Projeto ambiental e arqueologia da Paisagem como instrumentos do planejamento para cidades inteligentes
Profa . Dra. Saide KAHTOUNI Piedade, SP 10 DE JULHO, 2019
SINGAPURA
contextualização DÉCADA DE 60 METABOLISMO URBANO https://www.youtube.com/watch?v=ky_x63U57nA
Grupo Archigram - Arquitetos Década de 60
A VISÃO PIONEIRA DO METABOLISMO URBANO
PLUG IN CITY , Peter Cook, 1964 Softwares : as unidades arquitetônicas, que no caso são móveis e intercambiáveis. Hardware: a estrutura fixa da cidade, o suporte de apoio onde são conectadas as unidades arquitetônicas.
1977
Visão sistêmica e ecossistêmica da cidade
Conceito de entropia
1997
Modelos Rogers, et alli METABOLISMO URBANO EO CONFLITO DE MODELOS Linear x Circular Década de 90 , século XX
Modelo ONU adotado pelo IPT
A QUESTÃO AMBIENTAL E A VISÃO DA SUSTENTABILIDADE URBANA
Movimento ambientalista no mundo e no Brasil ( Década de 70 ) como novo “input”. Sobre: Empresas ou Organizações (Burocráticas) que reúnem características dos vários estágios da teoria administrativa. Novos conceitos – novos paradigmas
Paisagem urbana – um conceito contemporâneo como objeto da ação da organização governamental, principalmente na escala local. ORGANIZAÇÕES OPACAS PRODUZEM X ORGANIZAÇÕES TRANSPARENTES PRODUZEM PAISAGENS OPACAS X PAISAGENS TRANSPARENTES É preciso adotar a visão sistêmica nas ações, mesmo que pequenas e aparentemente isoladas.
A QUESTÃO AMBIENTAL X SUSTENTABILIDADE .
LINHAS DE CONDUÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL
Manejo dos Recursos Naturais
Controle da Poluição
Planejamento Territorial
Gestão Integrada
1934
1954
1974
1981..........
- Código de Águas - Código Florestal - Código de Mineração - Código de Pesca - Criação de parques e áreas protegidas - Proteção do patrimônio histórico e artístico nacional - Estatuto da Terra
- Normas Gerais sobre Defesa e Proteção da Saúde - Política Nacional de Saúde -Política Nacional de Saneamento - Código Nacional de trânsito - Controle da poluição por atividades industriais - Responsabilidade Civil em danos por poluição por petróleo
- Áreas Críticas de Poluição (II PND) - Parcelamento do Solo Urbano - Zoneamento Industrial nas áreas críticas de poluição - Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental -Criação da Cetesb em São Paulo
- Abertura política - Política Nacional de Meio Ambiente -- SISNAMA -Implantação das Politicas e sistemas de fiscalização -Legislação Ambiental
No contexto Global: Década de 80 Percepção e divulgação da escala planetária dos efeitos ambientais (camada de ozônio, efeito estufa, florestas tropicais, acidentes nucleares, contaminações em larga escala, etc. 1987 –- Relatório Brundtland/ ONU: Nosso Futuro Comum Inter-relações entre a ecologia, o desenvolvimento econômico, as relações internacionais, direitos das comunidades tradicionais e justiça social tornam-se nítidas. 1988 – Constituição Federal no Brasil
Países Centrais x Periféricos (3° Mundo) Década de 90: 1992. Segunda Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Eco 92 – Rio de Janeiro; Expectativa de reordenação da utilização em escala mundial da estrutura de poder da utilização dos recursos naturais do planeta; Estabelecimento de mecanismo de combate a degradação ambiental em todo o mundo; aplicação do conceito de sustentabilidade
TECNOLOGIAS NAS CIDADES INTELIGENTES
ECOSSISTEMAS DIGITAIS ( Alves, 2014) Por causa da presença ubíqua da web vivemos em um ambiente dual: ecológico e digital Alterações provocadas pela web: Economia conectada fisicamente para economia em rede Comportamento das pessoas e das organizações Redes colaborativas, dinâmicas e abertas Sociedade da informação => “ecossistema digital”
Transição de ecossistemas biológicos para ecossistemas de software ecossistemas digitais ecossistemas sociais ecossistemas de conhecimento e auto-organização dos ecossistemas digitais
Ecossistemas Digitais - procumum O procomum é um tipo particular de ordenamento institucional para governar o uso e disposição dos recursos. Sua característica proeminente, que o define em oposição à propriedade, é que nenhuma pessoa individual tem controle exclusivo sobre o uso e disposição de qualquer recurso particular. [Alves]
RELAÇÕES INFORMAIS EM REDE: SISTEMAS COOPERATIVOS E A NOVA SOCIEDADE DIGITAL
O Estado confronta a economia global e as redes digitais “ Em um contexto de diversas mudanças parciais e específicas ligadas à globalização , essas formas de informatização possibilitaram a ascensão de escalas subnacionais, como a cidade global e escalas supranacionais, como os mercados globais, onde antes a escala nacional era dominante”.....
A cidade global: “ As grandes cidades ao redor do mundo são o terreno onde uma multiplicidade de processos de globalização assume formas concretas e localizadas “.... “ A desnacionalização do espaço urbano e a formação de novas reinvindicações centradas em atores transnacionais e envolvendo a contestação constituem a cidade global como zona de fronteira para um novo tipo de relação. “
Saskia Sassen. 2010
Alterações humanas sobre o ambiente e a paisagem devem ser compreendidas e recuperadas EX. com ênfase para as águas:
Princípios da escassez: - Falta de permeabilidade/ perda de pequenos aquíferos - Eliminação de nascentes e olhos d´água pela urbanização - Desperdício no encaminhamento das águas - Poluição das águas superficiais e subterrâneas - Ocupação inadequada das margens Principios da regeneração: - Permeabilização máxima - Respeito as fontes naturais e sua detecção - Economia e reservação em pequena escala - Tratamentos alternativos e de pequena escala - Parques lineares e respeito as APPS.
PARQUE DO AQUÁRIO Data do projeto: 1996/1997 Local: Itapecerica da Serra / SP Contratante: Secretaria de Estado do Meio Ambiente Contratada: LPK- Avaliações Técnicas, projetos e consultoria ambiental Área total do Parque:77.703 m2 Área total edificada: 520,00 m2 EQUIPE TÉCNICA DE PROJETO: Arq. Saide Kahtouni – Coordenação geral e autoria principal do edifício dos aquários de águas doces e conjunto de espaços livres Arq. Iraci Leme – Colaboração e desenvolvimento do projeto de plantação Arq. Roberto Strauss – projeto geral de programação visual e sinalização CONSULTORES: Profa. Dra. Adyr Balestreri Rodrigues (demandas turísticas) Engs. Agrônomos: Carmem Lúcia Rodrigues, Samuel Ribeiro Giordano Biólogos: Rossana Borioni e Prof. Dr. Wesley Rodrigues da Silva Engenheiro civil e agrimensor: Luiz Felipe Proost de Souza Sociólogos: Prof. Dr. Rubens Adorno e Lourdes da Silva Viana
O parque em 2004
1997 – obras parciais – edificação e pisos da área central
O local antes das obras
Croquis de revisão da autora
P_107: INTERVENTI DI DISINQUINAMENTO DELLA LAGUNA DI VENEZIA Ristrutturazione rete di bonifica tributaria dei collettori Marignana, Deviatore, Piovega di Peseggia,Bacino Pisani, Marocchesa, Tarù in Comune di Venezia, Moglaino Veneto e Scorzè.
CONCEITUAÇÃO TRANSDISCIPLINAR REQUISITOS GERAIS DAS CIDADES INTELIGENTES PROJETO – PLANEJAMENTO - FUNCIONALIDADES TECNOLOGIAS E TÉCNICAS ADEQUADAS NATUREZA DOS LUGARES E SEUS HABITANTES RECONCILIAÇÃO / REGENERAÇÃO / COOPERAÇÃO VISÃO SISTÊMICA E ECOSSISTÊMICA/ CRIAÇÃO DE FACILIDADES E CONFORTO AOS HABITANTES COM MAIOR ECONOMIA NA OPERAÇÃO.
Fonte : RUANO, M.Ecourbanism - sustainable settlements: 60 case studies, GG, 1999
CONECTIVIDADES Parâmetros de Conservação para planejadores do uso do solo
Tabela 6.1
tamanho da área de transição ripária
Largura da Periferia (tamanho da área de transição)
Habitat Adequado
Tamanho do Habitat
Conectividade da área verde
Padrão
mínimo de 20-60% do habitat natural em uma área verde. A variação depende das espécies, dos grupos taxonômicos e da qualidade do habitat
mínimo de 55 hectares. O tamanho do habitat depende da espécies. Planejadores devem consultar biólogos para determinar quais os habitats mais precisam de proteção.
mantenha a conectividade entre as mínimo: 100m. Para a conservação da vida faixas da área verde. A condição do silvestre. Variação: 3-1.600m. O tamanho da entorno imediato, da distância zona de transição depende da espécie, das entre as faixas e do desenho do condições do terreno e da bacia hidrográfica, corredor afeta a capacidade das do uso do solo adjacente, da declividade, da espécies de se dispersar pela área hidrologia e dos objetivos de gestão.
mínimo 230-300m. Os efeitos na periferia em fatores abióticos podem chegar de 8 a 240m. Medidas devem ser tomadas para suavizar os efeitos na periferia do habitat.
Aves
variação sugerida pela bibliografia: 5- variação sugerida pela 80% bibliografia: 1-2.470 hectares
mantenha a conectividade entre as variação sugerida pela bibliografia: 15faixas da área verde 1.600m.
variação sugerida pela bibliografia: 52-690m, dependendo do parâmetro medido
Mamíferos
Variação sugerida pela bibliografia: 6 30% para mamíferos pequenos. variação sugerida pela Mamíferos que possuem grandes bibliografia: 1-2,2 milhões de habitats ou de grande porte exigem hectares habitat adicional
mantenha a conectividade entre as variação sugerida pela bibliografia: variação sugerida pela bibliografia: 30-180m. faixas da área verde 50-900m, para apenas três espécies
Répteis/ Anfíbios
Consulte biólogos locais para informações específicas sobre o terreno
Consulte biólogos locais para mantenha a conectividade entre as informações específicas sobre o variação sugerida pela bibliografia: 30-45m. faixas da área verde terreno
Consulte biólogos locais para informações específicas sobre o terreno
Plantas
Consulte biólogos locais para informações específicas sobre o terreno
variação sugerida pela mantenha a conectividade entre as Consulte biólogos locais para informações bibliografia: 2-100 hectares para faixas da área verde específicas sobre o terreno comunidades arborizadas
Consulte biólogos locais para informações específicas sobre o terreno
Conceitos instrumentais • • • •
Paisagens artificiais Paisagens culturais Paisagens semi-naturais Paisagens degradadas
NAS CIDADES PRÉ-EXISTENTES TEREMOS QUE ATUAR SOBRE A PAISAGEM PRÉ-EXISTENTE E COM OS SEUS HABITANTES CONCEITOS FUNDAMENTAIS da Arqueologia da paisagem e do projeto Ambiental: 1. A HISTÓRIA AMBIENTAL DO SISTEMA URBANO OU URBANO-RURAL ESTÁ ESCRITA EM CAMADAS DA PAISAGEM QUE SE SOBREPOEM NO TEMPO DE ACORDO COM AS AÇÕES ANTRÓPICAS. ELA PODE SER LIDA E DESVENDADA. 2. ESSAS ALTERAÇÕES ANTRÓPICAS ESTÃO VINCULADAS A MOMENTOS TECNOLÓGICOS VIVIDOS COLETIVAMENTE. 3. A INTRODUÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS DEVE RESPEITAR OS AMBIENTES GEOGRÁFICOS E CULTURAIS DAS COMUNIDADES.
Conceitos instrumentais • • • •
Paisagens artificiais Paisagens culturais Paisagens semi-naturais Paisagens degradadas
MODELOS PARA CIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS
Conceito de Cidades Inteligentes a partir do estudo de modelos analíticos 1.
2. 3. 4.
A cidade é mais complexa e mutante matriz de atividades humanas e de seus efeitos e impactos ambientais Alguns vêem as cidades de forma metabólica, conforme diversos estudos, outros as vêem de forma analítica. Adicionando-se a carga informacional dos dias de hoje a visão de redes urbanas se alterou velozmente e a própria visão do URBANO. ( KAHTOUNI, 2006) NECESSÁRIA PASSAGEM DE MODELOS ESTÁTICOS A MODELOS DINÂMICOS.
As cidades inteligentes devem ser consideradas como sistemas complexos sustentáveis Cidades inteligentes nascem do Urbanismo inteligente ou Renascem.... da Gestão inteligente. CONDIÇÕES BÁSICAS: . Infraestrutura de alto desempenho . Projeto integrado
CONDIÇÕES BÁSICAS DA CIDADE INTELIGENTE - minimização dos efeitos ambientais locais, regionais e no planeta - otimização de situação de conforto para os habitantes, considerando os assentamentos urbanos como “habitat humano” - otimização dos sistemas de governança e gestão dos espaços físicos e informacionais - otimização do potencial da paisagem e do ambiente
A visão do projeto como um processo BUSCA DE UM MODELO DINÂMICO A correta interação entre sistemas físicos e informacionais planificados permite a integração entre FORMA E FUNÇÃO na construção ou readequação planejadas de cidades. Desta forma, as questões técnicas não podem ser vistas isoladamente, mas tem que ser confrontadas com as demandas sócio-ambientais e associadas a otimização da comunicabilidade e participação dos cidadãos. Os projetos devem cada vez mais ser construídos a partir de balanceamentos e feed-backs considerados na concepção dos mesmos e também verificados na sua utilização.
MODELO DE GESTÃO PARA CIDADES INTELIGENTES – Não linear Kahtouni, Saide (2018) DEMANDAS SÓCIOAMBIENTAIS
(Superestrutura, infraestrutura e remediação) NBR 16.636-3 Projeto Urbanístico (em fase de conclusão)
CIDADE INTELIGENTE (CENTRO GESTOR)
CONSTRUÇÃO REABILITAÇÃO
PAISAGEM CONSTRUÍDA
IMPLANTAÇÃO
PROJETOS TÉCNICOS
DOCUMENTOS TÉCNICOS
INCLUSÃO SOCIAL
FUNCIONALIDADES E SERVIÇOS FLUXOS DE FEEDBACK
FLUXOS INFORMACIONAIS FLUXOS PRODUTIVOS
Modelo linear com os mesmos elementos ( Kahtouni, Pessoa, 2019)
Demandas:
Paisagem construida
Econômicas Sociais Ambientais
Projetos Técnicos
Funcionalidades Serviços
MODELO LINEAR DECOMPOSTO ( Kahtouni, Pessoa, 2019)
Demandas Econômicas Sociais Ambientais
“HOMO URBENS”
Projetos Técnicos -
Gestão Cultura e Lazer Economia e negócios Emergências Formação Social Arquitetura e Urbanismo Instalações Infraestrutura e Superestrutura Outras respostas
Paisagem construida
Funcionalidades Serviços
INTEGRANDO AS COISAS
AGRADECIMENTOS PELA ATENÇÃO DE TODOS
kahtouni@uol.com.br