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Design Edição #01 Maio 2013
FOTOGRAFIA por Annie Leibovitz CRIATIVIDADE Troca por um quadro? TIPOGRAFIA A fonte das Olimpíadas 1
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Pasta | Maio de 2013
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Editorial
RESPIRANDO REFERÊNCIAS
A revista PASTA é uma publicação voltada para designers, sejam estudantes ou profissionais e também para os interessados na área. Seu objetivo é ser uma pasta de referências para o leitor. Na primeira edição, traz tudo que você precisa para se manter atualizado e inspirado. Pincelando as diversas áreas do design, como: editorial, fotografia, ilustração, tipografia, design sustentável. Nas páginas seguintes você vai encontrar : várias dicas de sites para salvar nos favoritos, portfólios e perfis de criativos que valem a pena conhecer, escolas na gringa, o mundo dos quadrinhos, criação de logos. No nosso miolo nobre, tem a fotógrafa Annie Leibovitz e sua tragetória com os registros marcantes no mercado editorial. A ilustradora Nan Lawson que pinta em aquarela as referências do mundo pop. E o estúdio de tipografia, Dalton Maag. Por fim, na seção agenda, tem as novidades de eventos imperdíveis e a coberta daqueles que já aconteceram, para você não perder nada. Inspire referências e expire boas ideias. Boa leitura! Gabriela Oliveira gabis.oliv@gmail.com
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Sumário
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CAPA Edição 01 | Maio 2013 Pelos olhos de Annie p.16
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FOTOGRAFIA Pelo olhos de Annie Leibovitz.
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TIPOGRAFIA Por dentro da Dalton Maag
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CONHEÇA A designer Bea Feitler A Escola Brother O logo de Detona Ralph As tirinhas de Macanudo
FAVORITOS Objetos de desejo Lista de livros Os melhores sites
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ENTREVISTA Lígia Fascioni explica o que é design thinking
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AGENDA Eventos para ficar de olho: Tipocraria 10, Décima Bienal de design, N design, Interaction South America
CURTINHAS Novidades em embalagem, portfólio, marcas, ilustração.
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CRIATIVIDADE O projeto “Troca por um quadro” de Pedro Melo.
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ILUSTRAÇÃO O pop lúdico de Nan Lawson
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ECOLÓGICO A importância do design sustentável Produtos ecológicos
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Curtinhas
Um panorama de notícias curtas
Novo estúdio Sagmeister & Walsh A nova identidade do novo estúdio do famoso designer, Stefan Sagmeister. Considerado um dos designers mais criativos e inovadores da atualidade, Stefan Sagmeister, há alguns anos resolveu convidar a belíssima moça talentosa e designer novaiorquina Jéssica Walsh para abrirem um estúdio juntos. Então o seu escritório antigo, Sagmeister Inc. virou “Sagmeister & Walsh”. A nova marca vem para elevar o nível do processo de criação de design e aumentar seu branding. A jovem sócia e designer Walsh, é designer, art director e ilustradora.Vive e trabalha em Nova Iorque. O seu trabalho já foi destaque
em várias revistas e livros da área e faturou diversos prêmios, entre eles, do SPD, Type Directors Club, Art Directors Club, entre outros. Antes da Sagmeister, Walsh passou por estúdios como a Pentagram Design e trabalhou como freelancer para clientes como o The New York Times, AIGA, Revista Computer arts e I-D Magazine. Toda a identidade do estúdio foi modificada e para divulgar essa nova parceria, Stefan fez uma sessão de fotos com a sócia e seus outros designers, fantasiados e sem roupa. + www.sagmeisterwalsh.com
Papelaria e identidade visual do estúdio
Design solidário em hospital
Criar ambientes coloridos e artísticos que contribuam com a recuperação dos pacientes infantis, estimulando sua imaginação, tem se tornado uma prática para os hospitais ao redor do mundo. Um deles foi o Chelsea Children’s Hospital, na Inglaterra. A partir do conceito My Universe, o estúdio de design Thomas. Matthews desenvolveu um projeto para as sete alas do hospital, criando um ambiente que funcionasse como ferramenta terapêutica. As ilustrações de Gilles Jourdan e Cecilie Barstad, do Giles & Cecilie Studio, e de Malika Favre foram essenciais para tornar cada uma das alas a casa de uma família de ETs, cada uma com suas características e expressões únicas. Uma das alas é a família de Marte, aventureira, desejando voar a qualquer custo. Que apesar das quedas e arranhões, eles não desistem
do sonho e continuam tentando voar. Outra é a da família Apollo, que tem uma pegada excêntrica e adotou todos os animais que já foram mandados para o espaço ao longo da história, enquanto a família Mercury é formada por árvores que adoram ler e gostam de adquirir conhecimento. As outras alas ainda estão sendo desenvolvidas pela equipe, mas com certeza serão histórias de ET’s que as crianças irão adorar conhecer.
Família Marte, ilustração de Giles & Cecelie Studio.
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Jéssica Walsh e Stefan Sagmeister
Parede do Hospital Chelsea Children’s
A capa do disco de Jonh Mayer conhecido ao redor do mundo e se destaca pela riqueza dos detalhes. Se você é fã de John Mayer e curtiu a capa do disco Born & Raised, está na hora de conhecer o homem que criou esta por trás da criação dessa arte. O vídeo dura cerca de 20 minutos e mostra toda o processo de criação. Uma bela dose de inspiração pra quem gosta de tipografia.
Danny Cooke é um cineasta baseado na Grã-Bretanha, com uma bela bagagem de projetos que incluem documentários, curtas,vídeo-clipese filmes experimentais. Seus projeto mais recente é “The Making of John Mayer’s ‘Born & Raised’ Artwork”, um documentário que registra bastidores do trabalho de David A. Smith, um designer especializado na criação tipográfica de placas ornamentais, feitas em vidro e à mão, um tipo de espelho decorativo. Seu trabalho é
+ www.vimeo.com/60647216
O cantor John Mayer.
Uma boa comunicação de marca
Lloyd Bedford é diretor de criação da agência Creativitea. Fundada por ele e seu amigo Rik Barwick em 2008. A empresa britânica conta com nomes fortes na lista de clientes, como TalkMobile e Vodafone.
Por exemplo, indentificamos um produto da Apple de longe. Mesmo que ele se renove, mantém certos elementos e padrões que facilitam o reconhecimento. Não dá pra prever o tempo que a marca irá durar, pois em 6 meses pode ter surgido novas invenções e tecnologias que peçam um redesign, uma nova solução.
Quais erros são comuns na hora de comunicar a marca? Quando o designer foca apenas na plataforma e esquece o que está fazendo. Certas marcas funcionam bem on-line, mas não impressas. É preciso estar atento a isso.
Lloyd Bedford, diretor de criação da agência britânica, Creativitea.
Como ter certeza que seu branding irá durar? Os melhores brandings precisam focar nos valores da empresa, são aqueles que possuem estilo e são capazes de se estender e agregar elementos, afinal marcas tem personalidades próprias,
Quais conselhos para realizar boas ações em mídias sociais? Redes sociais servem para engajar clientes de forma mais pessoal. O conselho que dou é para as marcas não se repetirem, pois se você mostra as mesmas coisas na rede social, que você já divulgou em outro lugar, por que as pessoas vão curtir sua página? É preciso dar algo diferente, que façam se sentirem únicos. Publicar notícias que além de agregar valor, sejam novidade.
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Curtinhas
Portfólio
BEL ANDRADE LIMA
Cartaz desenvolvido para evento de design no Recife, realizado em 2010.
Estampa desenvolvida para marca Cookies. Loja de roupas infantis.
Designer e ilustradora, 27 anos, nascida e criada em Recife. Ilustra pra revistas, cria marcas, desenvolve embalagem. Ela tem um blog onde compartilha referências. + www.belandradelima.com.br + www.olhaquemassa.com
Ilustração em matéria da revista BRAVO!
ANDRÉ COELHO
Desenvolvimento de identidade visual para Buffet “Arroz de festa” de São Paulo.Criou patterns, fez toda a papelaria, marca e embalagem.
A Natura é um de seus maiores clientes, já produziu embalagens para as linhas “Ekos” “Águas” e alguns materias publicitários.
Designer, 29 anos, natural de Portugal e formou-se em Design de Produto pela Escola Superior de Artes e Design. Mora em Bruxelas e trabalha como freelancer O forte do seu portfólio é criação de embalagem. + www.andrecoelho.me
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Curtinhas
Embalagem
Comendo com os olhos
Fri-Sabor | Estúdio Mola
A sorveteria Fri-Sabor está ampliando sua linha com o lançamento de alguns sabores em 150ml e 500ml. Os produtos serão vendidos, além de nas lojas próprias da rede, em delicatessens, padarias e restaurantes, dentro do Recife-PE. O Estúdio Mola assina as embalagens e a campanha publicitária para o lançamento da coleção.
Domino’s Pizza | Crispin Porter + Bogusky
+ www.estudiomola.biz
A Domino’s vem tentando há alguns anos, se reinventar e explorar seu comprometimento com a qualidade. A Crispin Porter + Bogusky assina a campanha e a nova embalagem da pizza. A tipografia ornamentada procura destacar o trabalho artesanal, pois a massa é feita na hora, e nenhum dos ingrediente é congelado. Tudo natural. + www.cpbgroup.com
Heineken | Fernando Degrossi
SM Kids Sanduíches | Quadrante
+ www.fdegrossi.com
+ www.quadrantedesign.com.br
A Heineken lançou o Future Bottle Design Challenge 2013, um desafio criativo para o design de uma garrafa que fosse um remix do futuro, inspirado pelo passado da marca. O designer brasileiro Fernando venceu o concurso. Sua proposta de design será transformado em uma edição especial limitada da garrafa em 2014.
A SM Sanduíches produz e comercializa sanduíches tipo natural. O projeto das embalagens contemplou duas etapas específicas: o design estrutural e o design gráfico. A embalagem lúdica, possibilita a visualização do sanduíche e a mesmo tempo impede o contato do usuário com o produto, o que aumenta a vida útil na gôndola.
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Criatividade
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O proejto do designer Pedro Melo
TROCA POR UM QUADRO? O designer Pedro Melo, levou para a Europa o seu projeto que troca quadros por qualquer coisa. A melhor coisa foi o feedback que ele recebeu
P
edro Melo embarcou para a Europa no dia 12 de fevereiro. Designer recifense, 24 anos, levou oito ripas de madeira e 30 canetas multiuso coloridas consigo. No roteiro do mochilão, sete cidades europeias + Buenos Aires (Argentina). Queria fazer um desenho em cada lugar visitado e dar a obra de presente a qualquer desconhecido que estivesse por perto. Porém, numa conversa com o companheiro de viagem e amigo, o fotógrafo Caio Alencastro (Estúdio Clicka), notou que a ideia poderia render uma interação maior com residentes locais e registrar tudo, já que teria um fotógrafo sempre junto. Nasceu o projeto Troca por um quadro. Em Barcelona (Espanha), segundo destino da dupla, pararam num restaurante durante um passeio de bike e falando português e um inglês arrastado. Pedro explicou a proposta ao dono: queria trocar um quadro, feito na hora, por um café da manhã, com o que a dona oferecesse.
“Na abordagem, as pessoas tomam um susto. Às vezes nos tratam um pouco mal, mas a maioria acaba cedendo por curiosidade”. Conseguiram um suco de laranja e um capuccino em troca do quadro inspirado em um homem muçulmano que estava na mesa ao lado. Enquanto ele desenhava, Caio documentava tudo, para divulgação. A troca em Roma (Itália) foi a mais prolífera: rendeu um Spaguetti Pomodoro, uma pizza de frutas e meia garrafa de um excelente vinho tinto. A dona se agradou da ilustração do Netuno representado na Fontanna de Trevi, e o pendurou na frente do caixa do restaurante. Algumas trocas são melhores que outras, mas o projeto é muito mais social do que capitalista.Para Pedro o que importa é a experiência, o momento compartilhado com aqueles residentes e principalmente ter a sua arte divulgada. Mas nem tudo são flores, ele conta que “O mais difícil é a comunicação, fazer as pessoas entenderem a
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Trocaram o quadro por uma esfiha local
proposta. Em Berlim, passamos 40 minutos explicando a ideia ao garçom do bar”. A grande dificuldade foi a língua: quase não conseguiam trocar uma cerveja e uma tequila, pelo desenho do urso que é o mascote da cidade. As imagens, somadas a entrevistas com os anfitriões, darão origem a um vídeo. “O projeto não só aproximam as pessoas que nunca se virão, como eterniza o momento com quadro, fotos e vídeos. Desse modo a gente pode divulgar bem o projeto e receber feedback da galera”. Pedro fez trocas também em Portugal e Buenos Aires. Ao longo da viagem, pintou paredes e portas de bares, ilustrou em shape de skate e ganhou um hambúrguer de uma amiga, pela estadia de dois dias em Lisboa. De todos os lugares que passou, Pedro fala que trocaria um quadro por uma vida em Barcelona e Lisboa. “Duas cidades incríveis e com pessoas idem. Respiram arte e street art e isso é bom, dão valor. Além da qualidade de vida em que é maravilhosa. Na Europa é mais fácil do que no Brasil, mas já estamos pensando em realizar as trocas na minha cidade, que é Recife.Vamos ver se dá certo”.
+ www.pedromelom.com + www.estudioclicka.com + facebook.com/TrocaPorUmQuadro
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Dona do restaurante italiano
Spaghetti Pomodoro na Itália
Pedro Melo foi diretor de Arte e Promo/digital. na Agência Ampla e atualmente está trabalhando na agência de publicidade recifense Gruponove com “projetos inovadores” no novo núcleo digital que está sendo implantado. Além da experiência de troca, conta que o melhor da viagem foi conhecer pessoas incríveis.
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Ilustração
Ilustrações de Nan Lawson
O POP LÚDICO DE NAN LAWSON A ilustradora americana desenha com traços infantis, temas da cultura pop e do mundo hipster. Filmes, seriados e projetos pessoais
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A
ilustradora americana Nan Lawson é uma admiradora da cultura pop e seus clássicos e icônicos personagens. Seu estilo de desenho, doce e de traços infantis, se mistura às referências do cinema, literatura e TV de ontem e hoje, com um traço lúdico ela vai polvilhando seu trabalho com influência dos seriados como Game of Thrones, Doctor Who, Mad Men e também os filmes de Wes Anderson, Tim Burton e Woody Allen. Os populares Harry Potter e Edward Mãos de Tesoura e a série Star Wars. Isso só pra citar alguns. É tudo feito em aquarela leve, cores lavadas, terrosas, além de ter muito bom gosto. Nan vive em Los Angeles com seu noivo e dois gatinhos, que ela considera como filhos e sonhando com a próxima xícara de café e uma armação de óculos perfeita. Ela trabalha fazendo ilustrações freelancer para revistas como Teen Vogue, Glamour, Zooey Magazine, etc. Ela ilustra pra outros projetos, além de vender ilustrações personalizadas. Você envia uma foto sua, com sua família, namorado e pets, e ela transforma em desenho. Nan
Harry Potter, Hermione e Rony.
Edward Mãos-de-Tesoura, filme de Tim Burton.
“Adoro receber o feedback das ilustrações personalizadas. É bom para o ego” conta que fica feliz em receber o feedback dos clientes e adora um elegio. “É bom pro ego, nos estimula a continuar” Totalmente autodidata, desenha desde pequena e com o passar do tempo, fez do hobby a sua profissão. Aprendeu a ilustrar através de tentativa e repetição, buscando referências no mundo hipster e tentando achar um caminho pro seu traço. A delicadeza e as aquarelas suaves se tornaram a marca registrada de Nan Lawson. Sempre se mantém atualizada e diz sua é preciso estar atento e receptivo às novidades que acontecem, para então poder passar isso pros seus desenhos. “O momento de lazer, como ver tv, ler um livro, acaba se tornando um pouco parte do trabalho. Tem algo melhor do que trabalhar tendo lazer? É uma coisa a se pensar” filosofa. Suas ilustrações estão à venda em uma loja virtual, que faz entrega para todos os lugares do mundo.
+ www.nanlawson.com + www.esty.com/shop/NanLawson
Annie Hall, filme do renomado diretor Woody Allen.
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Fotografia
A fotografia de Annie Leibovitz
PELOS OLHOS DE ANNIE
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A jornada da famosa fotógrafa Annie Leibovitz. Uma das maiores referências do meio
E
la fez seu nome nos anos 70 como fotógrafa e editora de fotografia do jornal (depois revista) “Rolling Stone’’, mas incursionou pelo mundo das celebridades e da moda através das revistas “Vanity Fair” e “Vogue”, onde tirou fotos marcantes, além da política, incluindo imagens marcantes da guerra na Bósnia, onde esteve instigada por sua mentora, a escritora Susan Sontag. Seu nome sempre foi referência, estamos falando da fotógrafa Annie Leibovitz. Nascida em Connecticut, em 2 de outubro de 1949, contou tão bem as histórias dos outros por meio de suas imagens que não conseguiu sair despercebida. Ela extraiu da realidade histórias que ninguém mais conseguia ver. Não é à toa que artistas, músicos, políticos, editoras e publicitários se renderam às imagens e ao seu senso estético, que se importa mais com o que vê. Filha de militar, de uma família grande, Annie passou anos indo de um lado para o outro por conta das transferências do pai. As andanças eram sempre registradas em fotografias. Daí o interesse que acabou se tornando profissão. Um tanto desinformado, o pai deixou que ela fosse morar em San Francisco com uma amiga, achando que seria seguro. O movimento hippie nascia na cidade, o lugar menos adequado para conceitos conservadores dele, mas uma época maravilhosa para Annie fazer registros. O fundador da “Rolling Stone” Jan Wenner, a contratou quando o jornal acabara de nascer, em San Francisco, como porta-voz da contracultura. Ela começou a se firmar lá dentro com imagens fortes e marcantes para o crescimento da empresa que, em 1978, mudou-se para quinta avenida em Nova York, em busca de um lugar no mainstream. Annie já era famosa nessa época. Ela fez dupla durante muito tempo com o louco escritor Hunter Thompson, que ela nunca viu careta e também usou drogas: “ A cocaína fazia a gente pensar que estava pensando”, diz ela, numa frase genial para definir esta substância emburrecedora da mente humana. Este mergulho foi incentivado pelos Rolling Stones, que a contrataram para cobrir a turnê de 75, o auge do período drogado da banda. Keith Richards ironiza que apostou num rápido colapso dela em meio à loucura stoniana, mas Annie segurou a onda. Jagger exaltava a capacidade dela de
Whoopi Goldberg na banheira de leite para Vanity Fair.
Turnê dos Rolling Stones nos anos 70.
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“ A cocaína fazia a gente pensar que estava pensando”
Mick Jagger (Rolling Stones) e Annie, nos anos 70.
Shoots para o filme musical “Os Miseráveis”.
capturar movimentos e a essência da banda no palco. Durante seu período na revista Rolling Stone, Annie fez fotos icônicas, como Whoopi numa banheira de leite e John Lennon nu abraçado à sua mulher Yoko Ono, esta, tirada horas antes de John ser assassinado. A sua filosofia de trabalho era de que só se pode capturar de verdade a essência de quem se fotografa se você se tornar parte dele, ficar invisível e entendê-lo. No final dos anos 70, entrou em contanto com a designer brasileira Bea Feitler, então diretora de arte da Vanity Fair, revista criada em 1981, falando de moda e cultura. Bea convidou Annie para trabalhar junto com ela na revista. Além do relacionamento desgastado com seus colegas na Rolling Stone, pois estar naquele universo representava o contato direto com o “sexo,drogas e rock’n’roll”, o que tinha rendido a Annie uma temporada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Ir trabalhar em outra revista, trouxe possibilidade de expansão profissional e também uma mudança de vida quase radical – e ela precisava disso. O nome de Annie representava também uma vantagem sem tamanho para a revista Vanity Fair, “os artistas só aceitavam o convite
porque seriam fotografados por ela e sabiam que o resultado seria extraordinário”, conta Tina Brown, editora. Com essa experiência, foi convidada pela editora de moda da Vogue América, Anna Wintour, para colaborar com a revista. Como sempre em sua vida, estabeleceu certos ícones visuais na publicação, como a série em preto e branco de Johnny Depp, em 1994. O ensaio feito com Kirsten Dunst no Palácio de Versalhespara o filme Marie Antoinette de Sofia Coppola. Entre diversas outras. Pela expertise, também fotografou campanhas publicitárias de diversas marcas, como Louis Vuitton, Dior, Tommy Hilfiger. Recentemente publicou um ensaio que fez pra Disney, institulado de “Disney’s Dream”, as fotos tiradas ao longo dos últimos cinco anos, contou com celebridades de peso dando vida aos personagens infantis. Os ensaios só foram divulgados em 2012. Annie sempre foi e ainda é, uma das maiores fotógrafas da atualidade, lançou dois livros, é estrela de um documentário filmado pela sua irmã Barbara, onde é possível conhecer seu processo criativo. Ainda na ativa hoje em dia, Annie produz imagens marcantes que permanecem na memória de quem vê pelos olhos dela.
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Em primeiro plano
O
Ensaio inspirados nos filmes da Disney.
documentário “Annie Leibovitz-Life through a lens’’ (A Vida Através das Lentes, em português revela muitas faces da mais famosa fotógrafa de rock e uma das maiores de todos os tempos. Muito reservada, ela se revelou inteira para as câmeras da irmã, Barbara Leibovitz, que é a diretora desse documentário filmado para TV americana, com duração de 90 minutos. O filme mostra a trajetória da fotógrafa americana responsável por algumas das imagens mais memoráveis dos últimos 30 anos. Conta com muitos depoimentos, entre eles, Mick Jagger, Whoopi Woldberg, ator Mikhail Baryshnikov, Hillary Clinton, Anna Wintour (Vogue), da atriz Demi Moore, fotografada grávida e nua para a ‘’Vogue’’, a rockeira Patti Smith, que conta que não se reconheceu numa foto escolhida por Annie para a capa de “Rolling Stone’’. Anos depois percebeu que se tornara aquela pessoa da foto. “Ela estava mais interessada em nossa essência,” conta Yoko Ono, que desde os primeiros momentos se impressionou com o talento de Annie, assim como John Lennon. Já o rockeiro Mick Jagger ressalta a capacidade dela de se tornar “um de nós” e deixar todo mundo à vontade, quase sem notar os milhares de cliques que ela faz.
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Tipografia
Por dentro da Dalton Maag
Bruno Maag, designer diretor da Dalton Maag Brasil.
“É um pouco difícil projetar uma fonte completa com base nas poucas letras de um logotipo, onde a combinação de letras é uma só”
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Daton Maag A
Dalton Maag projeta fontes e logotipos desde 1991. Com o tempo foram crescendo, melhorando suas habilidades, aumentando o tamanho dos projetos e expandindo a equipe, hoje conta com três estúdios ao redor do mundo. A Dalton Maag Londres é a sede principal, foi lá onde iniciaram, dando o auxílio a estúdios de design, que alcançaram elevados níves de qualidade em design de logotipos e criação de fontes para seus clientes. A Dalton Maag Brasil iniciou em 2008, para elevar a alta qualidade do design e do branding na América do Sul. Além do relacionamento próximo aos clientes, o estúdio no Brasil projeta fontes com o mesmo nível de qualidade do estúdio de Londres, permitindo responder rapidamente a qualquer projeto doz mercado. Seu portfólio tem clientes como Mc Donalds, O Boticário,Vodafone, BMW. Um dos projetos mais recentes e importantes da Dalton Maag foi a criação da tipografia que será usada nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. A fonte “Rio 2016” foi desenvolvida após oito meses de pesquisa e teve como inspiração as formas da cidade do Rio e a agilidade dos atletas. A tipografia é composta por 5.448 caracteres e estará presente em todas as peças de comunicação dos Jogos. Suas letras são desenhadas com um único traço contínuo, num movimento ágil e fluido para sugerir o movimento dos atletas, e foram pensadas para combinar
Tipografia das Olimpíadas 2016 foi inspirada nas belezas e formas do Rio de Janeiro
com o logotipo dos Jogos Olímpicos, criado pelo escritório Tatil Design. “É mais difícil do que parece projetar uma fonte completa com base nas poucas letras de um logotipo, onde a combinação de letras é uma só” afirma Fábio Haag, diretor de criação da Dalton Maag no Brasil. Outro fator determinante para a criação da fonte foi a sustentabilidade. Com espaçamentos pequenos entre as palavras, ela acaba por reduzir o número de folhas a serem impressas. Fábio Hagg destaca o aspecto de legado para o mercado brasileiro de design: “Como brasileiro apaixonado por tipografia, projetar a fonte para o Rio 2016 foi um trabalho dos sonhos. Além disso, este é um marco importante para o design no Brasil, que é a valorização dos typedesigners brasileiros aos olhos do mundo” diz. Outro projeto que se destaca é o redesign da tipografia usada na marca Nokia. Bruno Maag, diretor, desenvolveu a Nokia Pure, uma família tipográfica custom. Fonte custom é um fonte adaptada ou desenhada única e especificamente para um cliente ou projeto exclusivo. Uma das pretensões da Nokia em todo esse rebrand é trazer suas características natais pros seus produtos e para sua marca. Se trata de uma empresa de origem finlandesa e o design finlandês carrega uma leveza e austeridade, que a Nokia busca trazer para si com esse redesign. A fonte é sem serifa e não tem quase nenhum contraste. Suas formas são bem orgânicas.Possui uma altura-x média, que faz com que ela pareça simpática na mancha gráfica. As formas são abertas e carregam uma leve influência da caligrafia trazendo mais humanidade e aconchego pro desenho. O resultado final foi satisfatório e conseguiu atingir o objetivo que a Nokia queria. + www.daltonmaag.com
Redesign da Nokia, fonte Nokia Pure aplicada.
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Conheça
O perfil
BEA FEITLER
B
ea Feilter nasceu no Rio de Janeiro, em 1938. Estudou na Suíça desde a adolescência e sempre mostrou talento e entusiamos pela arte. Ainda jovem, mudou-se para Nova York, para estudar artes gráficas na Parsons School of Design. Voltou ao Brasil e deu início à sua carreira quando fundou o Estúdio G, especializado em posters, capas de dicos e livros. Em 1960, colaborou com a famosa revista Senhor. Em 1961, foi convidada para trabalhar na Harpeer’s Bazaar. Poucos anos depois, Feitler foi promovida de assistente à diretora de arte. Especialistas da imprensa que expressaram ceticismo aberto sobre sua capacidade de gerir o destino de uma das publicações mais sofisticadas do mundo, logo se surpreenderam com a sua energia. A transição ocorreu num momento que a alta moda foi colidir com a moda pop das ruas, rock e filmes experimentais que estenderam sua experiência sensorial. Ela funcionava bem com os fotógrafos, que confiaram no seu julgamento e capacidade de selecionar o design de forma eficaz com as suas imagens. Além de colaborações duradouras na Bazaar com fotógrafos como Avedon e Hiro, Feitler trouxe Bill Silano, Duane Michals, Bill King e Bob Richardson às páginas da revista. Ganhou vários prêmios nas principais exposições de design. Hoje um diretor de arte ficar dois anos numa revista grande é considerado um período longo: Feitler ocupou o cargo por dez anos, saindo em 1972, para se juntar a Gloria Steinem no lançamento da nova Ms. Magazine. Na Ms., Bea vislumbrou a oportunidade de inovar e foi o que ela fez, com projetos surpreendentes para a época. Usando Day-Glo, tintas,
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formatos de assinatura única para várias seções da Ms., misturando com fotografia e ilustração. Sua tipografia era expressionista e desinibida. Ela estava disposta a cruzar a linha que separa a verdade e tentou partir do risco e não do comprovado. Mesmo na época em que era diretora de arte de grandes revistas, Feitler fazia capas de livro, capas de
Capa que se tornou ícone dos anos 60. Produzida por Bea e o fotógrafo Avedon.
álbuns e projetos de design de livro em andamento. Em 1974 deixou a Ms. Magazine e trabalhou em uma variedade de projetos: com os Rolling Stones, em campanhas publicitárias da Dior, Diane von Furstenberg, Calvin Klein. Ela redesenhou formato da revista Rolling Stone duas vezes: em 1977, com as maravilhosas fotografias de Annie Leibovitz, e novamente em 1981, quando mudou de tablóide para o formato atual da revista. Em 1978, Feitler entrou como diretora de arte de consultoria para a Condé Nast. Nesta posição desenvolveu o projeto da revista Self e Vanity Fair. Em 1982, no auge de sua brilhante carreira e celebrada por seu trabalho, Bea perdeu a luta contra o câncer e faleceu aos 44 anos. A carioca Bea Feitler deixou uma marca insequecível sobre a face do design gráfico. É descrita por amigos como “uma persona turbilhão “ e “uma força imparável criativa”. Foi uma das maiores criativas dos anos 60 e 70 e teve papel fundamental no design gráfico e editorial daquele período. Bea marcou época.
Conheça
A Escola Brother de Criativos
Bruno, recortando papel para layout.
CRIATIVOS NA ARGENTINA A Brother Escola de Creativos oferece boas opções de curso spara quem quer estudar fora do Brasil
U
Projeto de Bruno feito manualmente.
ma boa pedida para quem está com planos de viajar pela América Latina é conhecer alguma das sedes da Brother Escuela de Creativos. Com sedes na Argentina, Chile,Venezuela, ela realiza um curso anual de direção de arte na matriz, na Argentina. Todas as outras sedes promovem vários cursos de férias, workshops, palestras, na área de comunicação, marketing digital, design gráfico, ilustração, fotografia. Um brasileiro que estudou na Brother, conta sua experiência. Bruno Sousa, tem 25 anos, é formado em Design Gráfico desde 2010. No mesmo se mudou pra Buenos Aires. Estudou um ano na Escuela de Creativos Brother Buenos Aires, uma das mais premiadas da America Latina.
A cidade, as pessoas e a escola mudaram sua maneira de ver o mundo, de perceber e sentir o trabalho. “Estando lá, tive mais tempo pra sair do computador e voltar pro desenho, xilogravura, instalações. Durante boa parte da graduação, o processo de criação era muito digital. Nas agências, o ritmo não me proporcionava sair de frente do computador e eu já estava cansado disso, quis mudar.” conta. Lá pode misturar algumas paixões: Artes plásticas, fotografia e o papel. “É tudo muito intuitivo e na maioria das vezes dá certo, mas os riscos são maiores. Não há como apagar, não tem atalho command + z.” E isso é o que achou mais fascinante de tudo. “Com os softwares, nós acamos perdendo um pouco dessa magia intuitiva. Nem digo que não seja relevante, mas é importante lembrar que é uma ferramenta. O processo criativo começa na sua cabeça e você nem sempre precisa finalizá-la no computador. É bom lembrar disso.”
+ brotherad.com + cargocollective.com/brunosousa
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Conheça
O logo de Detona Ralph
DETONA RALPH: CRIANDO O LOGO
Designer Michael Doret conta todo o processo de criação da identidade do filme
É
verdade que grande parte dos filmes e games, hoje em dia tem logos e projetos gráficos que parecem apenas uma reciclagem de tudo o que já foi feito. Porém, outras tantas produções dão atenção para a criação de uma comunicação visual de qualidade, memorável e que comunique bem. A Disney é uma das empresas que se preocupam em criar um logo distinto para cada filme, assim como também faz Pixar desde que começou. “Detona Ralph”, filme da Disney/ Pixar, por exemplo, conta com um material bem marcante. O filme conta a história do vilão de um jogo de vídeo-game dos anos 70, que está cansado de ser o cara mau. O filme envolve diversos outros personagens dos games, sempre vilões. Para a criação do logo que foi influenciado principalmente pela nostalgia dos games 8-bit da época, o designer Michael Doret, especialista em tipografia, detalhou o processo criativo, revelando os rascunhos à lápis que tentam capturar a atmosfera de diversão e dos arcades dos anos 1970. Doret entra na estética 8-bit com o título ao redor do rosto do personagem principal, gostando do resultado, decidiu que o produto final não fugiria muito disso. Era preciso incorporar também o logo da Disney, não antes de deixar a expressão do Ralph um pouco mais “raivosa”, afinal seu personagem é um destruidor de construções. Finalizado com uma borda, o logo vira um emblema com a informação necessária. É preciso destacar um detalhe: Michael Doret teve meses para criar o logo. E não horas, como exigem muitos pedidos feitos aos designers de hoje.
+ www.michaeldoret.com
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Conheça
Macanudo
AS TIRINHAS DE MACANUDO Ricardo Liniers é um quadrinista renomado na Argentina e fora dela. Suas tirinhas são repletas de senso de humor e inteligência
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iariamente, desde 2002, os leitores do jornal argentino “La Nación” recebem pela manhã uma mensagem otimista – talvez cínica, talvez irônica - são tiras com personagens bem-humorados, emotivos, perspicazes ou inteligentes, que tornaram Ricardo Siri, o Liniers, um renomado ilustrador quadrinistas contemporâneos da Argentina. Olga, Enriqueta, Fellini, Pan, Z-26. Os personagens fazem parte de “Macanudo” palavra argentina, que na tradução para o português, pode
significar extraordinário, supimpa, magnífico ou “tá tudo bem”. Ele conta que a ideia de fazer quadrinhos foi simples. “Eu pensei que lindo seria poder desenhar como Quino ou Maitena. Então achei que valia a pena tentar. O Quino é uma referência imensa no trabalho de todos. A minha geração praticamente foi alfabetizada lendo Mafalda”. É um baita consumidor de cinema, música, romances, livros. Tudo pode ser influência, qualquer coisa que faça sentido pode aparecer nas suas
tirinhas em forma de história. “Eu posso, por exemplo, escutar um disco do Radiohead, e começar a fazer um desenho legal, pensar numa frase” Liniers tem 6 livros de Macanudo publicados no Brasil. Sua fama se estendeu à outros países. A exposição “Macanudismos” que é uma mostra de seus originais. Quadrinhos, livros, quadros, etc. Já passou por diversas cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife. + www.macanudoliniers.blogspot.com.br
Edição 6 de Macanudo, livro mais recente lançando no Brasil.
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Ecológico
Design responsável
A importância do design sustentável O designer Cris Ullmann dá seu ponto de vista sobre o papel do designer na questão da sustentabilidade
O
Christian Ullmann é formado em Desenho Industrial pela Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo de Buenos Aires. É sócio diretor do escritório iT Projetos, atuando como consultor especializado em desenvolvimento de produtos sustentáveis.
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objetivo do todo design sustentável é a redução sistemática ou eliminação dos impactos ambientais em todas as etapas do ciclo de vida de um produto, da extração até descarte. Tem se dado cada vez mais importância aos profissionais do design, que tem poder e o dever de influenciar nas principais etapas do processo de fabricação dos produtos, portanto sua conscientização visando a sustentabilidade é a chave para fazer desta uma profissão verdadeiramente útil em todos os aspectos. Seu trabalho do se destaca desenvolvendo ideias e criações que visem reduzir o uso de recursos naturais. Empresários entram na equação, pois deveriam ter compromisso com a tendência ambiental e adaptar seus serviços. A preocupação com o meio ambiente está presente desde a etapa de requerimentos do projeto por meio de diferentes ferramentas e estratégias de analise do ciclo de vida, materiais, processos, manufatura e descarte que colaboram para que o design aja de modo sustentável. Estamos em um momento de inovação sustentável. A nova classe C é a nova classe média e está cada vez mais exigente, consciente e com
maior poder econômico, o que vem causando mudanças no mercado. Para se ter sustentabilidade é necessário que ocorram progressos dos produtos e processos tanto na dimensão técnica como na cultural. Isso põe em discussão o modelo atual de desenvolvimento de forma que nas próximas décadas a sociedade deveria ser capaz de passar de consumir menos e reduzir a produção. Designers são responsáveis pela criação e interação das pessoas com os artefatos e o ambiente que as rodeia, tem seu papel no processo de mudança, pela possibilidade de implantação de um novo estilo de produtos sustentáveis, mas também pela formação de novos conceitos de bem-estar. É preciso a colaboração entre diversos grupos sociais: ONGs, empresas, comunidade, órgãos. A escolha de materiais para os produtos industriais cresce em complexidade cada vez que surgem no mercado novas opções, resultante de combinações entre elementos básicos, aditivação, tratamentos térmicos, etc. Para facilitar a escolha ideal dos materiais é necessário fazer uma série de pesquisas e testes para selecionar, entre as diversas opções existentes, e pensar quais são adequados às necessidades de cada empresa. Pessoas precisam desevolver sua consciência crítica e participar junto com empresas e governo de projetos sócio-ambientais. Métodos de trabalho deverão valorizar as capacidades humanas e permitir que criatividade e aprendizado façam parte da rotina dos membros da sociedade.
Papel Pedra R
epap é uma marca de papel feito de pedra, precisamente do calcário com polietileno, que dá a liga. Não polui, já que não usa água em sua produção e nem ácidos pra branquear porque sua matéria-prima é branca É um papel mais resistente, durável e impermeável. Que pode ser utilizado em exteriores e sob qualquer condição climática e de alta umidade. É 100% reciclável. Tem toque macio e sua aparência é lisa e branquinha, além de fino. O Gruppo Cartorama já produziu a Ogami Collection, lindos cadernos e brochuras, com esse papel feito de pedra e no melhor estilo Bauhaus, com linhas e formas geométricas, além do uso das cores primárias e secundárias. + www.repap.it
Óculos feito de skate
Cadernos do grupo Cartorama, feitos em papel de pedra.
O
Sk8 Shades são óculos com design moderno, feitos a partir de shapes de skate e produzidos de modo artesanal, por um dos maiores fabricantes de rampas da África do Sul. Se trata do designer Dave de Witt. O processo de fabricação, dura entre 3 a 5 dias, trabalhando numa de média 4 horas para um acabamento perfeito. “Não existem dois óculos iguais, pois a matéria prima muda muito, os veios e as camadas são como impressões digitais e ainda há o tipo de corte da madeira, feito de maneira limpa, sem nenhum vestígio que o skate foi usado”. Por enquanto óculos estão sendo vendidos apenas na internet.
Modelo Blue/green/fade no estilo Wayfarer
Modelo Blackwood with Sk8shades cross laminated colour core and dirty temples.
+ www.etsy.com/shop/Sk8Shades
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Favoritos
Objetos de desejo
Sonhos de Consumo Design de produto e os objetos que todos nós queremos ter
TOY CÂMERA LA SARDINA - Pele de cobra (Camera and Flash Orinoco Ochre). Novo modelo, da família das Sardina. Na cor laranja e textura imitando a pele de uma cobra. + www.shop.lomography.com BARALHO PROJETO 54 2 edição - El Cabriton Cada uma das cartas é feita por um ilustrador diferente. + www.elcabriton.com
DOCTOR WHO TARDIS Caneca inspirada na cabine telefônica londrina, que viaja no tempo na série Doctor Who. + www.fredflare.com
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TÊNIS PANTONE - Converse + Farm A loja de vestuário, Farm, fez parceria com a converse e está vendendo 5 modelos de tênis com as cores da escala pantone. + www.farmrio.com.br
CAMISA PRETA HELVETICA - Koning Stuff Camisa para designers que amam a helvetica. + www.koning.com.br/loja/
TOYS DO ESTÚDIO LONDRINO YUM YUM Bonecos divertidos criado por designers. + www.yumyumlondon.com
COLEÇÃO (CADERNOS) DÉCADAS DA CULTURA - Livraria Cultura + Casa Rex Os designers da Casa Rex criaram uma coleção de caderninhos e outros objetos de papelaria, inspirados em ícones ao longo das décadas. + www.livrariacultura.com.br
INTERRUPTORES DIVERTIDOS JAYA! Marca brasileira vende interruptores para a sua casa. Com vários modelos divertidos. www.jayadesign.com.br
SAPATOS ALPARGATAS HAVAIANAS A famosa marca Havaianas, desenvolveu uma coleção enorme de sapatos costurados com tecido. + www.br.havaianas.com
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Favoritos
Lista de novidades literárias
Melhores livros para ter na sua estante
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TEXTOS CLÁSSICOS DO DESIGN GRÁFICO 2AB EDITORA De Michael Bierut, Jessica Helfand, Steven Heller e Rick Poynor. “Uma coletânea fantásticas de textos que oferecem uma visão abrangente das pessoas, ideias e forças sociais que moldaram o espaço do design gráfico no século XX”
ATLAS DA ILUSTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA
DESIGN GRÁFICO SUSTENTÁVEL ROSARI Brian Dougherty. Ao se falar em design sustentável, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é o uso de materiais reciclados, em geral associado a um visual “alternativo” encontrado em objetos. Design quase nunca está inserido nessa primeira preocupação.
DESIGN PARA UM MUNDO COMPLEXO COSAC NAIFY De Rafael Cardoso. A obra discute o papel do design atual, caracterizada pelo excesso de informação e imaterialidade. Para que o design seja efetivo, deve-se considerar sua toda sua complexidade como “um sistema composto de variados elementos”
KOLON PAISAGEM De Yaiza Nicolas, Andres Gonzalez Fernandez e Alessandro Zanchetta. A ilustração se revela como fenômeno fundamental na comunicação visual. Esta obra apresenta alguns ilustradores, com uma abordagem artística e pessoal.
INTUIÇÃO, AÇÃO E CRIAÇÃO - GRAPHIC DESIGN THINKING
GG BRASIL De Ellen Lupton. Organizado em 3 etapas do processo de design: a definição dos problemas, a geração de ideias e a criação de forma. Apresenta trinta recursos para conceitualizar e formalizar projetos gráficos.
A LINGUAGEM INVISÍVEL DA TIPOGRAFIA BLUCHER De Erik Spiekermann. Ele destilou décadas de experiências tipográficas neste vigoroso guia. Com o estilo sedutor e experiente do tipógrafo, ele ajuda a entender como a escolha de tipos pode enriquecer e dizer muito sobre seu trabalho. Imperdível.
Favoritos
Fique de olho na internet
Sites para você salvar nos favoritos
+ ilustração
www.illustratiomundo.com Muitas ilustrações para inspirar.
www.ideiafixa.com.br
Design, ilustração, atualidades. Um mix de vários temas.
www.thedieline.com
Site gringo de embalagens. Layouts cleans e sofisticados.
+ www.mcbess.com
www.abduzeedo.com.br
Cases, seleções de layouts legais, tipografia e diagramação.
www.marcozerorec.br
Cases, entrevistas, direção de arte tipografia e matérias.
+ www.bomboland.com
designontherocks.com.br Inspiração, eventos, direção de arte, publicidade, vídeos.
followthecolours.com.br
Tudo sobre cores. Desde filmes à embalagens, mostrando paletas.
+ www.natewilliams.com
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Entrevista
Design thinking por Lígia Fascioni
O que é Design Thinking A revista PASTA entrevistou a professora Lígia Fascioni para saber qual é o signigicado o termo
“O design thinking é uma abordagem de gestão, que se vale de técnicas que designers usam para resolver problemas.”
Lígia Fascioni é
palestrante e professera de cursos de administração, gestão e design. Escreveu dois livro e agora fala sobre o que é design thinking.
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O que é e onde surgiu o termo design thinking? Lígia Fascioni – O termo foi cunhado por Tim Brown, CEO da Ideo (uma das empresas de design mais inovadoras do mundo) para conseguir expressar a diferença entre ser designer e pensar como designer. Ele fala da migração do design tático e operacional para uma abordagem mais estratégica. O design thinking é considerado uma ferramenta de inovação. É uma abordagem de gestão, que se vale de algumas técnicas que os designers usam para resolver problemas. Mas o termo é também bastante polêmico, uma vez que design thinking não é design no sentido convencional e não substitui o trabalho dos designers. Quais são seus diferenciais e vantagens? Enquanto os designers aprendem a solucionar as restrições, os design thinkers navegam nelas com criatividade. O foco é desviado do problema para o projeto. Brown diz que a próxima geração de designers deverá se sentir tão à vontade na sala de um conselho de administração como num estúdio e deverá analisar todas as questões, do analfabetismo de adultos
ao aquecimento global. A proposta é que as ideias sejam geradas em conjunto com as pessoas que serão impactadas por elas. Qual é a importância dele para a sociedade? É importante na medida em que traz a inovação para o plano de quem vai utilizá-la. O cliente participa da concepção, participa do desenvolvimento, pois é pra ele que o produto ou serviço vai ser oferecido. O processo deixou de ser uma via de mão única, agora há interação em todas as fases. Que características são necessárias para ser um Design Thinker? Um designer sozinho não faz inovação, mas não se faz inovação sem designers. A carcaterística mais importante é a disposição e aceitação empolgada de que as restrições fazem parte do processo. Um profissional atualizado e bem informado acerca de design pode contribuir muito para a empresa. Concordo com Brown, quando ele diz que o design é algo tão grande e tão importante para o mundo que não pode ser deixado apenas nas mãos dos designers.
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Agenda
Evento de tipografia
O QUE ROLOU NO ]tipocracia 10[ Evento contou com grandes nomes do design e palestras que agradaram o público geral
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E
m 2013 o projeto Tipocracia celebrou 10 anos com um encontro internacional de tipografia. Foram sete dias de workshops, palestras e debates sobre type design, história, caligrafia, letterpress, mercado e novas tecnologias. A conferência aconteceu de 21 a 23 de março na cidade de São Paulo. O evento contou com nomes como Fábio Haag, Peter Bilak, Rafael Dietzsch, Eduilson Coan, Shima e outros. “Tipocracia – estado tipográfico” é um projeto educativo voltado para a promoção da cultura tipográfica pelo Brasil. Ele teve início em março de 2003 como um curso complementar à formação acadêmica de design. Com o tempo, o Tipocracia cresceu e se desdobrou em ações de divulgação, gestão e organização de eventos tipográficos. Em 10 anos, mais de 2 mil pessoas participaram dos 135 cursos realizados no Brasil e também no exterior. Idealizado por Henrique Nardi que é formado em design gráfico pela Universidade Anhembi Morumbi (2001), professor de Tipografia do SENAC SP e Diretor da ADG Brasil e organizador do Tipocracia.
CLÁUDIO ROCHA Especialista em tipografia e é idealizador e editor da revista Tupigrafia, uma publicação que já é reconhecida.
PETER BILAK Designer theco, especializado em tipografia e professor. Trabalho no estúdio Typotheque e na revista Dot Dot Dot.
Ele nos dá um panorama da tipografia, desde as práticas de tipos de madeira, entre outros modos de fundição. Passa pelo século 19, falando sobre as tipos de madeirae sobre as tipos de metal, sobre os tamanhos que podem ser fundidos. Cláudio nos mostra diversos trabalhos em que as tipos móveis são trabalhadas, onde a tipografia digital e a móvel caminham juntas, como alguns trabalhos dos anos 90, do “Proteus Project”, onde várias fontes são usadas para compor um cartaz, as “Shire Types”, de Jemery Tankard, do fim dos anos 90, onde as fontes tinham variações entre as palavras e fontes com variações de peso, como da Bodoni. Ressaltou a importância de Miran para o design gráfico e as composições editoriais e tipográficas. Mostrou algumas imagens presentes nas edições da Revista Gráfica, onde as woodtypes são usadas com alguns ruídos, formando alguns estilos próprios e interessantes.
Na sua palestra ele ressalta o uso exagerado de fontes. Ele contou sobre o processo de publicação de uma fonte, como são os passos de redação, de edição, checagem, correção, testes, design e por fim a produção da fonte. Devemos estar por dentro do que já foi feito para que não haja uma repetição grande de fontes muito similares, mas que também necessitamos de novas fontes. O conhecimento de diferentes áras nos ajuda a criar fontes que sejam mais ricas e acertivas. Diz que a tecnologia nunca é bem aceita de começo, porém é extremamente necessária para o desenvolvimento em todas as áreas. Cita John Baskerville e suas tecnologias de impressão. Exprime suas ideias sobre as ferramentas que devemos conhecer. “Para uma riqueza nas fontes, temos que conhecer todas as formas de criá-la, com pedra, ferramentas digitais, e entender como usar tudo.”
+ Outras Palestras Destaque também para as palestras de Paul Shaw e a de Fred Smeijers. Paul ensina caligrafia e tipografia na Parsons School of Design, apresentou a história da tipografia e evolução dos artistas de lettering na palestra “Chicago, berço do type design americano moderno: Goudy, Cooper & Dwiggins.” Já Smeijers, type designer especializado em desenvolvimento e pesquisa em meios tipográficos para fabricantes de produtos, exibiu vários exemplos na apresentação Andando na linha – Type design, prática e história. Henrique Nardi com todos os palestrantes.
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Agenda
Fique de olho
Décima Bienal de design gráfico Interaction South America 2013
O
Interaction Soth America é uma conferência anual que reúne profissionais da área do design e áreas relacionadas, que participam de palestras, workshops e atividades para discutir sobre o papel do design de interação, seu perfil no mercado e a sua atuação na nova economia. O evento será nos dias 13, 14, 15 e 16 de novembro, em Recife - Pernambuco. Contará com palestras como: Catarina Mota, portuguesa, maker, entusiasta do open-source e pesquisadora, fundou o Open Materials, um projeto de pesquisa focado no faça-você-mesmo (DIY) com materiais inteligentes. O americano Jeff Gothelf com 15 anos de carreira no design de interação, agile e User Experience. Arne Oosterom, holandês, que é sócio da DesignThinkers Group, uma das empresas líderes mundiais em inovações por design. E mais: Bill Buxton da Microsoft, Dave Malouf, consultor da Peer Loft, Marc Stickdorn do This is Service Design Thinking, Sara Córdoba mexicana do Booireland, Santiago Bustelo, argentino do Keikendo e mais dois nomes que ainda serão confirmados.
+ INSCRIÇÃO E PREÇOS www.isa.ixda.org/2013/
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A Bienal acontecerá em São Paulo, entre os dias 14 e 30 de junho, expondo os melhores projetos de design realizados nos últimos 4 anos
A
décima edição do evento organizado pela Associação dos Designers Gráficos reunirá entre 14 e 30 de Junho de 2013 em São Paulo, 444 projetos representativos do design produzido no Brasil e/ou por designers brasileiros nos últimos 4 anos. A Bienal compreende projetos desenvolvidos por agências, profissionais, escritórios, estúdios e alguns poucos trabalhos de conclusão de curso (graduação ou pós) que se destacam por um alto grau de qualidade e inovação. Esta é a Bienal com a maior quantidade de projetos selecionados e a que teve o maior júri – 89 pessoas. Serão destacados cerca de 70 trabalhos, nas categorias: embalagem, website, animação, ebook branding, identidade visual, livro, cartaz, tipografia e diversas outras. A abertura da décima Bienal, acontecerá no dia 14 de junho no Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo.
Categoria Embalagem Camisas Conto Figueira | Moio
+ www.bienaladg.org.br
Categoria Animação Havaianas 50 anos | Ricardo Pocci
+ Premiações
Premiação de cartazes do MCB
O
Encontro N Design Salvador
O
Encontro Nacional de Estudantes de Design, mais conhecido como N Design, acontece anualmente e em sedes diferentes em cada edição. Todo ano é definido um novo tema e estudantes de design de todo o país comparecem munidos de mochilas pesadas e barracas para participar do evento. Ao final do último N Design, que aconteceu em 2012 em Belo Horizonte, Salvador foi a cidade eleita para sediar a edição de 2013. Que acontecerá entre os dias 21 a 28 de julho. O tema da vez é “Insira seu contexto aqui”, e a ideia é imergir os
participantes em diversos contextos de diferentes culturas brasileiras, bem como promover troca de cultura. As comissões das cidades que conquistam o direito de sediar o N têm a responsabilidade: pensar no espaço das palestras, festas e dormitórios que serão necessários para a realização do encontro. A grade de eventos do N Design consiste em palestras, oficinas, vivências, desfiles, mini-eventos, mesas redondas, debates e conversas, além da integração com estudantes de outros estados. As informações acerca destes detalhes serão divulgados em breve no site, blog ou facebook do evento. Sempre conta com nomes interessantes e oficinas criativas. As inscrições acontecerão em breve, assim como a divulgação da programação do evento.
+ www.insiraseucontextoaqui.com.br
27º Prêmio de Design Museu da Casa Brasileira. desafia participantes do Brasil, profissionais ou não, a criarem sua principal peça de divulgação. As inscrições para o concurso do cartaz estarão abertas entre 8 e 10 de maio, no site do evento. Os cartazes serão avaliados por uma comissão julgadora independente. A peça eleita será impressa pelo MCB em tiragem especial e distribuída por todo o país. Seu autor receberá prêmio de R$3mil e terá, posteriormente, um contrato no valor de R$5mil, para a criação de outras peças gráficas como convites, banners, camisetas, etc. Além do primeiro lugar, o júri poderá escolher cartazes finalistas, que farão parte da exposição 27º Prêmio Design, em exibição a partir de 26 de novembro no Museu da Casa Brasileira.
Cartaz vencedor da 25 edição..
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Agenda
Diversão e lazer
CINEMINHA O Grande Gatsby
Jogos Vorazes: Em Chamas
Universidade de Monstros
Baseado no livro de F. Scott Fitzgerald, a história é ambientada nos anos 20. Nick Carraway (Maguire) se mudou há pouco tempo para Long Island. Lá ele conhece e fica fascinado com o estilo de vida de Jay Gatsby (DiCaprio), seu novo vizinho que é milionário. Aos poucos Carraway passa a frequentar o círculo de Gatsby e percebe a paixão que Gatsby nutre por Daisy Buchanan (Carey Mulligan), casada com Tom.
Segundo filme da trilogia Jogos Vorazes, baseado nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a aventura de Katniss (Lawrence), que após sair vencedora junto com Peeta (Hutcherson), afronta à organização dos jogos e irrita a Capital, pois só um poderia ter vencido. Ela enfrentará a forte represália do governo, lutando não apenas por sua vida, mas por de toda a população de Panem. Um grande desafio lhe espera.
Em Monstros S.A. Mike Wazowski (Billy Crystal) e James P. Sullivan (John Goodman) são uma dupla inseparável. Mas nem sempre foi assim. Quando se conheceram na universidade, os dois monstrons se detestavam. O longa revela as histórias por trás da construção dessa grande amizade e tudo o que rolou na adolescência deles. Univerisade de Monstros se passa 12 anos antes da história de Monstros S.A.
Estreia: 7 de junho Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan Direção: Baz Luhrmann Distribuído por: Warner Bros
Estreia: 15 de novembro Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth Direção: Francis Lawrence Distribuído por: Paris Filmes
Estreia: 21 de junho Elenco: Vozes de John Goodman e Billy Crystal Direção: Dan Scalon Distribuído por: Disney/Buena Vista
TRILHA SONORA Com grandes nomes no elenco, a trilha sonora do filme “O Grande Gatsby” também contará com artistas de peso. O disco tem lançamento previsto para o dia 6 de maio na Inglaterra. Trará canções de Florence and The Machine, The xx, Fergie, Gotye, Bryan Ferry, Will.i.am and Nero, além de uma versão de “Back To Black” com Beyoncé e Andre 3000. A gravadora do músico Jack White, a Third Man Records, irá lançar uma versão de luxo em vinil da trilha, que terá 17 faixas.
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Capa do cd e lista de músicas
1. 100$ Bill- Jay-Z 2. Back To Black - Beyoncé vs. André 3000 3. Bang Bang - will.i.am 4. A Little Party Never Killed Nobody (All We Got)’ - Fergie + Q Tip + GoonRock 5.Young And Beautiful’ - Lana Del Rey 6. ‘Love Is The Drug - Bryan Ferry 7. Over The Love - Florence The Machine 8. Where The Wind Blows - Coco O. 9. Crazy in Love - Emeli Sandé e The Bryan Ferry Orchestra 10. Together - The xx 11. Hearts A Mess - Gotye 12. Love Is Blindness - Jack White
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EXPOSIÇÃO DE CARTAZES MUSICAIS // KIKO FARIAS
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