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Gabriela Aparecida dos Santos de Brito Centro de Apoio ao Idoso
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof. Regina Angelini.
Ribeirão Preto 2018
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AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus por me dar forças para concluir o curso de Arquitetura e Urbanismo. Aos meus pais, Laura e Carlos, a meu pai do coração Rodrigo, a minha irmã Fabiana, meu namorado Guilherme, meu amigo Eduardo, e minha prima Edna. Por estarem ao meu lado, lutando junto, por não me deixar desistir nunca e sempre estar comemorando minhas conquistas. A minha orientadora Regina Angelini, pela grande ajuda e paciência, e por acreditar em mim. ao Prof. Onésimo e Profa. Alexandra, convidados das primeiras bancas, por proporcionar diversas considerações para este trabalho.
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha avó Lourdes, por ser um exemplo de bondade e simplicidade. Dedico também á todos os idosos que sonham em ter uma moradia descente e viver em uma comunidade sem preconceitos. 5
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................ 8 1. O IDOSO NA SOCIEDADE..................... 9 2. ESPAÇOS DE MORAR......................... 15 2.1. O IDOSO EM RIBEIRÃO PRETO........... 19 2.2. PESQUISAS................................... 21 2.2.1. CASA DO VOVÔ........................... 21 2.2.2. CASA DO IDOSO..........................23 2.2.3. VILA DIGNIDADE...........................25 3. LEITURAS PROJETUAIS........................ 27 3.1. CASA PARA A TERCEIRA IDADE.......... 28 3.2. LAR DE IDOSOS PETER ROSE........... .33 3.3. LAR DE ISOSOS EM PERAFIT...............36 4. LEVANTAMENTO..................................39
5. DIRETRIZES PROJETUAIS......................52 6. REGISTRO DO PROCESSO DO PROJETO...55 7. MEMORIAL JUSTIFICATIVO.................... 57 8. DESENHOS.......................................58 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................... 82 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA.............82 7
INT RODUÇÃO
O assunto escolhido para este trabalho tratase de um projeto arquitetônico de um lar para idosos. Com o objetivo de levar em consideração todas as necessidades que um idoso precisa para viver com saúde e qualidade. No capítulo 1, ‘O idoso na sociedade’, foi levantado questões de como o idoso se encaixa na atualidade, o porquê da sociedade brasileira não conseguir acompanhar esse rápido processo de envelhecimento do país, os preconceitos que sofrem, e como podemos melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. No capítulo 2, ‘Espaços de morar’, abordarei como o espaço interfere no cotidiano e na saúde mental do idoso, a acessibilidade necessária e como o ambiente afeta no psicológico do individuo. Levando em consideração a memória e a identidade, para fazer um local aonde o idoso sinta-se em casa. Em ‘Idoso em Ribeirão Preto’ foram levantados dados que mostram como o idoso é visto em nosso município. E o capítulo ‘Estudo de caso’ que mostra lares de idosos em Ribeirão Preto e suas qualidades e defeitos.
No capítulo 3, ‘Leituras Projetuais’, foi levantado projetos arquitetônicos nos quais serviram de inspiração para a construção do Centro de Apoio ao Idoso. No capítulo 4, ‘Levantamento’, foi levantado as questões do centro de Ribeirão Preto, trazendo a importância que o idoso tem para a história da cidade.
No capítulo 5, ‘Diretrizes Projetuais’, foi abordado as premissas para ser realizado o projeto arquitetônico do lar de idosos. No capítulo 6, ‘Registro do Processo do Projeto’, estão os registros de todos os estudos feitos para chegar ao projeto final. No capítulo 7, ‘Memorial’, foi descrito as premissa do projeto, tentando vencer os desafios das necessidades dos idosos. Levando em consideração as pesquisas feitas em lares de idosos em Ribeirão Preto, a legislação e acessibilidade.
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O IDOSO NA SOCIEDADE
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“O envelhecimento só constitui problema porque a nossa sociedade não está adaptada à população cada vez mais idosa, por isso esta problemática deve ser encarada como uma mudança fundamental que importa que se registre a todos os níveis” José Carlos Batalha (2014).
O envelhecimento é um processo natural a todo ser humano que começa logo após o nascimento, prologando-se por todas as fases da vida. Porém o envelhecimento não é aceito de forma simples, por ser carregado de significados e enigmas. O conceito de envelhecimento vem assumindo várias conotações ao longo dos tempos, pois o desejo do ser humano é de atingir idades avançadas e conquistar uma velhice saudável.
Pela primeira vez na história da humanidade, o homem está vivendo mais, os idosos representam uma grande parcela da população brasileira, quase 15% de da população segundo dados do IBGE (2002). Segundo IBGE (2015), houve uma redução na taxa de crescimento populacional e um aumento continuo da população idosa, e devido à melhoria das condições de vida ao longo dos anos. Aos progressos da ciência e da medicina, que contribuiu para ampliar cada vez mais o conhecimento sobre o envelhecimento e, então, produzir novas maneiras para retardar e se ter um envelhecimento melhor.
O envelhecimento é caracterizado pelo aumento na proporção da população a partir de 60 anos para países em desenvolvimento, e de 65 anos para os desenvolvidos, em relação à população total. Hoje, o envelhecimento é um fenômeno universal, ocorre tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, e esse fenômeno é um fato social que merece destaque nas análises sociais. A taxa de fecundidade total para o Brasil passou de 2,14 filhos por mulher em 2004, para 1,74 filhos por mulher em 2014, assim, apresentando uma queda de 18,6%, a taxa de fecundidade estava acima do nível de reposição populacional, e, ao mesmo tempo, houve um aumento no número de anos vividos pelos indivíduos, o que contribuiu para o envelhecimento da população. “Os números mostram que atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais, e para 2050, estima-se que a relação será de uma para cinco em todo o mundo, e de um apara três nos países desenvolvidos” (IBGE 2002).
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Distribuição percentual da população residente, por grupos de idade Brasil – 2004/2060
No Brasil houve um grande impacto, pois, sempre foi um país a se ver e agir como jovem, e por isso mesmo se representava como país do futuro. O nosso país apresenta uma falta de preparo frente ás condições de habitação dos idosos, devido ao aumento dessa população, porém, agora deverá se adequar com o aspecto da velhice. A imagem que a velhice passava antigamente, era do idoso em um asilo ou limitado nos espaços domésticos, ou até mesmo sofrendo preconceito pela própria família. Hoje em dia, essa realidade muda, podemos ver idosos andando sozinhos nas ruas, nos comércios, academias, excursões, viagens de turismo e até em salões de dança para terceira idade. É necessário retirar os idosos do esquecimento e dar a eles uma condição social mais justa.
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004/2014 e Projeção da População do Brasil por sexo e idade para o período de 2000-2060.
O gráfico mostra a forte tendência de aumento da proporção de idosos na população: em 2030, seria de 18,6% e, em 2060, de 33,7%. Esse aumento da proporção dos mais velhos na pirâmide populacional foi o fato desencadeante da visibilidade social do idoso, trazendo um olhar diferente para a vida e para o mundo, consequentemente diminuindo os demais grupos etários e modificando a nossa cultura e costumes.
A velhice vem acompanhada de associação de sentimentos destrutivos de inutilidade e perda, o que agrava muito no bem estar do idoso, pois, se sentem desmotivados e com dificuldade de planejar o futuro. Por esse fato, por ter pouca ocupação social e ser menos solicitado pela família, faz com que se internalize um sujeito improdutivo e sem poder de decisão. Isso degrada cada vez mais na saúde mental e psicológica do idoso, e levando muitas vezes a depressão, á apatia, ao isolamento e á falta de motivação para realizar qualquer tipo de atividade.
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Mas o que seria a velhice? É uma questão difícil de responder. Do ponto de vista biológico, o envelhecimento é descrito em relação à degeneração do organismo, com o decorrer do tempo. Quando o idoso precisa de cuidados, recorre-se primeiro aos familiares, que é a principal fonte de suporte e de cuidado de seus membros, e em cada cultura há diferentes madeiras de lidar com os cuidados, o que é transmitido de geração para geração. Devido ao fato do cotidiano acelerado das pessoas, dá-se a dificuldade da família dedicar seu tempo em cuidados com o idoso, há a necessidade de assistência doméstica ou institucional para distribuir as tarefas e minimizar a sobrecarga. Quando o ato de cuidar é considerado difícil e estressante, pode resultar em conflitos. O mal preparo das pessoas pode afetar o bem-estar e a saúde da família toda, e essa relação de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou o surgimento de doenças mais sérias. É muito frequente o isolamento e abandono da família, por muitas vezes não entender as necessidades que um idoso precisa, e a rotina dos dias de hoje faz com que o tempo que as famílias teriam para dedicar aos mais velhos, seja cada vez mais escasso. Os idosos carecem de mais atenção e companheirismo por serem dependentes e possuírem fragilidades.
O problema dessa dificuldade dos parentes em dar suporte aos pais idosos é tema de lei no nosso país, a constituição federal de 1988 em seu artigo 230 diz: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida; Os filhos maiores tem o dever de ajudar a amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada; A família, a sociedade e o poder público, devem garantir ao idoso acesso aos bens culturais, participação e integração na comunidade; Idoso tem direito de viver preferencialmente junto a família; Idoso deve ter liberdade e autonomia.” Cuidar de um idoso não é fácil e requer muito amor e atenção de seus familiares, mas muitas vezes a internação do idoso pode fazer com que ele se sinta amparado, mantendo sua saúde psicológica e seu bom funcionamento orgânico. “Estas mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Segundo pesquisa encomendada pela empresa Senior Concierge para a MC15 Consultoria, 49% dos idosos se preocupam em ser um peso para a família. Eles esperam ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão, e ficam incomodados quando as pessoas os tratam como crianças, tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade (DINO, 2016).
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Segundo DINO (2016), podemos minimizar o sofrimento dos idosos valorizando o seu conhecimento, respeitando sua história, seus costumes, a sua opinião e suas limitações. Podemos incentiva-los a olhar para o futuro, incentivar a ter novos objetivos e praticar atividades diferentes, dar a atenção necessária para que se sintam felizes e apoiados. Dar a autonomia que eles merecem, e incentivar sempre a interação social para que tenham uma boa qualidade de vida. O surgimento das instituições para os idosos não é recente. O Cristianismo foi o pioneiro no amparo aos idosos. Os asilos, em suas origens, tinham o propósito um tanto quanto segregador, pois as pessoas que eram enviadas para lá eram esquecidas. Esses asilos eram situados em regiões afastadas das cidades, reforçando o afastamento. Os asilos são espaços de atendimento aos idosos fora do convívio familiar, porém, são apontados alguns problemas com esse tipo de assistência integral de longa permanecia, como o isolamento, a falta de atividades físicas e mental, que provocam negatividades na saúde do idoso. Segundo AFFELDT, Marco (2013, p. 46), em nosso país, colocar um familiar em um asilo é sinônimo de polêmica e carregada de preconceito. Esse preconceito pode ser decorrente do fato de que a história da institucionalização da velhice começou como prática assistencialista, predominando na sua implantação a caridade cristã. Somente no século XX, essas instituições tiveram seus espaços separados: crianças em orfanatos, doentes mentais em hospícios e velhos em asilo.
Têm idosos que preferem viver em asilos, por ser um local mais agradável para ele e possuindo profissionais especializados e a todo o momento. Já outros preferem o convívio com a família e os cuidados dos mesmos. “De acordo com o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), somente possui o consentimento para o funcionamento as instituições asilares que estejam inscritas na Vigilância Sanitária e nos Conselhos de Idosos. No Estatuto do Idoso, lei número 10.741 de 1º de Outubro de 2003, no capítulo II, artigo 49 também prevê que as entidades desenvolvam programas que preservem os vínculos familiares; haja atendimento personalizado e em pequenos grupos; continue a manutenção dos idosos na mesma instituição; haja a participação do idoso em atividades comunitárias, de caráter interno e externo; haja a observância dos direitos dos idosos; preservação da identidade do idoso e o oferecimento de ambiente de respeito e dignidade”. (AFFELDT, MARCO, 2013 p. 47). O isolamento dos idosos em instituições asilares é um testemunho das dificuldades que as pessoas têm em identificarse com eles. É fato esse preconceito, por acreditar na eterna juventude e rejeitar a face da velhice. O idoso sente na pele a rejeição de ser retirado do meio social, se sentem excluídos quando são admitidos em um asilo, por ter que mudar totalmente seus costumes rotineiros, e passar a conviver com pessoas na quais nunca teve nenhum contato antes. O asilo é o local para onde vão todos aqueles que, de uma forma ou de outra, perderam o seu lugar na sociedade. Por essas e outras razões que as instituições para idosos têm o dever de suprir todas as necessidades dessa população e ser um refugio, não uma prisão. 12
Cerca de 39% dos idosos, declararam-se analfabetos, e a desigualdade de renda é uma característica marcante de toda a sociedade brasileira e é encontrada, também, entre os idosos, segundo a PNAD de 2001, 41,4% dos idosos brasileiros estão em famílias com rendimento familiar per capita inferior a 1 salário mínimo. Gráfico – Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade responsáveis pelo domicílio, alfabetizadas, por sexo. Brasil – 1991/2002
Fonte: IBGE.
Como podemos ver no gráfico, os homens com mais de 60 são mais alfabetizados do que as mulheres dessa faixa etária. Quanto ao número de anos de estudo dos idosos, o resultado revela uma média muito baixa, como podemos ver no gráfico abaixo: Gráfico – Média de anos de estudo das pessoas de 60 anos ou mais de idade responsáveis pelo domicílio, segundo as Unidades da Federação - 2000 Fonte: IBGE.
Segundo IBGE (2002), quanto ao analfabetismo funcional, 59,4% dos idosos tinham, no máximo, três anos de estudo, enquanto 53,3% dos idosos no grupo de 60 a 64 anos tinham até três anos de estudos. Houve melhoras ao decorrer dos anos, provável resultado dos programas federais de alfabetização. Estudos mais recentes comprovam que os analfabetos do país têm 25 anos ou mais, e mais da metade deles se concentram na faixa acima de 50 anos. A maioria dos idosos não conseguem concluir nem o ensino fundamental, tornando-se assim, parte do grande número de analfabetos funcionais. Mas o que podemos levar em consideração é o porquê dos mais velhos serem a maioria nesse quesito. Analisando fatos podemos perceber que antigamente as pessoas começavam a trabalhar ainda na infância, na grande maioria das vezes em áreas rurais longe dos grandes centros, fazendo com que isso impossibilitasse para muitas pessoas o contato adequado á educação escolar. O pensamento dos pais naquela época era diferente de hoje em dia, aonde eles prezavam muito mais o trabalho do que o estudo. Mesmo tendo condições de iniciar os estudos anos depois, muitos idosos passaram a ter receio de estudar novamente, com medo de ser alvo de preconceito e humilhações que muitos passam dentro da sala de aula.
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Esses idosos que não aprenderam a ler necessitam de ajuda o tempo todo, desde uma simples compra no mercado, como fazer algum calculo matemático. Por essa defasagem, muitos idosos ainda sofrem com baixa estima e sentem incapazes de caminharem por conta própria. Apesar da falta de estudo, essas pessoas incentivam seus filhos e netos a estudarem e terem um futuro com condições de vida melhor. E podemos perceber que os idosos que voltam a estudar depois de certa idade, visam uma melhoria de vida perante a sociedade, para não serem excluídos e dados como analfabetos. Recentemente um idoso de 90 anos voltou a estudar e ingressou no curso de Arquitetura e Urbanismo em uma universidade de Ribeirão Preto, Carlos Augusto Manço foi atrás de realizar o sonho de cursar arquitetura. E ele quer mais, formado, pretende ingressar no mercado de trabalho na área” (CATANHO, Lucas, 2018). Segundo SOUZA, Felipe, 2014), não existe tempo determinado para começar a estudar, nunca é tarde para começar e para aprender. Depois que você tiver aprendido, se for por um motivo real, você terá aprendido para sempre.
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ESPAÇOS DE MORAR PARA IDOSOS
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“Pois memória e profundidade são o mesmo, ou antes, a profundidade não pode ser alcançada pelo homem a não ser através da recordação.” (Hanna Arendt).
O ambiente é fundamental em um processo de envelhecimento com qualidade, então o ambiente ideal é aquele que proporciona qualidade de vida ao idoso, que respeita e o trata com carinho e que se preocupa com as necessidades de segurança e acessibilidade.
Em cada fase de nossa vida, o ambiente nos influencia de uma maneira, no lugar onde moramos, em nossa escola, no local de trabalho e até mesmo nos locais de lazer. Conforme envelhecemos, não é diferente, o idoso sente-se muito mais à vontade convivendo em espaços agradáveis, com a natureza e que atenda suas limitações. É de extrema importância que as moradias para idosos tenham atividades e momentos de lazer para reforçarem o sentimento de eficiência, facilitando o idoso a lidar com as situações estressantes no qual se deparam ao decorrer do declínio de suas forças físicas e suas perdas pessoais. As atividades como caminhadas, pintura, terapia, coral, palestras, dentre outras, proporcionam ao idoso uma forma de crescimento e realização pessoal. A sensação de produtividade ao cuidar de um jardim, uma horta, ou mesmo pintar um quadro faz o tempo ganhar vida.
Um salão de dança ou um coral são atividades interessantes para pessoas de idade avançada, na qual o idoso pode redescobrir músicas que lhes agradam ou que já fizeram parte de seu passado, resgatando emoções antigas e estimulando sua memoria. Segundo Miranda e Banhato (2008 p 73) a música é uma forma de comunicação, e através do canto o individuo pode elevar sua autoestima, assegurar maior autoconfiança e também socializar-se. Ela pode ter o poder de reunir pessoas, trazendo benefícios nas instancias psíquicas e sociais, aprimora a capacidade respiratória, o controle da musculatura das cordas vocais, e além de melhorar os movimentos corporais. Além de atividades, outro fator indispensável para se viver em um ambiente saudável é a ambiência dos espaços. A ambiência é um conceito capaz de auxiliar a criação de espaços pensando não só na estética, mas também no psicológico, com o valor próprio dado por cada pessoa que nele permanece. “O termo ambiência deriva do francês “ambiances”, cujo estudo pode ser mapeado nas escolas de arquitetura francesas desde a década de setenta” (SILVA, Cristiane, 2018). Quanto aos abrigos para idosos, é recomendado fazer utilização de elementos que os façam sentir-se em casa e que resgatam boas lembranças. A ambientação deve ser cheia de alegria e agregar tudo que remete ao cotidiano do idoso, para que inspire um clima acolhedor.
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A escolha das cores do ambiente é fundamental para que o individuo sinta-se confortável com que ele vê todos os dias, cada cor pode produzir muitos efeitos. Segundo HELLER, Eva (2013), cada cor atua de modo diferente, dependendo da ocasião, por exemplo, a cor verde pode ser uma cor que incomoda ou ainda assim calmante, o amarelo pode ter um efeito caloroso ou irritante. A cor nunca esta sozinha, ela esta acompanhada de outras cores ao seu redor, a cada efeito intervém várias cores como um acorde cromático.
O ideal é que o ambiente possua fotografias da família, dos amigos, plantas, livros e objetos pessoais de importância, e que remetem a suas crenças. É importante levar em consideração a vida do paciente, seus hábitos, costumes, crenças, horários e preferencias, buscando confortabilidade focada na privacidade e individualidade dos envolvidos.
“Um acorde cromático é composto por cada uma das cores que esteja mais frequentemente associada a um determinado efeito.” (HELLER, Eva, 2013 p.20). O acorde cromático determina o efeito da cor principal. Para um ambiente aonde permanecerá idosos, as cores desse local devem ser cores aconchegantes, que tragam tranquilidade e alegria para quem nele permanecer.
É indispensável que o local seja sempre limpo, que haja luz do sol, assim, estimulando a produção de vitamina D e proporcionando salubridade, tendo influência direta com o comportamento, humor e até na capacidade cognitiva do indivíduo. A impossibilidade de identificação ou do sentimento de pertencimento em relação a um ambiente pode gerar reações negativas relação a este.
As cores mais escolhidas para trazer tranquilidade são: o verde, o azul, o amarelo e o laranja. Algumas combinações cromáticas que combinam com um ambiente como um lar para idosos: O verde é tranquilizador ao lado do azul e do branco, da esperança com o azul e o amarelo. O laranja é divertido com o amarelo e o azul é uma cor tranquila e confiável.
O bem estar físico e a segurança do local facilitam o bem estar dos idosos, fazendo com que permaneça confortáveis. O estado de conforto é ocasionada por fatores como: o som e a temperatura, que trazem harmonia ao espaço. Segundo Lima, João Filgueiras (2004), ninguém se cura somente da dor física, mas também é preciso curar da dor espiritual. As moradias para idosos devem ser mais humanas, sem abrir mão da funcionalidade. É funcional criar ambientes em que o paciente esteja à vontade, e que possibilitem sua cura psíquica.
Fonte: A psicologia das cores/Modificado: Gabriela Brito.
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O arquiteto deve buscar a humanização dos espaços, nos quais jardins e obras de arte são fontes de cura. A ventilação e iluminação naturais nos asilos proporcionam ambientes mais saudáveis, contribuindo no combate de proliferação de bactérias. Levando em consideração o bem estar, devemos respeitar as limitações e a privacidade de cada idoso. “Entende-se por privacidade, o direito de cada pessoa em restringir o conhecimento e apreciação alheia do que lhe é pessoal e privado.” (SILVA, Cristiane, 2018). Pessoas de idade muitas vezes são submetidas a momentos de desconforto e invasivos, por terem certa limitação, eles necessitam de certos cuidados especiais que antes não era necessário, pois era possível que antes fizessem sozinhos. Essa perda de identidade e autonomia pode influenciar sua percepção sobre a qualidade do atendimento prestado, assim, diminuindo a satisfação desse idoso. A exposição á algo estranho muitas vezes é um grande problema para certas pessoas, dormir no mesmo quarto, dividir o uso do banheiro, ou até mesmo necessitar de ajuda para realizar essas atividades, pode ocasionar conflitos. Para que os mais velhos sintam-se a vontade, deve haver acima de tudo respeito, e levar em consideração a sua individualidade. “A identificação do indivíduo com o local acontece em função de sua identificação com o ambiente, da sensação de pertencimento e do reconhecimento de aspectos relativos à sua própria identidade.” (SILVA, Cristiane, 2018). Sendo assim, o espaço de permanência de um idoso deve fornecer condições para realizar atividades cotidianas e de expressarem como individuo, permitindo a criação de vínculos e que possam moldar neste lugar sua identidade.
Segundo Ecléa (1994), a sociedade desarma o velho, oprimindo a velhice, então temos que lutar por eles, pois são a fonte de onde jorra a essência da cultura. Os idosos encontraram com o tempo os limites de seu corpo, tornando-os dependente de terceiros, “dedos trêmulos, espinha torta, coração acelerado, dentes falhos, urina solta, a cegueira, a ânsia, a surdez, as cicatrizes, as lagrimas incoercíveis.” (BOSI, Ecléa, 1994 p.39). A estimulação da lembrança e de suas experiências passadas é um fator saudável e essencial para a sua saúde, resgatar a memória permite a relação do corpo presente com o passado. “Veja, hoje minha voz está mais forte que ontem, já não me canso a todo instante. Parece que estou rejuvenescendo enquanto recordo” (sr. Ariosto) (BOSI, Ecléa, 1994 p. 39). Esse é um relato de um idoso que voltou a ver a vida com alegria, graças à memória. Pela memória, o passado não só vem à tona, como se mistura com percepções imediatas ocupando o espaço da consciência. “A memoria aparece como força subjetiva ao mesmo tempo profunda e ativa, latente e penetrante, oculta e invasora.” (BOSI, Ecléa, 1994 p.47). Os velhos já atravessaram um determinado tipo de sociedade, com características bem marcadas e conhecidas e elas já viveram quadros de referencia familiar e cultural. Sua memoria atual pode ser desenhada sobre um plano de fundo mais definido do que a memória de uma pessoa mais jovem. “Memória é fuga, arte, lazer, contemplação. É o momento em que as águas se separam com maior nitidez.” (BOSI, Ecléa, 1994 p. 60).
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O envelhecimento ocorre em todos os organismos vivos, tratase de um processo natural, gerando um enfraquecimento do corpo, causando limitações ao individuo. O ambiente deve ser projetado corretamente com certa preocupação quando se trata de idosos. A falta de acessibilidade pode causar graves acidentes, como as quedas que podem levar o idoso ao declínio funcional, invalidez e até mesmo a morte. “Quase 35% dos idosos já sofreram alguma queda, que em 12% dos casos gerais tiveram como resultado fratura”. (FERNANDES e CARVALHO, 2011 p 4). A falta de utilidades e soluções de espaços adequados para idosos pode-se destacar a falta de informação tecnológica sobre a ergonomia do idoso. “Do ponto de vista fisiológico, o cérebro do idoso “registra” que o corpo começa a limitar determinados movimentos. Mesmo assim, esse indivíduo nega a necessidade de incorporar órteses aos seus movimentos, uma vez que sempre viveu sem auxílio destes.” (FERREIRA, Mario, 2016 p 33). O avanço da medicina permitiu com que a expectativa de vida aumentasse, e a tecnologia ajudou com que o idoso conseguisse lidar com suas limitações através de equipamentos adequados.
Imagem: Mudanças de postura e alteração de estatura no idoso: mudança de ângulo de visão. Fonte: FERREIRA, Mario (2016).
Segundo FERREIRA, os processos cognitivos aos 60 anos são 20% menores que em jovens de 20 anos e a capacidade de acomodação visual dos idosos tem o foco para objetos próximos entre 50 cm e 100 cm aos 60 anos. O Brasil ainda tem déficit em informações em disciplinas de interesse da Ergonomia como a Antropometria e a Biomecânica. O processo de envelhecimento acarreta alterações diversas durante a vida de um indivíduo, e para garantir a segurança dos espaços, a acessibilidade é um fator indispensável na organização deste. Pias, louças sanitárias em altura adequada, portas e corredores largos, rampas e pisos antiderrapantes são os elementos principais para a segurança dos idosos. “Pode-se definir acessibilidade urbana como a possibilidade e condição que cada indivíduo ou grupo social necessita para atividades necessárias e desejadas em sua locomoção no espaço urbano, com segurança e autonomia.” FERREIRA, Mario (2016). É importante que o local proporcione barras de apoio por todos os lugares para que o idoso possa caminhar com tranquilidade, que tenha cadeiras de rodas e que não haja obstáculo para que o idoso consiga andar corretamente, assim, criando um espaço interativo e sem riscos. São todos esses, os fatores importantes para se levar em consideração antes de projetar uma moradia para idosos, devido suas necessidades especiais, o espaço tem que ser de acolhimento e de cura para essas pessoas.
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2.1.O IDOSO EM RIBEIRÃO PRETO
A população de Ribeirão Preto foi estimada pelo IBGE em 682.302 habitantes em 2017. Com população idosa de 91.376 sendo 14% da população total (IBGE 2015). “Uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisas em Economia Regional (Ceper) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a população idosa de Ribeirão Preto (SP) é maior do que a registrada no Estado de São Paulo.” GUIDINI, Eduardo (2013). De acordo com o Ceper, a chance de uma pessoa chegar aos 60 anos em Ribeirão passou de 79,6%, em 2000, para 85,5%, em 2010. Em 2000, havia na cidade 51.117 pessoas com 60 anos ou mais. Em 2015, a população nessa faixa etária subiu para 91.376 pessoas. A explicação pra isso é que as pessoas passaram a se cuidar mais, há uma melhora na saúde e segurança na cidade que não tinha em quinze anos atrás, além de melhor distribuição de renda, recuperação do salário mínimo e mais acesso aos serviços de saúde e educação. Ribeirão Preto em consideração as outras cidades da região, é aonde há uma vida mais fácil para esse processo de envelhecimento da população, aonde os idosos vivem uma vida melhor.
Fonte: Censo 2010.
Os 10 bairros com mais idosos:
Fonte: Censo 2010.
Fonte: Acidade ON (2016).
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Segundo Eduardo Guidini (2013), a população de Ribeirão Preto vem crescendo mais do que a média nacional e do Estado de São Paulo nesses últimos anos, mas mesmo com o crescimento a taxa de fecundidade caiu. A migração é o principal fator que contribui para que a cidade cresça pela quantidade de centros acadêmicos, hospitais e lazer. Ribeirão Preto terá cada vez mais idoso, assim, podemos reforçar a ideia de que o município precisará intensificar as politicas publicas voltada para a terceira idade e investir em uma cidade com mais acessibilidade e opções para eles.
Asilos localizados no munícipio de Ribeirão Preto:
Fonte: Google maps.
Nota-se que a cidade de Ribeirão Preto tem bastantes equipamentos para os idosos, porém em sua maioria de cunho particular, e de grande valor monetário, mesmo a concentração maior de idosos estarem na zona norte, há mais equipamentos ligados aos idosos na zona sul, considerada área nobre da cidade. Alguns desses asilos recebem metade da aposentadoria dos idosos, e mesmo assim necessitam de doações e ajuda da população para se manter, como o caso do Lar Padre Euclides e a Casa do Vovô, que são lares carentes, que necessitam de uma melhor infraestrutura. Percebem-se também poucas atividades voltadas para o idoso nesses lares, e a necessidade de lazer convívio com pessoas. Fonte: Acidade ON (2016).
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2.2. PESQUISAS
2.2.1. Casa do Vovô A Sociedade Espírita “Cinco de Setembro”, mais conhecida como Casa do Vovô é um programa público oferecido para idosos, fundada em 05 de setembro de 1973, é localizada na Rua Tapajós, 2881, no Ipiranga e tem um terreno de 34.200m². A Casa do Vovô tem capacidade para atender 92 idosos, atualmente sendo 76 idosos morando no lar. Possui 34 apartamentos e atendem idosos com mais de 60 anos de idade, de ambos os sexos, com acomodações, inclusive para casais, que atendam aos dispositivos da triagem social. A casa do Vovô contem: 5 salas de TV, 2 enfermarias, 1 farmácia, 3 instalações para atendimento e desenvolvimento de atividades, 1 sala de curativo, 1 sala de esterilização, 1 consultório médico, 1 consultório dentário, 1 sala para fisioterapia, 1 refeitório, 1 cozinha industrial, 1 lavanderia, 1 dispensa de alimentos, 1 almoxarifado de produtos de limpeza, 1 rouparia, 1 sala de serviço social, 1 sala da coordenação e diretoria, 1 sala de departamento financeiro, 1 sala da administração, 1 sala de computador, 1 salão de eventos, 1 salão para atividades e reuniões, 1 sala de fábrica de fraldas e 1 salão para festas e eventos.
O lar proporciona para o idoso, fisioterapia, terapia ocupacional e enfermaria 24 horas. Para o lazer deles, há salas de televisão, uma pequena biblioteca, um amplo espaço de convívio ao ar livre e um salão de festas que há bailes para os idosos e para pessoas de fora. Trata-se de um lar que utiliza da aposentadoria do individuo para mantê-los nesse local, porém, mesmo assim dependem de doações e voluntários para melhorar a qualidade de vida desses idosos. Com a visita a Casa do Vovô, pude perceber que se trata de um lugar onde estão as pessoas de idade mais carentes e que precisam de mais atenção. Percebi que eles alegram-se ao receber visitas, mesmo sendo de pessoas estranhas, e por outro lado vi também pessoas que estavam contentes com a vida que levavam ali, tinham amigos e usufruíam do espaço, aproveitando o que ele oferece.
Pude notar também que o lar acolhe muitas pessoas com deficiências físicas e mentais, desde pessoas que se locomovem bem, até pessoas que necessitam do uso de cadeira de rodas, e também acamados que ficam isolados dos outros idosos.
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Imagem: Gabriela 22 Brito.
2.2.2. Casa do Idoso A Casa do Idoso é um programa particular oferecido para idosos, na sua maioria de classe média alta, a unidade Abaeté conta com um espaço voltado para o público masculino. Esta localizado na Rua Visconde de Abaeté, 117, no Jardim Sumaré. O espaço conta com sete quartos e sete banheiros, possui uma área ampla para descanso e lazer, e ainda conta com um ambulatório, uma sala de TV, uma cozinha e uma lavanderia. Tem capacidade para 14 pacientes, sendo 8 pacientes residindo atualmente. Conta com dois enfermeiros o dia todo e um durante a noite. O lugar é extremamente higienizado, os quartos são amplos e possuem duas camas. Os idosos têm direito de atividades como atelier de pintura e fisioterapia, sendo de caráter particular. Os quartos possuem boas camas e por todos os lugares há cadeiras e sofás extremamente confortáveis. Com a visita a este lar de idosos, percebi que a maioria dos residentes atuais está em estado crítico ou possuem alguma deficiência. O ambiente é agradável e todos os idosos que residem ali são de família de classe média alta, que fazem visitas frequentes. Notei que lá eles não possuem muito lazer, e acabam ficando ou em seus quartos ou na sala de televisão.
Em memória de Wilson Gonçalves. Imagem: Gabriela Brito.
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Imagem: Gabriela 24 Brito.
2.2.3. Vila Dignidade A Vila Dignidade é um serviço de acolhimento, uma parceria do município com o Governo do Estado, é oferecido para idosos que não tem onde morar e que tenham capacidade de forma independente de viver em comunidade e desenvolver atividades da vida diária, mesmo que requeiram o uso de equipamentos de ajuda. Localizado na Rua Rubem Úbida, 670 no Jardim Botânico, o local possui 18 unidades habitacionais, tem capacidade de instalar 18 idosos e cada unidade possui uma sala, uma cozinha, uma lavanderia e um quarto. Planta de cada casa da Vila Dignidade:
Imagem: Gabriela Brito.
Os beneficiários do Programa Vila Dignidade são selecionados por uma equipe técnica multidisciplinar constituída pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal do Idoso e Conselho.
Com a visita ao local, pude perceber que se trata de um local arejado, possui uma sala de televisão para todos, equipamentos de ginastica ao ar livre, mesas com jogos, horta, e um espaço amplo para o convívio. Entrevistei uma moradora, que diz que o lugar é “uma benção”, e que atende todas as necessidades dela, e consequentemente ela gosta muito de morar ali.
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Imagens: Gabriela Brito.
Imagem: Gabriela 26 Brito.
Leituras Projetuais
3 As leituras projetuais a seguir, foram fontes de inspiração para a construção do Centro de Apoio ao Idoso. Em ‘Lar de Idosos em Perafita’, do Grupo Iperforma, por ser um projeto inserido em um terreno de 840 m², metragem próxima do terreno escolhido para a realização do Centro de Apoio ao idoso, à distribuição dos espaços na planta inspiraram a sua construção. Além de suas aberturas de vidro localizada nos dormitórios e da distribuição dos pilares estruturais. Em ‘Lar de Idosos Peter Rosegger’, de Dietger Wissounig, a madeira presente nesse edifício, foi o que mais chamou atenção para a solução de fechamentos para o Centro de Apoio, além de sua relação e preocupação com o entorno. Em ‘Casa para a Terceira Idade’, de BCQ Arquitectes, a forma do edifício em planta é adaptada para o espaço disponível, e o edifício conversa com seu entorno, contando com um mirante para o parque, o que remete as premissas do projeto de Centro de Apoio. A sua solução de aberturas com brises de madeira foi o mais inspirador para o projeto, na solução de entrada de sol. Imagem: Archdaily.
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Leituras Projetuais
3.1. Casa para a Terceira Idade / BCQ Arquitectes Arquitetos: Baena Casamor Arquitectes Localização: Barcelona, Espanha. Área: 1144 m² Ano do Projeto: 2008
A forma do edifício em planta é cuidadosamente adaptada para o espaço disponível em um dos canteiros dos Jardins do Príncep de Girona.
As fachadas maiores, com grandes aberturas e brises em madeira, buscam certo parentesco com os pavimentos de madeira e o mesmo mobiliário urbano do parque.
O edifício está planejado com uma estrita relação com o parque. Um volume que participa da linguagem, dos materiais e do funcionamento do parque. De fato, é comum pensar o edifício como um pavilhão no parque, um mirante a partir do qual os usuários podem dominar visualmente atividade do entorno, no parque e na rua.
O programa de necessidades está distribuído em três níveis. O piso inferior contém um espaço de recreação multiuso, acessados diretamente a partir do parque. Para facilitar o acesso, no nível da rua estão os espaços sociais informais e a principal sala de aula/ auditório e espaços de ensino mais formal e formação ocupam o nível superior.
A planta baixa é permeável; pode-se atravessar o edifício pelo saguão. Na verdade, o edifício é também uma nova porta de acesso entre a rua e o interior do parque. Uma das praças do parque, atualmente pavimentada com madeira, terá um novo acesso através do edifício. A cobertura de tijolo a vista desce pelas fachadas menores até o solo, e dá ao volume a imagem de um grande portal.
Imagem: Archdaily.
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Imagem: Archdaily/Modificaçþes Gabriela Brito.
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Imagem: Archdaily/Modificaçþes Gabriela Brito.
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Imagem: Archdaily/Modificaçþes Gabriela Brito.
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32Archdaily. Imagem:
3.2. Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten Arquitetos: Dietger Wissounig Architekten Localização: Graz, Áustria Ano do projeto: 2014 Este lar da terceira idade, é um projeto arquitetônico de dois pavimentos, era um antigo pavilhão de Hummelkaserne. O lar é compacto e possui um formato quadrado, com cortes assimétricos que servem para dividir a casa em seu conceito espacial de oito habitações de comunidades, sendo quadro em cada pavimento. Há um pátio central que divide os espaços, que se alonga de uma das laterais à outra do primeiro pavimento e é parte de um terraço coberto. Cada comunidade foi desenvolvida em torno de um conceito de cores diferentes para auxiliar os residentes a se orientarem melhor. Outros espaços abertos incluem os quatro átrios no segundo andar, bem como o acesso direto ao parque público planejado pela cidade de Graz, a leste das instalações.
Estrutura com madeira laminada cruzada e vigas em madeira foi utilizada para resolver as necessidades estáticas e estruturais do edifício. A fachada externa é de madeira de lariço austríaco não tratada, enquanto grande parte do painéis de madeira utilizados para o interior também é aparente. As características da madeira, a variedade de pontos de vista, a quantidade de salas de estar na casa e no jardim, bem como as contrastantes áreas ensolaradas e sombreadas. Os dois pavimentos mais altos do edifício são inteiramente feitos com estruturas de madeira, exceto pela escala principal. Madeira laminada cruzada nas paredes e no teto formam a estrutura portante, com as superfícies aparentes em muitos lugares. As vigas de madeira foram utilizadas para o teto das salas comuns, com painéis externos também em madeira.
Cada comunidade habitacional consiste dois dormitórios, cozinha e uma área de jantar para 13 residentes e um enfermeiro, gerando uma atmosfera gerenciável e familiar. Cada quarto possui uma grande janela com um parapeito baixo e aquecido que pode servir como banco. Os quartos de enfermagem estão localizados no núcleo de cada edifício, garantindo que estão apenas à poucos passos de cada residente e que a casa possa operar de maneira eficiente. Imagem: Archdaily.
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Imagem: Archdaily e modificações Gabriela Brito.
Imagem: Archdaily e modificações Gabriela Brito.
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Imagem: Archdaily.
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3.3. Lar de Idosos em Perafita / Grupo Iperforma Arquitetos: Grupo Iperforma Localização: Largo da Igreja, 4455-469 Perafita, Portugal Área: 3515.0 m² Este projeto refere-se a um Lar de Idosos dimensionado para cerca de 60 usuários. O lar desenvolve-se numa área de implantação com 840 m², atingindo uma área bruta de construção de 3 515 m². Constituído por dois edifícios interligados ao nível do piso superior através de um corpo metálico e envidraçado, o projeto foi pensado de forma a propiciar uma correta distribuição de funções ao longo dos diferentes pisos. Estabelecendo uma independência de circuitos entre funcionários de apoio a diversos serviços, e entre usuários, visitantes e técnicos administrativos. No edifício principal concentram-se espaços sociais como a recepção, sala de convívio e atividades, cantina e cozinha, enfermaria, salas de reuniões e gabinetes administrativos, banheiros e vestiário para funcionários, lavanderia e cabeleireiro.
Procurou-se que os espaços se aproximassem ao máximo do ambiente residencial, que estimulam estadias com o desenvolvimento de várias atividades e permitem ao mesmo tempo a tomada de opções individuais. Tendo em mente que a integração é um dos conceitos chave da atualidade.
A seleção das cores recaiu numa distinção fundamental – espaços de passagem ou de curta estadia e espaços de maior permanência, ou seja, corredores e sanitários versus quartos e salas. Assim, para os espaços de passagem criaram-se ambientes dinâmicos, ritmados por cores, com marcação de volumes e grafismos angulares nos pavimentos, tetos e iluminação. Para os espaços de maior permanência foi dada preponderância à ortogonalidade e cores neutras, com apontamentos cromáticos que estabelecem uma continuidade entre os dois tipos de ambientes.
Os 40 quartos (duplos ou individuais) distribuem-se pelo piso superior de ambos os edifícios. O edifício secundário é elevado a partir do solo, criando um espaço ideal de lazer, ou servindo como complemento à área de estacionamento.
Imagem: Archdaily.
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Implantação Imagem: Archdaily.
Imagem: Archdaily e modificações Gabriela Brito.
Imagem: Archdaily e modificações Gabriela Brito.
Circulação Serviço Atividade/Lazer Saúde Corte - Imagem: Archdaily.
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38Archdaily. Imagem:
Levantamento
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Objetivo O bairro escolhido para a implantação de um lar para idosos é o Centro de Ribeirão Preto. O centro de Ribeirão é histórico e remete memorias nos indivíduos de idade avançada, ele conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais das áreas teatral e musical, como o famoso Teatro Pedro II que foi inaugurado em 1930. Além de vários outros locais que remetem essas lembranças do passado. Além de ser uma região da cidade em que ainda é muita concentração de idosos, apresenta uma infraestrutura adequada, proximidade de equipamentos público e urbano importantes, e ainda é um bairro que não possui nenhum lar voltado para os idosos. Levando em consideração que os lares de idosos devem ser mais humanos e implantados em um lugar aonde esses idosos se sintam a vontade e que possibilitem sua cura psíquica, assim, a escolha de um terreno que está em um local aonde proporciona lembranças e qualidade de vida. Esta área possui hospitais próximos, pronto socorro, comércio e serviços, equipamento de cultura e lazer, e além de estar localizado em frente a uma grande praça e um ponto de ônibus. O que facilitará a mobilidade e acessibilidade dos idosos residentes na instituição projetada.
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Levantamento
Localização: Parque “Maurílio Biagi” Parque “Curupira”
Centro de Ribeirão Preto Área de intervenção
0
Imagem aérea do Google Earth – localização do terreno.
Região Central de Ribeirão Preto: Ribeirão Preto foi fundada em 1856,porém seu desenvolvimento urbano significativo teve início apenas na segunda metade do século XIX, com a chegada do café. Após a primeira tentativa do governo imperial na implantação de núcleos coloniais. Em 1850 foi criada a “Lei das terras” que dentre outras coisas convertia a terra em capital. Com a terra capitalizada, o acesso seria permitido apenas aos que dispunham de meios para obtê-la, consolidando de vez a posse apenas por parte de uma elite latifundiária. Em 1887 foi fundado o núcleo colonial Antonio Prado, a proposta era que servisse como “viveiro de mão-de-obra” para as fazendas da região, atendendo às exigências do complexo de atividades que envolvia a produção cafeeira. O núcleo colonial Antônio Prado foi locado nas terras devolutas que se encontravam na várzea do ribeirão Preto e do córrego Retiro, que junto com a Estrada de Ferro da Mojiana, constituíram importantes condicionantes físicos para o seu desenho final. Além de sua dimensão territorial (vista na figura 10), onde é destacado o centro da cidade e a área do núcleo colonial sobre a malha urbana atual de Ribeirão Preto, toda esta área do centro, constitui um importante sítio histórico, que guarda a história das famílias imigrantes, primeiras fábricas, hospitais e até mesmo possibilita a compreensão do desenho urbano atual de Ribeirão Preto.
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Perfil demográfico da área de estudo: (Dados do IBGE – Censo 2010) A região central é bem populosa, tendo 4.406,32 hab/km2, sendo que a predominância são de adultos e idosos, concentrada entre as faixas etárias maiores de 20 anos. Há um maior número de mulheres (57,4%) e de pessoas com mais de 50 anos de idade. Da população total, 89% é branca (contra 1,8% negra; 6,9% parda e 2,1% amarela.
Tabela de elaboração própria a partir dos dados do IBGE por setor censitário:
Homem
Mulher
0 a 9 anos
2,72%
2,76%
10 a 19 anos
4,96%
5,75%
20 a 34 anos
12,87%
15,85%
35 a 49 anos
7,96%
9,73%
50 anos ou mais
14,09%
23,25%
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Situação
Rua Américo Brasiliense Rua Floriano Peixoto
Caracterização do Lote: Localização: O terreno selecionado pertence à zona Central do município. Localizado na Rua Florêncio de Abreu, está próximo ao acesso às principais avenidas da região, especialmente à Avenida Independência, como vemos no mapa ao lado, além de equipamentos públicos de grande escala, como a Rodoviária, o Parque “Maurílio Biagi” e o Bosque “Fábio Barreto”. Na fachada principal para a Rua Florêncio de Abreu há a presença de um poste e uma placa bem à esquerda do lote.
Imagem: Google Maps.
DIMENSÃO O terreno possui uma área de 765,13m². Para chegar nessa área, faz-se necessária a aglutinação de nove lotes situados no quadrilátero das ruas Florêncio de Abreu, Marechal Deodoro, Américo Brasiliense e Floriano Peixoto.
Poste
Rua Mal Deodoro
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO TERRENO
Legenda:
Placas Árvores
Rua Florêncio de Abreu
Fonte: Gabriela Brito
Topografia
DESNÍVEL O terreno possui um desnível longitudinal de 3,70m, o que resulta em uma inclinação de 4,14%. FORMA O terreno possui uma forma geométrica complexa, formada pela aglutinação de vários lotes.
548.2 549.1
Fonte: Gabriela Brito
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LEGISLAÇÃO MACROZONEAMNTO A área de estudo está localizada em uma Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização. USO Área de Uso Misto II (AUM-2) - destina-se à instalação de estabelecimentos, cujo processo produtivo associado a métodos especiais de controle de poluição, não causem inconvenientes à saúde, ao bem estar e segurança das populações vizinhas, classificadas com índice de risco ambiental até 1,0 (um); As atividades que apresentam risco ambiental baixo são classificadas com índice de 1,0 a 1,5 e caracterizam-se pela: a) nocividade de grau baixo, em razão dos efluentes hídricos e atmosféricos; b) incomodidade de grau médio a baixo, apresentando movimentação tolerável de pessoal e tráfego, bem como níveis toleráveis de efluentes e/ou ruídos. DAS EDIFICAÇÕES É proibida a aprovação de projeto de edificação com frente para via pública ainda não oficializada. Para fins de aplicação deste artigo, entende-se por via pública oficial, aquela aberta e entregue ao uso público, aceita e declarada ou reconhecida como oficial pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. É obrigatória a construção e/ou a destinação de vagas para estacionamento de veículos, tanto para os usos residenciais quanto para os não residenciais.
GABARITO Define-se como gabarito a altura do edifício em metros lineares, contada a partir do piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento. O gabarito básico para a cidade de Ribeirão Preto é de 10m, porém, na ZUP não existe restrições quanto à altura máxima do gabarito, devendo apenas respeitar os recuos da edificação. RECUOS Nas edificações com gabarito superior ao básico, os recuos laterais e de fundo serão calculados pela seguinte fórmula R=H/6, maior ou igual a 2 (dois) metros, e o recuo frontal pela formula R=H/10, maior ou igual a 5 (cinco) metros, onde: R significa a dimensão dos recuos em metros lineares; H é o gabarito do edifício, em metros lineares, conforme definido no art. 41.
TAXA DE OCUPAÇÃO A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residenciais será de 75% (setenta e cinco por cento) e para edificações não residenciais e mistas será de 80% (oitenta por cento), exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maiores registradas em cartório, as quais prevalecerão, respeitados os recuos e a taxa de solo natural desta lei.
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ÁREA PERMEÁVEL A área permeável para lotes com área maior que 1000 (mil) metros quadrados é de 15% (quinze por cento). COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO Entende-se por coeficiente de aproveitamento a relação entre a área edificável ou área edificada e a área do terreno ou gleba, excluída a área não computável. Considera-se área não computável: a) Os pavimentos destinados à garagem; b) O pavimento térreo, quando nele não houver áreas de uso privativo; c) O último pavimento, quando neste houver somente casa de zelador, casa de máquinas e caixas d’água; d) Jardineiras e varandas. O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno. DENSIDADE POPULACIONAL LÍQUIDA Na ZUP e ZUC, é permitida Densidade Populacional Líquida máxima até 2.000 hab/ha (um mil e setecentos habitantes por hectare).
Macrozoneamento (sem escala) Fonte: Acervo Pessoal
Resumo das restrições urbanísticas A área de estudo está localizada em uma Zona de Urbanização Preferencial (ZUP), composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas, sendo a Densidade Populacional Líquida Máxima de 2.000 hab/Ha. Não existe restrição quando ao uso do solo, nem de gabarito, devendo ser adotadas, portanto, as restrições constantes no Plano Diretor do Município de Ribeirão Preto. Todas as construções com gabarito superior a 10 metros de altura deverão observar recuos de todas as divisas do terreno de acordo com a seguinte regra: Recuo = Altura/6. A taxa de ocupação é de 80% no caso de edifícios não residenciais.
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Fotos do Entorno
Vista do quarteirão a partir do quarteirão ao lado. Rua Florêncio de Abreu.
Vista de um dos lados do terreno, onde fica o ponto de ônibus. Rua Florêncio de Abreu
Fachada do outro extremo do terreno. Rua Florêncio de Abreu
Vista da praça em frente ao terreno. Praça Sete de Setembro. Imagens: Gabriela Brito
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Árvores e Vegetação pré-existentes O terreno está localizado em uma área praticamente sem resquícios de cobertura de vegetação natural, que fica restrita a algumas praças como mostra o mapa ao lado. As áreas mais arborizada são as praças Carlos Gomes, XV de Novembro, Barão do Rio Branco, Praça das bandeiras e a Praça Aureliano de Gusmão (praça da Sete), que é o ponto de maior adensamento vegetal no entorno imediato do terreno. Outro ponto de adensamento vegetal na região do terreno é o Parque Ecológico Maurílio Biagi. O micro clima do terreno é beneficiado pela praça Aureliano de Gusmão, que possui grande massa vegetal, o que aumenta a umidade relativa do ar, e diminui a temperatura e consequentemente a sensação térmica no seu entorno. ESPÉCIES EXISTENTES: 1. Aroeira preta (Myracrodruon urundeuva) 2. Angico branco (Anadenanthera colubrina) 3.Cássia (Cassia grandis) 4.Jacarandá Mimoso (Jacaranda cuspidifolia) 5. Mangueira (Mangifera indica) 6. Bambu (Bambusa vulgaris) 7. Jabuticabeira (Plinia cauliflora) 8. Pau-Brasil (Caesalpinia echinata) 9. Pau-mulato (Calycophyllum spruceanum)
Área de intervenção
10. Cafeeiro (Coffea arabica) 11. Palmeira-Imperial (Roystonea oleracea) 12. Palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana) 13. Murta-de-cheiro (Murraya paniculata)
Fonte: Acervo Pessoal
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Uso do solo
Ocupação
No recorte dessa área do centro de Ribeirão Preto, a predominância é de comércios e serviços, sendo em maior quantidade na Avenida Independência. Nas demais ruas, há entre esses comércios e serviços algumas residências, e vários prédios residenciais. Há uma concentração de área verde na Praça Sete de Setembro, porem há falta de vegetação ao redor do centro, e da área a ser estudada. Há alguns vazios, e algumas áreas institucionais, em sua maioria igrejas e escolas.
Observa-se a predominância de residências térreas até 2 pavimentos, porém com um processo de verticalização evidente na Rua Américo Brasiliense, Florêncio de Abreu e São Sebastião com a presença de edifícios de até 16 pavimentos. Comparando-se o gabarito à densidade, observamos que a densidade da área estudada é maior que a densidade do setor localizado.
Rua Duque de Caxias Rua Duque de Caxias
Rua General Osório Rua São Sebastião Rua São Sebastião
Fonte: Gabriela Brito
Rua Prudente de Morais
Rua Olavo Bilac
Rua Lafaiete
Av. Independência
Rua Florêncio de Abreu Rua Floriano Peixoto
Rua São José
Rua Américo Brasiliense
Rua Mal Deodoro
Rua Prudente de Morais
Av. Independência
Rua Lafaiete
Rua Floriano Peixoto
Rua Florêncio de Abreu
Rua Olavo Bilac
Rua Américo Brasiliense
Rua Mal Deodoro
Rua São José
Rua Garibalde
Rua General Osório
Fonte: Gabriela Brito
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Hierarquia viária FÍSICA Abaixo segue a hierarquia viária observada na área de estudo, que é circundada por vias principais, coletoras e locais que permitem a mobilidade para outras zonas da cidade com facilidade e rapidez.
Rua General Osório Rua São Sebastião
Rua Olavo Bilac
Rua Prudente de Morais
Rua Mal Deodoro
Rua Florêncio de Abreu Praça Sete de Setembro Rua Lafaiete
Av. Independência
Rua Américo Brasiliense
Rua Floriano Peixoto
Rua Garibalde
Aonde esta localizada a área, na Rua Florêncio de Abreu, nota-se durante o dia um fluxo intenso de veículos e pessoas, durante a noite esse fluxo intenso cai, e a rua fica movimento. Assim segue também nas ruas Sete de Setembro, Floriano Peixoto, Marechal Deodoro e na Américo Brasiliense. Na Avenida Independência, á um fluxo alto de veículos durante o dia, e também durante a noite. O maior fluxo se concentra nos horários de 12h à 13h e a tarde das 18h à 19h. Nas demais ruas o fluxo é baixo.
Rua São José
FLUXOS E HORÁRIOS DE PICO
Rua Sete de Setembro
Rua Duque de Caxias
Legenda: Principal Coletora Local Área de Intervenção
Fonte: Gabriela Brito
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Hierarquia viária FUNCIONAL Rua Duque de Caxias
Rua Sete de Setembro
Rua Garibalde
Rua General Osório Rua São Sebastião
Rua Américo Brasiliense
Legenda: Alto Fluxo Médio Fluxo Baixo Fluxo Área de Intervenção
Rua Olavo Bilac
Rua Prudente de Morais
Av. Independência
Rua Lafaiete
Praça Sete de Setembro
Rua Floriano Peixoto
Rua Florêncio de Abreu
Rua Mal Deodoro
Rua São José
Quanto à rua Lafaiete que liga a avenida Independência, é facilmente notável que o trânsito ali é intermediário do que deveria e do que a estrutura da via permite, pois ao recebe o fluxo do bairro e ligar na via principal. Além disso, há um uso misto do solo naquela área, com presença de comércio e residências verticalizadas, o que gera ainda mais fluxo de veículos e pedestres, configurando um conflito entre esses modais. As vias que possuem baixo fluxo observa-se que o uso do solo varia entre residências e serviços.
Fonte: Gabriela Brito
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Equipamentos Urbanos Observa-se, de maneira geral, que a região é bem servida de equipamentos urbanos justamente por se tratar do centro histórico da cidade. A região de estudo apresenta bastantes escolas públicas e particulares, bem como centros de idiomas, sendo a mais próxima do terreno o Colégio Metodista. O Shopping Santa Úrsula tem alcance regional, sendo uma opção de lazer e compras para toda a região central. Temos a presença de praças públicas importantes: Praça XV de Novembro, Carlos Gomes e a Praça das Bandeiras, onde se encontra a Catedral e o maior Terminal de ônibus da cidade. A rodoviária fica na região mais baixa da área estudada, porém é bem longe para acesso a pé do terreno escolhido. O famoso “Quarteirão Paulista” (Pingüim e Teatro Pedro II) é área de lazer e cultura com uma carga histórica importante. O Hospital São Francisco atua como pronto-socorro e internação particular sendo que ali perto tem o posto de coleta do Hemocentro e uma infinidade de consultórios médicos. Apesar disso, a Unidade Básica de Saúde mais próxima está próximo à rodoviária e distante do terreno. Além da Catedral, a região tem a 1ª Igreja Batista e vários pontos de culto evangélico. Vários equipamentos da administração pública também estão dispostos na área de estudo, como as Secretarias Municipais da Saúde e da Fazenda e a Coderp. A presença desses equipamentos nas proximidade (escolas, praças, shopping, cultura, hospitais, etc.) é de grande interesse imobiliário, valorizando a localização do terreno. A área também é valorizada com a presença de uma delegacia de polícia próxima, dando maior sensação de segurança para os moradores locais.
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Praรงa Sete de Setembro
Fonte: Acervo Pessoal
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Diretrizes Projetuais
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Este projeto refere-se a um Centro de apoio ao idoso, dimensionado para 36 usuários. O lar desenvolve-se numa área de 765,13m², e esta localizado na área central de Ribeirão Preto. O lugar remete a memória, a identidade e patrimônio histórico, aonde os idosos residentes podem reviver o passado e presenciar as mudanças do presente. Tem como objetivo implantar áreas de convívio e lazer, que estimulem o idoso a realizar tarefas e atividades sozinhos. Espaços como sala de reuniões, recepção, cantina e cozinha, enfermaria, fisioterapia, atelier de arte, academia, sala de televisão e de jogos. O projeto propõe uma aproximação de um ambiente residencial, no qual permite a sensação de segurança, e ao mesmo tempo criando espaços mais individuais e de calmaria. Espaços de convívio e encontro dos idosos residentes e para receber seus amigos e familiares.
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Qtd.
Setor/Função
Área Unid. (m²) 335,4 m²
Área (m²)
Descrição
335,4 m²
5,54 m²
88,64 m²
1 Administração
53,57 m²
53,57 m²
Estacionamento para visitantes com o total de 11 vagas para carros. Podendo ser usado como suporte de embarque e desembarque de ambulância. Localizado no subsolo. Banheiros acessíveis replicados igualmente em todos os pavimentos do edifício. Sala de administração para funcionários, localizada no subsolo.
1 Sala de Reunião
26,71 m²
26,71 m²
Sala de Reunião para funcionários, localizada no subsolo.
1 Cozinha/Sala para funcionários
48,90 m²
48,90 m²
1 Lavanderia/Estoque
54,85 m²
54,85 m²
Cozinha e sala de descanso para intervalo dos funcionários, localizadas no subsolo. Uma extensa lavanderia contendo cinco máquinas de lavar roupa, duas secadoras, três pias, e um amplo espaço para estocagem de roupas de cama, e o que for necessário para suprir o centro de apoio ao idoso. Localizados no subsolo.
2 WC Fem. E Masc. Para funcionários 1 Recepção/Sala de Espera
3,55 m²
7,10 m²
108,68 m²
108,68 m²
1 Salão de Festas
101,68 m²
101,68 m²
1 Sala de TV
69,67 m²
69,67 m²
Banheiros acessíveis para funcionários localizados apenas no subsolo. Recepção com lugar para dois atendentes e sofás a disposição para descanso e espera. Localizado no térreo. Salão de festas aberto ao publico e moradores, localizado no térreo. Conta com uma cozinha de 11,78m², e um apoio para equipamentos de 10m². Sala de TV localizada no térreo para moradores e visitantes.
1 Sala de Jogos
59,37 m²
59,37 m²
Sala de jogos localizada no térreo para moradores e visitantes.
1 Refeitório
161,16 m²
161,16 m²
1 Cozinha
43,36 m²
43,36 m²
Refeitório localizado no primeiro pavimento para os moradores, com 54 lugares. Cozinha localizada no primeiro pavimento, ao lado do refeitório.
6 Sala de TV intima
37,38 m²
224,28 m²
6 Suíte Tipo 1
40,47 m²
242,82 m²
6 Suíte Tipo 2
27,52 m²
165,12 m²
1 Estacionamento
Programa de Necessidades
16 WC Fem. E Masc.
Sala de TV mais íntima, que é replicada do primeiro pavimento até o ultimo, para moradores. Suíte tipo 1, localizada em todos os pavimentos, possuí duas camas, e um banheiro acessível de 4,76 m². Suíte tipo 2, localizada em todos os pavimentos, possuí duas camas, e um banheiro acessível de 5,80 m².
53
Programa de Necessidades
6 Suíte Tipo 3
28,32m²
169,92m²
Suíte tipo 3, localizada em todos os pavimentos, possuí duas camas, e um banheiro acessível de 4,38 m².
1 Fitoterapia
17,20 m²
17,20 m²
1 Academia
26,88 m²
26,88 m²
Sala ampla para fisioterapia individual, localizada no segundo pavimento. Academia com equipamentos de ginástica, para sete pessoas por vez, localizada no segundo pavimento.
1 Sala psicólogo
27,11 m²
27,11 m²
1 Terapia Ocupacional
22,61 m²
22,61 m²
1 Atelier de Pintura
23,50 m²
23,50 m²
Atelier de pintura para seis pessoas por vez, com pias, armários para o desenvolvimento de trabalhos artísticos dos moradores, localizado no segundo pavimento.
1 Ambulatório
18,05 m²
18,05 m²
Ambulatório como apoio para o atendimento dos moradores se necessário, localizado do segundo pavimento.
1 Atendimento Médico
18,10 m²
18,10 m²
Sala de atendimento médico individual, se necessário, para os moradores. Localizado no segundo pavimento.
1 Terraço
155,80 m²
155,80 m²
Terraço para contemplação da praça Sete de Setembro, espaço de lazer e convívio entre os moradores. Localizado no terceiro pavimento.
7 Medicação
4,34m²
30,66m²
Espaço reservado para se guardar medicamentos, e para medicar os moradores. É replicado em todos os pavimentos.
8 Apoio
3,93m²
31,44m²
Apoio para se guardar produtos de limpeza. É replicado em todos os pavimentos.
TOTAL DE ÁREA CONSTRUIDA: 2.424,82m²
Sala para atendimento com psicólogo, localizada no segundo pavimento. Terapia ocupacional para oito pessoas por vez, localizada no segundo pavimento.
54
Registro do Processo do Projeto
6
55
Registro do Processo do Projeto Estudo de maquete:
56
Memorial Justificativo
7
O projeto baseia-se na criação de um espaço de moradia para idosos, mais precisamente de pessoas experientes que agora merecem um lugar em que se sintam em casa e usufruam de conforto e espaços harmoniosos e íntimos. O mesmo integra-se ao entorno da Praça Sete de Setembro, e devido à sua localização central, busca uma ligação com este espaço público através de uma área de contemplação. A ideia não é isolar o idoso, e sim integrar esses indivíduos na sociedade. A implantação foi projetada de acordo com a análise do sitio, em que, por ser uma rua movimentada, os quartos serão localizados ao fundo do lote. Assim, o edifício se divide em dois propósitos: na proximidade da rua um espaço mais público e de convívio e ao fundo um espaço mais calmo e com privacidade. Sendo seis pavimentos, em que os três primeiros chegam ao limite da rua e os demais ao fundo, garantindo privacidade aos quartos dos moradores. As premissas foram simples e baseadas no conhecimento das atividades diárias dessa classe de pessoas, bem como seus gostos e necessidades, de forma a resultarem na criação de soluções básicas e efetivas.
O projeto contempla a luz natural e o edifício foi implantado na região central do lote, permitindo aberturas para ambos os lados, exceto os três primeiros pavimentos que são encostados á direita do lote. Na região superior, à frente do edifício, há um terraço voltado diretamente à Praça Sete de Setembro como uma extensão de área verde e que, sendo uma área de contemplação torna-se também um local de convívio e conversa, além de um espaço de terapia com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e até mesmo fomentando reuniões familiares, bem como tornando possíveis os encontros dos moradores. Para o refeitório dos moradores foi pensada a utilização de um serviço de cozinha terceirizado, que receberá alimentos prépreparados com cardápios planejados e preparados por nutricionistas, organizado de acordo com a dieta de cada idoso. A estrutura do edifício baseia-se em pilares e vigas de concreto, e o tipo de laje utilizada é alveolar em forma de painéis prémoldados de concreto. Dentre suas vantagens estão o fato de ser um material de qualidade e de poder ser executado com rapidez. Para o sistema construtivo foi optado o concreto armado, o qual suas principais vantagens são: o fato de ser econômico, necessitar de equipamentos simples de preparo e transporte, e os gastos com material e mão de obra são menores. A fachada é composta por elementos naturais, como a pedra e madeira. Os fechamentos são compostos de janelas de correr de vidro, e os ambientes são protegidos com o uso de brises de madeira, que proporcionam a diminuição da incidência solar. Foram utilizados brises de madeira também na horizontal, que darão maior conforto térmico. Serão produzidos com tábuas de espessura de 0,080 cm, profundidade de 0,020 cm, e espaços de 0,05 cm entre elas.
57
Rampa de acesso veículo 20% de inclinação
8. Desenhos Técnicos
Cobertura Deck Deck terraço Acessos por rampa Área Permeável Vazio Caixa D'água
Rampa de acesso pedestre 9,6% de inclinação
CALÇADA
N RUA FLORÊNCIO DE ABREU Implantação ESC.: 1:150
58
8. Desenhos Técnicos
A
1,83
SC
SC
MLL
MLL
MLL
10,97
lavanderia/estocagem
5,00
-3,80
C
Fg
C
2,21
8,80 -3,80
-3,80
1,65 1,73
cozinha/sala de estar para funcionários
6,44
2,16
1,65
7,01
-3,80
3,03
sala de reunião
2,00
8,80
8,97 -3,80
6,09
adm 2,40
1,50
2,54
-3,80
1,50
B
B
S
-3,80
apoio
2,53
motos
-3,80
5,00
2,50
estacionamento -3,80
D
17,55
N 12,87
24,37
Rampa de acesso veículo 20% de inclinação
D
Subsolo ESC.: 1:150
A
59
8. Desenhos Técnicos
19,65
A
1,89
sala de jogos 0,80
C
C
6,67
8,91
cafeteira
bebedouro
7,79
sala
14,80
0,80
2,00
6,97
1,83 0,81
6,06
3,63
1,12
2,54 2,50
medicação
2,40 1,50
3,87
5,41
prateleiras com medicação na parede
B
1,50
B
S
0,80
apoio
1,57
5,88
Fg
cozinha
-0,20
2,00
0,80
5,02 apoio para o salão
palco
recepção/sala de espera
salão de festa
D
D
5,64
10,95
Rampa de acesso veículo 20% de inclinação
0,80
0,80 11,08
0,80 9,60 3,00 9,60
5,00
1,87
4,29
Rampa de acesso pedestre 9,6% de inclinação
N 0,20
A
Planta Térreo ESC.: 1:150
±0,00
60
8. Desenhos Técnicos
A
1,50 5,58 3,41 1,50
banho
90
60
5,25
90
1,00
1,83
3,86
60
dormitório
1,41
6,00
1,74
1,74
1,50
banho 3,17
C
cafeteira
2,13
1,60
bebedouro
3,00
4,95
7,05
3,86
6,00
1,86
dormitório
C
60
banho
77
6,00
sala
1,00
dormitório
1,97
1,50
60
7,05
1,80
3,80
sacada
7,13
19,23
1,38
6,00
90
6,00
6,00
B
prateleiras com medicação na parede
B
medicação
6,00
S
apoio 4,14
Fg
cozinha
Fg
refeitório
10,92
11,09
6,00
aparador
D
D
N
Fg
6,00 10,46
3,97
Planta Primeiro Pavimento ESC.: 1:150
A
61
8. Desenhos Técnicos
A
9,20
banho
9,20
dormitório
banho C
C
dormitório 9,20
9,20 cafeteira
bebedouro
banho 9,20
dormitório 9,20
sala 9,20
1,39
9,20
sacada
7,13
2,00 3,60 9,20
B
prateleiras com medicação na parede
atendimento médico
B
medicação
9,20
S
apoio
9,20
1,60
3,60
4,49
4,32
ambulatório
5,02
3,60
atelier de pintura
terapia ocupacional
9,20
9,20
5,24
1,66
5,24
9,20
1,07
9,20 9,20 9,20
sala psicólogo academia
fisioterapia
9,20
4,14
4,14
D
7,53
D
6,49
N
4,14
Planta Segundo Pavimento ESC.: 1:150
A
62
8. Desenhos Técnicos
A
12,40
banho 12,40
dormitório
banho C
C
dormitório 12,40
12,40
cafeteira
bebedouro
banho
12,40
dormitório
12,40
sala 12,40
12,40 prateleiras com medicação na parede
medicação
12,40
B
S
apoio
12,40
8,39
12,40
1,75
B
14,57 14,93
terraço
12,40
D
N
10,56
D
Planta Terceiro Pavimento ESC.: 1:150
A
63
8. Desenhos Técnicos
A
banho 15,60
dormitório
banho C
C
dormitório 15,60
cafeteira
bebedouro
15,60
banho dormitório
sala 15,60
15,60
B
15,60
prateleiras com medicação na parede
medicação
15,60
S
B
apoio 15,60
D
D
N
Planta Quarto Pavimento ESC.: 1:150
A
64
8. Desenhos Técnicos
A
banho 18,80
dormitório
banho C
C
dormitório 18,80
cafeteira
bebedouro
18,80
banho dormitório
sala 18,80
18,80 prateleiras com medicação na parede
B
18,80
S
medicação apoio
B
18,80
18,80
D
D
N
Planta Quinto Pavimento ESC.: 1:150
A
65
8. Desenhos Técnicos
A
banho 22,00
dormitório
banho C
C
dormitório 22,00
cafeteira
bebedouro
22,00
banho dormitório
sala 22,00
22,00
B
22,00
prateleiras com medicação na parede
S
medicação
B
22,00
apoio 22,00
D
D
N
Planta Sexto Pavimento ESC.: 1:150
A
66
8. Desenhos TĂŠcnicos
A 4,40
4,40
telhado i=8%
telhado i=8%
C
17
C
60
14,64
3,66
60
955.669
955.669
92
6,61
92
1,50
3,66
1,50
telhado telhado i=8% i=8%
3,59
14,57
telhado i=8%
B
B
3,59
telhado i=8%
D
D
N
Planta Cobertura ESC.: 1:150
A
67
47
banho
sala
22,00
22,00 20
banho
3,00
23 8 63 6
8 16 76 98 3,00
medicação
22,00 sexto pavimento
medicação
3,00
domitório
circulação
banho
banho
sala
18,80
18,8
circulação
20
8. Desenhos Técnicos
domitório
domitório
18,80 quinto pavimento
brise de madeira
3,00
medicação banho
sala
15,60
15,60
circulação
15,60 quarto pavimento
20
banho
guarda corpo de vidro
3,00
domitório
banho
sala
9,20
circulação
12,40
medicação
circulação
9,20terapia ocupacionalcirculação
terraço
6,00
3,00 43 2 6,00refeitório
6,00
área livre
0,08
lavanderia
Corte AA ESC.: 1:150
cozinha
wc
sala de reunião -3,80
dry wall
medicação
adm
elevador
3,00
pilar
cozinha
cozinha circulação0,08 salão de festas
6,00 primeiro pavimento
0,08 20
sala de tv
20
sala de jogos
9,20 segundo pavimento
5,00
sala
20 1,15
banho
medicação
5,00
banho
guarda corpo de vidro
academia
2,10
1,85 20 1,15
9,20
domitório
12,40 terceiro pavimento
20
banho
medicação
20
12,40
43 20 2
sala
estacionamento de motos
estacionamento
estacionamento -3,80
0,02
0,80 térreo
3,00
banho
1,85 20
banho
-3,80 subsolo
68
3,00
3,00
8 4 88 10
1,35
8. Desenhos Técnicos
medicação apoio circ.
wc
escadaria
22,00 sexto pavimento
sacada dormitório banho
medicação apoio circ.
wc
escadaria
18,80 quinto pavimento
sacada dormitório banho
medicação apoio circ.
wc
escadaria
15,60 quarto pavimento
sacada dormitório banho
medicação apoio circ.
wc
escadaria
12,40 terceiro pavimento
sacada dormitório banho
medicação apoio circ.
wc
escadaria
9,20 segundo pavimento
sacada dormitório banho
medicação apoio circ.
wc
escadaria
6,00 primeiro pavimento
sacada dormitório banho
22,00dormitório
sacada
22,00 sexto pavimento
18,80dormitório
sacada
18,80 quinto pavimento
15,60dormitório
sacada
15,60 quarto pavimento
12,40dormitório
sacada
12,40 terceiro pavimento
9,20 dormitório
sacada
9,20 segundo pavimento
dormitório
sacada
6,00 primeiro pavimento
3,00 6,00
2,10
vazio para circulação de ar
0,80 sala de espera
medicação apoio circ.
wc
escadaria
wc
escadaria
0,80 térreo
0,08 sala de jogos 20
20
0,80
5,00
5,00
20
20
6,00refeitório
2,10
2,10
3,00
20
20
9,20atend. médico
3,00
3,00
20
20
12,40espaço de convívio
3,00
3,00
20
20
15,60 espaço de convívio
3,00
3,00
20
20
18,80espaço de convívio
3,00
3,00
20
20
22,00espaço de convívio
0,08
0,02
0,80 térreo
Corte BB ESC.: 1:150
estacionamento
apoio
circ.
vazio
-3,80 subsolo
área livre corredor
3,00
-3,80
2,10
2,15
3,00
entrada para funcionários
-3,80
lavanderia
-3,80 subsolo
Corte CC ESC.: 1:150
69
1 1,00 9
3,00
8 4 88 10
1,35
1,35
8. Desenhos Técnicos
circulação
20 3,00
3,00
22,00 sexto pavimento
22,00
20
circulação
20
3,00
18,80 quinto pavimento
18,80
20
3,00
circulação
20 1,00 2,00 20
3,00
15,60 quarto pavimento
15,60
80 1,10 1,10 90
terraço 12,40 terceiro pavimento
3,00
12,40
refeitório
6,00
fisioterapia
9,20 segundo pavimento
20
3,00
34
2,40
9,20
20
sala psicólogo academia
vazio
6,00 primeiro pavimento
0,80
salão de festas
-3,80
estacionamento
apoio
0,80 térreo
3,00
71
20
recepção
2,82
5,00
1,85 21
46 2,00
cozinha
20
apoio
rampa de acesso
-3,80 subsolo
Elevação E1 ESC.: 1:150
Corte DD ESC.: 1:150
70
Elevação E2 ESC.: 1:150
71
40 2,50
40
60
2,50
2,00
60
75
2,00
8. Desenhos Técnicos
Elevação E3 ESC.: 1:150
72
60
2,10
2,00
2,40
65
1,93
60 60 1,05
30
45
8. Desenhos Técnicos
Perspectivas
Estrutura do edifĂcio Imagem: Gabriela Brito
73
Perspectivas
Fachada Imagem: Gabriela Brito
74
Perspectivas
Quarto – tipologia 1 Imagem: Gabriela Brito Fachada Imagem: Gabriela Brito
75
Perspectivas
Sala Ăntima para os moradores Imagem: Gabriela Brito
76
Perspectivas
Sala de jogos Imagem: Gabriela Brito
77
Perspectivas
Refeitรณrio Imagem: Gabriela Brito
78
Perspectivas
Academia Imagem: Gabriela Brito
79
Perspectivas
Sala do psicรณlogo. Imagem: Gabriela Brito
80
Perspectivas
Terraรงo Imagem: Gabriela Brito
81
A pesquisa apresentou que a população idosa vem aumentando cada vez mais e o preconceito e abandono desses indivíduos esta presente em nosso cotidiano, por isso não devemos ignorar. O Centro de Apoio ao idoso, teve como premissa atender esse publico, fazer com que a arquitetura se adaptasse de acordo com as necessidades do idoso, rompendo a imagem de que lares de idosos são lugares ruins e de má qualidade. O edifício conta com espaços harmoniosos, humanizados e que proporciona qualidade de vida. Além de estar localizado em um ambiente que remete a memória e torna o espaço familiar aonde ele poderá envelhecer com saúde e alegria.
10 Referencias Bibliográficas
Considerações Finais
9
Casa para a Terceira Idade. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-120183/casapara-a-terceira-idade-slash-bcq-arquitectes>. Acesso: 26 de março 2018. Lar de Idosos Peter Rosegger. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-deidosos-peter-rosegger-dietger-wissounigarchitekten>. Acesso 23 de março 2018. Lar de Idosos em Perafita. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/767045/lar-deidosos-em-perafita-grupo-iperforma>. Acesso 02 de Abril 2018.
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82
Referencias Bibliográficas
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83
Ribeirão Preto ganha uma população de 40 mil idosos em 15 anos. Disponível em: <https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/cotidiano/cidades/NOT ,2,2,1173386,Ribeirao+Preto+ganha+uma+populacao+de+40+mil +idosos+em+15+anos.aspxAcesso em 12 março 2018.
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