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Figura 6 - Escritório da it's informov com vegetação

Figura 6 - Escritório da it's informov com vegetação

Fonte: Alexandre Oliveira, 2019

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Gillis (2015) aponta que não é preciso exceder a quantidade de plantas no ambiente, mas sim, estabelecer uma capacidade adequada e saber quais plantas serão benéficas para atividade exercida naquele local de trabalho. Algumas plantas podem causar o efeito contrário daquele que nós queremos, a exemplo, plantas vermelhas podem ser fatigantes em certo momento de tempo. A biofilia é bem flexível nesse quesito, pois traz a natureza para dentro do ambiente, isto é, insere plantas em seu interior ou até mesmo árvores acessíveis da janela. Tudo isso torna seus benefícios mais acessíveis as pessoas e lugares (MCLENDON, 2020), além disso, a possibilidade de vista à jardins pode tornar os ambientes mais positivos, promovendo a saúde e o bem-estar dos ocupantes.

Entretanto, defende-se que o design biofílico seja mais do que apenas a conexão com a luz e a presença de vegetação, é trazer o foco no usuário, utilizar elementos que contribuam com o conforto da equipe, por isso, saber aplicar de maneira correta as estratégias em conjunto gera um excelente resultado de projeto de design biofílico, sendo elas, cores e materiais naturais, ventilação natural, vistas para o exterior e formas naturais.

1.2 APLICAÇÃO DO DESIGN BIOFILICO Para um bom projeto de design biofílico, é de extrema importância entender os princípios básicos e aplicar as estratégias corretas dentro dos locais de trabalho, em

função das longas horas de permanência em estado de atenção (BROWING; COOPER, 2017).

Lembrando que o design biofílico não é apenas acrescentar plantas no ambiente interno, aplicar material natural em pequenos espaços sem pensar no resto, não é apenas projetar estratégias isoladas.

As aplicações ponderadas do design biofílico podem criar uma estratégia multiplataforma para desafios familiares tradicionalmente associados ao desempenho dos edifícios, como conforto térmico, acústico, gerenciamento de água e energia, bem como questões de maior escala como asma, biodiversidade e mitigação de inundações. Sabemos que o aumento do fluxo de ar natural pode ajudar a prevenir a síndrome do edifício doente; a iluminação natural pode reduzir os custos com energia em termos de aquecimento e resfriamento; e o aumento da vegetação pode reduzir o material particulado no ar, reduzir o efeito de ilha de calor urbano, melhorar as trocas de infiltração de ar e reduzir os níveis percebidos de poluição sonora. Essas estratégias podem ser implementadas de maneira a obter uma resposta biofílica para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar. (BROWNING; RYAN; CLANCY, 2014, p.19)

Nos estudos realizados por Kellert e Calabrese (2015) surgiu uma série de experiências e atributos para o design biofílico, categorizados em três grupos, sendo eles: experiências diretas com a natureza, experiências indiretas com a natureza e experiências de espaço e lugar. Cada uma delas com seus atributos, sendo, no total, três experiências e vinte e quatro atributos. Para a prática do design biofílico ser eficiente e bem aplicada “requer a adesão aos princípios amplamente observados. Mais importante, o design biofílico nunca se deve ocorrer aos poucos ou desconexão forma conectada, mas sim de uma maneira pela qual as diversas aplicações se reforçam mutuamente e complementam-se. [...]” (KELLERT E CALABRESE, 2015). Isso quer dizer que os atributos das experiências nunca devem ser aplicados aos poucos e sabendo que cada projeto é único, cada um com o seu individualismo e necessidades, tornando-se necessário o estudo para saber quais experiências e atributos irão ser aplicadas no ambiente.

1.2.1 Experiência direta com a natureza

A experiência direta com a natureza remete ao contato direto com o mundo natural, como, plantas, ar, água, luz natural, animais, fogo, clima, paisagens naturais e

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