Trabalho Final de Graduação

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GABRIELA HEUSI RODRIGUES | ORIENTADORA: LIZA ANDRADE

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GABRIELA HEUSI RODRIGUES | ORIENTADORA: LIZA ANDRADE | BANCA EXAMINADORA: ANA CAROLINA SANTANA - CECÍLIA GOMES DE SÁ

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O presente trabalho de conclusão de graduação da Faculdade de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) faz parte dos trabalhos do PEACProjeto de Extensão de Ação Contínua - “Periférico, trabalhos emergentes”. O seguinte trabalho se refere à criação de um complexo de aprendizagem ecológica, na área dos galpões pertencentes a Cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos “100 Dimensão”. Esse complexo contará com novos espaços voltados à conscientização sustentável de crianças de escolas públicas e privadas do Distrito Federal, bem como produção de conteúdo online relacionado à reciclagem e sustentabilidade. A ideia surgiu a partir dos anseios dos cooperados da Cooperativa “100 Dimensão”, localizada no Riacho Fundo II - Brasília, DF. A cooperativa foi fundada há mais de vinte anos e desde então exerce diferentes funções relacionadas à conscientização e tratamento de resíduos sólidos. No momento atual da gestão, impossibilitados de continuar a exercer o trabalho com a reciclagem no local e com a presença de inúmeros cooperados que não possuem mais condições de exercer trabalhos braçais pesados, foi se pensado a criação de um espaço sustentável, onde além de trazer informação à população a respeito da separação e tratamento dos resíduos domésticos, facilitaria o exercício de muitas outras cooperativas do Distrito Federal, ajudando a prolongar consequentemente a vida útil do aterro sanitário de Samambaia. A partir de estudos relacionados às políticas destinadas aos trabalhadores de resíduos, práticas sustentáveis e permaculturais; esse trabalho visa inserir o contexto dessas famílias na produção de um projeto arquitetônico e paisagístico, participativo. Levando em consideração o público e espaço já existente, esse trabalho de conclusão de curso procura encontrar soluções alternativas para os obstáculos encontrados atualmente na cooperativa, tanto em relação ao trabalho, quanto aos alojamentos e a sustentabilidade. A produção desse projeto arquitetônico se dará através de interpretações e traduções das análises de padrões ecológicos, econômicos, sociais e culturais, bem como da sustentabilidade, discutidos juntamente com a comunidade. Buscando atender a demanda real de adaptar um ambiente antes somente destinado ao trabalho com reciclagem e triagem de materiais sólidos em um espaço que convide às pessoas a aprender sobre a importância da sustentabilidade e reciclagem.

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LIZA ANDRADE SONIA MARIA CASSIANO GEORGE DOMINGAS GLAUCIONE CARMEM ALEX SANDRA JORGE PEDRO LUNA ÁUREA TIAGO RAIMUNDO ENIVALDO RANIERE KÁTIA FÁBIO JORGE BRUNO SARAH GABRIELA LORENA NINA CECÍLIA

Esse trabalho foi a síntese de um ano e meio de pesquisa e projeto participativo com a comunidade do “100 Dimensão”. Não tenho palavras para agradecer à Liza, por ter me apresentado essa demanda e essas pessoas que conviveram tão próximas durante esses últimos meses. Sou muito grata por essa troca com a comunidade e não poderia ter imaginado um final melhor para a minha graduação. Repleta de experiências que me fizeram abrir a cabeça e enxergar as inúmeras formas que podemos aprender e atuar no mundo. Obrigada Liza, por ser esse exemplo, não só acadêmico, mas de pessoa. Agradecer também, à minha mãe Kátia, que sempre esteve lá de braços abertos pra me pegar no colo, nos meus melhores e piores momentos. Ao meu paizinho, Fábio, que mesmo morando à 400km de distância, ainda cultiva flores pra mim e me manda fotos delas com um “bom dia filha, olha como está bonita sua flor. Saudades”. Ao meu irmão, que também mora longe, mas que sempre me salvou nos sufocos ‘computacionais’. Ao Jorge, pelas jantas das madrugadas e me ajudar a resolver vários problemas. A tia Maria, Jesus e Gi, por serem a família que amo. A Sarah e a Lory que desde que me entendo por gente, esteve lá, por mim. E espero estar sempre lá por elas. A Roberta, por sempre me apoiar e saber exatamente o que preciso ouvir. A Gab, que dividiu a vida e nome comigo por um período australiano tão especial. A Bru, pela amizade sincera e planos aventureiros. Ao Rafa, por saber me acalmar com sua companhia. Ao meu mestre Berimbau, por nunca desistir de mim. Ao Devagar, por ter me introduzido no mundo capoeiristico. Agradeço também aos meus amigos Alice, Babi, Lari, Mich, Cami, que me acompanharam dentro e fora da vida acadêmica, sou grata a cada pessoa que passou pelo meu caminho e deixou um pouco de sí em mim. E por último mas não menos importante, gostaria de agradecer do fundo do meu coração, a família “100 Dimensão”, pela disposição e braços abertos que sempre me receberam. Obrigada.

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ÍNDICE 1.introdução

2.referencial teórico

3.processo participativo

12 justificativa 13 objetivos 14 metodologia 15 limitações

18 políticas + sustentabilidade 24 permacultura 26 bioconstrução 28 bons exemplos

39 dimensões morfológicas e

4.o contexto

5.o projeto

6.bibliografia

66 Riacho Fundo II 75 terreno 76 condicionantes

da sustentabilidade

40 padrões 42 cronograma

80 a cooperativa 84 levantamento 92 materiais 93 fachadas 95 situação 97 padrões 99 sustentabilidade 7


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Este trabalho trata não somente da relação dos espaços destinados ao trabalho e convivência dos trabalhadores da Cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos “100 Dimensão”, mas também da necessidade de valorizar e ressignificar o trabalho desenvolvido pelos catadores. Exercício realizado por sujeitos que vivem às margens da sociedade por serem produtos do meio, e que ainda hoje são vistos como parasitas da cidade e do sistema, quando na realidade representam grande importância para a solução de inúmeros problemas urbanos. Fez se necessário, então, a investigação mais aprofundada das políticas destinadas à esse setor, dos modelos de trabalho e práticas sustentáveis. Primeiramente, é importante compreender alguns conceitos como trabalho, habitação, sustentabilidade e nomenclaturas utilizadas para se referir aos trabalhadores de coleta seletiva. Antunes (1995, p. 123) considera que “[...] o trabalho mostra-se como momento fundante de realização do ser social, condição para sua existência; é o ponto de partida para a humanização do ser social e o motor decisivo do processo de humanização do homem [...]”. Entretanto, como ressalta Rosana Scolari em sua tese de mestrado, o trabalho acaba passando por várias formas de opressão, deixando de ter um caráter humanizador para tornar-se uma forma de sobrevivência. Sobre o conceito de habitação, Luiz Alberto Gouvêa faz uma análise contemporânea, onde o autor acredita que é necessário ampliar o conceito de habitação, entendendo-o não somente como a casa. Mas compreendendo a habitação, como a casa (moradia), os equipamentos urbanos e comunitários que a fazem funcionar. Rosana Scolari acrescenta “A estabilidade da moradia é algo incerto à população menos favorecida, pois de um momento para o outro pode não ter onde morar, já que o se trabalho é irregular e esporádico, não dando garantia para a manutenção de um aluguel ou do pagamento de uma prestação da casa própria, por mais irrisório que seja o valor”. Já o desenvolvimento sustentável tem como um de seus pilares a prudência ecológica. Entender que as atividades humanas possuem consequências e agir de forma a minimizar ao máximo o impacto desses efeitos. Segundo a Comissão Mundial Sobre o Meio ambiente e o Desenvolvimento, desenvolvimento sustentável é uma forma de o ser humano utilizar os recursos naturais para satisfazer suas demandas, levando em consideração também a eficiência econômica e a justiça social.

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Esses três conceitos quando destrinchados sob a perspectiva do trabalhador da coleta seletiva, deixa claro a indisponibilidade de direitos garantidos a essa população de renda mais baixa, fazendo com que isso reflita diretamente numa relação de exclusão perante a sociedade. Há alguns anos atrás era possível notar essa exclusão, claramente, apenas observando a nomenclatura utilizada para se referir aos atuantes do setor da reciclagem, muitas vezes identificados por nomes rejeitados pelos próprios trabalhadores. Em 2002, a categoria profissional de catador de material reciclável passou a ser melhor identificada nas pesquisas domiciliares. O que possibilitou a realização de estudos sobre a realidade destes profissionais. Entretanto, mesmo com aumento significativo de pesquisas realizadas e medidas que possibilitem ao máximo a regularização e melhoras nas qualidades de vida e trabalho desses trabalhadores, esse ainda é um setor relativamente, pouco estudado e carente de informações. Motivado por essas razões, o objeto de estudo principal para o desenvolvimento dessa diplomação, é o caso da cooperativa “100 Dimensão” - uma cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos, localizada na Região Administrativa Riacho Fundo II – Brasília, DF, que busca alterar a configuração de sua organização. Dentre os motivos encontrados pelos cooperados, o fato do exercício de triagem e reciclagem ser muitas vezes braçal, fez com que muitos trabalhadores se vissem inviabilizados de produzir o mesmo que produziam em sua juventude, além de que o manejo de resíduos orgânicos no local, se tornou inviável por questões de salubridade. Tendo em vista essas questões e com o intuito de valorizar todo o conhecimento prático acumulado durante anos de dedicação à esse setor, nasceu a vontade de se criar um centro irradiador de conhecimento, em que crianças, jovens e adultos pudessem se conscientizar da importância do tratamento e destinação dos resíduos domésticos produzidos diariamente. Fazendo com que pequenas atitudes diárias, ajudem diretamente no trabalho de reciclagem de muitas outras cooperativas, além do prolongamento de vida útil do aterro sanitário e a construção de valores ambientais que serão passados para as próximas gerações.

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Com o consumo desenfreado vivenciados nos dias atuais, diariamente toneladas de detritos são produzidas e dificilmente chegam a uma finalidade adequada. Tendo em mente que a implantação de um modelo de gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil apenas se iniciou após a realização da primeira edição da pesquisa Ciclosoft, em 1994, realizada pela CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem). Questões como lógica de produção e descarte, poluição, reciclagem e inclusão social só começaram a ganhar notoriedade recentemente. Esse descaso com o setor da reciclagem e atraso em tomar atitudes concretas, fez com que inúmeras consequências refletissem diretamente na qualidade de vida dos trabalhadores do ramo da reciclagem e no meio ambiente. A comunidade instalada no Riacho Fundo II, que inicialmente encontrou na reciclagem de resíduos sólidos um caminho para a independência financeira, agora reconhece o valor do trabalho que exercem. Essas famílias passaram a enxergar a real importância em se separar corretamente os materiais orgânicos e inorgânicos e as consequências desses atos para o processo da reciclagem, bem como os seus potenciais benefícios para a sociedade como um todo. Puderam valorizar também, o longo percurso que esse ato de conscientização teve que percorrer para começar a se instalar no imaginário das pessoas e como é importante que esse tipo de comportamento seja ensinado desde cedo, afim de serem repercutidos para as próximas gerações. Tendo isso em vista, a comunidade de cooperados hoje, visualiza grande potencial na educação das crianças

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desde os primeiros anos de idade, acreditando em uma sociedade futura que se preocupe com o meio ambiente e que práticas como: separar resíduos domiciliares e ter conhecimento sobre sua destinação correta, sejam práticas naturais da rotina diária. Essa conscientização além de contribuir com o trabalho de inúmeros trabalhadores do ramo da reciclagem, também estaria ajudando diretamente no prolongamento da vida útil de aterros sanitários, que representam um grande gasto dos cofres públicos, investimento que poderia ser convertido na construção de escolas, hospitais entre vários outros equipamentos urbanos. Com o potencial da educação ambiental no panorama atual e percebendo a carência desse serviço de ensino sustentável, nasceu na comunidade da cooperativa “100 Dimensão” a vontade de se criar um espaço que pudesse fornecer essa conscientização ambiental de forma prática e acolhedora. Um centro eco-sustentável que além de garantir a perpetuação da importância da reciclagem, fosse um espaço que abrigasse os catadores que não tem mais condições de trabalhar em atividades pesadas, mas que acreditam na causa e precisam garantir um meio de sobrevivência. Esse estudo se mostra importante pelas atuais condições de trabalho e qualidade de vida que se encontra os catadores da cooperativa. Diferentemente do que se possa pensar, eles são um grupo heterogêneo de diversas famílias em situações diferentes, mas homogêneo em um ponto: são trabalhadores que veem na reciclagem, o futuro desse país.


O objetivo principal desse trabalho de diplomação é gerar, em conjunto com a comunidade local, um projeto de adaptação dos galpões existentes, ambientes novos à serem criados destinados à prática de novas atividades, áreas para alojamento dos trabalhadores durante a semana e espaços para educação sustentável. Além de um projeto de paisagismo para a área externa que possa incluir práticas permaculturais, espaço para horta e agro-floresta. As famílias que hoje dormem durante a semana e trabalham nos galpões buscam principalmente autonomia e qualidade de vida. Dentre os objetivos desejados pelos trabalhadores está a criação de um ambiente focado no consumo consciente, um centro sustentável que aborde as quatro dimensões morfológicas da sustentabilidade (social, econômico, cultural e ambiental); com a criação de um espaço que possa oferecer cursos e oficinas de conscientização ambiental, cultivo e venda de hortaliças e verduras, espaços permaculturais e atividades físicas. Um ambiente com aspectos eminentemente pedagógicos/ educacionais e que convide e envolva a comunidade. Este projeto, portanto, tem a intenção de valorizar e reafirmar os potenciais encontrados na prática de reciclagem, de forma a conscientizar o maior número de pessoas possível. Requalificando o espaço físico, promovendo a educação ambiental de forma a se tornar um polo multiplicador de práticas sustentáveis.

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A metodologia utilizada para desenvolver esse trabalho, seguirá como base a estruturação desenvolvida pelo grupo periférico, organizado pela professora Liza Andrade, na Universidade de Brasília. Para definir melhor as diretrizes que guiarão o projeto de habitação e educação na cooperativa “100 dimensão”, será realizado um diagnóstico morfológico da área de estudo baseado nos padrões desenvolvidos por Christopher Alexander em “Uma linguagem de padrões”, bem como os métodos encontrados no livro “Avaliação da qualidade da habitação de interesse social” (autores: Amorim, C.; Ikeda D.; Andrade L.; Buson M.; Lemos N. e Zanoni V.). De acordo com cada expectativa social será realizada então uma avaliação da área de estudo. Esses autores acreditam que avaliar a qualidade de um espaço planejado depende dessas dimensões, que se complementam de acordo com os interesses e necessidades de seus usuários, podendo ter diferentes pesos na hora de projetação. As dimensões morfológicas da sustentabilidade que serão abordadas nesse projeto serão quatro: social, ambiental, econômica e cultural. A partir dessas análises, de acordo com as dimensões morfológicas, serão elaboradas soluções alternativas traduzidas em códigos ou padrões. Em outras palavras, esses padrões são situações que são corriqueiras em diversas situações urbanas e que a partir da coleta de informação foi possível estabelecer algumas respostas que possam guiar mais facilmente as tomadas de decisão. Além dos códigos elaborados por Alexander, será utilizada a literatura de Andrade (2014), que são padrões espaciais dos ecossistemas urbano para o desenho urbano. Essas soluções sugeridas pelos autores de acordo com cada situação serão então interpretadas de acordo com a realidade dos usuários e em trabalho conjunto com eles.

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Por isso, então, o processo participativo é de extrema importância, para o desenvolvimento de um projeto que compreenda as necessidades de seus moradores e que possa, então, promover a qualidade e sustentabilidade no ambiente construído. Para estabelecer esse contato com a comunidade e saber como direcionar o diálogo em conjunto, se utilizará algumas técnicas do “Manual de Participação da comunidade em processos de desenho urbano e de urbanismo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Portugal” (LNECP, DED/NAU 2013) que enumera 13 métodos e 57 técnicas de participação comunitária responsáveis pela dinâmica do processo participativo. Essas técnicas serão importantes para conseguir alcançar com eficiência os objetivos desejados para cada etapa de projetação. O processo participativo é uma das principais ferramentas utilizadas nesse projeto. Colocando o usuário no centro do processo de projetação, faz com que a arquitetura seja orientada de acordo com as necessidades dos trabalhadores da cooperativa. Nesse processo participativo, procurou-se trabalhar em conjunto com os cooperados da cooperativa localizada no Riacho Fundo II, que hoje conta com 49 membros. No decorrer do semestre foram programadas visitas, com o intuito de familiarizar os cooperados com o projeto, aplicar questionários e dinâmicas, afim de levantar e organizar informações que serão interpretadas de acordo com os padrões de Alexander e da literatura “Avaliação da qualidade da habitação de interesse social”. Essas análises e padrões encontrados servirão para nortear tomadas de decisão de projeto, juntamente com a comunidade.


LIMITAÇÕES

No decorrer do trabalho, algumas questões surgiram como fatores limitantes no desenvolvimento do projeto. Entre elas, a falta de desenhos técnicos ou desenhos atualizados por parte da Administração, pelos próprios cooperados ou até mesmo pelo escritório de arquitetura que projetou os galpões, devido ao falecimento do arquiteto responsável. De forma, que essa busca por dados técnicos acabou atrasando um pouco o andamento do projeto. A forma encontrada para resolver esse obstáculo de dados técnicos, foi o levantamento in loco e algumas suposições. A tentativa de aproximar e engajar todos os cooperados da cooperativa, também demandou muito tempo e esforço. De modo que limitou-se a um grupo reduzido, mas heterogêneo entre si, que representa a área estudada. Além disso, a cooperativa já enfrentou alguns problemas com publicações acerca do espaço, sendo necessário algumas reuniões extras com os advogados e engenheiros voluntários da comunidade para entender os limites que o projeto em questão poderia abordar, em relação a legislação e o estatuto da cooperativa.

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Diariamente, são produzidos milhões de toneladas de lixo pela população brasileira. Descobrir meios de como conseguir reduzir esse número tem se tornado cada vez mais um dos grandes desafios do século XXI. Tendo consciência de que a geração excessiva de resíduos afeta a sustentabilidade urbana é necessário repensar as maneiras de produção e consumo da sociedade e como se configura o destino e tratamento desse material. Uma das alternativas no gerenciamento destes resíduos sólidos é a coleta seletiva, a qual se define como um conjunto de procedimentos de recolha diferenciada dos resíduos sólidos recicláveis que podem ser reaproveitados. É uma atividade reconhecida como capaz de reduzir o descarte no meio ambiente dos materiais úteis que podem ser reintroduzidos no processo produtivo. Resulta em importantes benefícios ambientais, diminuindo a destinação inadequada dos resíduos sólidos no solo e, por conseguinte, promovendo a proteção do ambiente. Para isso, é necessário compreender a trajetória dessa prática no Brasil e as políticas que foram implementadas no decorrer dos anos afim de estruturar as cooperativas e associações de coleta seletiva, bem como garantir os direitos dos trabalhadores desse setor e assegurar a execução de práticas sustentáveis. Historicamente, na segunda metade do século XIX, durante a Revolução Industrial houve um ápice na produção de resíduos sólidos, visto que anteriormente a esse período o lixo se configurava apenas como resíduo orgânico¹. A questão de salubridade urbana foi se tornando uma preocupação nas vilas operárias e também em regiões mais nobres. “Os resíduos quando não reutilizados, reciclados ou dispostos em aterros sanitários são lançados irregularmente nas ruas, terrenos, rios e córregos acarretando problemas como entupimento de buei ros e enchentes, assoreamento de rios, destruição de áreas verdes, mau cheiro, proliferação de animais, com consequências diretas ou indire tas para a saúde”. (GOUVEIA, 1996). A eliminação de resíduos e dejetos tornou-se um grave problema de saúde pública quando se percebeu que os detritos orgânicos e as sujeiras das cidades oportunizam a proliferação de vetores e animais que provocam doenças.

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A ideia para minimizar esta problemática primeiramente foi afastar os resíduos sólidos do seu cotidiano, ou queimando e enterrando, ou depositando longe das comunidades. Esta última prática também se evidencia hoje, pois normalmente os aterros sanitários são construídos longe das aglomerações urbanas. Apenas no início do século XX, começa a existir formas de reciclagem com foco em produções de materiais para ajudar o esforço da Segunda Guerra Mundial (19391944), borracha, náilon, papel entre outros passaram a ser racionados e reutilizados. Na década de 70 no Brasil novas ferramentas e produtos passaram a viabilizar a reciclagem de materiais que poderiam ser retornados às indústrias e fábricas que os utilizariam na produção de novos serviços e produtos. O aumento de infraestrutura para o tratamento desses resíduos no Brasil, somados à influência de países estrangeiros que estavam se beneficiando economicamente desse mercado fez com que o setor da coleta seletiva ganhasse força. Na década de 80, começaram a se articular então as primeiras cooperativas e associações voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos no país. Fazendo com que várias iniciativas governamentais tomassem forma, como por exemplo a criação de programas de incentivo a reciclagem e conscientização da população brasileira. Normalmente, as parcerias entre as prefeituras e cooperativas se articulavam de forma que a prefeitura cedia galpões, equipamentos e divulgação, enquanto os trabalhadores faziam atividades de triagem, comercialização e por vezes a coleta. As campanhas de conscientização da população tinham o intuito de mobilizar a separação do lixo afim de facilitar o processo de reciclagem desde sua fonte de produção. “A primeira experiência de coleta seletiva no Brasil ocorreu em 1985, em Niterói (RJ), em São Francisco, bairro residencial e de classe média” (EIGENHEER, 1993). A implantação de um modelo de gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil se iniciou após a realização da primeira edição da pesquisa Ciclosoft, em 1994, realizada pela CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem). De acordo com a página virtual da associação apenas 81 municípios promoviam a coleta seletiva, tendo em vista a falta de informação sobre o assunto e a incipiência da indústria recicladora no cenário da época.


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Entretanto, mesmo com o aumento no número de cooperativas e associações de reciclagem de resíduos sólidos, o número de trabalhadores autônomos ainda é grande. De acordo com o IPEA (2010) a porcentagem de coletores ligados à alguma cooperativa era de apenas 10%. Dentre os possíveis motivos, o Relatório de Situação Social das catadoras e catadores de Material Reciclável e Reutilizável, desenvolvido pelo IPEA destaca: “i) muitos catadores preferem atuar sozinhos, em nome de uma suposta autonomia na gestão de seu tempo e do resultado de seu trabalho; ii) há uma desinformação muito grande quanto às exigências para constituição de cooperativas e associações; iii) o processo de criação desses empreendimentos exige conhecimento técnico especializado, tanto na sua constituição quanto na sua gestão, o que requer dos catadores o estabelecimento de parcerias que lhes garantam o assessoramento técnico necessário; iv) muitos catadores enxergam as cooperativas como um agente externo, não têm a consciência que elas são formadas e geridas por eles próprios, que são os verdadeiros donos do empreendimento”. Tendo isso em vista, ações passaram a ser tomadas com o objetivo de auxiliar e dar suporte a esses empreendimentos coletivos (cooperativas e associações) de coleta, entre eles o lançamento do Fórum Nacional Lixo e Cidadania em 1998, coordenado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) foi bastante significativo, onde criaram a campanha Criança no Lixo Nunca Mais. Atualmente, o Fórum Nacional Lixo e Cidadania está organizado em diferentes esferas federativas – nacional, estadual e municipal –, formados por representantes de diferentes segmentos da sociedade civil, iniciativa privada e poder público (Santos et al., 2011). A realização do I Congresso Nacional dos Catadores de Papel, ocorrido em Belo Horizonte em 1999, foi de extrema importância, pois nesse congresso foi fomentada a ideia de se criar um movimento nacional de catadores, fazendo com que a partir desses debates fosse criado o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em junho de 2001.

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“Ao assumir essa “política de auto-representação”, o mo vimento passou a perceber a necessidade de se aliar e compartilhar experiências junto a outros movimentos sociais em busca de reconhecimento e representação, como ambientalistas, feministas, movimento negro, en tre outros” (Scherer-Warren e Luchmann, 2011).

À medida que os trabalhadores de resíduos sólidos passaram a se organizar e se articular socialmente, foram conquistando um maior respaldo jurídico para negociarem melhor seus direitos em questões como cidadania social e atividade profissional. Foi observado no decorrer dos últimos anos, a implantação de uma série de atos normativos na forma de leis, regulamentos, decretos entre outros sobre a gestão de resíduos sólidos. Tendo como intuito principal regulamentar o comportamento de todos os atores envolvidos e também tentar assegurar ao máximo execução de práticas sustentáveis.


SUSTENTABILIDADE URBANA O padrão de alto consumo e práticas insustentáveis promove sistemas destrutivos que afetam a população e a sustentabilidade do planeta. O desafio agora é reconstruir padrões que ajudem a reverter essa lógica de produção. Nos últimos anos a temática ambiental veio ganhando força, fazendo com que o setor de reciclagem ganhasse mais visibilidade na opinião pública. Em relação aos benefícios proporcionados pela reciclagem, as vantagens se dão em diferentes escalas, já que se reduz uma série de impactos ambientais causados pela disposição inadequada de resíduos sólidos, quando se reduz o volume a ser descartado e o redireciona para uma destinação mais adequada, também conhecida como “Logística reversa”. “A extração dos recursos naturais para a produção dos bens de consumo encontra-se acima da capacidade de suporte do planeta, a produção crescente de resíduos sólidos causa impactos no ambiente e na saúde, e o uso sustentável dos recursos naturais ainda é uma meta distante” (AGENDA 21, 1997; CONSUMERS INTERNATIONAL, 1998). Dentre todas as políticas que abrangem a categoria ambiental, vale ressaltar que em 2010 foram criados dois novos marcos normativos de grande significância para a estruturação dos empreendimentos coletivos: a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Programa Pró-Catador. De acordo com a página do Ministério do Meio Ambiente, a PNRS prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tan¬to na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. O Pró-Catador permite a assinatura de convênios, contratos de repasse, acordos de cooperação, termos de

parceria, ajustes ou outros instrumentos de colaboração, com órgãos ou entidades da administração pública federal, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; consórcios públicos; cooperativas e associações de catadores; e entidades sem fins lucrativos que atuem na incubação, capacitação, assistência técnica às organizações produtivas de cata¬dores. (IPEA, 2013) Com o passar do tempo, a atividade de reciclagem deixa de ser vista apenas como resultante de um problema social e ganha status de solução sócio ambiental, o que vem conferindo uma maior legitimidade às demandas colocadas pelo próprio MNCR. A sustentabilidade do ambiente construído abrange as necessidades básicas do ser humano, como a de abrigo, produção de energia, reciclagem e produção de energia e alimento. O que não deixa de ser uma visão da própria permacultura. Voltar o olhar para essas práticas ancestrais de autonomia do ambiente construído tem servido de aprendizado na tentativa de encontrar soluções plausíveis para reverter as lógicas de produção atuais. Outro evento que merece destaque, foi a IV Conferência Nacional de Meio Ambiente (IV CNMA), realizada em 2013, na qual favoreceu um canal de negociação entre a sociedade, o poder público e o setor empresarial em torno do tema “Resíduos sólidos”. Essa Conferência foi dividida em quatro eixos: i) produção e consumo sustentáveis; ii) redução de impactos ambientais; iii) geração de trabalho, emprego e renda; iv) educação ambiental. Embora, apesar da importância de todos os programas e ações recentes reconhecendo os direitos e apoiando os catadores, os órgãos responsáveis precisam prestar atenção aos riscos de grupos empresariais usufruírem de recursos ou terem concessão de serviços públicos privilegiadamente. No intuito de evitar essas fraudes, foi instaurado a necessidade da apresentação de certificação das cooperativas e associações, mediante ao cumprimento de alguns critérios pré-estabelecidos.

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COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES NO BRASIL

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Permacultura é um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. O termo foi criado por David Holmgren e Bill Mollison nos anos 1970 e exposto pela primeira vez no livro Permaculture One. Atualmente, a proposta é ser uma “cultura permanente”, ou seja uma cultura que visa a permanência humana no planeta, em harmonia com a natureza. A permacultura possui três princípios éticos e alguns princípios de planejamento que são baseados na observação da ecologia e da forma sustentável de interação, produção e de vida das populações tradicionais com a natureza, sempre trabalhando a favor dela e nunca contra. São doze princípios de design no total e segundo Holmgren (2013, p.12), “os primeiros seis princípios consideram os sistemas de produção sob uma perspectiva de baixo para cima dos elementos, organismos e pessoas. Os de-

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mais seis enfatizam a perspectiva de cima para baixo dos padrões e relações que tendem a emergir por meio da auto-organização e coevolução dos ecossistemas”. Os princípios de design indicam um método de análise e etapas de desenvolvimento para a criação ou adequação de técnicas já existentes. Os permacultores se utilizam desses princípios de design tanto para formação de técnicas de plantio a base de estruturação de grupos de discussão. Estes princípios devem ser praticados em sete campos (representados pelas pétalas ao lado) necessários para a construção de uma cultura sustentável, o caminho evolutivo em espiral iniciando com ética e princípios, sugere o entrelaçamento desses domínios inicialmente no nível pessoal para só então atingir o nível coletivo e global.


No Espaço Sustentável 100 Dimensão será aplicado os princípios permaculturais e isto estará evidenciado, principalmente, nos campos do “Manejo da terra e da natureza” com as técnicas de jardinagem que serão utilizadas no espaço exterior, com hortas, espiral de ervas, criação de tanque e pequeno lago. Na “Cultura e educação” com as práticas pedagógicas adotadas pela cooperativa, bem como um cinema ao ar livre e um espaço multiuso no interior de um dos galpões, das “Ferramentas e tecnologias” com o manejo dos resíduos orgânicos e reciclagem, do “Espaço construído”, pois serão utilizadas técnicas de bioconstrução e bio-arquitetura, da “Saúde, Bem-estar espiritual” contará com anexos de suporte a já existente ONG baba Ananda, na qual já oferece serviços holísticos a comunidade e da “Economia e Finanças” serão criados espaços para venda do material produzido no espaço, como hortaliças e outras artes a partir da reciclagem. Pretende-se utilizar materiais naturais disponíveis, como bambu, madeira, barro e técnicas de Bioconstrução na construção dos anexos e intervenções do espaço sustentável, e materiais reciclados na construção do mobiliário. Tem-se também a intenção de fazer um telhado verde, no intuito de diminuir o impacto ambietal da construção, contribuir para a melhora do microclima local e para servir como parte do sistema de captação de água da chuva, que será posteriormente utilizada pelo espaço. ‘ O design permacultural é necessário identificar, primeiramente: - componentes do local: água, terra, paisagem, clima e plantas - componentes sociais: apoio legal, cultura, comércio e finanças - componentes energéticos: tecnologias, conexões, estruturas e fontes - componentes abstratos: tempo, dados e ética. Em seguida, é necessário fazer o mapeamento dos setores, em outras palavras, direcionamento de vento, luz, ruído e pluviosidade, por exemplo, afim de posicionar barreiras que diminuam seus impactos e aproveitem seus potenciais. O mapeamento desses setores é complementado pelo zoneamento da área, o que significa, estudar a disposição desses elementos de acordo com a intensidade e frequencia do manejo. Na permacultura, as zonas são enumeradas de 0 a 5, quanto menor o número, menor sua disposição do centro, ou ambiente construído principal onde acontecem as atividades principais

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BIOCONSTRUÇÃO

TAIPA DE PILÃO Uma das técnicas de construção alternativa mais difundida ao redor do globo, utiliza-se de uma mistura de solo e cimento socada dentro de fôrmas de ferro ou madeira. As fôrmas são montadas no local e devem resistir a pressão exercida pela terra quando esta for socada. A matéria prima é o subsolo do local adicionado de 10% de cimento formando uma mistura chamada de solo-cimento.

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FERROCIMENTO A técnica do ferrocimento é uma técnica muito econômica para utilização do cimento e permite a construção rápida de reservatórios de pequeno porte. O custo final chega a ser 20% do valor de reservatórios de ferro, sendo que estes se não galvanizados oxidam em menos de cinco anos. Tanques de ferrocimento são muito resistentes e de fácil reparo. Utiliza-se uma malha de ferro (tela de reforço) de armação e telinha para sustentação e uma camada de 2 cm de espessura de massa de cimento forte. Depois de pronta a caixa deve permanecer cheia por duas semanas para curar o cimento.

TINTA TERRA 18 (dezoito) litros de tinta com cola branca: • Pesar 8 (oito) kg ou medir 2 (dois) galões de terra seca. (Dê preferência para a terra seca. Se a terra estiver molhada, desconte a umidade); • 4 (quatro) kg de cola branca, comprada a granel (conhecida como cola de madeira). Observação: Se for comprada uma cola branca de ótima qualidade, vendida em embalagens de 1 kg, geralmente com o dobro do preço, a quantidade pode ser reduzida para 2 (dois) kg. O custo final será o mesmo. • 8 (oito) litros de água.

TELHADO VERDE os telhados verdes permitem a implantação de solo e vegetação em uma camada impermeabilizada sobre as construções. Além da beleza, que tem tudo para agradar a você e também aos seus vizinhos, a baixa inércia térmica da terra e a água advinda dos vegetais da cobertura geram propriedades que melhoram a qualidade de vida do usuário dos ambientes abarcados pelo telhado verde – e, também, de toda a cidade.


AQUECEDOR SOLAR DE BAIXO CUSTO O Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC) é responsável pelo aquecimento da água que poderá ser utilizada nos chuveiros e de algumas torneiras do Espaço sustentável. O ASBC consiste em um conjunto de placas de pvc ou polipropileno pelas quais a água passa e é aquecida, ficando então armazenada numa caixa termicamente isolada. A circulação da água no sistema acontece naturalmente, devido a diferença de temperatura.

HORTA MANDALA A horta mandala é uma das técnicas utilizadas no Ecocentro IPEC para produzir mais, com o mínimo de espaço. Diferente das hortas normais possui um design de bordas onduladas que permitem efeitos de microclima e espaços variados, onde o cultivo intensivo de diversas hortaliças e raízes em conjunto se beneficiam mutuamente num sistema de consórcios.

COB No COB a matéria prima principal é o barro argiloso adicionado de palha e um pouco de água, o segredo de um bom COB está no trabalhar o barro, que deve ser pisado de forma quase rítmica até se chegar ao ponto, ou liga, desejada. Quase que uma massa de modelar, a técnica permite dar-se a estrutura a forma desejada, construindo casas com formas artísticas, arredondadas, com armários ou sofás embutidos nas paredes, após o período de secagem uma casa de COB parece ter sido esculpida de um bloco só.

BIORREMEDIAÇÃO

O primeiro passo da biorremediação é a caixa de gordura, próximo à cozinha, embaixo do solo Próximo, está o biodigestor, reator totalmente fechado ou anaeróbico. Os tanques abertos contém bactérias aeróbicas que usam o oxigênio para converter amônia, em nitratos que serão processados mais tarde. O tanque completamente cheio de pedras e plantas como papirus, taboa, taioba e outras é um segundo ecossistema anóxico. Os próximos tanques abertos, aeróbicos, são ecossistemas mais complexos, onde moluscos, lesmas, algas e peixes vivem entre uma grande diversidade de plantas. Após o terceiro tanque, as bactérias já terão completado a nitrificaçnao da amônia em nitratos. A maior contribuição por parte das plantas vem do seu sistema de raízes que forma a melhor superfície onde comunidades de microorganismos podem viver. Os microorganismos digerem todo o resto de nutrientes que sobram. A água limpa resultante não é considerada potável porque não é para beber, mas pode ser utilizada na irrigação do solo.

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METODOLOGIA MATERIAL PROGRAMA 28


USINA Mutirão Tânia Maria e cinco de Dezembro Mutirão Tânia Maria e cinco de Dezembro Local: São Paulo, Brasil Ano do projeto: 2010 - 2014 Arquitetos: USINA - Flávio Higuchi Hirao, Frieda Nossack, Kaya Lazarini, Leila Petrini, Leonardo Nakaoka, Pedro Fiori Arantes e Rodrigo Agostini

Os Mutirões Tânia Maria e Cinco de Dezembro, localizados no Município de Suzano (Região Metropolitana de São Paulo), nasceram da relação construída entre lideranças da União dos Movimentos de Moradia (UMM) e do Grupo de Moradia do Jardim Natal – que por sua vez se uniu à Associação de Moradores do Jardim Míriam – e juntos mobilizaram 150 famílias de trabalhadores, que se organizaram para lutar por habitação digna e definitiva. O grupo de moradia convidou a USINA para apoiá-los na construção do projeto participativo da nova moradia, depois de terem decidido decidirem em assembleia que o processo se daria por meio da autogestão. Em maio de 2010 ocorreram as atividades do projeto participativo com as famílias, onde foram realizadas atividades visando a ampliação do repertório de projetos habitacionais do grupo, o debate sobre questões de gênero no espaço da moradia e a problematização das plantas-padrão – com áreas exíguas – do programa MCMV. Na discussão do planta dos apartamentos, a USINA utilizou, pela primeira vez, ímãs como representação dos móveis da casa em escala 1:10, para que, em grupos, as famílias formassem os ambientes a partir de suas necessidades – e não das dimensões mínimas impostas pelos programas habitacionais.

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Manufactured Sites: A Housing Urbanism Made of Waste/Maquiladora (Sítios fabricados: Um urbanismo habitacional feito de resíduos/ Maquiladora) Local: Tijuana, México Ano do projeto: 2005-2008 Arquiteto: Teddy Cruz Escritório: Estudio Teddy Cruz + Forman Materiais: Bass wood (cedro), plástico de estireno, papel e gesso Dimensões: (27.9 x 68.6 x 45.7cm)

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MATERIAIS:

Maquiladora é o resultado de uma década de estudos de Cruz na fronteira entre o rico subúrbio de San Diego, Califórnia e as favelas de Tijuana, México. O projeto se constitui de um sistema de andaimes que permitirá Tijuana alcançar um maior nível de densidade, uma diretriz que Cruz vê como essencial para manter a ordem em um ambiente urbano já próximo à entropia. O andaime funciona como uma armação sobre a qual podem ser dispostas caixas de leite, pneus, chapas de metal ondulado, terra batida e blocos de concreto, com ênfase particular no desenvolvimento vertical. Cruz oferece o sistema de andaimes modular e de implantação rápida, mas deixa o resto do trabalho e projeto para os usuários. Teddy olha para a fronteira entre os ricos subúrbios de San Diego e os pobres bairros de Tijuana, à medida que os materiais usados fluem de San Diego para Tijuana, transformando os tipos de estruturas criadas lá, os povos de Tijuana mudam para San Diego para acomodar suas necessidades. Fascinado pela forma como que antes uma casa unifamiliar, pode se tornar uma habitação para abrigar a extensão da família, ou base para um pequeno comercio ou até mesmo um lugar de culto para muitos. Ele é profundamente inspirado por este uso multidimensional de espaço. Um dos grandes problemas durante a pesquisa do Estudio Teddy Cruz é produzir novas concepções e interpretações do informal. A pesquisa desenvolvida sobre a borda teve seu foco no informal, não como uma categoria mas como práxis, um conjunto de operações funcionais urbanas que permitem a transgressão das bordas políticas impostas e modelos econômicos pobre-rico. O informal é o espaço em que produz novas interpretações de infraestrutura, pobreza e cidadania.


No lado Tijuana da fronteira, foram explorados como comunidades informais da cidade crescem mais rápido do que os centros urbanos que eles cercam, criando diferentes diretrizes de desenvolvimento, e acentuando as distinções entre urbano, subúrbio e rural. Trabalhando com o informal, tipos-favela situadas no México, permitiram um processo que relaciona o conflito entre habitação emergencial, trabalho e fábricas “maquiladora” em Tijuana. Eles puderam observar como maquiladoras do NAFTA posicionam-se estrategicamente adjacentes às favelas de Tijuana em razão da mão-de-obra barata, mas não dão nada em troca à essas comunidades. O objetivo dessa intervenção é a própria fábrica, utilizando seus próprios sistemas, produção de materiais e pré-fabricação, a fim de produzir micro-infra-estrutura excedente para habitação. No lado San Diego da fronteira, a prática do escritório envolveu a dimensão política e social de habitação e densidade como instrumentos de integração social na cidade, envolvendo a crise de acessibilidade em todo o país. Organizações não-governamentais como por exemplo “Casa Familiar”, no bairro fronteiriço de San Ysidro, são um exemplo de organizações de serviçoes sociais que tem estado envolvidos e gerenciando a demografia cultural causada pela imigração dentro do primeiro círculo de suburbanização em San Diego. Na vista de Cruz, a necessidade de reimaginar a fronteira é o principal desafio para o futuro desta região bi-nacional e de muitas outras regiões fronteiriças em todo o mundo. Uma comunidade está sempre em diálogo com o seu ambiente social e ecológico; isso é o que define sua politica natural. Mas quando essa relação é fragmentada pela própria maneira pela qual o poder jurisdicional foi instituído, é necessário encontrar meios de recuperar sua agencia.

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Chakras Project / Natura Futura Arquitectura + Colectivo Cronopios Local: El Oro,Equador Ano do projeto: 2016 Arquiteto: Eduardo Cruz y Natura Futura Escritório: Eduardo Cruz y Natura Futura Materiais: Paletes de madeira, cocreto e alvenaria Dimensões: 30m²

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MATERIAIS:

O projeto tinha como ambição principal, ser residência para um casal e seus três filhos. Localizado na província de El Oro, Ecuador, a cidade de Chacras é cheia de referencias históricas devido a sua proximidade com Peru. A família perdeu sua casa durante um terremoto em abril de 2016 e encontraram refúgio numa área de 12x10metros. O projeto foi construído em Maio de 2016 durante o período de dez dias. Depois de proposto o design emergencial, foi coletado materiais e ferramentas doados e ajuda de voluntários. Depois de terem sido feitas as fundações de concreto e alvenaria, a casa foi articulada em módulos de paletes, construídos com madeira de pinho, geralmente utilizado para carregar mercadorias em grandes armazéns. As varas e as tiras são usadas como apoios estruturais. As janelas foram construídas com madeira semi-rígidas e tiras de resíduos reciclados. E por fim, as placas de zinco são usadas para fazer o telhado. Foram propostas estratégias para fortalecer a economia familiar, afetados pela interrupção do trabalho e realocação. Don Velfor, o morador da residência foi incluído no processo de aprendizagem no intuito de replicar o que ele aprendeu na construção básica, a fim de estabelecer uma atividade econômica dentro da região. A plataforma de acesso é espaço para interação social entre os membros da família e as famílias próximas. Ela serve tanto como uma copa com mesa e cadeiras, quanto sem mobília, podendo descansar no tapete. A casa é baseada em três volumes, dois usados para dormir e um para cozinha e sala, com a extensão opcional através da plataforma. A distancia entre a casa elevada e o chão protege a estrutura da umidade enquanto permite um fluxo constante de ar sob o chão. A cumeeira do telhado e espaços abertos permitem a ventilação cruzada em todos momentos.


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3 1 LEGENDA 1. Quarto 2. Sala/cozinha 3. Espaรงo social 4. Horta 5. Banheiro

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Co-Residência Nanterre/ MaO architectes + Tectône Local: Nanterre, França Ano do projeto: 2015 Arquiteto: Fabien Brissaud (MaO), Pascal Chombart de Lauwe (Tectone) Materiais: Madeira laminada, tijolos térmicos e zinco natural Dimensões: 158m²

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A co-residência Nanterre é o primeiro experimento contemporâneo de moradia social participativa na França. O projeto é um novo tipo de moradia participativa na qual os usos são compartilhados, onde o projeto foi elaborado em colaboração com os futuros moradores, no intuito de oferecer maior qualidade espacial. O edifício possui pé-direito duplo, em contato com moradias unifamiliares de até 4 pavimentos, são dois edifícios conectados por uma ponte pedonal que serve a todas as moradias no pavimento superior. Proporcionando moradias com maior iluminação. No térreo, as áreas comuns abrem-se para uma horta coletiva, contribuindo para a convivência e interação entre os habitantes. No térreo, estão as áreas comuns que se abrem para uma horta coletiva. Os espaços ao ar livre contribuem para o convívio e interação entre os habitantes. O projeto colaborativo contou com a colaboração de quinze famílias que se uniram para formar uma associação oferecendo quinze moradias únicas que satisfazem os requisitos de cada uma. A moradia é composta por acessos individuais. Dentre os materiais estão tijolos térmicos de 25cm e uma estrutura de madeira laminada e zinco natural para a cobertura. A carpintaria externa é de madeira pintada e laqueada nas portas de correr.


LEGENDA

1. Depósito de resíduo 2. Espaço - workshop 3. Área flexível - recreação 4. Área comum 5. Cozinha compartilhada 6. Lavanderia 7. Depósito materiais (workshop) 8. Horta compartilhada 9. Terraço coletivo

SITUAÇÃO

PLANTA BAIXA

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Europan 10 Project/ DROM Local: Emmen, Holanda Ano do projeto: 2016 Arquiteto: Timur Shabaev, Marco Galasso Dimensões: 2550m²

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O Europan 10 é um projeto que forneceu uma solução para um sítio fragmentado, onde o dono irregularmente e inconvenientemente dividiu o lote entre o município de Emmen e a cooperativa habitacional Lefier. O projeto convidou os proprietários a trocar a terra de forma que permitisse que um espaço comunitário totalmente utilizável e útil a comunidade surgisse no centro do terreno. Este espaço jardim recém-injetado funcionou unindo os pedaços fragmentados como um todo. O jardim também formou a segunda fachada para os lotes residenciais dispostos no perímetro do bloco. O projeto levou em consideração o padrão existente de caminhos informais que já funcionavam como atalhos para as proximidades. O espaço público interno se tornou em um parque verde e podendo ser utilizado para vários tipos de atividades. São 24 residencias a serem alugadas, todas acessíveis pelo pavimento térreo, possuindo também diversas possibilidades de customização de acordo com as composições familiares, desde jovens casais com crianças até idosos.


LEGENDA 1. Administração 2. Hall de entrada 3. Hall multifuncional 4. Cantina 5. Sala de estudo 6. Quartos hostel 7. Quarto funcionário 8. Cozinha 9. Tecnologia

LEGENDA 6. Quartos hostel 7. Quarto funcionário 8. Cozinha 9. Tecnologia 10. Depósito

Slunakov Centro para Atividades Ecológicas Local: Olomouc, República Checa Ano do projeto: 2007 Arquiteto: Projektil architekti / Roman Brychta, Adam Halíř, Ondřej Hofmeister, Petr Lešek Materiais: madeira, vidro, concreto e pedra (empilhadas) Dimensões: 1586m²

O Slunakov - Centro para Atividades Ecológicas da cidade de Olomouc, está localizado a noroeste de Olomouc, no vale do rio Morava. As instalações tem a função de serem espaços para educar o público sobre o meio-ambiente e seus processos, como também dar suporte à consciência ambiental da população. Além disso, a edificação também é utilizada como um centro de informação e uma entrada para a Área de Proteção Natural de Litovelske Pomoravi. Entre as diversas atividades que o centro oferece a principal é a de fornecer programas de educação ambiental para grupos de estudantes e seminários profissionais sobre ecologia e educação. O projeto inclui programas de educação ambiental. Como o centro foi projetado como uma construção energeticamente econômica, ele também fornece ao público exemplos de possibilidades disponíveis quando se projeta uma habitação ecológica e promove o desenvolvimento sustentável. Todos os materiais utilizados são tradicionais e foram escolhidos devido a seu respeito ao meio ambiente. As fachadas são cobertas de madeira, vidro, concreto e pedra (empilhadas). O interior é feito utilizando, principalmente, madeira, vidro e paredes de tijolo rebocadas, ou, no caso do tijolo não queimado, deixado à mostra. Tijolo queimado ou concreto reforçado é utilizado nas estruturas de suporte para as salas técnicas e áreas molhadas. A maioria dos pisos são cobertos com pranchas de madeira e àqueles nas áreas molhadas ou técnicas são cobertos por assoalho sem divisão. Todo o conceito do interior e do exterior da edificação está baseado na realidade e leva em consideração o uso das cores naturais e estruturas da superfície de cada material de construção.

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Identificar as correlações entre a arquitetura e os diversos campos de conhecimento, são etapas primordiais na compreensão das ‘estruturas profundas’ que todo sítio possui, contribuindo diretamente no processo criativo de arquitetura. Cada dimensão possui certa revelação analítica abstrata do objeto, e para isso se torna relevante desenvolver uma adequada teoria descritiva, de maneira a selecionar aquilo que foi analisado, suas atribuições e compreendendo a arquitetura como um conjunto de relações do homem com o espaço. Tendo isso em vista, para esse projeto, buscou-se fazer análises das seguintes dimensões:

AMBIENTAL

•resposta do espaco ao conforto luminoso, higrotermico, acústico e de qualidade do ar

SOCIAL

•resposta do espaco para a facilidade de encontros casuais e nao programados em areas livres publicas, analisando vida social e espacial, alem de padroes espaciais •respostas espaciais para com a realizacao de determinadas atividades: configuracao do espaco disponivel; quantificacao de espaco disponivel; e as relacoes locacionais entre as unidades funcionais

CULTURAL

•resposta do espaco quanto as representacoes simbolicas e a forma fisica dos lugares para a satisfacao emocional, a partir de qualidades semanticas; fenomenos da configuracao e a plasticidade da composição •resposta espacial para orientabilidade e identificabilidade dos lugares, analisando epresentacoes secundarias, imagens mentais e percepcao

ECONÔMICA

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•resposta espacial aos custos de sua construcao e manutencao, fundamentadas nos custos de formacao (origem: planificacao e construcao); custos fundamentais de utilizacao (manutencao)


padrões da sustentabilidade

(andrade)

Desenvolvimento da economia local - Estabelecer estratégias práticas para o empreendimento da economia local nos planejamentos em sintonia com o planejamento de transportes (moradia-trabalho). Moradias economicamente viáveis - Certificar os tipos de classes sociais, se há diversidade de classes. As estratégias precisam vir acompanhadas do desenho urbano como zoneamento inclusivo, bônus de densidade e fundos para terra, incentivando habitações econômicas. Uma comunidade sustentável necessita de diversidade e mistura de classes com variedade de moradias e custos diferentes. Comunidades com sentido de vizinhança (habitaveis)Certificar - Verificar os problemas e solucoes dentro da bacia hidrografica, em relacao a drenagem e ao esgotamento sanitario. A abordagem sustentavel caminha em duas escalas: sistemas de tratamentos de aguas residuais com plantas para as casas (zona de raizes) ou para o empreendimento como um todo (wetlands).

Tratamento de esgoto alternativo e drenagem natural A abordagem sustentavel caminha em duas escalas: sistemas de tratamentos de aguas residuais com plantas para as casas (zona de raizes) ou para o empreendimento como um todo (wetlands). Gestão integrada da água - Identificar se há exemplos de aplicação dos princípios da gestão ecológica do ciclo da agua. Se não houver, proponha soluções Energias alternativas - Verificar de onde vem a energia gerada utilizada, se ha energia vinda de fontes renováveis como o sol, o vento e a biomassa Politicas baseadas nos 3R’s (Reduzir, Reusar, Reciclar) Verificar se há coleta seletiva e reciclagem do lixo orgânico, dos resíduos da construção entre outros. Verificar se há espaços para a compostagem de lixo e hortas comunitárias e individuais. Para o desenho de empreendimentos sustentáveis, os 3R’s incluem redução do gasto de energia, reuso das edificações e reciclagem de resíduos de construção.

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A partir das análises anteriores, foi possível propor algumas intervenções para os espaços do ‘100 dimensão’. Elas compõem a demanda percebida e também parte do programa de necessidades do projeto. Estas propostas foram compartilhadas com os cooperados da cooperativa, que podiam concordar ou não, além de sugerir outras, este processo será detalhado no capítulo seguinte.

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37 Agrupamento de moradias Distribua as moradias em torno de vias de acesso, sem perder suas identidades, de forma que qualquer um possa transitar sem se sentir invasora. 95

67 Área Externa Coletiva Configure as áreas de uso coletivo de maneira que proporcionem proteção e boa insolação. Preveja equipamento comunitário, horta, conecte as áreas e forme faixas de espaços de lazer.

103 Estacionamentos pequenos Estacionamentos pequenos para, no máximo, cinco ou sete automóveis, cada um circundado por cercas vivas, cercas de madeira ou árvores, de modo que do lado de fora os veículos fiquem praticamente invisíveis. Distribuir esses estacionamentos pequenos de modo que fiquem a pelo menos 30m de distância um do outro.

105 Orientação solar do Espaço Externo Sempre implante as edificações ao sul dos espaços externos contíguos, mantendo os espaços externos ao norte.


95 Edificação como complexo Complexo de edificações cujas partes manifestam os fatos sociais da situação. Distribuir as edificações do complexo de modo a formar níveis de movimentação. Contendo um bloco principal, edificações individuais nos locais onde o terreno não é tão atrativo e coloque-as ao sul de seus espaços externos (preservar jardins ensolarados).

98 Níveis legíveis de Circulação/gradiente de intimidade Organize as edificações de maneira que uma pessoa chegue a determinado ponto passando por uma sequência hierarquizada de níveis espaciais, cada um marcado por um nível, uma demarcação de entrada e o nível espacial seguinte.

138 Dormir para o Leste As partes da casa nas quais as pessoas dormem devem estar orientadas para o leste, de modo que elas acordem com o sol e a luz natural. Isso geralmente significa que a zona intima deve estar no lado leste da casa, embora ela também possa estar no lado oeste, desde que haja um pátio interno ou terraço a leste.

145 Depósito para objetos volumosos

108 Edificações Conectadas entre sí Sempre que possível, conecte sua edificação com as demais edificações que a circundam. Não faça afastamentos entre as edificações; em vez disso, tente configurar as novas edificações como continuação das preexistentes.

1308 Ambiente de Entrada Projete um recinto com pouo mobiliário que demarque a entrada e defina o limite entre o interior e o exterior, ocupando tanto, parte do espaço interno como do externo. A parte interna será um hall de entrada ou até uma pequena sala de estar.

171 Espaços configurados por árvores Plantar as árvores de acordo com a própria natureza delas, configurando espaços protegidos, alamedas, praças, arvoredos e árvores frondosas soltas mais ou menos no centro dos espaços abertos. Além disso, projete as edificações próximas como uma resposta às árvores, de modo que as próprias árvores, assim como as árvores em conjunto com as edificações, formem lugares que possam ser utilizados pelas pessoas.

1740Passeio com pérgola verde Sempre que os passeios precisarem de alguma forma de proteção especial ou de mais intimidade, contruir uma pérgola e cubra-a com trepadeiras. Use a pérgola para ajudar a configurar os espaços externos em ambos os lados do passeio.

Não relegar as áreas de depósito de objetos volumosos para o fim de um projeto nem se esquecer delas. Prever um ambiente na edificação para servir de depósito – sua área deve ser pelo menos 15 ou 20% da área total da edificação – não projetar uma área inferior. Posicionar esse depósito em algum local da edificação que seja mais barato do que os demais ambientes, porque, evidentemente, ele não precisará de acabamentos.

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PRIMEIRAS visitas: 13/08 e 17/11/2016

Em Agosto e Novembro de 2016, foram realizadas as primeiras visitas à Cooperativa ‘100 Dimensão’. Durante esses primeiros contatos, foi possível entender um pouco melhor a demanda existente e a realidade dos cooperados que dedicaram suas vidas ao exercício da reciclagem, e que enxergam nela a solução para inúmeros problemas que a sociedade enfrenta, hoje, com a produção desenfreada de resíduos. Durante o segundo semestre de 2016, foi desenvolvido um trabalho para a disciplina de “Ensaio teórico” da Universidade de Brasília, onde questões como políticas públicas, direito a moradia e sustentabilidade voltadas ao ramo da reciclagem foram aprofundadas. Essa pesquisa serviu de base para o desenvolvimento desse projeto de conclusão de curso. Na foto, da esquerda para a direita ___(filho de Sônia), Cassiano e a esposa _____ (parceiros da comunidade), Alex, Sônia, Liza, Glau (e filho) e Gabriela (autora).

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PEÇAS-CHAVES GLAU ALEX SANDRA

DOMINGAS CASSIANO(ONG)

SÔNIA

PEDRO

PEDRO ÁUREA GEORGE

(AUDIOVISUAL)

RAIMUNDO

LUÍZA

ENIVALDO E CARMEM 45


CRONOGRAMA

JUNHO

ABRIL MARÇO 46

MAIO

JULHO


OBJETIVOS

RESULTADOS

OUTUBRO

AGOSTO SETEMBRO

NOVEMBRO 47


06/03/2017 - ATIVIDADE 1

Em Março de 2017, foi entregue a comunidade a versão impressa do trabalho de ensaio teórico desenvolvida no segundo período de 2016, bem como um folder contendo o cronograma sobre as próximas visitas que ocorreriam durante o semestre. O caderno produzido durante o primeiro semestre de 2016 foi entregue a líder da cooperativa, Sonia Maria na visita do dia 28 de março. O intuito de entregar uma versão desse trabalho desenvolvido, foi de abrir um diálogo com a comunidade, afim de confirmar os dados que foram apurados no semestre anterior, bem como dar-lhes algum tipo de instrumento teórico, caso viessem a precisar.

OBJETIVO: abrir diálogo com a comunidade RESULTADOS: traçar um cronograma de atividades à serem desenvolvidas

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18/04/2017 - ATIVIDADE 2

Em Abril de 2017, foi realizada a apresentação da pesquisa entregue a comunidade em Março. Apresentação de slides em caráter introdutório sobre temas relacionados à repertório, sustentabilidade e políticas públicas voltados ao setor da reciclagem. Após a apresentação houve um momento de perguntas e por fim um lanche comunitário. OBJETIVO: divulgar o trabalho, convidar as pessoas para o processo participativo

17/05/2017 - ATIVIDADE 3

De acordo com o material entregue à comunidade, os cooperados ressaltaram algumas correções técnicas a respeito do funcionamento da cooperativa e sobre suas futuras pretensões. Tendo em mente que a cooperativa funciona com o apoio de inúmeras parcerias, uma reunião com essas diferentes partes foi importante para delinear melhor o trajeto possível a ser seguido, de acordo com as normas locais de construção e compromissos com as parcerias. Para essa reunião estiveram presentes: o engenheiro e o advoga parceiros da comunidade, o coolaborador Cassiano.

OBJETIVO: discutir as reais possibilidades e obstáculols do centro sustentável

RESULTADOS: definir o programa de necessidades de acordo com o que é permitido pelo estatuto da cooperativa

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15/05/2017 - ATIVIDADE 4

Em Maio, foi aplicado um questionário à alguns dos cooperados, com o intuito de entender as questões sociais, econômicas e culturais em que estão inseridos, bem como as anseios para o novo espaço sustentável. A partir dessa coleta de dados, foi mais fácil traçar o perfil da cooperativa atualmente e fazer um panorama geral da situação, ressaltando os potenciais e dificuldades enfrentadas. Os questionários foram aplicados pessoalmente, em duas terças-feiras (15/05/17 e 17/05/17).

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OBJETIVO: divulgar o trabalho, conhecer as famílias, conseguir informações sobre a cooperativa, conhecer a opinião das famílias sobre a cooperativa RESULTADOS: levantamento social, econômico, cultural e ambiental


TEMPO NA COMUNIDADE

TAMANHO DO GALPÃO (ALOJAMENTO): DEVERIA SER AMPLIADO PARA MAIS FAMÍLIAS. MELHORAR ORGANIZAÇÃO. MEIO APERTADO, MAS CABE. PEQUENO, PODERIA SER MAIOR. SIM, PORQUE É PROVISÓRIO. SIM. É UM GALPÃO GRANDE SÓ PRECISA DE UMA DIVISÃO MELHOR A maioria dos cooperados preferiu equipamentos como cozinha, banheiro individuais. E área de serviço e lavanderia comunitárias, além de áreas de lazer.

MATERIAIS QUE GOSTARIAM:

ALVENARIA COMUM (TIJOLO E CIMENTO) E S TRU T U RA METÁLICA E S TRU T U RA DE BAMBU A

D

O

B

ACESSO A INFRAESTRUTURA: TUDO FÁCIL E PERTO. ATENDIMENTO DE SAÚDE RUIM. POUCO LONGE (DENTRO DA CIDADE). NÃO. POSTO DE SAÚDE (IR LÁ NA ENTRADA DO RIACHO FUNDO I). SÃO LONGES, MERCADO NÃO COMPORTA. NÃO, FALTA TUDO.

RECICLAGEM DE SUCATA,ELETRÔNICO E SEPARAÇÃO DE TUDO, LIMPEZA, HORTA, COMO FUNDADOR, HÁ SEM- PRE A PREOCUPAÇÃO DE FAZER TUDO, DOCUMENTA- ÇÃO, ARTESANATO EM PNEUS + HORTA, FAÇO TUDO DE FAXINA A ADMINISTRA- ÇO, COZINHEIRA E SEPARAÇÃO DE LIXO

VERÃO

A estação do ano que mais causa desconforto de acordo com o questionário aplicado foi o verão, por conta do calor excessivo dentro da cooperativa.

VENTILADOR

foi votado como a opção mais utilizada entre os cooperados para diminuir o desconforto.

PORCENTAGEM

DA

GASTO

ALIMENTAÇÃO:

COM

RENDA

E

ESTRUTURA DE MADEIRA

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06/2017

Durante o mês de Junho, foi feita a análise dos dados colhidos com a cooperativa afim de definir padrões (Alexander e Andrade) que melhor atendessem as situações, desafios e potenciais encontrados. Croquis foram realizados afim de ilustrar melhor as ideias dos autores para futuras dinâmicas com a comunidade.

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23/07/2017

Como dito no início desse trabalho, encontrar as plantas arquitetônicas dos galpões foi uma árdua tarefa, tendo em vista que o responsável pelos projetos faleceu e não foi encontrado nenhum arquivo nem na administração do Riacho Fundo II, nem SEGETH e nem Terracap. O que acabou ocasionando num atraso das etapas, tendo em vista que o levantamento teve que ter sido feito in loco. Durante o período de recesso universitário, então, com o auxílio do cooperado Alex do ‘100 Dimensão’ (na foto ao lado com o filho), foi realizada a medição dos galpões. OBJETIVO: levantamento do espaço físico RESULTADOS: plantas e cortes da edificação

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08/2017

Foi feito o desenho técnico do levantamento realizado em Julho e confeccionado um modelo tridimensional para explicar melhor os padrões definidos aos cooperados. Juntamente com o modelo reduzido, foram produzidas fichas contendo os padrões escolhidos e fichas contendos referências de projetos e materiais relevantes para o caso da cooperativa ‘100 dimensão’.

PLANTAS BAIXAS

MODELOS REDUZIDOS

FICHAS -PADRÕES

FICHAS - REFERÊNCIAS

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07/09/2017 - atividade 5

Com os materiais produzidos a partir do levantamento e do estudo dos padrões, foi realizado uma dinâmica com alguns dos cooperados. A dinâmica consistia em lhes apresentar os padrões e referências de projetos e pedir para que pudessem desenhar ou posicionar os padrões que achavam relevantes nas plantas e modelos reduzidos. Para essa atividade, foram divididos dois grupos, que depois trocaram seus materiais e discutiram as ideias que tiveram em concenso.

OBJETIVO: estimular a discussão do espaço, avaliação dos padrões pré-definidos, criação de novos padrões RESULTADOS: avaliação dos padroes apresentados e novos padrões

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Dentre os 12 padrões apresentados, todos foram julgados relevantes ao projeto. Não houve padrão considerado descartável, entretanto, as pessoas ali presente julgaram ser necessário a criação de mais alguns. Seguem as sugestões:

1 Aberturas para ventilação Durante a atividade, foi percebido a necessidade da criação de lajes no interior dos galpões e a preocupação com a ventilação e luminosidade ficou evidente, a criação de aberturas foi uma solução encontrada por muitos deles.

2 Esquina verde A cooperativa conta hoje com um container, que está sendo utilizado como depóstio, uma ideia que os cooperados possuem é de transformar esse container em uma mini lojinha de produtos naturais produzidos na cooperativa.

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3 Paredes/Teto verde DOutro padrão citado pelos cooperados, considerado como importante, seria a criação de paredes e coberturas verdes, que passassem o mais claro possível a imagem do centro sustentável quer adotar.5

4 Anfiteatro/Cinema ao ar livre Como o centro sustentável tem a premissa de ser um lugar que irá receber pessoas, atividades e eventos culturais, as pessoas presentes julgaram importante criar um espaço que abrigasse esses eventos.

5 Hortas O grupo destacou a real necessidade da plantação de hortaliças, bem como a condição que tem de não poder construir em baixo dos postes existentes no limite do terreno. A plantação seria então uma forma de potencilaizar o terreno existente.


07/09/2017 - atividade 5

Nessa atividade, o foco foi o espaço externo. Sabendo que grande área da cooperativa já está sendo utilizada para a plantação de hortaliças, o intuito dessa dinâmica foi estimular a discussão sobre como poderia ser configurado o ambiente exterior. Para isso, foram levados massa de modelar e plantas baixas do terreno para que os cooperados pudessem ter mais liberdade de ilustrar o zoneamento que gostariam para o centro sustentável.

OBJETIVO: estimular a discussão do espaço, zoneamento, avaliação dos padrões pré-definidos, criação de novos padrões RESULTADOS: zoneamento do espaço externo, criação de padrões voltados à permacultura

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1 Anexo - audiovisual Foi citado a importância da inserção da bioconstrução no projeto. E uma ideia dada, foi utilizá-la na construção de um anexo para abrigar as atividades de produção audiovisual que integrará futuramente a alimentação da plataforma online deles.

2 Flores Como a área que apenas abriga plantações, eles acharam interessante dedicar parte dela ao cultivo de flores, que poderiam, inclusive, ser comercializadas depois.

3 Sisteminha embrapa O sisteminha embrapa, conhecido previamente por eles, abrange uma gama de práticas sustentáveis de agricultura em menor escala. Contando com produção de ovos, frango para abate, produção de adubo, compostagem, sementeira, criação de peixe, que estão interligados de uma maneira lógica de produção.

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Estacionamento ônibus estufa Anexo - Audiovisual Galinheiro Tanque para peixes Horta Árvores frutíferas flores

4 Estufa Como o centro sustentável irá abrigar práticas de ensino, eles julgaram importante possuir uma estufa para além de ser útil na integração com as outras práticas permaculturais, poder ser uma estrutura de ensino prático aos alunos.

5 Filtragem água/reserva água chuva Os usuários também julgaram importante possuir um modo natural de filtragem da água, de forma que pudesse ser reaproveitada no centro.

6 Energia solar O grupo destacou a importância dos potenciais de produção por meio de energias naturais, a utilização de placas fotovoltaicas, foi votada como um padrão importante.


21/10/2017 - atividade 6

Depois de apurado o resultado de todas as 5 atividades desenvolvidas anteriormente, foi desenvolvido duas propostas iniciais que buscassem atender as expectativas dos cooperados. Uma mais de acordo com a realidade e outra mais utópica, afim de identificar o que os agradaria mais. Para essa atividade, a orientadora Liza Andrade também esteve presente, foi feita uma apresentação em slides, espaço aberto para perguntas e discussão e por fim foi realizado um lanche coletivo.

OBJETIVO: demonstrar o resultado das atividades anteriores, propor opções para o ambiente, abrir a gama de possibilidades para o espaço. RESULTADOS: escolha do projeto preferido para dar prosseguimento. PROJETO 2

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PROJETO 1

PROJETO 2

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21/10/2017 - atividade 6

Depois de apurado o resultado de todas as 5 atividades desenvolvidas anteriormente, foi desenvolvido duas propostas iniciais que buscassem atender as expectativas dos cooperados. Uma mais de acordo com a realidade e outra mais utópica, afim de identificar o que os agradaria mais. Para essa atividade, a orientadora Liza Andrade também esteve presente, foi feita uma apresentação em slides, espaço aberto para perguntas e discussão e por fim foi realizado um lanche coletivo.

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OBJETIVO: demonstrar o resultado das atividades anteriores, propor opções para o ambiente, abrir a gama de possibilidades para o espaço. RESULTADOS: escolha do projeto preferido para dar prosseguimento


ANTES DEPOIS

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1950

1960

O terreno em que será criado o novo espaço de aprendizagem ambiental fica localizado no Centro-Oeste brasileiro, na porção sudeste do Distrito Federal, ao longo da DF-001, ou Estrada Parque Contorno (EPCT), em sua margem leste. Divide-se com a região administrativa do Riacho Fundo pelo córrego Riacho Fundo, corpo d’água que deságua no lago Paranoá. Em 1990, por iniciativa do Governo do Distrito Federal, foi instituído um programa de assentamento habitacional para erradicar as invasões. Como parte desse programa, a granja Riacho Fundo II foi loteada, transferindo para lá as famílias cadastradas, moradores de invasão do Bairro Telebrasília e de outras localidades. O nome Riacho Fundo II originou-se da granja do mesmo nome, localizada à margem do Ribeirão Riacho Fundo II, criada logo após a inauguração de Brasília onde já havia uma vila residencial para os funcionários. Em 15 de dezembro de 1993, com a promulgação da Lei nº 620 e o Decreto nº15.514/94, a área que antes pertencia à Região Administrativa do Núcleo Bandeirante foi desmembrada e se transformou na RA XXI do Distrito Federal. A área urbana da Região Administrativa do Riacho Fundo II hoje está dividida no antigo bairro transferido da Telebrasília (atual QN 01) e formada também pelas Quadras Sul (QS); Quadras Norte (QN); Área Central (AC) e Setor de Oficina e Pequenas Indústrias (QOF). (PDAD, 2015). O Riacho Fundo II tem uma população urbana estimada, para 2015, em 51.709 habitantes.

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1980

2010


Conforme levantamento dos residentes na RA XVII, 51,93% do contingente populacional é nascido no Distrito Federal, enquanto 48,08% são constituídos por imigrantes. Deste total, 62,88% são naturais do Nordeste; 17,91% do Sudeste, 13,78% do Centro-Oeste (menos DF). Em relação à origem por estados, Minas Gerais é o mais representativo, 14,16%, seguido pelo Piauí, 14,03%, Goiás e Maranhão, 13% Segundo os dados da PDAD 2015, a população urbana estimada do Riacho Fundo II é de 51.709 habitantes. No ano de 2013, era de 39.424 que, ao comparar com a PDAD de 2015, tem-se uma Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual – TMGCA, no período, de 14,53%. Do total de habitantes da RA do Riacho Fundo II, cerca de 48% estão na faixa etária de 25 a 59 anos e os idosos, acima de 60 anos, são 11,34%. A população de zero a 14 anos totaliza 21,69% A maioria da população é constituída por pessoas do sexo feminino, 51,92%. A prevalência dos solteiros, 42,41%, seguidos pelos casados, 29,41%. %. Destaca-se, ainda, que 19,61% têm união estável. As demais formas de união são menos representativas

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ESTAÇÃO DE METRÔ 100 DIMENSÃO

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100 DIMENSÃO ESCOLA

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100 DIMENSÃO POSTO POLICIAL POSTO DE SAÚDE QUADRA DE ESPORTE PEC

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HIERÁRQUIA VIÁRIA

LUOS

A LUOS é instrumento complementar do PDOT e como tal deve estar compatibilizada com o Plano Diretor. Os parâmetros de uso e ocupação definidos para cada localidade devem refletir as proposições do PDOT contidas nas suas estratégias de ordenamento territorial (de dinamização, revitalização, estruturação viária e polos multifuncionais).

RE - Residencial Exclusivo RO - Residencial Obrigatório CSIIR NO - Comercial, Prestação de Serviços, Institucional, Industrial e Residencial Não Obrigatório CSIIR - Comercial, Prestação de Serviços, Institucional, Industrial e Residencial CSII- Comercial, Prestação de Serviços, Institucional e Industrial CSIInd - Comercial, Prestação de Serviços, Institucional e Industrial Não Obrigatório EP - Equipamentos Públicos INST - Institucional PAC - Posto de Abastecimento de Combustíveis

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LINHA DO TEMPO

2002 2002

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2008 2008

2010

2010


0

0

2011

2011

2012

2012

2013 2013

2014

2014

Dentre os locais em que a cooperativa atuou de acordo com o relatório, estão a Presidência da República, Casa Park, Supremo Tribunal Federal, Sebrae Nacional, Hospital Daher, Universidade Católica de Brasília, Câmara Legislativa e Ministério da Cultura. Após o lixo ter sido recolhido, ele costumava a ser encaminhado para um dos galpões construídos, de 820m² onde era separado para a reciclagem do produto primário e comercializado para diversas empresas. Em 2008, quando foi realizado esse levantamento a cooperativa produzia cerca de 100 toneladas a cada mês. A primeira sede da 100 Dimensão funcionou em galpão cedido para Associação dos Micro e Pequenos Empresários, instalado no Riacho Fundo II. A cooperativa contava com 50 famílias que permaneceram até 2003, quando ganhou um lote para a construção da nova sede. O Sindicato da Construção Civil de Brasília (Sinduscon) doou dois galpões de 200m². E com apoio de outras instituições se conseguiu máquinas, equipamentos, cursos de capacitação, terrenos entre outros. A cooperativa foi se diversificando através de ações que promoviam projetos interligados entre si e que também incluíam cultura, educação e capacitação profissional. Tendo como orientação a consciência ecológica e a preservação do meio ambiente.

2015 2015

2016 2016

Entretanto, a separação das funções de moradia e trabalho, modelo antes praticado por eles demonstrava alguns inconvenientes. Como por exemplo, o espaço destinado apenas às práticas de trabalho, fatores como deslocamento de todas as famílias até o local, o custo de arrendamento de moradias de cada família individualmente e sobretudo o espaço de trabalho que permanecia vazio durante a noite, propiciava o uso de drogas, álcool e local para prostituição durante o período noturno, no qual a cooperativa permanecia vazia. A decisão de unir as práticas de trabalho e moradia em um mesmo ambiente, além de reduzir os custos, fez com que a sensação de comunidade e segurança aflorasse. O ambiente não se encontraria mais obsoleto durante o período noturno, não sendo mais necessário a contratação de um vigia noturno e a relação de cuidado e apreço com o espaço também seria reforçada. Entretanto, para que essa ambição fosse viabilizada, foi necessário reaver o objetivo principal da cooperativa, visto que o foco de trabalho anterior não articulava com os novos anseios e necessidades do grupo. A ideia de reciclagem de apenas resíduos sólidos foi então substituída pela ideia da criação de um centro sustentável.

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CONDICIONANTES NO - Predominância: FEV - OUT Vmédia: 5m/s

NE - Predominância: FEV - OUT Vmédia: 3m/s

NO - Predominância: MAR- SET Vmédia: 3,25m/s

N

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2

3

1 4

6 5

N

VISUAIS

1

2

3

4

5

6

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A Cooperativa 100 DIMENSÃO vem construindo uma trajetória de transformação e mudança na vida de seus cooperados e da comuidade, estabelecendo-se como um ator do terceiro setor com uma forte atuação no viés ambiental e social, legítimo representante dos interesses dos excluídos, daqueles que transitam na sociedade, sem serem percebidos. O histórico desse empreendimento remonta ao fim dos anos 90.

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SITUAÇÃO 1:500


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LEVANTAMENTO

A

A

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CORTE AA

0.00


ALOJAMENTOS SÔNIA (10) DOMINGAS(6) IDI(1) ALEX(7) PATRÍCIA(4) GLAU(3) LU(3) JOÃO(1) JORGE(1) CARMEM(2) EDSON(1) PENINHA(1)

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O primeiro galpão hoje em dia compreende os alojamentos dos cooperados. O galpão conta com 20x30m e possui algumas divisórias de alvenaria, entretanto a grande maioria das divisórias se dá por improvisações, não garantindo a privacidade dos cooperados.

FACHADA COZINHA

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ÁREA COMUM ALOJAMENTO (13/08/16)

BANHEIRO


CORREDOR ACESSO (13/08/16)

ALOJAMENTO

CORREDOR ACESSO (17/11/16)

DIVISÃO

ALOJAMENTO (MEZANINO)

ALOJAMENTO (MEZANINO)

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O segundo galpão abriga hoje o depósito de material de eletro-eletrônico no qual é realizado o processo de reciclagem.

FACHADA

INTERIOR (13/08/16)

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INTERIOR (07/09/17)


O terceiro galpão em sí, fica ocupado com o serviço de triagem e reciclagem dos materiais de eletro-eletrônico e a realização de outras funções, como artesanato e trabalhos manuais relacionados à horta e espaço externo.

FACHADA

ACESSO 2º-3º GALPÃO

INTERIOR

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(17/11/16) (17/11/16)

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(07/09/17) (07/09/17)

ENTRADA ALOJAMENTOS


MATERIAIS

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ENTRADA - ESTACIONAMENTO 92

A paginação de piso com a utilização da pedra portuguesa se dá pelo fato de dar flexibilidade ao espaço, podendo converter o estacionamento em um local para eventos culturais, entre outros usos.


FACHADA - RUA LOCAL

FACHADA LATERAL

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SITUAÇÃO

ZONEAMENTO ALOJAMENTO ATIVIDADES AÚDIO-VISUAL

FLUXO VERTICAL ESCADA ELEVADOR

ACESSOS MISTO USUÁRIOS COOPERADOS

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PROGRAMA DE NECESSIDADES

GALPÃO 1 Coluna1 Coluna2 Lavanderia 17.88 m² Apartamentos 550.00m² área convivio 132.46 m²

GALPÃO 3 AMBIENTE ÁREA Administrativo 50.18 m² Reciclagem Móve 26.36 m² Reunião 29.84 m² Eletro/eletrônico 37.22 m² Estúdio 21.01 m² Escritório 21.62 m² Café 21.82 m² Cozinha/Sala func22.17 m² Vocal 15.93 m² Controle 13.06 m² Recepção 13.30 m² Lounge 13.46 m² Escritório 13.50 m² Depósito 37.28 m² Estoque 10.34 m² Recepção 9.33 m² DML 4.78 m² Elevador 3.63 m² WC fem 3.74 m² WC masc 4.16 m² WC Feminino 11.21 m² WC PNE 3.56 m² PNE 3.52 m²

PERMACULTURA AMBIENTE ÁREA Incubação 2.10 m² Cria 2.10 m² Postura 3.41 m² Recria 3.41 m² Pasto 11.55 m² Pasto 11.55 m² Pasto 15.00 m² Pasto 15.00 m² Galinheiro - ovos 14.82 m² Engorda 14.82 m² Artes Marciais 52.69 m²

GALPÃO 2 AMBIENTE ÁREA Hall 38.93 m² Laboratório 39.39 m² Laboratório 39.39 m² Biblioteca 40.53 m² Cozinha 43.05 m² Estufa 21.13 m² Ateliê 79.80 m² Sala 1 39.38 m² Sala 2 61.18 m² Sala 3 65.38 m² Sala 4 67.16 m² Sala 5 52.73 m² Loja 24.78 m² Loja 31.31 m² Midioteca 33.91 m² Culinária 60.87 m² Biblioteca 92.01 m² Jardim 101.99 m² COPA 7.43 m² Bicicletário 9.00 m² Recepção 9.06 m² Loja 9.36 m² Freezer 2.11 m² Lavabo 2.23 m² WC Fem. 11.08 m² WC PNE 7.25 m² WC PNE 5.23 m² WC PNE 5.00 m²

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PADRÕES

PADRÕES ANTES DAS DINÂMICAS

PADRÕES DEPOIS DAS DINÂMICAS

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SUSTENTABILIDADE

CAIXA D’ÁGUA SUPERIOR INFERIOR CHUVA

SHEDS Os sheds além de facilitarem a passagem de iluminação natural, servem também para ajudar na ventilação do ambiente interior, tendo em vista que a temperatura em sua superfície faz com o que o calor transite.

POMAR Árvores frutíferas além de produzir alimento, serão plantadas no limite do lote na intenção de ajudar no microclima, fazendo o sombramento de parte da edificação. COMPOSTEIRA Destino final: todo o resíduo produzido pelas galinhas, codornas, peixes. Todo o material de folhagem de varredura, parte orgânica vai sendo acumulado. O composto é realizado em camadas, primeiramente faz a colocação da palhada, a colocação dos resíduos, dos estercos 15 dias depois vira esse monte e inicia outro, 15 dias depois vira esse monte e inicia outro = três estágios de diferença entre os compostos (composto pronto, composto na fase intermediária e composto na fase final). A plantação de bananeiras em volta, potencializa esse processo.

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COBERTURA

SOL/VENTO

TELHADO VERDE

ÚMIDO SECO

FRANGO DE CORTE Tempo: a cada 10 dias 30º dia pode se comer um frango por dia com peso de 1,2kg -2,5kg O resíduo que também é formado da palhada com as fezes dos animais também é destinado a compostagem e logo depois no humus que vai ser utilizado na adubação das plantas

PRODUÇÃO DE OVOS área: 80m² (separados em 4 pastinhos) capim: da grama tifton Tempo: revezados pelas galinhas, a cada semana Portinhas de acesso nas celas, utilizam apenas um pastinho enquanto os outros três descansam

JARDIM INVERNO

PLACA SOLAR

HUMUS DE MINHOCA Reutilizando o resíduo proveniente dos galinheiros e folhas secas das plantações, as minhocas vão trabalhar transformando no final o humus, que será utilizado no plantio das diversas olerícolas que vão ser cultivadas

ESTUFA As estufas são utilizadas com o objetivo do melhor desenvolvimento da planta, uma vez que, ela oferece proteção aos ataques externos. Assim, a função da estufa é proteger as plantas que são condicionadas em seu interior, mantendo as melhores condições para o perfeito desenvolvimento do cultivo. Servindo para abrigar sementeiras também.

BIORREMEDIAÇÃO Tanques sequenciais fazem a filtragem da água proveniente das torneiras da cozinha.

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AMBIENTE EXTERNO

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Anfiteatro/cinema EXTERNO

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GERAL

A

A’

TÉRREO

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C’ B’

D’ A

A’

2º PAVIMENTO

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GALPÃO 1 - ALOJAMENTO

TÉRREO

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2º PAVIMENTO

1

5

10


COBERTURA VERDE - AMBIENTE DE CONVIVÊNCIA

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GALPÃO 2 E 3 - ATIVIDADES

TÉRREO

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O projeto tentou passar o máximo possível a identidade do projeto. O mobiliário e materiais utilizados são em sua maioria provenientes do trabalho de reciclagem e reaproveitamento, deixando desde a primeira impressão as possibilidades que a reciclagem pode proporcionar.

RECEPÇÃO

A flexibilidade é destacada no espaço multiuso, no qual possui divisórias móveis que podem ser recolhidas, ampliando o espaço para diversas funções. As cadeiras são móveis, de forma a atender diferentes configurações.

MULTIUSO 107


GALPร O 2 E 3 - ATIVIDADES

2ยบ PAVIMENTO

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JARDIM DE INVERNO

BIBLIOTECA 109


COBERTURA 7,0m 1ยบ PAVIMENTO 3,5m

Tร RREO 0,0M

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COBERTURA 7,0m 1º PAVIMENTO 3,5m TÉRREO 0,0M

COBERTURA 7,0m 1º PAVIMENTO 3,5m TÉRREO 0,0M

COBERTURA 7,0m 1º PAVIMENTO 3,5m TÉRREO 0,0M

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ESTRUTURA Como o projeto atual, conta com a estrutura de três galpões, para a implantação do projeto de revitalização será necessário o acréscimo de novos pilares, posicionados em sua maioria no ambiente interno para sustentar as estruturas das lajes e coberturas. Tendo em vista que o intuito do projeto sejá o de maior reaproveitamento possível, nenhum pilar será retirado, apenas reforços estruturais e posicionamento de novas estruturas. A planta a seguir é um esquema sobre como ficaram dispostos os pilares.

PILARES EXISTENTES

DETALHE BLOCO FUNDAÇÃO

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FUNDAÇÃO CONCRETO ARMADO TAIPA AÇO

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LISTA DE FIGURAS

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