TFG - Arquitetura Escolar: Escola de Ensino Montessori em Ribeirão Preto

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ARQUITETURA ESCOLAR Escola de ensino Montessori em Ribeirão Preto


ARQUITETURA ESCOLAR Escola de ensino Montessori em Ribeirão Preto

Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Instituição Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto Autora: Gabriela de Cassia Aguiar Alba Orientação: Profª Ma. Alexandra Marinelli Profª Ma. Catherine D'Andrea Ribeirão Preto - SP 2022


Ficha Catalográfica Elaborada por Maria Antonieta Ribeiro Marcolino. CRB 8/10165 A325a Alba, Gabriela de Cassia Aguiar Arquitetura Escolar: Escola de Ensino Montessori de Ribeirão Preto. / Gabriela de Cassia Aguiar Alba. Ribeirão Preto, 2022. 120 f.. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio De Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Ma. Alexandra Marinelli. 1.Montessori. 2. Conhecimento. 3. Escola.

CDD: 720.07


“O primeiro problema da educação é providenciar à criança um ambiente que lhe permita desenvolver as funções que a natureza lhe atribuiu.” (MONTESSORI, 1949:p. 79)


AGRADECIMENTOS É uma honra e privilegio compartilhar a vida com pessoas que nos apoiam e amam. Sou grata a minha amada família, meu amado companheiro e aos meus amados amigos, que sempre me prestaram apoio nas horas mais difíceis, e que comemoram comigo mais uma etapa cheia de oportunidades que vida me proporciona neste instante.


RESUMO Este trabalho levanta a temática arquitetura escolar, com foco no uso da metodologia pedagógica Montessori que impõe a importância de um ambiente que proporcione conforto e liberdade de aprendizado ao aluno. Assim, propõe-se um projeto de uma escola de ensino fundamental para crianças de 6 a 11 anos de idade na cidade de Ribeirão Preto - SP. Para alcançar o ideal de uma escola mais humanizada e preocupada com o bem estar do aluno, é necessário compreender quais são os direitos fundamentais que a criança tem, e o que fazer para garanti-los na sala de aula. Dessa forma, foram analisadas diversas metodologias pedagógicas e a escolhida foi a Montessori, que em sua essência tem a preocupação com o bem-estar, conforto, e liberdade para o aluno escolher qual caminho deseja percorrer na sua própria jornada de aprendizado. Foi analisada a importância de um ambiente escolar livre para o aluno explorar tendo contato com o externo.


ABSTRACT This work raises the theme of school architecture, focusing on the use of Montessori pedagogical methodology and the importance of an environment that provides comfort and freedom of learning to the student. Thus, it is proposed a project of an elementary school for children from 6 to 11 years old in the city of Ribeirão Preto - SP. To achieve the ideal of a more humanized school and concerned with the well-being of the student, it is necessary to understand what are the fundamental rights that the child has, and what to do to guarantee them in the classroom. In this way, several pedagogical methodologies were analyzed and Montessori was chosen, which in essence is concerned with well-being, comfort, and freedom for the student to choose which path they want to take on their own learning journey. Key Words: Montessori - Kknowledge - School Architecture


LISTA DE FIGURAS Figura 01: Comenius Figura 02: Jean-Jaques Rousseau Figura 03: Johann Heinrich Pestallozzi Figura 04: Disposições das mesas em salas de aula Figura 05: Elementos essenciais ao desenvolvimento de um plano didático aplicado a metodologia montessoriana Figura 06: Mapa Espanha Figura 07: Implantação Escola Montessori Imagine Figura 08: Planta Baixa Pav. Superior Escola Montessori Imagine Figura 09: Térreo Figura 10: 1º Pavimento Figura 11: Sala de Aula Figura 12: Corte Figura 13: Mapa Vietnã Figura 14: Imagem aérea Escola Infantil Montessoriana Figura 15: Corte esquemático das camadas Figura 16: Planta Escola Infantil Montessoriana Figura 17: Corte mostrando ventilação e luz solar Figura 18: Corte Figura 19: Implantação Figura 20: Planta


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LISTA DE IMAGENS

Imagem 01: John Dewey Imagem 02: Jean Piaget Imagem 03: Rudolf-Steiner Imagem 04: Maria Montessori Imagem 05: Paulo Freire Imagem 06: Sala de Aula da Escola Montessori Kindergarten Imagem 07: Sala de Aula da Escola Primária Mapple Street Imagem 08: Sala de Aula Escola Montessori Imagine Imagem 09: Sala de Aula Escola Infantil Beelieve Imagem 10: Área de convívio Escola Montessori Imagine Imagem 11: Sala de aula Escola Montessori Imagine Imagem 12: Sala de aula Escola Montessori Imagine Imagem 13: Crianças brincando com o material dourado Imagem 14: Escadaria multiuso

Imagem 15: Criança brincando em baixo da escada Imagem 16: Criança brincando com material dourado Imagem 17: Crianças interagindo na escadaria Imagem 18: Cortes Imagem 19: Corte Imagem 20: Mapa Brasil Imagem 21: Imagem aérea do bairro Serra Imagem 22: Moveis planejados Imagem 23: Moveis planejados Imagem 24: Moveis planejados Imagem 25: Moveis planejados Imagem 26: Frente da escola Imagem 27: Jardim Imagem 28: Jardim Imagem 29: Sala de Aula Imagem 30: Jardim Imagem 31: ´Vista aérea Terreno


LISTA DE MAPAS Uso de Solo -------------------------------------------------------- 69 Gabarito ------------------------------------------------------------ 70 Figura Fundo ------------------------------------------------------ 71 Hierarquia Viaria ------------------------------------------------- 71 Setorização -------------------------------------------------------- 77 Fluxograma -------------------------------------------------------- 78 Planta de Situação ---------------------------------------------- 89 Planta Baixa ------------------------------------------------------- 90 Planta Layout ----------------------------------------------------- 91 Planta de Cobertura -------------------------------------------- 92 Topografia Original ---------------------------------------------- 93 Implantação ------------------------------------------------------ 94 Cortes --------------------------------------------------------------- 95 Elevações ---------------------------------------------------------- 96


SUMARIO 1. INTRODUÇÃO.. ----------------------------------------------------------------------- 2 1.1. JUSTIFICATIVA.. ---------------------------------------------------------------------- 3 1.2. OBJETIVOS.--------------------------------------------------------------------------- 4 1.2.1. Objetivos Gerais. ---------------------------------------------------------------- 4 1.2.2. Objetivos Específicos. ---------------------------------------------------------- 4 1.3. METODOLOGIA --------------------------------------------------------------------- 5 2. DIREITOS A APRENDIZAGEM --------------------------------------------------- 6 2.1. DIREITOS À APRENDIZAGEM --------------------------------------------------- 7 2.2. BNCC - BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR --------------------------- 8 2.3. OS 6 DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ---------------------------------------------------------------------- 9 3. HISTORIA DA EDUCAÇÃO -------------------------------------------------------- 16 3.1. A NOVA ESCOLA -------------------------------------------------------------------- 22 3.2. METODOLOGIA TRADICIONAL-------------------------------------------------- 23 3.3. METODOLOGIA PIAGETIANA --------------------------------------------------- 26 3.4. METODOLOGIA WALDORF ------------------------------------------------------ 29 3.5. METODOLOGIA MONTESSORI ------------------------------------------------ - 31 3.6. METODOLOGIA FREIRIANA ---------------------------------------------------- 33 4. METODOLOGIA ESCOLHIDA PARA O PROJETO -------------------------- 36


5. LEITURA PROJETUAL ---------------------------------------------------------- 44 5.1. Escola Montessori Imagine -------------------------------------------------- 45 5.2. Escola Infantil Montessori ---------------------------------------------------- 53 5.3. MMG Escola Infantil Montessoriana --------------------------------------- 59 6. ESCOLHA DO TERRENO ------------------------------------------------------ 65 6.1. Terreno Escolhido -------------------------------------------------------------- 66 6.2. Mapa Uso de Solo -------------------------------------------------------------- 69 6.3. Gabarito -------------------------------------------------------------------------- 70 6.4 .Figura Fundo / Hierarquia Viária -------------------------------------------- 71 7. MEMORIAL JUSTIFICATIVO -------------------------------------------------- 72 7.1 Conceito e Partido -------------------------------------------------------------- 74 7.2 Programa de necessidades -------------------------------------------------- 75 7.3 Setorização e Fluxograma ---------------------------------------------------- 77 7.4 Materialidade -------------------------------------------------------------------- 79 7.5 Setor Administrativo ----------------------------------------------------------- 80 7.6 Setor Educacional -------------------------------------------------------------- 81 7.7 Área de Convívio ---------------------------------------------------------------- 84 7.8 Área de Serviços ---------------------------------------------------------------- 85 8. PEÇAS GRAFICAS ----------------------------------------------------------------- 86 9. MAQUETE DIGITAL --------------------------------------------------------------- 94


INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO A escola é um local excepcionalmente importante, que todos devem passar para sua formação, e que a maioria das pessoas passará ou já passou um dia. Trata-se de uma instituição que é base para a formação de um cidadão e, como tal, pode e deve se beneficiar de uma arquitetura acolhedora, que atenda as necessidades do aluno e do professor. Quando o espaço é capaz de auxiliar o professor a lecionar e o aluno a aprender, são criadas diversas possibilidades de estimular a capacidade intelectual e criativa de ambos. É proporcionado, portanto, alegria de permanecer no ambiente e vontade de explorar suas capacidades e autonomia.

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1.1 JUSTIFICATIVA A educação é um direito fundamental do cidadão, assegurado em nossa Constituição Federal (BRASIL, 1988). Porém, partindo do princípio de que, no Brasil, a qualidade de ensino é constantemente questionada, a forma de projetar escolas tornou-se inadequada, e algo necessita ser feito neste sentido, visando um bom desempenho dos alunos, em uma escola que não apenas tenha uma metodologia eficiente para a formação do individuo, mas que também o faça sentir-se bem e livre neste ambiente importante em que ele passará seus próximos anos o frequentando diariamente. Destarte, a escola pela própria edificação proporcionará ambientes que auxiliem o aluno a aprender e se aventurar na experiência de ir à escola, tendo mais contato com o meio externo e coletivo.

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1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivos Gerais Criar memorias e boas experiências para as crianças que frequentarem a Escola de Ensino Montessori. Prover, por meio da metodologia Montessori, um ambiente que seja propício à sugestão e à curiosidade, no qual as crianças possam interagir com o local, com o mobiliário, espaços e a natureza, com o fito de encorajar e induzir o aluno a se aventurar pela escola, sendo conduzido a aprender pelo próprio ambiente, trazendo a ele conforto e ânimo para ir à escola.

1.2.2 Objetivos Específicos - Prover ambientes que instiguem a criatividade e imaginação da criança; - Compreender a ligação da Arquitetura com a Metodologia Montessori; - Promover espaços internos aconchegantes; - Oferecer espaços externos que dialoguem com o interno; - Proporcionar segurança para a criança dentro da escola; - Criar ambientes que estimulem a autonomia do estudante.

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1.3 METODOLOGIA Para a elaboração deste trabalho de finalização de graduação foi necessária pesquisas por meio de livros, artigos, revisões sistemáticas, papers e leituras projetuais, buscando analisar e concluir qual a metodologia pedagógica mais adequada para a sua elaboração dentro dos conceitos previamente apontados. Por referir-se a uma temática multidisciplinar, para a fundamentação teorica, foi necessário embasamento bibliográfico em arquitetura. pedagogia, neuroarquitetura.

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DIREITOS À APRENDIZAGEM

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2.1 DIREITOS À APRENDIZAGEM O direito à educação faz parte de um grupo chamado direitos sociais, cujo principal objetivo é resguardar a igualdade e cidadania do cidadão. O art. 205 da Constituição Federal estabelece que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988) O artigo que detalha o Direito à Educação é o 208, formulado nos seguintes termos: O dever do Estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (BRASIL, 1988)

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2.2 BNCC CURRICULAR

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BASE

NACIONAL

COMUM

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos à aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). (BRASIL, 2018) Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1 , e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). (BRASIL, 2018) A criação de uma base comum para a Educação Básica está prevista desde 1988, a partir da promulgação da Constituição Cidadã. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) reforçou a sua necessidade, mas somente em 2014 a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi definida como meta pelo Plano Nacional de Educação (PNE). (BRASIL, 2018)

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2.3 OS 6 DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 - Conviver A BNCC (2017) diz: "Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas". (BRASIL, 2017, p. 38) 2 - Brincar A BNCC (2017) diz: "Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais". (BRASIL, 2017, p. 38) 3 - Participar A BNCC (2017) diz: "Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando". (BRASIL, 9 2017, p. 38)


4 - Explorar A BNCC (2017) diz: “Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”. (BRASIL, 2017, p. 38) 5 - Expressar A BNCC (2017) diz: "Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens". (BRASIL, 2017, p. 38) 6 - Conhecer-se A BNCC (2017) diz: "Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário". (BRASIL, 2017, p. 38)

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Fernanda Pinho (2018), mestre em Educação e coordenadora de projetos do Instituto Natura e Maria Virgínia Gastaldi (2018), mestre em Educação - Psicologia da Educação na PUC-SP e coordenadora de projetos e formadora do Instituto Avisa Lá, afirmam que existem formas de garantir esses 6 direitos listados. (SALAS; TREVISAN, 2018) Essas formas de garantir ativamente são: 1- Conviver Situações em que os pequenos possam brincar e interagir com os colegas são fundamentais, mas não apenas elas. Jogos, por exemplo, são importantes para que as crianças convivam em uma situação em que precisam respeitar regras. Permitir que as crianças participem da organização da convivência do grupo, então, envolvê-las nas tarefas que viabilizam o cotidiano como, por exemplo, organizar o ambiente das refeições ou acomodar os brinquedos. “Quando falamos em conviver, estamos falando numa educação que pensa no outro", explica (PINHO; GASTALDI, 2018)

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2 - Brincar As brincadeiras são essenciais e devem estar presentes intensamente na rotina da criança. Se trata de iniciativas infantis que o adulto deve acolher e enriquecer, porém devem ser planejadas e variadas. Para isso, a partir da observação dos pequenos brincando, o professor pode disponibilizar materiais que auxiliem o desenvolvimento da brincadeira ou que conduzam a outras experiências. Ele também pode promover conversas posteriores para discutir o que observou. “Se o professor organiza boas propostas, por exemplo, bons títulos de literatura, conversas, e faz uma sequência rica, a chance de essas temáticas migrarem para as brincadeiras são grandes”, (PINHO; GASTALDI, 2018) 3- Participar Um exemplo clássico dado por Maria Virgínia Gastaldi foi a construção de casinhas de brinquedo. "O professor planeja como vai fazer, separa os materiais e pede ajuda de familiares para montá-la. Quando leva pronta à escola fica surpreso, porque as crianças não se interessam ou estragam o brinquedo", diz. Aqui, o importante é envolver as crianças em todas as etapas, permitindo que elas ajudem a decidir como será a estrutura, quais materiais serão usados, qual será a cor etc. Então, que o professor observe o que ele já faz por elas e pode ser feito com elas. Permitir que elas participem das decisões que dizem respeito a elas mesmas e que organizam o cotidiano coletivo é fundamental. (PINHO; 12 GASTALDI, 2018)


4- Explorar Aqui, é fundamental permitir que as crianças explorem sozinhas diferentes materiais fornecidos pelo professor. "Não é por meio de 'aulinhas', em que o professor senta na frente da sala e diz 'isso é madeira, isso é isopor'", destaca (PINHO, 2018). Além da exploração de elementos concretos, explorar os elementos simbólicos, então que as crianças explorem músicas e histórias, por exemplo. Criar momentos de reflexão e, a partir da observação e escuta, que o professor perceba o que é pertinente e necessário para os pequenos. (PINHO; GASTALDI, 2018) 5- Expressar As rodas de conversa são imprescindíveis para que as crianças tenham seu direito garantido. É importante que essas situações sejam frequentes para que o professor apresente materiais variados para que a criança explore e se expresse a partir de diferentes linguagens. “Expressar é posterior ao explorar, só se pode expressar quando conhece”, (PINHO, 2018) Promover ambientes interessantes de expressão com diferentes pessoas e situações ajudam a garantir este direito. Outro recurso essencial é a criação de momentos de fala, nos quais ambas as partes escutem e se expressem. Além disso, criar conselhos e assembleias em que os pequenos votam e argumentam sobre decisões que afetam o coletivo ajudam nessa tarefa. (PINHO; GASTALDI, 2018)

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6- Conhecer-se Boa parte das atividades ajuda a garantir esse direito, mas há estratégias para pensar especificamente sobre ele. Neste momento, é importante que o professor ajude a que eles se percebam, aprendam do que gostam, para isso o professor pode, a partir da observação, criar situações simples, mas que os auxiliem a descobrir a si próprios e aos outros. Com os bebês, Virgínia (2018) cita, como exemplo, situações em que eles podem ficar em frente a espelhos e se observar. Os momentos de banho, alimentação e troca de fraldas também são ricos para essa aprendizagem: ao se sentir cuidado e ao aprender a cuidar de si, a criança desperta a consciência sobre seu corpo. "Quando anunciamos para um bebê onde vamos tocá-lo e o que faremos com ele, criamos a primeira oportunidade para que se reconheça como pessoa e não como objeto". (PINHO, 2018) Conhecendo os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, o arquiteto poderá basear-se no modo em que poderá garantir esses direitos por meio do próprio ambiente projetado. (PINHO; GASTALDI, 2018) “Isso significa que o arquiteto, ao definir os espaços e usos da instituição escolar, pode influenciar a definição do conceito de ensino na escola. Por essa razão, cabe ao arquiteto o conhecimento dos aspectos pedagógicos, uma vez que eles refletem o tipo de atividade que as escolas vão desenvolver e, consequentemente, são elementos essenciais à definição do programa de necessidades de cada edificação escolar.” (KOWALTOWISKI, 2011, p. 11)

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EDUCAÇÃO

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3. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO A história da educação surge nas primeiras civilizações, percorre o tempo e se transforma de acordo com a sua época. Não seria possível pautar as diversas metodologias de ensino se não fosse seguida uma ordem cronológica, que explica quais foram os grandes nomes que impulsionaram a educação e revolucionaram os métodos de aprendizagem. O conceito de unir sujeitos para o aprendizado surgiu nas primeiras grandes civilizações do Oriente Médio em castas sacerdotais e servos. Baseavam-se no monopólio consciente da educação especializada, por meio de conhecimentos acumulados ao longo do tempo para apenas uma minoria de iniciados. Assim como os antigos egípcios, civilizações mesopotâmicas e outras culturas também adotaram esse sistema educacional. (KOWALTOWISK, 2011) A invenção da escrita reforça ainda mais os privilégios dessas classes, que, por sua vez, eram minoria, visto que é de extrema importância para essa sociedade contabilizar, dividir a colheita, legislar, assim organizando e preservando a ordem. (KOWALTOWISK, 2011)

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A Grécia trouxe a base da educação formal, prova disso é a palavra “pedagogia”, que surgiu na Grécia, a partir do agogôs (condutor) e paidós (crianças). Assim, o trabalho do pedagogo é de “conduzir as crianças”. A Grécia teve um papel primordial na educação e cultura Ocidental. Na época de Sócrates (cerca de 400 a.C), foi infundido o conceito do pensamento crítico individual, competição e educação física, fazendo com que disciplinas intelectuais façam parte do ensino formal. (KOWALTOWISK, 2011) Conforme Kowaltowski explica em seu livro Arquitetura Escolar: O projeto do ambiente de ensino, que em meados do século XVII, a religião ainda era oficialmente determinada nos sistemas políticos, porém as grande filosofias da época, como o empirismo e o racionalismo, trouxeram ao povo informação e desenvolvimento das ciências e educação, o que fez com que a Igreja perdesse grande parte da sua influência na sociedade. (KOWALTOWISK, 2011)

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Figura 01 - Comenius

O trabalho pioneiro do monge conhecido como Comenius - nascido Jan Amos Komenský (1592-1670) criou o primeiro programa de escolarização universal, que visava trazer educação para ricos, pobres, homens e mulheres, a fim de gerar oportunidade de acessar o ensino superior. Os propósitos pedagógicos de Comenius enfatizam o fortalecimento entre escola e família, afetividade do educador e interdisciplinaridade, buscando criar um ser humano integral, estabelecendo uma perspectiva de educação sustentada pela teoria humanista e espiritualista. (KOWALTOWISK, 2011)

Fonte: Site InfoEscola Comenius pregava a necessidade de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico, capaz de favorecer a aprendizagem que se iniciava pelos sentidos. Seu método didático constitui-se em três elementos: compreensão, retenção e pratica, valorizando a aplicação e uso definido de tudo o que se ensina. (KOWALTOWISK, 2011)

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Figura 02 - Jean-Jaques Rousseau

O século XVIII caracterizou-se por uma visão cientifica e otimista, graças aos progressos da ciência e o avanço da razão. Os iluministas acreditavam que o homem era o produto das suas ideias, convicções e experiência o mundo que resultava diretamente dessas ideias. Logo, as ideias iluministas estão diretamente ligadas às mudanças políticas, sociais e econômicas nesse momento da história, criando uma mudança de paradigmas que até então estavam estabelecidos. (KOWALTOWISK, 2011) Fonte: Site CultHistoria

Para Jean-Jaques Rousseau (1712-1778), o homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe. Rousseau não tinha formação de educador, porém fez proposições que resultaram em mudanças na educação, sendo um modelo de educação voltada para a autonomia, minimizando os efeitos do autoritarismo e competição, que eram típicos da vida em sociedade, que servem apenas para formar um sujeito dependente moral e intelectualmente. (KOWALTOWISK, 2011)

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Seu pensamento introduziu o conceito de que a criança é um ser com ideias e interesses próprios, e não pode ser vista e tratada como um adulto em miniatura. (KOWALTOWISK, 2011) Rousseau diz que cada fase da vida tem suas características próprias, o homem e a sociedade vão se modificando com o passar do tempo, e a educação é um elemento fundamental para a adaptação a essas modificações. Então, acreditando que a educação é contrária a uma rígida disciplina e uso da memória, Rousseau propõe para a criança o brinquedo, esporte e a agricultura, além do uso de variados ofícios e como a linguagem, canto, aritmética e geometria. Assim, a criança estaria apta a medir, contar, pesar e desenvolver atividades relacionadas ao cotidiano. (KOWALTOWISK, 2011) Desse modo, Rousseau inicia uma revolução nas teorias educacionais ao enfatizar que o ensino era um apoio para a criança crescer naturalmente. Essa visão mudou a relação aluno/professor: o professor passa a ser um orientador, atentando-se ao desenvolvimento das opiniões individuais e a prevalência de um espirito humanitário. Para Rousseau, a criança deve ser educada para se tornar um ser humano completo e não uma profissão específica. (KOWALTOWISK, 2011)

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Figura 03 - Johann Heinrich Pestallozzi

Fonte: Site Grandes Nomes Na Historia

Johann Heinrich Pestallozzi (1746-1827) exerceu grande influência no pensamento educacional e foi um adepto da educação pública. Democratizou a educação, proclamando ser direito de toda criança desenvolver plenamente os poderes dados por Deus. Para Pestallozzi, a escola deveria assemelhar-se a uma casa organizada, pois o lar é a melhor instituição de educação, base da formação moral, política e religiosa. Em sua escola, mestres e alunos permaneciam juntos o dia todo e as atividades escolares era flexíveis, com duas tardes livres para excursões. Ele condenava recompensas e punições, alegando que somente a educação poderia contribuir para conversar os direitos conquistados. (KOWALTOWISK, 2011)

Seus princípios educacionais são resumidos em: o desenvolvimento é orgânico, regido por leis definidas, a gradação deve ser respeitada, o método deve seguir a natureza, a impressão sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com objetos. Sendo assim, o desenvolvimento é gradativo e lento. Pestallozzi deu impulso à formação de professores e o estudo da educação como ciência. Sua equipe elaborou materiais pedagógicos voltados para a linguagem, matemática, ciências, geográfica, história e música. (KOWALTOWISK, 2011) 21


3.1 A NOVA ESCOLA No contexto histórico entre o século XIX e o século XX, outros educadores destacaram-se pelas novas propostas educacionais, como John Dewey e Jean Piaget. (KOWALTOWISK, 2011) John Dewey (1859-1952) foi um nome importantíssimo para o progresso educacional, sendo divulgador dos princípios do movimento “Escola Nova” ou “Escola Progressista”. John era contra todo o idealismo da metodologia tradicional, principalmente a memorização e intelectualismo. O conhecimento para Dewey era a experiência vivida; a educação, parte do desenvolvimento natural do ser humano, concretizando-se pela superação da dualidade razão/espírito, indivíduo/sociedade, fins/meios, teoria/prática, trabalho/lazer, braçal/intelectual... (KOWALTOWISK, 2011)

Imagem 01: John Dewey

Fonte: Site WikiPedia.org

Para Dewey, a finalidade da educação é propiciar à criança as condições para que ela resolva por si os seus problemas e se afaste dos preceitos tradicionais que propõem formá-la de acordo com modelos prévios, a fim de orientá-la para o futuro. Com a experiência como fator central de seus pressupostos, Dewey afirma que a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas é a própria vida. 22 (KOWALTOWISK, 2011)


3.2 METODOLOGIA TRADICIONAL O ensino por meio da pedagogia tradicional é caracterizado por ser um dos mais utilizados no sistema de educação brasileiro, sendo marcante a característica de como o professor atua sendo o transmissor dos conhecimentos, e as crianças como receptoras pacíficas, o professor é um modelo de mediador ativo auxiliando nas etapas que consistem em desenvolvimento de atividades das crianças (OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Figura 04 - Disposições das mesas em salas de aula

Fontes: Livro Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino por Doris C. C. K. Kowaltowski pagina 120)

As escolas tradicionais em geral seguem um padrão de mobiliário e estético bastante autoexplicativo, sendo: “Um monte de cadeiras voltadas para um quadro-negro e uma mesa de professor bem imponente em cima de um tablado” (KANITZ, 2000, p. 21)

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Dessa forma, o aluno que chega para as aulas é considerado como um quadronegro em branco, no qual o conhecimento é registrado pelo que foi transmitido pelo professor (SANJURJO, 1994 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1). O aluno geralmente aprende em único ambiente de aprendizagem, ou seja, a sala de aula (SALAZAR, 2013 apud OLIVEIRA et al., 2021 v. 10, p. 1). E também os planos de aula tendem a contemplar apenas o conteúdo relacionado a saber o que (teoria), um assunto específico. Para isso, o conteúdo de tais planos geralmente não é integrado com os demais planos do outras disciplinas do currículo uma profissão específica. (SALAZAR, 2013 apud OLIVEIRA et al., 2021 v. 10, p. 1)

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Da mesma forma, os exercícios o aluno usa para praticar a teoria ensinada por seu professor, geralmente são didáticos e vêm de de livros. (SALAZAR, 2013 apud OLIVEIRA et al., 2021) Neste modelo o professor ocupa uma posição ativa, é quem que possui o conhecimento, por excelência, na sala de aula. Enquanto o aluno ocupando uma posição passiva, é quem recebe o referido conhecimento transmitido pelo sábio, seu professor. (SALAZAR, 2013 apud OLIVEIRA et al., 2021) Em outras palavras, o aluno adquire tal conhecimento, era um cliente que vai à loja comprar um produto pronto para ser consumido ou usado por ele. Assim, o aluno recebe, registra ou memoriza de forma mecânica o novo conhecimento, ou seja, o aluno adquirir tal conhecimento sem compreensão, acrescentando isso àqueles que ele já possui (SALAZAR, 2013 apud OLIVEIRA et al., 2021)

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3.3 METODOLOGIA PIAGETIANA O início do século XX assiste ao construtivismo de Jean Imagem 02 - Jean Piaget Piaget (1896-1980) que estudou a evolução do pensamento de crianças e adolescentes, incluindo seus filhos. Concluiu que as crianças não pensam como os adultos em questões cruciais, pois lhes falta habilidades, que aprendem naturalmente com o tempo e evolução do cognitivo. E a teoria desse desenvolvimento cognitivo divide-se em etapas que o ser humano passa por mudanças ordenadas e previsíveis. (KOWALTOWSKI, 2011) Um dos pontos da sua teoria é o “interacionismo”, sendo a criança é concebida como um ser dinâmico que interage Fonte: Site Nova Escola, 2008 com a realidade de forma ativa, com objetos e pessoas, e essa interação com o ambiente faz com que ela construa estruturas mentais. Nessas estruturas, o eixo central é a interação organismo/meio que acontece por processos simultâneos ao longo da vida, sendo a organização interna e adaptação com o meio. (KOWALTOWSKI, 2011) A adaptação é o desenvolvimento da inteligência, que ocorre por assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando de conforme os estágios de desenvolvimento que são influenciados por fatores como a maturação 26


maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento dos órgãos que implicam na formação de hábitos), aprendizagem social (aquisição de valores, linguagem, costumes, padrões culturais e sociais) e equilibração (processo de auto regulação interna na busca de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido). (KOWALTOWSKI, 2011) Na visão Piagetiana a escola deve seguir os esquemas de assimilação das crianças, propondo atividades que proponham situações que causem desequilíbrio e equilíbrio sucessivas vezes, promovendo descobertas e conhecimento. Conflitos cognitivos são importantes no processo de aprendizagem. Os conteúdos não são concebidos como fins em si, mas como instrumentos para o desenvolvimento evolutivo natural. (KOWALTOWSKI, 2011) O método de Piaget prioriza que o conhecimento construído pelo aluno em detrimento ao conhecimento passado passivamente pelo professor. Defende que a interação social oferece a aprendizagem que necessita estruturar-se de modo a privilegiar a colaboração e cooperação, e a autonomia não está relacionada com a capacidade de aprender sozinho e nem no ritmo da escola comportamentalista e sim que o o florescer do pensamento autônomo é logico e operacional, paralelo a capacidade de estabelecer relações cooperativas. Então no desenvolvimento dessas ações o indivíduo reconhece a existência do outro e passa a entender a necessidade de regras, hierarquias e autoridades. (KOWALTOWSKI, 2011) 27


A obra de Jean Piaget não oferece uma didática especifica de como que farão para desenvolver a inteligência da criança, mas mostra as características e possibilidades de cada fase de desenvolvimento que a criança passará. O próprio conhecimento dessas possibilidades levará o professor a estimular de forma adequada um maior desenvolvimento desse indivíduo. Piaget contribuiu no campo da psicologia e pedagogia e vive até hoje em diversas propostas didáticas. (KOWALTOWSKI, 2011)

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3.4 METODOLOGIA WALDORF A pedagogia “Waldorf” foi uma importante contribuição na passagem do século XIX para o início do século XX. Seu fundador Rudolf Steiner (1861-1925) concebeu essa teoria educacional de vivencias anteriores, especialmente na Sociedade Antroposófica e na Sociedade Teosófica, que desenvolveu seus ideias acerca das questões humanas, como uma alternativa aos pensamentos puramente materialistas. (KOWALTOWSKI, 2011)

Imagem 03 - Rudolf-Steiner

Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o enfoque no desenvolvimento do ser Fonte: Site Wikipedia.org humano. Steiner acreditava que na antroposofia que é uma ciência espiritual elaborada por ele, que acredita que o ser é regido pela integração de corpo, alma e espirito, determinando que o ser humano não está determinado somente pela sua herança e ambiente, mas também pelo seu interior. (KOWALTOWSKI, 2011)

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O currículo escolar deve-se voltar para as necessidades evolutivas do ser humano e as fases de desenvolvimento da criança. Visando que a criança e jovem crie familiaridade com a natureza e a sua historia cultural, pois elementos constituídos no presente podem se encontrados no passado, que ajudariam pra entender o hoje, portando corroboram para que cada um escolga qual rumo deseja seguir, com pensamento livre e independente de forças econômicas e imposições dos governos. (KOWALTOWSKI, 2011) O ensino teórico é acompanhado pelo pratico com foco em atividades corporais, artísticas e artesanais de acordo com a idade do estudante. As atividades voltadas ao pensar são elaboradas por meio da imaginação com contos, lendas, e mitos até atingir um pensamento mais teórico e formal. A metodologia Waldorf se diferencia de outras no aspecto de ser contra a exigência de ensinar formalmente muito cedo para as crianças. (KOWALTOWSKI, 2011) Um grande numero de escolas Waldorf adotam uma arquitetura com base orgânica influenciada na época por Charles R. Mackintosh do “Scottish Arts and Crafts Movement”, Frank Lloyd Wright e Art Nouveau. Sendo ela uma contraposição a arquitetura racionalista, privilegiando formas não ortogonais, sem repetições e simetria de espaços. Usando muitos materiais naturais, não industrializados. Steiner cria sua metodologia visando não apenas o currículo escolar mas também o ambiente físico das escolas e sua arquitetura. (KOWALTOWSKI, 2011) 30


3.5 METODOLOGIA MONTESSORI Maria Montessori (1870-1952) destaca-se por desenvolver Imagem 04 - Maria Montessori a metodologia Montessoriana que é utilizada até hoje nas escolas. A metodologia Montessori consiste em normalizar e harmonizar as forças corporais, espirituais, corpo, inteligência e vontade. O maior objetivo é a educação da vontade e atenção, a criança tem a liberdade de escolher os materiais e serem utilizados e cooperarem entre si. Os princípios fundamentais são: atividade, individualidade, e liberdade, com ênfase em aspectos biológicos a favorecer o desenvolvimento da criança. Os estímulos externos colaboram para a criança ser livre para agir sobre objetos preestabelecidos, jogos e Fonte: Site Melhor Escola materiais pedagógicos desenvolvidos por Maria Montessori. (KOWALTOWSKI, 2011) Ocupou um papel de destaque no movimento “Escolas Novas” pelas técnicas apresentadas para alunos do jardim de infância e primeiras series do ensino fundamental, com seu material desenvolvido a função de basicamente estimular e desenvolver o impulso interior da criança que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto. Montessori cria uma série de cinco grupos de material didático

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sendo os primeiros para a vida cotidiana, e os outros abordam a linguagem, matemática, ciência e questões sensoriais. Criando o “Material Dourado” constitui-se de peças solidas de tamanhos diferentes e formas, caixas para abrir, fechar, encaixar, botões para abotoar, superfícies com texturas diferentes e campainhas com sons diferentes. (KOWALTOWSKI, 2011) Os professores são auxiliares da aprendizagem, e o aluno livremente usa materiais de acordo com suas necessidades e o próprio material é autocorretivo, então o professor auxilia a criança, e ao final a criança é solta para se comunicar livremente, colaborando na socialização. Por ser livre a escolha das atividades a concentração e a imaginação são trabalhadas, e a escolha é realizada com ordem, disciplina e um relativo silencio, a criança fala quando o trabalho o exige e os professores não precisam falar alto. Pés e mãos destacam-se em exercícios sensoriais pelo manuseio de objetos, pois a coordenação se desenvolve com o movimento. (KOWALTOWSKI, 2011) A metodologia pedagógica Montessori tem como sua base a iniciativa da criança, sendo trabalhada individualmente e dando a criança a liberdade física e os materiais instrutivos autodidata, o próprio material didático atrai o esforço individual e não em ação coletiva, pois a cooperação está nas atividades de arrumar a escola, servir a comida e etc. Valorizando a liberação da criança da dominação parental e do professor, estimulando o desenvolvimento mais cedo de habilidades como a 32 leitura e escrita. (KOWALTOWSKI, 2011)


3.6 METODOLOGIA FREIRIANA Paulo Freire (1921-1997) é considerado um dos maiores pedagogos da atualidade, ele acreditava na educação popular, para Freire o homem vive em uma sociedade dividida em classe em que os privilégios impedem que a maioria usufrua dos vens produzidos, sendo um dos bens a educação. Freire refere-se a dois tipos de pedagogia: a dos dominantes na qual a educação esciste como pratica de dominação, e a do oprimido, para quem a educação surgiria como pratica de liberdade e dependeria de um trabalho de conscientização e politização. (KOWALTOWSKI, 2011)

Imagem 05 - Paulo Freire

Fonte: Site Sismmac.org

Freire acreditava que a educação popular era uma expressão, e a proposta foi derivada da ideologia socialista, definindo que seria uma educação feita com e para o povo, respeitando e interagindo com a realidade socioeconômica. Nasce desse conceito as “escolas” dos “sem-terra”, cujo currículo é pensado pela própria população. (KOWALTOWSKI, 2011)

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Paulo Freire desenvolveu um método revolucionário de alfabetização, de apenas 40 horas, sem cartilha ou material didático. Surge então em 1960 campanhas de alfabetização no Brasil, tais como o “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler” e o “Movimento de Cultura Popular”. O principal objetivo dessas campanhas era não só alfabetizar mas dar dignidade ao homem, o homem que acredita em si e é capaz de dominar instrumentos de ação a sua disposição, inclusive a leitura. (KOWALTOWSKI, 2011) Com o governo de 1964, no regime militar os métodos de alfabetização criados por Paulo Freire foram abortadas, por ser considerada subversiva. Alguns trabalhos continuaram, mas a proposta de renovação humana estava prejudicada. Freire acreditava que a aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma releitura do mundo, para ele o diálogo é o elemento-chave do professor e do aluno como sujeitos atuantes, estabelecendo uma horizontalidade e igualdade para todos que procuram pensar e agir criticamente. Freire exige humildade e coloca a elite em igualdade com o povo para aprender e ensinar. (KOWALTOWSKI, 2011)

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METODOLOGIA ESCOLHIDA

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4. METODOLOGIA ESCOLHIDA PARA O PROJETO Diante todas as metodologias apresentadas, percebe-se que a composição de um ambiente escolar depende de condições econômicas, sociais e culturais, além de espaços físicos internos e externos que abriguem as atividades educacionais propostas pelo sistema de ensino, e que necessitam de uma variedade de mobiliários e equipamentos, além de material didático que apoiem as atividades pedagógicas. As pessoas que ali estudam e trabalham necessitam estar bem acomodadas. “As ideias pedagógicas e sua assimilação na prática escolar são articuladas a diversos modos de projetar e construir prédios escolares. As ideias pedagógicas e sua assimilação na prática escolar têm um dinamismo próprio, tanto quanto tem sua própria evolução as concepções arquitetônicas e sua influência no projeto e construção de edifícios escolares. [...] Às vezes, educadores e arquitetos estão próximos, há uma clara concepção pedagógica a influenciar a conceito arquitetônica. [...] Outras vezes, percebe-se um maior distanciamento entre eles, talvez pela ausência de uma proposta pedagógica explícita, ou talvez porque falte ao arquiteto que projeta a escola uma sensibilidade pelas questões de ensino” (Kowaltovisk apud Buffa; Pinto, 2002, p. 154).

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A metodologia escolhida para a escola é a Montessori, a qual, atualmente, é considerada uma das mais praticadas no mundo. Para Huete & Puertas (2020), são mais de vinte mil escolas, no mundo, pautando-se nos princípios da individualidade e liberdade. (OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Observa-se no método Montessori que o estudante tem sua independência fundamentalmente respeitada, isenta da intervenção do professor. O professor exerce papel mediador potencializando o aluno a aprender sozinho. Nesta perspectiva, na educação infantil o dueto professor e instituição obrigam-se a proporcionar experiências através das quais as crianças ampliem seus conhecimentos de maneira significativa. A adoção deste método requer um planejamento escolar criterioso, pois não se caracteriza apenas pela implantação de práticas didáticas, mas, sobretudo, de uma mudança na estrutura político-pedagógica para efetivação da mudança. O layout da estrutura física deve se reordenar para que possa estabelecer os agrupamentos de alunos e engendrar os espaços organizados na medida que se determina as faixas etárias de agrupamentos. (OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Uma vez que é entendida a necessidade de independência, o espaço escolar deverá se fazer efetivo nesse processo, proporcionando ações livres e autônomas. O mobiliário de cada ambiente é pensado conforme as faixas etárias, buscando sempre atender as necessidades de cada faixa e surge neste contexto a concepção 37


de educação cósmica, na qual a criança é estimulada pelo ambiente a conhecer tudo ao seu redor (PASCHOAL & MACHADO, 2019 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) É no espaço escolar que as crianças têm sua independente ação diante de um ambiente pensado e projetado às condições necessárias para o desenvolvimento de suas habilidades de maneira concreta. A existência de diversos materiais disponíveis induz a liberdade de expressão, motora, intelectual ou física, bem como promove o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. Por meio da interação com os materiais, evidenciamos a evolução de aspectos sensórios como tato, visão e audição. (DO EVENTO et al., 2019 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) O desenvolvimento de conteúdos, neste formato de organização do espaço, utilizase das práticas lúdicas buscando maior comprometimento e envolvimento das crianças. As práticas são construídas com base no cotidiano, em que favorecem as proposições para soluções de problemas que demonstrem evoluções e descobertas por meio da curiosidade e o encanto em se fazer presente no momento de interação. Evidenciando que o desenvolvimento do pensamento e a liberdade da criança condicionam a autonomia e autoeducação (SILVA & DE PAULA PEREIRA, 2019 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1).

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Ingrassia e Moraes (2020) citam que por ocasião do pensamento aprende-se melhor com tudo o que nos desperta a curiosidade neste processo cognitivo, no qual as crianças estão imersas no universo de perguntas, resultando em respostas, mas desde que o ambiente escolar favoreça este comportamento natural da criança. Considera-se que o cotidiano é repleto de desafios e, portanto, a concepção de autonomia ladeia-se com o equilíbrio emocional e a resiliência (OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Cabe ressaltar que conjuntamente ao desenvolvimento de novos conhecimentos deve-se entender a criança como indivíduo integral, o equilíbrio do aspecto emocional é parte indissociável ao processo educativo e pode ser incorporada à organização dos saberes com propostas de atividades que incluam aulas de culinária, jardinagem, bem como desenvolvendo aulas práticas em blocos lógicos, atividades das mais variadas possíveis praticadas na própria residência (GRZEÇA & FISCHER 2020 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Instaurado o espaço de convivência composto por materiais e saberes diversos, tem-se comprovado na prática o envolvimento das crianças que se sentem valorizadas levando-as ao desenvolvimento da autoestima. Neste contexto as práticas montessorianas contribuem para o desenvolvimento da autonomia e liberdade necessários aos primeiros passos na formação da cidadania. (OLIVEIRA et 39 al., 2021, v. 10, p. 1)


Na tabela a seguir são citados quais os elementos essenciais para o plano didático da metodologia Montessori, com a qual entendem-se seus valores e características fundamentais. Valores esses como: a autoeducação, educação cósmica, educação como ciência, ambiente preparado, adulto prepara e criança equilibrada. (OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Tabela 1 - Elementos essenciais ao desenvolvimento de um plano didático aplicado a metodologia montessoriana

Fonte: OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1

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O plano didático segue uma estrutura de agrupamentos, que considera a faixa etária das crianças como pré-requisito ao desenvolvimento da autoestima autonomia, ou seja, de zero a três anos e de três a seis anos para a educação infantil, de seis a nove e de nove a doze anos para o ensino fundamental, de doze a quinze e de quinze a dezoito anos no ensino médio e, por fim acrescenta-se a faixa etária universitária que compreende o período de dezoito a vinte quatro anos de idade (DO CARMO TORRES, DA SILVA & CONTER, 2020 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1) Diferentemente de metodologias como a tradicional, na qual as crianças são divididas em eixos, sendo o ensino fundamental I e ensino fundamental II, a metodologia Montessori divide seus alunos por grupos com faixa etárias de 3 em 3 anos juntos, podendo ser possível uma convivência com crianças mais velhas ou mais novas. Ronthunde (2003) afirma que a prática da filosofia Montessori leva à formação de crianças mais ativas, fortes, animadas, felizes, relaxadas, alegres e orgulhosas no exercício do trabalho acadêmico em relação a outros métodos de ensino (Rothunde, 2003 apud OLIVEIRA et al., 2021, v. 10, p. 1)

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Para que seja possível projetar seguindo a metodologia Montessori é necessário ter um ambiente preparado, logo as salas de aulas de escolas montessorianas, o mobiliaria é leve para poderem ser arrastados facilmente sem ajuda dos professores, tapetes no chão para que a criança possa sentar confortavelmente no chão. E todos os materiais lúdicos ficam no alcance das crianças. A utilização de elementos naturais como plantas fazem parte do ambiente. (ESCOLA INFANTIL MONTESSORI, 2018, s.p). Imagem 06: Sala de Aula da Escola Montessori Kindergarten

Imagem 07: Sala de Aula da Escola Primária Mapple Street

Fonte: ArchDaily (2021)

Fonte: ArchDaily (2021)

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Imagem 08: Sala de Aula da Escola Infantil Beelieve

Fonte: ArchDaily (2020)

De acordo com a Arquiteta e Urbanista Audrey Migliani (2020) são necessários alguns pontos para que seja aplicado o método Montessori a arquitetura, sendo eles: utilização de cores claras, luz natural, minimalismo presente nos ambientes, acessibilidade para que todos os mobiliários estejam ao alcance da criança, contribuindo para sua autonomia e por fim a segurança, incluindo móveis estáveis e fixos para que a criança possa fazer uma exploração exploração mais segura. (MIGLIANI, 2020)

Analisando a metodologia Montessori, é possível perceber a grande influência que a arquitetura tem no espaço e ambiente de forma determinante. A pedagogia Montessori necessita que o ambiente se faça presente para haver o vinculo aluno x aprendizado. A arquitetura não coexiste sem a pedagogia, e a pedagogia, por sua vez, não coexiste sem a arquitetura que a faça tornar-se real.

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LEITURAS PROJETUAIS

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5. LEITURA PROJETUAL 5.1 Escola Montessori Imagine

Ficha Técnica Arquitetos: Grodolí & Sanz Área: 1841,98 m² Local: Paterna, Espanha Ano: 2019

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Figura 06 - Mapa Espanha

LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA Escola Imagine Montessori fica localizado na Espanha no limite da zona residencial de Valterna, no município de Paterna na cidade de Valência, numa faixa destinada às instalações residenciais e o En Dolça, morro que separa Valterna da área de expansão urbana denominada La Pinada.

ESPANHA Fontes: Google Maps

Figura 07 - Implantação Escola Montessori Imagine

46 Fontes: ArchDaily


Imagem 06 - Sala de Aula Escola Montessori Imagine

CONCEITO Orgânico

PARTIDO O projeto da Escola Montessori Imagine proporciona flexibilidade no uso dos ambiente interno e externo, de forma orgânica, algo extremamente valorizado na pedagogia montessotiana. Os alunos, por meio da própria edificação, conseguem usufruir das várias possibilidades para buscar aprendizado. O ambiente proporciona o aprendizado, unindo de forma igualitária as crianças que ali estudam.

Fontes: ArchDaily Imagem 07 - Área de convívio Escola Montessori Imagine

Fontes: ArchDaily

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Figura 07 - Planta Baixa Térreo Escola Montessori Imagine

SETORIZAÇÃO E SALA D AULA

SANITARIOS

A DE SAL A AUL E AD L SA LA AU

CORREDOR MULTIUSO

DE LA A A L S AU E D LA LA A S AU

TIVO A R NIST I M AD

Fontes: ArchDaily

O edifício tem dois andares, nos quais ficam as salas de aula, onde os alunos têm liberdade para acessarem-na. As salas de aula são distribuídas em cinco áreas as quais os alunos têm acesso livre de acordo com as suas necessidades e vontades, sendo elas a área sensorial, área de vida prática, área de linguagem, área matemática e área de estudos culturais. O edifício lembra um leque, e cada bloco, assim chamada cada célula, adquire sua própria identidade e se une às outras, complementando-se e interagindo com as demais. O espaço que une as salas, o largo corredor principal além de proporcionar passagem, também tem sua própria vida, com varandas e recantos, tornando-se um local de aprendizado. 48


Figura 08 - Planta Baixa Pav. Superior Escola Montessori Imagine

SETORIZAÇÃO

E SALA D AULA

SANITARIOS

A DE L A S A AUL DE A L SA LA AU

DE LA A A L S AU

CORREDOR MULTIUSO

E D LA LA A S AU

A entrada de cada sala é feita pelo corredor principal. que é composto por armários e bancos para as crianças poderem retirar os sapatos antes de entrar. A escala das portas com arco baixo demonstra que o local foi projetado para crianças poderem utilizar. Todas as salas são voltadas para o pátio e para o pinheiral proporcionando uma conexão visual com a natureza. Cada sala de aula tem acesso a um terraço coberto que se abre para o exterior, proporcionando contato com a natureza e o mundo externo.

Fontes: ArchDaily

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Imagem 8 - Sala de aula Escola Montessori Imagine

Imagem 9 - Sala de aula Escola Montessori Imagine

Vidro

Madeira

Tijolo de Barro Fontes: ArchDaily

Fontes: ArchDaily

É feita a utilização de mais materiais de menor impacto ecológico, como o barro cozido e madeira. Nas paredes de 60 cm de espessura, é utilizado o tijolo perfurado.. A madeira é utilizada na estrutura, no painel da cobertura e nas esquadrias. O concreto é utilizado apenas nas fundações e aço nos pilares e guarda-corpos. Não foram usados revestimentos em geral. Basicamente, não foram utilizados acabamentos nas paredes, e alguns pisos são de concreto. É observado o uso de madeira no chão das salas de aula. Todos esse aspecto sem acabamento com revestimentos traz um conceito natural, com uma rusticidade.

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Imagem 12 - Criança brincando em baixo da escada

Imagem 11 - Escadaria multiuso

Fontes: ArchDaily

Fontes: ArchDaily

Imagem 14 - Crianças interagindo na escadaria

Imagem 13 - Criança brincando com material dourado

Fontes: ArchDaily

Alguns recantos são pensados para as crianças com a proporção da criança, alguns inalcançáveis para adultos, exemplos são locais embaixo de escadas A iluminação e ventilação são pontos importantes em escolas Montessori, sendo criados espaços verticais com pé direito triplo chamados coletores solares, assim proporcionando uma conexão visual entre as salas de aula.

51 Fontes: ArchDaily


PEÇAS GRAFICAS Imagem 15 - Cortes

Fontes: ArchDaily

Imagem 16 - Cortes

Fontes: ArchDaily

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5.2 Escola Infantil Montessori Ficha Técnica Arquitetos: Meius Arquitetura, Raquel Cheib Arquitetura Área: 700 m² Local: Belo Horizonte, Brasil Ano: 2018

Fontes: ArchDaily

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Imagem 17 - Mapa Brasil

LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA Escola Infantil Montessori fica localizada na cidade de Belo Horizonte - MG no bairro Serra. A escola fica na Avenida Afonso Penna, pode-se analisar se trata de uma avenida movimentada da cidade, mas que não há grandes dificuldades para chegar até a escola. Fontes: Google Maps Imagem 18 - Imagem aérea do bairro Serra

Fontes: Google Maps

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Imagem 19 - Moveis planejados

CONCEITO Minimalismo

PARTIDO Com o uso de cores neutras em todos os mobiliários cria-se um ambiente infantil que o destaque maior são os brinquedos propriamente. Luz solar e ventilação foram pontos importantes neste projeto de reforma, que antes era uma casa.

55 Fontes: ArchDaily


Imagem 20 - Moveis planejados

Fontes: ArchDaily Imagem 21 - Moveis planejados

Fontes: ArchDaily

Imagem 22 - Moveis planejados

Fontes: ArchDaily

Neste projeto, foram criadas paredes com cheios e vazios que proporcionam versatilidade no uso. nas quais os vazios são usados como prateleiras para os brinquedos, e os cheios não necessariamente são completamente cheios, mas são usados como banquinhos na altura das crianças. As cores de destaque são as cores primarias, mas preferiram escolher cores neutras para todo o mobiliário na intensão de que o destaque seja os brinquedos. Foram escolhidas cores predominantes branco, e tons bebês O chão é de vinifico, que imita madeira, e os moveis são planejados.

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SETORIZAÇÃO Figura 09 - Terreo

Figura 10 - 1º Pavimento

Fontes: ArchDaily

ÁREA SERVIÇO

REFEITORIO

ADMINISTRATIVO

SALA DE AULA

AREA LIVRE PARA ATIVIDADES

SANITARIO

O térreo do edifício da Escola Montessori é separado em setores, sendo eles as Salas de Aula que são 4 salas, o Administrativo, Refeitório e Área de Serviço, e o 1º pavimento é uma área livre para atividades. Pode-se ver que a área externa não possui um jardim avantajado ou bem elaborado, ou uma horta como é comum se ver em projetos com metodologia Montessori. A maior parte do projeto é composto de áreas secas e poucos materiais naturais.

Fontes: ArchDaily

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Figura 10 - 1º Pavimento

PEÇAS GRAFICAS

Figura 09 - Terreo

Figura 11 - Sala de Aula

Fontes: ArchDaily

Fontes: ArchDaily

Fontes: ArchDaily

Figura 12 - Corte

Fontes: ArchDaily

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5.3 MMG Escola Infantil Montessoriana

Ficha Técnica Arquitetos: HGAA Área: 600 m² Local: Vietnã Ano: 2020 59


Figura 13 - Mapa Vietnã

LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA MMG Escola Infantil Montessoriana fica localizada na cidade de Ha Long na costa norte do Vietnã, na zona residencial A escola fica na zona residencial e calma da cidade, e praticamente se mescla com a paisagem do bairro. Figura 14 - Imagem aérea Escola Infantil Montessoriana

Fontes: Google Maps

Fontes: ArchDaily

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Figura 15 - Corte esquemático das camadas

Imagem 23 - Frente da escola

CONCEITO Contato com a Natureza

PARTIDO A escola segue a premissa da metodologia Montessori, que busca a autonomia do estudante por meio da própria edificação. Logo, a criança consegue interagir facilmente com a natureza e o edifício.

Fontes: ArchDaily

Fontes: ArchDaily

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Imagem 24 - Jardim

Fontes: ArchDaily

Imagem 25 - Jardim

Fontes: ArchDaily

Imagem 26 - Sala de Aula

Fontes: ArchDaily

Imagem 27- Jardim

Toda a materialidade é natural, seguindo fielmente a premissa na Montessori. O chão é de laminado, que imita madeira, as mesas são de madeira na altura das crianças, tendo fácil acesso para pegar brinquedos nas prateleiras de madeira. O jardim fica bem no meio das salas de aula, criando um espaço de convívio natural ao ar livre. Há uma passarela que passa entre os dois blocos de sala de aula, na qual as crianças podem subir, brincar e olhar a vista de cima, com um detalhe muito interessante que é o chão de tela de aço com vidro embaixo, que possibilita a criança olhar pra baixo e "não ter chão", criando um espaço lúdico com um material simples que é o vidro. e o aço.

62 Fontes: ArchDaily


Figura 16- Planta Escola Infantil Montessoriana

O projeto é composto por dois blocos de sala de aula e no meio o jardim, que faz interação direta com dentro da sala de aula.

JARDIM

SALA DE AULA

SETORIZAÇÃO

SALA DE AULA

As crianças podem interagir tanto dentro da sala quanto no jardim que tem várias atividades ao ar livre.

Fontes: ArchDaily

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Figura 19 - Implantação

PEÇAS GRAFICAS Figura 17 - Corte mostrando ventilação e luz solar

Fontes: ArchDaily

Figura 20 - ´Planta Fontes: ArchDaily

Figura 18 - Corte

Fontes: ArchDaily Fontes: ArchDaily

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ESCOLHA DO TERRENO

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6.1 TERRENO ESCOLHIDO O terreno fica localizado em Ribeirão Preto - SP, entre o bairro Vila Tibério e Vila Virginia, na Avenida do Café por volta do número 800. São 15.508 m² de área.

VILA TIBERIO

VILA VIRGINIA

RIBEIRÃO PRETO

Fonte: Desenvolvido pela Autora (2022)

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O terreno fica localizado na Avenida do Café por volta no nº 800, ficando entre a Vila Tibério e Vila Virginia ambos bairros tradicionais da cidade de Ribeirão Preto. Sua proximidade com o centro foi um dos maiores atrativos para escolher essa localidade. E também por se tratar de uma avenida que não tem um fluxo muito intenso em horários de pico que seriam os horários de buscar e levar as crianças a escola, assim o embarque e desembarque das crianças é muito mais seguro do que em avenidas de fluxo rápido que podem ser perigosas.

Fonte: Fotografado pela Autora (2022)

Fonte: Fotografado pela Autora (2022)

Fonte: Fotografado pela Autora (2022)

Fonte: Fotografado pela Autora (2022)

Fonte: Fotografado pela Autora (2022)

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Fonte: Fotografado pela Autora (2022)


No terreno existem arvores que serão replantadas no terreno, atrás do terreno em direção a Vila Virginia existem outras árvores que não haverá intervenção. A topografia tem um decline em relação a Av. do Café, o terreno hoje em novembro de 2022 está sendo usado como ponto de outdoors.

Imagem 28 - ´Vista aérea Terreno

AFÉ C O D . AV

Fonte: Google Maps

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6.2 MAPA DE USO DE SOLO A Vila Tibério e Vila Virginia são bairros predominantemente Residenciais, Ambos bairros têm a característica residencial predominante, e a maior concentração de comércios fica localizada na Avenida do Café.

Residência Comércio Instituição Área Intervenção Fonte: Autora

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6.3 GABARITO Vila Tibério e Vila Virginia são bairros que as casas são quase exclusivamente térreas ou com dois pavimentos, poucas são as construções que passam de três pavimentos.. Na Avenida do Café, ao lado da Área de Intervenção, há alguns prédios de mais de três pavimentos, outros chegam a passar de 10 pavimentos.

Térreo 2 pavimentos +3 pavimentos Área Intervenção Fonte: Autora

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6.4 FIGURA FUNDO / HIERARQUIA VIARIA

50

100

200

Fonte: Autora

50

100

200

Fonte: Autora

Fluxo Alto Cheio

Fluxo Médio

Vazio

Fluxo Baixo

As quadras são compostas por mais cheios do que vazios. O trânsito tem um fluxo maior na Avenida do Café por ser uma via arterial, as de médio fluxo são coletoras que levam para dentro do bairro o trânsito, ou trazem de dentro do bairro. Já as de baixo fluxo são as vias locais que em geral são travessas e ruas estreitas.

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MEMORIAL JUSTIFICATIVO

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PROJETO ESCOLA DE ENSINO MONTESSORI DE RIBEIRÃO PRETO

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7.1 CONCEITO E PARTIDO CONCEITO Criar um espaço escolar que priorize a liberdade e autonomia do aluno, desta forma, a proposta é focar nas interações do aluno para com a natureza, bem como a interação humana entre os demais alunos.

PARTIDO

externo interno

interno interno

Para isto, são propostas salas de aula que possuem uma ligação visual, onde também é possivel interagir com o meio externo, não limitando o aluno apenas à sala de aula, a modo de priorizar a interação entre os alunos e o ambiente escolar

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7.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

ADMINISTRATIVO

QTD.

TOTAL

DIRETORIA

1

33,57 m²

33,57 m²

SALA DOS PROFESSORES

1

49 m²

49 m²

SECRETÁRIA E COORDENAÇÃO

1

33,88 m²

33,88 m²

VESTIARIO FUNCIONARIOS

2

9,27 m²

18,54 m²

QTD.

SALAS DE AULA

6

51,52 m²

309,12 m²

SANITARIO INFANTIL (FEM / MASC)

4

21,72 m²

86,88 m²

OFICINA DE DANÇA (BALLET E JAZZ)

1

51,52 m²

51,52 m²

SALA DE INGLES/ESPANHOL

1

51,52 m²

51,52 m²

OFICINA DE CULINARIA

1

51,52 m²

51,52 m²

OFICINA DE ROBOTICA

1

51,52 m²

51,52 m²

QUADRA DE ESPORTES

1

51,52 m²

51,52 m²

EDUCACIONAL

TOTAL

75


QTD.

CONVIVIO

TOTAL

PATIO

1

1.820 m²

1.820 m²

JARDIM SENSORIAL

1

153,92 m²

153,92 m²

REFEITÓRIO EXTERNO

1

223 m²

223 m²

REFEITÓRIO INTERNO

1

50,56 m²

50,56 m²

SERVIÇOS

QTD.

TOTAL

COZINHA

1

38,50 m²

38,50 m²

DESPENSA

2

14,86 m²

29,72 m²

ESTACIONAMENTO FUNCIONARIOS

1

670 m²

670 m²

REFEITÓRIO PROF. E FUNC. (+LAVABO)

1

33,39 m²

33,39 m²

ENFERMARIA

1

15,77 m²

15,77 m²

CAPACIDADE DE ATENDIMENTO DESCRIÇÃO

TOTAL

NUMERO DE PESSOAS

ALUNOS

90 ALUNOS

PROFESSORES

10 PROFESSORES

FUNCIONARIOS

10 FUNCIONARIOS

TOTAL DE PESSOAS

110 PESSOAS

A escola possui 6 salas de aula que comportam 15 alunos, sendo então 90 alunos por período. Cada sala é necessário 1 professor.

3.823,42 m² A escola fornece aulas extracurriculares de Dança, Culinária, Robótica e Ingles/Espanhol, sendo necessário 1 professor por oficina, totalizando 4 professores de oficinas. Dança: comporta 6 alunos por período Culinária: 6 alunos por período Robótica: 7 alunos por período Linhas Estrangeiras: 8 alunos por período

76


7.3 SETORIZAÇÃO E FLUXOGRAMA

ADMINISTRATIVO

QUADRA DE ESPORTES

SALAS DE AULA

SALAS DE AULA EXTRACURRICULARES

REFEITÓRIO

PÁTIO

77


ENTRADA ESTACIONAMENTO

EMBARQUE E DESEMBARQUE

ENTRADA PRINCIPAL JARDIM COMPARTILHADO

ESCADA

Acesso de automóveis: Podendo ser pelo estacionamento, ou pela alça de acesso de carros.

RAMPA DE ACESS0

Entrada principal: há apenas uma entrada principal na escola, que se dá pela alça de acesso de carros ou pela calçada.

ESCADA

ESCADA

Fluxos internos: criados por meio de paginação, rampas e escadas.

78


7.4 MATERIALIDADE 1 Tijolo pintado

1

3

2 Vinilico 3 Cobogó

2

4

4 Papel de parede 5 Cerca Viva 6 Esquadria Alumínio

5

de

7 Tijolo Ecológico 8 Vidro 9 Cimento Queimado

6

7

8

9

A escolha de materialidade foi pensada para haver função e não somente estética se ajustando ao conceito de conforto escolar que Maria Montessori propunha. Todas as paredes e estruturas são de Tijolo Ecológico (7) posteriormente colorido de branco (1) para lembrar o conforto de uma casinha de tijolinhos a vista. Os pisos das salas de aula são Vinilicos que imitam madeira (2) para proporcionar o conforto térmico para que o aluno possa se sentar confortavelmente no chão, as paredes são revestidas por Papel de Parede (4) de acordo com a faixa etária. O fechamento das portas laterais das salas é em Vidro (8) e as Esquadrias de Alumínio (6). O piso da área externa, administrativo, refeitório e oficinas são em Cimento Queimado (9). A fachada da escola é feita de Cobogós coloridos (3) que proporcionam cheios e vazios, e a Cerca Viva (5) não permite contato de pessoas de fora com as crianças, porém permite ventilação e luz de forma indireta.

79


7.5 SETOR ADMINISTRATIVO A Sala da Secretaria e a Sala da Diretória dá a possibilidade de reunir-se com os pais se for necessário, também sendo locais onde é possível armazenar documentos.

A Sala dos Professores foi projetada para ser um ambiente que proporcione conforto, e que seja multifuncional, podendo ser uma sala de reuniões ou de descanso para os professores. Banheiros e Vestiaria com chuveiro ficam instalados dentro da sala dos professores, visando o conforto e privacidade por ser necessário entrar dentro do box para fazer uso do mesmo.

80


7.6 SETOR EDUCACIONAL

Sala de Aula: Faixa Etária 9 aos 11 anos

As Salas de Aulas seguem o layout que a metodologia Montessori propõe, com ventilação e muita iluminação natural. A escolha de cada cor e material foi pensado para que o aluno se sinta acolhido no ambiente escolar, independente da faixa etária pois a escola atenderá alunos dos 6 aos 11 anos de idade, sendo assim as cores dos moveis e detalhes como papel de parede vão "amadurecendo" junto com a faixa etária do aluno. Todas as salas de aula são equipadas com moveis fixos e moveis que podem ser arrastados. As estantes e mesas embutidas são fixas, mas em uma altura que as crianças consigam alcançar ao pegar livros e brinquedos nas estantes sem ter a necessidade de pedir ajuda a um professor. Moveis que podem ser arrastados são as cadeiras, bancos e almofadas.

Sala de Aula: Faixa Etária 6 aos 8 anos

Sala de Aula: Faixa Etária 6 aos 8 anos

O piso é revestido com laminado que imita madeira sendo um excelente isolante térmico para que o aluno possa se sentar no chão com o conforto de um piso sempre em temperatura agradável. As cores escolhidas para a sala de aula são tons pastel como azul e amarelo, que se misturam a madeira para que o aluno se sinta acolhido, como se estivesse em casa.

81


Jardim entre as salas de aula

É criado um ambiente com paisagismo entre as salas de aula, onde os alunos possam sair da sala colher frutinhas, e cultivar flores. Proporcionando contato do interno com o externo de forma diária. E também conseguir ver os outros colegas pela porta de vidro, por trás do jardim que separa as salas. A escola oferece Oficinas como a de Culinária, de forma segura e controlada, fazendo uso de cooktops de indução, para evitar acidentes com as crianças e s armários e bancadas de manuseio dos alimentos da altura do aluno. A sala possui a mesma configuração das salas de aula comuns, para que haja ventilação e luz natural.

82


A Sala de Dança tem a capacidade de atender até 6 alunos por aula, sendo ministrada aulas de ballet clássico, jazz e sapateado, proporciona bastante espaço para os movimentos, espelho e barra de apoio na parede.

Oficina de Robótica tem capacidade para atender 6 alunos de forma confortável, as salas são equipadas com computadores e armários para guardar dispositivos eletrônicos.

Oficina de Inglês / Espanhol tem capacidade para atender 8 alunos por aula, as salas são equipadas com computadores e uma lousa, segue a mesma configuração das salas de aula comuns, proporcionando luz natural e ventilação.

83


7.7 ÁREA DE CONVIVIO Na área externa é possível brincar, correr, e se esconder atrás das árvores e canteirinhos, mas também é possível brincar no Parquinho com brinquedos como gangorra, escorregador e torres pra escalar.

O Refeitório é dividido entre interno e externo, podendo comer dentro do refeitório ou na área externa onde há bastante luz natural.

A Quadra de Esportes com a arquibancada que se mistura aos níveis também é um local atrativo para as crianças explorarem, podendo ser palco de escaladas e brincadeiras. E ao lado da quadra onde fica o vestiário foi criado um mirante no telhado verde.

84


O Jardim Sensorial conta com elementos que despertem os sentidos da criança. Foi criada uma paginação tatil com areia, pedrinhas, cascas de arvore e madeira, criando um ambiente a ser explorado. No mesmo espaço contem um Espelho D'Agua para as crianças se divertirem em dias quentes na agua rasinha.

7.8 ÁREA DE SERVIÇOS A Área de Serviços é composta pela Cozinha, Despensas (sendo uma para alimentos e outra para produtos químicos), uma pequena Enfermaria que tem capacidade de atender pequenas emergências, e o Refeitório dos Funcionários de forma que possam ter privacidade e conforto nos momentos de descanso.

85


²

PLANTA DE SITUAÇÃO


²

² ²

PLANTA BAIXA

²


PLANTA LAYOUT


PLANTA DE COBERTURA


² ²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

²

² ²

²

²

²

²

² ²

²

²

²

²

²

²

TOPOGRAFIA ORIGINAL

²

²

²

²


IMPLANTAÇÃO


CORTE A

CORTE B

CORTE C

CORTE D


ELEVAÇÃO 1

ELEVAÇÃO 2

ELEVAÇÃO 3

ELEVAÇÃO 4


9. MAQUETE DIGITAL

94


INTERNO

95


EXTERNO

96


REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO ABDEL, Hana, MMG Escola Infantil Montessoriana / HGAA" [MMG – My Montessori Garden Preschool / HGAA] 18 Jun 2020. ArchDaily Brasil. Acessado 5 Jun 2022. <https://www.archdaily.com.br/br/941924/mmg-escola-infatil-montessoriana-hgaa> ISSN 0719-8906 BNCC Base Nacional Comum Curricular: Educação é Base. São Paulo, 11 mai. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 5 jun. 2022. BNCC: O que é a Base Nacional Comum Curricular e qual é o seu objetivo. São Paulo, 19 fev. 2018. Disponível em: https://sae.digital/bncc-o-que-e-qual-e-o-seu-objetivo/. Acesso em: 5 jun. 2022. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular de 2017. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ . Acesso em: 06 jun. 2022.

Disponível

em:

COULLERI, Agustina "Escola Imagine Montessori / Gradolí & Sanz" [Escuela Imagine Montessori / Gradolí & Sanz] 18 Jan 2022. ArchDaily Brasil. Acessado 5 Jun 2022. <https://www.archdaily.com.br/br/975299/escola-imagine-montessori-gradoli-and-sanz> ISSN 0719-8906


DUPPRÊ, Marisa Rocha Cupido; BRAZ, Vivian Aparecida Corrêa. O Projeto Arquitetônico à Serviço da Educação Infantil. XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, Curitiba, p. 1-8, 26 set. 2013. FERNANDES, Bruno Rafael; COSTA, Korina Aparecida Teixeira Ferreira da. A aprendizagem na ambiência educativa infantil e sua relação com o espaço arquitetônico. Presidente Prudente, p. 1-9, 22 out. 2015. KOWALTOWSKI, Doris C.C.K. Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos, 2011 MARRONI, Eduardo. Escola Municipal de Ensino Fundamental Imaculada Conceição. Orientador: Prof.ª Adriana Carolina Broilo. 2017. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Univates, Lajeado, 2017. MARSHALL, Chloë. Montessori education: a review of the evidence base. Science of Learning, Queensland, p. 1-9, 27 out. 2017. MIGLIANI, Audrey. Neuroarquitetura aplicada a projetos para crianças. Archdaily, [S. l.], p. 1-1, 2 jul. 2021. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/941959/neuroarquiteturaaplicada-aarquiteturas-para-criancas. Acesso em: 13 out. 2022.


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