Por Gabriela Pancher
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O procurador da harmonia Desde criança Rossini se dedica ao violão; apresentações, no entanto, só em casa Aos 13 anos, Rossini Lopes Jota, procurador de Justiça do estado de São Paulo, começou a arranhar algumas músicas no violão, incentivado pelo irmão mais velho, Carlos, que já era músico profissional e membro de uma banda. As primeiras músicas executadas por Rossini eram desse “conjunto”, como se dizia na época.
Foto: Arquivo pessoal
E era tudo tocado de ouvido. Somente três anos depois das primeiras dedilhadas, Rossini entrou em contato com a teoria musical, graças a Enzo, professor de violão erudito que, ao vê-lo tocando na escola, ofereceulhe uma bolsa de estudos gratuita. “Passei a estudar violão de verdade, com teoria musical. Ingressei na fase erudita e de músicas mais elaboradas, como choros.” O procurador confessa que “embora tenha conservado um pouco da técnica, não posso dizer mais que toco música erudita”. Passou a dedicar-se à música popular, o mesmo estilo de seus compositores e intérpretes favoritos, como Cartola, Paulinho da Viola, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
No repertório estão os compositores preferidos, como Cartola e Paulinho da Viola.
O espaço reservado em sua agenda para tocar violão atualmente é limitado, duas a três vezes por semana, e somente para con-
sumo interno, longe de apresentações em público. Ele diz que já participou de muitos saraus, mas não chegou a fazer nenhuma serenata, “por falta de janelas”. Rossini ressalta que nunca pensou em ser músico profissional como o irmão, cuja carreira nos palcos não foi muito longe. O que fica claro é que o gosto pela música acompanha a família, pois Gabriel, filho de Rossini, também se arrisca nas notas musicais. Haja harmonia! Natural de Natal, capital do Rio Grande do Norte, ele morou ainda na cidade de Parnamirim – região metropolitana, a 12 quilômetros de Natal, – até os dois anos de idade, quando o pai, oficial da Aeronáutica, foi transferido para São Paulo. Aos 27 anos, Rossini Lopes Jota se formou em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na turma de 1984. Em 1987, ele ingressou no Ministério Público e, em 11 de novembro de 2009, tomou posse solene como procurador de Justiça, em cerimônia realizada pela Procuradoria Geral de Justiça e o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça de São Paulo no Auditório Simon Bolívar da Fundação Memorial da América Latina.
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