Liberdade e Baixada do Glicério

Page 1

ha it

i

ásia

baixada do

B g l i c ER i o DADE

brasil

D

O

S

E

S

T

U

D

A

N

T

E

S

D A G L Ó R I A

A

RUA

IC

U

L

É

R

R

IO

´ 2

3

d

e

m

a

io

I

G

L

r a d i a l l e s t e


VISUALIZE ESTE CADERNO DIGITALMENTE, GARANTIMOS UMA QUALIDADE SUPERIOR E ˜ NATUREZA! VIVA A MAE UTILIZE O QR CODE AO LADO OU ACESSE:

U M T R A B A L H O P O R: AM4AU

AGOSTO/2015

CECÍLIA COSTA ˜ ANA JÚLIA MAGALHAES GABRIEL BRUGNARA ISABELA MARQUES KELLY MUSSAQUI NATÁLIA SAMPAIO


BIENVENUE

B E M 歡迎 VINDO ようこそ환영 “Como representar dois bairros tão ricos e tão pobres; ricos em cultura, em diversidade, povos e

história; mas que ao mesmo tempo vive um grande dilema: a pobreza, degradação e o abandono. Para realizar o diagnóstico da área, resolvemos criar uma linguagem que foge daquilo que vemos quando visitamos a Liberdade ou a Baixada do Glicério, escolhemos uma linguagem que representa o novo, o novo que tudo isso pode ser. A proposta de revitalização é ‘secundária’, mas mesmo a análise dos fatos mostra como pode ser o novo ar deste local. Escolhemos tratar tudo isso com um ar mais pessoal e mais lúdico, deixamos o design falar por si só, mas também enaltecemos os nossos pontos e opiniões no decorrer da análise. Para tudo não virar uma confusão, setorizamos o caderno em 2 partes: Fatos e Análises; começamos com aquilo que é irredutível, os fatos da Liberdade e da Baixada do Glicério: fluxos, gabaritos, usos e tudo mais que compõe esta pesquisa; em Análises mostramos o nosso Olhar sobre estes fatos, tentamos por meios de textos argumentativos e diagramas demonstrar o nosso ponto e nossa visão. Esperamos que seja do agrado do leitor! Rotacionar o caderno é intencional.” RESSALVA: TODOS OS DIAGRAMAS, FOTOS E TEXTOS FORAM IDEALIZADOS PELOS INTEGRANTES DO ˜ SER QUE DITO O CONTRÁRIO. GRUPO, A NAO


CONTEÚDO F

ONDE:

A

T

O

S

˜ LOCALIZAÇAO, BAIRROS E MARCOS

˜ VISOES: PERSPECTIVAS, VISTAS

˜ E SÉC XX HISTÓRIA: SÉC XIX, EVOLUÇAO

˜ BANCO DE DADOS: POPULAÇAO, ÁREA E PLANO DIRETOR

TOPOGRAFIA ˜ INSOLAÇAO

USOS E GABARITO

TRANSPORTE:

SISTEMA VIÁRIO, NÓS, FLUXOS, TRANSPORTE PÚBLICO E RUÍDOS

ÁREAS VERDES

CHEIOS E VAZIOS ÁREAS DEGRADADAS


CONTEÚDO

A N Á L I S E S

OLHAR:

RESUMO

MIGRANTES E IMIGRANTES

˜ VIADUTO E SEUS IMPACTOS

GLICÉRIO SOCIAL ˜ HABITAÇAO

VIDA NO CORTIÇO

VOZES

POSSIBILIDADES BIBLIOGRAFIA


ONDE LIBERDADE

N

23º37’19.50’’ S 46º37’19.50’’ O

SEM

ESCALA

DIAGRAMA DA CIDADE ˜ PAULO DE SAO


ONDE O RI

CENTRO

M TA TE UA

D AN

Í

GLICÉRIO

23 D

EM

AIO

STE RADIAL LE

CAMBUCI

BELA VISTA

LIBERDADE N

0 1 ˜ O DISTRITO DA LIBERDADE ESTA LOCALIZADO NO CENTRO DA CIDADE DE SAO PAULO E FAZ LIMITE COM A SÉ (NORTE), VILA MARIANA (SUL), CAMBUCI (LESTE), BELA VISTA (OESTE).

300M


ONDE O RI M TA TE UA

D AN

1

Í

2

23 DE M

AIO

STE RADIAL LE

N

0 1

2

ÁREA DE ANÁLISE CATEDRAL DA SÉ E ESTAÇAO ˜ SÉ ˜ LIBERDADE ESTAÇAO

300M


MARCOS ˜ localizados no entorno da área de análise e Os marcos no bairro da Liberdade estao ˜ importantes e conhecidos na cidade de Sao ˜ Paulo. Cada marco exerce influência sao ˜ estética ou dessemelhança com o entorno. de maneira diferente, seja em sua funçao,

5 1

RUA DOS ES

4

ˆ 1 - METRO LIBERDADE

R UA DA

IA ÓR GL

2 -PORTAL TORI

Localizado na Rua Galvão Bueno, tal portal causa contraste com a arquitetura típica brasileira e tem grande significado para os japoneses.

4 -POSTES JAPONESES

Por sua singularidade, tais postes marcam presença no cenário do bairro da Liberdade; estão localizados na Rua da Glória.

Importante estação de metrô da Linha Azul a estação Liberdade foi inaugurada em 1975 e movimenta em média 25 mil pessoas por dia.

LIC ÉR IO

EIRO FURTADO RUA CONSELH

3

STE

RU

2

TUDANTES

AG

RADIAL LE

ÁREA DE ÁNALISE

MAPA SEM ESCALA

3 - 1º DP Sé

O estilo eclético do 1º Departamento de Polícia Civil da Sé causa contraste com o entorno. Este localiza-se no cruzamento da Rua da Glória com a Rua Américo de Campos.

5 - PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PAZ Presente na Rua Glicério, com uma arquitetura marcante e de grande destaque religioso, tal Paróquia é importante para os moradores que ali vivem.


© 2013 Foto por: Fábio de Oliveira [Pixel Inc.]


© 2015 google

VISTA DE SATÉLITE

˜

MODELO EM 3D


VISTA NA RUA DOS ESTUDANTES

POR DO SOL NA RUA DOS ESTUDANTES


RUA DA GLÓRIA

CRUZAMENTO RUA GLICÉRIO COM ˜ A RUA SAO PAULO


© 2013 Foto por: Fábio de Oliveira [Pixel Inc.]


LIBERDADE Ao contrário do que muitos pensam, a ocupação urbana dos orientais no Brasil deu-se de forma vagarosa e violenta. Chamado inicialmente de Distrito Sul da Sé, o atual bairro da Liberdade era parte do Distrito da Sé, que fora estruturado pela Câmara Municipal de 14 de março de 1833. O longo trecho que ligava o centro de São Paulo à Zona Sul, conhecido como “caminho de Ibirapuera” ou “caminho de carro para Santo Amaro” era uma região dominada por chácaras de grande extensão territorial, marcadas pelo cultivo de chá. Desta forma, em 1863, dividiu-se tal lugar de forma que, anos à frente, em 20 de dezembro de 1905, originou-se o bairro da Liberdade, traçando-se as atuais Avenida Liberdade e Rua Vergueiro. As marcas da crueldade têm destaque no século 19: o que atualmente conhecemos como Largo da Liberdade era, na época, conhecido como Largo da Forca, onde escravos fugitivos eram amarrados e execuções eram feitas. Também no século 19 tem-se início um processo de urbanização nada sutil. O conhecido “caminho de carro para Santo Amaro” foi ocupado por trilhos de bondes e, mais tarde, uma parte deste tornou-se a Rua Domingos de Moraes. Além disso, a necessidade de abrir caminhos para intensificar os fluxos comerciais acarretou um alargamento das ruas, contando com desapropriações de terras e imóveis. Praças, largos e ruas revestidas por paralelepípedos começam a surgir.

XIX

PRAÇA DA LIBERDADE ANTIGO LARGO DA FORCA

V

METRÔ LIBERDADE V

ERD AD

E

V

A LIB

R

R. DOS ESTUDANTES

A V. D

“A LIBERDADE É A MAIOR ˆ COLONIA JAPONESA FORA DO ˜ JAPAO”

RADIA L

V

LESTE V

N ˜ SITUAÇAO ATUAL

DIAGRAMA FEITO PELO GRUPO

0

100M

C


PRAÇAS E ÁREAS VERDES

RIO TAMANDUATEÍ PRAÇA DA LIBERDADE / LARGO DA LIBERDADE

N

FURTADO RUA CONSELHEIRO

TADO

RO FUR RUA CONSELHEI

Ó RUA DA GL

RUA DA GLÓRIA

LIC ÉR IO

RUA DOS ESTUDANTES

RIA

1913

ES RUA DOS ESTUDANT

RU AG

˜ O EVOLUÇA

S

LIC ÉR IO

STUDANTE

RU AG

RUA DOS E

ANTES T UD RUA DOS ES

RIO

TE RADIAL LES

ICÉ

GL

HOJE

RUA CONSELHEIRO FURTADO RUA DA GLÓRIA

ELHEIR RUA CONS

1905

O FURTADO

RUA DA GLÓRIA

1951

DIAGRAMA FEITO PELO GRUPO COM BASE NOS MAPAS DA PREFEITURA DE SAO PAULO. SEM ESCALA.

RU A

RIO

RU AR GU LIA CÉG RLIO IC É


LIBERDADE A partir deste momento a influência oriental expandiu-se de tal forma que, no ano de 1969, através de um plano de reurbanização, se incluiu o crescimento do bairro com a expansão da Linha 1 Azul do Metrô. Anos depois, em 1974, o Bairro da Liberdade já estava totalmente implantado e marcado por decorações orientais em todas as suas construções, desde ruas e praças até às próprias edificações. Apesar dos elementos decorativos típicos do Japão, as estruturas dos edifícios são tradicionais da arquitetura de São Paulo, uma vez que o modo de construção japonês, constituído por grande uso de madeira, não se adapta com o clima brasileiro. O que se observa então, são edificações construídas à maneira brasileira, mas com decorações de fachadas japonesas. As fachadas de diversas lojas contam com elementos decorativos de madeiras e, as ruas, são repletas de postes típicos japoneses. Além disso, na Rua Galvão Bueno encontramos um Tori, que é um portal japonês e significa a divisão entre o mundo comum e o divino. Desta forma, ao passar pelo Tori, o visitante está recebendo boas vindas e entrando em um ambiente considerado sagrado, que é um pedacinho do Japão no Brasil.

XX

Fotos em ordem: Banco Bradesco na Praça da Liberdade, foto por: Dezoito55 // Tori na Rua Galvao Bueno, foto por: Geo Location

“MANEIRA BRASILEIRA COM FACHADA‘JAPONESA’ ”


ツゥ 2009 Foto por: Caio guimarテウS


LI BER DADE

Á R E A:

3.7

km2

69.092 HABITANTES 18.674 HAB/km2 IMÓVEIS NOVOS

P L A N O D I R E T O R:

6M

˜ EDIFICAÇOES COM NO MÁXIMO 6 METROS, NAO PRECISAM TER RÉCUO LATERAL OU NOS FUNDOS

LOTE MINÍMO: 125M2

5M MIN

5M

OS LOTES DEVEM TER NO MÍNIMO 5 METROS DE FRENTE, COM 5 METROS DE RÉCUO. SEM LIMITE DE ALTURA

M IN

3M

R$ 7.200 m2 R$ 6.000 m2

˜ EDIFICAÇOES COM MAIS DE 6 METROS DE ALTURA DEVEM TER RÉCUOS LATERAIS E DOS FUNDOS RESPEITANDO A FÓRMULA: R = (H - 6) ÷ 10

˜

TODOS OS DIAGRAMAS E MAPAS FORAM FEITOS PELO GRUPO E ESTAO SEM ESCALA

IMÓVEIS USADOS

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÍNIMO:

0.20

˜ TAXA DE OCUPAÇAO MÁXIMA:

0.70

TAXA DE PERMEABILIDADE MÍNIMA:

0.15

ZONA DE USO:

ZCPb/05

FONTE: EXAME 2015/ED.1089

A área estudada possui duas áreas de intervençao ˜ urbana (AIU); a AIU – 05 da Liberdade que propoe ˜ um sistema de transporte e revitalizaçao ˜ da centralidade existente; e a AIU-02 do Parque Dom Pedro II e Glicério, que propoe ˜ ˜ uma requalificaçao urbana.


23 D

EM

AIO

STE RADIAL LE

N

0

300M

ZEIS 3 – c027 ZEIS 3 NA ÁREA DE ANÁLISE ÁREA DE ANÁLISE A ZEIS 3 possui terrenos ou imóveis subutilizados, nos quais se propõe a produção e reforma de moradias para a habitação de interesse social, assim como de mecanismos de alavancagem de atividades de geração de emprego e renda. A ZEIS – c027 participa do Programa PRIHs (Perímetros de Reabilitação Integrada do Habitat), desenvolvido pela Secretaria de Habitação de São Paulo (SEHAB) e tem como objetivo a melhoria das condições de habitação em perímetros localizados na área central, as quais apresentam um quadro de degradação ambiental, grandes números de cortiços e de imóveis vazios ou sub-utilizados. O trabalho desenvolvido pelo LabHab teve como objetivo complementar a caracterização sócio-territorial dos perímetros do Glicério, contou com um mapeamento das lideranças comunitárias e com a realização de oficinas de sensibilização com moradores do bairro, para determinar um diagnóstico participativo do perímetro. A intervenção foi um trabalho do LabHab junto à população da área e em conjunto com o Laboratório Paisagem, Arte e Cultura, o qual produziu o levantamento da oferta e das condições das áreas verdes e espaços públicos na área e apontou propostas específicas para melhoria do espaço urbano. Vale ressaltar que alguns quarteirões da área de análise do projeto estão dentro da ZEIS 3.


© 2014 foto por: Alécio cezar


N

RUA DA GL

MAIS ALTO

S STUDANTE

RUA DOS E

STE RADIAL LE

ÉR IO LIC AG RU

RO FUR RUA CONSELHEI

0

200M

˜ INTERPOLAÇAO: 5M

MAIS BAIXO

ÓRIA

TADO


B

TOPO GRAFIA

0

0

736 METROS

150M

732 METROS

150M

B

773 METROS

CORTE TOPOGRÁFICO NA RUA DOS ESTUDANTES - AA

760 METROS

CORTE TOPOGRÁFICO NA RUA CONSELHEIRO FURTADO - BB

O relevo na Liberdade é marcado por declividades com altas inclinações, esta grande diferença de nível cessa na Baixada do Glicério; a topografia ainda é um pouco irregular, porém é bem mais plana do que no inicio da Rua dos Estudantes que se inicia a 773 metros de altitude e termina aos 736, resultando assim em 37 metros de desnível, distribuídos em aproximadamente 474 metros lineares (contados a partir da área de análise). O corte BB que passa na direção oposta, Norte-Sul, possui uma diferença de nível menor, de 28 metros. A topografia na Rua Conselheiro Furtado é mais plana e é marcada pelo corte da Radial Leste que é resolvido com o viaduto Shuhei Uetsuka.

A

N

A



6:00

7:00

10:00

LEVANTAMENTO REALIZADO DURANTE O EQUINÓCIO

9:00

N

8:00

11:00


12:00

13:00

16:00

LEVANTAMENTO REALIZADO DURANTE O EQUINÓCIO

15:00

N

14:00

17:00


RU A

B A RA O DE É

IG UA P

A RU

A D

G

A RI LÓ

6:00

12:00

16:00

A área de análise que compreende os bairros da Liberdade e do Glicério recebem uma boa incidência solar; Todas as áreas do bairro recebem uma boa quantidade de luz solar durante o dia, porém os quarteirões mais elevados recebem ainda mais. A topografia interfere um pouco nas baixadas, sendo que o sol poente é justamente nas áreas mais elevadas. As interferências relacionadas a edifícios com muitos pavimentos são poucas e não chegam a causar grandes impactos. As ruas estreitas e o modo como as edificações são construídas causam bastante sombras nas ruas, esse fenômeno tem seus lados negativos e positivos; negativos porque podem afetar o crescimento de algumas espécies de árvores e causam sombreamento na fachada de algumas edificações; e positivo pois mantém o clima na rua mais ameno. O diagrama ao lado mostra como a Rua da Glória é bastante sombreada durante o dia, atravês de 3 horários extremos podemos observar esta questão.

N


© 2013 Foto por: Fábio de Oliveira [Pixel Inc.]


N

RUA DA GL

ÓRIA

O EIRO FURTAD

H RUA CONSEL

RUA DOS E

S STUDANTE

STE RADIAL LE RU A

GL

IC É RIO

0 SERVIÇO RESIDENCIAL USO MISTO

USOS PREDOMI NANTES

100M COMERCIAL


DANTES R. DOS ESTU

R. DR. TOMAZ DE LIMA R. DR. LUN D

O GLICÉRIO VIADUTO D

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

O GLICÉRIO VIADUTO D

DE

R. DA GLÓR

IGUAPÉ

USOS

“A região estudada tem predominância de edifícios mistos e residenciais. Algumas destas edificações residenciais estão degradadas ou são cortiços. Na Rua do Glicério, localiza-se uma grande quantidade de serviços, percebendo-se uma grande quantidade de oficinas mecânicas, funilarias e outros serviços relacionado a veículos automotores.”

ESTACIONAMENTO OU ABANDONADO

BARÃO

INSTITUCIONAL

R. SÃO PAULO

R.

USO MISTO

IGUAPÉ

N

RESIDENCIAL

TE RADIAL LESTE - OES

DE

G DA R.

VAPÉS R. DO LA

SERVIÇO

LEI TE IRA

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

BARÃO

LÓRIA

COMERCIAL

MPOS R. AMÉRICO CA

R.

R . DA G

R.MITUTO MIZUMOTO

R.MITUTO MIZUMOTO

R. GL ICÉ RIO

EIX E

R. T

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

R. CONSELHEIR

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ



RU A A D

G LÓ RI

A

ATÉ 23 PAVIMENTOS

RU A BA R AO

D E

IG

U AP É

RA

O

D I AL

I LICÉR RUA G

LE S TE

RU A

DO S

1 PAVIMENTO

ES TU D AN TE S

Observando toda a área de análise notamos uma maior quantidade de edificações mais baixas. As edificações com mais de 10 pavimentos se concentram mais para o lado da Liberdade do que na Baixada do Glicério, observando esta perspectiva também é possível observar como os lotes são estreitos e como a maioria das edificações são coladas uma as outras.


1 PAVIMENTO

3 PAVIMENTOS

2 PAVIMENTOS

4 PAVIMENTOS


8 a 13 PAVIMENTOS

15 a 23 PAVIMENTOS


Š 2015 google


DANTES R. DOS ESTU

R. DR. TOMAZ DE LIMA R. DR. LUN D

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

O GLICÉRIO VIADUTO D

DE

R. DA GLÓR

IGUAPÉ

VIÁRIO

NÓS

“A Rua do Glicério é uma via arterial, pois faz ligação com os bairros Aclimação e Centro. A rua dos Estudantes e Rua Br de Iguape são vias locais, que atendem especialmente o uso da população do bairro.A Avenida da Liberdade é uma via de deslocamento que levam às vias de maior importância, coleta o fluxo das vias locais. Os Nós marcados levam em conta a confluência de trânsito e pessoas "

ESTRUTURAIS

O GLICÉRIO VIADUTO D

BARÃO

APENAS PEDESTRES

R. SÃO PAULO

R.

LOCAIS

IGUAPÉ

EXPRESSAS

TE RADIAL LESTE - OES

DE

G DA R.

VAPÉS R. DO LA

N

COLETORAS

LEI TE IRA

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

BARÃO

LÓRIA

ARTERIAIS

MPOS R. AMÉRICO CA

R.

R . DA G

R.MITUTO MIZUMOTO

R.MITUTO MIZUMOTO

R. GL ICÉ RIO

EIX E

R. T

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

R. CONSELHEIR

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ


DANTES R. DOS ESTU

IGUAPÉ

R. DR. TOMAZ DE LIMA R. DR. LUN D

O GLICÉRIO VIADUTO D

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

DE

O GLICÉRIO VIADUTO D

BARÃO

R. SÃO PAULO

R.

R. DA GLÓR

IGUAPÉ

IRA

LEI TE

R. GL ICÉ RIO

EIX E

N

R. T

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

DE

R.MITUTO MIZUMOTO

TE RADIAL LESTE - OES

MPOS R. AMÉRICO CA

BARÃO

G DA R.

VAPÉS R. DO LA

FLUXOS

O fluxo na área de análise é intenso apensas na Radial Leste, pois esta via expressa conecta o Centro a região Leste da cidade de São Paulo. As vias de fluxo moderado são importantes vias conectoras. A região possui um bom número de pontos de ônibus, porém estes pontos são escassos no final da Rua dos Estudantes. Os altos níveis de ruídos são causados principalmente pelo tráfego de automóveis nas vias com fluxo intenso e moderado.

ˆ ONIBUS

RUÍDOS

LEVE

R.MITUTO MIZUMOTO

LÓRIA

MODERADO

R.

R . DA G

INTENSO

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

R. CONSELHEIR

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ


Š 2015 google


DANTES R. DOS ESTU

TE RADIAL LESTE - OES

DE

IGUAPÉ

R. DR. TOMAZ DE LIMA R. DR. LUN D

O GLICÉRIO VIADUTO D

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

DE

O GLICÉRIO VIADUTO D

BARÃO

R. SÃO PAULO

R.

R. DA GLÓR G DA R.

VAPÉS R. DO LA

IGUAPÉ

LEI TE IRA

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

BARÃO

LÓRIA

N

Á

R

E

A

S

VERDES

“As áreas verdes que se destacam na região estudada são as das praças Almeida Junior, Uetsuka e Dr. Maria Margarido. As ruas que o perímetro delimitado abrange não são muito arborizadas, predominando somente as ruas asfaltadas e as edificações.”

PARQUES OU PRAÇAS

MPOS R. AMÉRICO CA

R.

R . DA G

ÁRVORES

R.MITUTO MIZUMOTO

R.MITUTO MIZUMOTO

R. GL ICÉ RIO

EIX E

R. T

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ


© 2013 Foto por: Fábio de Oliveira [Pixel Inc.]


DANTES R. DOS ESTU

IGUAPÉ

O GLICÉRIO VIADUTO D

R. DR. LUN D

R. DR. TOMAZ DE LIMA

TE RADIAL LESTE - OES

DE

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

DE

O GLICÉRIO VIADUTO D

BARÃO

R. SÃO PAULO

R.

R. DA GLÓR G DA R.

VAPÉS R. DO LA

IGUAPÉ

LEI TE IRA

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

MPOS R. AMÉRICO CA

BARÃO

LÓRIA

N

CHEIOS E VAZIOS

"Pode-se observar a existência de quadras com cerca de 95% de seu espaço ocupado, possuindo edificações próximas umas das outras. Tal fato ocorre principalmente nos locais onde temos edificações mais antigas e degradadas, ou seja, em vias próximas ao Viaduto do Glicério. Por outro lado, as edificações mais atuais estão em quadras com cerca de 70% de seu território ocupado, deixando grandes espaços entre uma construção e a outra. "

VAZIOS

R.

R . DA G

TERRENOS VAGOS

R.MITUTO MIZUMOTO

R.MITUTO MIZUMOTO

R. GL ICÉ RIO

EIX E

R. T

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ



DANTES R. DOS ESTU

R. DR. TOMAZ DE LIMA R. DR. LUN D

O GLICÉRIO VIADUTO D

DANTES

R. DOS ESTU

D R. DR. LUN

DE

O GLICÉRIO VIADUTO D

BARÃO

R. SÃO PAULO

R.

R. DA GLÓR

IGUAPÉ

ÁREAS

DEGRADADAS

“Conhecido por abrigar imigrantes e população de baixa renda a baixada do Glicério, possui varias edificações abandonadas, cortiços e ambientes hostis. Ruas como a Rua dos estudantes, a partir do cruzamento com a Rua Dr. Tomaz de Lima passa a ter muitos moradores de rua, lixo descartado de maneira irregular, odor e aspecto desagradável; O viaduto do Glicério é uma área crítica da região, onde moradores de rua e catadores de lixo se aglomeram, abrindo espaço para roubos e outros problemas sociais.”

EDIFICAÇOES ˜ ABANDONADAS

IGUAPÉ

N

CORTIÇOS

TE RADIAL LESTE - OES

DE

G DA R.

VAPÉS R. DO LA

ESPAÇO HOSTIL

LEI TE IRA

GL ICÉ R IO R.

TE RADIAL LESTE - OES

BARÃO

LÓRIA

˜ PRECÁRIAS RUAS COM CONDIÇOES

MPOS R. AMÉRICO CA

R.

R . DA G

R.MITUTO MIZUMOTO

R.MITUTO MIZUMOTO

R. GL ICÉ RIO

EIX E

R. T

300 M

100 M

0M

LEI TE IRA EIX E

R. T

RIO ICÉ

GL R.

O FURTADO O FURTADO R. CONSELHEIR

R. CONSELHEIR

R. DA GLÓRIA IA A RI LÓ

U R. SINIMB U R. SINIMB

R. ANITA FERRAZ


ANÁLISES © 2014 FOTOS POR: LUIS H BLANCO


“CLIMA DA RUA DOS ESTUDANTES”

Apesar desta área da Rua dos Estudantes ser bastante degradada, esta possui uma boa qualidade espacial, por ser plana e ser edificada por residências com poucos pavimentos, esta rua possui um ar interiorano e que com uma recuperação pode ter um grande potencial.

“SOCIAL”

A baixada do Glicério possui alguns bons programas sociais, que ajudam os moradores do local. Além destes programas, a prefeitura prevê algumas áreas que devem ser utilizadas para interesse social.

Os impactos do viaduto geram problemas que oscilam entre interferências urbanas e interferências sociais. ‘Casa’ de vários moradores de rua, o Viaduto do Glicério + Radial Leste, é talvez a ônus da Baixada do Glicério.

“ABANDONO”

RESUMO “O L H A R”

“CHINATOWN X ˜ MIGRAÇAO”

Uma grande quantidade de migrantes de várias partes do mundo vivem na Liberdade e na baixada do Glicério. Esta segregação as vezes optativa, as vezes não, gera impactos positivos e negativos na área de análise.

“MEDO”

Travessas e ruelas lindeiras ao viaduto possuem um aspecto hostil. Edificadas com uma grande quantidade de cortiços e moradias irregulares, causam desconforto em quem mora, vive ou passa por ali.

RESSALVA: TODOS OS DIAGRAMAS, FOTOS E TEXTOS FORAM IDEALIZADOS PELOS INTEGRANTES DO ˜ SER QUE DITO O CONTRÁRIO. GRUPO, A NAO


HAITI

CONGO

LIBERDADE GLICÉRIO

O bairro do Glicério é muito conhecido por abrigar migrantes, tanto estrangeiros quanto brasileiros de outras regiões. Por não possuírem moradia própria, muitos deles moram em pensões, cortiços ou abrigos da Igreja Nossa Senhora da Paz. A situação em que moram é precária, na maioria das vezes, resume-se a um quarto de 6 a 9 m² para uma família de 6 pessoas, em uma habitação com 13 quartos e 2 banheiros para essas famílias. Todos eles vieram em busca de seus sonhos, alguns encontraram uma situação melhor da qual possuíam em suas cidades natal, outros se depararam com a mesma “sub-vida” que possuíam. A maioria dos haitianos mora no abrigo da Igreja Nossa Senhora da Paz, integra a classe trabalhadora de mão-de-obra barata na construção civil e pretende voltar para seu país. Por terem essa “sede” de trabalho, eles aceitam qualquer proposta, sendo assim, muitos trabalham fora de suas áreas de formação em um sub-emprego. Essa ambição faz com que eles sofram um pouco de xenofobia – apesar de o Brasil ser conhecido como o melhor país para imigrantes – pois são trabalhadores disciplinados e de rápido aprendizado. No primeiro fim de semana desse mês de agosto, seis imigrantes haitianos foram baleados em dois atentados na região da Baixada do Glicério, onde vivem, não houve morte e os feridos já tiveram alta e voltaram para o abrigo da igreja, "Não sei se foi xenofobia ou se há algo por trás. Mas é fato que em época de crise reações agressivas como essa acabam surgindo. É lamentável. Isso preciso ser investigado", diz o padre Antero João Dalla Vecchia, o diretor da Casa do Migrante e pároco da igreja. Na Baixada do Glicério há diversos projetos sociais que auxiliam esses migrantes, oficinas de confecção de produtos artesanais, de atividades para entreter as crianças, aulas de português para os estrangeiros entre outras atividades que ajudam a integrá-los à sociedade.

CHINA

PERU

J A P AO

COLÔMBIA


A Radial Leste + o Viaduto do Glicério gera imensos impactos na Liberdade e na Baixada do Glicério, impactos estes que vão além da poluição ambiental, sonora e visual; a radial é a ônus da região.

STE RADIAL LE

O

M TA

AN

300M

N

EÍ AT DU

˜ REGIOES IMPACTADAS PELA RADIAL DENTRO DA ÁREA DE ANÁLISE

0

IMPACTOS DO V I A D U T O

1

RI

GRAFITE DOS ARTISTAS OS GÊMEOS EM UM DOS PILARES DO VIADUTO

Ligando as zonas Leste - Oeste e Sul de São Paulo.Ao longo de seu percurso até chegar na entrada para a Av. Vinte e Três de Maio o Viaduto que passa a ser a Av. Radial Leste é cortado por uma séries de outros viadutos que se encontram na região da Liberdade, são eles: Viaduto Shuhei Uetsuka (Rua Conselheiro Furtado); Viaduto Mie Ken (Rua da Glória); Viaduto Cidade Osaka (Rua Galvão Bueno) e por fim a Av. da Liberdade. Moradores ocupam a parte inferior do viaduto e as ruas lindeiras, gerando assim vários problemas sociais. Os carros trepidam no “andar superior”, passando por ali sem ao menos notar a tristeza e o abandono a metros de distância.

MORADORES DE RUA QUE VIVEM EMBAIXO DO VIADUTO


GLICÉRIO SOCIAL Alguns movimentos sociais vem fazendo a diferença na Baixada do Glicério, trazendo ajuda e esperança aos desamparados que moram na região. Selecionamos 6 projetos na região:

Projeto Tabor

Rua dos Estudantes, 287 - Glicério

O projeto social promove oficinas de artesanato que qualificam mulheres para uma geração de renda.

Cozinha Pedagógica Escritório de Inclusão Social Glicério Rua Barão de Iguapé, 900 - Glicério

Oferta, por meio de cursos de capacitação, possibilidades de Geração de Trabalho e Renda, além de uma melhoria na qualidade de vida da territorialidade no que se refere a alimentação. Desenvolve cursos de qualificação profissional, treinamento relacionado à Gastronomia e desenvolve o projeto do SESI “Alimente-se Bem”.

Missão da Paz

Rua Glicério, 225 - Liberdade - São Paulo, SP

Acolhe os migrantes, imigrantes e refugiados, entendendo suas histórias, respeitando suas identidades e celebrando, com alegria, a interculturalidade presente no encontro entre as diversidades. Promove cursos de português, cursos profissionalizantes nos ramos da construção civil, beleza, moda, saúde e atenção ao próximo, qualificação em serviços domésticos e qualificação em serviços de varejo alimentar.

Projeto Criança Fala

O projeto, o qual tem parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Belas Artes, escuta das crianças, por meio de metodologia lúdica de escuta, para incluir suas vozes e olhares (o que querem, pensam, sonham, desejam, suas ideias, necessidades) na elaboração e execução das políticas públicas, projetos arquitetônicos, projetos políticos pedagógicos e gestão de espaços e equipamentos.

Comunidade Novo Glicério

Rua Frederico Alvarenga, 391-A - Glicério

A ONG iniciou com o inconformismo de Dona Eva Marisa Alvez, diarista e mãe solteira, começou a investir seus poucos recursos em atividades para crianças e adolescentes do bairro, para evitar que elas se envolvessem com a criminalidade da região. Ela buscou ajuda de instituições, espaços para os treinos, e com a intervenção da 1ª Dama do Estado, um espaço de 7.000 metros foi cedido pela Secretaria de Segurança, esse lugar é onde, hoje, localiza-se a sede da comunidade.

Associação Fábrica De Cidadania Rua Texeira Leite, 170 - Glicério

A companhia Aché possui diversos projetos sociais, um deles é localizado no bairro do Glicério e deu início às atividades com a implantação do Centro para a Criança e o Adolescente, eles participam de atividades de educação complementar, como artes, educação física, informática, capoeira, inglês e noções de cidadania.


HABI ˜ TAÇAO SOCIAL Analisar o processo ocupacional e o desenvolvimento urbano de São Paulo deixa qualquer um boquiaberto. O espanto causado pela rápida expansão urbanística mistura-se com o fato de que, assim como em todas as metrópoles de terceiro mundo, a oferta de habitações sociais não dá conta de tantas famílias carentes. As imobiliárias privadas voltam-se para as classes média e alta e, então, o governo, para tentar alcançar as populações com rendas mais baixas garantindo-lhes abrigos dignos e em condições boas para se viver, fundou, em 1965, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB-SP. Tal programa surge com o intuito de gerar soluções de habitação na região metropolitana de São Paulo, promovendo a construção de novas moradias populares. Outra realidade que choca são os números: durante vinte anos a COHAB-SP produziu cerca de 90 mil habitações. Um número expansivo, mas que corresponde apenas a 2,5% do parque de habitações da região metropolitana de São Paulo. Além disso, a produção anual de 12.500 unidades habitacionais cobre apenas 8% das necessidades da população de baixa renda.

E não acaba por aí. Além da insuficiência habitacional, o olhar crítico da população é algo que expande ainda mais os impactos de uma habitação social. Tem-se a ideia fixa de que os núcleos residenciais projetados pelo governo foram ali implantados para se tornarem pontos de baixa segurança, acarretando assaltos e tráfico de drogas, ou locais degradados. Tal pensamento vem à tona porque, em casos específicos, existem famílias que não valorizam tal empreendimento e acabam vendendo partes do mesmo em troca de algum dinheiro. Essa realidade existe e não deve ser desconsiderada, porém, deve-se levar em conta que o número de famílias carentes é grande e que tentar abrigá-las faz-se necessário para o desenvolvimento urbano e econômico da cidade. Em São Paulo existem unidades de habitações sociais em diversos pontos da cidade: Guarulhos, Interlagos e Santo Amaro são algumas das regiões da cidade que possuem obras da COHAB-SP. Na zona norte, localizado no bairro da Vila Guilherme, temos o conhecido Cingapura, um exemplo de unidade habitacional idealizado pelo antes governador Paulo Maluf baseado nas construções da cidade de Cingapura. Mas ainda assim tal investimento governamental não para: de junho para cá mais de 500 residências foram entregues, beneficiando mais de duas mil pessoas. Regiões como Itaquera e São Mateus, na zona leste da cidade, foram

algumas das áreas que receberam novas habitações. Além destas, Ribeirão Preto, localizado no Capão Redondo, na zona sul da capital, também faz parte das regiões que recentemente ganharam um novo conjunto habitacional popular. Além disso, deve-se unir o conceito de projeto habitacional com a intenção de gerar renda, incentivando sempre as famílias a buscarem uma fonte de lucro. E é aí que se insere a ideia de centralidade. Ao implantar-se uma unidade habitacional numa região central, o acesso ao mercado de trabalho é, de certa forma, facilitado pela proximidade, uma vez que os centros urbanos são áreas marcadas pela presença de edifícios comerciais e linhas de transportes públicos.


“ERA UM QUARTO QUE MEDIA 3X3 E MORAVAM 7 PESSOAS,ERA MENOR QUE MINHA COZINHA” Assistente Social, 53 anos

2 BANHEIROS

PREÇO MÉDIO DO ALUGUEL POR QUARTO:

R$700,00

FONTE: FOLHA - 2014

“A ANTIGA CELA DO EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU POSSUIA 23M2, E ELE FICAVA SOZINHO”

AGORA IMAGINE PARA 7 PESSOAS

VIDA NO CORTIÇO

PLANTA ILUSTRATIVA DE QUARTO NORMAL PARA DUAS PESSOAS COM 9M2

FONTE: FOLHA - 2014

14 QUARTOS

“UMA CELA NO COMPLEXO PENINTENCIÁRIO DA PAPUDA TEM EM MÉDIA 15M2” UM TÍPICO CORTIÇO: 7 PESSOAS POR QUARTO


“ Nós sentimos falta de parques aqui no bairro, uma área pra levar as crianças pra brincar. Essas praças que tem aqui são todas sujas e mal cuidadas.” ARTESA˜ - 64 ANOS

“A gente precisa passar no médico e não tem, quase quatro meses aguardando. Quando não tem atendimento, eu tenho que ir no municipal e ainda ta lotado.”

“Aqui no UBS do Glicério, o ter- “Eu trabalho, eu sou digno. ritório é muito populoso devido a Eu trabalho bastante para ver chega dos haitianos e com uma minha família digna.’’ CATADOR DE LIXOpopulação em situação de rua no 49 ANOS parque Dom Pedro, o serviço nao da conta de atender todo mundo e os moradores de rua.”

“Eu não posso falar que eu moro no viaduto do Glicério, as pessoas julgam como bandido, ladrão, ex presidiário.”

MORADOR DE RUA - 41 ANOS

IMIGRANTE DO CONGO - 37 ANOS

“Eles dizem que o lugar é feio, mas eu vejo a beleza”

VOLUNTÁRIA EM PROJETO SOCIAL56 ANOS

APOSENTADA - 72 ANOS

"É um bairro muito bom de morar, mas infelizmente a sujeira é demais"

“Eu sai da minha terra pra procurar um trabalho melhor, ganhar melhor, mas quando você sente na pele a realidade dessa cidade, é outra coisa. É difícil ... e eu agora eu não tenho como voltar pra lá.” MORADOR DE RUA - 29 ANOS

EMPREGADA DOMÉSTICA43ANOS

MORADORA DE RUA - 38 ANOS

“ O neném chora porque quer tomar um leite, porque agora ele ta com um ano e seis meses, já ta entendendo, e eu saio na rua pra pedir. Muitas pessoas não me dão, mas quando eu pego meu neném no colo, poxa, mas dói meu coração levar ele pra pedir comida, ai eles me dão.”

VOZES CHEF - 36 ANOS

DESEMPREGADA - 33 ANOS

“Aqui é melhor que lá, aqui eu tive meu filho.”

MORADOR DE RUA - 20 ANOS

MORADOR DE RUA - 32 ANOS

IMIGRANTE DA CHINA - 28 ANOS

“Essa área é perigosa, mas o custo “Às vezes eu preciso passar por ainda é mais baixo” cima de um viciado em crack para poder abrir a porta do restaurante. “Ninguém ajuda a gente, é por isso que estamos aqui na rua.” Mas tudo bem, já que chegar até “Durante o dia passam muitas pessoas aqui é parte da experiência da do nosso lado, mas ninguém consegue nossa clientela” imaginar a situação que vivemos.” “Poderiam construir uma faculdade” DESEMPREGADA - 39 ANOS

“Não tem um lugar para as crianças brincarem.” DESEMPREGADA- 51 ANOS


POSSIBILIDADES

QUAL ˜ O? QUARTEIRA Qual quarteirão é melhor para construir uma nova habitação de interesse social? Inúmeros lotes possuem casas que podem ser recuperadas e transformadas em novos lares, mas como o intenção do projeto esta relacionado a construção de um novo, elaboramos um diagrama com base na análise de cada quarteirão.

˜ NAO Estes quarteirões já estão bastante edificados e não possuem tantas edificações degradadas. Os poucos cortiços e edificações abandonadas localizadas nestes quarteirões não são tão grandes para a construção de uma nova habitação com interesse social. O que seria interessante é a recuperação e revitalização destas edificações e ruas degradadas.

TALVEZ Estes são talvez os quarteirões mais degradados de toda Liberdade e Baixada do Glicério, porém a construção de lares nestas áreas talvez não seja a melhor opção. A Radial Leste e o Viaduto do Glicério causam um grande impacto e morar ao lado de uma via expressa, que movimenta milhares de automóveis todos os dias, não é o melhor cenário. A melhor opção para recuperação destas áreas, seria a transformação em um parque linear a radial ou zonear estas áreas para usos institucionais, comerciais ou de serviços.

LÓ RUA DA G

O R. CONSELHEIR

BOA ESCOLHA Os quarteirões 1, 2, 3 já são previstos para a construção de habitações com interesse social (ZEIS 3), porém todos estes outros quarteirões marcados possuem um grande potencial. As quadras lindeiras a Rua dos Estudantes são as mais degradadas e pedem por intervenções de qualidade.

UDANTES R. DOS EST

STE RADIAL LE

1

RIO

ICÉ

GL

RU A

3

0

2

N

100M

RIA

FURTADO


POSSIBILIDADES

IDEAL

Apesar de a proposta para o projeto não ser um masterplan na área, algumas mudanças seriam ideais. Para enaltecer nossas ideias e opiniões elaboramos um diagrama ilustrativo que demostra algumas alterações que causariam um impacto profundo na região da Baixada do Glicério e consequentemente na Liberdade. IRO RUA CONSELHE

TUDANTES RUA DOS ES

STE RADIAL LE MIN. 35 M

N

R

LIC ÉR

Os cortiços e edificações abandonadas deveriam ser recuperadas, ou caso não seja possível, transformadas em habitações de interesse social. As calçadas poderiam ficar mais largas, permitindo uma melhor apreciação do espaço urbano.

MAIOR E NOVO

positivos e não negativos.

A construção de um parque linear a Radial Leste e ao Viaduto do Glicério, é talvez o feito que mais causaria impacto na área. Este parque poderia ser repleto de bons equipamentos urbanos tanto relacionados ao lazer quanto a cultura. A falta de um bom lugar para convívio é uma grande demanda na área, e os impactos no entorno, causados pela Radial, seriam

PARQUE NA RADIAL

A criação de habitações de interesse social com uso misto e inseridas no entorno é uma causa nobre. Esta inserção melhoria o convívio tanto dos moradores quanto dos vizinhos, Conjuntos Habitacionais não teriam mais um “ar segregador”.

NOVAS H.I.S

O grande número de becos e vielas na Baixada do Glicério gera ambientes hostis que são pontos para problemas sociais. A degradação é uma marca destas estreitas ruas sem saída, e o ideal seria a eliminação de todas elas.

˜ MAIS RUAS SEM SAÍDA NAO

UA G

100M

RESSALVA: ESTE DIAGRAMA É APENAS REPRESENTATIVO, NADA FOI PERFEITAMENTE ˜ DIMENSIONADO, A INTENÇAO É MOSTRAR A NOSSA IDEIA DE MELHORIA.

0

RI A RUA DA GLÓ

FURTADO

IO


Autor desconhecido. Fabrica de cidadania e outros projetos. Disponível em <http://www.ache.com.br/RelatorioAnual-2010/pt/sociedade/fabrica-de-cidadania.html>. Acesso em agosto de 2015. Autor desconhecido. Primeira cozinha pedagógica começa a funcionar dia 28 de fevereiro. Disponível em <http://www.sampaonline.com.br/noticias/cozinhapedagogica2008fev21cursos.php>. Acesso em agosto de 2015. Autor desconhecido. A missão Paz é um trabalho desenvolvido pelos missionários Scalabrinianos e seus colaboradores. Disponível em <http://www.missaonspaz.org/#!nossamissao/c1dop>. Acesso em agosto de 2015. Informações relacionadas a inclusão social urbana. Disponível em <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/assistencia_social/editais/Apresentacao_ SessaodeInfo2111.pdf>. Acesso em agosto de 2015. Autor desconhecido. Comunidade novo Glicério – O começo de tudo. Disponível em <http://comunidade-novoglicerio.blogspot.com.br/search/label/1%C2%BA%20Sobre%20a%20ONG>. Acesso em agosto de 2015. QUEIROZ, Luiz. Sonhos de crianças se tornarão realidade no Glicério. Disponível em <http://www.jornalggn.com.br/noticia/sonhos-de-criancas-se-tornarao-realidade-no-glicerio>. Acesso em agosto de 2015. Autor desconhecido. Projeto criança fala. Disponível em <http://www.criacidade.com.br/projetos.html>.Acesso em agosto de 2015. ROMERO, Simom. Imigrantes alteram perfil do centro de São Paulo. Disponível em <http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/viagem/noticia/2014/05/imigrantes-alteram-perfil-docentro-de-sao-paulo-4490024.html>. Acesso em agosto de 2015. DICHTCHEKENIAN, Patrícia. Haiti no Glicério: O cotidiano da diáspora haitiana np centro de São Paulo. Disponível em <https://aribeiroadvogado.wordpress.com/tag/baixada-do-glicerio/>. Acesso em agosto de 2015.

BIBLIOGRAFIA

TAVARES, Pedro. Haitianos sofrem atentado na baixada do Glicério. Disponível em <http://vejasp.abril.com.br/materia/haitianos-sofrem-atentados-no-glicerio/>. Acesso em agosto de 2015. TRUFFI, Renato. Um desastre humanitário no centro de São Paulo. Disponível em <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-desastre-humanitario-no-centro-de-sao-paulo-9065. html>. Acesso em agosto de 2015. Informações sobre o zoneamento da cidade de São Paulo. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/planos_regionais/index.php?p=1897>. Acesso em agosto de 2015. Informações sobre o fluxo do bairro Liberdade. Disponível em <http://maplink.com.br>. Acesso em agosto de 2015. TSUKUMO, Isadora. Habitação Social no Centro de São Paulo: legislação, produção e discurso. Dissertação de Mestrado. São Paulo. 2007. DIOGO, Érica. Habitação social no contexto da reabilitação urbana da Área Central de São Paulo. Dissertação de Mestrado. São Paulo. 2004. FRANÇA, Elisabete. COSTA, Keila. Do Plano ao Projeto: Novos Bairros e Habitação Social em São Paulo. 1ª ed. 2012. Disponível em <http://www.habisp.inf.br/theke/documentos/pmh/2012/pmh_vol2_ port/>. Acesso em agosto de 2015. SACHS, Céline. São Paulo: Políticas Públicas e Habitação Popular. 1999. Informações relacionadas aos novos projetos e aos já existentes obtidas através do site da Secretaria Municipal de Habitação. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/habitacao/>. Acesso em agosto de 2015. Autor desconhecido. Banco de Dados da Folha; Acervo Online. Disponível em <http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_liberdade.htm>. Acesso em agosto de 2015. Bocci, Diego. Bairro da Liberdade e a imigração japonesa: a idéia de Bairro Japonês. Disponível em <http://www4.pucsp.br/revistacordis/downloads/numero2/revista_cordis2_diego_pesquisa.pdf>. Acesso em agosto de 2015. Scavone, Marcio. Oriente Próximo. Disponível em <http://www.marcioscavone.com.br/files/texts/


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.