Maria da Barra- Requalificação da estação ferroviária de Barrinha

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MARIA BARRA da

1 G a b r i e l a Loza n o B o m b o n ato


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MARIA da BARRA Re q u a l i fi c a ç ã o d a e s t a ç ã o fe r r ov i á r i a d e B a r r i n h a

Cader no de conclusão de curso realizado no Centro Universitário Estácio, para o cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título arquiteta e urbanista em 2020 orientado pela professora, Catherine D’ Andrea.

Gabriela Lozano Bombonato

RIBEIRÃO PRETO 2020

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Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 B695r

Bombonato, Gabriela Lozano. Requalificação da estação ferroviária de Barrinha / Gabriela Lozano Bombonato. – Ribeirão Preto, 2020. 182 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do(a) Prof(a). Ma. Catherine D' Andrea. 1. Requalificar. 2. Revitalizar. 3. Restaurar. 4. Renovar. I. Título. II. D' Andrea, Catherine.

CDD 720

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‘

A arquitetura deve falar do seu temp0 e lugar

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Frank Gehry.

porĂŠm anseia por imtemporalidade."

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Resumo A principal finalidade do projeto de conclusão de curso elaborado na estação ferroviária de Barrinha, ressalta a importância da memória local. As diversas transformações provocadas pelas ferrovias foram determinantes para as definições de novas paisagens culturais, e Barrinha não ficou para trás, onde através das estradas de ferro, foi surgindo a cidade. Porém, com a decadência do modal de transporte de trilhos, o patrimonio ferroviário de Barrinha foi sendo abandonado e esquecido e hoje se encontra em má estado de conservação. Á frente dessa situação de que o patrimonio é sim significante para a cidade, e é fundamental para garantir o sentimento de harmonizar e conectar o passado com o presente, o atual trabalho visa olhar a estação ferroviária de Barrinha com suas potencialidades ocultas, disposto a designar diretrizes de projeto que reativem a sua paisagem cultural, disposto a reinserir o contexto urbano e sociais atuais, destacando a importância da memória ferroviária para Barrinha.

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Abstract The main purpose of this undergraduate final projectt about the Barrinha’s train station is highlights the importance of local memory. The many transformations caused by the railroads were decisive for the definition of new cultural landscapes, and Barrinha was not left behind, where through the railways, the city was emerging. However, with the decline of the rail transport modal, Barrinha’s railway patrimony was being abandoned, forgotten and today it is in bad conditions. Ahead of this situation that the patrimony is significant for the city, and is fundamental to ensure the feeling of harmonizing and connecting the past with the present, the current work proposed to look at the Barrinha’s railway station with its hidden potentialities. Prepared to designate design guidelines that reactivate the cultural landscape, and reinsert the current urban and social context, highlighting the importance of railway memory for Barrinha.

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Imagem |1. 1|: Galpão da estação. Fonte: Da autora. 24/03/2020

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Agradecimentos

Começo agradecendo primeiramente a Deus, pois em um ano cheio de surpresas e lutas que foi 2020, ele sempre esteve comigo e me deu forças para continuar sonhando, e agora estou aqui escrevendo essa dedicatória, são tantos que eu gostaria de sitar aqui para agradecer, porém, vou tentar ser breve, e começo pela minha família, imagina aqueles agradecimentos clichês que todo mundo coloca, e no final eu digo, gratidão por tudo aos meus pais, Claudia e Ivan, obrigado por sempre acreditarem em mim, até mesmo quando eu não acreditava, vocês são tudo, prometo ganhar muito dinheiro como arquiteta e pagar muitas viagens para vocês, meus avôs que infelizmente dois não estão mais presentes, mas estão em meu coração e se vocês estão lendo isso ai de cima, eu amo vocês demais, obrigado pelo tempo vivido, aos avós presentes, não sei o que eu faria sem vocês, meus pacotinhos de amor, não posso deixar de agradecer meus cachorros também que quando eu estava estressada fazendo TFG eu ia brincar com eles, e ficava feliz rs, e a meus amigos, vocês foram fundamentais também, sempre me colocando para cima, eu nem formada sou e vocês já me chamando de uma arquiteta maravilhosa, e isso me deu um gás que vocês não têm noção, e quero agradecer as amizades que a faculdade me presenteou, que de verdade, isso ajudou muito, superei muitas coisas que pensava que eu não ia conseguir, cada um com seu jeitinho de ser, quando elas lerem vão saber quem é quem, tem as mais estressadas, as mais barraqueiras, as mais focadas, as mais engraçadas, ata essa sou eu rsrs, mas eu aprendi um pouco com cada uma de vocês e já to levando para a vida, nessa jornada foram momentos de brigas, risadas, choros, alegrias, ansiedades, desesperos, porém sempre usávamos a frase: “no final tem que dar certo” e dava rs, agradeço também a Pri que me deu a oportunidade de poder trabalhar com ela e com isso me conceder muitos ensinamentos, e por fim, obrigada a todos os professores que passaram por mim durante esses cinco anos de curso, levarei para a vida cada ensinamento passado, em especial a Cath, que passou muitos momentos conosco. Gabriela Lozano Bombonato

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Imagem |1. 2|: De frente com a estação. Fonte: Da autora. 24/03/2020

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requalificação revitalização restauração renovação 13


Imagem |1. 3|: Trecho entre a estação e o galpão. Fonte: Da autora. 24/03/2020.

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Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Capítulo 5 Capítulo 6

Sumário

Introdução___p.16

Revisão bibliográfica___p.22

Leituras projetuais___p.38 Estudo de projeto___p.80 O projeto___p.118

Considerações finais___p.174

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CapĂ­tulo 1

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Imagem |1. 4|: Fachada principal. Fonte: Da autora. 24/03/2020


Tema

P ro p ó si t o d o te m a O presente trabalho apresenta uma proposta de requalificação na antiga estação ferroviária da cidade de Barrinha. O motivo da escolha do tema baseou-se em questionamentos relativos tendo em vista a necessidade de conscientização patrimonial e a interação com a cidade, baseando-se a isso tem o intuito de resgatar a identidade arquitetônica e cultural perdida, já que constitui a um conjunto de variação de memórias presentes na sociedade. Inserida na área central da cidade, a antiga estação construída em 1903 e desativada em 1998, atualmente sem uso algum e em má estado de conservação, mostrando assim a ausência da preservação deste patrimônio, consequentemente um descaso do poder público, favorecendo então a sua desvalorização.

Mediante a essas considerações é que se insere a proposta de requalificação urbana que tem por objetivo resgatar a sua essência e valores simbólicos da época, que tem forte potência para amparar o estudo da história da cidade. Portanto busca por meios destes citados, preservar este patrimônio ferroviário e garantir por meio dele que nunca mais se desvaneça. Através desde entendimento, o projeto em si, busca dar um estímulo e continuidade para a população do município de Barrinha, retomando a performance local e a melhoria. Palavras chave: REQUALIFICAÇÃO- REVITALIZAÇÃORESTAURAÇÃO- RENOVAÇÃO.

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Justificativa O p o rq u e d e re a t iva r a e st a ção

Com a consequência do processo de acumulo de falhas administrativas, o município de Barrinha vem sofrendo um demérito geral, sendo assim com os antigos e o atual poder podemos notar a incapacidade de se desenvolver tanto na economia e na qualidade, com isso conduziu a uma cidade com apenas 30 mil habitantes, que os próprios têm que se locomover as cidades vizinhas para atividades desde trabalho até entretenimento. Tratando da faixa da ferrovia e a região central como patrimônio cultural e histórico da cidade, pensando em trazer a instalação de equipamentos públicos no local de forma a garantir uma integração e equilíbrio com os bairros próximos, certifica-se assim o acesso de todos os habitantes das áreas periféricas através de uma conexão estabelecida a importância histórica do local possibilitando o uso de todos sem demérito.

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Visando todos os pontos abortados acima, a finalidade é assegurar a interação cultural e social com ações que interagem com a preservação do patrimônio, estabelecendo uma cidade mais dinâmica, possibilitando mais prudência e com ações mais pacificas para todos os moradores e visitantes. Portanto, o projeto é um incentivo pela busca de continuidade da identidade, onde ampliara a percepção desse espaço, promovendo um forte elemento de orientação. Por fim buscará recuperar a dinâmica do local, favorecendo assim uma melhor qualidade de vida local.


Objetivos I n t e n ç ã o d e p ro j e t o

O objetivo do projeto consiste em abordar um tema que contemple o patrimonio ferroviário e a reativação da paisagem cultural, na qual se encontra atualmente, bem como a requalificação, através da sua transformação trazendo para o local, atividades a serem feitas, tende-se a reviver a identidade passada, promovendo para a população a cultural e o lazer, através de uma conexão existente. Objetivos específicos são, permanecer a memória do local, estimular a cultural e o lazer gerando mais confiança para a população, estabelecer uma reconfiguração na paisagem urbana, criar atividades gerais, enaltecer a construção já existente e reativar a maria fumaça.

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CapĂ­tulo 2

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Imagem |2. 1|: Fachada. Fonte: Da autora. 24/03/2020


Patrimônio

A i m p o r tâ n c i a d o p a t r i m ô n i o fe r rov i ário no B ras il Preservar o patrimônio ferroviário, não apenas a estação, mas um todo, abrangendo galpões, equipamentos, prédios que faziam parte do conjunto, e cuidando do seu entorno, significa preservar um legado para a história social, econômica, técnica, da engenharia, da indústria e da arquitetura, pois as ferrovias hoje em grande parte com os trilhos desativados e com os prédios abandonados, já foram um dia palco de grandes acontecimentos e importâncias para cada cidade. Apesar de existirem caminhos sobre trilhos (geralmente de madeira) desde meados do século XVI para o serviço de minas na Europa, a primeira ferrovia para serviço público foi inaugurada somente em 1825 entre Stockton e Darlington, por iniciativa de George Stephenson. No entanto, o início efetivo da ferroviária é apontado como sendo em 1830, com a inauguração da linha entre Liverpool e Manchester, a primeira a transportar cargas e passageiros. (KUHL,1998, p. 130) No Brasil, a primeira lei referente a concessão de privilégios para a construção de estradas de ferro ligando o Rio de Janeiro às capitais das Províncias de Minas Gerais, Rio grande do Sul e Bahia, é bastante precoce.

Data de 31 de outubro de 1835, tendo sido sancionada pelo regente do Império Diogo Antônio Feijó. As primeiras tentativas foram frustradas e tornaram evidente a necessidade de conceder favores maiores para atrair capitais para sua construção, tais como garantia de juros e privilégios de zona, como ocorria em outros países. (KUHL,1998, p. 130) Segundo KUHL, havia uma falta de confiança em relação ao novo meio de transporte, gerando o questionamento desse, com isso as ferrovias só iriam começar a partir de 26 de junho de 1852 após o decreto da segunda lei, que certificava o privilégio de cerca de 25 quilômetros de cada lado de linha. A inauguração da primeira ferrovia no Brasil aconteceu no dia 30 de abril de 1854 e era chamada de imperial campainha de navegação a vapor estrada de ferro Petrópolis, por Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá, com uma extensão de 14,5 quilômetros, o trecho saia da cidade do Rio de Janeiro até Petrópolis.

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A Estrada de Ferro Mauá trouxe integração entre o transporte aquaviário e o ferroviário. Sua operação foi considerada o primeiro transporte intermodal no Brasil. As embarcações atracavam no Porto no fundo da Baía de Guanabara e, então, a carga passava para o transporte ferroviário. Essa ferrovia foi operada pela empresa “Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis”, do Visconde de Mauá. (BRAGA. 2019) Segundo Prochnow (2014), algumas tentativas de entendimento sobre o conteúdo da memória ferroviária foram feitas por disciplinas acadêmicas, que relacionam aos temas de história e arquitetura ferroviária, contudo inclui as relações socioeconômicas do país desde o momento da primeira instalação de ferrovia, até o momento que a modalidade de transporte perdeu importância em favor do modal rodoviário, por volta dos anos 1960. Quando esse tema entrou no âmbito das preocupações do Iphan, o patrimônio ferroviário era discutido, compreendido e preservado a nível federal através do instituto do tombamento, principalmente desde os anos 1980. Quando, a partir da extinção da RFFSA, a instituição recebeu a incumbência de preservar a memória ferroviária, deparou-se não somente com a questão da quantidade dos bens e da falta de inventários regionais sobre eles, mas enfrentou a preocupação na execução da lei no sentido de como aferir a memória ferroviária sobre esses bens. (PROCHNOW , 2014, p. 12).

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No Iphan, essa modificação de concepções de valor arquitetônico para valor histórico se configurou principalmente nos anos 1970 e 1980, momento no qual um novo repertório conceitual – mas sem reflexo na prática de preservação, visto que se seguiu recorrendo ao instrumento do tombamento – assaltou o órgão para contribuir à ampliação e construção de novas práticas preservacionistas do patrimônio cultural (PROCHNOW , 2014 apud FONSECA, 2009). Dessa maneira, atualmente a percepção de patrimônio ferroviário marca e representa as transformações sociais originadas no decorrer dos séculos, portanto diante a todo questionamento, cabe ressaltar a sua preservação. Visto que diante a toda sua abrangência narrativa presente a sua composição histórica, simbólica e memorial, pode-se notar o não reconhecimento da sua importância no papel em que se enquadra. No presente momento, percebe-se um grande abandono das estações ferroviárias no estado paulista, depois da decadência dos trilhos de trem, colocando em pauta que foram de grande importância para o progresso do estado e consequentemente do país, fundaram cidades, centralizaram a vida das povoações, serviram como agência de correios, trouxeram o progresso e foram em geral construídas com arquiteturas diferentes.


Companhia Mogyana C o m p a n h i a M o g ya n a d e e st r ad a d e fer ro

Fundada em 1872, por fazendeiros da região, assim como as demais companhias, a Companhia Mogyana de estradas de ferro foi uma das que mais se destacaram no território paulista. A esta nova ferrovia caberia servir uma das mais ricas regiões da então província de São Paulo, atingindo mais para o fim do século, as divisas com Minas Gerais e penetrando em território mineiro, onde se articulou com outras ferrovias. [...teria] o extraordinário papel de capturar para a economia paulista grande parte do sul de Minas e do chamado Triângulo Mineiro. (BEM, 1998 p.34). A princípio, o plano era ligar Mogi-Mirim a Campinas, mas essa intenção foi alterada pela própria lei de aprovação e incorporação da companhia, onde se propôs a um prolongamento até o Rio Grande, passando por Casa Branca e Franca, como destaca Bem 1998. O contrato registrou um capital de 3000 contos com garantias e privilégios, conforme as demais construídas na ocasião, e os trilhos chegaram [1873-1875] à Jaguari, hoje Jaguariúna, Mogi-Mirim e inauguraram também o ramal Mogi MirimAmparo, logo alcançando Casa Branca [1878]. A conclusão do trecho Casa Branca- São Simão permitiu a extensão da linha até Ribeirão Preto [1883]. (BEM, 1998 p.35).

Em 1884, o ponto terminal da companhia era São Simão que logo se estendeu para a Franca e para o Rio Grande e através de inúmeros pequenos chegou ao território mineiro e continuou avançando até Uberaba e Uberlândia, terminado em Araguari. Gradualmente, a rede ferroviária paulista vai se constituindo num intrincado emaranhado de linhas, construídas de acordo com as necessidades imediatas [...]. Dos doze ramais da Mogyana, alguns não chegam a ter vinte quilômetros, enquanto o mais extenso não chega a cem. A grande maioria fica na base de quarenta ou cinquenta quilômetros. Verdadeiras estradas “cata-café” que iam, no seu imediatismo, servir aos interesses das fazendas de uma região que, na época, já se encontrava na vanguarda da produção cafeeira de São Paulo. (BEM, 1998 p.36). A Mogyana progredia, porém, com a crise de 1929 as dificuldades em gerais começaram a aparecer no pais todo, com isso, veio o seu enfraquecimento, assim como as demais companhias, com trechos e estações desativadas, não geravam lucro, e decorrente ao surgimento das indústrias automobilísticas e das rodovias, as estações ferroviárias perderam a importância 27


Arqueologia Industrial A i m p o r tâ n c i a d o i nve n t á r i o

O interesse pela preservação do patrimônio industrial é relativamente recente, se comparando com a preocupação por outros tipos de manifestação cultural, e deve ser entendido dentro do contexto de ampliação daquilo que é considerado bem cultural. (KUHL, 2008, p. 37) Segundo Kuhl (2008), apesar de todas as manifestações que ocorreram na época voltadas ao legado da industrialização, um debate mais amplo iniciou na Inglaterra em 1950, época que foi colocado a expressão “arqueologia industrial” no país, que foi dado a vários aspectos da historiografia. De acordo ainda com Kuhl (2008), o volume que teve o papel relevante na difusão do tema, retoma as formulações oitocentistas e mostra que funcionalismo ocorre na produção arquitetônica ao longo dos séculos manifestando as expressões modernistas, a questão é clara através da arquitetura industrial do final do século XVIII e no início do século XIX na Grã-Bretanha, mostrando a variedade e qualidade formais alcançadas por uma produção oriunda de preocupações essenciais funcionais e de conveniência de preservar esses padrões.

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Pela visão de Kuhl (2008), o assunto ganhou ainda mais vigor e atraiu a atenção de um público mais amplo, a partir dos anos 60, quando os importantes testemunhos arquitetônicos da técnica de industrialização foram demolidos, um exemplo disso foi a Estação Euston em Londres, que foi destruída em 62. “Um monumento industrial é qualquer edifício ou outra estrutura, em especial do período da revolução industrial, que, sozinho ou associado a equipamentos, ilustra o início e desenvolvimento de processos industriais e técnicos, incluindo meios de comunicação. ” (KUHL, 2008, p. 39)

Na visão de Kuhl (2008), a arqueologia industrial é um campo de estudo relacionado com a pesquisa, levantamento, registro, e com a preservação desses monumentos, além de tudo deseja alcançar a significância desses no contexto histórico social e da técnica, em direção dessa definição de monumentos industriais é uma relíquia de uma fase antiga de uma indústria, ou meio de transporte alcançado, desde uma pedreira, até uma aeronave ou computador que se tornaram obsoletos há pouco.


A arqueologia industrial dos monumentos se consolidaram ao longo das décadas, por vários países, essa discussão sobre o patrimônio industrial esteve vinculada também a arquitetura ferroviária (Estação Euston) e aos edifícios com elementos pré-fabricados (caso de Col Exchange). Esse campo sobre a arqueologia trabalha de maneira a vincular a formas de produção por meio de transporte, energia e produtos resultantes da industrialização de acordo com Kulh (2008). Seguindo esse pensamento ainda, o processo de industrialização está ligado ao desenvolvimento do transporte ferroviário, em especial na segunda fase da revolução industrial, sendo assim a industrialização em larga escala associa-se diretamente a esse meio de locomoção, pois foi o que impulsionou as ferrovias, com isso marcará o grande crescimento delas. O interesse pela preservação do patrimonio industrial volta-se, desde seus inícios, ademais, no que se refere a arquitetura, ao conjunto de bens que se articulam ao processo de industrialização na totalidade, procurando conhecer e tutelar as especialidades de cada um deles. Desse modo, ao se abordarem os “monumentos da industrialização”, examinam-se as construções ligadas aos processos produtivos e aos meios de comunicação, transporte e produção de energia — a “arquitetura industrial” — e, ainda, edifícios pré-fabricados de variadas tipologias. (KUHL, 2008, p. 40)

Imagem |2. 2|: Viaduto ferroviário La Polvorilla no antigo Governo de Los Andes Fonte: Vitruvius. < https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.091/182> acessado em 22/04/2020

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Restauração A i m p o r ta n c i a d a c o n se r vação

Hoje temos conceitos definidos sobre como e o quê preservar, conservar e restaurar, fruto de experimentos e reflexões que se desenvolveram ao longo de séculos. As ideias evoluem e as definições são abrangentes. O objetivo é manter o original dentro da diversidade das manifestações culturais. (BRAGA, 2001, p. 3) Cada época e cada sociedade buscam e renegam o seu passado de acordo com a sua visão daquele momento. O reconhecimento de uma obra como produto cultural é resultado desta consciência histórica que, através do tempo seguiu uma trajetória, a qual resumiremos neste texto. (BRAGA, 2001, p.4) Segundo Braga(2001), Viollet-Le-Duc(1814-1879) foi um grande influenciador, historiador da arquitetura e com isso devemos situa-lo historicamente para melhor compreender sua metodologia. Em pleno movimento eclético, onde todos os estilos arquitetônicos são utilizados. Falsos históricos criados por Violet-Le-Duc são duramente atacados por John Ruskin (1819 – 1900), crítico inglês que depois de 20 anos de atuação de Viollet-Le-Duc, surge com uma nova visão para conservação dos bens culturais. Ruskin acredita que as obras arquitetônicas não podem receber nenhum tipo de complemento e valoriza as ruínas a 30

ponto de recomendar que projetos de arquitetura sejam pensados considerando também seu estado de conservação depois de alguns séculos. A influência de seu pensamento é mais difundida no início do século XX, mostrando uma contínua oscilação de pontos de vistas, sempre parciais, pelo interesse na conservação dos bens culturais. (BRAGA, 2001, p. 5) Braga (2001) também colocou em pauta as Cartas Patrimoniais, frutos de encontros nacionais e internacionais que serão abordadas, a seguir mostrarão o desenvolvimento destes princípios, adequados às diversas localidades e situações. Algumas das cartas patrimoniais Carta de Atenas 1930, Carta de Veneza 1964, Conferência de Quito 1967, Carta Europeia 1975. A que mais se destaca a partir de então é a Carta de Atenas, que reflete a preocupação internacional para com diretrizes comuns relacionadas à conservação do patrimônio cultural mundial. Diante da diversidade dos casos, predominou uma tendência para princípios gerais que dentre eles Cristina Coelho salienta os seguintes em sua dissertação de mestrado:


“...- As doutrinas e princípios gerais da restauração, afirmando a particularidade de cada monumento no que se refere à solução proposta (cada caso merece uma análise [ou ação] específica); a utilização dos edifícios monumentais de modo a garantir a continuidade de sua vida. - A administração e legislação dos monumentos históricos, consagrando o direito da coletividade sobre a propriedade privada e a necessidade de proteger os monumentos de interesse histórico, artístico ou científico, pertencentes às diferentes nações. - A valorização dos monumentos quanto ao entorno, garantindo a ambiência e as perspectivas principais. Os materiais de restauração e a utilização de materiais e técnicas modernas, sem alteração do aspecto e do caráter do edifício a ser restaurado. 7 - A deterioração dos monumentos pelos agentes atmosféricos requer aprofundamento das pesquisas nas áreas das ciências físicas, químicas e naturais. - A técnica da conservação deve ser definida a partir de análises criteriosas das causas dos degrado. - A conservação de monumentos e a colaboração internacional (,) definindo meios de cooperação técnica e moral; definindo o papel da educação e o respeito aos monumentos, e a utilidade de uma documentação internacional para a prática preservacionista de cada nação. - “anastilose” dos monumentos da Acrópole...”

Depois de entendermos o que Braga (2001) quis passar, vamos compreender agora um pouco sobre a teoria Brandiana, Cesare Brandi nasceu em 8 de abril de 1906 em Siena, na Itália, e é o dono do conceito do Restauro Crítico, o qual analisa todas as obras consideradas obras de arte, que segundo Brandi , são todas as coisas que tenham um testemunho da ação do homem, para que não haja intervenções inadequadas, como um falso histórico e artístico, sem intervir para que volte no momento da criação e sim que continue carregando as marcas do tempo.

Imagem |2. 3 |: Vista de uma das mãoes francesas.Fonte: Da autora. 24/03/2020

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TEORIA BRANDIANA Entende-se por restauração a intervenção com função de reativar a eficiência de um produto feito pelo homem (BRANDI, 2008), sendo este o seu primeiro corolário, que só se restaura o que é obra de arte e só é vista como tal quando esta é reconhecida como uma. As obras de arte segundo Brandi (2008), são todos os objetos e produtos de testemunho da atuação humana em um certo tempo e lugar, incluindo a historicidade – testemunho histórico –, a estética – seu estilo artístico – e por ser uma obra de arte. Com isso, nota a estreita relação entre a obra de arte e a restauração. “Chega-se, desse modo, a reconhecer a ligação indissolúvel que existe entre a restauração e a obra de arte, pelo fato de a obra de arte condicionar a restauração e não o contrário”. (RIBEIRO, 2018, p. 735 apud BRANDI, 2008, p. 29). A partir desse pensamento, surgem seus axiomas que norteiam o trabalho de conservação e restauro: 1º. axioma: “restaura-se somente a matéria da obra de arte” (BRANDI, 2008, p. 31- 32), sem cometer falso artístico, sem intervir ou modificar o original da obra. 2º. axioma: “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo” (BRANDI, 2008, p. 33).

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Brandi defende que o objeto restaurado não volte no momento da criação, e sim que continue carregando as marcas do tempo, respeitando a temporalidade e a sua conformação original. (RIBEIRO, 2018, p. 736 apud BRANDI, 2008).

“...A restauração, para representar uma operação legítima, não deverá presumir nem o tempo como reversível, nem a abolição da história. A ação de restauros, ademais, e pela mesma exigência que impõe o respeito da complexa historicidade que compete à obra de arte, não se deverá colocar como secreta e quase fora do tempo, mas deverá ser pontuada como evento histórico tal como o é, pelo fato de ser ato humano e de se inserir no processo de transmissão da obra de arte para o futuro...” (RIBEIRO, 2018, p. 736 apud BRANDI, 2008, p. 61).


Maria Fumaça no Brasil S o b re t r i l h o s

Invenção do século XIX, o apelido Maria Fumaça vem do excesso de vapor liberado pela pressão da queima da lenha usada para aquecer a água na caldeira dentro da locomotiva, é o vapor que impulsiona a máquina, que há anos opera trens de passageiros. A primeira locomotiva a vapor usando trilhos foi construída pelo engenheiro inglês Richard Trevithick e fez o seu primeiro percurso em 21 de fevereiro de 1804. A locomotiva conseguiu puxar cinco vagões com dez toneladas de cargas e setenta passageiros á velocidade vertiginosa de 8 km por hora usando para efeito trilhos fabricados em ferro fundido. No Brasil a primeira locomotiva a vapor foi a “Boronesa”, que em 30 de abril de 1854 percorreu em pouco mais de 23 minutos a trecho de 14,5 hm entre o porto Mauá, na Baía de Guanabara e a localidade de Fragoso, inaugurando a Estrada de Ferro Mauá, a primeira do país e que adotava a bitola indiana (trilhos com 1676 mm de largura). A viagem inaugural contou com a presença ilustre do imperador do Brasil, Dom Pedro II. Atualmente a locomotiva a vapor dado como maria fumaça, tem um perfil mais voltado ao turismo, como ocorre na estação em Campinas:

Há 35 anos, Campinas (SP) preserva maria fumaça a vapor para passeios com turistas pela região. Com estilo preservado, o passeio no trem começa pela estação Anhumas, no Jardim Madalena, em Campinas e segue até Jaguariúna (SP), passando por fazendas e campos. (JANJÁCOMO, 2018). Conforme Janjácomo (2018), atualmente a viagem de maria fumaça percorre os 24,5 entre as cidades de Jaguariúna levando os turistas que foram destinados a conhecer sobre as terras e história da época, com cerca de 30 mil viajantes por ano, os passeios ocorrem apenas aos fins de semana. O passei dura em cerca de três a quatro horas, com o trajeto de cenário rural, passando por fazendas conservadas da época, em cada vagão tem os monitores que falam sobre as histórias a cada trecho percorrido, e voluntários vendendo doces, lembrancinhas e cantando para os turistas, cada viagem é feita por 12 vagões de passageiros, com capacidade para acomodar 46 pessoas cada um, cada vagão têm um banheiro e um vagão-restaurante, onde são vendidos lanches, salgadinhos e bebidas.

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O passeio é de responsabilidade da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), organização fundada em 1977 por um grupo de aficionados por ferrovias, nessa mesma época, a associação conseguiu a cessão da linha do trem por tempo indeterminado. “A ferrovia estava abandonada, tomada pelo mato”, lembra Hélio Gazetta Filho, diretor administrativo da regional Campinas da ABPF. (JANJÁCOMO, 2018). O trabalho de recuperação do trecho demorou quatro anos, em 1984, circulou o primeiro trem turístico pelos trilhos, e desde então, a associação adquiriu seis locomotivas a vapor e três a diesel, que têm a função de auxiliar a operação das marias-fumaça, as máquinas são trazidas até uma oficina especializada que fica na estação Carlos Gomes, em Campinas, onde são restauradas por funcionários da associação e voluntários. Como os vagões são antigos, construídos entre 1895 e 1960, não há peças à venda e todo item necessário para a manutenção das máquinas é construído pela ABPF. A restauração de uma locomotiva pode custar até R$ 500 mil, segundo Gazetta. (JANJÁCOMO, 2018).

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Imagem |2. 4|: Vista da estação ferroviária de Janguariúna. Fonte: foto tirada pelo autora.. 22/09/2019


Turismo no Brasil O p ro c e sso d o l a z e r

No Brasil colonial tivemos as viagens comerciais e de alguns raros personagens que viriam a se tornar importantes para a história, sendo que em muitos casos, eram paradas causadas por problemas com o tempo, ou com seus barcos, já que Portugal fazia restrições à circulação de estrangeiros por seus portos. No período imperial, com a abertura dos portos, a presença da corte e a chegada de imigrantes europeus, tivemos visitas programadas como a dos naturalistas George Gardner e Charles Darwin, entre outros, e houve mudança de hábitos, com a instalação das ferrovias, construção de hotéis, restaurantes, e a busca por higiene, saúde e lazer. (QUEIROZ, 2012.) Em 1923, no rastro das comemorações pelos 100 anos de independência, tivemos a primeira iniciativa para alavancar o turismo em todo o país, pelo Touring Club do Brasil, que se chamou na época Sociedade Brasileira de Turismo, e se encarregou de ações visando à promoção do país, tais como, campanhas publicitárias, estandes em eventos internacionais, os bailes do Teatro Municipal e os concursos de música carnavalesca, os banhos de mar à fantasia, e o corso pela Avenida Atlântica, que revelaram Copacabana, criaram o mito do Carnaval do Brasil, e que tornou obrigatória a passagem dos navios transatlânticos pelo país. (QUEIROZ, 2012.)

Queiroz (2012) então vez uma análise de que Touring executou, que trouxe admiração e interesses para as pessoas e para outros países por seu turismo, ele revelou Paulo Afonso para os brasileiros que só conheciam Iguaçu, ainda recuperou Ouro Preto, levando vida a cidade, obteve a criação do primeiro Parque Nacional na Serra do Órgãos, lutou pela memória do Brasil tirando Tiradentes e Santos Dumont do esquecimento. Varig foi fundada em 1924, e em 1934 o Touring Club foi denominado pelo Itamaraty Órgão Oficial para o fomento do turismo. Ainda sobre as análises de Queiroz (2012), foi criado o DIPDepartamento de imprensa e propaganda em 1938, que ficou responsável pela atividade, através da divisão do turismo, ficou encarregado em modo geral, e por fim o Getúlio Vargas deixou o cargo em 1945 com a criação do SENAC, a descoberta do petróleo no Brasil, a Copa de 1950 e os títulos de 1958 e 1962, e a construção de Brasília, chamaram a atenção mundial sobre o país e fomentaram o turismo. Em 1977 foi criada a Lei 6505/77, uma das mais importantes da legislação turística do Brasil, que regulou as atividades e serviços, criou a política de proteção ao patrimônio natural e cultural do país e Turismo no Brasil

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tratou dos meios de hospedagem e restaurantes. Em 1986, seguindo a tendência mundial da livre iniciativa, o Decreto Lei 2294/86 pôs fim ao registro, tornando livre a atividade turística no Brasil, que assim consta na Constituição de 1988, onde o Artigo 180 determina que ‘A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico’. (QUEIROZ, 2012.) Em 1994 foi posto em prática o PNMT – o Plano Nacional de Municipalização do Turismo, que foi uma tentativa de levar as discussões, decisões e administração da atividade para o interior dos municípios identificados como turísticos, que não teve pleno êxito em alguns lugares pela falta de um plano nacional com a participação de profissionais conhecedores da realidade do turismo no Brasil, que orientassem a implantação do plano em consonância com outros setores e necessidades da sociedade. (QUEIROZ, 2012.) Segundo Queiroz (2012) por causa da importação de planos e métodos estrangeiros que não se aplicavam aqui, em alguns casos; e pela ausência de profissionais na maioria dos municípios para conduzir o plano, o que obrigou a interferência dos meios científico e profissional, e em 2001 a política para o turismo do Brasil foi adaptada a estabilidade da economia, e em 2002 foi criado o IBCDTUR – Instituto Brasileiro de Ciências e Direito do Turismo.

Conclui-se que o turismo no Brasil é um setor crescente e fundamental para a economia de várias regiões do país, sendo assim, está voltado a dinâmica que cada cidade o oferece e então gerar os benefícios possíveis promovendo a economia,

Imagem |2. 5|: Foto tirada junto a minha família. Fonte: Da autora. 22/09/2019.

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Imagem |2. 6|: Estação de Jaguariúna. Fonte: Da autora. 22/09/2019.

Imagem |2. 7|: Estação de Jaguariúna. Fonte: Da autora. 22/09/2019.

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CapĂ­tulo 3

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Leituras

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projetuais

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Museu Do Pão

FICHA TÉCNICA EQUIPE DE ARQUITETOS: Brasil Arquitetura ANO: 2007 LOCALIZAÇÃO: Ilópolis(RS), Brasil. ÁREA: 330.0 m² FOTOS: Nelson Kon. Imagem |4. 1, 2 e 3|: página anterior fotos nas leituras. Fonte: Archdaily. acessado em 13/04/2020. Imagem |4. 4|: Página a esquerda. Museu do pão. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/ br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado em 13/04/2020.

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Com madeira fornecida pela serralheria Araçá, o moinho foi construído pelo carpinteiro Garibaldi Bertuol em 1930, com o maquinário a vapor montado por técnicos alemães, sua produção era diária com cerca de 20 sacos de trigos, equivalente a 60 kg. Com o passar do tempo a sociedade foi desfeita, fazendo o moinho passar por diversas consequências e por fim foi fechado e seu maquinário foi vendido. Assim Carlos Colognese aluga o prédio e ali monta um armazém de secos e molhados.

Em 2004 foi criada uma associação de amigos do Vale do taquari adquirindo o imóvel com recursos doados pela Nestlé Brasil.

2005

1953 1930

2004

Em 1953 o moinho é montado novamente com a designação de Colognese e Cia, João Ernesto Colognese e sua esposa Ada.

Imagem |4. 5|: Página a direita. Moinho antes de ser restaurado. Fonte: É necessária experiência, disponível em< https://necessarioexperiencia. wordpress.com/2008/04/09/museu-do-pao/> acessado em 30/04/2020.

A sua inauguração aconteceu no ano seguinte, 2008, com seus novos recursos, Museu do Pão, oficina de panificação e o Moinho Colognese.

Em 2006 a construção foi iniciada pelo patrocínio da Nestlé e através da Lei de Incentivo á Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.

2007 2006

O escritório Brasil em 2005 elabora e inicia um projeto de restauração do moinho, integrado com um novo conjunto chamado Museu do pão.

2008

Sua obra foi finalizada com sucesso.


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Ilรณpolis

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N


Localização LOCALIZADO em Ilópolis(RS), na Rota dos Moinhos, no vale do Taquari, o museu tem o intuito de preservar tradições, e as importâncias históricas, a um tempo atrás quando foi desativado, teve um típico esquecimento, depois de cair nas mãos certas e ser restaurado, recuperando suas origens e criando uma sede para o museu, hoje ele se encontra como um ponto turístico e está em ótimo estado de conservação.

Imagem |4. 6|: Página a esquerda. imagem aérea de Ilópolis. Fonte: Google Earth pro. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 7 e 8|: Página a esquerda. imagem do mapa do Brasil. Fonte: Google imagens. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 9|: Vista de cima do Moinho. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/018579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado em 13/04/2020.

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Materialidade e Estrutura Com o moinho restaurado, a construção ao lado integrada a ele traz uma arquitetura bem visual, optaram por vidros e concreto aparente, dando a sensação de espaço novo, já o moinho que por si, tem um material bem da época ressalta a grande importância da restauração e da renovação, através de painéis móveis de araucária, até a estrutura de concreto, feita em formas da própria madeira, que dão textura ao material. Através desse novo conjunto, com bastante vidro e espaços abertos, a arquitetura fala por si só. Seu jardim possui uma coleção de pedras mó, granito e basalto de diversas cores, que são destinadas a diferente tipo de moagem de milho e trigo. Na estrutura do museu a uma repetição dos pilares de concreto formados por triplas mãos francesas, e três pilares projetados com uma forma diferente, duas empenhas apoiam o pavilhão do museu, junto ao auditório. O conjunto novo para ficar no nível do moinho, foi elevado do solo, com uma passarela de ligação entre eles, com o gradil inspirados em elementos diagonais, os arquitetos projetaram um passeio por volta de todo prédio, painéis móveis de araucária protegem a fachada do museu, Imagem |4. 10|: Página a esquerda. vista do conjuto novo do museu. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 11|: Página a esquerda. vista da bodega do moinho. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 12|: Página a esquerda. estrutura, pilar de tripla mão francesa. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 13|: Vista lateral do museu e moinho. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado em 13/04/2020.

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Programa Bodega do Moinho O novo ponto de encontro para os moradores e turistas, é o antigo deposito do Moinho que foi transformado em um acolhedor de bodega, que oferece produtos a toda região. Museu do Pão Nesse museu á uma pequena coleção de objetos utilizados pelos imigrantes italianos do Vale do Taquari da época que refaz a trajetória da produção do alimento “do grão ao prato”. No pequeno auditório passam documentários, filmes e palestras que discutem temas ligados ao pão e à imigração italiana, entre outros. Oficina de Panificação A oficina de pão que se encontra no novo conjunto do moinho, ela busca resgatar a tradicional culinária antiga que ali se habitava, dando a oportunidade para as pessoas que ali visitam ou para a própria sua formação, ali sera ministrados diversos tipos de cursos de panificação e também confeitaria para as crianças.

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Setorização, Fluxo e Programa 1 2

1. Bodega moinho(existente) 2. Museo do pão(novo)

3 2

Espaço coletivo, cultural e lazer ao público (parte restaurada, moinho) Espaço coletivo e cultural ao público (conjunto novo, museu)

Imagem |4. 14 e 15|: Página a esquerda, as duas fotos de cima. vista da bodega, moinho. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 16|: Página a esquerda. vista da oficina de pão. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 17|: Página a esquerda. vista do museu do pão, conjunto novo. vista Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 18|: Página direita. fachada do conjunto. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 19|: Página direita. planta baixa do conjunto. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura.> acessado em 13/04/2020.

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1. Bodega do moinho 2. Museo do pão 3. Oficina de panificação

Espaço coletivo, cultural e lazer ao público Espaço privado de acesso público Espaço coletivo e cultural ao público Circulação 51


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Sesc Pompéia

FICHA TÉCNICA ARQUITETOS: Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e André Vainer. ANO: 1982 LOCALIZAÇÃO: São Paulo, SP, Brasil. ÁREA: 23.571 m² FOTOS: Pedro Kok, Fernando Stankuns, Flickr beatriz marques (CC BY-NC-ND) Imagem |4. 20|: Sesc Pompéia. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/ br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi.> acessado em 13/04/2020.

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Por volta do ano de 1977, Lina Bo Bardi esteve pela primeira vez na antiga fábrica de tambores dos irmãos Máuser, no coração de Pompeia, bairro operário não tão distante do centro de São Paulo.

Na mesma época em Paris, inauguraram o Centro Georges Pompidou, o Beaubourg, no Marais, em um bairro que ainda tinha características de uma cidade que havia sido transformada no final do século XIX.

Em seguida, Lina foi contratada para realizar esse projeto, que iria mudar muitos conceitos da cidade e até do país.

1997

1997 1977

Imagem |4. 21|: Página a direita. Sesc Popéia, visto de cima. Fonte: Paula Jacob, disponível em< https://casavogue.globo.com/Arquitetura/ Edificios/noticia/2019/08/webserie-conta-historia-da-construcao-do-sesc-pompeia-de-lina-bo-bardi.html > acessado em 08/05/2020. Imagem |4. 22|: Página a direita. Sesc Popéia, retirada do reboco das paredes, 1980. Fonte: Vitruvius disponível em< https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/08.093/1897> acessado em 14/04/2020. Imagem |4. 23|: Página a direita. Sesc Popéia, fábrica de tambores da Pompéia. Fonte: Vitruvius disponível em< https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ minhacidade/08.093/1897 > acessado em 08/05/2020.

1977 1997

1997

O Secs já havia adquirido anos antes o imóvel e pretendia construir um novo Centro Cultural esportivo.

Em maio de 1982 foi inaugurada a primeira etapa do SESC Pompeia, que foi a readequação da antiga fábrica de tambores, e no ano de 1986, inauguram o novo complexo esportivo, que são dois prédios ligados por passarelas de concreto aparente, com uma torre cilíndrica de 70 metros de altura destinada à caixa d’água.

Então Lina trouxe conhecimentos adquiridos dos projetos do Museu de Arte Popular da Bahia, no Solar do Unhão e do Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, do final de 1950, para adotar no novo Sesc.

1982/1986

Ao contrário daquela iniciativa que demoliu alguns quarteirões para a construção do novo centro. O Sesc decidiu manter a velha fábrica e apresentar novas funções. Lina juntamente com arquitetos e engenheiros, instala seu escritório e enfim começa a elaboração das mudanças e novos programas para o novo Sesc.


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São Paulo

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N


Localização LOCALIZADO em São paulo, na Rua Clélia número 93, no bairro da Vila Pompeia zona Oeste, bairro industrial. O Sesc se tornou uma extensão daquele endereço, que formou entre si uma rua entre os galpões ali existentes da época, e o Sesc foi tombado em 2015 como patrimônio cultural.

Imagem |4. 24|: Página a esquerda. imagem aérea de São Paulo. Fonte: Google Earth pro. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 25 e 26|: Página a esquerda. imagem do mapa do Brasil. Fonte: Google imagens. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 27|: Vista da rua Clélia. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi.> acessado em 13/04/2020.

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Estrutura e Materialidade Lina aproveitou a antiga estrutura da fábrica de tambores, que são de concreto e vedação de alvenaria, e estrutura metálica, em sua cobertura, utilizou telhas translúcidas em alguns trechos, para melhorar a iluminação em seu interior. Para complementar o projeto, e dar um marco na paisagem, ela projetou mais duas torres ao lado da antiga chaminé da fábrica, que virou uma caixa d’água, dando monumentalidade ao conjunto, ambos marcados pelo concreto aparente. Sua materialidade compõe basicamente de concreto aparente, nos pisos e blocos de concretos nas partes novas, paredes perimetrais portantes de 35 cm de espessura que sustentam 5 pavimentos com o pé direito de 8,60 m, dispensando o uso de vigas e pilares(sistema trilítico), moldadas com tábuas horizontais de madeira, além do concreto, sua laje é nervurada, permitindo grandes vãos. As janelas em formas de buracos irregulares, permitem diferentes visões para diversos cantos da cidade, proporcionando assim iluminação e ventilação natural, seu detalhe é em ferro pintado de vermelho. As passarelas de ligações entre às duas torres possui um vão variante de 25 metros entre elas, e são construídas com concreto protendido.

Imagem |4. 28|: Página a esquerda. vista de um dos galpões. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. > acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 29|: Página a esquerda. vista da parede da antiga fábrica. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. >. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 30|: Página a esquerda. vista de uma das janelas em forma de burraco, de dentro para fora. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 31|: Vista do novo conjunto do Sesc. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. > acessado em 13/04/2020.

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Ru

Grande deck

aC léli a

Setorização, Fluxo e Programa 1. Conjunto poliesportivo com piscinas, ginásio e quadras 2. Lanchonete, vestiário, sala de ginastica, lutas e danças 3. Grande deck com espelho d´água e cachoeira 4. Almoxerifado e oficinas de manutenção 5. Atêlies de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria, gravura e tipografia 6. Laboratórios fotográficos, estúdio musical 7. Teatro(para 1200 lugares) 8. Vestíbulo coberto e teatro para espetáculos 9. Resaturante e choperia 10. Cozinha industrial 11. Refeitório e vestiário para os funcionarios 12. Grande espaço de estar, com salões de jogos, espetáculos e mostras esportivas com grande laleira 13. Biblioteca, salas de leituras e videoteca 14. Pavilhão com exposições temporárias 15. Administração geral. Torre de apoio Torre poliesportiva Espaço privado de acesso restrito ao usurario do Sesc Espaço coletivo e cultural ao público Espaço privado de acesso ao público Circulação

Imagem |4. 32|: Planta baixa do Sesc Pompéia. Fonte: Archdaily, disponível em<https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 33|: .Corte do conjunto novo do Sesc. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. > acessado em 13/04/2020. Imagem |4. 35|: Página a direita, grande espaço de estar do Sesc Pompéia. Fonte: Archdaily, disponível em<https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi.>. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 36|: Página a direita, vista das oficinas do Sesc. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. > acessado em 13/04/2020.

Quadra Inverno

Torre de jcksbjcn

Quadra Outono Quadra Verão Quadra Pimevera Piscina Entrada principal para o complexo


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Imagem |4. 37|: Vista da chopperia do Sesc. Fonte: Mariana disponĂ­veldoem< Imagem |4. 37|:projetista, Vista da chopperia Sesc.http://mariana-projetista. blogspot.com/2018/02/arquitetura-14-sesc-pompeia-e.html > acessado em 62 Fonte: Mariana projetista, disponĂ­vel em< http://mariana-projetista.blogspot. 10/05/2020. com/2018/02/arquitetura-14-sesc-pompeia-e.html > acessado em 10/05/2020.


Imagem Imagem|4. |4.38|: 38|:Vista Vistadas dasoficinas oficinasdodoSesc. Sesc. Fonte: Fonte:Mariana Marianaprojetista, projetista,disponível disponívelem< em<http://mariana-projetista.blogspot. http://mariana-projetista.blogspot. com/2018/02/arquitetura-14-sesc-pompeia-e.html com/2018/02/arquitetura-14-sesc-pompeia-e.html>>acessado acessadoem em10/05/2020. 10/05/2020.

Imagem |4.|4. 39|: Vista da da chopperia dodo Sesc. Imagem 39|: Vista chopperia Sesc. Fonte: Sesc, disponível em< https://www.sescsp.org.br/online/artigo/9607_VO63 Fonte: Sesc, disponível em< https://www.sescsp.org.br/online/artigo/9607_VOCE+E+BEMVINDO+AO+SESC+ITAQUERA > acessado emem 10/05/2020. CE+E+BEMVINDO+AO+SESC+ITAQUERA > acessado 10/05/2020.


Imagem Imagem|4. |4.40|: 40|:Vista Vistado dogrande grandedeck. deck.

64 Fonte: Fonte:Nelson Nelson Kon, Kon, disponível disponível em< em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pom> acessado peia/ > em acessado 10/05/2020. em 10/05/2020.

Imagem |4. |4. 41|: 41|:Vista Vista da da teatro. teatro. Imagem Fonte: Nelson Kon, disponível em< Fonte: em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/>> acessado em em 10/05/2020. 10/05/2020. acessado


Imagem Imagem |4.|4. 42|: 42|: Imagem Imagem aoao lado, lado, oficinas oficinas dodo Sesc. Sesc. Fonte: Fonte: Nelson Nelson Kon, Kon, disponĂ­vel disponĂ­vel em< em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ >> acessado acessado emem 10/05/2020. 10/05/2020.

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Imagem |4. 43|: Vista das exposições que acontece em uns dos galpões do Sesc.

66Fonte: Nelson Kon, disponível em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ > acessado em 10/05/2020.


Imagem |4. 44|: Vista do espelho da água que existe em uma das áreas do Sesc. Imagem Imagem|4. |4.44|: 44|:Vista Vistado doespelho espelhoda daágua águaque queexiste existeem emuma umadas dasáreas áreasdo doSesc. Sesc. Fonte: Nelson Kon, disponível em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ 67>> Fonte: Nelson Fonte: Kon, Nelson disponível Kon, disponível em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ em< http://www.nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/ > acessado acessado em 10/05/2020. acessado em em 10/05/2020 10/05/2020.


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Nova Sede da Prefeitura de Goiás

FICHA TÉCNICA EQUIPE DE ARQUITETOS: A+P Arquitetos Associados ANO:2014 LOCALIZAÇÃO: Goiás, Brasil. ÁREA: 810.0 m² FOTOS: Manuel Sá. Imagem |4. 45|: Vista de frente da Prefeitura de Goiás. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/ br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados.> acessado em 10/05/2020.

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A cidade de Goiás foi fundada em meados do século XVIII, pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, que lhe deu o nome de Vila Boa de Goiás.

Entre as construções existentes, as que se destacam são os museus de Arte Sacra e da Bandeira, prédio do século XVIII no qual funcionaram a Câmara e a cadeia e que hoje guarda a história da intervenção bandeirante na região, além do Palácio Conde dos Arcos, antiga residência do governador.

1930 1729

Goiás foi capital do estado até 1930, com a perda deste prestígio para Goiânia, Goiás Velho, como hoje é conhecida, manteve bastante a sua arquitetura colonial de casas, comércios, ruas e igrejas.

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Depois de algum tempo após ser gratificada na pela Unesco, na virada do ano 2001 para 2002, aconteceu uma enchente, as águas do Rio Vermelho arrastaram casas e pontos de preservação, como a casa de Cora Coralina, que foi transformada em museu após sua morte em 1985.

2001 1950

Atualmente a Cidade de Goiás investe no ecoturismo, graças à vizinhança da Serra Dourada que há trilhas que levam a cachoeiras, como as das Andorinhas. Com isso levou a prefeitura da cidade a passar por um processo de restauração.

2005 2002

A preservação desse conjunto lhe rendeu o título de patrimônio da humanidade pela Unesco.

2014

Após um grande trabalho de recuperação da área, quase não se veem vestígios dessa tragédia, e turistas voltam a circular por seus hotéis, pousadas e restaurantes.


Imagem |4. 46|: Vista do antigo GoiĂĄs no ano de 1957. 71 Fonte: IBGE, disponĂ­vel em< https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ go/goias/historico > acessado em 10/05/2020.


Sรฃo Goiรกs Paulo

N 72

N


Localização LOCALIZADO na cidade de Goiás, nas margens do Rio Vermelho, na Rua Alcides Jube, o conjunto fica próximo ao encontro do córrego Manuel Gomes com o rio Vermelho, na região urbana de passagem entre o centro e a área rural, cujos lotes são caracterizados por sua cultura antiga, frentes largas e profundidade proporcional. Para a construção dos novos conjuntos, foram demolidas duas construções ja existentes, dando lugar para a nova sede da prefeitura de Goiás, pensada para reorganizar fluxos, e espaços, além de abrigar outros tipos de serviços como secretárias, que estavam em imóveis alugados.

Imagem |4. 47|: Página a esquerda. imagem aérea de Goiás. Fonte: Google Earth pro. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 48 e 49|: Página a esquerda. imagem do mapa do Brasil. Fonte: Google imagens. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 50|: Prefeitura antes de ser restaurada. Fonte: Badini , disponível em< http://www.badini.com.br/go/cgo/ > acessado em 13/04/2020.

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Estrutura e Materialidade Sua estrutura é de aço, com vedações de alvenaria de blocos e painéis de gabião de pedra, que foram pensadas especialmente para o projeto, seu piso consiste de granilite sobre laje steel deck, foi ultilazado para o projeto também telhas cerâmica planas, e o conjunto foi adaptado junto a topografia do terreno. Sua materialidade constitue pela visão da cidade, como eles tem um padrão, a nova sede não fugiu do modelo, suas fachadas simétricas, com fechamento em vidro, permitindo que tenha luz natural entre no seu interior, e dando uma visão para a mata que fica atrás do prédio, constituindo também de elementos verticais de madeira que tonificam a estética contemporânea.

Imagem |4. 51|: Página a esquerda. vista da escada para o painél de gabião de pedra. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados > acessado: 14/04/2020 Imagem |4. 52|: Página a esquerda. vista da escada. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 53|: Vista externa do prédio. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020.

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76


Sobre a Restauração 1. Ao realizar a restauração da casa principal, o projeto realizou a distribuição dos usos dentro das limitações e possibilidades espaciais dos cômodos e espaços existentes. O acréscimo de novos elementos é evidente, deixando clara a diferença entre o novo e a existente. 2. O projeto adotou as seguintes posturas: buscar manter elementos originais e de função estrutural, desde que fosse possível a conciliação entre a preexistência e a utilização dos espaços existentes; por questões funcionais, com leitura contemporânea, mas objetivando a contextualização com a preexistência. 3. Realizar a demolição dos anexos recentes, de modo a ‘’costurar’’, integrando as edificações esse novo anexo, intitulado como “Prédio Anexo”, foi implantado de forma transversal, unindo os dois lotes e servindo de conexão dos fluxos internos entre os setores. Neste prédio, foram abrigadas a maior parte das funções administrativas da prefeitura, assim como o setor de engenharia e arquitetura. Com a definição geral do partido, em relação à implantação das construções e distribuição geral das funções nelas, se definiu a liberação das áreas de recuos existentes entre os volumes. Nos recuos laterais dos conjuntos, ficariam os estacionamentos para veículos ladeados por jardins. No que lhe concerne, o espaço aberto entre às duas construções preexistentes, seria ocupado por uma marquise de acesso ao prédio anexo e à casa anexa ladeada por jardins.(PEREIRA, 2019). Imagem |4. 54|: Página a esquerda. vista interna do novo conjunto. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados > acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 55|: Página a esquerda. vista interna do conjunto restaurado. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 56|: Vista externa dos prédios, onde mostra o novo e o existênte. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020.

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Setorização, Fluxo e Programa 29 28

32 30

31 33

35 34

36

38

37 6

7

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9 10

5 1

4 3

2

11

13

15

14

16

19 23 24 25 26

43

20 21 22

18.Gabinete prefeitura 19. Recepção 20. Copa 21. Sanitário 22. Chefia do gabinete 23. Sanitário masculino 24. Sanitário feminino 25. Recepção administrativa 8. jardim central 26. Protocolo 9. Controle interno 27. Secretária de finanças 10. Secretário C.I 11. Recepção controle interno 28. DML 29. Lixo 12. Assessoria jurídica 30. Copa 13. Diretor de arrecadação 31. RH 14. Fiscalização 32. Arquivo 15. Arrecadação 33. Chefia 16. Cadastro técnico 34. Wc masculino 17.Circulação interna

46

47 56

41 42

27

Planta terréa 1. Entrada 2. Cat 3. Diretoria de turismo e cultura 4. Secretária de turismo e cultura 5. Conferência 6. Sala de Reunião 1 7. Sala de Reunião 2

45 44

18 17

12

40

39

52 53 50 54 55 48 49 51

5. Wc PCD 36. Wc feminino 37. Circulação 38. Compras 39. Contabilidade 40. ALM 41. Jardim lateral 42. Estacionamento 43. Secretária do meio ambiente 44. Sala de trabalho 45. Diretoria de planejamento 46. Arquitetura e engenharia 47. Secretária de agricultura 48. CPD 49. Sala de reunião 50. Telefonia

58

57

59 60

60

1º pavimento 51. Circulação Uso semi-publico e privado 52. Copa 53. Depósito Uso privado 54. Wc feminino 55. Wc masculino Espaço privado de acesso restrito ao funcionário 56. Assessoria de comunicação Espaço privado de acesso restrito ao funcionário da prefeitura 57. Sala de trabalho 58. Sala da vice prefeita Circulação 59. Sótão Imagem |4. 57|: Planta terréa da nova Prefeitura de Goiás. 60. Áreas não acessíveis Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/ nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 58|: Planta do 1º pavimento da Prefeitura de Goiás. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/ nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020. Imagem |4. 59|: Página a esquerda, fachada da nova Prefeitura de Goiás. Fonte: Archdaily, disponível em< https://www.archdaily.com.br/br/927758/ nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados >. acessado: 14/04/2020.


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Capitulo 4

81


82


O começo de tudo Como tudo começou

A estação de Barrinha foi aberta em 1903, como uma das estações do então ramal do Mogi-Guaçu. Antes desta, porém, havia ali desde 1885 um porto fluvial com esse nome, construído e operado pela mesma Companhia Paulista em sua navegação do rio Mogi, entre Porto Ferreira e Pontal. Esse porto deu origem à cidade. Com o fim da navegação em maio de 1903 e a já existência da primitiva estação de trens do então Ramal do Mogi-Guaçu, a navegação pelo rio foi extinta em 1/5/1903...’’(MENNUCCI, 2015) A estação foi construída em terras da fazenda São Martinho, uma das fazendas da família Prado. Estes decidem lotear as terras ao redor da estação após a geada do café de 1918 e a crise de 1929. As primeiras famílias teriam chegado nessa época. Em fins de 1929, com a retificação e alargamento da bitola do trecho entre Guatapará e Bebedouro, pela margem direita do rio Mogi, incorporando todo o antigo ramal a estação passou a ser parte integrante da linha-tronco da Paulista. (MENNUCCI, 2015)

Imagem |4. 1|: Página a esquerda. Vista de uma das fachada internas da estação. Fonte: foto tirada pelo autora, estação ferroviária de Barrinha. 24/03/2020.

Em 1933, a empresa Bevilacqua inaugurou linhas de ônibus (“jardineiras”) entre a estação e Ribeirão Preto e Sertãozinho de acordo com os horários das chegadas e partidas dos trens, para fazer concorrência com os trens da Mogiana - como as linhas da Paulista eram melhores, em Barrinha já com bitola larga e parte do tronco desde 1930, os habitantes dessas cidades preferiam as estradas de terra num trecho de cerca de 30 km e pegar esse trem em Barrinha do que enfrentar a historicamente ruim linha da Mogiana para São Paulo ou Campinas. Ela funcionou como uma estação de passageiros bastante movimentada, até o cancelamento do trem de passageiros, no início de 1998. Era nessa estação que, por muitos anos, até os anos 1980, o pessoal de Ribeirão Preto tomava o trem Pullmann para São Paulo, vindo de jardineira ou de automóvel.

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Isso evitava também as inevitáveis baldeações da Mogiana em Passagem, Guatapará ou Campinas, para quem seguisse pela Paulista nessas cidades. (Ralph Mennucci Giesbrecht, 2015) No início dos anos 1940, a Shell, a Atlantic e a Gulf Oil decidiram estabelecer junto à estação terminais para distribuição de gasolina para toda a região próxima à Barrinha, o que fez aumentar o movimento de cargas também para aquela estação. A média diária de trens nessa época que cruzavam nessa estação era de doze, nos dois sentidos, metade de passageiros.(MennuccI, 2015) A cidade é elevada a município em 1953. Em novembro de 1998, na bilheteria fechada, ainda estava afixado um papel com os dizeres: “O trem de passageiros para Barretos está suspenso a partir de 09.02.1998”. Ainda existia, no final de 1998, um espaço para o chefe da estação, mas também havia famílias morando em alguns cômodos, visto que a estação é grande. Está razoavelmente bem conservada externamente, embora as telhas da cobertura da plataforma estejam caindo. Em 2011, O prédio da estação estava sendo utilizado pela prefeitura como biblioteca municipal e centro de inclusão digital com apoio do governo federal. Azul dos prédios é a predominante na bandeira e brasão do município.(MennuccI, 2015)

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Há dois armazéns: um menor em frente à estação (separado pelos trilhos) e outro maior no final do pátio utilizado por particular. O armazém menor, hoje utilizado para eventos, chama a atenção pelo assoalho todo em pranchões de madeira, o que não é comum em armazéns. (MENNUCCI, 2015) A Restauração atua sobre um objeto buscando não apenas conferir-lhe estabilidade, mas recuperar, o mais possível, as informações nele contidas. Imagine que, ao ser realizada, uma escultura possua cem por cento das informações nela contidas: sua aparência (cores, forma, textura, brilho), seus materiais constitutivos, etc. (MENNUCCI, 2015) Barrinha é conhecida carinhosamente como “Princesa do Mogi”. Dizem que seu nome se originou por causa deste Porto Fluvial, e que sua ótima argila favoreceu a implantação de várias cerâmicas, e esses dois fatores: as Cerâmicas e a Estrada de Ferro fizeram com que o município crescesse rapidamente. Sua Emancipação Política Administrativa deu-se em 30 de dezembro de 1953. Seus primeiros habitantes foram trabalhadores da própria Cia. Agrícola Fazenda São Martinho, imigrantes italianos, libaneses e japoneses. (MENNUCCI, 2015)


A estação hoje o p a p e l q ue a c i d a d e exe rc e at ualment e

Com a formação do município de Barrinha, podemos entender uma sucessão de falhas, que vem sendo observada no decorrer dos anos e nem sempre são ocasionadas por má-fé ou em benefícios próprios por parte de seus governantes, mas frequentemente causados pela incapacidade ou desconhecimento de ação e de instrumentos urbanísticos, conjunto com a falta de visão crítica em relação à potência econômica e cultural da cidade. São diversas escalas os exemplos de incapacidade do poder municipal na elaboração e aplicação de políticas urbanas, que vão da simples escolha do mobiliário dos espaços públicos até a falta de diretrizes e controle sobre o crescimento da cidade, refletindo diretamente na qualidade do meio urbano e da vida da população. Sobretudo, além da falta de capacidade do poder administrativo, nota-se uma grande falta da participação da população nos processos de decisão e de construção da cidade, ficando à margem da política alheia aos discursos populistas e incapaz de se organizar para a resolução de seus próprios problemas. A conclusão deste cenário é de que os poderes legitimados pelo voto maioritário existem apenas por força maior e a participação política acontece apenas a cada quatro anos.

Imagem |4. 2|: Vista interna da estação. Fonte: foto tirada pelo autora, estação ferroviária de Barrinha. 24/03/2020.

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Apresentação da cidade Sobre Barrinha

Conhecida como ‘’Princesa do Moji’’, Barrinha fica localizada no estado de São Paulo, na região Sudeste, parcela da região Metropolitana de Ribeirão Preto. Barrinha foi um pequeno Porto Fluvial do Rio Moji Guaçu, e suas primeiras casas foram edificadas em volta da estação da companhia Paulista de Estrada de Ferro que era propriedade da fazenda São Martinho que em consequência a crise do café, liberou o loteamento dessa área dando início a um pequeno povoamento em 1930, atualmente a cidade conta com 32 812 mil habitantes.

DADOS SOCIECONÔMICOS DE BARRINHA=SP *DADOS RETIRADOS DO CENSO DE 2010

POPULAÇÃO TOTAL =32.812 HABITANTES

49,7%

50,3%

Ribeirão Preto

RENDA MÉDIA= 2,0 sálarios minímos TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO= 97,5 % ÁREA DA UNIDADE TERRITORIAL= 146,025 km²

Barrinha

FAIXA ETÁRIA 0 a 5 anos

0%

100%

5 a 15 anos

0%

100%

15 a 60 anos 0%

100%

60 anos ou +0%

100%

São Paulo

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Imagem |4.3|: Mapa do Brasil, alterado pela autora. 06/06/2020.


Apresentação da área Sobre a área

O terreno escolhido que é estação ferroviária de Barrinha, fica em uma área mista de comércio e residencia no centro da cidade, o patrimonio ferroviário já foi um grande marco para o município e tristemente por meados de 2008 foi sendo esquecido, e abandonado, se encontrando hoje em má estado de conservação.

DADOS DA ÁREA DE INTERVENÇAO LOCALIZAÇÃO= Av. Dr. Gumercindo Veludo BAIRRO= Centro DIMENSÃO DA ÁREA= 1,3 hectares

Parque Moji

Centro

87

Imagem |4.4|: Mapa aéreo de Barrinha, alterado pela autora. 06/06/2020


N

88

Mapa|4.1|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019


Levantamento morfologico Figura fundo

Pelo fato da área de estudo ser no bairro do centro da cidade, existem poucas áreas desocupadas, como podemos notar no mapa, sendo que as que mais se destacam é onde será o novo loteamento Jardim Nova Aliança, e uma área verde privada.

Área de intervenção Linha férrea Imagem |4.5|:Terreno sem uso

Imagem|4.6|:Terreno sem uso, fica localizado

89


N

90

Mapa|4.2|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019


Levantamento morfologico Gabarito

Observamos que há um gabarito predominantemente térreo, raramente as casas construídas apresentam dois pavimentos, a cidade por si não comporta prédios autos, no máximo com quatro pavimentos, o que nos mostra há permeabilidade de iluminação e ventilação natural entre as edificações, apontando também que a maior ocupação é de lotes horizontais.

Área de intervenção

Foto da estação

Terréo 1 ou mais pavimentos Linha férrea

Imagem|4.7|:Prédio de 4 andares, o máximo que comporta a cidade

91 Imagem|4.8|:Casa térrea


N

92

Mapa|4.3|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019


Levantamento morfologico Uso do Solo

É notório observar que a área é predominantemente dividida entre residência e comercio, o que ocasiona um grande fluxo durante o dia e um vazio durante a noite, sendo assim, um ótimo motivo para propor um novo equipamento para a cidade.

Imagem|4.9|:Banco Bradesco

Imagem|4.10|:Supermercado Namba

Imagem|4.11|:Magazineluiza

Imagem|4.12|:Padaria da Maria

Imagem|4.13|:Residencia

Imagem|4.14|:Residencia

Área de intervenção Residencial Comercial Institucional Prestação de serviço Áreas verdes Vazios Linha férrea

93


94

Mapa|4.4|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019

N


Levantamento morfologico Hierarquia viária O fluxo de veículos na cidade é relativamente baixo em relação as cidades vizinhas, havendo um maior movimento nas ruas do centro. Suas ruas locais e coletoras apresentam 8 metros e suas artérias possuem 9.

Imagem|4.15|:Av. Dr. Gumercindo Veludo, acesso principal para a estação

Imagem|4.16|:Rua Mamud Assim Sucaria

Imagem|4.17|:Av Costa e Silva

Imagem|4.18|:Av Júlio Marcari

Área de intervenção Vias arterias Vias coletoras Vias locais Linha férrea

95


13 12 3

11

10

7

9

2 4

5

6

1 8

N

96

Mapa|4.5|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019


Levantamento morfologíco Equipamentos urbanos

Educação Área verde

1 Escola 2 Escola Siqueira 13 Futuro loteamento

Administração pública

4 Lagoa

Religião

15 Área verde privada 16 Prefeitura

Saúde

17 Igreja Matriz

Estação

18 Posto de saúde

Mercado Transporte Área de intervenção Linha férrea

Prestação de serviço

179 Estação ferroviária 10 17 Marcado do Namba 11 17 Rodoviária 12 179 Auto Posto Central 13 179 Auto Posto Bombonato

97


N

98

Mapa|4.6|: adaptado pela autora, diponibilizado pela Prefeitura Municipal de Barrinha. 2019


Levantamento morfologico Mapa síntese Com base nos levantamentos aponto alguns termos positivos e negativos para a área de intervenção escolhida, por ser no centro da cidade, tem suas vantagens e suas desvantagens, beneficiando o projeto.

VANTAGENS

Área de intervenção Desvantagens Vantagens Área industrial

-O bairro fica no centro da cidade, com ótima localização e de fácil acesso; -Bairro comercial e residencial; -Perto da área será construído um loteamento(que trará mais vitalidade ao local); -O fluxo de automóveis é tranquilo.

DESVANTAGEM -Por seu entorno ser misto de comércio e residencia, acaba tendo um fluxo maior durante o dia e um vazio a noite, causando um desconforto para os moradores.; -Ausência de infraestrutura e serviço; -Falta de atenção com o patrimônio histórico.

Área residencial Área comercial Linha férrea 99


7 5

79

6 8 2

1

3

4

N

100 Imagem|4.28|: vista aérea de Barrinha, tirada do Google Earth.

Todas as fotos da página a direita são da cidade de Barrinha, que mostram os principais pontos da área, e foram tiradas pela autora. 29/05/2020.


1

2

Imagem|4.19|:Novo loteamento- Jardim Nova Aliança.

Imagem|4.20|:Rodoviária de Barrinha.

Imagem|4.21|:Igreja Matriz.

Imagem|4.22|:Escola Ibraim Saleh.

Imagem|4.23|:Parte do corégo que caiu.

Imagem|4.24|:Escola Prado.

Imagem|4.25|:Auto Posto Bombonato.

Imagem|4.26|:Escola Siqueira.

Imagem|4.27|:Lagoa.

4

7

5

8

3

6

9

101


A atual estação

102


103


4

3 2 1

104

Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.

N


Mapa de Localização Área de intervenção

A estação atualmente se encontra sem uso e em má estado de conservação, localizada em umas das ruas principais do centro de Barrinha, e uma das ruas principais do Parque Moji, os edifícios que antes eram usados para atender a estação, estão sendo danificado pelo tempo e por gente de má intenção.

1

Esse edifício antes era utilizado para a administração, venda de passagens para as viagens feitas de Maria Fumaça e bar, depois de um tempo que parou de funcionar os percursos, passou a ser uma biblioteca e sala de computação para as pessoas que precisavam;

2

Esse barracão que já foi muito utilizado em tempos atrás, era usado para depósito das cargas que os operários distribuíam, depois que as coisas pararam de funcionar, o mesmo tornou-se um museu e um espaço para exposições com aulas de capoeira;

3

Esse espaço era o espaço de espera dos passageiros que iam fazer suas viagens;

4

Esse é um espaço livre que tem no terreno, que aparentemente não teve uso algum até hoje, e atualmente está somente como espaço verde junto a estação, que está sendo usado para o cuidado de cavalos.


5 2 1

106

Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.


Mapa de danos Estação

Essa é a uma das fachadas principais da estação, e como podemos ver, suas condições estão bem precárias.

3

4

1

As paredes estão descascando por volta de todos os edifícios;

2

Suas janelas e portas estão em péssimas condições, com vidros quebrados e desgastadas pelo tempo sem uso;

3

Paredes descascadas mostram a argamassa utilizada na construção;

4

Materiais do edifício em péssimo estado de preservação;

5

Estrutura metálica, com umas de suas partes descascadas.


3

2 1

5 108

Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.


Mapa de danos Estação

Essa é a fachada oposta da fachada anterior, fica de frente para os trilhos e para o barracão, e é notável perceber seus desgastes.

4

1

Janelas quebradas;

2

Estruturas de mão francesa, destruídas e faltando partes;

3

Mão francesa original, mas com a pintura desgastada;

4

Em umas das partes da estação falta cobertura;

5

Mobilidade que possui na estação.

109


Mapa de danos Estação

Fachada Leste

Fachada Oeste

Fachada Norte

110

Fachada Sul


Mapa de danos BarracĂŁo

111


Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.

112 Imagem|4.29|:Estado do chão do barracão

Imagem|4.30|:Entulhos por volta do barracão


Imagem|4.31|:Situação que se encontra o barracão, com entulhos

Imagem|4.32|:Paredes do barracão

113


Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.

114 Imagem|4.33|:Estado atual que se encontra a estação

Imagem|4.34|:Cadeira que fica na entrada há anos


Imagem|4.35|:Situação que se encontra o barracão,

115 Imagem|4.36|:Lixos por toda a extensão da estação


Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.

116 Imagem|4.37|:Janela da fachada da parte de dentro da estação

Imagem|4.38|:Janela da fachada lateral da estação


Imagem|4.39|:Janela da parte que era vendidas as passagens

117 Imagem|4.40|:Janela da parte que era vendidas as passagens


118


Capitulo 5

119


P rojeto Proposta

Após a compreensão da problemática apontada, com as potencialidades da área de intervenção e de entender as demandas da população através de pesquisas e levantamentos, apresenta-se a proposta do projeto. A proposta retoma a importância da ferrovia para o desenvolvimento de Barrinha, conta também com a reativação da paisagem urbana da cidade, e com a restauração do prédio da estação ferroviária da cidade, com a continuidade desse, estabelecendo um novo complexo que ira refletir o passado com o presente, com a intenção de dar novos usos ao local, reestabelece-lo ao contexto urbano da cidade, e reviver a memória do local.


121

Imagem |5.1|: Estação ferroviária de Barrinha, tirada pela autora. 29/05/2020.


P rojeto Conceito

Considerando, tudo que foi estudado até o momento, foram utilizados como parâmetro de projeto, o conceito Reflexão, pois a concepção principal de planejamento, consiste em refletir o passado e o presente, da forma a serem estabelecidos através de definições de programas e volumes que se espelham.

OS ANTIGOS EDIFÍCIOS EXISTENTE, GERAM OS PROGRAMAS DO NOVO.

EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE EDIFÍCIO NOVO Diagramas elaborados pela autora. 2020. Todas as fotos são da estação ferroviária de Barrinha, que mostram os desgastes do lugar, fotos tiradas pela autora. 29/05/2020.

Imagem|5.2|:Trilhos


P rojeto Partido

Considerando tudo que foi estudado até agora, a respeito ao patrimonio ferroviário, tendo um valor singular e as suas características próprias do local, as principais premissas são valorizar a memória do local, entre ela, a linha férrea, considerando isso, o partido do projeto se estabelece através de uma conexão histórica, que remete a linha férrea, pois tem aquilo de “um lugar para o outro”, e através dessa ligação será estabelecida a sua nova implantação.

Imagem|5.3|:Estação

E com esse mesmo formato da implantação, foram propostos alguns dos mobiliários existentes no projeto.

Diagramas elaborados pela autora. 2020.


124

Diagramas elaborados pela autora. 2020.


P rimeiros estudos Edíficio em balanço

Nos primeiros pensamentos de projeto, foi pensado em quatro blocos, sendo os dois já existentes, que são o prédio da estação e do barracão, e mais dois blocos novos que seriam o novo complexo, um bloco cultural e um bloco esportivo.

Diagramas elaborados por postit pela autora. 2020.


P rimeiros estudos Aqui seria implantado, duas quadras poliesportivas. De início, o novo bloco cultural foi pensado em ser em balanço com 2 pavimentos, como foi mostrado anteriormente com os primeiros estudos volumÊtricos utilizando postit.

126

Diagramas elaborados pela autora. 2020.


Estudos finais 1

Utilizando a linha férrea, e a sua implantação, como foi mostrado em seu partido, foi proposto um edifício retangular, e nele foram feitos dois rasgos, um em umas de suas laterais, e um no meio.

2

Nesse diagrama, mostra-se que esses rasgos foram retirados, formando uma passagem livre entre eles, e os mesmos foram realocados, dando um movimento ao novo edifício.

TERR

AÇO

3

Um foi realocado para a lateral do edifício, e um para cima dele, formando assim um terraço, que simultaneamente, dá uma visão mais ampla dos novos elementos implantados no terreno, evidencialmente não o deixando algo grotesco. PAVIMENTO TÉRREO 127

Diagramas elaborados pela autora. 2020.


Q u a d r o ed e á r e a s P rogramas Baseando-se nos princípios levantados e estudados, através de conceito e partido propostos, os programas a serem implantados foram refletidos na necessidade de possuir algo que vai do antigo ao novo, permanecendo a memória local, porém se espelhando no presente e no futuro. Embasando-se nisso, os programas se espelham entre si. BLOCO 1 EDIFÍCIO ESTAÇÃO

HALL.....................................................36,40 m² GUICHÊ VENDAS...............................21,44 m² MINI MUSEU.......................................78,20 m² SALA ADM 1 ........................................61,00 m² SALA ADM 2.........................................51,47 m² SANITÁRIO..........................................5,25 m² BLOCO 2 EDIFÍCIO BARRACÃO

ÁREA LIVRE........................................50,43 m² SALA ATELIÊ 1...................................50,43 m² SALA ATELIÊ 2...................................48,64 m² SALA MULTÍUSO.............................134,57 m² SALA PINTURA..................................58,15 m² W.C MASCULINO...............................18,40 m² W.C PNE...............................................5,80 m² W.C FEMININO...................................18,30 m² SALA DE DANÇA................................39,60 m² SALA DE TEATRO...............................39,10 m² SALA DE AULA....................................50,43 m² SALA ATELIÊ 3....................................47,68 m² 128

BLOCO 3 EDIFÍCIO NOVO

CAFETERIA.........................................176,43 m² COZINHA CAFÉ...................................24,07m² AUDITÓRIO.........................................328,83 m² CAMARIM 1 .........................................25,50 m² CAMARIM 2..........................................25,55 m² W.C MASCULINO................................12,00 m² W.C FEMININO....................................12,00 m² SALÃO EXPOSIÇÕES..........................275,51 m² RESTAURANTE....................................367,97m² BAR........................................................18,05 m² COZINHA...............................................68,65 m² DEPÓSITO.............................................7,25 m² W.C FEMININO....................................26,07 m² W.C MASCULINO.................................18,30 m²


129 Imagem|5.4|: Perspectiva de um dos pergolados da praรงa.


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IMPLANTAÇÃO GERAL

LEGENDA 1-Estacionamento(37 vagas) 2-Predío estação(existente) 3-Espaço espera Maria Fumaça 4-Linha férrea 5-Barracão(existente) 6-Complexo(novo edifício) 7-Telhado verde 8-Terraço 9-Deck madeira com pergolado 10-Espaço kids(chão molhado) 11-Espaço livre 12-Praça ACESSOS PRINCIPAIS ACESSOS SEGUNDÁRIOS

A proposta de requalificação da estação ferroviária de Barrinha, lida através de novas concepções, trazer diretrizes projetais capazes de atender a um todo, a partir de conceitos definidos na parte de estudos visto anteriormente. Em meio as transformações da sociedade, as memórias são fundamentais para a construção da imagem da cidade, posto isso, o projeto busca por meio do passado procriar o novo através de programas, concedendo novas práticas. O edifício da estação não é tombado, porém, tem um valor histórico e cultural muito precioso para a cidade, por esse motivo o prédio foi restaurando buscando prevalecer traços passados, evidenciando sua memória. Acompanhado a isso, sua linha férrea será reativada, proporcionando passeios a dois pontos turísticos da cidade, a estância fazendinha, que recebe muitos turistas o ano todo, gerando ainda mais movimento ao novo complexo, e para a área de lazer que atende todo o município, que está sendo criado uma intenção de projeto no local.

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IMPLANTAÇÃO COM LAYOUT

LEGENDA 1-Estacionamento 2-Banheiro adm 3-Recepção adm 4-Administração geral 5-Guiche vendas 6-Mini museu 7-Sala ateliê 1 8-Sala ateliê 2 9-Sala Multiúso/música 10-Sala pintura 11-Banheiro masculino 12-Banheiro PNE 13-Banheiro feminino 14-Sala de dança 15-Sala de teatro 16-Sala de aula 17-Sala ateliê 3 18-Área circulação 19-Passagem coberta 20-Cafeteria

21-Cozinha café 22-Camarim 1 23-Camarim 2 24-Espaço espera 25-Auditório 26-Banheiro feminino 27-Banheiro Masculino 28-Salão de exposições 29-Passagem coberta 30-Restaurante 31-Bar 32-Banheiro masculino 33-Banheiro feminino 34-Cozinha 35-Depósito 36-Pergolado 37-Espaço kids 38-Área livre 39-Praça.

A ideia inicial do projeto foi trazer programas destinados a uso público, pois, a cidade peca nesse contexto, apoiando-se a isso, busca gerar dinâmica para o local. O edifico da estação, já existente, foi pensado em resgatar a memória local, sendo proposto um mini museu que retratasse a história de Barrinha e da estação, juntamente com uma administração geral, e um guichê de vendas para locomover-se de Maria Fumaça, as cores estabelecidas, foram preservadas de acordo com a pintura antecedente da edificação. Já existente também, o edifico do barracão, foi cenário de grandes produções antigamente, dessa forma nele foi pensado oficinas de criações, como nelas a de arte, música, teatro, entre outras, planejados a serem expostos no novo anexo, seu exterior foi modificado e colocado novas janelas basculantes para proporcionar maior iluminação e ventilação natural para quem ali frequenta. O novo edifício é um marco, tanto para o local implantado, tanto para a cidade, seu conjunto une cultura e lazer em um único espaço, como restaurante, café, auditório e um salão de exposições, havendo, além disso, um terraço superior pensado em mirar novos horizontes. Foi inserido uma nova praça nas extremidades do terreno, que se apropria na parte de contemplação e lazer, como da mesma forma foi criado um estacionamento no espaço que estava sem uso, a frente do prédio da estação.

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LAYOUT PRÉDIO ESTAÇÃO

ÁREAS

MINI MUSEU 78,20 m² SALA ADM 2 51,47 m² SALA ADM 1 31,00 m² W.C 5,25 m²

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N

GUICHE VENDAS 21,44 m²


LAYOUT PRÉDIO BARRACÃO

ÁREAS

P.N.E 5,80 m² W.C MASCULINO 18,40 m²

W.C FEMININO 18,30 m²

SALA DE DANÇA 39,60 m²

SALA DE TEATRO 39,10 m²

SALA PINTURA 58,15 m²

SALA MULTIUSO 134,57 m²

ÁREA LIVRE 192,00 m² SALA ATELIÊ 2 48,64 m²

SALA ATELIÊ 1 50,43 m²

SALA ATELIÊ 3 47,68 m²

SALA DE AULA 50,43 m²

N

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LAYOUT PRÉDIO NOVO

CAFETERIA 176,43 m²

CAMARIM 1 25,50 m²

N

BAR 18,05 m²

SALÃO DE EXPOSIÇÕES 275,51 m²

AUDITÓRIO 328,83 m²

RESTAURANTE 367,97 m²

COZINHA 68,65 m²

DEPÓSITO 7,25 m²

W.C MASCULINO 12,00 m²

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W.C MASCULINO W.C 18,30 m² FEMININO 26,07 m²

W.C FEMININO 12,00 m² SALA ESPERA 63,98 m²

CAMARIM 2 25,55 m²

COZINHA CAFÉ 24,07 m²

ÁREAS


137 Imagem|5. 5|: Perspectiva do novo edifĂ­cio e linha fĂŠrrea.


L O N GCORTE I T U G I N AAA L

SALA ATÊLIE 2 SALA MULTÍUSO

BANHEIROS SALA ATÊLIE 1

SALA AULA SALA ATÊLIE 3

CAFETERIA

AUDITÓRIO

SALÃO DE EXPOSIÇÕES

RESTAURANTE

+3,70

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+0,60

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138 CORTE AA

-2,00

-2,00

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0,00

-2,00

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T R A NCORTE S V E R S ABB L

MINI MUSEU

SALA DE AULA

SALA DE TEATRO

VISTA 2

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CORTE BB


F A C H A D A VISTA E S T A Ç Ã1O

PRAÇA

EDIFÍCIO ESTAÇÃO ESPERA TREM

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VISTA 1

EDIFÍCIO COMPLEXO PASSAGEM COBERTA

PASSAGEM COBERTA RAMPA DE ACESSIBILIDADE

TERRAÇO


L A T E R A L D O T E RVISTA R E N O2

LINHA FÉRREA

RUA. FIORAVANTE ZAMBONINI

AV. GUMERCINDO VELUDO EDIFÍCIO ESTAÇÃO ESTACIONAMENTO

TERRAÇO

PRAÇA

EDIFÍCIO COMPLEXO

ESPERA TREM

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VISTA 2


F A C H A D AVISTA P R A Ç A3

ÁREA LIVRE DA PRAÇA

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VISTA 3

TERRAÇO

PASSAGEM COBERTA

EDIFÍCIO COMPLEXO

PASSAGEM COBERTA

EDIFÍCIO BARRACÃO ESPERA TREM


L A T E R A L D O T E RVISTA R E N O4

EDIFÍCIO COMPLEXO RUA. FIORAVANTE ZAMBONINI

PRAÇA

EDIFÍCIO BARRACÃO

LINHA FÉRREA ESPERA TREM

AV. GUMERCINDO VELUDO

EDIFÍCIO ESTAÇÃO ESTACIONAMENTO

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VISTA 4


144 Imagem|5. 6|: Perspectiva de um dos bancos propostos da praรงa.


MOBILIÁRIO PROPOSTO

BANCOS E ILUMINAÇÃO

O mobiliário proposto para a praça, foi desenvolvido através do mesmo pensamento elaborado na implantação, através da linha férrea, porém algo que conversasse melhor com o edifício, sua iluminação conta com retas, sendo elas dois modelos, o alto com 4 metros de altura e dois braços, e o menor com 0,8 cm. Os bancos da praça foram refletidos dando esses movimentos como pode ser visto na imagem a baixo, ele foi arquitetado para ser hora acento e hora canteiro, e possui uma iluminação indireta abaixo dele.

0,37 cm 1,00 m

MADEIRA

ILUMINAÇÃO DA PRAÇA

CONCRETO

MATERIALIDADE

145


146 Imagem|5. 7|: Perspectiva do salão de exposições.


MOBILIÁRIO PROPOSTO

EXPOSITÓRES

Para as exposições que serão feitas, os expositores foram elaborados com um design que conversasse com o projeto em si, utilizando o mesmo conceito dos bancos da praça, que conduziu em um formato em linhas paralelas finas, transformando-se em algo que trouxesse clareza e leveza ao ambiente.

AÇO CARBONO

MATERIALIDADE

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148 Imagem|5. 8|: Perspectiva aérea da nova implantação no terreno da estação.


PAISAGISMO E JARDIM

VEGETAÇÃO E CAMINHOS

Uma das principais intenções ao propor a área externa da Estação e Complexo, Maria da Barra, foi torna-se um espaço público possível ao uso de todos, a escolha de que esses ambientes sejam bem utilizados, gerando um envolvimento significativo para a população barrinhense. A praça foi pensada de maneira em que os seus caminhos conversassem entre si e oferecessem tal movimento que chegassem ao um destino final, destino no qual está voltado aos edifícios existentes e ao novo projetado. Com um espaço de 5 760,25 m², a praça atente uma parte voltada a contemplação, com bancos com ‘design’ diferenciado e pergolados com balanço, já a outra atende ao lazer ativo, com um espaço kids com jatos de águas e uma área livre que será usada para qualquer finalidade. IPÊ ROSA

O ipê-rosa foi escolhido para compor esse jardim, visto que sempre se destaca, pois, oferece uma bela paisagem para o local, além de possuir um crescimento rápido, é recomendado para espaços públicos.

ÁREA KIDS PISO DRENANTE BORRACHA

QUARESMEIRA

A quaresmeira com seu porte de pequeno a médio, são recomendadas para praças, pois tem que ser cultivada em sol absoluto, dessa forma adaptaria-se muito bem a essa espaço.

PISO PRAÇA PISO INTERTRAVADO

GERÂNIO Gerânio é uma planta extremamente apreciada por seu formato, coloração e cheiro exuberantes, e tem condições de florescerem o ano todo no Brasil.

PAGINAÇÃO 149


ESTRUTURA

ARMAÇÃO

As soluções estruturais para o novo edifício, respeitam os seguintes princípios: -Os bloco de concreto estrutural foram utilizados nas paredes do edifício é altamente resistente, isso faz com que haja menos perda de material; -Além de sua vantagem estrutural que é excelente na capacidade de isolamento acústico; -Permite também que os revestimentos sejam aplicados de forma direta, sem precisar de um preparo antes; -Existe varias formas e dimensões para blocos de concretos, permitindo uma perfeita modulação; -As vigas metálicas, possuem uma racionalidade construtiva, que opta por soluções pré-fabricado, que reduzem a quantidade de trabalho, e otimizam o prazo de entrega da obra; -O sistema construtivo em aço é excelente compatível com qualquer tipo de material de fechamento: -As seções de vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, gerando assim uma leveza ao ambiente; -Telhado embutido, com telha de fibrocimento. BLOCO DE CONCRETO ESTRUTURAL 0,19 cm

0,34 cm 0,14 cm PERFIL DE VIGA METÁLICA

AMARRAÇÃO EM L TELHA DE FIBROCIMENTO

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Imagem|4.51|: Vista de estudos do novo conjunto gerada no lumion pela autora. 20/06/2020.

Imagem|5. 9|: Perspectiva do café do novo edifício.


MATERIALIDADE

EDIFÍCIO NOVO

A concepção da materialidade usada no complexo, Maria da Barra, foi trazer para o lugar, algo que de longe encantasse aos olhos de quem o vê, deixando o visual do edifício ainda mais belo. A atuação na fachada se da através de vedações de concreto aparente, fechamento de vidro aranha e painéis ripados de madeira por volta do edifício. O papel do vidro na fachada é dar a sensação de dentro e fora, permitindo assim a entrada de iluminação natural, ele fica situado nas áreas de distrações, como café, restaurante e no salão de exposições. O concreto aparente fica na textura da fachada externa, oferecendo um olhar mais industrial ao complexo. Em conclusão, temos a madeira, que deu acabamento para o edifício, seus painéis ripados foram palco de diversos ambientes de todo o anexo, e esse trio de materiais, permitiram que suas fachadas recebessem algo diferenciado e um acabamento significativo para o projeto.

VIDRO

VIDRO ARANHA; FECHAMENTO

MADEIRA

PAINEL RIPADO: ACABAMENTO

CONCRETO CONCRETO: VEDAÇÃO

151

Imagem|4.51|: Vista de estudos do novo conjunto gerada no lumion pela autora. 20/06/2020.


152 Imagem|5. 10|: Perspectiva da entrada da estação.


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154 Imagem|5. 11|: Perspectiva da fachada principal da estação.


155 Imagem|5. 12|: Perspectiva da fachada principal da estação.


Imagem|5. 12|: Perspectiva do guiche de vendas, edifício estação.

156 Imagem|5. 16|: Perspectiva do edifício da estação.

Imagem|5. 13|: Perspectiva do edifício da estação.


Imagem|5. 14|: Perspectiva do edifício da estação.

Imagem|5. 15|: Perspectiva do edifício da estação.

157 Imagem|5. 17|: Perspectiva do edifício da estação.


158 Imagem|5. 18|: Perspectiva mini museu, edifício estação.


159 Imagem|5. 19|: Perspectiva mini museu, edifício estação.


Imagem|5. 20|: Perspectiva área livre, edifício barracão.

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Imagem|5. 21|: Perspectiva sala de atêlie, edifício barracão.


Imagem|5. 22|: Perspectiva corredor, edifício barracão.

161 Imagem|5. 23|: Perspectiva fachada principal, edifício barracão.


162


163 Imagem|5. 24|: Perspectiva fachada principal, edifĂ­cio novo.


Imagem|5. 25|: Perspectiva cafeteria, edifício novo.

164 Imagem|5. 27|: Perspectiva cafeteria, edifício novo.

Imagem|5. 26|: Perspectiva cafeteria, edifício novo.


165 Imagem|5. 28|: Perspectiva auditĂłrio, edifĂ­cio novo.


Imagem|5. 29|: Perspectiva restaurante, edifĂ­cio novo.

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Imagem|5. 30|: Perspectiva restaurante, edifĂ­cio novo.


Imagem|5. 31|: Perspectiva restaurante, edifĂ­cio novo.

167 Imagem|5. 32|: Perspectiva restaurante, edifĂ­cio novo.


168 Imagem|5. 33|: Perspectiva praรงa.


169 Imagem|5. 34|: Perspectiva praรงa.


Imagem|5. 35|: Perspectiva praรงa.

170 Imagem|5. 38|: Perspectiva praรงa.

Imagem|5. 36|: Perspectiva praรงa.


Imagem|5. 37|: Perspectiva praรงa.

171 Imagem|5. 39|: Perspectiva espaรงo kids.


Imagem|5. 40|: Perspectiva vista do terraço para linha férrea.

172 Imagem|5. 41|: Perspectiva linha férrea e fachada do novo edifício.


173 Imagem|5. 42|: Perspectiva noturna praรงa.


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Capitulo 6

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176 Imagem|5. 43|: Estação de Barrinha no ano de 2005.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

Muitas das vezes o patrimonio ferroviário é, desvalorizado, esquecido, e até mesmo demolido, por falta de compreensão da sua importância. O presente trabalho buscou discutir esse fator, colocando em prática a volta da paisagem cultural do patrimonio ferroviário barrinhense deixado para trás. Através de estudos e levantamentos foi possível identificar potencialidades para a área, sendo assim buscar através de diretrizes projetuais e novos programas, resgatar sua memória,lançando um novo olhar para a estação, reinserindo-a na realidade urbana e trazer à tona novamente toda sua importância histórica, cultural e social da ferrovia.

POR QUE O NOME

MARIA DA BARRA ?

Esse nome Maria da Barra, foi a primeira coisa que veio na minha cabeça quando eu decidi o que eu ia fazer de tcc, esse nome se deu através de dois pontos importantes para esse trabalho, Maria vem de Maria fumaça, que diz sobre a sua reativação e por ser uma referência na estação antigamente, Barra vem de Barrinha, cidade na qual foi se desenvolvendo por meio da estação ferroviária, esse nome se tornou um marco para mim, e tenho certeza que ira ser para a população barrinhense.

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Referêncial Bibliográfi co-

179


Referêncial Bibliográfico SITES ESTAÇÃO FERROVIÁRIAS DO BRASIL. BARRINHA. Disponível em:< https://www.estacoesferroviarias.com.br/b/barrinha.htm> .Acessado em 04/04/2020. ARCHIDAILY. MUSEU DO PÃO. Disponível em:< https://www. archdaily.com.br/br/01-8579/museu-do-pao-moinho-colognese-brasil-arquitetura> .Acessado em 10/04/2020. ARCHIDAILY.SESC POMPÉIA. Disponível em:< https://www. archdaily.com.br/br/tag/sesc-pompeia> .Acessado em 10/04/2020. ARCHIDAILY. NOVA SEDE DA PREFEITURA DE GOIÁS. Disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/927758/nova-sede-da-prefeitura-de-goias-a-plus-p-arquitetos-associados> .Acessado em 10/04/2020. CAMÂRA MUNICIPAL DE BARRINHA. Disponível em:< https://barrinha.sp.leg.br/institucional/historia-de-barrinha>. Acessado em 11/04/2020. IBGE. BARRINHA. Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br/ brasil/sp/barrinha/panorama>. Acessado em 11/04/2020. PROJETO BATENTE. RENOVAÇÃO, REVITALIZAÇÃO OU REQUALIFICAÇÃO URBANA? Disponível em:< https://projetobatente.com.br/renovacao-revitalizacao-ou-requalificacao-urbana/ >. Acessado em 11/04/2020. ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL. Disponível em:< https://www.estacoesferroviarias.com.br/m/maua.htm> . Acessado em 04/04/2020.

180

JAGUARY HOTEL. ESTAÇÃO DE JAGUARIUNA. Disponível em< http://www.jaguaryhoteis.com.br/maria-fumaca-jaguariuna/>. Acessado em 06/04/2020. TURISMO RECEPTIVO. Disponível em < https://turismoreceptivo.wordpress.com/historia-do-turismo/>. Acessado em 06/04/2020.

ARTIGOS BEM. Sueli Ferreira. Contribuição para estudos das estações ferroviárias paulistas. 1998. PROCHNOW. Lucas Neves. O Iphan e o patrimônio ferroviário: a memória ferroviária como instrumento de preservação. Rio de Janeiro: instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2013.

LIVROS KULH, Beatriz. M. ARQUITETURA DO FERRO E ARQUITETURA FERROVIARIA EM SÃO PAULO: reflexões sobre a sua preservação. Edição. São Paulo: Ateliê editorial: Fapesp, 1998. p. 1-438. BRAGA, Márcia. CONSERVAÇÃO E RESTAURO: Arquitetura brasileira. Edição Rio, 2003. KULH, Beatriz. M. PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO DA INDUSTRIALIZAÇÃO: problemas teóricos de restauros. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008. BRANDI, Cesare. A TEORIA DA RESTAURAÇÃO. Ateliê editorial, 1963.


181 Imagem|5. 44|: Perspectiva aérea da estação.


182

GABRIELA LOZANO BOMBONATO | DEZEMBRO 2020 TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO


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