens Fernandes Junior e à sua esposa, Paula, pela oportunidade de conhecer um acervo tão rico, que inspirou este trabalho.

Gabriela


resumo

O acervo fotográfico do Professor Rubens Fernandes Junior é o tema deste trabalho, cuja proposta é a criação de uma coleção de livros de fotografias. O design gráfico empregado no Catálogo de Acervo pretende, além de ser inovador, harmonizar a linguagem vanguardista da Pop-Art com a tradição e as técnicas da fotografia. As imagens, de indiscutível importância cultural e histórica, estão categorizadas seguindo quatro vertentes – tempo, espaço, técnicas e gêneros - quais inspiraram a criação de ícones que conciliam cor, tipografia e diagramação. A unidade conseguida com esse recurso formou a identidade gráfica do conjunto de dois boxes , cada um com três tomos. O catálogo Fotografia Histórica, século XIX a 1940 – Coleção RFJ é o primeiro volume a integrar esta coletânea. Para dar embasamento teórico a este projeto foi feita pesquisa bibliográfica sobre a história, o aprimoramento das técnicas do registro de imagens e sobre as contribuições de personalidades como Florence e Bresson. Há uma descrição sobre o mercado editorial e a função desempenhada pelo designer na concretização do projeto. É abordado também como nasceu e tomou corpo o acervo de RFJ que, em trechos citados de entrevista, expôs como foi construída a sua relação com este universo imagético. Apresenta-se ainda uma edição do acervo e justifica-se a opção pelo livro de arte como o veículo ideal para comunicar todos os referenciais utilizados, visto que permite múltiplas e recorrentes leituras, cada uma abrindo novas possibilidades ao leitor.

palavras-chave: design; livro; fotografia; acervo; arte.


abstract

The photographic collection of Professor Rubens Fernandes Junior is the subject of this work, which proposal is the creation of a photograph book collection. The graphic design used in the Catalogue of Collection intends, beyond being innovative, harmonizing the modern language of the Pop-Art with the tradition and the techniques of the photograph. The images, of unquestionable cultural and historical importance, are categorized following four sources - time, space, techniques and types - which had inspired the creation of icons that conciliate color, typography and diagramming. The unit obtained with this resource formed the graphical identity of the set of two boxes, each one with three volumes. The catalogue Historical Photograph, century XIX the 1940 - Collection RFJ is the first volume to integrate this heap. To give theoretical basement to this project bibliographical research was made on photography history, the improvement of the techniques, the register of images and on the contributions of personalities such as Florence and Bresson. It has a description on the publishing market and the function played by the designer in the concretion of the project. Is boarded also how the collection was born and it took form, there are cited stretches of interview; its display also how it was constructed its relation with this visual universe. An edition of the collection is presented and is justified the option for the art book as the ideal vehicle to communicate all the used referential, since it allows to multiple and recurrent readings, each one opening new possibilities to the reader.

key-words: design; book; photography; collection; art.


sumário 1

introdução

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cenário

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2.1 fotografia 2.1.1 Surgimento

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2.1.2 Brasil 2.1.3 Mundo Atual

2.2 mercado 2.3 livros de fotografia

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designer

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acervo

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proposta de projeto

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5.1 proposta 5.2 produtos 5.3 escolha

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edição 6.1 acervo 6.2 catálogo

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projeto ícones 7.1 7.2 7.3 7.4

criação painel roughs final

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projeto catálogo 8.1 8.2 8.3 8.4

informações do produto público alvo características gerais final

41 42 44

45 46 47 48 49

54 55 56 57 63

9 10 11 12

considerações finais

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bibliografia

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anexos

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índice

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introdução Vivemos numa era em que a informação visual está ganhando maior relevância a cada dia. A fotografia é um dos códigos desta comunicação e, hoje, tornou-se banalizada pela popularização do equipamento e a facilidade com que é divulgada. No entanto, temos que lembrar e valorizar este meio como uma arte maior, que registra tanto a História do ser humano, suas conquistas e avanços tecnológicos, quanto as emoções que permeiam estes momentos. A coleção do Professor Rubens Fernandes Junior mostra o entrelaçamento de todos esses pontos concretamente e justifica o interesse na produção de um livro sobre o assunto. O projeto tem como proposta a criação de uma coleção de livros que revela o acervo privado de fotografias de Rubens Fernandes Junior. Será desenvolvido um tomo de um dos dois boxes propostos. Neste livro estão as fotografias nacionais que marcam a período o inicio do século XIX até 1940. O acervo em foco é um valioso testemunho da época representada e pode ser referência para estudos sobre fotografia. Tem a possibilidade de se destacar no mercado pelo seu conteúdo ímpar. O ineditismo do conteúdo e a visão personalista da coleção fotográfica se somam para aumentar a importância do livro, que mostrará as transformações da sociedade brasileira. As imagens trazem as emoções dos fatos históricos, dando a possibilidade ao

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leitor de reconstruir e dialogar com a História. Desta forma, suscita o interesse tanto de leigos quanto de profissionais da área. Para chegar ao objetivo deste projeto, buscou-se publicações que são referência na área para que abasteçam com dados (e afirmações) e dêem base científica à cronologia histórica e à organização do acervo em um livro. Ao se produzir um livro de fotografia, o autor assume a responsabilidade de marcar o leitor com sua obra, estimulando a formação de uma visão crítica e, por isso, transcende seu tempo, e pode tornar-se eterna e útil. “O fluxo incessante de imagens (televisão, vídeo, cinema) constitui o nosso meio circundante, mas, quando se trata de recordar, a fotografia fere mais a fundo.” (Sontag, 2003: 23)

O primeiro capítulo aborda o cenário onde se encaixa o projeto. Nele há uma breve introdução à fotografia: quando surgiu, como se desenvolveu no país e como participa do mundo atual; discute-se também o valor que se dá aos livros de fotografia e quais as restrições impostas pelo mercado editorial brasileiro. No capítulo seguinte, justifica-se o papel do designer na criação de um livro de fotografia, reforçando os elos que existem entre o imagético e o verbal. O capítulo terceiro, discorre sobre os critérios adotados para formação da coleção, permitindo que o leitor construa um panorama da sua evolução e as características peculiares que possui. A seguir, no capítulo Edição, descrevem-se os critérios utilizados para a seleção das fotografias; também formam o assunto deste capítulo como foram organizadas formando grupos temáticos para o livro. O item Proposta de Projeto detalha os objetivos e as propostas de abordagem nas quais se basearam o projeto. Os passos seguidos para a elaboração do livro estão descritos no capítulo 6. Desta parte constam, a criação dos ícones, as escolhas feitas na definição do formato, do papel empregado, da diagramação

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e na elaboração do próprio objeto. Nas Considerações Finais, buscou-se listar as contribuições que este livro trará para seus leitores e os desafios que foram vencidos ao longo do seu desenvolvimento pelo autor. Este projeto teve um ponto de partida definido, mas não tem ponto de chegada: ele irá para onde a empatia do leitor o levar, sendo almejado um leque de possibilidades dentro do mercado.

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2 cenรกrio


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fotografia É inato ao ser humano buscar formas de se expressar. Dialogar com emoções e experiências próprias ou alheias é a essência da arte. Contemplar, introjetar, compartilhar, aprender e transcender são ações desencadeadas pelos sentidos. Ver o mundo com a alma aberta e poder eternizar o momento resulta no valor da fotografia. A idéia da fotografia esteve, desde seu surgimento, relacionada à reprodução fidedigna da realidade, tanto que a ela foi incorporado o caráter documental. “...a fotografia tem sido utilizada preferencialmente como documento, como evidência, como atestado de uma preexistência da coisa fotografada, ou ainda como árbitro da verdade.” (História da Fotografia, Itaú Cultural)

Aos poucos, esta objetividade começou a ser contestada. Foi se percebendo que a fotografia estava relacionada não somente com a realidade, mas com o olhar do fotógrafo sobre o mundo no qual ele vive. O enquadramento, a iluminação, o sombreamento, a determinação do ponto de foco e a velocidade empregados seguem escolhas arbitrárias e definem a subjetividade da imagem capturada. Ademais, com o avanço tecnológico, as fotos são passíveis de serem manipuladas e, com novas características, mudam a visão das pessoas sobre o significado que expressam e sobre a forma pela

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qual devem ser entendidas. Tornou-se meio de expressão e ganhou dimensões inimagináveis na época de seu aparecimento. Hoje, rodeia a vida de todos e está presente nos mais diversos objetos que atraem e permeiam o cotidiano das pessoas. “ Isso não quer dizer que as imagens fotográficas são indiferentes à realidade, mas sim que o acesso a esta última não pode ser consideradode forma inocente. Antes, ele é mediado tanto pela tecnologia, como pelos códigos da fotografia, quanto ainda pelo uso particular da linguagem fotográfica pelo operador da câmera.” (História da Fotografia, Itaú Cultural)

211 surgimento

daguerreotipia

Oficialmente, Louis Daguerre é considerado o inventor da fotografia. É dele o processo daguerreotipia, que oferecia a possibilidade de uma única imagem e cuja divulgação se deu em 19 de Agosto de 1839, data em que se celebra o dia da fotografia. No entanto, em 1822, Joseph Nicéphore Niépce já conseguia alguns resultados positivos em suas experiências e, em 1826, com auxílio de uma câmera fez sua primeira fotografia. Hercules Florence (1833) e Fox Talbot (1841) contribuíram para o desenvolvimento dessa linguagem.

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“Diversos processo fotográficos – a calotipia (1841), a cianotipia (1841), a ambrotipia (1851) e a ferrotipia (1856) – foram sendo descobertos e aperfeiçoados, cada qual com suas vantagens e desvantagens específicas.” (História da Fotografia, Itaú Cultural) “A democratização definitiva da prática da fotografia ocorrerá a partir de 1888, quando o norteamericano George Eastman lançou a primeira câmera da linha Kodak, capaz de produzir 100 fotografias com um único filme, que era revelado em seguida pelo fabricante, talvez o principal fator propiciador do surgimento da fotografia de amador. Outro acontecimento de importância decisiva para a definitiva consagração da fotografia foi o modismo dos cartões –postais fotográficos.” ( História da

ferrotipia

Fotografia, Itaú Cultural)

ambrotipia

cianotipia

calotipia

No período de 1851 a 1875, já usando cópias sobre o papel albuminado, a fotografia se tornou mais conhecida. Surgiram dois grandes modismos: as fotografias estereoscópias (1851) e o emprego do formato cartão de visita (1854). Nesta mesma época se iniciou uma polêmica: havia aqueles que defendiam a fotografia como criação artística e aqueles que afirmavam ser apenas um complemento das artes. O manuseio da câmera era extremamente difícil; por ter uma operação complicada, a fotografia era restrita a profissionais. A fotografia sempre dependeu da evolução tecnológica para ganhar popularidade. As técnicas de reprodução (ambrotipo, daguerreotipo, ferrotipo, estereoscopia, albúmen, gelatina sobre prata, litografia, C-41, platina, vandyck, fotogravura, digital, cibachrome – anexo 1) foram sendo aperfeiçoados e os equipamentos ganharam novos recursos e mais facilidades para registrar imagens. No final da década de 80 do século XIX, foi lançada uma câmera portátil que permitiu a difusão da fotografia no cotidiano das pessoas.

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212 brasileira A fotografia brasileira nasceu em Campinas, São Paulo, pelas experiências feitas pelo francês Hercules Florence, que em 1976 teve seu mérito reconhecido pelo historiador Boris Kossoy. Em 1840, Louis Compte, abade francês, trouxe a daguerreotipia para o Brasil. “Entusiasmado com a nova ivenção, o Imperador Pedro II, então com menos de 15 anos de idade, encomendou no mesmo ano um equipamento de daguerreotipia em Paris, sendo assim o primeiro brasileiro a praticar a fotografia. Mais tarde tornou-se um verdadeiro mecenas dessa arte (...) e um grande colecionador, formando a maior e mais diversificada coleção particular do mundo na época.” (História da Fotografia, Itaú Cultural)

No país, a fotografia foi marcada pela presença de profissionais estrangeiros que vinham para cá atraídos pela paisagem tropical, contribuindo para o crescimento dessa expressão. A Semana de Arte Moderna de 1922 ignorou a fotografia apesar deste veículo já ser reconhecido como linguagem inovadora desde a divulgação da obra Os Trinta Valérios (1901), marco da fotomontagem e do humor brasileiro. O início do século XX foi surpreendido pela grande circulação das fotografias em cartão postal. Nesta época surgiu também a Revista Photographica (1909), a Revista Brasileira de Photographia (1926) e o Cruzeiro (1929). O Cruzeiro dava grande destaque às fotografias e, por

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circular no país todo, incentivou a formação dos fotoclubes como Photo Club Brasileiro (Rio de Janeiro, 1923) e o Photo Cine Bandeirante (São Paulo, 1939). A elas se seguiram outras publicações como A Cigarra, Fon-Fon, e suplementos de jornais. Nos anos 30, o governo paulista publica a revista S.Paulo, que tinha a participação, entre outros, de Junqueira Duarte e Theodor Preising. “A partir da década de 40, iniciaram-se os estudos do desenvolvimento da fotografia com a publicação do pioneiro e clássico texto de Gilberto Ferrez, A Fotografia no Brasil, na Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1946, mapeando pela primeira vez, e de modo quase definitivo a história da fotografia no Brasil do século XIX.” (História da Fotografia, Itaú Cultural)

Em 1965, foi inserida pela primeira vez no panorama artístico oficial e a fotografia integrou a VIII Bienal Internacional de São Paulo. Na década de 60 e de 70, o fotojornalismo brasileiro passou a ser uma referência e estratégia forte para driblar a censura imposta às publicações: ela mostra um conteúdo que não pode estar contido nas palavras. Com a redemocratização do país, a fotografia ganhou novo impulso e apareceram galerias comerciais especializadas, como a Galeria Fotoptica e a Galeria Álbum.

213 mundo atual Os anos oitenta apresentam um novo equipamento - a câmera digital - causando uma verdadeira revolução na forma de produzir imagens. Chega ao mercado brasileiro com grande impacto, em 1993, com diversos softwares e scanners possibilitando novos efeitos sobre os registros. Passa a ser fator integrante do imaginário virtual e disponibiliza um grande arquivo na internet, de fácil acesso para todos; revela-se a linguagem básica da mídia eletrônica. Com o advento da tecnologia digital, a popularização da fotografia fica cada vez mais evidente. O acesso ao equipamento

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básico aparentemente vulgariza tanto o registro quanto as passíveis modificações da imagem fixada. Por isso, no mercado, a busca pelo reconhecimento do profissional de fotografia como uma competência diferenciada para as artes visuais vem crescendo e se concretiza com o surgimento de cursos especializados. Na atualidade, a internet é uma fonte muito procurada para pesquisa e nela pode ser encontrado um repertório infinito de fotografias. Foi criado um grande número de sites que possibilitam a divulgação de imagens fotográficas e a troca de experiências entre os amantes e os profissionais da área. Há disponível sites temáticos que são oportunidades para que o internauta conheça, estude e apure seu olhar para a fotografia em si. Entre esses, existem o Flickr (um site onde as pessoas podem “postar” suas obras e serem avaliados público diversificado, amplo e ilimitado) e os chamados Stock Photos (site de catálogo de imagens profissionais para comercialização). No entanto, esse segmento esbarra em grande dilemas virtuais: o respeito ao direito autoral e a preservação da própria imagem.

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Bancas de jornais oferecem várias revistas sobre o assunto e o fotojornalismo está em franca ascensão, principalmente hoje, em que a linguagem visual tem todo o destaque. Pode se citar, entre as brasileiras: Veja, Época, Photo Magazine, Playboy, Zupi; e entre as internacionais: PhotoIcon, Photo, National Geographic. Por existir um público latente e/ou ávido a desvendar esse universo imagético, ocorrem constantemente, nas livrarias, lançamentos de livros que tratam tanto das técnicas quanto de obras autorais.

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mercado O homem sempre buscou registrar e perpetuar sua vida a partir de imagens. Antes a pintura rupestre de traçados simples e técnica rudimentar, hoje equipamentos elaborados, ricos em recursos. A fotografia veio para colaborar com o desejo de expressão e compartilhá-la é tentar reviver emoções, prazeres e histórias. Por isso, a fotografia vem ganhando cada vez mais espaço. A rápida difusão das imagens provoca a sua própria depreciação, o que, por sua vez, faz surgir pessoas preocupadas em explorar e resgatar o valor que este recurso visual possui. Surgem as coleções, que são um meio para preservar e eternizar o legado de suas memórias e/ou valores culturais. Configura-se, aí, um mercado de expressão. Dentro do mercado de arte, a fotografia ocupa um espaço diferenciado. Este segmento mercadológico tem um crescimento constante desde os anos 90. As palavras de Rubens Fernandes Junior (RFJ):

“..demonstra o crescimento desde os anos noventa, acompanhando a explosão do mercado da bolha pontocom e da presença de jovens e ativos executivos, mas aponta um caminho irreversível de valorização de poder e da presença da imagem em nossas vidas, onde se fundem o valor de mercado e o valor cultural.” (Fernandes, 2009 - entrevista dada a autora)

Na medida em que o valor pessoal dado a uma coleção encontra eco em uma sociedade, surge um interesse mercadológico, que abre

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portas para a permuta de produtos (as imagens em si) e valores (os significados que elas carregam). O comércio que se estabelece a partir daí gera uma gama de profissionais e amadores que comercializam imagens variadas, de muitas épocas, personagens, assuntos, entre outras coisas. Entre os profissionais deste nicho estão os investidores que se contrapõem aos colecionadores intuitivos. Em relação aos investidores, RFJ declara: “Em direção contrária temos o investidor, ou seja, aquele que percebe o potencial de negócio e entende a aquisição mais como investimento do que puro prazer. Estes não se apegam as fotografias e estão sempre antenados ao vai e vem do mercado, ou seja, atentos para comprar na baixa e vender no momento exato da explosão do artista. Aqui, o interesse maior é com o mercado propriamente dito e não com o potencial cultural e artístico da fotografia.” (Fernandes, 2009 - entrevista dada a autora)

Percebe-se que o valor financeiro atribuido à fotografia no Brasil sofre influência das galerias de arte do eixo Rio-São Paulo. Segundo Fernandes: “...tentaram de alguma forma instituir um mercado para a fotografia nos mesmos moldes das artes visuais, mas só recentemente é que podemos perceber uma tendência, que de algum modo acompanha o movimento internacional, de valorização da linguagem fotográfica enquanto expressão, linguagem e documentação.” (Fernandes, 2009 - entrevista dada a autora)

Jones Bergamin completa a definição do mercado de fotografia, dividindo-o em duas partes: a primeira integrada pelas galerias que vendem diretamente a obra do fotógrafo; a segunda que não respeita tabelas ou tamanhos e vale-se da revenda de obras que integravam coleções.

“ A fotografia tornou-se um dos meios privilegiados da arte contemporânea ao longo das últimas décadas, e tem se legitimado como uma manifestação que desperta enorme interesse naqueles que procuram formas alternativas de investimento.” (Jones Bergamin, 2009)

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livro de fotografia “li.vro: 1. Segundo a Unesco, publicação não periódica, impressa, contendo pelo menos 48 páginas, excluída a capa. Col: pilha, ruma (amontoados); biblioteca, livraria (dispostos em ordem). 2. Coleção de lâminas de madeira ou marfim ou folhas de papel, pergaminho ou outro material, em branco, manuscritas ou impressas, atadas ou cosidas umas às outras.” ( Dicionário Online Michael, 2009)

É um veículo onde o autor pretende compartilhar informações gráficas. Nele são registradas idéias, opiniões, visão de mundo para serem transmitidas ao leitor. O livro permanece vivo enquanto estimula a curiosidade do leitor. Existem vários gêneros, como ficção, não-ficção, didáticos, científicos. Os livros de arte são especializados na exploração das diversas obras de arte (entre elas, a pintura, escultura, arquitetura e a fotografia) e podem abordar desde um determinado artista, uma certa época, diferentes espaços geográficos ou uma coleção eclética. O livro de fotografia ainda desperta pouco interesse dos estudiosos. “ O livro de Fotografia tem sido pouco estudado, no Brasil e no exterior, tanto pelos que se dedicam à fotografia, sua linguagem e seus usos, quanto pelos estudiosos do livro e de sua história; é mencionado em pesquisas nessas duas áreas de interesse mas raramente desenvolvido enquanto tema específico.” (Lefèvre, 2003: 3)

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Dentro da categoria de livros de arte podemos incluir os catálogos, que são definidos como: “1. Lista de documentos, impressos ou não, classificados de acordo com uma ordem determinada, segundo regras pré-estabelecidas, afim de facilitar possíveis pesquisas. 2. Lista, relação, enumeração ordenada.” (Grande Dicionário Larousse Cultural, 2009)

A acadêmica Carol Armstrong desenvolveu trabalhos ligados a livros ilustrados fotograficamente, baseando-se nas reflexões de Roland Barthes. Com o surgimento da fotografia, Barthes afirma: “ (...) a imagem não mais ilustra a palavra; é a palavra que, estruturalmente é parasita da imagem.” (Barthes apud Kossoy, 1990: 20) Na seleção do material que fez parte dos estudos de Armstrong, ficou nítido que o livro estava em processo de assimilar a fotografia, embora ainda houvesse uma resistência dessa integração. É evidente que há

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um elo forte entre a fotografia e o livro, uma simbiose entre ambos: eles se completam e se somam, ampliando o alcance da mensagem transmitida e recebida. De acordo com a autora da tese “Livros de Fotografia: história, conceito e leitura”, Beatriz Vampré Lefèvre, é imprescindível para alguém que pretenda editar e publicar seu próprio livro de fotografia, ler Publishing Photography, que em 1992 teve Dewi Lewis como diretor da editora britânica Corner House Publications e Alan Ward como designer. Lefèvre cita também o livro Photography and the Book de Beaumont Newhall (1983). Este projeto terá como fruto o desenvolvimento de um catálogo, e não propriamente um livro de arte, pois seu conteúdo possui um olhar depurado e metódico, necessitando uma catalogação para que seu valor possa ser dimensionado pelo público e mercado.

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designer “O designer é o profissional habilitado a efetuar atividades relacionadas ao design. Normalmente o termo se refere ao designer gráfico (programador visual), designer de produto (desenhista industrial), uma série de tipos diferentes de designers e ainda de projetista (termo genérico para quem projeta). Em inglês, o termo se refere a qualquer indivíduo que esteja ligado a alguma atividade criativa ou de projeto. Esse anglicanismo foi adotado, no final do século XX (no Brasil), na tentativa de universalizar as profissões ligadas ao projeto. Até certo ponto isso tem ocorrido e a maioria das universidades preferem o termo “designer” a “desenhista industrial”. Mas o termo “projeto” já existia e é um sinônimo, muito próximo, do termo “design”. Até hoje os termos “design” e “designer” tem causado confusão entre não-designers. O designer gráfico é o profissional habilitado a efetuar atividades relacionadas ao design gráfico. Logo, o designer gráfico é aquele profissional que traz ordem estrutural e forma à informação visual. Normalmente o termo é considerado sinônimo de comunicador visual e programador visual. A princípio, designer gráfico é um termo que descreve várias habilitações do design gráfico que mantém uma formação ou prática semelhante. Portanto, webdesigner, editor de arte e diagramador, por exemplo, seriam diferentes tipos de designers gráficos. O mais importante para definir a área de atuação de um designer gráfico é perceber a natureza dessa atuação e se ela pertence ao design gráfico. O termo graphic designer (origem em inglês do termo em

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português) foi cunhado pelo célebre designer William Addison Dwiggins, em 1922.” (Sensagent, 2009)

É importante ter delimitado o papel e o campo de atuação do designer visto que os usos da imagem podem ser explorados – e, por conseguinte da fotografia - são aspectos inerentes a um catálogo. O projeto de criação deste catálogo baseia-se no trabalho do designer co-editor. O termo co-editar é formado do prefixo latino co – que significa compartilhar, comungar – e da palavra editar – que se refere ao trabalho de publicar, reunir, organizar e editorar. Pela própria definição do termo fica evidente a importância deste personagem, pois serão necessárias a catalogação, a análise, a pesquisa e a seleção do material a ser publicado. O trabalho de co-edição engloba também a atuação do designer. Todo produto tem uma embalagem e uma “alma”. A embalagem desperta o desejo e impulsiona a pessoa a consumi-lo; a “alma” é o que encanta, surpreende e fideliza um indivíduo. Cabe ao designer criar este primeiro impacto, abrir o leque de emoções. Como diz o ditado, “a primeira impressão é a que fica”; portanto o designer tem que ser assertivo, porque há uma dificuldade muito grande de resgatar uma imagem negativa já formada. Desta forma, os trabalhos de coedição e do designer se tornam uma única tarefa. Um novo termo pode ser criado para justificar o desenvolvimento do projeto: o “designer-pesquisador”. Ao buscar novas informações ou construir conhecimentos inexistentes no mercado – na vida das pessoas – o “designer-pesquisador” tenta preencher a lacuna que encontrou e vale-se destas informações na construção de sua proposta. Assim, chega-se ao neologismo designer-coeditor-pesquisador, que caracteriza a função do criador deste catálogo. Esta unidade pretendida coincide com a idéia de Lefèvre ao citar Carol Armstrong, quando: “propõe que a fotografia seja lida no contexto em que foi vinculada, no caso, os livros, e o texto e a imagem sejam lidos enquanto entidades distintas que se relacionam” (Lefèvre 2003; 5)

“Co- editar: editar (uma publicação impressa ou um filme) juntamente com alguém ou outros.” (tradução livre do autor, The Free Dictionary, 2008)

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acervo Colecionar é uma ação intuitiva e, na medida em que o material se avoluma exige do colecionador a conscientização e a criticidade de um processo mais amplo, criando, então, parâmetros a serem seguidos nesta busca de riquezas. No entanto, o prazer continuará sendo sempre o maior objetivo a ser atingido no desfrutar do material. Este processo foi o que levou Fernandes a construir seu acervo fotográfico. Para ele, o gosto de colecionador predomina, mas sempre há variáveis importantes que dão sentido para a coleção de imagens: Há pessoas que procuram por fotografias raras, de valor, do século XIX; Há quem busque um recorte da história da fotografia, um fotógrafo específico e até mesmo uma tendência; Existem pessoas que tentam fazer uma coleção temática (como: nu, paisagem, moda, retrato, entre outros); E outros que colecionam pelo prazer de selecionar imagens, tendo em vista todos os aspectos da fotografia - os temas, os processos e técnicas, a diversidade geográfica, entre outras singularidades. A maioria das coleções partem de um principio, esta não vai fugir a regra: seu inicio não foi intencional. Começou nos anos 1980

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com a reunião de imagens e, na medida em que foi depurando o olhar sobre a fotografia, RFJ foi restringindo sua coleção. Sua trajetória foi cada vez mais estreitando seus laços com os fotógrafos e com a arte propriamente dita. Em 1978, o Professor Rubens Fernandes Junior, dono da coleção em destaque, trabalhou com Flávio Magalhães na Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde organizou o Gabinete Fotográfico para lançar jovens fotógrafos os quais o presenteavam com suas obras. Guardava o material e assim, sem perceber, começou sua coleção. Nos anos 80 foi colaborador da Iris Foto e crítico do caderno Ilustrada da Folha de São Paulo. O seu olhar foi se tornando cada vez mais aguçado. A revista Guia das Artes, em 1990, ganhou um espaço dedicado a fotografias do qual Rubens foi colaborador e depois se tornou editor. Nesta mesma época, exerceu a curadoria de fotografias do MASP e foi um dos criadores da Coleção Pirelli MASP de fotografias, permanecendo no conselho curador dessa coleção até hoje. Simultaneamente, fez seu mestrado sobre cartões postais. Ao entrar no mundo da cartofilia(1), deparou-se também com a fotografia, pois os postais até 1930 era impressos em fototipia(2) ou fotogravura(3) e depois passaram a ser fotografias. Deste modo, com os presentes que foi recebendo e guardando além do material que utilizou para seu estudo, sua coleção foi tomando corpo. Dedicou-se, então, a organizar o material. Os critérios utilizados para a seleção de imagens que formam a coleção não são herméticos, já que mais de cinqüenta por cento das fotografias foram presentes. Quando há a possibilidade de escolha dos itens, RFJ o faz sob alguns recortes: As imagens devem dar conta das técnicas fotográficas de impressão; O acervo deve contemplar a história da fotografia no Brasil e os fotógrafos mais importantes de cada época; Para a visão do mundo moderno e contemporâneo, que marca as fotos a partir dos anos 40, estabelece o critério o estranhamento: “...as fotografias devem causar estranheza.

1 cartofilia: colecionismo de cartões-postais; passatempo, trabalho ou ciência que se ocupa de cartões postais 2 fototipia: processo de fotogravura em plano, sem retícula, no qual se utiliza como placa impressora, uma camada de gelatina bicromatada, que se torna capaz de absorver mais ou menos tinta de impressão, segundo os graus diversos de endurecimento que adquire, correspondentes a maior ou menor quantidade de luz recebida do negativo fotográfico. 3 fotogravura: qualquer processo foto mecânico; processo que produz placas em relevo; estampa tirada de qualquer superfície impressora.

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Estranho sob o ponto de vista do formalista russo Schklovsky, que é a idéia de que a imagem perturba o receptor... questiona o leitor... a arte tem que ser necessariamente perturbadora... provocativa...” (Fernandes, 2009 - entrevista dada a autora)

desconhecido - Militão

D. Pedro II - Pacheco

Começou a organizar sua coleção a partir da fotografia brasileira. Procurou preencher as lacunas que foi encontrando, indo atrás de material da Família Real Brasileira do II Império. Buscou: “...de uma maneira bem panorâmica construir uma coleção que estabelecesse um diálogo com a história da fotografia e a história do país, a partir do advento da fotografia. Tenho imagens de 1870 a 2009.” (Fernandes, 2009 entrevista dada a autora). RFJ afirma que ainda não concretizou totalmente a idéia de ser um colecionador. Porém, a coleção “tem o olhar que é o olhar da minha pesquisa e da minha visão como crítico e colecionador de fotografias.” (Fernandes, 2009 entrevista dada a autora). Percebendo o valor do que tem, está tombando e enumerando os itens da coleção, tornando-a oficial. Apesar do seu começo despretensioso, já faz quase trinta anos que ela vem crescendo e enriquecendo, sem perder o aspecto prazeroso, surpreendente e encantador, que é o que também se espera que o leitor encontre ao observar a coleção neste catálogo.

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5 proposta


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proposta Ler um livro é abrir-se a novos conhecimentos, é dispor-se a ver o mundo que o cerca de outra maneira. “Além do conteúdo, edição, encadernação, diagramação, tipografia, ilustração, ou papel, o livro exerce sobre mim uma atração física. Não me satisfaz ver um livro numa vitrine, sem poder pegá-lo. Minha tese é que a gente deve poder tocar naquilo que gosta, sentir objetos e pessoas. (...) Vale a pena assinalar que o começo da imprensa encontrou, ou despertou, uma sede de saber inesperada, e provocou uma revolução na difusão do conhecimento, comparável, se não superior, à que representou a introdução da informática. Basta dizer que nesse período foram publicados no Ocidente cerca de trinta e cinco mil títulos, com tiragens médias de duzentos a trezentos exemplares, o que representou o surgimento de mais de dez milhões de volumes, num mundo muito menor, e quando em toda a Europa a maior parte da população era analfabeta!” (Blog da Livraria Osorio, 2009)

Toda fotografia é o registro do olhar do fotógrafo sobre a realidade, com toda a emoção e a intenção embutidas no ato do clicar.

“Fotografar é num mesmo instante e numa fração de segundo reconhecer um fato e a organização rigorosa das formas percebidas visualmente que exprimem e significam esse fato. É pôr na mesma linha de mira a cabeca, o olho e o coração. É um modo de viver.” (Henri CartierBresson apud Euvaldo, 2009)

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Colecionar é focar o interesse sobre um tema que lhe é instigante e, a partir daí, estabelecer critérios seletivos na coleta de elemento; então, ter o prazer de dividir o tesouro com os demais. O designer busca, por princípio, aliar o intocável com o palpável, isto é harmonizar intencionalmente o estético com o funcional. A proposta do projeto é a elaboração de um tomo que integrará o conjunto a respeito do acervo do Professor Rubens Fernandes Junior. Este livro tem como objetivo a abertura de parte desta coleção ao público, sendo esta uma amostra do valor que a fotografia e os fotógrafos brasileiros têm. Entrelaça o trabalho do designer com o de curador, colocando à frente do leitor algumas características que essa coleção possui. A coletânea idealizada é composta por 2 boxes temáticos contendo 3 volumes cada, sendo que cada catálogo abrange um período da fotografia, a saber: Histórica (século XIX a 1940), Moderna (de 1940 à 1960) e Contemporânea (1960 aos dias atuais). Para a criação da coleção de livros foram desenvolvidos ícones, que têm a função de organizadores e facilitadores da busca das imagens e incentivo para a criação de produtos a partir delas. Esses ícones são inspirados no movimento artístico da Pop-Art. O expressionismo abstrato foi empregado para despertar o interesse das pessoas e fazê-las desvendar o labirinto da arte conceitual de comunicação rápida. Calcada na figuração e na estrutura das histórias em quadrinhos, pretende-se uma linguagem moderna e urbana compatível com a revolução iconográfica e técnica de que se valeu esta corrente artística.

37


5 2

produtos Um material rico como o deste acervo aliado ao projeto visual desenvolvido para ele – os ícones – abre inúmeras possibilidades para o diálogo com o público. Pode-se entrever alguns produtos que poderiam ser gerados a partir da união acervo/linguagem: A montagem de uma exposição fotográfica usando como guia a programação visual desenvolvida, tornando mais rápida e eficiente a comunicação e despertando a curiosidade do público-alvo. Segundo o mesmo modelo, diversas publicações podem ser elaboradas, desde livros de arte a catálogos, revistas e almanaques. Nos tempos atuais em que a informática tem um grande peso na divulgação de informações, a criação de um site apresentando as imagens identificadas pelos ícones atrai um novo nicho mercadológico, que vai encontrar aí uma fonte confiável e idônea de pesquisa. Levar para casa um pouco da experiência vivida na visita à exposição é prolongar o prazer e a observação do material. Portanto, elaborar souvenires – tais como calendários, louças, bloquinhos, imãs, chaveiros, etc – é uma maneira de atender esta vontade de um público seleto.

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Com a criação dos ícones, há uma ampliação dessas possibilidades. Eles ajudam a organizar e reinventar a forma pela qual o material pode ser exposto. Os símbolos podem ser importados para (re)organizar outras coleções fotográficas, legendar exposições, catalogar acervos, bem como coleções de outros gêneros artísticos – pintura, escultura, entre outras. O próprio ícone, carregado de sua simbologia rica, presta-se a ser elemento decorativo e de estamparia para os mais variados objetos.

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5 A coleção RFJ traz elementos significativos e documentais, datados desde o advento da fotografia que coincide com a época do Segundo Império brasileiro. Pode, então, ser feita uma historiografia do Brasil a partir do acervo em questão. Importantes imagens pontuam datas, acontecimentos e personagens, como a Família Imperial, literatos de diversas épocas e escolas, a transformação do espaço geográfico, a evolução da sociedade e seus costumes, entre outros. As fotografias selecionadas para o catálogo comprovam que os ícones criados para formar uma identidade e organizar o material funcionam como o esperado e poderão ser utilizados em outros produtos desta mesma coleção ou em outros trabalhos do gênero. Por essa razão, as imagens classificadas dentro dos âmbitos nacional, fotografia histórica, paisagem, retrato e still life e técnicas variadas foram eleitas para dar corpo ao novo projeto gráfico aqui apresentado. Pelo valor documental, pela curiosidade que desperta e pelas possibilidades de interpretação, o material deve ser revisitado constantemente e sua vida útil não se esgota. Portanto, o caminho natural para expô-lo é o livro, que traz implícito à sua concepção tanto informação, quanto personagem estimulador de cultura; é veículo que dissemina o seu conteúdo; é atemporal e permite releituras e novas descobertas a cada momento para cada leitor.

3

escolha

40


6 divis達o


6 1

acervo Como já descrito antes, a criação deste catálogo é resultado de um processo muito anterior: a coleta de fotografias, que deram corpo a uma coleção. Essas imagens foram fruto de uma busca de valores, que gerou a formação de um olhar mais apurado e trazem para o público um novo jeito ver o mundo. Para a Coleção RFJ foram criadas categorias que definem, reúnem e dão forma ao acervo tornando-o acessível a todos.

A coleção foi divida primeiramente em duas categorias: Brasil (fotografias nacionais); Mundo (fotografias internacionais).

Em seguida, um novo item foi criado para a época que registram as imagens: Fotografia Histórica, imagens do século XIX; Fotografia Moderna, dos anos 1940 até 1960 Fotografia Contemporânea, de 1970 até 2009; Em seguida, um novo item foi criado para a época que registram as imagens: Ambrotipo Daguerreotipo Ferrotipo Estereoscopia

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Albúmen Gelatina sobre prata Litografia C-41 Platina Vandyck Fotogravura Digital Cibachrome As imagens passam por um último critério, os cinco gêneros em que as fotografias são selecionadas Nu Paisagem Retrato Still Life (natureza morta) Foto Objeto (imagem retratada em forma de objeto) Para cada categoria estabelecida acima, foram desenvolvidos ícones para tornar mais ágil a identificação e a organização do acervo.

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6 2

catálogo A criação da obra é inspirada na comunicação visual elaborada para as imagens da Coleção RFJ. Os volumes são divididos conforme a classificação dada às imagens. O primeiro passo é situá-las no espaço, Brasil e Mundo, separados em dois boxes distintos. O acervo possui um grande número de imagens, portanto a organização segue pelo período que pertencem. No primeiro volume, do box Brasil, são priorizadas figuras vinculadas a assuntos relevantes acontecidos entre 1860 e 1940, época de grande ebulição política e desenvolvimento da intelectualidade nacional. Está previsto para o segundo tomo desta caixa, a fase entre 1940 e 1960, e,em seguida, o último que completa o percurso até os dias atuais. Dentro destas perspectivas há outras duas sub-classes, quanto às técnicas empregadas e quanto ao tema de cada fotografia.

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7 Ă­cones


7 1

criação Em trabalho gráfico, a linguagem visual é essencial e merece destaque. Neste caso, prioriza-se a comunicação eficiente, precisa e rápida dos critérios adotados para a classificação do acervo, de tal forma que o leitor possa identificar e encontrar o seu centro de interesse com bastante agilidade. Existem regras para a catalogação bibliográficas que são universais. A classificação de fotografias carece de instrumentos modernos para situar o leitor-observador. Estes ícones foram pensados e criados com a intenção de suprir esta lacuna. A Coleção RFJ recebe, portanto, o auxílio de ícones que possibilitam a criação de produtos derivados de seu material. Estes símbolos foram pensados a partir da divisão feita no acervo pelo colecionador, compreendendo quatro categorias - espaço, tempo, técnica e gênero. A subdivisão de cada uma delas está diferenciada por um desenho para especificar as peculiaridades de cada fotografia. As cores são usadas para reforçar essas características: verde (espaço Brasil), azul (espaço Mundo), vermelho (gêneros), amarelo (técnicas) e variação tonal de roxo (tempo - histórico, moderno e contemporâneo).

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7 painel

2

Painel Semântico e Referências

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7 3

roughs O conceito seguido para o desenvolvimento dos ícones foi a simplicidade e a rápida comunicação com o público. Com base nesse critério foi escolhida a POP ART como inspiração e Andy Warhol como referência deste movimento artístico.

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7 4

final Tipografia

Myriad Pro Regular

Depois de elaboradas algumas idéias, foi escolhida uma tipografia que entrelaçasse a rápida compreensão, a facilidade de leitura e o cotidiano da pessoas.

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Os ícones foram idealizados com base nas categorias criadas para dividir e organizar a coleção; portanto, temos quatro categorias de ícones separadas por cores diferentes. Para o desenvolvimento foi utilizado o círculo cromático proposto por Wundt, que é a ordenação das cores básicas e seus compostos.

Espaço Brasil A cor verde utilizada neste ícone remete ao Brasil, pois faz-se uma associação a uma das cores representativas do país, a natureza e à Amazônia.

C: 32 % M: 0 % Y: 100 % K: 40 % C: 32 % M: 0 % Y: 100 % K: 0 %

Pantone: 7496 R: 120 G: 142 B: 30

C: 83 % M: 43% Y: 0 % K: 35 %

Pantone: 647 R: 11 G: 90 B:141

C: 83 % M: 43 % Y: 0 % K: 0 %

Pantone: 380 R: 186 G: 213 B: 50

Pantone: 279 R: 21 G: 127 B: 195

Mundo A cor azul utilizada neste ícone de espaço associa Mundo à imensidão, mar, viagem.

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Tempo

Histórico

C: 11 % M: 16 % Y: 1 % K: 2 %

Pantone: 7496 R: 120 G: 142 B: 30

C: 27 % M: 40 % Y: 3 % K: 45 %

Pantone: 380 R: 186 G: 213 B: 50

A cor roxa e suas variações tonais usadas na criação dos ícones temporais, remetem à fantasia, ao mistério, à grandeza, que instigam a curiosidadedo leitor

Moderno C: 53 % M: 80 % Y: 6 % K: 11 %

Pantone: 7496 R: 120 G: 142 B: 30

C: 53 % M: 80 % Y: 6 % K: 45 %

Pantone: 380 R: 186 G: 213 B: 50

Contemporâneo C: 53 % M: 80 % Y: 6 % K: 50 %

Pantone: 525 R: 82 G: 42 B: 91

C: 77 % M: 92% Y: 44 % K: 65 %

Pantone: 7449 R: 41 G: 11 B: 46

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Técnicas

Digital

Platina

Ferrotipo

Gelatina Prata

C: 1 % M: 35 % Y: 100 % K: 0 %

Pantone: 7409 C R: 248 G: 174 B: 25

C: 1 % M: 35 % Y: 100 % K: 40 %

Pantone: 132 C R: 163 G: 116 B: 8

Estereoscopia

Litografia

A cor amarela foi utilizada com o propósito de chamar a atenção das características da imagem.

C- 41

Brasil Vandick

Fotogravura

Cibrachrome

Albuminotipo

Daguerreotipo

Ambrotipo

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Gêneros

Paisagem

Retrato

C: 23 % M: 100 % Y: 71 % K: 15 %

Pantone: 7409 C R: 170 G: 29 B: 63

C: 23 % M: 100 % Y: 71 % K: 50 %

Pantone: 132 C R: 114 G: 4 B: 35

Still Life

A cor vermelha simboliza a aproximação, o encontro; por isso foi utilizada para representar os gêneros.

Foto Objeto

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8 catรกlogo


8 1

introdução O catálogo “Coleção RFJ” está baseado em dois temas: o desenvolvimento da fotografia como técnica e arte e o registro imagético da formação da sociedade brasileira. Foi desenvolvido com a finalidade de mostrar ao público parte de uma coleção fotográfica particular brasileira. Tem uma explicação iconográfica de cada imagem que obedece os quatro critérios usados na catalogação: espaço, tempo, técnicas e gêneros.

+ 55


8 2

público O público-alvo é bastante eclético visto que o assunto é apresentado sob diferentes ângulos, legendados, que permitem ao leitor o entendimento da coleção. Instiga-o também a ir em busca de novos conhecimentos específicos. Este catálogo é destinado a pessoas que queiram ter ou possuam algum conhecimento na área fotográfica ou histórica brasileira; pode ser referência para pesquisa de estudantes da área de artes, ou professores do ramo; para curiosos que gostam de assuntos diversos.

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8 3

gerais Grid O catálogo foi criado a partir de um único grid, que pode ser utilizado de diversas maneiras dependendo da quantidade de legendas de cada imagem e do tamanho e forma que cada uma possui. As imagens e os textos (legendas) são dispostos respeitando uma hieraquia pré-definida, na qual toda fotografia é acompanhada por dois ícones e uma pequena legenda. Todas as fotografias estão alinhadas na margem de fora (1). Para que haja uma dinamicidade entre as folhas do catálogo, algumas fotos verticais estão alinhadas na parte inferior (2) e outras na parte superior (3).

1

2

3

1

unidade em cm

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Existem dois tipos de fotografias verticais: as que possuem frente e verso e as que possuem somente frente. Para as primeiras, a legenda aparece na parte superior ou na inferior, alinhada aos ícones.

As fotos verticais que só possuem frente são ampliadas na página e sua legenda acompanha a lateral interna. Os ícones destas ficam na parte superior da legenda.

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As fotografias horizontais são centralizadas na página pela borda externa. As legendas e os ícones que as acompanham se encontram sempre na parte inferior.

Existe dentro do acervo também fotos que misturam o vertical com o horizontal. Para estas, foram utilizadas as mesmas disposições das outras imagens: centralizada (para a horizontal) e alinhada na parte superior ou inferior da página (para a vertical).

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Há ainda fotos que necessitam de um complemento: pertencem a algum álbum específico, o qual é demonstrado em tamanho reduzido na parte externa e inferior da página.

Assim, para cada fotografia da coleção foi escolhida uma posição que a valorizasse e a destacasse, dando ao leitor uma melhor percepção e entendimento de seu significado.

Tipografia A tipografia escolhida para o catálogo foi a mesma utilizada no desenvolvimento dos ícones, criando uma identidade que desse uma unidade e singularidade ao trabalho. Todas as legendas e textos iniciais foram aplicados com a Myriad Pro Regular. O padrão cromático do texto não varia ao longo do livro: todo o texto aplicado é preto e de tamanho 11 pt com espaçamento entre linhas de 15 pt.

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Elementos Elementos que servem de apoio são os ícones, que são referência para o alinhamento da legenda, e para informar sobre as fotografias, ou sejam, possuem dupla funcionalidade.

Imagens As imagens variam muito em tamanho e muitas vezes em formato; não possuem uma padronização, assim, cada imagem deve ser tratada e posicionanda de acordo com suas características para que seja entendida e apreciada pelo leitor.

Processo de Impressão

Formato: • miolo: 420 x 210 mm (aberto) 210 x 210 mm (fechado) • capa: 425 x 215 mm (aberto) 215 x 215 mm (fechado) • sobre-capa: 645 x 215 mm (aberto) 215 x 215 mm (fechado) Suportes: • miolo: papel couché suzano print matte 150g /m2 • capa: papel couché suzano print gloss 170g/m2 • sobre capa: papel couché suzano print gloss 150g/m2 Cadernos e lâminas (miolo): • 4 cadernos de 24 páginas, 96 páginas Cores: • capa: 4x0 cores, escala (CMKY) • sobre capa: 4x4 cores, escala (CMKY) • miolo: 4x4 cores, escala (CMKY)

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Processo de impressão e acabamentos indicados: •

• • •

capa: impressão off-set , 4x4 cores (CMKY), acabamento em capa dura, laminação fosca, verniz reserva sobre composição colorida (quadrados) sobre capa: impressão off-set , 4x4 cores (CMKY), laminação fosca (bopp) com verniz localizado miolo: impressão off-set , 4x4 cores (CMKY), verniz de máquina, (base d’àgua - verniz de proteção) encadernação: costurada e capa dura

Pré-impressão

Software: • •

software utilizado para finalização do arquivo, Adobe Indesign CS4, plataforma MAC OSX Leopard software utilizado para tratamento e manipulação de imagens Adobe Photoshop CS4, plataforma MAC OSX Leopard software utilizado para criação dos ícones, Adobe Illustrator CS4, plataforma MAC OXS Leopard

Imagens: •

todas as imagens na extensão TIFF, na cor CMYK com resolução de 300dpi.

Tiragem estimada A primeira tiragem deste catálogo é estimada em dois mil exemplares.

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8

4

final Livro final aberto (capa).

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Coleção RFJ

foto objeto

still life

retrato

paisagem

gêneros

estereoscopia

daguerreotipo

C-41

cibachrome

albuminotipo

ambrotipo

técnicas

Legendas

século XIX a 1940

digital

platina

litografia

gelatina sobre prata

foto gravura

ferrotipo

Fotografia Histórica

“ Este catálogo Nis aut ute qui nullor sedi dolores voluptu riametur? Porecab oruptae dolorrorum harum inulles equatus, suntisin por.”

século XIX a 1940

Fotografia Histórica

Coleção RFJ

século XIX a 1940

Fotografia Histórica

Ceatia corpore rsperibus eos sitiassit, sequam lab id maio et omnit reperes tibeata tiatet abor sa volorio nestium utemolu ptaestem dolorum dolestium, verrumquid qui rero ex est, optam, cum invenie nducidu sandunt. Comnimperro temporuptat. Acide serum ium, corum es seque re con ellupta pro verro et oditistis et modignima qui volorem hitae solorro doluptae nonem lant odipsam hicate volupiet eos ma consenis natem ducipsam iliqui aut hillute sendici mossit experum hil in pernatis rempera velecta quatur, con plate volent. Dolore velignis amus alit aut officia quis solo earions ecatiusandam niminvel ipsande llamusda quam labo. Lita cus estiunte vellendae ma doluptae vendam quation sequuntur, nihilitia nat untotas atque volupid estotat. Nus eosantincia sitasi alia nonseque nist facepro molupta doluptiati de oditiusa sam, si cum reria parunt ex enditatios eium re vendi ulluptus, sum est, ommolendae ommo cum, corum quam facil expliquost, aut et quis perro odion et vellabores dolu

Livro final aberto (capa).

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Marcador de página destacável da sobre capa.

Legendas técnicas ambrotipo

ferrotipo

albuminotipo

foto gravura

cibachrome

gelatina sobre prata

C-41

litografia

daguerreotipo

platina

estereoscopia

digital

Para complementar o projeto gráfico final do catálogo, foi criado um marca-páginas que servisse de auxílio para a utilização dos ícones de cada imagem. Todos os ícones apresentados dentro do catálogo estão descritos no marcador; por isso, além de servir como base ao entendimento das fotos, podem ser referência para uma busca futura

gêneros

paisagem

retrato

still life

foto objeto

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Livro final 3D.

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Pรกginas internas do livro.

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Coleção RFJ

il

Br as

Co l

il

Br as

Co l

ão

ão

RF J

RF J

Box Brasil aberto

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Box Brasil 3D

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A proposta inicial era fazer uma coleção de livros, dividida em dois boxes (Brasil e Mundo) com todas as fotografias do Acervo RFJ. Portanto, foram simulados os outros dois livros que farão parte do mesmo box Brasil - no qual está inserido o volume Fotografia Histórica, século XIX a 1940 - Coleção RFJ. Eis como ficariam os livros em conjunto.

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considerações finais O desenvolvimento do projeto gráfico sobre a Coleção RFJ foi um grande desafio, pois o acervo em questão, apesar de extremamente rico, é, por seu conteúdo, um assunto de difícil abordagem. As imagens no mundo atual se tornaram banalizadas e estando no nosso cotidiano quase que cem por cento do tempo, perdem seu valor como história e memória. Durante o processo de conhecimento da coleção, muitas idéias surgiram e uma infinidade delas foi descartada; era necessário algo que desse a este rico acervo uma unidade que fosse acatada por seu público-alvo e a tornasse um bem comum enquanto História. Para isso, foi preciso pesquisar o mercado editorial, situar temporalmente as imagens, identificar técnicas empregadas, classificar os assuntos, e garimpar maneiras que formassem uma linguagem iconográfica, a qual harmonizasse com as informações contidas nas fotografias. A criação dos ícones foi um processo que demandou maturação, o estudo de maneiras para agregar à fotografia informações que fossem além da própria imagem. Por isso, a inspiração na POP ART de Andy Wahrol; este movimento artístico trouxe coisas banais do nosso cotidiano e chamou a atenção de todos, e vai ao encontro dos objetivos pretendidos: vanguarda, comunicação ágil, possibilidades de novos usos, além de firmar o paradoxo do contraste da harmonia entre a mensagem tradicional e a moderna.

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A cartela de cores empregada e a tipografia escolhida seguiram os mesmos critérios e combinaram com a diagramação feita para os textos e imagens distribuídos no espaço de 21 por 21. Houve a realização de um tomo de uma coleção mais ampla, que foi idealizada a partir de uma idéia compartilhada entre autora e Rubens Fernandes Junior: disponibilizar ao público o acervo de referências fotográficos. Procurou-se embasamento teórico que desse sustentação ao trabalho, em bibliografia especializada. A vivência e a concretização do projeto trouxeram a satisfação de ver realizados os objetivos traçados e a possibilidade da propagação de uma idéia inovadora.

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bibliografia CASTELLANOS, Paloma. Dicionário Histórico de La Fotografía.1 ed. Espanha: Ediciones Istmo, 1999. COTTON, Charlotte. The Photography As Contemporary Art. 1 ed. Reino Unido: Thames & Hudson, 2007. GOLDEN, Reuel. Masters Of Photography: classic photographic artists of our time. 1 ed. Reino Unido: Carlton Books, 2008. HENDEL, Richard. tradução Geraldo Gerson de Souza e Lúcio Manfredi. O Design do Livro. 2 ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. KOSSOY, Boris. Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro: fotógrafos e oficios da fotografia no Brasil 1833-1910. 1 ed. São Paulo: Instituto Moreira SA, 2002. LEFÈVRE, Beatriz Vampré. Livros de Fotografia: história, conceito e leitura. Campinas: Unicamp, 2003. MUNARI, Bruno. tradução Daniel Santana. Design e Comunucação Visual: Contribuição para uma metodologia didática. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes 1997.

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MUNARI, Bruno. tradução José Manuel de Vasconcelos. Das Coisas Nascem Coisas. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes 1998. SONTAG, Susan. On Photography. 1 ed. Reino Unido: Penguin, 1979. KOSSOY, Boris. Fotografia & História. 2 ed. rev. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. SONTAG, Susan. traduçcão Rubens Figueredo. Diante da Dor dos Outros. 1ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. FARINA, Modesto; Perez, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. 5 ed. ver. e ampl. São Paulo. Blücher, 2006. Tradução Célia Euvaldo. Henri Cartier-Bresson: fotógrafo. 1 ed. São Paulo: CosacNaify, 2009.

Instituto Itaú Cultural. História da Fotografia: Caixa de Cultura Fotografia. São Paulo

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webgrafia BLOG DA LIVRARIA OSORIO, 2009. Em <http://blog.livronet.com.br/ index.php?op=ViewArticle&articleId=20&blogId=1>. Acesso em 08 de outubro 2009. FASS BRASIL, Fotografia autoral e histórica, 2009. Em: <http://www. fassbrasil.com.br/#/home>. Acesso em 24 maio 2009. GIRAFAMANIA, História da fotografia no Brasil, 2009. Em: <http://www. girafamania.com.br/montagem/fotografia-brasil1.htm>. Acesso em 02 junho 2009. ILUSTRADA, Folha de São Paulo, 16 de março de 2006. Leitura no Brasil é uma “vergonha”, diz “The Economist”. São Paulo. Em: <http://www1.folha. uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u58816.shtml>. Acesso em 30 março 2009. THE FREE DICTIONARY, 2009. Em: < http://www.thefreedictionary. com/coedit>. Acesso em 02 abril 2009. KODAK, História da Fotografia, 2009. Em: <http://www.kodak.com/ BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_boa_foto/ historia_fotografia/historia_da_fotografia.shtml?primeiro=1>. Acesso em 24 agosto 2009.

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SENSAGENT, 2009. Em: <http://dicionario.sensagent.com/designer/ pt-pt/> Acesso em 26 de agosto de 2009 LIVRARIA FNAC, 2009. Em <http://www.fnac.com.br> Acesso em 06 de novembro de 2009.

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anexo 1 “ O livro de Fotografia tem sido pouco estudado, no Brasil e no exterior, tanto pelos que se dedicam à fotografia, sua linguagem e seus usos, quanto pelos estudiosos do livro e de sua história; é mencionado em pesquisas nessas duas áreas de interesse mas raramente desenvolvido enquanto tema específico.” (Lefèvre, 2003: 3)

O desenvolvimento das técnicas fotográficas possibilitou ao homem uma maior percepção das imagens e uma valorização da fotografia como arte. Num primeiro momento, as técnicas para revelar a fotografia eram muito rudimentares e a imagem obtida era extremamente volátil. Com a descoberta de novos materiais, o conhecimento e o domínio das reações químicas, houve uma evolução das câmeras fotográficas e, conseqüentemente, do seu produto final. O saber da evolução fotográfica possibilita ao leitor um olhar mais apurado sobre a coleção, porque possibilita distinguir a técnica aplicada em cada foto. Daguerreotipo (1837 - 1839 / Louis Jacques Mandé Daguerre) A técnica Daguerreotipo é que tornou conhecida oficialmente a fotografia em 1839. Usava-se uma placa de cobre coberta da prata, cuidadosamente polida. Sobre ela colocavam-se cristais de iodo, tornando-a sensível a ação da luz e adquirindo um aspecto

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dourado. A seguir era colocada em uma caixa, com revelador de mercúrio e se fixava, então, uma única imagem positiva com sal. Para fazer uma fotografia demandava-se um tempo de exposição de 10 a 15 minutos. Fizeau e Claudet aperfeiçoaram o procedimento, aumentando a estabilidade da Daguerreotipo, o que possibilitou a produção de retratos. Em 1840 surgiram as primeiras fotografias em cores, coloridas manualmente. Estereoscopia (1844 / David Brewster) Em 1844 David Brewster obteve imagens com vistas duplas (estereoscópicas) com uma câmera em que a objetiva (lente) se movia horizontalmente sobre uma chapa graduada. A partir de 1849 este equipamento foi substituído por uma câmera binocular que permitia registrar duas imagens em um mesmo movimento. Albuminotipo (1850 / L.D. Blanqueart-Évrard) O albuminotipo é baseado nos descobrimentos de Fox Talbot sobre o papel com sal. O que o caracterizava é o aspecto de sua superfície, brilhante ou acetinada, e que a imagem ficava impregnada nas fibras do papel de forma mais superficial. Trata-se de uma cópia em papel de escurecimento direto; sua camada fotossensível era constituída de proteínas puras e de cloreto de prata coloidal. As proteínas eram o que impediam a penetração da imagem positiva dentro da pasta de papel. O resultado eram imagens com grande nitidez, riqueza de detalhes e tonalidades, muito superiores às conseguidas até então. O albuminotipo se caracterizava pela sua tonalidade parda ou violácea. Ferrotipo (1852 / Adolph Alexandre Martín) Para este procedimento usava-se uma placa fina de metal coberta com verniz preto ou marrom. A imagem era revelada pelo branqueamento que sofria com a aplicação de bicloreto de mercúrio; gerava-se

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então uma imagem positiva única, muito duradoura e barata, o que contribuiu para que a fotografia se difundisse rapidamente nos Estados Unidos. O ferrotipo se caracterizava por ser uma imagem rica em prata, muito plana, com sombras transparentes e um contraste pobre. C-41 C-41 é um produto químico utilizado para processar a película negativa de cor que é compatível com o processo. Este processo é o mais recente e a vantagem do “acesso rápido” é obtida pela redução do tempo do branqueador, do fixador e do estabilizador. Gelatina sobre Prata Gelatina sobre Prata é uma denominação genérica para fotos em preto e branco produzidas no século XX. A produção de fotos nessa técnica era feita com papéis que possuiam uma capa de gelatina contendo sais de prata fotosenssíveis que ofereciam diferentes superfícies (mate, semi-mate e brilhante); depois esses papéis eram revelados e fixados. Platinotipia A platinotipia consiste em cópias fotográficas feitas por um processo de impressão monocromático que fornece a melhor escala tonal de todos os métodos de impressão químicos. Ao contrário do processo de gelatina sobre prata, a platina encontra-se na superfície de papel, enquanto a prata se encontra em uma emulsão do gelatina ou de albumem que reveste o papel. Em conseqüência, desde que nenhuma emulsão do gelatina é usada, a imagem final da platina é absolutamente fosca com um depósito de platina (e/ou do paládio, seu elemento da irmã que é usado igualmente em a maioria de fotografias da platina) absorvido ligeiramente pelo papel. Litografia Processo de fotogravura em plano no qual se utiliza como superfície

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impressora a pedra litográfica (calcário) ou uma lâmina de metal garnido (zinco ou alumínio), para onde uma imagem é transferida de negativo ou diapositivo fotográfico por copeagem direta ou por meio de transporte fotomecânico, baseando-se o método, em ambos os casos, no princípio de que os colóides bicromatados depois de expostos a luz apenas absorvem umidade nas partes tornadas insolúveis, no fenômeno de repressão entre as substâncias graxas e a água, característico da litografia. (Holanda Ferreira, Aurélio Buarque de, Novo Dicionário da lingual portuguesa, 1983) Digital As imagens conseguidas com esta técnica necessitam da ajuda de um computador e podem ser distinguidas em dois tipos: digitais e virtuais. Em 1985 apareceram as primeiras câmeras digitais. Elas possuem um scanner eletrônico que durante a exposição converte a imagem num código binário. As imagens digitais podem ser alteradas artificialmente: modifica-se sua cor, ou cria-se fotomontagem, efeitos especiais, entre outros. As imagens virtuais transpassam qualquer material concreto; o computador cria instantaneamente imagens originais que são usadas numa realidade simulada. Esta técnica fotográfica, ao permitir a manipulação da realidade visual, deu origem à realidade virtual. Os avanços conquistados pela fotografia tornou o olhar, tanto do fotógrafo quanto do observador, mais exigentes, apurado e “forçou” o aprimoramento de todas as etapas do processo, fazendo com que a imagem apresentada fosse cada vez mais fidedigna da realidade. Percebe-se que ocorreu a incorporação de tecnologias de outras mídias, cujos resultados levaram a fotografia a ultrapassar suas barreiras; e ao mesmo tempo ela passou a ser fundamental para outras mídias, com o cinema e a televisão.

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índice de imagens p. 17 foto do Acervo RFJ

p. 17 foto reprodução do Acervo RFJ

p. 18

p. 19

foto do acervo

p. 22

copilação de imagens, www.google.com.br

p. 26

http://photo.net/bboard/qand- a-fetch-msg?topic_ id=23&msg_id=0028bO

copilação de imagens, www.fnac.com.br

p. 18

p. 34

http://www.craigcamera. com/Dag_Index.htm

imagem do acervo: D. Pedro II - Pacheco - RJ

p. 18

p. 34

p. 18

p. 47

http://www.gri.it/storia/ negcart.htm

http://www.fiaf-marche.it/ fotoieri/dagherrotipi.htm

imagem do acervo: Militão - SP

copilação de imagens POP ART, www.google.com.br

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