Enfim...
F
perfil
Eles cresceram junto com as fãs. Hanson prova que tem experiência para fazer Boa Música! pag:
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capa
Will.i.am explica os fatores que o lavaram a criar a formula perfeita para o sucesso mundial de seu grupo, o Black Eyed Peas - são regras e receitas que se aplicam não só á musica pop mas a todo o mercado em torno dela............................................10
coluna pop
Restart ou Replace? Quem saiu do armário? o que bandas dos anos 90 que estão de volta a ativa? são muitas perguntas para a loucura que anda o mundo pop............................................24
entrevista
Jhonny Depp conta com exclusividade detalhes sobre sua amizade com Tim Burton, os papeis que marcaram a sua vida e como se sente em relação ao Chapeleiro Maluco, sem esquecer os planos para os próximos filmes.............................................................
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tecnologia
Sabe o que é realidade aumentada? sabe com funciona e para que serve? Todas as perguntas respondidas e explicadas sobre a nova mania dos publicitarios e a novidade do mundo tecnologico.............................6
moda
Alexander Mcqueen revolucionou a moda e criou conceitos que até hoje são usados. da calça baixa aos sapatos de formas bizarras de Lady Gaga.............................4
games.........................[19] lançamentos do cinema.........................[20] lançamentos de cd’s.....[21] olha a minha banda.....[15] review..........................[22]
séries
Os musicais viraram uma mania entre os jovens, mas pra quem já é crescidinho agora tem GLEE musical em forma de seriado que virou uma mania..............18
brazuka........................[23] falando sério................[14]
azer uma revista não é fácil! E depois dessa experiência pude ter certeza absoluta disso, e também aprendi a dar mais valor as edições que eu acompanho. Desde o inicio, começando por aquela parte do “Qual será o nosso tema?” passando pela: “Qual será a matéria de capa?” para finalmente chegar em “Posso mandar pra Gráfica?” essas são só algumas das milhares de perguntas que pipocaram na minha cabeça durante esse processo de criação. Me orgulho de cada pagina produzida, de cada matéria digitada, de cada foto editada, de cada dor de cabeça e de cada noite mal dormida, realmente demos o nosso melhor e o nosso pior, pois é nesses momentos que percebemos a verdadeira vocação e percebemos quem leva jeito ou não para tal coisa. Acredito que a YEAH! pode ser a chave para abrir muitas portas para uma carreira editorial. Fazer essa primeira e única edição me abriu os olhos e a mente e também pude ver o quanto os editores, designers, jornalistas se esforçam para colocar as minhas revistas favoritas nas bancas, para que eu possa ter aquele momento de paz lendo sobre os meus assuntos favoritos em paginas tão bem feitas. Agora eu sei como é e talvez não seja tanto esforço assim como nós fizemos, pois um grupo de Três pessoas não se compara a uma equipe inteira de vários editores, vários designers e vários jornalistas, mas mesmo assim posso perceber um pouquinho de cada um em cada pagina. A mesma coisa aconteceu aqui na YEAH! cada pagina tem um pouquinho de cada um de nós. E esse foi o conceito número 1 da escolha do tema da revista: Cultura Pop, pura cultura Pop, falar sobre aquilo que nós temos mais facilidade e por isso aqui tem um apanhado atual sobre Tecnologia, Moda, Música e Cinema tudo que adoramos e que lemos em nossas revistas favoritas. As escolhas também não foram fáceis, a base foi “Se eu estivesse na banca procurando uma revista o que me chamaria mais atenção?” ou o que chamaria mais atenção do meu publico alvo, afinal estamos falando de pura cultura pop não é mesmo? O que as pessoas que vivem essa pura cultura pop gostam? O que as pessoas querem ler? Sobre o que elas querem saber? Não é um publico fácil, pois é um publico muito antenado em tudo que acontece no seu meio, mas mesmo assim resolvemos encarar essa, por um momento me pareceu difícil e inviável, mas aí parei para pensar concluí é o produto que nós consumimos a Cultura Pop. Cada matéria foi calculada de acordo com o que gostamos mais, então demos ênfase para a música, pois é o que temos em comum, depois vem moda e tecnologia (ter 2 mulheres e 1 homem no grupo e por isso tivemos que ter os dois temas na mesma proporção) e depois uma matéria de fã, um pouco de humor e mais um pouco de música, cinema, TV e mais música. O projeto gráfico é bem simples, claro e limpo. È um revista para jovens adultos que acabaram de sair das paginas de revistas super coloridas e cheias de informações por todas as margens e agora descansam os olhos com paginas brancas, com poucos detalhes que não dispersam sua atenção, mas com ótimas fotos e matérias que prendem o leitor e faz com que ele vire a pagina procurando por mais simplicidade e mais qualidade. Como já disse alguém em algum lugar no mundo: “O menos é sempre mais.”. Então, para você que está lendo e está prestes a virar a pagina e saber o que tem de bom aqui, eu deixo o meu “Muito Obrigado” e desejo do fundo do meu coração que você goste e que perceba o pouco de cada um de nós aqui nas páginas a seguir. E eu fico com aquele sentimento meio saudosista e meio nostálgico de algo que talvez nem caiba nesse tipo de sentimento, mas mesmo assim ele está aqui presente em mim “Ah! Bem que tudo isso poderia ser de verdade...”. Gabriela Marçal Editora- Chefe
Expediente
YEAH! Publisher
Gabriela Marçal
Editores Priscila Farkas Gabriela Marçal Filipe Gonçalves
Designers Gabriela Marçal Filipe Gonçalves
Jornalistas Melissa (Portrait) MIguel Sokol (Roling Stones) Marcelo La Farina (BlogFonico) Doctor Robert (Wiplash) Marcel Plasse (Pipoca Moderna) Claudio Prandoni (Uol Games) Chris Norris (Roling stones ) Paoula Abou-Jaoude (Portal G1)
Orientação Profª. Gisele Roncon Profª. Soraia Jacob Prof. Alexandre Bocci Prof. Robson
Agradecimentos: Pink Dolls (Leandro T-Bone), Bastardz (Mid), Kiara Rocks, Portal Hanson Brasil (MB e Vold), AACD (Unique Types), Google, UOL, Aline Monteiro, Família, Amigos e a não vida social!
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Moda
ALEXANDER MCQUEEN
SILHUETAS EXTREMAS Algumas das criações mais memoráveis de McQueen eram estranhas, diferentes, bizarras. “Ele não criava apenas moda, ele criava espetáculos. Ele colocou a modelo Sophie Dahl cercada por borboletas, ele usou modelos com o corpo pintado com tinta spray no fim de seus desfiles, ele realmente elevou a moda ao que ela deve ser. Não era só sobre as roupas, era um visual inteiro. O batom, a maquiagem, eram muito proeminentes Algumas de suas criações de inspiração mais gótica dividiram os editores de moda. Os olhos pesados e lábios pintados como os de palhaços foram inspirados no lado mais teatral de McQueen, que chegou a colaborar com a marca de cosméticos MAC para criar linhas de maquiagem. E nenhuma menção à influência de Alexander McQueen estaria completa sem referências aos saltos enormes que colocava nos sapatos que criava. A cantora Lady Gaga conseguiu dançar em um clipe inteiro usando um par dos sapatos Armadillo de McQueen, que têm salto de 12 centímetros e lembram garras de lagostas. Suas silhuetas adicionaram uma sensação de fantasia, rebelião e vanguarda na moda.
Por: Priscila Farkas “Contemporâneo é aquele que mantém fixo seu olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro. Todos os tempos são, para quem deles experimenta contemporaneidade, obscuros. Contemporâneo é justamente aquele que sabe ver essa obscuridade, que é capaz de escrever mergulhando a pena nas trevas do presente.” Giorgio Agamben, filósofo italiano. E assim se vai Alexander McQueen. Deixando incrível legado. Rebeldia, contestação, inconformismo. Talento, técnica, transgressão. Encontrado morto em sua casa em Londres, o estilista inglês era um ícone de sua geração. Deprimido com a morte de sua adorada mãe, e talvez inspirado pelo próprio suicídio da mentora Isabela Blow, McQueen seguiu este mesmo triste caminho. Filho de um motorista de táxi, McQueen aprendeu seu ofício com os mestres alfaiates de Savile Row, daí seu extremo domínio de corte, acabamento e silhueta. Alfaitaria, punk, militarismo, natureza compõem o vocabulário único de seu estilo. Exímio criador de imagens, fez vestidos que logo alcançaram status de obras de arte, mostrados em apresentações que, temporada após temporada, sempre deixavam os fashionistas ansiosos, excitados e, quase sempre, em êxtase. Das calças de cintura extremamente baixa aos cachecóis com estampa de caveira, dos sapatos extremos ao corte perfeito, o estilista britânico era o favorito do mundo da moda. Mas, qual foi exatamente sua contribuição? Celebrado na indústria do estilo e entre os que observam de perto as tendências da moda, a contribuição de McQueen poderia passar despercebida para os leigos. Mas muitos dos modismos das últimas duas décadas foram influenciados por ele. Confira na proxima página seis tendências lançadas por McQueen no cenário da moda mundial.
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DESFILES TEATRAIS Gaiolas, borboletas, asas de penas, enormes
saltos e até mesmo uma passarela com água, McQueen trouxe drama e teatralidade para o mundo dos desfiles. McQueen usou novas tecnologias e inovações para dar um toque diferente aos desfiles. Em 2006, ele projetou um holograma da modelo Kate Moss na passarela. Ele também transmitiu seus desfiles ao vivo pela internet. Outros desfiles tiveram uma passarela em chamas e uma tempestade de neve.
ESTAMPAS DE CAVEIRA Um tema recorrente que McQueen transportou da passarela para as lojas do mundo foi a caveira. O cachecol que era sua marca registrada se tornou um item adorado por celebridades. É um cachecol que foi copiado por todo mundo. A bolsa de mão com caveiras é outro acessório com o mesmo tema que gerou várias cópias e falsificações.
ALFAIATARIA McQueen começou a carreira como aprendiz na Savile Row – a rua londrina que é centro da alfaiataria masculina britânica. Foi uma base que lhe deu a reputação de ser um especialista em criar um visual de alfaiataria perfeito no mundo da moda. Ele era extremamente inteligente na hora de cortar roupas Ele também criou roupas muito belas e usáveis como o terno de corte perfeito, as saias lápis, as belas estampas nas coleções de primavera e verão.”
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Tecnologia
Realidade
Aumentada Coisa de Cinema ou Ficção Científica? Por: Filipe Gonçalves
É impossível que objetos reais interajam com objetos virtuais, ou vice-versa, certo? Errado! Dê as boas vindas a uma tecnologia que já começou a revolucionar a maneira como o ser humano interage com as máquinas (e as máquinas com o ser humano): a Realidade Aumentada, ou (RA). Não se preocupe: ainda estamos longe de acontecimentos como os ilustrados em filmes como Matrix e Exterminador do Futuro, se é que eles serão possíveis algum dia. No momento, as máquinas estão ganhando mais “personalidade”, mas isso só significa que elas estão cada vez mais cordiais e responsivas às ações humanas. De uma forma simples, Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite que o mundo virtual seja misturado ao real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão na maneira como nós executamos tarefas, ou mesmo as que nós incumbimos às máquinas. Assim, se você pensava que objetos pulando para fora da tela eram elementos de filmes de ficção científica, está na hora de mudar seus conceitos. Aliás, o que acontece com a Realidade Aumentada é o contrário: você pulará para dentro do mundo virtual para interagir com objetos que só estão limitados à sua imaginação.
De onde veio isso?
Resumidamente, a Realidade Aumentada teve sua origem em algo muito simples: etiquetas. Os códigos de barras não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura. Por isso, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitiam o armazenamento de muito mais informação do que
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os códigos de barras. O que isso tem a ver com a Realidade Aumentada? Tudo!
Os códigos bidimensionais são justamente os responsáveis pela possibilidade de projetar objetos virtuais em uma filmagem do mundo real, melhorando as informações exibidas, expandindo as fronteiras da interatividade e até possibilitando que novas tecnologias sejam utilizadas, bem como as atuais se tornem mais precisas. A Realidade Aumentada é utilizada combinando-se um código de duas dimensões com um programa de computador.
Como funciona?
Três componentes básicos são necessários para a existência da Realidade Aumentada: 1. Objeto real com algum tipo de marca de referência, que possibilite a interpretação e criação do objeto virtual; 2. Câmera ou dispositivo capaz de transmitir a imagem do objeto real; 3. Software capaz de interpretar o sinal transmitido pela câmera ou dispositivo.
O processo de formação do objeto virtual é o seguinte: 1. Coloca-se o objeto real em frente à câmera, para que ela capte a imagem e transmita ao equipamento que fará a interpretação. 2. A câmera “enxerga” o objeto e manda as imagens, em tempo real, para o software que gerará o objeto virtual. 3. O software já estará programado para retornar determinado objeto virtual, dependendo do objeto real que for mostrado à câmera. 4. O dispositivo de saída (que pode ser uma televisão ou monitor de computador) exibe o objeto virtual em sobreposição ao real, como se ambos fossem uma coisa só.
Diferentes tipos, para diferentes aplicações
A Realidade Aumentada não está restrita a uma única forma de realização. É possível utilizála tanto com imagens impressas, para geração de objetos — interativos ou não —, bem como sem qualquer tipo de objeto pré-definido
Aplicações
A Realidade Aumentada não tem limite de aplicações. Ela pode ser usada no entretenimento, para criação de jogos muito mais interativos do que os já existentes; melhoria de processos da medicina, como cirurgias remotas, nas quais o médico pode estar a quilômetros de distância do paciente; indústria automobilística, facilitando a manutenção do carro pelo próprio dono, através de manuais de instrução interativos; além de milhares de outras alternativas que provavelmente ainda veremos serem criadas.
Você deve se lembrar dos “tamagochis”, ou bichinhos virtuais, como também eram chamados. Os pequenos aparelhos fizeram a cabeça de milhões de adolescentes nos anos 1990. Depois de pouco tempo, eles simplesmente desapareceram sem dar lugar a um sucessor. Mas os fãs desse tipo de brinquedo podem esperar um novo lançamento. A Sony, gigante do mundo dos eletrônicos e do entretenimento, tem o lançamento de um bicho virtual chamado EyePet, ainda para o ano de 2009. Os donos de PlayStation devem conhecer o produto EyeToy, que é uma câmera que possibilita maior interatividade do jogador com o mundo virtual criado pelo console. O EyePet utilizará tecnologia de Realidade Aumentada para projetar um pequeno macaco na tela da televisão. Não há como descrever o tamanho da novidade, pois as imagens são simplesmente incríveis Existe um desenho animado chamado “YuGi-Oh”, no qual jogadores utilizam cartas para criar hologramas de monstros e fazê-los entrar em combate em um jogo extremamente competitivo. No PlayStation, temos o Eye of Judgement, um jogo no estilo “trading cards”, no qual os jogadores utilizam cartas com personagens que possuem atributos, poderes mágicos, habilidades de luta e outros. Com a câmera EyeToy, os jogadores não precisarão mais ficar só na imaginação, pois os personagens serão exibidos na tela da televisão e as batalhas ganharão vida! A Realidade Aumentada também terá aplicações em dispositivos móveis. No caso dos bichos virtuais, o iPhone, da Apple, também terá uma versão chamada “Arf”. Trata-se de um cachorrinho que responderá a atitudes do dono, de uma forma parecida com a do EyePet, porém com certas limitações. O Arf, ainda não tem previsão de lançamento, pois a Apple ainda não tem uma plataforma para o iPhone que possibilite o funcionamento da tecnologia. A publicidade já demonstra muito interesse pela tecnologia de Realidade Aumentada. Em um exemplo, podemos citar a campanha dos salgadinhos Doritos, que agora possuem em
suas embalagens imagens aparentemente sem nenhum sentido, mas que quando mostradas para a sua webcam, dentro do site da promoção, fazem com que um personagem fã de Doritos salte para fora da embalagem e comece a aprontar. Os personagens podem até interagir entre si, através da sua rede de amigos no Orkut.Mas não pense que somente a indústria do entretenimento ganhará com o aperfeiçoamento da tecnologia de Realidade Aumentada. Em um próximo estágio no desenvolvimento da tecnologia, outras indústrias, e até mesmo o comércio, poderão tirar vantagem das facilidades da RA. Se você estiver em uma loja qualquer, por exemplo, e uma pessoa passar do lado de fora, a vitrine poderá mostrar o modelo, o preço e os tamanhos disponíveis da roupa que a pessoa estiver vestindo.
Quer testar?
Se você possui uma webcam, por mais velha que seja, ela é capaz de produzir sinais que podem ser interpretados por programas específicos, para que a imagem que aparece no monitor seja modificada e objetos sejam adicionados à ela. Já existem vários serviços online que permitem que você, usuário, tenha uma ideia da capacidade revolucionária da Realidade Aumentada.
Aplicações Futuras
Expansão de telas de computador para um ambiente real: janelas de programas e ícones se tornam dispositivos virtuais num espaço real e podem ser operados por gestos ou pelo olho. Um único mostrador pessoal (como óculos), poderia simular uma centena de monitores convencionais de computador ou janelas de aplicação ao redor do usuário concomitantemente. Dispositivos virtuais de todos os tipos: substituição das telas e monitores tradicionais, painéis de controle, e aplicações completamente novas (algo impossível em um hardware “real”), como objetos 3D que alteram suas formas e aparências de forma interativa baseados na tarefa ou necessidade atual do usuário. Aplicações de media aprimoradas, como telas
virtuais pseudo-holográficas, cinema surround virtual, “holodecks” (como em Star Trek), permitindo imagens criadas por computadores interagir com sujeitos reais e platéias.
Conferências virtuais.
Substituição de telas de navegação em carros e aparelhos celulares: discagem através do movimento dos olhos, inserção de informação diretamente no ambiente, como linhas guia diretamente na pista bem como aprimoramentos como vistas em Raio-X. Plantas virtuais, papéis de parede, vistas panorâmicas, decorações, trabalhos artísticos e iluminação, melhorando a vida cotidiana. Por exemplo, uma janela virtual poderia ser disposta em uma parede comum, mostrando a tomada de uma câmera situada no exterior da construção. Com uma entrada de sistemas de RA no mercado de massas, poderemos ver janelas virtuais, posters, sinais de trânsito, decorações natalinas, torres de publicidade e muito mais. Tais elementos devem ser completamente interativos, mesmo à distância, como por um “apontar dos olhos”, por exemplo. Dispositivos e aparelhos virtuais se tornam possíveis. Qualquer aparelho físico produzido para auxiliar em tarefas orientadas por dados (como relógios, computadores e aparelhos de som, outdoors eletrônicos), poderiam ser alteradas por dispositivos virtuais que não custariam nada para serem produzidos exceto pelo custo de produção do software. Um relógio de parede virtual ou uma lista de coisas a serem feitas no seu dia “projetada” na cabeceira da sua cama são simples exemplos. Alimentação de grupos específicos de RA “inseríveis”, como um gerente num site de construção que poderia criar e alocar instruções específicas incluindo diagramas de localização no site. Os trabalhadores poderiam ter acesso a estas “alimentações de dados” de elementos de RA enquanto trabalham. Outro exemplo poderia ser patrocinadores, num evento público, inserindo dados de orientação e informação orientados por RA. Y!
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Entrevista
Johnny Depp fala sobre a parceria com Tim Burton ‘Fico com medo de desapontá-lo’. Colaboração entre os dois começou em ‘Edward Mãos-de-tesoura’ de 1990. Agora o ator é destaque em ‘Alice’. Por: Paoula Abou-Jaoude (Portal G1)
Y!: Quando você leu o livro pela primeira vez? JD: Lembro de ter lido uma versão condensada, provavelmente quando tinha cinco ou seis anos, e depois nunca mais li. Até alguns anos atrás. Neste ínterim, o que achei interessante é que os personagens ainda têm uma certa ressonância, eles ainda são interessantes e sobreviveram o passar do tempo. Ironicamente, eu tinha acabado de ler as duas partes de “Alice” quando Tim me ligou para falar sobre o projeto. Qual o significado dessa história para você? Lembro de ter marcado e sublinhado todos esses incríveis trechos da história. O livro estava todo deformado quando eu terminei. Foram tantos achados, pequenas intrigas e incríveis aperitivos deixados por Lewis Carroll que o meu livro ficou torto. Além de poder usar toda a imaginação, eu ia descobrindo essas rimas enigmáticas, como ‘por que um corvo se parece com uma escrivaninha?’. Eu achei o livro tão fascinante que poderia lê-lo novamente e provavelmente encontrar cem novas coisas que me passaram despercebidas da primeira vez. O Chapeleiro Maluco tem os seus altos e
Johnny Depp como o Chapeleiro Maluco de “Alice no país das maravilhas” de Tim Burton (Foto: Divulgação)
Vinte anos depois da primeira colaboração, em “Edward Mãos-de-tesoura”, Johnny Deep e o diretor Tim Burton continuam amigos dentro e fora do set de filmagens. Escolha fácil para cada nova ideia mirabolante do diretor, Depp confessa, no entanto, que ainda se sente “nervoso” sempre que embarca em um projeto de Burton. “De uma maneira totalmente esquisita, fico com medo da possibilidade de que poderei desapontá-lo. Felizmente, acho que até o momento isso nunca aconteceu”, diz o ator que desta vez encarna o Chapeleiro Maluco, uma das melhores coisas da versão de Burton para o clássico infantil “Alice no país das maravilhas”. A Yeah! participou de uma entrevista em Los Angeles com o ator. Confira a seguir os melhores trechos.
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perguntas feitas pelos meus filhos. Meus filhos me acalmaram 100%. Você já desceu até o fundo da toca do coelho? Bem, todos nós algum dia descemos ao fundo da toca do coelho em algum momento de nossas vidas. Tive a sorte de descer bem, mas bem cedo em minha vida. E agora esse buraco é diferente por causa dos meus filhos e da minha família. Estou sempre alerta para enxergar este buraco antes, para que eles não caiam nele. Como foi trabalhar diante de uma tela verde? Sempre gostei desse tipo de desafio. Ao trabalhar com outros atores, há momentos em que você tem que ficar bem focado no outro, essencialmente nos olhos daquela pessoa, e certamente eles estão te dando algo em troca, fazendo metade do seu trabalho, pois, em vez de atuar, você está reagindo a eles. Agora, quando se trabalha num ambiente que é potencialmente tão absurdo e tão ridículo, um outro tipo de reação acontece. Se estou fazendo uma cena em que literalmente preciso olhar para uma bola de tênis verde, algo totalmente ao contrário e dife-
Johnny Deep e Tim Burton
baixos emocionais. Como você lida com a sua própria variação de humor? Com forte medicação! (risos). Não, falando sério, você apenas tenta fazer o melhor. Mas eu posso dizer que, pessoalmente, em termos de variação de humor, eu sou muito mais calmo e tranquilo agora do que era alguns anos atrás. E isso tudo porque sou um pai de família agora. Muito dessa serenidade tem a ver com o fato de precisar responder o máximo de dúvidas ou
rente, mas nem por isso menos interessante, vai acontecer. Eu sempre levei na boa esse tipo de trabalho, mesmo estando dentro de um estúdio gigante, rodeado dessa cor verde horrível e com atores querendo vomitar no final do dia. Tive uma experiência agradável porque toda essa esquisitice acabou me ajudando e dando uma outra dimensão para a minha performance como o Chapeleiro Maluco. Justamente porque tudo era muito bizarro (risos).
Essa é sua sétima colaboração com Tim Burton. Como acha que o relacionamento amadureceu ao longo desses 20 anos? Em termos do processo de trabalho num set de filmagem, não mudou nada. Continua o mesmo. O atalho que construímos ao criar uma linguagem obtusa, que só nós somos capazes de falar, ainda está lá, intacto, como no tempo de “Edward Mãos-de-tesoura”. Mas é claro que em 20 anos trabalhando tão próximos a gente começou a se conhecer melhor. E, de uma maneira totalmente esquisita, acho que, como ator, fico um pouco nervoso cada vez que embarco num novo projeto dele. Fico com medo da possibilidade de que poderei desapontá-lo. Felizmente, acho que até o momento isso nunca aconteceu. Como você se envolveu com o filme “The tourist”? Foi um convite que surgiu do nada, mas gostei muito do filme do Florian (Henckel von Donnersmarck), o “A vida dos outros”. Também nunca tinha me encontrado antes com a Angelina Jolie. Então nós três nos encontramos e conversamos. Eu achei a Angelina uma mulher cheia de predicados, séria a respeito do que faz, que ama o marido e os filhos. Fiquei muito impressionado com ela. E a historia do filme também me pegou, porque tem um jeito parecido com os filmes de Hitchcock que a gente não vê mais. Outra coisa é que eu não estava sendo fotografado o suficiente pelos paparazzi (risos), então achei que seria legal eu ficar saindo com o Brad e a Angelina em Veneza (risos). E o documentário sobre o Keith Richards. Você ainda tem planos para dirigi-lo? O documentário sobre o Keith surgiu do fato de passarmos muito tempo juntos ao longo dos anos. Toda vez que ele não estava em turnê, ou eu não estava filmando, a gente acabava se sencontrando na suíte do hotel dele, em minha casa ou na casa dele em Nova York, sempre conversando sobre essas incríveis histórias, que nunca foram faladas em público. Então sugeri que poderíamos tentar um documentário, e ele meio que disse que sim. Por vários anos, ele sempre meio que disse que sim, ou talvez, ou um vamos ver. Até que um dia deu a bênção final. É uma coisa que estamos fazendo juntos. Rodamos uma série de entrevistas por cinco dias, o que considero uma primeira parte do projeto. Vamos nos reunir, ver o material que temos e o que podemos aproveitar disso. Na verdade, não tem muita direção minha. Foi só ajeitar a câmera e captar o que Keith tinha a dizer. Y!
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Black Eyed Peas do Twitter, ou com Chad Hurley, do YouTube, e lhes dá ideias para os negócios”, diz Ron Conway, lendário investidor do Vale do Silício, que foi um dos primeiros a colocar dinheiro em empreitadas como o Google, o PayPal - e mais recentemente, a plataforma de mídia social do próprio, a Dipdive, que é mais ou menos uma cruza entre Facebook e Hulu (mas que no momento parece existir principalmente para promover o Black Eyed Peas). “As corporações usam palavras como ‘cloud computing’ [computação em nuvem] e ‘data cloud’ [nuvem de dados]”, diz Will. “Esta coisa com a qual nos comunicamos está nas nuvens, em uma faixa de banda minúscula que pouquíssimas pessoas controlam.” Will pretende ser uma dessas pessoas. Com o Dipdive, ele planeja construir um sistema de distribuição completo - da voz do cantor ao fone de ouvido do ouvinte. Com a seleção de artistas de várias áreas, com base em um critério de “bacaneza”, Will.i.am diz que a plataforma de mídia social filtrada e curada do Dipdive vai unir milhões de “parceiros” e exercer um papel que se localiza em algum ponto entre agência de propaganda, gravadora, rede de rádio e TV. “Isto vai acontecer em 2013”, diz Will.i.am. “O maior artista vai fazer tudo: tocar, produzir, remixar e distribuir a música. O próximo Jimi Hendrix ou John Coltrane vai tocar o sistema todo. Ele aparecerá até 2013.”
A Ciência da Dominação POP Global. Por: Chris Norris (Rolling Stone Brasil)
Will.i.am explica as fórmulas e as regras que levam o Black Eyed Peas ao Sucesso.
Há vários anos, um importante cidadão dos Estados Unidos compartilhou seu sonho de que um dia as crianças da nação poderiam viver como irmãs, que a justiça e a liberdade se espalhariam e que um homem de 35 anos com calça de couro e botas cintilantes poderia liderar 73 mil texanos que cantariam a uma só voz: “Whatcha gonna do with all that junk/all that junk inside your trunk?” (o que você vai fazer com tanta porcaria/toda essa porcaria no traseiro?). Esse dia acontece, agora, no Reliant Park, em Houston, que pulsa com as luzes, os sons e os cheiros da 78ª Feira de Animais e Rodeio de Houston, um evento anual que já contou com shows de gigantes que vão de Elvis Presley a Miley Cyrus. A banda principal da noite hoje é o Black Eyed Peas. No meio de seu primeiro enorme sucesso, “My Humps”, de 2005, a vocalista Fergie desfila pela passarela do palco com um macacão metálico coladinho no corpo, parecida com o andróide esguio de Metrópolis, de Fritz Lang, mas com cabelo e com as “humps” (protuberâncias) do título da canção. “Eu deixo esses manos loucos”, ela entoa enquanto os colegas de palco Apl.de.ap e Taboo fazem pose. “Faço isso todo dia.” Quando a cantoria retorna, oito telas de vídeo gigantes exibem o sorriso amplo, enigmático e emoldurado por uma barbicha do autor da canção e mestre do Peas, Will.i.am, que faz uma pausa para agradecer aos seguidores do grupo: “Houston, nós agradecemos vocês do fundo
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do coração e das profundezas da alma. Em 2005, nós lançamos um álbum chamado Monkey Business”, ele diz, então dá nome a duas lojas que levaram o trabalho a vender 10 milhões de cópias: “Tower Records e Virgin. Elas não existem mais”. A multidão ruge. “No ano passado, nós lançamos nosso disco mais recente, e é por causa de vocês que vendeu...” O maior rodeio dos Estados Unidos é só mais um dos últimos dominós a cair na campanha global de Will.i.am para construir a marca musical mais onipresente do planeta. Nos 15 anos que se passaram desde que ele formou o grupo, Will.i.am deu a volta ao mundo uma dúzia de vezes, vendeu 27 milhões de álbuns e fez propaganda para a Apple, a Pepsi, a Target (loja de departamentos), a Verizon (operadora de celular) e o presidente dos Estados Unidos. “Ele é uma verdadeira força”, diz Bono, que convocou Will.i.am para trabalhar no álbum de 2009 do U2, No Line on the Horizon. “Ele tem as maiores canções da Terra neste momento, ele é o espírito mais maravilhoso de se estar por perto, e ele se interessa pelo macro e também pelo micro.” Na verdade, a visão dele é tão macro que ele é diferente de praticamente todos os músicos que o precederam. Para Will. i.am, canções não são obras de arte discretas, mas sim aplicações multiuso - singles de sucesso, jingles para anúncios, trailers de cinema - que servem a um objetivo maior do que o consumo musical.
Do ponto de vista criativo, ele não faz diferença entre compor rimas e traçar planos de negócios, animar arenas ou fazer uma apresentação em PowerPoint, ou produzir - álbuns e plataformas de mídia, sendo que tudo isso entra no esquema de uma missão visionária de reunir a maior audiência possível ao longo do alcance mais amplo imaginável. Quando conversa, ele tem a tendência de fazer pronunciamentos paradoxais que, assim como suas músicas, geralmente vão da idiotice ao brilhantismo quando são escutados repetidamente. Uma viagem pela mente de Will.i.am segue uma trilha cheia de curvas, mas, se você prestar atenção, alguns temas vêm à tona... MÚSICA QUE FUNCIONA EM QUADRADOS No backstage em Houston, Will.i.am tirou a fantasia e vestiu roupas comuns: uma camisa preta com jeito de Jedi, com gola em forma de xale; calça com cintura abaixo do quadril e ar punk; e uma bolsa a tiracolo feita de anéis de lata de refrigerante reciclados. Enquanto dançarinos, empresários e colegas de banda batem papo atrás dele, Will.i.am começa a digerir a música e o comércio em partículas subatômicas. “Tem a ver com frequência, moeda corrente”, ele diz. “As palavras ‘corrente’ e ‘frequente’ - o que significam? Tempo. Se corrente também tem a ver com algo que se pode gastar, isso significa que é fluido - uma corrente. Se no momento estou
Ap.de.Ap, Will.i.am, Fergie e Taboo, formam o Black Eyed Peas. fazendo uma coisa e continuo a fazer, estou fazendo com frequência. E se eu mudar minha frequência para ser positivo, atraio corrente.” Will.i.am fala rápido, chega um pouco perto demais e mantém os olhos arregalados fixos nos seus como um boxeador que encurrala o adversário em um canto e fica encarando para deixar o sujeito louco. “Cada vez que a música foi lançada em círculos, foi bem-sucedida”, ele diz. “Quando os discos foram lançados, havia os de 45 rotações, depois foram os de 33, e depois os compactos de 12 polegadas - todos múltiplos de três, todos círculos. Assim que saíram os toca-fitas e o eight-track, quadrado, não deu certo. Uma fita cassete é retangular, não deu certo. O CD saiu, o maior sucesso. Os iPods e os laptops colocam a música em retângulos não funciona, não dá para monetizar. É preciso descobrir como fazer funcionar no quadrado.” Depois de atender a um telefonema do presidente da Interscope, Jimmy Iovine, Will.i.am retorna e faz um rápido resumo da conversa deles. “’Ei, Will, aqui é o’”, ele diz com o sotaque rouco do Brooklyn de Iovine. “Blá-blá-blá, parabéns, blá-blá-blá, o maior sucesso, blá-blá-blá, vai mudar tudo, blá-bláblá, um bilhão.” “Um bilhão?”, Will.i.am
pergunta. “Um bilhão?”, Iovine responde. “É”, diz Will.i.am. “Ok”, diz Iovine. “Tchau.” Will poderia ser facilmente um comediante que faz stand-up, com sua risada contagiante e suas imitações acertadíssimas de qualquer pessoa, de executivos da propaganda a malucos australianos, passando por Michael Jackson, todos integrantes de um círculo de convivência que agora inclui Bono, Quincy Jones, Oprah, Hugh Jackman, Diddy, um fundador do YouTube, Prince, o CEO da BlackBerry e tão exato quanto a certeza matemática - Kevin Bacon. Diferentemente da maior parte dos fãs, Will.i.am ficou sabendo da morte de Jackson em Los Angeles não pela CNN, mas pelas 20 mensagens de texto que ele recebeu enquanto fazia uma apresentação como DJ em Paris. CONTROLE A NUVEM Ao mesmo tempo que os créditos de produção de Will.i.am parecem mais uma lista de execução no shuffle - Nas, Sergio Mendes, Celine Dion, Rolling Stones -, sua influência agora se estende às salas de reunião da Black Berry, do YouTube e de outras empresas que consideram o MC como um visionário da tecnologia. “Ele se reúne com Evan Williams,
QUEM DESVENDAR A DANCE MUSIC VENCERÁ Em teoria, o Black Eyed Peas parece ser a pior banda que se pode imaginar: um líder esperto, um dançarino/ lutador de artes marciais, um MC filipino que aprendeu inglês aos 14 anos e uma roqueira que já foi viciada em metadona. Como um verdadeiro visionário, Will transformou todos esses déficits em um plano para a dominação global. “Eu vou ao Brasil e acham que eu sou brasileiro”, ele diz. “Eu vou ao Panamá e acham que eu sou panamenho, porque falo espanhol.” Na Suécia? “O pessoal gosta da Fergie. Então a gente a coloca na frente. NaAmérica do Sul? Taboo, você entra na frente, seja latino! No Sudeste Asiático? Apl, vá lá! Fale filipino!” Em 2008, Will.i.am descobriu o segredo final para conquistar a audiência global. Ele estava na Austrália filmando um papel de coadjuvante como o mutante John Wraith, que pratica o teletransporte, no filme X-Men Origens: Wolverine quando teve um daqueles vislumbres em que percebe o erro das certezas: depois de pedir a alguns amigos que o levassem a uma casa noturna de hip-hop, ele ouviu a seguinte resposta: “O hip-hop morreu, cara. Eletro!” Ele retornou aos Estados Unidos possuído. “Voltei berrando: ‘Dance music, Jimmy [Iovine], dance music! Quem desvendar a dance music sai vencedor.’” Will abordou The E.N.D.
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Black Eyed Peas menos como álbum e mais como set de DJ e até contratou o próprio superstar dos DJs, o francês David Guetta, para produzir o segundo single, “I Gotta Feeling”. “A única razão que vejo para fazer um álbum é ocupar uma hora com um clima”, Will diz. “Se eu for médico e você disser: ‘Eu só quero dançar’, é isso que eu prescrevo.” Assim, 15 faixas em midtempo, leves em matéria cinzenta e pesadas em boas vibrações. A respeito dos críticos que impugnam sua simplicidade, a banda diz que essa gente não está usando The E.N.D. de acordo com as recomendações. “O objetivo é o escapismo”, diz Fergie. “Nós queríamos especificamente que as pessoas se esquecessem dos problemas, do dinheiro, do desemprego, dos problemas em casa.” ADAPTE AS FAIXA A USOS DIFERENTES Para Will.i.am, canções são entidades fluidas e que flutuam livremente, que funcionam em diversas frequências. Em algumas dessas frequências - como propagandas repetidas muitas vezes - essa função apresenta a tendência de chamar dinheiro. E muito. Há quase uma década, o Black Eyed Peas vem aperfeiçoando um estilo musical que funciona sem percalços para comerciais. Em 2003, eles relançaram a faixa “Let’s Get Retarded”, que havia tido uma performance modesta, como o tema da NBA, “Let’s Get It Started”. Naquele mesmo ano, a banda explodiu nos Estados Unidos, em grande parte graças ao uso de “Hey Mama” pela Apple em um comercial do iPod. Em 2009, “I Gotta Feeling” estreou meses antes do lançamento oficial como canção-tema das estreias de verão no horário nobre da rede de TV CBS - e isso foi apenas o início. O grupo se apresentou na frente do estúdio de Oprah Winfrey, depois tocou no tradicional especial de Réveillon Dick Clark’s New Year’s Rockin’ Eve, no fim de semana do Super Bowl, no Grammy e fez um show em Times Square, gravado pela empresa de James Cameron, para ser lançado como filme em 3D. Em 2010, o mundo já era o Planeta Pea. Há dois anos, Prince convidou Will.i.am para acompanhá-lo a um show, em Las Vegas. Will perguntou se podia levar junto um cantor e compositor com quem estava trabalhando Michael Jackson, que, segundo Will, estava brigado com Prince desde 1983, por causa de um desentendimento em um show de James Brown. Jackson foi. “Eu contei para Quincy, e ele disse: ‘Não acredito que você conseguiu fazer Mike ir’”, conta Will.i.am. Claro que conectar mundos pode ser uma maravilha para o conector. Em um comercial para a Pepsi em 2009, Will.i.am fez um rap por cima de “Forever Young”, de Bob Dylan, enquanto uma montagem digital o marcava como o sucessor do maior compositor do rock. Um ano antes, ele pegou um trecho da fala clara de Barack Obama, adicionou acordes de
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guitarra tocados pelo ator Bryan Greenberg, filmou uma lista de amigos que incluía Scarlett Johansson e Kareem Abdul-Jabbar, e lançou um vídeo - assistido 26 milhões de vezes que ajudou a colocar o senador negro de um mandato na Casa Branca. Yes We Can, o vídeo, também não feriu o perfil de Will.i.am exatamente, transformando- o no compositor dos Estados Unidos 2.0. VENDA AO SEU PÚBLICO E VENDA O SEU PÚBLICO As visões nada ortodoxas de Will em relação à mistura de arte e comércio - algo um tanto radical, mesmo para o hip-hop - deriva de uma perspectiva de olhar as coisas de fora, que ele tem desde a infância. Ele cresceu em bairros populares cheios de mexicanos, a leste de Los Angeles, e pegava o ônibus todos os dias para uma escola na próspera Pacific Palisades. Para sobreviver, ele precisou aprender a ser um camaleão. “Por ser negro em um bairro totalmente mexicano, que estudava em uma escola totalmente branca, eu não dou a mínima para o que ninguém diz”, Will conta. “Existe uma razão para eu ser quem sou, a minha criação e o meu condicionamento. ‘Por que você se vestia assim, mano?’”, ele diz, incorporando um vizinho latino. “Daí eu ia à escola com Brett e Brent”, ele diz, transformando-se em garoto branco. “’Hey, William.’ Hoje as pessoas falam, tipo: ‘De onde você é? De Londres?’”, ele conta. “’Não. Isso é uma mistura do sotaque do leste de Los Angeles e dos garotos brancos.’” Dançarino de break no começo, Will passou para a atividade de MC quando estava no ensino médio e formou o grupo de hip-hop Atban Klann, inspirado pelo De La Soul, com os colegas Apl.de.ap e Taboo, que também eram dançarinos de break transformados em MCs.
“MC Hammer abriu a porta para todos nós. Sem Hammer, não haveria Puffy, não haveria Will.i.am.” Will conseguiu seu primeiro contrato com gravadora em 1992, quando venceu uma batalha de freestyle em Hollywood contra Twista, o MC de Chicago que tocaria fogo em “Slow Jamz”, dele e Kanye West, e que uma vez entrou no livro Guinness World Records por sua velocidade. Como ele matou esse dragão? Will.i.am responde: “O meu negócio era o seguinte: eu faço o que você está fazendo melhor do que
você”. Ao seguir exatamente essa estratégia, Will.i.am construiu um Black Eyed Peas que dá conta do recado: animação bombada, espetáculo estonteante e mensagem pacífica, amorosa e inofensiva. Acontece que essas são as exatas qualidades que as agências de propaganda buscam para vender praticamente qualquer coisa - fato que confundiu as fronteiras entre canção e anúncio na medida em que a fama da banda continuou a crescer. A faixa roqueira de The E.N.D., “Now Generation”, por exemplo, não tem apenas semelhança de título com um jingle da Pepsi, também soa como um: é uma declaração desafiadora de jovens consumidores unidos pelo gosto pelo novo.
“Nós queríamos especificamente que as pessoas se esquecessem dos problemas, do dinheiro, do desemprego, dos problemas em casa.” diz Fergie O fato de que Will também é artista patrocinado pela Pepsi deixa as coisas ainda mais nebulosas. Será que o Black Eyed Peas faz músicas? Ou jingles? Para Will, a questão em si já ficou no século 20. “Desde a década de 1960, tem sido tabu as bandas treparem com marcas, como se devessem só vender música”, ele diz. “Mas a música nunca foi um produto. Quando se tocava em um bar, a música atraía as pessoas para vender ingresso e bebidas. A primeira indústria da música foi a de edição, porque vendiam as partituras.” Beethoven? Verdi? “Eles vendiam agregação, a capacidade de reunir pessoas em uma sala de concerto.” GANGSTAS DE VERDADE NÃO FAZEM RAP Até os 14 anos, William James Adams Jr. era um garoto inteligente e obcecado por música, que usava os ternos impostos pela mãe e tinha cabelo black-power. Quando isso foi censurado na 9ª série, ele escolheu o estilo coladinho na cabeça que usa hoje, o gumby, que complementava perfeitamente o conjunto de calça saruel que ele usou para ir assistir a seu primeiro show: uma apresentação na Califórnia em 1989, de um homem que ela ainda chama de inspiração. “As pessoas vão cagar em cima de
mim por dizer isso, mas é a porra da verdade: “MC Hammer abriu a porta para todos nós. Sem Hammer, não haveria Puff y, não haveria Will.i.am.” Mas ele deve aos fundadores do rap gangsta na mesma medida. O primeiro contrato da Atban Klann foi com a gravadora Ruthless, fundada por Eazy-E, do N.W.A. Apesar de a morte de Eazy, em 1995, por causa de aids, ter descarrilado o projeto, o gangsta rapper confirmou uma coisa que Will já sabia. “Eu sou de uma porra de um conjunto habitacional popular, e os negões de verdade estão por aí fazendo merda”, ele diz. “Eles é que dão as ordens, não têm tempo de ficar fazendo rima. São os soldadinhos que querem ser iguais àquele cara: esses é que são os rappers gangsters.” SEMPRE ESCUTE AS MOÇAS Pouco depois de entrar em uma festa pósshow do Black Eyed Peas em um clube de Houston em que só se entra com o nome na lista, Will.i.am diz que a vibe está fraca, deixa alguns bêbados fazerem fotos suas com câmeras digitais com flash e some dentro de um carro que está a sua espera. Seu destino é uma festa pós-festa em que ele vai tocar como DJ e promete “underground de verdade”. Durante o trajeto até o local, Will pergunta ao promoter do clube o tipo de música de que os frequentadores gostam. “Ah, eles vão gostar de qualquer coisa que você tocar... Top 40, hiphop, dance”, diz o jovem fulano branco, cuja namorada o interrompe e diz: “Eletro”. “Sempre escute as moças”, Will.i.am diz mais tarde, um teorema que acompanha o corolário “prenda o fã de 14 anos”. “Por quê? Porque eu me apaixonei pela música quando tinha 14 anos, e ninguém podia me falar nada - eu achava que sabia o que estava acontecendo. Construí minha personalidade em cima da música que eu ouvia aos 14 anos.” Minutos depois, entre luzes piscantes e batidas insistentes, Will instala um MacBook e uma interface retangular com alavancas e botões iluminados. Enquanto a multidão berra, ele coloca um par de fones de ouvido cor de laranja e pega um microfone. “Yo, Houuuuuuuston!”, ele incita, desencadeando um acorde de sintetizador orquestral e cheio de drama de um disco de David Guetta. “Todo mundo está pronto para arrasar?” Ele faz um trejeito com a mão e coloca para tocar uma batida tecno intensa, então dá início a uma performance ao vivo de rap, canto e cross-fading entre quatro canais em um sistema que ele chama de “iTunes com esteroides”. A MÚSICA INTEIRA DEVE SER UM REFRÃO Como compositor, Will.i.am é partidário da Lei de Moore, o princípio de software de acordo com o qual aparelhos cada vez menores comportam cada vez mais informação. “Neste momento, todos os refrãos estão ficando cada vez mais curtos”, ele diz. “Logo, vamos escutar
A discografia bem sucedida do Black Eyed Peas 1998: Behind the Front 2000: Bridging the Gap 2003: Elephunk 2005: Monkey Business 2009: The E.N.D.
apenas blips. Hoje, quanto mais complexas as coisas parecem, quando são desmembradas, todos os véus e lençóis são apenas disfarces.” Por outro lado, uma canção aparentemente simples, como “Boom Boom Pow”, na verdade é absolutamente vanguardista. “Tem uma nota”, explica Will.i.am. “Diz ‘boom’ 168 vezes. A estrutura tem três batidas em uma música. Não são as letras - são os padrões de áudio, a estrutura, a arquitetura. Muita gente diz: ‘A porra do Black Eyed Peas é simples’, e eu fico, tipo: ‘Não, trouxa, é a merda mais complexa que você conseguiria imaginar, esta é a razão de funcionar no planeta inteiro’.” Will.i.am é capaz de aplicar esse tipo de pensamento a qualquer música. Então, como ele reescreveria o hino dos Estados Unidos? Ele sugere uma abordagem simples. “Não haveria verso e refrão”, ele diz. “A canção toda devia ser um refrão. Devia ter um minuto e ter altos e baixos possíveis de ser cantados por homens e mulheres em qualquer tom.” A receita a ser atingida, ele diz, é “We Are the World”, por sua simplicidade genial, e “I Will Always Love You”, sucesso de Whitney Houston composto por Dolly Parton que comandou as paradas durante 14 semanas - façanha igualada por “I Gotta Feeling”, do grupo dele. O novo hino, diz Will, “deve contar as nossas histórias, dizer que fizemos coisas ruins, que sofremos e crescemos e que nos preocupamos com o futuro”. VÁ DIRETO À ALEGRIA Na fria realidade do mercado, a rede de contatos, a promoção e a sinergia são muito competentes em transformar o que é medíocre em sucesso todos os dias. Os sucessos mais raros, aqueles que realmente conquistam corações e mentes, usam de uma alquimia que nem Will.i.am conseguiu desvendar muito bem, coisa que ele discute sem mencionar marcas, padrões de áudio nem BPMs. “Qual é a emoção que causa reação com mais facilidade?”, ele pergunta “A raiva. Qual é a mais difícil? O prazer. Isso é
porque o prazer é complexo. É sombrio, triste, feliz, magoado, esperançoso - todas essas emoções em uma. O que você escuta em ‘I Gotta Feeling’? Para mim, é prazer. Você está magoado, mas a noite vai ser boa. Você não vai conseguir ficar feliz se passou a semana puto da vida. É preciso ir direto ao prazer.”
“Ninguém me pediu para escrever ‘I Gotta Feeling’ Simplesmente veio”. Duas semanas depois desta conversa, Will estava de volta a sua casa, em Los Angeles. Fazia um ano que ele tinha se postado na escadaria do Memorial Lincoln ao lado do novo presidente, um momento em que sua mente disparou com pensamentos sobre a infância, o trajeto de ônibus de uma hora e meia para chegar à escola, a avó. “Eu estava pensando nela assistindo à posse de um negro como presidente, com o neto dela no palco”, ele diz. “Eu estava lá pensando: ‘Por que eu?’” Uma hora depois, ele tinha composto “I Gotta Feeling”, uma música que toca exatamente nas notas de um sistema de entrega de alegria para multiusuário - apesar da intenção de sua razão de existir ser igualmente importante para seu sucesso. “Ninguém me pediu para escrever ‘I Gotta Feeling’”, diz Will.i.am. “Simplesmente veio.” Y!
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Olha a minha Banda!
Falando Sério
P I R A T A R I A
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PINK DOLLS - SP
e filmes ainda não existe uma alternativa concreta, mas já existem aqueles que para não dar asas à pirataria, disponibiliza o material na internet, abolindo de vez o CD. Cobram centavos por “faixa” ficando mais barato do que a fabricação e distribuição de um CD. Foi criado na Suécia o Partido Pirata, o Piratpartiet, é um partido político que como principal meta a reformulação da legislação de propriedade intelectual. Vários outros partidos europeus estão sendo influenciados pelas metas do PiratPartiet.
Warez
Pirataria é tudo aquilo que é copiado, vendido ou distribuído sem o pagamento dos devidos Direitos Autorais, direitos de Marca e de Propriedade Intelectual. Existe uma grande aceitação social pela pirataria, pois acaba sendo uma alternativa contra os impostos abusivos nos produtos originais. Para o Brasileiro, comprar um CD pirata em alguma barraquinha de esquina é tão normal quanto ir ao supermercado. Ela também é a responsável pela geração de muitos empregos informais, impedindo a criação de 2 milhões de novos empregos todo ano e país deixa de arrecadar cerca de 10 bilhões por ano. Essa aceitação ocorre pela falta de fiscalização, é muita gente pirateando e pouca gente lutando contra este crime. Sim! Pirataria é Crime! E até existe uma lei contra ela, e existem algumas (poucas) pessoas lutando contra este crime que é o caso do Conselho Nacional de Combate contra a Pirataria. No Brasil a lei anti-pirataria é bem clara. Para o comercio, exposição à venda ou distribuição de produtos piratas é Crime, mas ressalva que a criação de uma copia pelo copista para sua própria utilização sem obter lucros dos materiais com direitos atuais não constitui em crime.
Produtos A pirataria envolve diversos produtos, des-
de roupas, calçados e utensílios domésticos, passando por livros, perfumes, softwares e até
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mesmo remédios. È um problema que está presente em todo o mundo, pois tudo que pode ser copiado com certeza existe uma versão “pirata”. Um dos itens mais pirateados no mercado nacional são os Jogos eletrônicos. Tanto pela facilidade com a qual a copia é feita quanto pela facilidade pela qual se obtém. Não existem barreiras para este mercado, pois eles vão de adaptando conforme a tecnologia vai avançando. O que é um grande desafio para as empresas que fabricam consoles.
Crime Organizado
De acordo com a Interpol a pirataria está extremamente relacionada ao crime organizado, principalmente com o narcotráfico, exploração infantil são mais de 250 milhões de crianças trabalhando ilegalmente em regime desumano de escravidão, e por mais incrível que parece existe até relação com o terrorismo. Tudo isso movimenta informalmente mais de MEIO TRILHÃO DE DOLARES.
O que pode ser feito? Para evitar a grande demanda de produtos piratas hoje em dia o foco é o sistema de propriedade intelectual. Para os Softwares agora existem os softwares livres. Para músicas
Com a chegada da internet rápida e as 1001 utilidades que ela nos proporciona, foi criado um novo termo para pirataria o “warez” que vem do inglês e é o final da palavra “software” no plural. A internet permite que qualquer tipo de produto seja transferido de um computador para o outro sem utilizar mídias físicas. Antes o que era feito com muitas maquinas, hoje pode ser feito com apenas um click. O warez é todo feito através da internet e existem vários tipos, pois hoje nada mais é impossível para a tecnologia. Muitos acham que o “warez” não é pirataria, é apenas uma forma de compartilhar sem lucrar (na lei brasileira isso não seria pirataria certo?) a piraria é só aqueles grupos que usam da propriedade intelectual para lucrar, vender copias. Mas existem alguns grupos que utilizam dessa facilidade e desse “não-crime” para acabar vendendo uma copia pirata. Funciona assim: no site, a pessoa baixa o software e ele fica livre em seu computador por um determinado tempo ou com algumas funções bloqueadas (Verão trial) logo após esse uso, ele é redirecionado á um site pra a compra do produto completo (versão Full) e aí que entra e começa toda aquela parte do crime organizado, pois vender um download pela internet é muito mais “seguro” do que comprar um CD. Mas existem também aqueles que incentivam a compra do produto original. Sites como a da ADOBE oferece a versão TRIAL de todos os seus produtos, mas depois de 30 dias é oferecido também a compra da “chave” para transformar seu produto de TRIAL para FULL.
Rock n’ Roll Raw! É isso que define com
exatidão o Pink Dolls. Criado em meados de Outubro de 2004. O Pink Dolls apareceu para dar Vida, Glamour e Rock n Roll ao Hard “Sleaze” Rock que estava surgindo pelo mundo. Shane influenciado pelo renascimento do Hard Rock e o nascimento do Sleaze Glam, queria uma banda onde este estilo predominasse. Foi com esse pensamento que o Pink Dolls Nasceu.
KIARA ROCKS - SP
Com apenas 3 anos de existência, a banda Kiara Rocks natural de São Paulo se destaca por ser uma das melhores bandas do cenário independente brasileiro. Os 5 amigos Cadu, Anselmo, Jason, Juninho e Greg queriam provar para todo mundo que o Rock Nacional ainda vive. Cadu Pelegrini tinha um sonho de ter uma banda, a banda onde ele pudesse depositar todo o seu talento
No inicio era apenas uma banda cover e com apenas uma musica própria “Sleaze, Drunk, Rock and Roll” lançaram como EP para mostrar ao mundo o motivo para qual vieram. E com essa experiência veio a vontade de gravar um Álbum completo. E Porque não? Welder Shane, Ti Glam e Leandro T-Bone juntaram seus talentos e suas influencias para dar vida ao “Dirty Jewels”. Em Novembro de 2009, o álbum é lançado. E Pode ser comprado da própria banda em seus shows, que por sinal vale muito a pena conferir, pois as apresentações do Pink Dolls são sempre cheias de surpresas, desde a participação constante do publico até as performances dos membros da banda com a Boneca Inflável que está sempre uniformizada com camisetas da banda. Rike Gala entra para o PInk Doll para completar a festa e finalmente ocupar o cargo de baixista. O Pink Dolls é uma banda querida, pois quem os acompanha desde o inicio sabe que o que move essa banda é a paixão e a devoção dos seus integrantes pelo Rock n’ Roll e pelo seu publico fiel.
www.myspace.com/pinkdolls
e sua energia. Depois de muitos anos cantando em bandas covers e fazendo participações em bandas amigas, ele chama 4 velhos amigos e num sentimento de pacto para vida toda nasce a Kiara Rocks. O nome feminino chama a atenção, e seu significado também, em Italiano Kiara significa “Claro” e ao mesmo tempo em Japonês significa “Escuro”. Essa contradição caiu perfeitamente no conceito de criação musical onde existe o bem e o Mal, a vida e a morte. Depois de muitos shows em São Paulo e no interior, decidiram que estava na hora de gravar um álbum. A música “Últimos Dias” ganhou um vídeo clipe, e com isso ganhou espaço na MTV Brasil. O reconhecimento de críticos especializados é grande. Participaram por 2 vezes (2008 e 2009) da grande final do Programa “Astros” no SBT, Miranda, Arnaldo Sacomani e Lobão afirmam que O Kiara Rocks é uma das bandas mais competentes na cena atual. O Kiara Rocks é realmente muito especial e está preparada para o que der e vier, pronto para encararem e revolucionarem o rock n roll nacional.
BASTARDZ- SP
O Bastardz surgiu em 2004, e a maioria dos integrantes dessa formação inicial não faz mais parte da banda atualmente, pois a cada fase de renovação novos membros entraram para fazer a diferença. As influências do Bastardz começam pelo Punk Glam do “New York Dolls”, passando pelo Hard Rock oitentista do “Guns n’ Roses” e pegam toda a energia dos veteranos do “Backyard Babies”. Mesmo sendo independente se firmou no Brasil e no mundo. O primeiro EP foi sucesso, “No Ass no Pass” rendeu dois incríveis vídeos clipes “Pills” e “Alleycat Spoiled Brat”, todo esse talento e rock n’ roll resultou em boas criticas da mídia especializada internacional. Foi destaque das coletâneas americanas “Hollywood Hairspray 5” e “Glamnation 3”. Tocou no “Metal Sludge Xtavaganza Brazil” ao lado dos aclamados Steve Summers do “Pretty Boy Floyd” e Stevie Rachelle do “Tuff”, essa parceria resultou no DVD “Sludge Goes to The Jungle”. Formado atualmente por: Dany Poison, Thomas Buttcher, Mid, L.C e Junior Inc, ensaiam um caminho diferente para a banda. Depois de 5 anos compondo e cantando em Inglês, resolveram apostar no Português, assim conseguiram atingir um maior numero de fãs no Brasil e não são apenas mais uma banda no anonimato underground internacional. As influências continuam as mesmas, mas com algumas bandas mais novas com um som mais moderno como, por exemplo, o Papa Roach, Avend Sevenfold e Escape the Fate. O clipe da música “Mal Estar” está na programação da MTV Brasil, um clipe super produzido onde a banda de rostinhos bonitinhos se transformam em Zumbies do Rock.
www.myspace.com/bastarz
www.myspace.com/kiara.rocks
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Perfil amor à música e ao estilo. Pode não haver os meninos. Que normalmente e comparando pelo seu som e seu talento.
Hanson: Uma digna Obsessão. Por: Melissa (Portrait Magazine) Tradução: Gabriela Marçal
Q
uando eu tinha 13 anos resolvi redecorar meu quarto. O atual papel de parede rosa com bonecas era muito obvio, era a hora de mudar. Eu nem sequer perguntei a minha mãe para ajudar a “repapelar” o quarto todo sozinha. Perguntei a minha melhor amiga e ela aceitou, Fantástico! Então minha mãe chegou em casa. Ela definitivamente não aprovaria. Você sabia que as paredes cobertas de posters do Zac Hanson não é um papel de parede adequado? Sim, eu poderia ter me enganado também. Não preciso dizer que fiquei um pouco obcecada aquele dia. Eu gostava de Taylor & Zac. Zac porque bateristas são super legais e Taylor, bom, acho que é auto-explicativo. Eu poderia dizer o creme dental favorito (Aquafresh), o shampoo favorito (Herbal Essence), que a cor favorita de Isaac é verde e que o pequeno bônus em “White Christmas” no 1 6 - Ye a h ! - J u n h o d e 2 0 1 0
álbum “Snowed In” é a coisa mais linda. Como eu disse, a palavra certa era obsessão sim e eu ainda lembro de todos os detalhes sem pesquisar. Até me lembro do Hanson Day com muito carinho. Então o mundo real me pegou, descobri o The Clash seguido por Stiff Little Fingers e o Hanson se perdeu em algum lugar da anarquia punk na minha alma musical. Eu me sentei para escrever este artigo e percebi que estava perdendo. Talvez eu tenha perdido o contato com o Hanson, mas eles não pararam de fazer boa música. Na verdade o seu novo álbum é esperado para ser puro pop da melhor qualidade. Mas para realmente entender o apelo do Hanson, eu acho que é melhor começar do inicio. Este artigo não é uma biografia, em vez disso, eu gostaria de tentar explicar o Hanson e o quanto eles influenciaram o mundo pop atual.
Hanson não é a primeira abanda Pop a ter meninas loucas por eles. Os Beatles se encarregaram disso nos anos 60, esse é o truque. Vejam só, na década de 60 era: Beatles, Elvis, Roling Stones que fizeram moças desmaiarem e multidões irem à loucura. Então vieram os anos 70 e trouxe a cena punk. O Punk no seu conceito original era uma atitude, uma cultura e um modo de vida. Se você não fosse obcecada pela banda, era obcecada pela mensagem que eles pregavam. Os anos 80 foram em todos lugares, a maioria das canções de sucesso veio estabelecidas a partir de bandas de um hit. Aqueles que ganharam fama nos anos 80 especificadamente tendiam a ser do sexo feminino (Madonna). No final da década de 80 começo dos anos 90, o grunge tinha retomado. Os dias de pânico querendo saber todos os detalhes sobre a vida dos integrantes da banda parecia ser uma coisa do passado. Então Hanson aconteceu. No dia 06 de Maio de 1997, um álbum chamado “Middle of Nowhere” foi lançado. “Mmmbop” foi a canção #5 daquele ano, ficando atrás de No Doubt e Elton John. A Hanson Mania varreu o mundo. Hanson trouxe algo único, eles eram iniciantes no pop. Puro Pop,
uma mensagem de atitude igual ao Punk, mas estavam lá. Artistas do Pop não são tão esnobes, como os do Jazz. Pop aprecia a beleza da musica como ela é. O Hanson tinha esse conceito. Sua musica foi divertida, energética e viciante. Então, viciadas de fato. As fãs não queriam apenas saber todas as letras de suas canções favoritas. Queríamos saber cada detalhe que pudéssemos sobre o Hanson. Começou então uma obsessão renovada, a cultura da celebridade que existe até hoje ou seja Todo o frenesi sobre o Jonas brothers, Mcfly e Justin Bieber veio daquela época. E assim as fãs aprenderam sobre a banda Hanson. Uma banda formada por três irmãos, Isaac, Taylor & Zac. Os meninos que vieram de Tulsa, Oklahoma e afirmou Família, fé, música e fãs como as coisas mais importantes de suas vidas. Aprendemos as suas guloseimas preferidas (Zac ama Marshmallows), e os artistas dos quais eles eram fãs (rock ‘n roll dos anos 50, como Chuck Berry e Otis Redding), e exatamente de onde veio à inspiração para “Man from Milwaukee” (o que parece foi que o ônibus dos meninos quebrou numa estrada em Albuquerque no Novo México e Zac apareceu com uma canção sobre um encontro alienígena), e muito mais. Ao longo dos anos, o Hanson mostrou que os valores originais não foram afetados. É impressionante, pois considerando algumas pessoas isso pode ser levado pela fama. No entanto, 13 anos depois, Hanson anda coloca as mesas coisas em prioridade. Embora houvesse sacrifícios. Quando aos 19 anos Taylor casou-se com Natalie Bryant, fãs e críticos o atacaram dizendo ser um golpe publicitário, ela com Quatro mese de gravidez, os meninos queriam manter sua imagem saudável, então eles tinham que se casar. A família respondeu que os dois sempre tiveram planos de se casarem e que o bebê não teve influencia sobre a decisão. Quase Oito anos e Quatro filhos mais tarde, deveriam ter tido mais fé no casal. Quando Zac se casou com Kate Tucker em 2006 e Isaac casou-se com Nicole Dufresne no mesmo ano, o mundo percebeu que os irmãos Hanson não eram de cometer golpes de publicidade, mas eram pessoas normais que se apaixonam e se casam. Com Sete crianças entre eles, e a certeza de uma banda familiar feliz existem os sacrifícios óbvios dos irmãos quando saem em turnê. “Eu tenho uma esposa maravilhosa e cuidadosa.Ela entende toda essa loucura. E só o que tem a fazer é transformar esse tempo longe em algo legal.” disse Taylor em Entrevista. Ter esse apoio todo para voltar para casa ajuda
aos outros rockstars o amor é outra coisa. Como muitos fãs sabem, a banda teve vários problemas com as gravados. Para quem não sabe, deixe-me explicar resumidamente. Os meninos se esforçaram para serem ouvidos pelos executivos que os rotularam porque eram jovens demais para tocarem em alguns clubes e por conta dessa juventude não poderiam assinar os contratos (até então às estrelas do Disney Chanel não haviam surgido ainda). Finalmente foi assinado um contrato de seis álbuns. Quando estavam gravando o segundo álbum a gravadora foi vendida para um selo de Hip-Hop. Desnecessário dizer que os executivos da gravadora não aceitaram o som que o Hanson fazia. O Álbum foi um fracasso em comparação aos outros. Os meninos lutaram para saírem da gravadora e conseguiram. O terceiro álbum de inéditas “Underneath” é até o hoje o #1 da lista dos álbuns independentes que mais venderam. Provaram então que apesar da sua juventude, Hanson conhece musica. Hoje os meninos ainda estão concentrados na musica e nos fãs. Eles concluíram o seu mais recente álbum “Shout it Out” (que será lançado oficialmente no dia 8 de junho e você pode reservar na pré-venda pelo site oficial da banda). Juntaram-se ao hellogoodbye para uma turnê e ganharam mais uma serie de fãs e mais credibilidade. Taylor como um irmão da banda, aventurou-se em um projeto solo, unindo-se com membros do Smashing Pumpukins e Cheep Trick para formarem a banda “Tinted Windows”. A banda e principalmente Taylor ganhou ótimos elogios da critica especializada
A
Banda Hanson conseguiu mover multidões com suas caminhadas para o projeto solidário na África. Os meninos participam das caminhadas nos Estados Unidos, descalços e deixam bem claro que não é um encontro de ídolos com fãs, mas sim por uma boa causa. Cada participante assina um formulário e a Banda juntamente com a marca de sapatos Tom’s Shoes doam 1 dolar para a causa
No final de abril eles apresentaram um serie de Cinco shows no Gramecy Theather em Nova York. A primeira noite foi um show completo do álbum “Middle Of Nowhere”, a segunda noite será a vez do “This Time Around”, terceira é o “Underneath”, a noite de quarta é somente o “The Walk”, e a noite final do 5 of 5 será o lançamento da serie de shows da nova turnê e do álbum “Shout it Out”. Uma ótima maneira de interagir com os fãs novos e antigos e ouvir as musicas favoritas de qualquer álbum. É claro que Hanson continua inspirador. Demonstrando um compromisso com os fãs e com a música e eles provaram ser uma banda de qualidade. Os irmãos continuam com seus projetos de caridade, assim como em 2008 iniciado uma caminhada chamada “Around the world tour”, que trabalhou no combate a pobreza na África. A relevância da popularidade da banda é evidente, considerando a serie de shows dos 5 of 5 todos os ingressos para as 5 noites foram esgotados. Eles mantêm uma homenagem eterna as suas influencias também no “Shout it Out”. O clipe do primeiro single do álbum “Thinkin bout somenthin” é reencenando a cena que Ray Charles toca “Shake a tail feather” no filme “Irmãos cara de pau” teve até dança nas ruas de Tulsa. O novo álbum promete ter melodias semelhantes, e um som mais divertido que o “Middle of Nowhere”, exibindo o crescimento dos últimos 13 anos dos irmãos. O primeiro single foi uma previa, é a hora de rever e renovar a minha obsessão Hanson.Y!
que a caminhada está sendo feita. Qualquer pessoa pode fazer uma caminhada, basta fazer um cadastro no site www.takethewalk.net que por correio receberá um kit para que a caminhada seja feita. Hanson conseguiu despertar esse sentimento solidário em muitas fãs, aqui no Brasil já foram feitas 4 caminhadas, 3 em São Paulo e 1 em Belo Horizonte.
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TV
Games
Versão nerd de High School Musical, Glee estreia no Brasil
Analise completa
2010 FIFA World Cup South Africa Por: Claudio Prandoni (UOL Games)
By: Marcel Plasse (Pipoca Moderna)
Marquem este nome: “Glee”, tem tudo para virar o próximo fenômeno televisivo. É a aposta da TV aberta americana para fazer frente à “High School Musical”, com direito a turnê, CD e blitz multimídia. Engraçada, dramática, viciante, “Glee” tem a ambição de ser mais que um produto teen, já que inclui canções clássicas e tramas paralelas sobre personagens adultos. “Glee” é sobre o clube musical de uma high school americana, que se encontra abandonado e decadente até um professor idealista resolver reativá-lo. Lançando mão de vários artifícios para conseguir os alunos mais talentosos, ele acaba reunindo esquisitos e populares no mesmo coral, planejando disputar competições estaduais. A trama acompanha os dilemas adultos do professor, que não seguiu seus sonhos da adolescência e vive num casamento frustrado, e as dúvidas existências dos alunos, que não sabem como se encaixar fora da escola – há o atleta sensível, a garota iludida, a gordinha negra que se imagina Beyonce, a esquisita, o gay assumidíssimo e até um paraplégico, todos interpretados por rostos novos na telinha. Os jovens atores tem pouca experiência televisiva – o mais “famoso”, Corey Monteith, intérprete do atleta sensível, tem uma carreira repleta de papéis como “o cara da Scotter” (em “Luzes do Além”) e “adolescente” (em “Reféns do Mal”). Seu maior destaque até então tinha sido uma reduzida participação na 1ª temporada de “Kyle XY”. O intérprete do personagem principal, o professor Will Shuester, mentor do clube musical, é outra aposta dos produtores: Matthew Morrison só tinha feito pequenas participações em séries de TV. Mas o elenco adulto inclui alguns veteranos da telinha, como Jane Lynch (a advogada de “The L Word”), que largou seu papel em “Party Down” para viver a professora malvada de “Glee”, Jayma Mays (rival romântica de “Ugly Betty” e estrela do filme “Segurança de Shopping”), Iqbal Theba (visto na última temporada de “Nip/Tuck” como o pai linha-dura do estagiário-prodígio) e Jassalyn Gilsig (a mãe biológica de Claire em “Heroes” e do filho adotivo do Dr. Troy em “Nip/Tuck”). A rapper desbocada Eve também integrará o elenco nos novos episódios. Ao descrever a série na Comic-Con, o produtor Ian
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elenco de Glee, nada convencional. Dessa vez os Nerds são os moçinhos.
Brennan disse que ela é uma espécie de “High School Musical” com personagens que levaram um soco no estômago e tiveram o dinheiro do lanche roubado. Seus parceiros na produção são Brad Falchuck e Ryan Murphy, criadores da polêmica e adulta “Nip/Tuck”. O produtor revelou que a 1ª temporada terá aproximadamente 80 canções, divididas igualmente entre clássicos do rock e sucessos atuais, que os atores irão interpretar durante os episódios. Ao contrário do produto da Disney, em “Glee” dança e música são integradas à trama. Ou seja, os personagens não começam a dançar e cantar por qualquer motivo e sim para competir com outros corais estudantis. O enredo é mais “Fama” que “High Scool Musical”. Mas o impacto no mercado de consumo pop espelha-se claramente na experiência de sinergia da Disney. Na terça, 3 de novembro, o primeiro CD da série chegou às lojas com 17 covers
interpretados pelo elenco. As canções do programa estão por toda a Internet. Ao preço de US$1.99, o clássico “Don”t Stop Believin”, do Journey, na voz do elenco da série, já foi baixada mais de 400 mil vezes no iTunes gerando um lucro de US$ 800 mil. E há planos para uma turnê. “Glee” teve seu episódio piloto exibido em maio, logo após “American Idol”, com um sucesso estrondoso no canal americano Fox, e passou a ter exibição semanal a partir de 9 de setembro. A série foi uma das primeiras do ano a garantir uma temporada completa. É a vingança nerd contra os mauricinhos e patricinhas de “High School Musical”. Y!
Tão certas quanto novas edições anuais de “FIFA” e “Pro Evolution Soccer” é a edição temática da série da Electronic Arts para a Copa do Mundo, maior evento esportivo do planeta. Nações se enfrentam no game da Copa Assim, o torneio de 2010, sediado na África do Sul, ganha poucas semanas antes do início o seu videogame oficial. Ainda que a princípio possa parecer uma versão levemente modificada de “FIFA 10”, “FIFA World Cup South Africa” consegue trazer novidades, características e estilo o bastante para se garantir como um jogo próprio, interessante tanto para aqueles que já jogam “FIFA 10” e até para quem não é lá muito fã da franquia. Obviamente, o grande atrativo do game é a possibilidade de vivenciar a edição 2010 da Copa do Mundo. Assim, o modo principal de partida traz o torneio com sua tabela real e recriação de todos os estádios africanos utilizados. As escalações das equipes não são ainda as finais, visto que ainda não foram divulgadas na época de lançamento, mas atualizações onlines gratuitas permitem alterar os esquadrões para deixá-los tal qual na competição. Mesmo quem não possui conexão com internet pode fazer isso manualmente, seja selecionando atletas de uma lista que já vem no jogo ou até mesmo criando futebolistas virtuais pelo robusto editor emprestado da série “FIFA”.
Mas isso é só o começo. “World Cup” se esforça em oferecer tantas opções de jogar futebol virtual que é difícil achar uma que não agrade. Por exemplo, é possível personalizar a Copa do Mundo, trocando as equipes que participam, disputar as Eliminatórias inteiras (de qualquer continente), controlar apenas um atleta em campo na busca pela classificação e vitória no torneio (no modo Captain Your Country, só um novo nome para o divertido Be a Pro) e mais. Um dos mais divertidos e criativos é o Story of Qualifying, em que são oferecidas para jogar situações reais de partidas das Eliminatórias e pontos são conferidos conforme o desempenho. Por exemplo, é possível comandar a Argentina naquela épica vitória do Brasil em pleno território adversário, no estádio na cidade de Rosario. Outra partida icõnica é o duelo entre França e Irlanda, no qual o atacante Henry marcou um gol com a mão. Melhor ainda, posteriormente é possível habilitar jogos da Copa de 2006 e um serviço durante o torneio de 2010 proverá gratuitamente mais conteúdo deste tipo sobre o campeonato deste ano. Nada muito diferente dos Scenarios, do saudoso “International Superstar Soccer Deluxe”, da era 16-bits, mas amparado aqui por esse conteúdo dinâmico - e gratuito - via download. O âmbito online também impressiona. Pode-se competir em simples amistosos ou então embarcar em uma inteligente recriação da Copa do Mundo, que transforma seus adversários online em companheiros de grupo ou rivais na etapa de mata-mata, oferecendo uma nova e dinâmica forma de experimentar a Copa do Mundo. Felizmente, continua o ótimo serviço online da EA, que traz menus simples de navegar e conexões muito estáveis. O Battle of the Nations é mais um exemplar interessante. Aqui você seleciona um país para apoiar e seu desempenho online conta para um quadro de desempenho geral de sua nação. Vale ressaltar, pode-se jogar com qualquer time aqui, não necessariamente a seleção que você apoia. Um porém, é que há data de validade para este modo: em julho ele termina, declarando o país vencedor. Resta saber se a EA dará continuidade a ele posteriormente. No quesito conteúdo o game oficial da Copa dá, com o perdão do trocadilho, um show de
bola e na parte técnica a apresentação também é bem competente. Como é de se esperar, o motor gráfico e controles são versões melhoradas de “FIFA 10”. Quem aprecia os comandos e física de bola da franquia da EA se sentirá em casa aqui, mas também é possível perceber algumas mudanças sutis, bem sutis, principalmente no manejo de bola. Fãs de “Pro Evolution Soccer” vão apreciar, mas os chutes, passes e lançamentos ainda são bem diferentes da série da Konami, gerando um certo estranhamento. Seguindo a tendência dos últimos jogos de futebol do mercado, os pênaltis ganharam novas mudanças, ficando mais difíceis de executar, mas oferecendo também um nível de precisão maior sobre a trajetória da bola. O visual agrada demais durante as partidas. Novamente o sistema de iluminação se destaca, criando uma atmosfera extremamente realista. Vendo de longe, “FIFA World Cup” parece até transmissão de uma partida de verdade. Ainda assim, é incrível como nas cenas de corte a qualidade da animação cai drasticamente, ficando extremamente robótica. Vale destacar ainda a atenção para detalhes, como o fato de os técnicos agora aparecerem na beira do gramado, imagens mais elaboradas de torcerdores e outras minúcias que tornam a experiência prazerosa para fãs de futebol. Por exemplo, em partidas amistosas pode-se selecionar o modelo atual de uniformes das seleções ou os usados anteriormente. Contudo, ao jogar as Eliminatórias só está disponível o modelo de uniforme usado à época. Tipo de detalhe que na prática não muda nada, mas para quem gosta do esporte mostra o nível de dedicaçãoda EA neste game. Mais do que uma simples atualização de “FIFA 10”, o game oficial da Copa do Mundo da África do Sul faz bonito ao oferecer uma ampla variedade de modos de jogo, alguns bem criativos e todos bem executados. O visual tem deslizes, em especial nas horríveis animações robóticas das cenas de corte, mas impressiona durante as partidas, que é o mais importante. Na parte dos controles, fãs de “FIFA” estão em casa, mas até quem é partidário de “Pro Evolution Soccer” encontrará menos do que reclamar e estranhar dessa vez e aproveitar bastante o gostoso clima de Copa tão bem transmitido pelo game. Y!
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Lançamentos
Lançamentos: CINEMA
Lançamentos: CD’s
Junho conta com grandes lançamentos no cinema, animação da Pixar e a terceira parte da saga “Crepusculo” prometem deixar as salas durante esse mês lotadas. Confira as sinopses e faça a sua escolha.
ECLIPSE Ultimamente não temos tido muitas notícias sobre a Saga, porém, a Summit liberou a sinopse oficial do filme “Eclipse”. Em “A Saga Crepúsculo: Eclipse”, Bella encontra-se novamente rodeada de perigo quando Seattle é devastada por uma série de assassinatos misteriosos e uma vampira maliciosa continua sua busca por vingança. No meio de tudo isso, ela é forçada a escolher entre seu amor por Edward e sua amizade com Jacob – sabendo que sua decisão tem potencial para inflamar a luta entre vampiros e lobisomens. Com sua formatura se aproximando rapidamente, Bella é confrontada com a decisão mais importante de sua vida. ping Center em Curitiba). Com lançamento previsto para 30 de junho de 2010, o filme terá uma versão na tecnologia IMAX 3D que irá estrear junto com a versão normal.
Toy Story 3 A Disney Brasil divulgou a sinopse oficial de ‘Toy Story 3’ A nova aventura é dirigida por Lee Unkrich, que co-dirigiu ‘Toy Story 2’. Os criadores dos adorados filmes Toy Story voltam a abrir a caixa de brinquedos e levam o público de cinema de volta ao adorável mundo de Woody, Buzz e nossa gangue favorita de brinquedos-personagens em TOY STORY 3. Enquanto Andy se prepara para ir para a universidade, Buzz, Woody e seus leais brinquedos estão preocupados com o futuro incerto. Dirigido por Lee Unkrich (codiretor de Toy Story 2 e Procurando Nemo), TOY STORY 3 é uma nova aventura cômica em Disney Digital 3D™ que leva os brinquedos para uma sala cheia de crianças selvagens que mal podem esperar para botar seus dedinhos nesses “novos” brinquedos. O caos está formado
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O problema é que esta tecnologia, embora parecida com o 3D comum, há apenas em dois cinemas no Brasil (no Bourbon Shopping em São Paulo e no Palladium Shopping Center em Curitiba). Ficha Técnica * 30 de junho de 2010 * Ação/Romance * Dirigido por David Slade * Roteiro por Melissa Rosenberg * Baseado no livro “Eclipse” por Stephanie Meyer * Elenco – Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Ashley Greene, Billy Burke, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Nikki Reed, Kellan
quando eles tentam ficar juntos e garantem que “nenhum brinquedo será deixado para trás”. Enquanto isso, Barbie fica cara a cara com Ken (sim, com aquele Ken). O primeiro filme, lançado em 1995, revolucionou o mercado de animação por ser a primeira produção realizada inteiramente por computação gráfica, arrecadando mundialmente US$ 356,8 milhões. ‘Toy Story 2’, que chegou aos cinemas em 1999, obteve bilheteria de US$ 485,8 milhões ao redor do globo. ‘Toy Story 3’ chega ao Brasil em 25 de Junho de 2010. Ficha Técnicas * Título Original: Toy Story 3 * País de Origem: EUA * Gênero: Animação * Ano de Lançamento: 2010 * Estréia no Brasil: 25/06/2010 * Estúdio/Distrib.: Buena Vista Pictures * Direção: Lee Unkrich
Efêmera Tulipa Ruiz
Efêmera também é o nome do primeiro álbum de Tulipa, e talvez haja (deve haver) uma referência no nome do disco à miríade de cantoras na atual cena musical brasileira. São tantas e tantas cantoras surgindo que a música, em geral já bem descartável nesse início de década, fica ainda mais difícil de se manter por muito tempo nos ouvidos de todos. Se encararmos o nome por esse sentido, o de passageira, a decisão de chamar um primeiro disco de Efêmera é ao mesmo tempo bastante consciente e ousada. Uma espécie de desdém calmo da atual situação da música. Mas esse sentido é (deve ser) mais uma viagem de blogueiro que quer ver coisa demais onde não tem. Em entrevista à TPM, Tulipa diz: “A palavra [Efêmera] em si é mais usada no sentido de momentosa, atual, do que de meramente passageira. Até lembra Vinícius, ‘infinita enquanto dura‘”. Pronto. A resenha pode acabar por aqui, porque é exatamente isso que Tulipa Ruiz entrega no seu primeiro disco: música pop com ótimos arranjos, com os olhos no presente, sem esquecer do passado e sem preocupação com o futuro. E, quando toca, o disco é aquilo mesmo: infinito enquanto dura. Exagero? Talvez um pouco, mas me parece claro que a sensacional voz de Tulipa se eleva como a vaca profana de Caetano, um pouco acima da manada de cantoras que avança anualmente sobre a música brasileira. Cheia de barulhinhos bons, cantando o cotidiano paulistano, Tulipa é ousada quando usa a sua voz, causando um estranhamento gostoso de ouvir, mais perceptível na faixa-título, em Pedrinho e em Sushi. Mas, ao mesmo tempo, lado a lado com esse certo estranhamento, a voz de Tulipa é o de mais agradável que aconteceu na música nacional este ano, e a cada canção o ouvinte não tem dúvida: essa sabe o que faz com a voz. Com participações especiais como as de Negresko Sis (na faixa título), Kassin (no ótimo baixo de Brocal Dourado), o irmão Rodrigo e o pai Luiz Chagas, além de Maryana Aydar, Tiê, Stéphane San Juan, entre vários outros (inclusive na arte gráfica do encarte), Efêmera não é um disco definitivo, mas um formidável começo.
Slash Slash
Em primeiro disco solo, guitarrista Slash se cerca de convidados famosos Depois de sofrer nas mãos de Axl Rose e Scott Weiland, Slash está livre. Para celebrar, ele optou por não selecionar um sóvocalista para seu disco solo. Aqui, cada música tem um cantor diferente – bem diferente. Só que – sem a pressão externa – o guitarrista se esconde. É assim: quando toca acompanhado de Ian Astbury, em “Ghost”, soa como um Cult turbinado. Ao lado de Ozzy Osbourne, na genérica “Crucify the Dead”, não passa de um luxuoso músico de apoio. A situação piora quando o convidado é menos talentoso. Myles Kennedy (do Alter Bridge) não consegue deixar nenhuma das canções que canta, “Back from Cali” e “Starlight”, marcantes – ambas dão um gosto amargo de pop rock FM ao CD. Os esforçados se saem melhor, mas não salvam o disco. Iggy Pop sustenta “We’re All Gonna Die”, mesmo com a letra infantiloide sobre “mijar no chão”. Andrew Stockdale (Wolfmother) emula o melhor do metal do começo dos anos 70 na vigorosa “By the Sword”. Até Fergie – fã declarada de Axl – puxa Slash para cima em “Beautiful Dangerous”. Com tantos convidados – fora os cantores, Slash ainda tem Dave Grohl, Flea e os ex-Guns Steve Adler, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Josh Freese –, Slash é só mais um participante na festa.
Shout it Out Hanson
As boybands estão renascendo dos anos 90, mas com nova roupagem. Depois dos Backstreet Boys e Boyzone, agora é o Hanson que está voltando, agora com rótulo de banda indie. E para mostrar que o novo CD não é mais um álbum qualquer, o grupo estará lançando em breve o disco em vários formatos, com direito à kit especial. Nesse kit, o fã terá direito ao CD, um LP duplo com as 12 músicas presentes, um livro de fotos, um documentário making of do disco, uma demo em formato USB, poster em silk screen, manual de instruções, vitrola e fones de ouvido personalizados e – finalmente - uma pintura feita à seis mãos pelos integrantes da banda, tudo pela bagatela de 800 dólares. Para quem não gosta tanto assim da banda, vai achar um absurdo pagar quase 1.600 reais, mas para os fãs remanescentes ou os mais novos que não chegaram a curtir a fase adolescente, pode ser uma lembrança bem diferente. Há ainda o álbum comum, somente com as músicas e um encarte, por 12 dólares. O Hanson mantém a formação original, com os irmãos Taylor nos teclados/vocal, Zac na bateria e Isaac na guitarra. Confira a materia com um apanhado da carreira dos meninos na pag. 16
Nobody’s Daughter Hole
Courtney Love erra na suavidade, mas mantém o talento na escrita. Nesta nova encarnação do Hole, Courtney Love – agora tendo como braço direito o guitarrista/ produtor Micko Larkin – busca a mesma embalagem de Celebrity Skin, com mais violões que guitarras, mais melodia que gritos e, infelizmente, mais monotonia que surpresas. Aos 45 anos, era de se esperar que a viúva de Kurt Cobain deixasse de lado a potência gutural do subestimado Live Through This. Mas a produção excessiva – os toques orquestrais, os pianos, a suavidade nas cordas – não parece ser a melhor escolha para a exboneca do grunge. “Skinny Little Bitch”, a melhor do disco, é a prova de que a distorção, aqui, é amiga da perfeição; “Letter to God” é anti-Hole, com uma anti-Courtney fazendo um balanço de sua desregrada vida; “Pacific Coast Highway” é uma cópia desnecessária de “Boys on the Radio” – por sua vez, uma releitura de “Sugar Coma”, gravada no MTV Unplugged da banda. Sua capacidade como compositora continua intocada, e ao vivo ela mantém a postura “bagaceira” que faz parte de seu charme. Agora só falta Courtney entender ��������� que, ao menos em sua música, a sujeira é mais que bem-vinda – é indispensável.
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Review: Aerosmith
Brazuka
Aerosmith (Parque Antártica, São Paulo, 29/05/10) Por: Doctor Robert (Wiplash)
“Não vamos entrar em onda de eletrônico, emo, o que for”, diz Dinho Ouro Preto sobre novo disco do Capital Inicial Por: Marcelo La Farina
Viagem para São Paulo, 60 reais. Ingresso para o show do Aerosmith na arquibancada, 150 reais. Ver o Aerosmith tocando “Kings and Queens” e “Toys In The Attic” na mesma noite, não tem preço... Poderíamos começar esta resenha falando sobre tudo o que se passou com o Aerosmith no último ano, sobre seus altos e baixos, sobre a fatídica entrevista dada ao Fantástico... mas para que encher tanta linguiça? Indo direto ao que interessa: o show do Aerosmith foi de matar qualquer fã de verdade do coração... Mas antes, ressaltemos: a abertura dos gaúchos do Cachorro Grande foi muito boa. Após ficar ouvindo tanta musiquinha ruim que nos foi empurrada pelos DJs que teoricamente teriam que aquecer o público, foi uma dádiva ouvir 45 minutos de rock de verdade antes do Aerosmith. E parabéns a eles ainda por terem ganho o respeito de um público que não é o deles... Pois bem, passados cerca de 15 minutos das 9:30 (horário previsto para o início do show), o logo do quinteto bostoniano toma conta do palco ao mesmo tempo em que ouvimos Bob Dylan cantando que todos devem estar chapados, ouvimos os toques percussivos de “Eat The Rich”. Começa então a avassaladora apresentação do Aerosmith, esbanjando carisma, vitalidade, e, porque não dizer também, saúde? Crises internas, câncer, depressão, dependência de drogas... nada parece deter esses caras, que como um bom vinho só melhoram com o passar dos anos... Para dar um primeiro ataque cardíaco nos fãs mais antigos, a segunda música apresentada é nada mais nada menos que “Back In The Saddle”, com Joe Perry empunhando um baixo de 6 cordas e Steven Tyler atingindo agudos celestiais... A sequência com “Love In An Elevator” serviu para ganhar o público de vez. Rebatendo qualquer tipo de crítica que pudesse surgir, o Aerosmith fez uma apresentação impecável. E conseguiu o que parecia impossível: agradou gregos e troianos. Agradou aos fãs da chamada “era MTV” da banda, desfilando os grandes hits desta fase (e tome “Livin’ On The Edge”, “Cryin’”, “Crazy”, “Jaded”, “Pink”...). E agradou mais ainda aos fãs verdadeiros da banda, aqueles que gostam de todas as fases, principalmente a fase inicial. Da década de ouro do grupo, os anos 1970, vieram as obrigatórias “Dream On”, “Sweet Emo-
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Steven Tyler solta a voz em no show que rolou em São Paulo no dia 29 de Maio. Os fãs tiveram a certeza que o Aerosmith é umas das bandas mais influentes do Rock.
tion”, “Draw The Line”, “Walk This Way”... veio também “Lord Of The Thighs”, do segundo álbum da banda, “Get Your Wings”, que vem sido tocada bastante nesta mini excursão pela América Latina... Encerraram o show com a porrada “Toys In The Attic”, faixa título de seu melhor álbum... Mas garantiram um ataque cardíaco definitivo nos fãs da velha guarda quando Steven Tyler anunciou que iriam fazer um som composto por volta de 1977, que vive sendo pedido a eles: e o que se ouve a seguir é simplesmente “Kings And Queens”... a reação deste que vos escreve foi gritar em alto e bom som “Puta que o pariu!!!”. E enquanto cantava cada estrofe deste clássico, reparava na cara de interrogação de um grupo de garotas de 16 anos sentadas atrás de mim e minha esposa, que nem sequer sonha que esta canção faz parte de um certo álbum chamado “Draw The Line”, cujas fitas master de gravação quase foram perdidas
por Joe Perry, que usou seus estojos de transporte para esconder drogas e quase jogou as benditas fitas no lixo... Foram quase duas horas de uma verdadeira aula de rock and roll. Steven Tyler mostrou do alto de seus 62 anos estar com a voz melhor do que nunca, continuando berrando cada agudo, cantando cada palavra com uma afinação de dar inveja a muito pupilo por aí. Joe Perry demonstrou a uma geração que entre jogar “Guitar Hero” e tocar de verdade uma guitarra existe um abismo gigantesco. Brad Whitford também brilhou, com vários solos excelentes, provando que não é nem nunca foi sombra de Perry. E Tom Hamilton e Joey Kramer esbanjaram saúde e precisão na cozinha. Esperamos que não seja preciso esperar mais tantos anos pelo retorno da banda. E ficou claro para todo mundo: o Aerosmith ainda tem muita lenha pra queimar..Y!
Capital Inicial nasceu outra vez. Melhor: renasceu , e pela segunda vez. “Das Kapital”, 12º disco de estúdio da banda formada em Brasília em 1982, correu o risco de não sair quando Dinho Ouro Preto despencou do palco durante um show em Patos de Minas (MG) no dia 31 de outubro de 2009. Um mês depois do acidente, porém, o vocalista estava de volta à ativa como se nada tivesse acontecido. “Assim que recobrei a conciência, ainda no hospital, peguei um violão. Fiquei assustadíssimo porque não conseguia tocar e muito menos cantar”, lembra Dinho. O Capital Inicial vinha de três meses de ensaios para finalmente iniciar as gravações de “Das Kapital”; “ainda no hospital disse para o pessoal [o baterista Fernando Lemos, o baixista Flávio Lemos e o guitarrista Yves Passarel] dar continuidade ao trabalho. Nosso tecladista fez as vozes guia. Só restaria a minha parte. Se fossemos esperar todo o processo, o disco sairia só no final do ano”. Contudo, foi só quando Dinho colocou os pés no estúdio que percebeu que ainda havia algo fora do eixo. “Minha voz não saia, estava desafinado pra car****. Corri para
o otorrinolaringologista e ele me disse que minhas cordas vocais estavam perfeitas. Era um problema muscular. Atrofia, da mesma maneira quando você tem de engessar o braço ou a perna”, explica o vocalista. Acompanhado por uma fonoaudióloga, então, Dinho cumpriu com o que lhe cabia: colocar as vozes nas 11 faixas do disco. “Normalmente faço isso em dois dias. Dessa vez demorei 11, um dia para cada música”. A fono fez com que Dinho realizasse principalmente exercícios de aquecimento de voz, quais fazem cantores líricos. “Eu fiz. Mas parei assim que voltei ao normal [risos]. Rock não combina com voz empostada. Estou cantando como sempre cantei; a mudança real aconteceu há 10 anos atrás, quando gravamos o “Acústico MTV” – só então percebi que cantava acima do meu tom”, diz o vocalista. O resultado é o já citado “Das Kapital”, que vem para reafirmar a identidade e sonoridade conquistada pela banda ao longo de quase três décadas na estarada. “Quem ouve nossas músicas, mesmo as versões que fazemos, logo reconhece o Capital Inicial. Sempre soamos como a mesma banda, e isso é bom”, comenta
Flávio Lemos. “Não somos oportunistas. Não vamos entrar em onda de eletrônico, emo, o que for. Mantemos a simplicidade do rock. Qualquer moleque que pegar um violão pode tocar nossas músicas. É um lance bem singular”, complementa Dinho. E uma mudança significativa acompanha “Das Kapital”. Marcelo Sussekind, que trabalhava com a banda desde o início da carreira, deu lugar ao produtor francês (mas radicado no Rio de Janeiro) David Corcos. “Quando conhecemos o David ele nos disse que iria fazer o melhor disco do Capital Inicial. Em termos de sonoridade, ele conseguiu”, elogia Flávio, que atenta para o fato de que em vez de gravarem os instrumendos direto na mesa de som, David propôs que microfonassem os amplificadores no estúdio. Após vencer dias e mais dias “dopado” pelo efeito de analgésicos, a alergia a morfina (usada para aliviar a dor) e máquinas de ressonância magnética, Dinho Ouro Preto volta aos palcos com o Capital Inicial para dar início à turnê de divulgação de “Das Kapital”. O primeio show acontece neste sábado (12), no Credicard Hall, em São Paulo. Y!
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Coluna POP
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Por: Miguel Sokol (Revista Rolling Stone Brasil)
A
REPESCAGEM grunge já começou. O Soundgarden está ressucitando. Stone Temple Pilots, Alice in Chains e Smashing Pumpkins já ressurgiram e até a Courtney Love reapareceu. E não é só com um disco do Hole. Courtney é a produtora –executiva do filme que vai contar a historia do seu falecido marido. Até surgiu o boato de que ela escalaria o ícone emo Robert Pattinson para o papel de Kurt Cobain, mas nem a viúva loira é tão doida para investir num grunge emo, já pensou? Mais fora de propósito só um emo feliz. A REBARBA emo. Lembra daqueles adolescentes tristes de franja lambida e camiseta preta? Aqueles que cantavam letras tão sofridas quanto as das duplas sertanejas, mas disfarçavam com guitarras distorcidas? Então, eles não são mais tristes. Acredite se quiser, os emos se alegraram. O nome do fenômeno é Happy Rock, que vem a ser o que já era ruim, mas um pouco pior. As letras continuam rimadas no infinitivo, mas, em vez de “abandonar” com “chorar”, agora eles rimam “sorrir” Ricky Martin se redimiu e o com “curtir”. Uma verdadeira revolução espanto foi tão grande que das bandas Restart e Replace. Podia quase puxou para fora do ser Resto e Remendo, Rebote e refugo, armario quem não é gay redundante e Refogado, Recauchutado e Requentado, Repelente e Repulsiva ou Repetitivo e Rentável, mas as bandas se chamam Restart e Replace mesmo. Aliás, o Replace tem esse nome porque, veja bem, quer “substituir pensamentos negativos por positivos”. Que refinado! Agora o preto é uma cor proibida de se usar, todos vestem calças verde-limão, camiseta rosa e boné laranja, não necessariamente nesse ordem, mas necessariamente fosforescente. Um verdadeiro Xou da Xuxa rebelde: ídolos se vestindo de Dengue e fãs de Praga. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas deu saudade do emo. Pelo menos a camisa era preta. A REVELAÇÃO é fantástica: Ricky Martin é gay. Uau! Então quem estendeu a canga com ele numa praia ensolarada do Caribe naquele flagra de três anos atrás não era seu professor de ioga, como o cantor garantiu? Puxa vida! Ricky Martin se redimiu e nós ficamos tão chocados com a suposta ova informação sobre a sua sexualidade que, na semana da revelação, a polemica foi toda do Netinho. O Big Brother brasil 10, primeiro BBB GLBT, foi um sucesso tão grande que, quando acabou, a Globo quis mais e o Fantástico praticamente arrancou de dentro do armário o cantor de “Milla”. Mas confessar uma experiência homossexual não é exatamente sair do armário. Ou seja, agora todo mundo sabe que o Netinho – não – é gay! RESUMINDO em remate: repescagem, rebarba e essa relativa revelação. Reconheçamos, a realidade é que estamos em ré, marcha a ré.
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