2014
Edifício Rota 325
Trabalho final de graduação
Estácio Uniseb
Gabriela Florisa Bellodi Prfa. Ma. Rita Fantini
edifício rota
325
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Ficha Catalográfica
B178H
BELLODI, Gabriela Florisa. Habitação multifamiliar vertical - edifício misto. Gabriela Florisa Bellodi . - Ribeirão Preto, 2014. 101 f., il.. Orientadora: Profª. Mª. Rita de Cássia Fantini de Lima. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário UNISEB de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Profª. Mª. Rita de Cássia Fantini de Lima. 1. Arquitetura. 2. Edifício de Uso Misto. 3. Habitação multifamiliar. I. Título. II. LIMA, Rita de Cássia Fantini de. CDD 574.526 3
Curso de Arquitetura e Urbanismo
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
Ata de defesa
Aos 09 dias do mês de dezembro de 2014, às 10:40 horas, na sala 5D da sede do Centro Universitário ESTÁCIO|UNISEB, presente a Comissão Julgadora, presidida pela Prof.ª Ms. RITA FANTINI DE LIMA, orientadora da candidata, integrada pelos examinadores Prof. Ms. HENRIQUE TELES VICHNEWSKI, Prof. Dr. CÉSAR ROCHA MUNIZ e Prof. Ms. FRANCISCO CARLOS GIMENES, iniciou-se a defesa do Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo de GABRIELA FLORISA BELLODI, intitulado EDIFÍCIO ROTA: COMPLEXO DE USO MISTO. Concluída a arguição, em sessão secreta, procedeu-se ao julgamento na forma regulamentar, tendo a Comissão Julgadora atribuído as seguintes notas: Prof. Ms. HENRIQUE TELES VICHNEWSKI
nota: 10,0 (dez)
Prof. Dr. CÉSAR ROCHA MUNIZ
nota: 10,0 (dez)
Prof. Ms. FRANCISCO CARLOS GIMENES
nota: 10,0 (dez)
Acompanham esta ata cópias das súmulas de avaliação preenchidas pela Comissão Julgadora. De acordo com os critérios de avaliação definidos no Regulamento Interno do Trabalho Final de Graduação, considerando as médias obtidas nas disciplinas Projeto Integrado I – 8,8 (oito vírgula oito) e Projeto Integrado II – 9,65 (nove e sessenta e cinco), a candidata foi considerada APROVADA no Trabalho Final de Graduação com nota: 9,6 (nove vírgula seis), cujo lançamento está sujeito à entrega, em mídia digital, do Caderno de Projeto finalizado, acompanhado da autorização para a publicação do trabalho pela Biblioteca Digital do Centro Universitário UniSEB, assinada pela candidata e pela professora orientadora. Para constar, é lavrada a presente ata, que vai assinada pela professora coordenadora do Trabalho Final de Graduação e pelo Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Ribeirão Preto, 12 de dezembro de 2014.
Prof.ª Dr.ª VERA LUCIA BLAT MIGLIORINI Coordenadora do TFG
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Prof. Dr. CÉSAR ROCHA MUNIZ Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo
edifício rota 325
trabalho final de graduação apresentado à faculdade de arqui-
tetura e urbanismo da universidade Estácio Uniseb como parte dos requisitos para a obtenção dos título de arquiteta e urbanista, orientado pela Profa. Ma. Rita de Cássia Fantini de Lima.
Arquitetura & Urbanismo Estácio Uniseb Ribeirão Preto - SP 2014 5
agradecimentos
difícil escrever os agradecimentos, pela simples razão de
que minha vida, como universitária, foi abençoada por pessoas extraordinárias e experiências nuca vividas anteriormente. Agradecendo a Deus em início pela sua presença em minha vida, aos meus pais Anselmo e Fatima, minha etrena gratidão por todos os esforços, cuidados e amor que sempre recebi. Sou muito grata por te-los como pais. Aos meus irmãos Nico e Lais pela força e cuidados irmãos que me guardaram. E a meus avós que sempre incentivaram minha educação. Agradeço também a todos amigos que fizeram parte dessa etapa, em especial a Camila e Tiago, que fizeram de nossas tardes de trabalhos descontraídas e engraçadas. Ao meu companheiro e amigo Victor pela parceria e por sempre cuidar e acreditar em mim. E por fim, merecem meus eternos agradecimentos a toda equipe de professores e da Uniseb Estácio, pela dedicação, paciência e conhecimento atribuído. Em especial a minha orientadora Rita Fantini, pelo conteúdo e convivência de todo esse ano. 6
em mem贸ria de Anselmo Lu铆s Bellodi 7
apresentação do trabalho este
trabalho busca desenvolver uma análise critica da produção de edifícios de uso, habitacionais e misto de arquitetura mercadológica, em propostas inovadoras, investigar no que se refere à qualidade de seus espaços internos e coletivos. Entender o mercado imobiliário e como ele reage à especulação, qual é o poder do marketing e o papel do arquiteto. E assim, defender a idéia de um edifício que é para todos, como uma extensão normal do espaço urbano. Neste contexto, constituem como objetivos específicos desse trabalho, projetar um edificio que abrigue usos diferenciados, que atenda aos novos nichos do mercado imobiliário, como a diversificação do programa e tipologias dos apartamentos, e tambem as relações possíveis entre espaços públicos e privados , promovendo uma nova interação social e gentilezas urbanas.
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“a casa perfeita deve responder ao ambiente tanto geográfico como cultural. Hoje se vive
de maneira muito diferente; valorizamos aspectos como flexibilidade, informalidade, novas tecnologias, acesso à luz e espaço, contato com a natureza e uma vida familiar e social não hierárquica. A casa perfeita deve estar em sintonia com essas prioridades específicas.A casa perfeita traduz um estado de espírito; ela deve ser a expressão de nossos ideais e, sutilmente, lembrar-nos dele. Como um melhor amigo em forma de construção, ela deve nos ajudar a ser o máximo que nosso potencial permite.Elas devem ser práticas e acessíveis. Podem até ser produzidas em larga escala. Depende de nós começarmos a exigir. Written & Present by Alain de Botton The Archictecture of Happiness, 2006.
“
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Conteúdo
4 | Apresentação do trabalho 8 | Mudança de paradigma 9 | Boa arquitetura e As razões de Lúcio Costa 10 | Papel do Arquiteto e O Caso Medellín 12 | Laissez-faire, habitação verticalizada 13 | Marketing Imobiliário 14 | Análise arquitetura mercadológica 15 | Cidade Incorporada 16 | Bibliografia 17 | Habitação, hábitos e habitantes TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS METROPOLITANAS
23 | Referências projetuais 42 | Levantamentos da área 52 | Diretrizes e premissas projetuais 58 | Fases de Desenvolvimento do projeto 60 | Edifício rota 325 10
“A criação humana se chama invenção e compreende a idéia de encontrar, porque se Deus é onipotente e infinito, tudo já está feito ou previsto na criação, inclusive a obra do homem, e este pode apenas encontrar algo que já está latente ou ignorado no desenho criado”. Giulio Carlo Argan 11
Mudança de Paradigma!
em tempos do milagre econômico...
Nos anos 60-70, devido a diversos fatores, como o êxodo rural, o acelerado crescimento demográfico, impulsionou no Brasil a uma intensa urbanização, gerando uma demanda por equipamentos coletivos ligados a educação, saúde, transporte e até do próprio setor administrativo governamental. Essa demanda arquitetônica foi sendo atendido por termos formais/construtivos ao espírito daquela época. Já a partir dos anos 80, no final do regime militar, uma grave recessão econômica, crise internacional energética e esgotamento do modelo econômico autoritário e centralista até então vigente, redunda uma diminuição estatal por obras.
“Superpõem-se a diminuição das encomendas estatais e o esgotamento da sensi-” bilidade brutalista e variante (como pode ser considerado o platicismo estrutural).
Dessa forma o que houve, a partir dessas quebras entre a valorização ideológica do estado como parceiro ideal dos arquitetos foi uma confusão e embaralhamento conceituais.Como já dizia R.C. Artigas.
Bastos, M.A, et.al
“A virada dos anos 70 para 80 testemunhou a escassez das iniciativas do poder público, paradoxalmente, junto com o projeto de abertura democrática. Ao mesmo tempo, acompanhamos o A ruptura que houve aqui e que seguirá crescimento da iniciativa privada que muinas décadas seguintes, será o preconceito tas vezes colocou em xeque a manifestaem relação a vários excelentes arquitetos e suas obras, sempre que estiverem responção estética da arquitetura brasileira. [...] dendo as demandas da inciativa privada e Nos vimos diante de uma realidade qualquer maneira a partir de 1980 houde que procura juntar o anteontem veram mudanças no redirecionamento da como o depois de amanhã. Parearquitetura brasileira, onde obras estatais que adotavam uma postura, com maior ce que queimamos etapas. Estamos ênfase na equação custo x benefícios, passendo induzidos a pensar em termos sa a adotar questões simbólicas tendendo de sociedade pós-industrial sem tera monumentalidade e a representatividamos concretizados a modernidade. de, que não deixa de estar presentes no setor privado, mas que tendem a ser resolvidas de maneira simbólico-material. Fontes retiradas do livro: BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Vede. Brasil: arquitetura após 1950. São Paulo. Perspectiva, 2010. P 259-261.
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R.C. Artigas; D.T. Silva, O Produto e a Embalagem, AU, n.28, pag 105) pag. 280 notas
”
boa arquitetura
Arquitetura é possível em qualquer parte e será também viável nas cidades “Boa modernas em que vivemos, mesmo aceitando e trabalhando no bojo de suas re-
gras- ou pelo menos, é nesse credo que parte dos profissionais arquitetos gostaria de perfilhar. Mas o que é bom em arquitetura? Por boa arquitetura se entende não apenas aquela que adequadamente atenda os requisitos técnicos, funcionais e financeiros, mas a que também seja esteticamente, boa. Caso os parâmetros estéticos fossem resultado apenas de juízos de gostos, não haveria como avaliá-los; mas, embora a resposta a essa questão transcendente seja certamente variável conforme o tempo e o lugar de que se trate, pode-se talvez postular que será boa arquitetura que se mostre apropriada ao momento e ambiente em que se insere.
”
Bastos, M.A, et.al
O
que podemos considerar sobre boa arquitetura? Podemos dizer que a boa arquitetura também deve garantir condições adequadas de habitabilidade, segurança, estabilidade e durabilidade, satisfazer o programa a que se destina de maneira correta e flexível, e - em face de condição de mercantilização de todos os níveis de vida cotidiana que caracteriza o atual
período e pós-industrial em que vivemos – que a boa arquitetura requisite a possibilidade de que sua construção, alienação e manutenção sejam viáveis ou com uma operação financeira rentável. O que não se pode mais permitir é que a má arquitetura seja justificada pela arquitetura de negócios. Todo profissional, deve garantir através de se trabalho a obrigação ética de respostas finais de qualidade.
Fonte: BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Vede. Brasil: arquitetura após 1950. São Paulo. Perspectiva, 2010. P 267-275
as razões de Lúcio Costa... Lucio Costa, em uma de suas formulações teóricas, escreveu “Considerações sobre arte Contemporânea”, de 1940. Sua intenção nessa busca era de fundamentar suas análises sobre a arte contemporânea, reconstruindo a trajetória evolutiva da história da arte. Com objetivo de compreender a legitimidade da Intenção plástica na arquitetura naquele momento. Para isso buscou o entendimento da tarefa urgente que se impõe aos arquitetos e ao ensino profissional. Definindo arquitetura como a “construção concebida com a intenção de ordenar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa. Costa escreve : “Por outro lado, a arquitetura depende ainda, necessariamente da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e finalmente dos objetivos visados e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa prosposto.” Para o autor a definição dada a arquitetura engloba dois problemas distintos : Determinantes da época, meio, técnica e programa, historicamente invencível e a intenção plástica, conduzida pelo arquiteto, com relativa dose de subjetividade. É ela a responsável pela manifestação do “Gênio Nacional”na arquitetura Brasileira. COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.. 13
papel do arquiteto
no atual contexto o que se questiona é sobre qual é o papel do arquiteto na definição do projeto, já que historicamente este foi sendo transformado em função das solicitações socioculturais e econômicas da sociedade. Conforme aos artigos estudados, reconhecemos que o arquiteto está deixando de deter o controle total do projeto no mercado imobiliário atual, sua atuação é reduzida as soluções de questões programáticas e estéticas.
Ou seja,o que está ocorrendo é um distanciamento desse profissional no que se refere ao processo projetual, permitindo aos arquitetos o papel de definição de materiais. Uma degradação da imagem do projeto e perda da importância desse profissional. Melhado, ET, AL 2006 afirma que a este processo se somaram falhas institucionais e de organização setorial que o brasil apresenta, encerrados na fraca normalização técnica e na vaga definição dos papeis e das atividades profissionais. Fonte: VILLA, Simone Barbosa. morar em apartamentos. São Paulo. TESE, 2008. P 25-28
O caso Medellín
embora o projeto objeto desse estudo seja particular, a ecolha sobre a aplicação da ação na cidade de Medellín, teve como finalidade evidenciar propostas que por meio de intervenções arquitetônicas e urbanísticas, reformularam uma mudança social, e discutem a reconstrução das cidades através de uma boa arquitetura. A cidade Colombiana Medellín mostra como à confusão pode se trazer a solução através de fatores políticos e da boa arquitetura. Medellín se tornou uma cidade exemplo de como a redefinição da arquitetura e a recuperação do espaço público podem melhorar significativamente a qualidade de vida de seus habitantes, e portanto no caso da cidade colombiana, diminuir os índices de criminalidade. De acordo com as palavras de Giancarlo Manzanti, um dos arquitetos participantes desta transformação, “A arquitetura representou uma
maneira de fazer cidade e política, uma nova geração de arquitetos preocupados em desenvolver discursos e arquiteturas mais apropriados ao momento histórico em que vivemos.” 14
1 ALGUNS PROJETOS EXECUTADOS NA CIDADE:
1 Orquideorama Jardim Botânico 2 Estação intermodal trem-teleférico 3 Fernando Botero Parque Biblioteca 4 Escadas rolantes públicas na Comuna 13 de Medellín
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esse exemplo reflete que boa
arquitetura é um tema aberto, suas razões vão além de estética, da funcionalidade e de seu tempo, referem-se a transformações marcadas pelo sucesso e eficiência, contando não apenas com o papel do arquiteto mais tambem com a sociedade e estratégias politicas relevantes para a materialização de uma arquitetura melhor e acessíveis a todos, pois compreende-se aqui que a fusão entre a arquitetura a estética são fatores cruciais na transformação não só de maneira física como socio-cultural.
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Laissez-faire, habitação verticalizada
entendendo o mercado imobiliário e a especulação: A habitação verticalizada foi ocupando seu espaço entre 1920 a 1950 no Brasil, com maior enfase em São Paulo, agentes de mercado se esforçavam em retirar da habitação em altura a imagem degradada e promiscua dos cortiços. Desde suas origens, o controle da produção de edifícios de apartamentos tem se concentrado nas mãos dos empreendedores imobiliários – que desde sempre interessados no lucro! A verticalização é uma realidade em cidades de médio e grande porte, o conceito de verticalização ultrapassa a necessidade de atendimento de demandas habitacionais, chegando ao encontro da falta de espaços nos aglomerados urbanos, sustentabilidade, entre outros. De acordo com Hoesel e Somekh, 2001, os motivos que levaram a produção de apartamentos foram à inserção da lógica capitalista, em que obedece a regra da produção de um produto objeto do mercado imobiliário- concepção mercadológica em que a rápida circulação da mercadoria, bem como a expansão constante dos mercados consumidores são os pontos chaves.
Fonte: VILLA, Simone Barbosa. morar em apartamentos. São Paulo. TESE, 2008. P 25-28 ABREU, F; TRAMONTANO, M. Apartamentos Paulistanos: Um olhar sobre a produção privada recente. Ambiente Construído (Online), v. 9, p. 139-150, 2009
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marketing imobiliário Configurado como produto imobiliário, o apartamento passa a estar sujeito aos modismos e efemeridade dos produtos de consumo, de tal forma que nota-se o foco não nas reais necessidades dos usuários, mas nas propagadas vantagens subjetivas, que com a força do marketing buscam transformam desejos em necessidades. Uma matéria do jornal Folha de São Paulo de 2006 indica que o volume gasto com marketing no processo de produção de edifícios altos é ate seis vezes maior que os gastos com o projeto de arquitetura (Siqueira e cunha, 2006). Isso ocorre porque é preciso vender essa mercadoria de modo que atraia os compradores, influindo no status social dos moradores. Para isso, Macedo 1991 e Tramontano, (1998) observaram que a partir de 1970, os empreendimentos, iniciam um processo, que se desenvolve com muita força atualmente, de compensação de perdas das áreas das unidades através da valorização da esfera coletiva dos edifícios residências, caracterizado pelo surgimento de equipamentos de uso coletivo. Os empreendimentos tinham como intuito ilustrar a ideia de vida moderna, e assim encher os olhos do consumidor. Existe tambem, uma frequente utilização do repertório clássico nas fachadas dos edifícios residenciais pelo Brasil afora, a popularização deste recurso estético se deve em grande parte pelo baixo custo para o incorporador. Nesse contexto no modo de produção do espaço habitável sucederam as alterações tipológicas, qualitativas e quantitativas da arquitetura produzida. Como (relata Rossetto, 2002, pg 41), portanto, agora o incorporador poderia, articular recursos e interesses de diferentes agentes a gerir e a comercializar, a produção, respondendo assim ao seu objetivo claro de multiplicação dos capitais investidos, com produtos que pudessem encontrar mercado interessado, influenciando diretamente a mercadoria a ser comercializada 17.
análise arquitetura mercadológica
De acordo com Marcelo Tramontano, 1998, ainda hoje no século XXI identificamos a tripartição da habitação parisiense que nasceu durante a reforma do barão Hausman – as áreas: Intima, social e de serviço. Nada precisava ser mudado se, os hábitos da população, composição do grupo doméstico, a economia e novos meios de comunicação não tivessem alterado nesses dois séculos. Mudanças não foram refletidas, pelos produtores da moradia, no ambiente domestico. Desejos e necessidades dos moradores não são levados em conta na construção dos empreendimentos. Hoje em dia há uma diversidade cada vez maior de perfis de grupos domésticos, e com alteração múltiplas de seus modos de vida, ao contrário das mudanças significativas, aparecem pequenas soluções vendidas como grandes novidades. A forte tendência do terceiro e quarto dormitório reversível, já se vinculou ao projeto de arquitetura de mercado. As plantas estão cada vez menores e portanto, esse quarto reversível se torna um atrativo de mercado. Sala em “L”, espaço da Sala de estar sempre conjugado com a sala de jantar – as vezes esses espaços são mal iluminados e ventilados. Outro atrativo nos novos projetos são as sacadas gourmet. No marketing imobiliário, o que Tramontano observa é que nos anúncios da década passada, a preocupação era anunciar o espaço da habitação ja hoje, valorizam os espaços comuns como a oferta de equipamentos no espaço coletivo, utilizando -se os recuos entre muros, construídos como uma espécie de clube privativo. Outra questão enfatizadas nos anúncios é a segurança, apoiando na sensação de medo de uma parcela significativa da população. O resultado são edifícios apartados da cidade, enterrados dentro de muros vigiados por câmeras de segurança e ajustados sobre cercas elétricas.
FONTES EM SITES:
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http://www.nomads.usp.br/pesquisas/espacos_morar_modos_vida/concretos/apartamentos_paulistanos_ex2000/conclusoesok.htm http://www.copema.com.br/
cidade incorporada
João Moura 1144
ARQUITETOS PEDRO E LUA NITSCHE
Edifício 360 °
ARQUITETO Isay Weinfeld
Diante a essa realidade, surge à incorpora-
dora IDEA!ZARVOS, uma agência de ideias que reúne e gerencia parceiros como objetivo comum de uma arquitetura contemporânea, que respeite profundamente não só quem vai habitá-lo mas também o vizinho, o bairro e a cidade. A empresa valoriza a arquitetura contemporânea e autoral. Na entrevista feita pela revista AU, ano 26 n.207, o incorporador indica seus pontos de vistas, o proprietário e um dos criadores da incorporadora. A incorporadora quebra o padrão estabelecido pelo mercado, qualificando seus projetos, com aposta em nomes da arquitetura contemporânea paulista, para elaboração de edifícios residências e comerciais. Na entrevista Zarvos considera importantes questões, como por exemplo: o papel do arquiteto na construção, sobre atual paisagem urbana, mercado e os desafios de se construir edifícios com boa arquitetura. “O empresário, o arquiteto que se nega a produzir para o mercado – porque o incorporador só quer algo padrão e previsível – é o profissional que aceita as condições”. Otávio Zarvos, crítica o resultado da evolução da paisagem urbana, em que os prédios construídos estão cada vez mais parecidos e pasteurizados. Defende a ideia de que a mudança do mercado está sendo imposta pelo próprio consumidor e responsabiliza o incorporador, pelo papel que ele possui na cidade, pois são eles que a constroem e não o poder público. “Precisamos ter um pouco de amor pela cidade, porque a responsabilidade do incorporador é muito grande. Nós construímos a cidade, não é o poder publico”. Existe uma preocupação de Otávio Zarvos na recuperação de áreas degradadas e deterioradas com a implantação de edifícios residenciais de grande escala.
Cleide Floresta, Cidade Incorporada, Entrevista Otavio Zarvos AU, n.26, N. 207 pag. 66-71
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Outros edifícios Idea!Zarvos
Pop madalena
“apartamentos e lojas em um moderno projeto arquitetônico assinado pelo escritório Andrade Morettin”.
Edifício Corujas Arquitetura Forte Gimenes & Marcondes Ferraz Edificio horizontal comercial, com jardins e espaços permeáveis.
BOX 298
20 Andrade Morettin
Habitação, Hábitos e Habitantes : Tendências Contemporâneas Metropolitanas
Texto retirado das análises feitas por Marcelo Tramontano, sobre a habitação e modos de vida contemporãneos, o conteúdo investiga o histórico processo da habitação, a composição dos grupos familiares e modos de vidas.
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cronologia
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da habitação
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PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
Concentração de pessoas em pólos industriáis. Mudanças na composição de grupos familiáres e relação entre seus membros.
SEC XVI
PLANTA-ESQUEMA CASA CAMPONESA FAMÍLIA NUCLEAR
"Contrariamente, a casa da sociedade industrial não mais abriga o espaço de trabalho, e é habitada por pessoas ligadas umas às outras por laços de consangüinidade muito estreitos. O espaço fabril, território por excelência masculino e aberto ao público, diferencia-se do espaço doméstico, feminino e privado por oposição, dividido em cômodos que se organizam em zonas, a exemplo da habitação burguesa parisiense da Segunda metade do século 19."
SEC XIX
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ESPAÇO DA HABITAÇÃO
SEC XX
No espaço da habitação o ritmo das inovações tem sido lento. O modelo de triparção da habitação burguesa do século XIX ainda se assemelham com o modelo universal de habitação- sob a alegação de que se chegou a resultados projetuais economicamente viáveis, que atendem as principais necessidades de
seus moradores- mesmo que os moradores diferem os perfil familiar da família nuclear convencional e modos de vida diversos. Já nas propostas do movimento moderno europeu do entre-guerras , constitui um momento, primeiro e único, que mudam o desenho do espaço de morar. - cujos resultados norteam até hoje projetos-.
Habitação prototípica, que co rr espondia a um hom em, a uma cidade, a uma paisagem igualmente prototí picos em sua formulação. Criaram um arquétipo, o da habitação-para-todos, baseado em uma concepção biológica do indiví duo. FAMÍLIAS MONOPARAMENTAIS
CASAIS DINKS (DOUBLE INCOME NO KIDS)
1945- SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Cultura Norte Americana como difusora de custumes para toda a sociedade mecanizada que se queira moderna.
"A partir de 1945, a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial consagra a cultura norte-americana como referencial de costumes para toda sociedade mecanizada que se queira moderna, difundida, sobretudo, pelo mais poderoso e mais abrangente meio de comunicação de que se havia tido notícia até então: Hollywood." 25 21
NOVOS FORMATOS DE GRUPOS DOMÉSTICOS
Na segunda metade do século xx, surgem novos formatos de grupos domésticos:
SEC XX UNIÕES LIVRES (HOMOSSEXUAIS)
EFEITO DOUGHNUT: A INFORMATIZAÇÃO
GRUPOS COABITANDO SEM LAÇOS CONJUGAIS OU DE PARENTESCO ENTRE MENBROS
VOLTA DAS DÉCADAS DE 1950 E 1960...
Significa o descréscimo de densidade populacional nas áreas centrais, e o aumento da população além de suas fronteiras administrativas. Além disso, em anos recentes houve uma alteração de perfis dos habitantes nas cidades - solteiros/jovens profissionais/ estudantes/ trabalhadores de escritórios.- preferem gastar mais com aluguel de apartamentos ( de área cada vez menor) situados em áreas centrais, proximo a vida noturna e lazer urbano, evitando grandes deslocamentos. Transformações da informatização e meios de comunicação tendem a assemelhar o mundo com:
formatos familiares parecidos vestindo roupas de desenhos semelhantes diversão degustando pratos iguais mesmas tecnologías
conjunto de ações que contenham informações que se assemelhem e assim capazes de ser lidas por todo o mundo.
EVOLUCÃO DA TAXA DE FECUNDIDADE NO BRASIL EM FILHOS 26
FONTE: IBGE
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FORÇA FRAGMENTADA:
SEC XXI
CONCLUSÃO
Diante dos processos históricos aqui abordados, conclui-se que empresários da construção com a lógica-técnico financeira apropriaram-se apenas dos elementos e conceituações economicamente rentáveis, exposto pelos modernistas . E portanto a soma dos princípios modernos mesclados com a repartição burguesa oitocentista, que está sendo reproduzida ad infinitum pelo mercado imobiliário.
princípios modernos
princípios
+ burgueses =
2014
produção atual DESTINADA A ABRIGAR, BASICAMENTE A UMA FAMÍLIA NUCLEAR!
J
á que como analisado, o indivíduo que ocupa a metrópole do século XXI , é um indiví duo que vive principalmente sozinho, que se a g r u p a eventualmente em formatos familiares diversos, que se comunica a distância através de redes sociais às quais pertence, que t r a b a lh a e m c a s a, m a i s e x i g e equipamentos públicos para o encontro com o outro, que busca sua identidade através com o contato com a i n f o r m a çã o .
FONTE: Tramontano, M. Habitações, metrópolis e modos de vida: por uma reflexão sobre a habitação contemporânea. Texto premiado no 3º Prêmio Jovens Arquitetos: Primeiro Lugar na categoria Ensaio Crítico. São Paulo: Instituto dosArquitetos do Brasil - SP / Secretaria de Estado da Cultura, 1998. 27
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fidalga tire o que é neo e deixe o que é apenas clássico. dupla rado pela o b la e o t O proje arcelo Mo M e e d a r d eVinicius An poradora Id r o c in a a r m edirettin pa omo uso u c m e t , s l, o a!Zarv residencia e t n e m a it r ção fício est de ocupa s a d n a m e icom d as por d id d n o p s e r gicas. variadas, ões tipoló iç s o p is d versas
, tem arvos iteZ ! a i e Id qu adora ontratar ar e se r o p r A inco roposito, c tencial, qu to o p ex nde p es do cont ra como a r g m õ pa tos co as condiç e espacial, ize n d em atent e a qualida se harmo o é o i ci o í c urban im o edifí ana. O edif ar. b ss ug que a aisagem ur ra aquele l a p com a laborado p ,e único
objetivos do estudo
Uma das razões da escolha desse projeto foi essa característica, como desafio encontrado para entender a complexidade desse jogo de encaixe, um quebra cabeça em três dimensões, e assim dito pelos arquitetos: “Você tira de um lado e aumenta do outro, cresce um lado e diminui o outro.”
o projeto e o local O edifício foi concebido no bairro vila Madalena
em SP, na rua Fidalga 772, o que dá nome ao prédio. Sua implantação foi possível através de espaços, onde anteriormente eram cediados por casas – O bairro, que tinha como predominância a horizontalidade, hoje já se sente ameaçado pela chegada de novos empreendimentos verticais.
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entorno É uma obra que não tem como foco a monumentalidade, ela é dinâmica e variável, não segue padrões nem rigidez, em que se assemelha a ideia do bairro – este identificado como boêmio e diversificado. Um ponto que virou atração para o divertimento.
O terreno recortado possui uma característica desafiadora, pois é estreito na frente e largo nos fundos.Outro desafio oferecido pelo terreno foi um desnível de seis metros em relação à parte posterior do lote, o que resultou em dois níveis para a garagem.
SKYLINE DA ÁREA
No nível da rua, o acesso de veículos e de pedestres são estabelecidos juntos, entre pilotis e jardins. O que garante a segurança dos pedestres é o desenho da faixa ser estreito e sinuoso GARAGEM “O edifício se entrega ao ambiente de modo permeável, atravessado pela luz.”A.M.Abaixo, imagens que identificam o edifício PORTARIA com o entorno, e com o Fidalga 727, da Ideia!Zarvos também, porém esse, projetado pelo escritório franco brasileiro Triptyque. TÉRREO
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usos e programas O fidalga 772, oferece planta livre aos moradores, porém espaços já foram pré estabelecidos pelos arquitetos, para utilização dos usos da melhor maneira possível. Na próxima folha veremos com mais detalhes o estudos das diversas plantas. O prédio possui duas casas, lofts, um apartamento e duas coberturas, com metragens que variam entre 102 e 427m². Inesperadamente, o segundo andar é diferente do quinto, que também não é igual ao primeiro. É possível analisar como a entrada de luz e ventilação é priorizada em todos os apartamentos e também a integração entre os cômodos. O jogo de distribuição, afeta a circulação interna, fazendo com que alguns andarem elevadores sirvam só um apartamento ao invés de dois. O estudo acima corresponde a uma habitação, lote 7, do edifício, sem os fechamentos externos, onde foi identificado o programa interno da habitação, ao lado, no diagrama, referenciei o lote com a cor vermelha.
IMAGENS INTERNAS DO APARTAMENTO – USOS ESTABELECIDOS
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estudos tipológicos
Lote 1
Lote 2
Lote 3
Lote 4
Lote 5
Lote 6
Lote 7
Lote 8
Lote 9
Lote 10
Lote 11
Lote 12
EQUIPAMENTOS DE SERVIÇO – COZINHA/LAVANDERIA DORMITÓRIOS ÁREA COMUM EQUIPAMENTO PARA BANHO EQUIPAMENTO PARA TRABALHO ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO ACESSO VERTICAL – ELEVADORES/ESCADAS ACESSO HORIZONTAL COMUM
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sistema construtivo
Simples, formado por vigas, lajes e colunas de concreto aparente, o que eu ressalta a diversidade das unidades, que ora são de piso único, duplex e de três pisos.Os arquitetos optaram por elementos estruturais – não há pilares dentro das unidades habitacionais. As lajes vencem todo o apartamento. Permitindo assim que cada morador defina sua implantação interna. Dessa forma a distribuição de serviços se concentram em co``lunas no perímetro da obra, multiplicando o numero de prumadas de abastecimento.
materialidade
Os arquitetos definem a construção como espartana - termo designado por arquitetos modernos - de concreto, vidro, alumínio e painéis laminados. Tem o uso parcimonioso de materiais. Os arquitetos não negam sua influência arquitetônica brutalista ensinada pela “escola de Artigas”, que deixam o material a flor da pele e com origens ortogonais. Na imagem acima, vemos a fachada norte, aonde se concentra as circulações, pelo fato do vizinho ser outro edifício residencial. 32
Para o design da fachada, foi contratado o artista plástico João Nitsche, do escritório Nitsche Projetos Visuais, em que sua atuação é especialmente na programação visual de edifícios, como visto na dinâmica plástica estabelecida na fachada do fidalga 772.
sistema estruturais
Estudos
de cortes, perspectivas e plantas, demostram os sistemas em que se estruturam o edifício: É possível ver os pilares nas extremidades, permitindo no edifício plantas mais livres internamente. O vigamento é alterado para a composição do desenho da fachada, como observado na perspectiva acima, onde na fachada lateral, as vigas aparente acontecem de maneira linear e consecutivas, já na fachada frontal a rigidez é quebrada, e as vigas aparecem de acordo com a tipologia habitacional de cada andar, que ora é térreo, ora é duplex. PILARES/COLUNAS VIGAS Fontes: Revista AU PINIhttp://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/207/suave-abraco-219596-1.aspx IDEA!ZARVOS http://ideazarvos.com.br/?ideazarvos_projeto=fidalga-772
http://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/edifcio-fidaga-772
33
objetivos do estudo
Caen habitat
OLGGA ARQUITETOS HABITAÇÃO SOCIAL EM CAEN, FRANÇA. O interesse no estudo desse projeto vem pelo seu programa de uso misto, contando com áreas estabelecidas para varejo, espaços comunitários e habitações. O projeto estabelece uma relação com a escala urbana, muito interessante e uma implantação característica linear. A arquitetura do prédio, permite jogos de cheio e vazios que agrada visualmente, permitindo permeabilidade ao projeto e assim espaços escalonados incomuns, como terraços jardins, iluminação e ventilação ideal natural. Resultados como esses citados, serão buscado em análises, entendo que o objeto até então buscado, terá como objetivo características semelhantes.
1 3
5 34
2
4 6
8
7
9
35
1
implantação
extremo sul O projeto se localiza na cidade de Caen, cidade Francesa muito marcada pela Guerra devido a sua aproximação com a Inglaterra, no bairro de Clos Joli. O bairro é considerado de classe operária suburbana, que desde 1930, famílias unifamiliares urbanizam com sua habitações feitas de pedra, fora da malha urbana de Caen. Na imagem acima, foi selecionado a quadra que foi implantado o edifício, é possivel notar que lotes foram desapropriados, um projeto de urbanismo também teve que ser formulado para uma nova ocupação.
Caen habitat
Trata-se de um concurso idealizado por um órgão francês, criado pela cidade de Caen, desde 1919, responsável por gerenciar e manter um portfólio de projetos de mais de 10.000 habitações. O projeto elaborado pelo o escritório de arquitetura Francês Olgga, consiste no desenvolvimento de um edifício misto com 100 unidades residenciais , varejo e espaços comunitários. Este proje
36
to não foi o ganhador do concurso, mais ficou reconhecido pela sua arquitetura diferenciada e sua apresentação, o escritório de arquitetura contou com a participação da ArtefactoryLab, uma agência responsável pela representação de projetos de arquitetura, urbanismo e paisagem. Juntos criaram um vídeo criativo para a apresentação do projeto para a competição da habitação de caráter social. O projeto foi elaborado em 2011 e possui uma área de 6131m².
2
3
4
imagem vista extremo sul
O estudo de viabilidade preescrevia uma estrutura de até seis andares na Avenida Clemenceau e de quatro andares no extremo sul, na rua Nouvelle. Esse regulamento foi o ponto de partida para a proposta. Foi elaborado assim uma arquitetura chamada pelos arquitetos de “colinas”, imaginando como uma pilha de habitats individuais que começa ao nivel do solo, aumentando os níveis e escalonando-os até chegar a avenida.
O projeto oferece uma reinterpretação de uma “vertical” cidade jardim, em que são possíveis a privacidade e vistas panorâmicas em cada unidade por um sistema de terraços escalonados.
Esses terraços são alternadamente deslocados de cada habitação, possibilitando uma harmonia na escala urbana de Caen, pois mantém o arquetipo de habitação da classe trabalhadora do bairro. Os arquitetos afirmam que a arquitetura deve renovar sua interpretação fomal de habitação, levando em conta neste projeto o conceito de cidade jardim.
Planta Baixa Bloco A
ESTACIONAMENTO SUBSOLO
6 N
REPARTIÇÃO/USOS TÉRREO COMÉRCIO/LOJAS
O piso térreo lado norte serve como um pódio para o edifício. Ele vai acomodar as atividades de comércio de toda comunidade, que irá ativar o bairro e atender às necessidades dos moradores. Os conjuntos de plantas acima, referem-se as habitações encaixadas no bloco A, que no diagrama dos blocos habitacionais ao lado, mos-
5
PISO4
PISO5
N
tra sua localização no lote. As tipologias habitacionais variam, possuindo plantas com 1, 2 e 3 dormitórios. A acessibilidade e a criação de apartamentos para deficientes, é resolvida pelo acesso através da apresentação do elevador, entendendo que nas habitações da fachada sul, os acessos acontecem através de escadas.
HABITAÇÃO
PISO3
HABITAÇÃO
PISO2
HABITAÇÃO
PISO1
N
BLOCOS HABITACIONAIS
A
B
C N
ACESSO TÉRREO
N
37
7 EDIFÍCIO IMPLANTADO NO LOTE
ILUMINAÇÃO NATURAL
A TIPOLOGIA DA EDIFICAÇÃO ESCALONADA, PERMITE UMA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL EM CADA APARTAMENTO. E A IMPLANTAÇÃO DOS BLOCOS NO LOTE,
POSSUI UM DISTANCIAMENTO QUE TAMBÉM QUALIFICA A ENTRADA DE LUZ EM TODAS OS LADOS DO EDIFÍCIO, ASSIM COMO OBSERVADO NO DIAGRAMA ABAIXO.
GRANDES ABERTURAS CORTES
75 ABERTURAS DE JANELAS
38
8
PAISAGISMO
OS MORADORES POSSUEM JARDINS INTER-
NOS, ESCONDIDOS DA VISTA, DE ACESSO PRIVATIVO, O PROJETO NÃO É DEFINIDO COMO QUADRA ABERTA E A IMPLANTAÇÃO DOS PRÉDIOS, CERCA TODO O ESPAÇO DE CONVÍVIO. NOS ESPAÇOS DESSES JARDINS, OS ARQUITETOS UTILIZARAM UMA TOPOGRAFIA ARTIFICIAL, QUE PODE SER PALCO DE DIVERSAS ATIVIDADES E SITUAÇÕES( BRINCANDO, DESCANSANDO CIRCULAÇÃO).
ESPAÇO COLETIVO DOS BLOCOS
ESPAÇO COLETIVO DOS BLOCOS
AVENIDA CLEMENCEAU- AV.PRINCIPAL
9
RUA NOUVELLE- VIA LOCAL
O acesso dos moradores para as habitações, ocorre exclusivamente pela rua nouvelle, pela a avenvida somente é possivel a entrada para as lojas comerciais.
39
EGEDALSVAENGE Ølstykke
O conceito do Egedalsvaenge é uma nova interpretação de uma estrutura formada por um único bloco de edifício ao longo de um espaço.
Ao quebrar a estrutura de blocos cria-se uma variedade de espaços ao ar livre e interação, gerando novas atividades aos moradores.
Objetivos desse estudo O estudo do Egedalsvaenge, implica o entendimento do conceito da quadra aberta, como o edifício se configura no espaço urbano, e quão ele pode qualificar esse espaço público, ou seja qual a gentileza e surpresa ele pode causar na cidade. E como o projeto resolve conter certas problemáticas, como o acesso entre público e privado, que a configuração da quadra pode gerar à quem irá habitar o local. Reconhecer as diferentes tipologias de habitações, o que agrega no projeto uma diversidade, tanto social como de espaços.
Egedalsvaenge corresponde a um projeto para habitações de interesse social em Ølstykke, Dinamarca. O escritório de arquitetura WE foram os responsáveis pela criação, resultado de uma competição de um orgão municipal Dinamarques responsável por desenvolver concursos para habitação de interesse social - Ølstykke Almen Bolig Foroning- em que o escritório WE foi convidado a participar. O projeto é recente, de 2014 e sua área corresponde a 5000m². A proposta não foi construída.
40
O CAMINHO Possue um papel divisório no projeto é um acesso pavimentado que direciona os pedestres da rua urbana, ao norte, a um espaço verde que esta sul. É o que permite o conjunto de habitações se abrir ao entorno, a passagem se torna uma gentileza aos traseuntes que ali passam, ao entrar no centro do lote, projetam-se duas vertentes de acessos para os dois “bloco” de habitações.
IMPLANTAÇÃO
N
ESTACIONAMENTOS: Localizado abaixo dos blocos habitacionais, o estacionamento possue 2 entradas, esse subsolo, está meio enterrado a paisagem e não totalmente. O que garante ao projeto níveis, no nível da rua.
41
TRAJETÓRIA PROJETUAL
TIPOLOGIAS / ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
O projeto pretende ser um projeto habitacional que suporta condições de vida global e sustentável . Um projeto de moradia que oferece diversidade na composição tanto dos moradores e a variedade de espaços ao ar livre e atividades.
VILAS
T3 EGEDALSVAENGE
CASAS ENFILEIRADAS T2
COMUNIDADE
42
T1
Foram utilizadas, variadas tipologias para a formação do conjunto. Acima, o diagrama de habitações demonstra três modelos agrupados, respondendo com uma mistura diversificada de moradores e um bom ambiente social.
TRAJETÓRIA PROJETUAL
LINHAS DE PENSAMENTO
QUADRA ABERTA
DESENHO DA QUADRA
2
1
ÁREA DE RELAXAMENTO, CHURRASQUEIRA, PEQUENAS ÁRVORES FRUTÍFERAS BANCOS. ENTRADA PRINCIPAL, CAMINHO NORTE E SUL, VEGETAÇÃO.
PLAYGROUND , ATIVIDADES E ÁRVORES FRUTÍFERAS PEQUENAS.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
3
JARDIM COMUM HABITAÇÕES
T1 JARDIM COMUM
1º NÍVEL DE HABITAÇÕES
4 43
2º NÍVEL - HABITAÇÕES E ACESSOS PRIVADOS ABERTOS CASAS ENFILEIRADAS
5
T2 JARDINS SEMI-PRIVADOS
3º NÍVEL - HABITAÇÕES E ACESSOS PRIVADOS ABERTOS VILAS
T3 JARDINS PRIVADOS TERRAÇO JARDIM
ACESSOS MORADORES
Cada andar dos edifícios são deslocados um do outro , a fim de criar caminhos em diferentes alturas. Essas mudanças criam um sistema vibrante e orgânico de nichos inesperados. Jardins e terraços foram utilizados nos 2º e 3º andar. 44
6
45
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LEVANTAMENTOS DA ÁREA
3
2
1
12
13
RUA VISCONDE DE INHAÚMA 8
9
7
6
5
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3
do Q U A R T E I R Ã 0
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
12 3 4 16
15 14
13 12
5
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RUA BARÃO DO AMAZONAS
RUA BERNARDINO DE CAMPOS
ESTUDO
AVENIDA NOVE DE JULHO
RUA BERNARDINO DE CAMPOS
15
14
11
10
9
RUA BARÃO DO AMAZONAS
16
AVENIDA NOVE DE JULHO
47
48
No mapa abaixo, observa-se predominâncias de atividades no plano do espaço
urbano da área de análise. A área, localizada no quadrilátero central, tem uso diversificado. As duas quadras de cor roxa, são ocupadas pelo Clube Recreativa e o Hospital Beneficência Portuguesa. A maior quantidade das atividades comerciais e de prestação de serviços acontecem na Rua Barão do Amazonas. Ao redor da Praça os lotes são predominante ocupados por habitações verticais.
USO do
SOLO
URBANO
Os edifícios ao lado numerados nas fotos das fachadas, indicam a lo-
calização da área da proposta desse projeto. Contornado de azul, o desenho dos lotes que serão desapropriados para a intervenção. Em análise, foi utilizado como área para o projeto, dois estacionamentos, que anteriormente ocupavam cinco lotes - correspondente aos números 1, 2, 3, 8 e 11-. O terreno de número 4, é hoje um vazio, pertencente a loja Rental. Os lotes 5, 6, 7, 9 e 10 possuem edifícios que correspondem a atividades diversas como farmácia, clínica de podologia, cabelereiro, loja de decoração, oficína de costura e residências. A idéia é incluir esses estabelecimentos desapropriados, no projeto. O fundo dos lotes 12,13,14,15 e 16 foram também desapropriados para a criação de um acesso no miolo da quadra, uma ligação direta entre a Avenida 9 de julho à Rua Bernardino de Campos. Não foi identificado nenhum edifício de valor histórico, a única edificação que poderia ser caracterizada como tal - residencia n.7-, já teve sua fachada alterada. 49
Leitura da área • hierarquia viária • mobilidade e acessibilidade
O quarterão onde localiza-se a área escolhida é definido pelas ruas Bernardino de Campos, Barão do Amazonas, Visconde de Inhauma e Avenida Nove de Julho.
A avenida Nove de Julho é um
eixo de grande importancia para a cidade, possui uma relevância histórica para a cidade até hoje marcada em seus paralelepípedos. A via possui um fluxo intenso durante o dia, em horarios comercias e situaçoes conflituosas ocorrem devido a grande quantidade de veículos, particulares e de transportes coletivos. Embora a avenida seja um eixo de ligação forte de Ribeirão Preto, sua estrutura é limitada em relação ao intensa movimentação de automóveis, conta com apenas tres faixas - sendo duas destinadas ao trânsito e uma de estacionamento-. Na área de passeio da avenida, nota-se que o pedestre não caminha bem, a calçada nao se caracteriza como um lugar de passeio confortável e nem de permanência do cidadão, é uma via que privilegia os automotores. As lojas possuem recuos da área de construção, para a parada rápida de veículos em seus estabelecimentos, dessa forma os carros danificam a área de passeio e competem espaço com os pedestres, que se sentem ameaçados. Durante a noite, o fluxo diminui muito e a maioria dos estabelecimentos fecham, restando algumas farmácias e uso ilegal de algumas áreas para a prostituição.
50
Rua visconde de Inhauma, possui um flu-
xo intenso de veiculos que desenbocam na Av. Nove de Julho, possui paradas de onibus ao decorrer de sua extensao, o que cria um conflito aos veículos particulares, que são interrompidos, pois os onibus não possuem pistas exclusivas nem entradas para parada. A velocidade da rua fica entre baixa e mé-
dia, e pontos de estacionamentos nas calçadas ficam quase todo o dia preenchidos. Nas proximidades com a praça, percebe-se um relaxamento e um fluxo moderado de pedestres no passeio público, que se sensibiliza com a presença da praça, o conforto térmico, visual e auditivo se alteram nesse espaço. E o contato com a natureza se apresenta na escala urbana do pedestre.
Rua Bernadino de Campos, seu
fluxo ameniza após a passagem do hospital São Lucas , nao é rota de transporte publico, e a velocidade apresentada pelos motorista é baixa, sua passagem é interrompida por paradas obrigatórias nas esquinas. A parada de veiculos na rua é extremamente disputada e concentrada, devido a presença do hospital. No mesmo sentido que na rua Visconde de Inhauma, a passagem pela praça torna o passeio pela região mais agradavel. O local ignorado pelos trauseuntes , é na calçada onde mura o clube recreativa, o muro alto interrompe a visao e adquire um desconforto urbano.
Rua Barão do Amazonas, a rua
possui um comercio aquecido e portanto um fluxo bastante intenso, que se intensifica pelo curso de transporte coletivo , nas calçadas os pedestres possuem atrativos em toda a extensao da rua, que são as lojas, porém o passeio não qualifica o espaço, as calçadas medem 3m de largura. Em uma análise geral, as ruas da região central possuem uma limitada estrutura, devido ao grande fluxo e pouca manutenção. O transporte público, em certos horarios do dia, é bastante utilizado porém nao possui um planejamento adequado e nem é priorizado. Em todas as esquinas dos quarterões estudados, nota-se a presença de rampas acessíveis, o movimento de pedestres durante o dia é alto, a população usa esse espaço!
Imagens da Rua Visconde de Inhauma 51
Leitura da área a
maioria dos edifícios ocupam a área máxima de construção permitida por lei, até as calçadas, formando uma unidade regular nas fachadas. Os edifícios que não apresentam essa característica, são recuados para dar lugar a vagas de estacionamento para veículos, em estabelecimentos comerciais, tendência essa constante na Av. Nove de Julho. Os vazios observados no mapa de figura e fundo, na sua maioria, são utilizados como estacionamentos privados para automóveis, são lotes que muitas vezes se interligam e são de um mesmo proprietário, Uma característica interessante encontrada na quadra da proposta, é a existência da permeabilidade, ou seja o aproveitamento do fundo do terreno. Possibilitando um uso no fundo dos lotes privados.
Mapa de figura e fundo da área 52
CLUBE RECREATIVA
Estudo da permeabilidade da quadra
Ocupação do solo • figura e fundo
• gabarito urbano
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mapa de gabarito, abaixo, é possível observar a horizontalidade que a quadra possui, já a partir da Rua Bernardino de Campos, sentindo a rua Campos Sales, a verticalidade é mais constante, e quase sempre destinada a edifícios habitacionais, permitindo nos arredores da praça, rica em diversidade de uso e uma boa escala de vizinhança.
TIPOLOGIAS EXISTENTES
Mapa de gabarito
53
Praça Luis de Camões E D A
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54
ACUPUNTURA PAISAGÍSTICA
TO
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NATUREZA QUI
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Em
1886, no local onde hoje é a praça, era ocupada pela mata virgem de Ribeirão Preto. Possivelmente depois, um cafeeiro, e após propriedade de Antônio Honório, foi destinada pela Câmara Municipal como uma área reservada a uma futura praça, o que se consolidou. Em 1924, verica-se um requerimento da Sociedade Beneficência Portuguesa, pedindo autorização, para se levantar ali uma estátua de Luis De Camões, que é aprovada pela Câmara, e o que origina popularmente o nome da praça, antes chamada de Praça Antônio Honório. Em outras administrações, a praça foi reformada e diversas mudas da flora de diferentes estados brasileiros e do exterior foram plantadas.
O que hoje é observado nesse espaço é que essa diversidade tanto natu-
ral como social, ainda se estabelece, o que perceptivelmente qualifica toda a área analisada. A praça filtra a região central, concedendo aos moradores de seu entorno, uma relação de grande importância e de uso, já que foi observado que quem mais utiliza da praça são os habitantes dos edifícios em sua volta. Tanto o hospital, como transeuntes que ali passam, se sentem convidados a entrar no interior desse espaço público e usurfruir da sua calmaria, do contato com o meio natural e conforto que ela possui. Em todas as visitas ao local, havia pessoas limpando e cuidando da praça. Em toda volta da quadra, possui quiosques, bancas, ponto de taxi e de onibûs.
55
PREMISSAS PROJETUAIS As premissas projetuais serviram de diretri- dra que será aberta e acessível a todos, benefizes para elaboração do partido arquitetônico, e foram expressas através de diagramas. Esses diagramas correspondem aos fatores, inicialmente identificados como potencialidades, que encaminharão na construção do projeto. Assim como o estudo do lote, orientação solar e topografia. O diagrama de número 1, corresponde a ocupação estabelecida na área, existe uma forte variação no gabarito, e essa variedade poderia ser exposta no projeto como uma diretriz. O diagrama 2, apresenta o conceito de permeabilidade que a quadra ja possui, porém com o aproveitamento do fundo do terreno para uma apropriação particular. Essa concepção foi capturada para o projeto estruturando uma qua-
ciando os pedestres e o comércio do quarteirão. O esquema 3 mostra os principais eixos de ligação que o projeto ligará, como a tenativa de influenciar o pedestre a andar no canteiro central da avenida Nove de Julho, local pouco utilizado talvez pelo difícil acesso, mais muito agradável pela presença de árvores belíssimas que sombream e ausência de carros invadiando a calçada, e também a Praça Luis de Camões. A praça está relacionada no desenho 4, com um rasgo no edifício que não barra o campo de visão e nem a passagem do indivíduo que ali passa. O diagrama de numero 5 configura o andar térreo do edifício que será projetada, incorporando os estabelecimentos que foram desapropriados, estabelecendo um uso misto nessa área central.
V ARIAÇÃO
GABARITO
1
DE OCUPAÇÃO DIVERSIFICADO
2
P ERMEABILIDADE DA QUADRA 56
EDIFÍCIOS DESAPROPRIADOS
E IXO DE LIGAÇÃO PRAÇA/LOTE/CANTEIRO CENTRAL AV. 9 DE JULHO
3
P ERMEABILIDADE DO EDIFÍCIO - GUIAR PERCURSO INUSITADO
5
4
I NCORPORAR NO PAVIMENTO TÉRREO OS EDIFÍCIOS DESAPROPRIADOS 57
ESTUDOS PRELIMINARES
ÁREA DE INTERVENÇÃO DEMARCADA , SEM OCUPAÇÃO
TRABALHAR
OLHAR
conviver
andar
comercializar ENTRETER
GLOBALIZAR
interagir
relacionar
habitar
ENCONTAR
sentar
surpreender atravessar
comer
acessar DESCANSAR LAZER
percorrer
admirar
coabitar
58
QUADRA DE INTERVENÇÃO COM LISTA DE ATIVIDADES
IMPLANTAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DE USO MISTO
ORIENTAÇÃO SOLAR E PERMEABILIDADE DO EDIFÍCIO
ESTUDO VOLUMÉTRICO INICIAL
ESTUDO TRIDIMENSONAL
MAQUETE ELETRÔNICA
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DIRETRIZES PROJETUAIS LINHAS DE PENSAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO ESTUDO VOLUMÉTRICO
a figura numero 1 demostra a área maxima construída, por se tratar de uma área especial, o código de obras de ribeirão preto permite uma taxa de ocupação de 80% e coeficiente de aproveitamento equivalente a 3, permitindo 9000m² de área total construída. o que concede o projeto ter 4 andares de 2400m² cada. na imagem posterior é feito três rasgos no andar térreo, que possuem a intencão de guiar o andar e enquadrar a vista de quem passa ao local.
3
OLHAR DO OBSERVADOR
1
2
4
PASSAGEM
PASSAG
imagens com o rasgo das aberturas somente no andar térreo, seu tamanho altera conforme o campo de visão do observador, a intenção é de nao tirar a vista à praça Luis de Camões mais sim enquadra-la ao projeto. imagens da maquete ainda em bloco único e rígida.
60
5
6 edifício fragmentado visto de cima, seguindo intenção do rasgo com a formação de passagens
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OBSERVADOR
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7
ESCALONAMENTO DOS TERRAÇOS para a entrada de luz
8
61
fase de desenvolvimento do projeto maquete fĂsica
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63
64
O projeto inicia-se como um eixo de ligação entre os pontos potenciais da área, que são a Praça Luís de Camões e o canteiro central da Avenida Nove de Julho. Entendendo essa lógica de ligação, o edifício, que possui sua taxa de ocupação máxima é subtraído, ou seja se recorta e se esculpe no terreno. O que, no processo, foi sendo subtraído, no resultado final é somado através de permeabilidade ao edifício, incluindo acessos públicos e privados, entrada de ventilação e luz natural. A permeabilidade, que era outra potencialidade da área, associada com as características de uma quadra aberta, foi o que possibilitou o caminho guiado.
65
corte programático
O complexo deverá conter apartamentos residenciais – com plantas tipológicas variadas- áreas reservadas para o uso comercial e serviços, como lojas, bares, restaurantes, cafeterias... e o co-working. Área de lazer restrita para os moradores do conjunto e um acesso guiado à todos os pedestres que por ali passam.
66
O SISTEMA ESTRUTURAL UTILIZADO FOI PILARES DE PERFIS STANDARD DE AÇO, FORMATO DE CRUZ. LA JE DE COBERTURA DE CONCRETO ARMADO, SUSTENTADA PELOS PILARES DE AÇO.
SERVIÇO
COMÉRCIO
HABITAÇÃO
ÁREA DE LAZER
LAJE TÉCNICA
67
+3.00
+1.00
+0.00 -
+3.00
+2.00
RUA BERNARDINO E CAMPOS PRINCIPAIS ACESSOS PÚBLICOS DE PEDESTRE
68
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programa
O complexo se subdivide em quatro edifícios independentes, porém unidos. Os usos estabelecidos dentro de cada edifício é variante, de acordo com cada andar. O Edifício A abriga, nos níveis 0 e térreo, comércio e serviço. E a partir do nível 2 iniciam os apartamentos que vão de 40 até 85m², destinados a grupos familiares pequenos de até 3 membros. O nível 4, é o andar destinado a área de lazer dos condôminos, com área de 835 m², abriga um salão de festas, bar, áreas comuns, vestiários e piscina. A piscina está estruturada em uma laje nervurada e pilares de aço. A piscina possui um desnível de 1,60 de altura de acordo com o nível do salão de festa. Esse desnível foi atribuído por três fatores, permitir uma vista contemplativa dos condôminos à praça, o não bloqueio da entrada de iluminação nas salas do edifícios C, e por fim possibilitando então uma laje técnica onde serão abrigados equipamentos e máquinas. Torre: Os apartamentos projetados na torre são habitações de tipologias variadas que vão de 75m² até 160m², sua área elevada permite grupos familiares maiores, abrigando até 6 membros. O Edificio B possui um uso estritamente de serviço, abrigando uma livraria no piso 0, que está sob um mezanino que pode ser observado do andar térreo. O acesso a livraria pelo nível 0 é proposital, para incentivo e garantia do fluxo de usuários em uma área, não tanto permeável ao olhar público. A partir do nível 2, é projetado no edifício salas compartilhadas de trabalho e é quando o edifício B se liga com o C, compondo as salas privativas de reuniões. O Edifício C segue com comércio e serviço nos níveis 0 e térreo e como dito anteriormente, a partir do segundo andar, acomoda as salas privativas de co-working. Edifício D, nomeado como pavilhão comercial, acomoda estabelecimentos de comércio 24 horas, e área de convivencia e permanência aos usuários.
70
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
B
C A/TORRE
pocket park
D
71
implantação
PRODUCED BY AN AUTODES
EDUCATIONAL PRODUCT 72
SK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODES 73
PRODUCED BY AN AUTODESK
SK EDUCATIONAL PRODUCT 74
EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
75
PRODUCED BY AN AUTOD
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODES
76
SK EDUCATIONAL PRODUCT
77
NÍVEL 2 LAYOUT APARTAMENTOS/ DESENHO APROXIMADO SEM ESCALA
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODE
NAL PRODUCT
78
ESK EDUCATIONAL PRODUCT
LOCALIZAÇÃO DO NÍVEL NO EDIFÍCIO
79
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATI
NÍVEL 3 LAYOUT APARTAMENTOS/ DESENHO APROXIMADO SEM ESCALA
PRODUCED BY AN AUTODESK
CATIONAL PRODUCT 80
K EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
81
PRODUCED BY AN AUTODESK ED
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
SK EDUCATIONAL PRODUCT
82
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODESK
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
K EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
83 PRODUCED BY AN AUTOD
84
85
apartamentos torre
LOCALIZAÇÃO NO PROJETO
TIPOLOGIAS HABITACIONAIS E LAYOUT: PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT DENSIDADE/CAPACIDADE DE OCUPAÇÃO DO PROJETO 70 MORADORES/3 HECTARES = 120 HAB. (DENSIDADE POPULACIONAL LÍQUIDA)
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
APARTAMENTOS DE 75 A 85M² APARTAMENTOS DE 115 A 130M²
86
APARTAMENTOS DE 140 A 160M²
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
87
88
89
pavilh達o comercial
SK EDUCATIONAL PRODUCT CORTE F-F
90
CORTE E-E
91
PRODUCED BY AN AUTOD
pavilh達o comercial
92
93
RODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
CORTE A-A BY AN AUTODES PRODUCED
94
0 SK EDUCATIONAL PRODUCT 10
CORTE B-B
25
0
10
25
95
0
96
10
25
CORTE C-C
CORTE D-D 97
LATERAL ESQUERDA
LATERAL DIREITA
FRONT
98
CORTE ESQUEMÁTICO IDENTIFICAÇÃO DE USOS
FACHADA PAVILHÃO COMERCIAL
ELEVAÇÕES
TAL
POSTERIOR
99
100
101
102
103
104
105
bibliografia bibliografia
BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Vede. Brasil: arquitetura após 1950. São Paulo. Perspectiva, 2010. P 259-261. R.C. Artigas; D.T. Silva, O Produto e a Embalagem, AU, n.28, pag 105) pag. 280 notas BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Vede. Brasil: arquitetura após 1950. São Paulo. Perspectiva, 2010. P 267-275 VILLA, Simone Barbosa. morar em apartamentos. São Paulo. TESE. 2008. P 25-28 GHIONE, Roberto, Transformação social e urbanística de Medellín, Vitruvius, n 166.07 ano 14. Medellín colômbia, maio 2014 ABREU, F; TRAMONTANO, M. Apartamentos Paulistanos: Um olhar sobre a produção privada recente. Ambiente Construído (Online), v. 9, p.139-150, 2009 Tramontano, M. Habitações, metrópolis e modos de vida: por uma reflexão sobre a habitação contemporânea. Texto premiado no 3º Prêmio Jovens Arquitetos: Primeiro Lugar na categoria Ensaio Crítico. São Paulo: Instituto dos Arquitetos do Brasil - SP / Secretaria de Estado da Cultura, 1998. Floresta Cleide, Cidade Incorporada, Entrevista Otavio Zarvos AU, n.26, N. 207 pag. 66-71
FONTES EM SITES: http://www.nomads.usp.br/pesquisas/espacos_morar_modos_vida/concretos/apartamentos_paulistanos_ex2000/conclusoesok.htm http://www.copema.com.br/ 106
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