Gustave Doré e Dom Quixote

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GUSTAVE

DORÉ E DOM QUIXOTE


ÍNDICE

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Gustave Doré

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Dom Quixote de Cervantes

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Ilustrando Dom Quixote

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Tecnicas e ferramentas

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Influências

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Outras obras

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Herança Culural

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Gabriela Patussi Mariana Mayumi Ito

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Gustavo DorĂŠ


Paul Gustavo Doré foi um prodígio ilustrador, começou a trabalhar aso 15 anos de idade. Ele participava de diversas formas de artes plasticas, indo dos seus famosos desenhos e ilustrações ás suas esculturas. Natural de Estrasburgo na França, Gustavo Doré se dedicou ao violino ainda quando criança e antes de completar sua primeira década de vida produziu suas primeira ilustração d’A Divina Comedia, de Dante. Aos 15 anos, após um acordo com seu pai, foi empregado no Journal Pour Ride, onde um ano antes havia publica um de seus primeiros trabalhos Travaux d’Hercules, durante os 3 anos que trabalhou no jornal produziu uma variedade de cartoons. No ano seguinte da morte do seu pai em 1948, ele se muda para Paris. No início da próxima década Gustavo Doré publica várias de suas litografias, que é uma técnica de gravura que envolve a criação de marcas sobre uma matriz com lápis gorduroso, algumas delas fizeram muito sucesso porem outras não tiveram muita aceitação.

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Seus trabalhos mais famosos estão em ilustrações de alguns textos clássicos como a bíblia e as obras de Dante, Cervantes, Alan Poe e John Milton, que deram vida ao pensamentos universal, dando-lhe um lugar de destaque na cultura popular. Por volta de 1864 já conhecia pessoalmente Napoleão III e era amigo pessoal de diversos nomes da cultura francesa da época, como Alexandre Dumas, Teophila Gautier, Rossini e Liszt. Sua fama só aumentava na Inglaterra e em 1868 Gustavo Doré vai até Londres, onde institui sua Doré Gallary. Nesta época apresenta grande versatilidade nos mais diversos campos das artes plásticas, produzindo esculturas e viajando para Escócia e Versalhes. Em 1883 quase depois de dois anos após a morte de sua mãe, Gustavo vem a falecer.

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DOM QUIXOTE DE CERVANTES Dom Quixote De La Mancha escrito por Miguel de Cervantes, foi publicado em uma época de grandes transformações, os romances de cavalaria, até então ocupando um lugar de destaque na literatura popular, já começavam a decair, então, Cervantes criou nesta obra uma paródia das novelas medievais protagonizadas por cavaleiros heróicos. Este livro é praticamente um pioneiro da literatura moderna européia, representando para muitos críticos e leitores a melhor produção literária espanhola. Em maio de 2002 ele foi eleito a maior criação ficcional até hoje produzida, em uma eleição instituída pelo Clube do Livro Norueguês.

Cervantes cria neste clássico da literatura um personagem inesquecível, imortalizado por leitores de todas as épocas. Quem nunca ouviu falar de Dom Quixote? Este protagonista, um nobre espanhol, já em idade avançada, passa a ter alucinações depois de ler com frequência os romances de cavalaria. Ele passa a crer que todas as ações heróicas praticadas pelos personagens destas novelas são reais, e decide também se transformar em um cavaleiro.

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O fidalgo sai como nômade mundo afora, enfrentando perigos criados pela sua fértil imaginação, como os célebres moinhos de vento que ele combate em uma das passagens mais famosas desta narrativa. Conhecido também como o Cavaleiro da Triste Figura, o espanhol se reveste de uma antiga armadura legada por seu bisavô, improvisa um capacete de papelão e assume o título de Dom Quixote de La Mancha. Segue em seu cavalo Rocinante, acompanhado de seu fiel servidor, Sancho Pança, elegendo também uma amada, a dama Dulcinéia, assim batizada por ele. As duas partes desta obra apresentam atmosferas distintas. A primeira, em estilo mais maneirista, transmite uma intensa sensação de liberdade, enquanto a outra, tendendo para o barroco, passa ao leitor um sentimento asfixiante, um ar sufocante, como se suas páginas pudessem encerrar dentro de si todos que por elas se aventurassem. Aqui os protagonistas parecem caminhar da esfera da imaginação para os limites irremediáveis da realidade. Também os personagens se contrapõem, simbolizando universos diferentes, embora pareçam caminhar pela mesma estrada. Sancho tem os pés mais próximos do real, enquanto Dom Quixote transita pela esfera do imaginário. Esta novela realista e satírica só pode concluir com o retorno do fidalgo ao mundo da razão e do bom senso, pois não há mais espaço para heróis nos tempos modernos.

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ILUSTRANDO DOM QUIXOTE Talvez as ilustrações feitas por Gustavo Doré de Dom Quixote, retratando os personagens tenham sido tão influentes que muitas vezes eles determinavam a aparência de Dom Quixote e Sansho Pança em peças de teatros e ilustrações que vinham a seguir. No inicio Doré tinha o interesse de realizar somente 40 ilustrações sobre o livro de Cervantes, mesmo ele sendo um desafio para ele já que Dom Quixote era um texto calculado para testar até mesmo ele. Porém acabou capturando tanto sua imaginação que ele acabou completando mais de 200 ilustrações.

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