TFG 2019 ALTERADO - Residência unifamiliar com foco na sustentabilidade - Gabriela Godinho Arendt

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RESIDÊNCIA

UNIFAMILIAR

VOL. 02/Nº065

ISSN 2019-065

CDD 720

COM FOCO NA

SUSTENTABILIDADE Trabalho Final de Graduação

GABRIELA GODINHO ARENDT 2019


Revista TFG - Arquitetura e Urbanismo [recurso eletrônico] / Núcleo Docente Estruturante de Arquitetura e Urbanismo. Universidade de Marília. Vol 2, nº 065 (nov./dez. 2019). - Marília: UNIMAR, 2019. Trimestral Endereço eletônico: http://www.unimar.com.br/curso/graduaçao/arquitetura/ ISSN 2019 - 065 versão eletrônica 1. Arquitetura e Urbanismo 2. Sustentável 3. Residência 4. Unifamiliar I. Universidade de Marília. Arquitetura e Urbanismo CDD - 720


REVISTA - ARQUITETURA E UNIVERSIDADE DE MARÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO

ISSN 2019-065 REVISTA TFG

URBANISMO UNIMAR

CDD 720 VOL. 02

NOV/DEZ 2019


UNIVERSIDADE DE MARÍLIA Reitor MÁRCIO MESQUITA SERVA Vice - Reitora REGINA LÚCIA OTTAIANO LASASSO SERVA Pró- Reitora de Pós-Graduação FERNADA MESQUITA SERVA Pró-Reitor de Administração MARCO ANTONIO TEIXEIRA Pró-Reitor de Graduação JOSÉ ROBERTO MARQUES DE CASTRO Pró-Reitora de Ação Comunitária FERNANDA MESQUITA SERVA Curso de Arquitetura e Urbanismo FERNANDO NETTO


UNIVERSIDADE DE MARÍLIA NDE - NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE • Ms. FERNANDO NETTO - Coordenador / Arquiteto e Urbanista • Dr. IRAJÁ GOUVEIA - Docente / Arquiteto e Urbanista • Ms. WALNYCE O. SACALISE - Docente / Arquiteto e Urbanista • Ms. WILTON F. CAMOLESE AUGUSTO -Docente / Arquiteto e Urbanista

NÚCLE INTEGRADO DE PESQUISA E EXTENSÃO - NIPEX • Dra. WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER - Coordenação

CPA - COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO • Dra. ANDRÉIA C. F. BARALDI LABEGALINI - Pesuisadora Institucional

COMISSÃO EDITORIAL - REVISTA TFG • Ms. FERNANDO NETTO - Coordenador / Arquiteto e Urbanista • Ms. WILTON F. CAMOLESE AUGUSTO -Docente / Arquiteto e Urbanista • Ms. SÔNIA C. BOCARDI MORAES -Docente / Arquiteto e Urbanista • Dra. WALKIRIA MARTINEZ HEINRICH FERRER • FERNANDO MARTINS - Jornalista / MTB 76.753

COORDENAÇÃO - ARQUITETURA E URBANISMO • Ms. FERNANDO NETTO - Coordenador / Arquiteto e Urbanista


SUMÁRIO 09.......Resumo 10........Abstract 11.........Introdução 12........Conceitos 15........Evolução Histórica 16........Problematização 17.........Legislação 19.........Leitura de Projetos 25.......Local de Implantação 28.......Programa de Necessidades 29.......Organograma 30......Fluxograma 31......Partido Arquitetônico 32......Conclusão 33......Projeto 42......Referências



RESUMO

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ste artigo parte da percepção do desenvolvimento sustentável como a conciliação entre os intuitos dos progressos econômicos e sociais com a proteção ao meio ambiente. Sustentabilidade nada mais é que a manutenção das adversidades já causadas no planeta Terra, e prevenir futuros problemas no nosso já escasso ecossistema. Atualmente, acredita-se que tudo o que engloba este conceito seja um tema indispensável em todas as áreas. Na construção civil, é primordial que essa temática seja vista e discutida com ainda mais relevância. No momento atual, as construções de todos os âmbitos são responsáveis por grande parte da utilização de recursos não-renováveis no mundo, e a poluição gerada na produção de seus materiais empregados é preocupante. O propósito desse trabalho é desmistificar os preceitos de que um edifício com embasamento sustentável é habitualmente uma construção com caráter comum, rústico, sem originalidade. O estudo propõe-se a vislumbrar e tirar partido de possíveis soluções para minimizar os impactos decorrentes do adensamento das cidades e da relação do edifício com o meio em que está inserido. Com isso, a partir da apresentação de métodos construtivos, materiais, produtos e acabamentos que sejam fabricados ou utilizem recursos renováveis e reciclagem de outros elementos, e também através da análise de projetos similares, será possível aproximar o projeto a temática. Analisando soluções ao problema, seja no âmbito internacional ou na arquitetura brasileira, pode-se visualizar um panorama que incluí a busca da sustentabilidade nas construções, e a utilização de sistemas mais eficientes que possam ser aplicados no projeto residencial. Nas pesquisas desenvolvidas houve também a preocupação com a otimização do uso da energia, já que grande parte do consumo é direcionado para as edificações, sejam elas comerciais ou residenciais. A problemática estudada será voltada a um projeto residencial unifamiliar de alto padrão, seguindo as características do estilo contemporâneo com foco na sustentabilidade. Através de estudos planialtimétricos e de uso do solo realizados no local escolhido em Marília, interior do estado de São Paulo, e de observações das características climáticas da região, pode-se definir as técnicas que mais se adequem e que apresentem benefícios a médio e longo prazo a seus usuários. Palavras-chave: Arquitetura, Sustentável, Residência, Unifamiliar.

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T

ABSTRACT

his article is based on the perception of sustainable development as the reconciliation of economic and social progress with the protection of the environment. Sustainability is nothing more than the maintenance of adversities already caused on planet Earth, and prevent future problems in our already scarce ecosystem. Currently, it is believed that everything that encompasses this concept is an indispensable theme in all areas. In civil construction, it is essential that this theme to be discussed with even more relevance. At the present time, constructions of all scopes are responsible for much of the use of nonrenewable resources in the world, and the pollution generated in the production of its employed materials is of concern. The purpose of this work is to demystify the precepts that a building with a sustainable foundation is usually a construction with a common character, rustic, without originality. The study proposes to envisage and take advantage of possible solutions to minimize the impacts resulting from the densification of cities and the relation of the building to the environment in which it is inserted. With this, from the presentation of construction methods, materials, products and finishes that are manufactured or use renewable resources and recycling of other elements, and also through the analysis of similar projects, it will be possible to approach the project thematic. Analyzing solutions to the problem, whether in the international context or in the Brazilian architecture, one can visualize a panorama that includes the search of sustainability in the constructions, and the use of more efficient systems that can be applied in the residential project. In the researches developed there was also the concern with the optimization of the energy use, since much of the consumption is directed to the buildings, be they commercial or residential. The problem studied will be focused on a high standard residential project, following the characteristics of the contemporary style with a focus on sustainability. Through planialtimetric and land use studies carried out in the chosen location in MarĂ­lia, in the interior of the state of SĂŁo Paulo, and observations of the climatic characteristics of the region, one can define the techniques that are most suitable and that present medium and long-term benefits to its users. Keywords: Architecture, Sustainable, Residence, Single Family.

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1. INTRODUÇÃO

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De acordo com Abe Kruger e Carl Seville (2016), Arquitetura Sustentável é um conjunto de técnicas construtivas e métodos de planejamento de projeto que visam minimizar o impacto ambiental causado por uma edificação e otimizar o uso dos recursos naturais. Todos os detalhes são pensados para terem efeitos de longo prazo em muitos aspectos do meio ambiente, como os fatores que contribuem para o aquecimento global. Atualmente, segundo pesquisas feitas pelo Worldwatch Institute em 2009, a construção civil representa um gasto de 40% da energia produzida, 16% do gasto de água e 25% da utilização de toda a madeira extraída. Também é responsável por uma parcela significativa da poluição atmosférica e da água. Os materiais usados em uma edificação causam impacto negativo no meio ambiente, assim como toda a água e energia utilizada tanto na parte construtiva como em toda a vida útil do edifício. Ainda segundo Abe Kruger e Carl Seville (2013), é necessário um planejamento completo para construir de maneira econômica, social e ecologicamente sustentável. Com todas as constantes mudanças no clima global e crescentes conflitos sociais, a utilização desse método, pode trazer uma enorme contribuição para a diminuição desses problemas. Sendo assim, um projeto arquitetônico com foco na sustentabilidade não deveria ser um diferencial ou uma opção, é um dever de todos os profissionais na área da construção civil, dando sempre um maior enfoque na redução do consumo de água e eficiência energética com o aproveitamento de ventilação e iluminação naturais. Portanto, a arquitetura sustentável busca soluções com menos impactos em todo as etapas construtivas, começando pelo descarte

consciente e a reciclagem do material empregado, terminando na captação de água da chuva, otimização da utilização da energia e fontes de energias renováveis que serão utilizadas quandoaedificaçãoestiveremuso. O estudo partiu da conceituação de alguns termos essenciais para o entendimento e melhor apropriação do tema para utilização no projeto. Em seguida, foram pesquisados aspectos da evolução histórica para então expor a problematização com a justificativa e os objetivos do tema e da proposta. Foram observados itens da legislação referente ao projeto a ser desenvolvido e analisados alguns projetos similares. A partir daí foram avaliados alguns possíveis terrenos para implantação do projeto e feitos os levantamentos necessários para o terreno escolhido. No tocante à proposta projetual, foram desenvolvidos o Programa de Necessidades por setores, discutidos e definidos o Organograma e o Fluxograma. A partir daí foi delineado o partido arquitetônico a ser adotado. O objetivo continua sendo o processo do projeto preocupado com os parâmetros da sustentabilidade na produção da arquitetura. A viabilidade de oferecer à arquitetura um caráter sustentável deverá gerar uma arquitetura mais correta, com a criação de ambientes mais confortáveis com menos necessidade de energia para climatizar. A preocupação com uma arquitetura mais sustentável deve ser permanente, que se inicia com a escolha do terreno, passa pelas fases e escolhas do projeto e continua durante a construção. Os parâmetros que definem melhor um projeto sustentável, exigem atualização constante, onde os estudos, técnicas e materiais que existem hoje podem ser futuramente alterados e incorporados novos conceitos sempre no sentido de melhorar o caráter

sustentável, refletindo as condicionantes naturais do meio em que for inserido e os recursos tecnológicos disponíveis no momento.


2. CONCEITOS 2.1 Sustentabilidade A atenção com o uso responsável dos recursos naturais e com o meio ambiente estão mais enfatizados do que nunca. De acordo com o site Cycle (2016), a instabilidade ambiental que acontece no momento atual pelos desastres naturais tem origem na Idade Média, quando a civilização se achava “superior” à natureza, desmatando e poluindo todos os recursos naturais para seu desenvolvimento. Porém, as consequências foram grandes, e agora temos que pensar soluções para ao menos minimizar esses danos. O conceito de sustentabilidade como conhecemos hoje teve origem na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que aconteceu entre os dias 5 e 16 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia. A Conferência foi realizada para alertar e chamar atenção das políticas internacionais principalmente para as questões relacionadas à poluição e a desolação do meio ambiente. Na Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92 ou Rio-92), que aconteceu em 1992 no Rio de Janeiro, o conceito de desenvolvimento sustentável se tornou ainda mais estabelecido por todos. Passou a ser compreendido como um investimento a longo prazo no cuidado com o meio ambiente, para que no futuro a humanidade não fique sem seus já escassos recursos naturais. Segundo a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (2004), a Eco-92 foi o evento de criou a Agenda 21, um documento que decretou a importância do engajamento de todos os países com os problemas ambientais, e incentivou raciocínios responsáveis para todos governos criando metas para incitar a formação de uma nova organização econômica e civilizatória. No Brasil, o documento da Agenda 21 tem maior enfoque nos programas de inclusão social (incluindo distribuição de renda, acesso à saúde e educação) e desenvolvimento sustentável (incluindo sustentabilidade urbana e rural, preservação dos recursos naturais eminerais, ética e políca para o planejamento). Na Cúpula da Terra sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo, em 2002, foram sugeridas a maior incorporação entre as dimensões econômica, social e ambiental, com a elaboração de programas e políticas com enfoque nas questões sociais. Após os citados eventos, o termo “sustentabilidade”, foi incorporado no meio político, empresarial e nos meios de comunicação. Porém, parecem ainda não entender sua rela importância, e os danos extremamente prejudiciais para todos caso não seja levado à sério. O desenvolvimento na maior parte dos países continua a ser baseado apenas no crescimento desenfreado, explorando incessantemente os já excassos recursos naturais. Os maiores problemas a serem combatidos não são apenas as escolhas feitas nos setores empresariais e governamentais, mas também as nossas escolhas cotidianas, como afirma o site eCycle (2016). A transição para um modelo de vida não será fácil, já que os maus hábitos estão enraizados, mas a adaptação já está em andamento, gradualmente.

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2.2 Arquitetura Sustentável Costa Montesanti, mestre em Ecologia e Evolução pela Unifesp

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Para uma edificação ser considerada sustentável o planejamento consciente deve começar antes mesmo do início da construção, preferindo a utilização de materiais mais duráveis e menos agressivos ao meio ambiente, segundo Kruger e Seville (2016). Também é necessário verificar os fornecedores, para garantir que a procedência seja ambientalmente segura. Deve ser dado preferência na escolha de materiais que sejam produzidos de forma ambientalmente limpa, a partir de matérias-primas naturais ou disponíveis em abundância, assim como aqueles reciclados e reutilizados. Continuando na pré-construção, o planejamento do tempo de uso da edificação e dos materiais usados é de extrema importância, junto com o estudo de impacto ambiental e a fase de projetos, de modo que aproveite ao máximo os recursos naturais disponíveis, como ventilação e iluminação natural, para reduzir o consumo de energia. Em relação ao consumo de energia, um fator importante é a escolha do material. Dando um exemplo, materiais transparentes devem ser escolhidos com o objetivo de permitir o máximo de passagem de luz naturais em ambientes internos. De acordo com estudos feitos em 2018 por Julia de Almeida

(2015), a preservação das características naturais é uma questão de relevância para ser considerada enquanto a escolha do terreno. É importante prestar atenção à escolha da orientação da construção da edificação, pois isso é decisivo para controlar a entrada de luz solar, ventilação natural e sombreamento, itens que podem reduzir consideravelmente a necessidade de grande quantidade de energia elétrica para iluminação e condicionamento climático. Outro modo de reduzir o consumo energético é a instalação de painéis fotovoltaicos (que convertem a energia solar em energia elétrica) ou de sistemas de aquecimento solar. Durante a construção, deve se evitar ao máximo o desperdício dos materiais utilizados e reaproveitar sempre que possível. Além não gerar danos ao meio ambiente, ainda economiza um valor significativo com a compra de materiais. Ainda baseado nos estudos feitos por Montesanti, um projeto de construção sustentável deve priorizar o reaproveitamento de água, implantando sistemas de captação, tratamento e reuso tanto para a água da chuva quanto para a água de reuso, água restante do chuveiro e da máquina de lavar e podem ser reutilizadas para lavar áreas externas, pisos, e até para regar vegetações. Quando finalizada a obra devem ser observados os cuidados necessários à destinação dos resíduos da construção e em todas as etapas devem ser utilizados materiais não tóxicos.


2.3 Residência Unifamiliar

Segundo o site Conceitos (2016), Residência Unifamiliar é uma moradia habitada por um único grupo de pessoas ou família. Costumam se localizar em bairros mais afastados dos centros urbanos, em zonas exclusivas para esse tipo de edificações. Esse tipo de residência geralmente é projetado para atender as necessidades de cada morador, fazendo com que tenham de todos os detalhes, dando as orientações ao construtor. As residências unifamiliares devem respeitar as áreas mínimas de construção e circulação que constam no Plano Diretor da cidade escolhida, cumprindo todas as normas previstas.

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3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Apesar do termo “arquitetura sustentável” ter ganhado destaque no final dá década de 80, a arquitetura ecológica já era empregada no Brasil, nas construções de taipa e nas ocas indígenas que utilizavam materiais disponíveis na região, mão de obra local e ainda por cima eram climatizadas naturalmente, cumprindo sua função social de abrigo. Por volta de 1760, a Revolução Industrial, conhecida pela evolução das máquinas à vapor, os progressos tecnológicos proveram a exploração dos recursos naturais em proporções gigantescas, acentuada pela criação do motor alimentado por combustíveis e o maior conhecimento da eletricidade. As inovações geraram a inevitabilidade da extração de recursos naturais, como o cobre e petróleo de maneira frequente em larga escala. Esses avanços tecnológicos foram causadores de desenvolvimentos na economia da época, mas também ocasionaram grandes adversidades com a falta de discernimento sobre a primordialidade de um desenvolvimento ecologicamente durador e equilibrado. Entregues pelo raciocínio da época, os ingleses viam a poluição das indústrias como representativos de uma sociedade progressista, sem notar as decorrências causadas por esse modelo industrial. Nas décadas de 1960 e 1970 começam os maiores raciocínios sobre os prejuízos provocados ao meio ambiente, concebendo as primeiras lutas do que viria a ser uma responsabilidade ecológica. A utilização dessa concepção entrou no raciocínio dos arquitetos depois da Crise do Petróleo, que aconteceu década de 1970, para tentar minimizar o consumo de energia e analisando novas maneiras de aproveitá-las. Posteriormente ao final da crise, a ideia apenas se fortificou, já que a consciência de sustentabilidade evoluiu cada vez mais. A década de 1990 foi fundamental para a arquitetura sustentável. Em 1997, em Helsinki, na Finlândia, aconteceu a primeira convenção internacional sobre construção sustentável, e no ano seguinte, no Reino Unido, foi criada a primeira instituição de certificação de prédios sustentáveis, a BREEAM. O LEED, o maior e mais aplicado sistema de certificação ambiental surgiu em 1998 nos EUA, desenvolvido pelo United States Green Buildind Council. O objetivo do sistema era criar pré-requisitos que devem ser comprovados na edificação antes de serem certificados. Em 2006, foi criado Living Building Challenge (LBC) pelo Cascadia Green Building Council, em uma parceria dos concelhos dos EUA e do Canadá. O LBC propõe que seja planejado cada fase da construção, desde o projeto à fase de acabamentos, para que o edifício tenha um impacto positivo em sua região. Esse método também mostra uma estimativa de quantitativos de materiais utilizados na edificação, evitando desperdícios. A certificação ZEB (Zero Energy Building) surgiu em 2017, e certifica um edifício quando ele produz de forma renovável sua própria energia utilizada. Criada pelo Green Building Council Brasil, a construção deve ter comprovada pelo menos um ano de independência total das concessionárias de energia.

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4.PROBLEMATIZAÇÃO

4.1. Justificativa De acordo com dados fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia – Balanço Energético Nacional em 2013, as edificações residenciais correspondem a 9,72% do total do consumo energético final. A construção civil também é responsável por até 84% da demanda de água potável em grandes centros urbanos, segundo o comitê temático da água do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (2016). Outro desperdício na construção é civil são os resíduos dos materiais utilizados, o famoso entulho, e representam, em média, 50% da massa de resíduos sólidos urbanos no Brasil, de acordo com Sérgio Cibelli Angulo. No que diz respeito aos projetos arquitetônicos, a sustentabilidade é aplicada com objetivo de construir com impacto mínimo.

4.2. Objetivos Segundo estimativas da Escola Politécnica da USP, a construção civil consome de 40% a 75% da matéria-prima do planeta. Nesse caso, cada edificação construída com projetos com focos sustentáveis representa um passo importante rumo a um mundo mais verde. Atualmente é crescente a necessidade de projetos sustentáveis. A caracterização de uma construção que utiliza dos conceitos de arquitetura com ênfase na sustentabilidade está nos seus componentes tecnológicos, nos sistemas de reutilização de água, gestão do lixo, minimização do uso e produção de energia, utilização de materiais e técnicas que possibilitem maior conforto e que agridam em menor escala o meio ambiente.

O objetivo principal do presente trabalho é realizar a proposição e implantação de uma arquitetura sustentável, considerando como estudo uma residência unifamiliar de classe média-alta. Para isso, também se faz necessário realizar uma análise dos aspectos ambientais do local, das tecnologias e materiais existentes e disponíveis, no sentido de viabilizar a proposta. Pretende-se apresentar um projeto inserido nas características do movimento contemporâneo na arquitetura, bem como a utilização de materiais naturais, o aproveitamento de materiais recicláveis, reaproveitamento da água, utilização de energias alternativas e a valorização da luz natural.

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5. LEGISLAÇÃO 5.1 Selos Verdes Para tentar diminuir os impactos causados pela construção civil, organizações públicas e privadas produziram regras, criando certificações e selos para a arquitetura sustentável. As principais instituições são:

5.1.1. BREEAM – Building Research Establishment Environmental Assessment Method BREEAM é uma instituição inglesa autora do selo, criado em 1992. Mais conhecida no Reino Unido e na Europa, o BREEAM veio para o Brasil em 2011 adaptado pelo BESPOKE, um sistema que unifica as normas e regulamentos locais. A certificação BREEAM aplica medidas avaliações de desempenho legitimada no mundo inteiro, apresentando várias categorias e parâmetros de avaliação. Sua metodologia foi formada baseando-se em pesquisas científicas associadas à construção civil. Os requisitos exigidos são difíceis de atender e ainda é pouco utilizado no Brasil. Não existe uma representação aqui, e alguns critérios ainda não são existentes no país, o que complica a obtenção dos certificados. O BREEAM é dividido em 9 categorias (cada uma com suas particularidades): gerenciamento, energia, água, transporte, materiais, poluição, saúde e bem-estar, uso da terra e ecologia e resíduos. A avaliação é feita por uma instituição licenciada em diversas fases de uma edificação, fornecendo reconhecimento, sistema para reduzir custos, entre outros. A certificação é fundamentada em pontuação. São 100 pontos, divididos em 9 categorias, com créditos que podem variar de peso. A pontuação mínima para o primeiro nível (PASS) é 30 pontos. As próximas classificações são classificações são: GOOD (45 pontos), VERY GOOD (55 pontos), EXCELLENT (70 pontos) e OUTSTANDING (85 pontos).

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5.1.2. LEED – Leadership in Energy and Environmental Design É uma certificação internacional, concedida pela Green Building Council que dita preceitos na construção civil. O selo LEED é concedido por de uma avaliação com 7 categorias, totalizando uma nota, que pode ficar entre 40 e110 pontos. Todas as categorias possuem requisitos obrigatórios e créditos, que se estiverem presentes no projeto, geram pontos para a construção. O nível da certificação é nominado de acordo com a quantidade de pontos obtidos.


5.2 Códigos de Obras de Marília – Lei Complementar n° 42, de 28 de setembro de 1992 De acordo com a Seção X do Código de Obras de Marília, as residências unifamiliares devem conter vão mínimos em corredores, passagens e rampas superior ou igual a 2 metros. As rampas não poderão apresentar inclinação superior a 12%, e a 6% o piso deverá ter revestimento antiderrapante. Os degraus das escadas devem ser inferiores a 18 centímetros e largura superior a 25 centímetros. No Código de Obras ainda consta que toda residência unifamiliar deverá possuir ao mínimo um dormitório, uma cozinha, um banheiro e uma área de serviço.

5.3 NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos É um conjunto de critérios referentes à acessibilidade em edificações e espaços urbanos, abrangendo questões que visam causar conforto a todos que utilizarão aquele espaço. Seus principais pontos para residência unifamiliar são as rampas e degraus, dimensionamento da circulação interna, larguras de portas, altura de janelas bancadas e todos os acessos externos para a edificação.

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6. LEITURA E PROJETOS Figura 1: Vista Superior

6.1 Casa Folha Segundo o site Galeria da Arquitetura a principal inspiração para o projeto a “Casa Folha”, por Mareines e Patalano Arquitetura, que está localizado em Angra dos Reis, foi a arquitetura indígena, se baseando nos ambientes integrados das ocas. Também tinham a inevitabilidade de construir habitações se relacionassem com clima brasileiro, e utilizavam diversos técnicas diferentes com esse objetivo. A casa fez uso de materiais naturais e renováveis na construção, combinados com a ventilação e iluminação natural. Também utilizou técnicas de resfriamento passivo, para reduzir a temperatura interna do ambiente que não utilizem fontes de energia elétrica. A água da chuva é escoada pelo telhado da casa, e reutilizada no dia a dia. O nome do projeto é uma alusão a sua cobertura em formato de folha, que é capaz de proteger o interior do sol, e também cria sombras em toda a área externa, onde existem vários espaços amplos e abertos. O pé direito alto ajuda com que os ventos vindos do Sudoeste ventilem a casa inteira, garantindo conforto térmico o ano inteiro. No seu interior, existem poucos corredores e divisórias, sendo a maioria delas feita de materiais leves ou translúcidos, para dar a sensação de um só ambiente. Todas as superfícies da edificação são feiras de materiais naturais, e todas as madeiras utilizadas na construção são de reflorestamento. Toda a estrutura da parte superior é feita com lâminas de Eucalipto.

Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)

Figura 2: Área de Lazer

Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)

Figura 3: Corte Transversal

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Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)


LEITURA E

PROJETOS Figura 4: Planta Baixa - Térreo

Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)

Figura 5: Planta Baixa – Pavimento Superior

Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)

Figura 6: Corte Esquemático

Fonte: Galeria da Arquitetura (2017)

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CASA GREEN SCREEN

6.2 Casa Green Screen Localizada na província de Saitama, Japão a construção é chamada de “Tela Verde” pois na fachada da edificação existe um grande “painel” de plantas, que além de agir como uma proteção solar natural, também ajustar o conforto térmico do interior. Com esse sistema de refrigeração, foi notada uma diferença de dez graus entre o exterior e os ambientes internos. Segundo o site AchDaily, a tela é côncava em relação ao edifício, e contribui com a diminuição de gastos com energia elétrica. A posição das plantas foi estudada para que o vento corresse no sentido sudoeste – nordeste, para que conseguisse entrar pelas portas da casa.

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Figura 7: Vista Externa da Tela

Fonte: ArchDaily (2018)


Figura 8: Vista Interna da Tela

Fonte: Fonte: Arch Daily (2018)

Figura 9: Cortes Esquemรกticos

Fonte: Fonte: Arch Daily (2018)

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6.3 Earthship De acordo com o site Público (2013) a Earthship foi desenvolvida pelo arquiteto norte-americano Michael Reynolds, e ultrapassa a ideia convencional de habitação, pois oferece a seus moradores o necessário para viver de forma confortável e praticamente autônoma. A Earthship sofreu diversas modificações em seu projeto, até se tornar um conceito, como é apresentado hoje pela Earthship Biotecture — instituição fundada por Michael Reynolds para ensino, pesquisa e desenvolvimento das Earthships. O conceito atual oferece a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, a possibilidade de construir sua própria Earthship, pois se baseia em princípios básicos que se integram aos sistemas naturais do planeta (gravidade, sol, vento e chuva), independente do clima ou relevo. Chamados de seis princípios, estes requisitos são os responsáveis pela autonomia, sustentabilidade e originalidade das earthships, são eles: coleta e armazenamento da água da chuva; tratamento do esgoto; uso de energias renováveis para gerar eletricidade; uso da massa térmica para aquecer e resfriar o ambiente; uso de materiais recicláveis na construção e produção de comida. Estas casas captam a água da chuva e permitem que seja reutilizada quatro vezes (passando por alguns processos de tratamento), podendo ser aquecida pelo sol ou através de gás natural. A eletricidade é outro item importantes para o arquiteto, que é obtida através de sistemas solares e eólicos, sendo armazenada em baterias. Quanto ao lixo e ao saneamento, o esgoto doméstico é reutilizado através de células de tratamento, interiores e exteriores. Além disso, utilizam o sistema de água-cinza tratada, o que permite a ausência de odores. A comida é cultivada numa estufa, que aproveita a água usada nos lavatórios e que é posteriormente tratada para regar as plantas. Figura 7: Vista Externa da Tela

Fonte: Fonte: Público (2013)

Figura 11: Corte Esquemático

Fonte: ArchDaily (2015)

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7. ANÁLISE E ESCOLHA DO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO Figura 12: Localização dos terrenos de estudo no mapa de Marília - SP

Fonte: Google Maps

Marília é um município brasileiro localizado na região Centro-Oeste do estado. Segundo o site da Prefeitura Municipal, possui uma área total de 1.194 km²; sendo 42 km² de área urbana e 1.152 km² de área rural. Tem uma altitude de 650 m e sua topografia descreve uma região montanhosa. A princípio foram selecionados 3 locais e finalmente escolhido o que foi considerado o melhor para a implantação da residência.

7.1 Rua dos Cristais, 720, Jardim Maria Izabel – Marília, São Paulo Figura 13: Localização do Terreno

Fonte: Acervo do Autor

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Figura 14: Fotos do Local

Fonte: Acervo do Autor


Localizado em um bairro residencial que atualmente está em grande desenvolvimento, o terreno é próximo à uma das principais avenidas da cidade, a Avenida das Esmeraldas, e é de fácil acesso tanto pelo bairro Jardim Maria Izabel, quanto pela Rodovia Transbrasiliana. O lote fica na área central da quadra, possui desnível, com declive seguindo o sentido do caimento da rua. Sem grandes vegetações e praticamente limpo, é um espaço muito propício para construções. Tem aproximadamente 1032,20 m². Não foi o local escolhido pois apesar de ser muito bem localizado e com pouco desnível, não se adequou completamente ao objetivo do projeto, que é dar visibilidade ao projeto.

7.2 Rua Doutor Granadino de Batista, 424, Senador Salgado Filho – Marília, Figura 15: Localização do Terreno

Figura 16: Fotos do Local

Fonte: Acervo do Autor

Fonte: Acervo do Autor

O terreno se localiza em uma área rica da cidade, com residências grandes e de alto padrão. A dez minutos de caminhada da Avenida Rio Branco e próximo ao Instituto de Olhos de Marília, é um local de fácil acesso tanto pelas ruas da cidade quanto pela Rodovia Transbrasiliana. É um lote de esquina, com declive de aproximadamente 10 metros, seguindo o caimento da rua José Alfredo de Almeida lateralmente. Com aproximadamente 1331,65 m², está atualmente em situação de descaso, com vegetação alta e acabou virando depósito de lixo. Principalmente pelo grande desnível existente, não foi o local escolhido para a realização do projeto.

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Rua Osvaldo Guedini, 170, Jardim Tropical – Marília, São Paulo Figura 17: Localização do Terreno

Figura 18: Fotos do Local

Fonte: Acervo do Autor

Fonte: Acervo do Autor Figura 19: Fotos do Local

Figura 20: Fotos do Local

Fonte: Acervo do Autor

Fonte: Acervo do Autor

Escolhido para a execução do projeto, o lote se localiza em uma rua paralela à Avenida das Esmeraldas, e é um local de fácil acesso e grande visualização. É próximo da rodoviária municipal, do Colégio Criativo e dos principais supermercados e centros comerciais da cidade. Apesar de estar próximo a uma das avenidas mais movimentadas da cidade, o bairro é tranquilo, majoritariamente residencial. As residências ao redor são grandes e de alto padrão, que se adequa ao estilo escolhido para a projeto. Com pouco desnível (declive de 1 metro a cada 10 metros, para o lado norte e leste do terreno), o terreno tem área de 954,60 m², sem grandes vegetações existentes. Está com boa manutenção, e é bem iluminado. O acesso para o local pode ser feito tanto pelo bairro, como pela Avenida das Esmeraldas, e tam-

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bém é próximo à Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, rodovia que interliga grande parte da cidade. De acordo com a Lei de Zoneamento e Uso de Solo (Lei nº 4455, de 18 de junho de 1998), o terreno escolhido se encontra na Zona Especial de Corredores 1 (ZEC 1). De acordo com a Lei, nas Zonas Especiais dos Corredores serão permitidos usos residenciais, comércios, serviços e institucionais, podendo, a critério da SPU, ser exigido projeto acústico, objetivando compatibilizar os diversos usos permitidos com a área residencial próxima, principalmente em casos de bares, restaurantes, choperias ou lanchonetes com música ao vivo. O recuo mínimo frontal apresentado na Lei é de 4 metros. A Taxa de Ocupação deve ser de 50%, e o Coeficiente de Aproveitamento do terreno deve resultar em 1.

8. PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO O programa de necessidades escolhido para o projeto foi pensado para atender confortavelmente todas as necessidades de uma família de classe média-alta, com quatro pessoas: dois adultos e duas crianças. Foi dividido em quatro setores: Social, Serviço, Lazer e Íntimo. O Pré Dimensionamento das áreas mínimas dos ambientes segue os requisitos apresentados no Código de Obras e Edificações de Marília, Capítulo II, Seção I, Art. 55 (Tabela II).

Fonte: Acervo do Autor

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9. ORGANOGRAMA Organograma é uma prévia locação da setorização dos ambientes, sem a separação dos ambientes singularmente. Foi dada preferência em localizar a área de lazer na zona norte, para receber o máximo de luz solar possível. Já a área íntima, terão as janelas viradas para o lado leste, para receberem o sol na parte da tarde. As áreas de serviço e social terão suas aberturas para o lado oeste, para receberem o sol na parte vespertina do dia.

Tabela 1: Pré Dimensionamento

Fonte: Acervo do Autor

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9. FLUXOGRAMA O fluxograma define previamente como será o fluxo internamente na edificação entre os setores. Figura 22: Fluxograma

Fonte: Acervo do Autor

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11. PARTIDO ARQUITETÔNICO A concepção da residência unifamiliar com foco na sustentabilidade foi propor uma arquitetura limpa, com poucos elementos, próximo ao minimalismo e com referências ao estilo contemporâneo, juntamente com soluções plausíveis para restringir os impactos ambientais causados na construção. Na alvenaria, ao invés do tijolo comum, será utilizado o Tijolo de Solo Cimento, que é composto a partir da combinação de terra, cimento e água, que se solidifica após o processo de “cura”. Além de permitir ser moldado na forma necessária, tem um baixo custo de fabricação, já que utiliza materiais presentes na região. Como tem um bom acabamento nas faces prensadas e é duradouro, é constantemente usado sem o reboco. Como uma forma de poupar energia, serão instalados painéis fotovoltaicos, que além de causarem menos impacto no meio ambiente, reduzem o valor pago às concessionárias, já que a energia será produzida e consumida no local. Apesar se serem um investimento alto inicialmente, o valor pago pelos painéis é restituído pela economia geradas nas contas de energia elétrica. Também como uma forma de diminuir o consumo elétrico, as aberturas e janelas terão maiores dimensões e estarão dimensionadas para o lado correto, para o melhor aproveitamento da ventilação e iluminação natural. A reutilização da água cinza, que é a água proveniente de banhos, máquinas de lavar roupa e pias é um sistema que reduz de 30% a 50% o consumo de água potável, de acordo com o site Fluxo Ambiental (2016). Com isso, as águas de reuso consideradas próprias para uso serão coletadas separadamente e conduzidas para uma estação de tratamento exclusiva, que será locada na laje da residência. Após tratada, pode ser utilizada em descargas, regar plantas ou lavar áreas externas. O telhado verde será um item importante da construção, pois, diferente dos sistemas de coberturas comuns, absorve até 90% mais o calor, fazendo com que não seja propagado para o interior da residência. Além de proporcionar mais conforto para os moradores, as plantas utilizadas na construção absorvem os barulhos externos a ajudam a reter a água da chuva. A piscina biológica que será implantada na residência é um sistema é que não é utilizado produtos químico para o tratamento da água, mas sim plantas aquáticas, com Nenúfares ou Ninféias, que proporcionam a limpeza através da liberação de oxigênio. A piscina é dívida em uma área para a utilização comum, e outra para a purificação.

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CONCLUSÃO Atualmente, Arquitetura Sustentável deixou de ser uma preocupação opcional no projetos e passou a se tornar um item obrigatório e requistado por muitotos clientes interessados em construir. No momento em que vivemos, onde diversos desastres naturais causados pela má utilização dos recursos naturais pelo homem, é cada vez mais imprescindível que comecemos a agir com mais responsabilidade, sempre considerando as consequências que nossas ações terão no futuro. A construção civil e tudo que a engloba causa sérios impactos no meio ambiente e nos escassos recursos naturais que nos restam. Portanto, sempre devemos nos preocupar em fazer melhores escolhas com revestimentos, materiais construtivos e acabamentos finais que iremos utilizar na obra, sempre buscando itens fabricados com materiais reciclados ou reutilizados, e com maior durabilidade. Desta maneira, o projeto realizado procurou pensar em todos os esses detalhes importantes, incluindo - os em uma residência de alto padrão, evidenciando que é possível conciliar a sustentabilidade com luxo e conforto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCH DAILY. Casa green screen / hideo kumaki architect office. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-145124/casa-green-screen-slash-hideo-kumaki-architect-office/521e4e08e8e44ef640000045-green-screen-house-hideo-kumaki-architect-office-image>. Acesso em: 23 mar. 2019. ARCHTRENDS PORTOBELLO. Inspire-se em 5 projetos sustentáveis de arquitetura pelo mundo. Disponível em: <https://archtrends.com/blog/projetos-sustentaveis-de-arquitetura/>. Acesso em: 20 fev. 2019. CICLOVIVO. Entenda como são feitas as piscinas biológicas que substituem cloro por plantas. Disponível em: <https://ciclovivo.com.br/arq-urb/arquitetura/piscinas-biologicas-substituem-cloro-por-plantas/>. Acesso em: 31 mai. 2019. CONCEITOS. Moradia unifamiliar. Disponível em: <https://conceitos.com/moradia-unifamiliar/>. Acesso em: 29 mar. 2019. ECOCASA. Tijolo solo cimento. Disponível em: <https://www.ecocasa.com.br/ tijolo-solo-cimento>. Acesso em: 20 mai. 2019. ECOEFICIENTES. O que é e como fazer um telhado verde. Disponível em: <http://www.ecoeficientes.com.br/o-que-e-e-como-fazer-um-telhado-verde/>. Acesso em: 23 mai. 2019. ECYCLE. O que é sustentabilidade: conceitos, definições e exemplos. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/3093-sustentabilidade-o-que-e-conceito-de>. Acesso em: 23 abr. 2019.


GALERIA DA ARQUITETURA. Volta ás raizes. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/mareines-arquitetura_patalano-arquitetura_/casa-folha/778>. Acesso em: 22 mar. 2019. INFOESCOLA. Arquitetura sustentável. Disponível em: <https://www.infoescola. com/ecologia/arquitetura-sustentavel/>. Acesso em: 22 fev. 2019. ISTOÉ. Casa folha. Disponível em: <https://istoe.com.br/268926_casa folha/>. Acesso em: 22 mar. 2019. KIKO FERREIRA ARQUITETURA. Arquitetura sustentável. Disponível em: <http:// kikoferreira.arq.br/arquitetura-sustentavel/>. Acesso em: 04 mar. 2019. KRUGER, Abe; SEVILLE, Carl. Construção verde: Princípios e práticas na construção residencial. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. 616 p. LASSU - LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE. Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.lassu.usp.br/sustentabilidade/>. Acesso em: 21 mai. 2019. SUSTENTARQUI. Saiba quais são os selos para construção sustentável. Disponível em: <https://sustentarqui.com.br/selos-para-contrucao-sustentavel/>. Acesso em: 11 mar. 2019. SUSTENTARQUI. O que é uma piscina biológica. Disponível em: <https://sustentarqui.com.br/o-que-e-uma-piscina-biologica/>. Acesso em: 31 mai. 2019.



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