PRAÇA CÊNICA ENGASGA GATO
Gabriel Castello Braga 2015
PRAÇA CÊNICA ENGASGA GATO
Trabalho final de graduação TFG 2015 Arquitetura e Urbanismo Uniseb COC Gabriel Castello Braga Professora orientadora: Ana Lúcia Ferraz
Ribeirão Preto 2015 3
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Dedico este trabalho “a consciência, que permanesce em algum lugar do universo.” Francisco Gimenes (1959-2015)
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“Uma parte de mim é permanente; outra parte se sabe de
repente.” Ferreira Gullar
Subordinado a este trabalho, identifica-se a ânsia na propagação da Arquitetura e Arte em um contexto urbano. É notória a premência de difusão da arte como uma constante na vida humana. E em virtude da implantação e viabilidade deste anseio, torna-se justa a proposta de voltar-se a atenção às trivialidades cotidianas. O belo encontra- se no inesperado, no mínimo ou máximo, nas sensações físicas ou espirituais, na paixão ou desilusão; e para tornar possível um contato maior com tais percepções e sensibilidades, propõe-se aqui, o projeto da Praça Cênica - Engasga Gato.
IN DI CE
12 14 16 19
Introdução Re-territorialização Arte e Lugar
22 40 49 53 55 56 57 58 59
RedBull Station Pivô FAAP Tempo e Lugar
Intervenção em pré-existencia
Con.Texto Ribeirão Preto Espaços para arte Engasga gato + Confluências
Praça Cênica
73 74 79 96 81
Andy Warhol - The Factory Residência Artística
Diederichsen
Conceito
Conclusões Finais Bibliografia
Partido/Programa Praça Cênica - Engasga Gato
Introdução
“Espaço vazio é espaço nunca desperdiçado.”
Andy Warhol
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A proposta de trabalho é uma Praça Cênica e que em seu programa abrigue também a Residência Artística - Engasga Gato, na cidade de Ribeirão Preto. O projeto irá discorrer sobre o deslocamento, troca de experiências e os seus reflexos no espaço arquitetônico. O conceito de residência artística se difundiu primeiramente na Europa, Estados Unidos e Japão a partir dos anos 80, com o proposito de oferecer moradias temporárias e com ajuda de custo para que os artistas pudessem se dedicar inteiramente as suas obras. Os programas de residência artística sempre propõe a mobilidade dos profissionais das artes com o proposito de criar novas experiências no contexto estrangeiro. O ato de se deslocar esta presente na essencia da residencia artistica, e permite a construção de novos conhecimentos, técnicas, repertórios e sensações. O conhecimento adquirido em uma residência artística se dá pela experiência e pela troca, é uma experiência única para o artista. A necessidade de buscar novas formas de experimentar e vivenciar o mundo pode explicar o interesse e necessidade de artistas que procuram as residencias. É preciso afirmar a residência artística como espaço distinto daquele que se destina a uma educação escolar. O espaço onde será inserida a moradia da residência artística é um edifico já existente na cidade de Ribeirão Preto, o Edifício Diederichsen. O edifício foi a primeira edificação multifuncional e vertical da cidade. Edifício e entorno serão premissas norteadoras de projeto. A possibilidade de convivência com o passado/história/presente é essencial para a estadia do artista em seu novo meio. Todo o entorno imediato do Edificio Diederichsen será ocupado pelo programa e necessidades do projeto, onde será proposto praças cênicas, ateliês cênicos e aréa de exposição. Atravez dos capitulos serão apresentadas leituras projetuais das principais residencias artisticas atuais do Brasil e então adentremos ao Edificio Diedericsen e proposta projetual.
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Re-territorialização Relação do artista com o desconhecido, ele aceita não apenas visitar ou estar, mas sim estabelecer vínculos com as pessoas, os espaços e lugares, permite-se relacionar para produzir. Ansiedade e medo são elementos importantes no estar deslocado e viver junto, inserir o artista em um novo contexto, o artista não tem mais o controle absoluto, lança-se uma experiência que o toma por inteiro. “... não se trata apenas de multiplicar os destinos, como fazem muito bem as agências de turismo, mas sim de desenvolver relações de reciprocidade, que permitam que todo lugar possa operar como centro, lugar de chegada, acolhimento e partida; re-territoali-
zação. E não apenas ponto de partida para viagens, mas sobretu-
do ponto de partida como perspectiva de aquisição de suficiente autonomia para se estabelecer como possibilidade de construção e coautoria de narrativas próprias...” Ana Vasconelos 1
“A memória me falha. Esqueço quem me narrou esta curta história e muito menos recordo quem eram os seus protagonistas. Mas me lembro de tratar-se de um grupo em viagem da América do Sul á Europa ao qual integrava uma liderança indígena. Ao chegarem em outro continente e desembarcar do avião, esta personagem ameríndio foi rapidamente sentar-se em um dos bancos do aeroporto. Surpresos e sem entender tal inesperado gesto, os outros membros do grupo ao ver que o dito não se levantava para prosseguir viagem, lhe indagaram sobre a razão do que fazia. Este então disse: estou esperando meu espírito; o corpo viajou mais rápido.” Amilcar Packer 2 1
Ana Vasconcelos é mestre em história e especialista em gestão pública. Desde 2011, é chefe de divisão do centro de programas integrados - CEPIM/FUNARTE
Amilcar Packer é artista e curador, nascido no Chile e radicado no Brasil. É co-diretor do programa internacional de residências artísticas de pesquisa Capacete, no Rio de Janeiro, e professor convidado do programa de Arte, Pesquisa e Prática da Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, França, além de outras instituições de pesquisa no Brasil. 2
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Arte e Lugar
Andy Warhol - The Factory
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A The Factory (1960) foi um refugio artístico fundado pelo artista Andy Warhol3, localizada em Manhattan, Nova Iorque. O espaço funcionava de maneira mágica, artistas de todos os tipos pretendiam ultrapassar os limites da realidade produzindo na The Factory. A proposta de Warhol era deslocar os artistas de uma estrutura oficial de arte e inseri-los em uma estrutura de troca. A arte começou a sair dos grandes e convencionais institutos de arte e começou a invadir o meio urbano. Warhol abrigava todo e qualquer tipo de artista na The Factory, criando assim uma comunidade artística única , podendo ser considerada o marco inicial das residências artisticas. A The Factory possuia programa simples, divido em: > O ESTÚDIO A The Factory era famosa por suas festas extraordinárias e frequentada por artístas modernos, boémios e excêntricos. A cada dia algo novo estava acontecendo. Warhol ficou famoso quando ele trabalhava dia e noite em suas pinturas, que consistem em serigrafias e litografias, produzidas em série, da mesma forma que as grandes empresas capitalistas fabricam produtos para consumo. Para continuar esta dinâmica se reuniram em torno dele um círculo de estrelas pornô, toxicodependentes, travestis, músicos e pensadores livres que ajudam Warhol a desenvolver suas fotos, atuar em seus filmes e criar o ambiente que fez da fábrica uma lenda. (WIKIPEDIA) >MÚSICA NA THE FACTORY A fábrica se tornou um lugar de encontro de músicos como Lou Reed, Bob Dylan, Brian Jones e Mick Jagger. The Velvet Underground, do grupo Reed, tocando regularmente em festas no estúdio. Warhol desenhou a famosa capa do álbum de estreia The Velvet Underground and Nico em 1965, disco cujos créditos também aparece como um produtor. A capa do álbum foi a vinheta de uma banana para descartá-lo descobertos sob uma casca de banana. (WIKIPEDIA)
> SILVER FACTORY O estúdio era conhecido entre seus frequentadores antigos como Silver Factory, porque as paredes estavam cobertas com papel de estano, espelhos quebrados e pintura de prata, uma decoração que Warhol muitas vezes complementava com balões da mesma cor. A prata representava tanto o declínio do mundo como o glam-proto de 1960. O decorador do estudio foi Billy Name, amigo de Warhol, que também trabalhou como fotógrafo para a fábrica. Depois de visitar o apartamento de Name, decorado da mesma forma. Warhol ficou apaixonado com a ideia e pediu-lhe para fazer o mesmo para seu estúdio. Billy Name deu o seu estilo para a Fábrica, que combina a estrutura industrial do estudo sem mobília, com a cor prata brilhante. Os anos da Fábrica eram conhecidos como Era de Prata, não só para o projeto local, mas também pelo decadente e despreocupado estilo de vida dos personagens regulares do estudo, com base no dinheiro, festas, drogas e a fama. Além de criar suas pinturas, Warhol também usou a fábrica como uma base para fazer seus filmes, esculturas. (WIKIPEDIA)
Andy Warhol é conhecido por seu talento criativo e por transformar objetos cotidianos em ícones da cultura pop. Warhol estava no centro da vanguarda do mundo da arte de Nova York. Artista visual e cineastra. 3
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Everywhere is my land, nowhere is my land
Ant么nio Dias
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Arte e Lugar RESIDIR: do latim residere. Verbo regular, transitivo circunstancial e transitivo indireto. 1- Morar, estar estabelecido em um lugar onde se dorme regularmente, estanciar, habitar, viver. 2- Estar, achar-se. 3- Fig. Ter seu fundamento, seu lugar em: O poder reside no povo. Consistir em: É na arte que reside o problema.
Residência Artística
É preciso afirmar a residência artística como espaço distinto daquele que se destina a uma educação escolar. Tempo, espaço e trocas. A residência artística é pensada como um espaço destinado à criação artística, onde se transforma em lugar de troca e reconhecimento, no qual os residentes recuperam o significado entre os valores das relações arte e vida. Processos de criação e deslocamento são pensados como forma contemporânea de produção, do qual troca e vida coletiva se tornam peças fundamentais no residir do artista. A residência nesse contexto é reconhecida como um instrumento de transformação, promovendo relações mais amplas do que as instituições formais de arte. O objetivo da residência é promover novas experiências artísticas e implantar o artista em um ambiente de trocas, integrando-o em um novo contexto; de forma que essas experiências se tornem elementos significativos no processo de criação e transformação do artista. Espaço e tempo são articulados para proporcionar uma condição de vida, criação e de trabalho do artista. A necessidade de buscar forma de experimentar e vivenciar o mundo pode explicar esse interesse e necessidade de artistas contemporâneos procurarem as residências artísticas. A condição de oferecer tempo e espaço para criação é a proposta. O tempo é um elemento que merece destaque dentro da residência, o artista é inserido há uma nova dimensão; retirado de dia a dia e sendo inserido em um tempo absolutamente diferente e distinto do seu tempo habitual. O artista habita também um espaço diferente do seu habitual; onde se dedica especificamente a suas atividades e trabalhos. O deslocamento é importante, se deslocar do seu espaço original e se instalar em novas condições de trabalho acaba rompendo paradoxos e cria um espaço-tempo especifico para a produção. É como desloca-lo do tempo e no espaço e inseri-lo em outro e novo contexto. “As residências artísticas deixaram de ser ‘solenes desconhecidas’ e já começam até a merecer a atenção do setor governamental, que passa a reconhecer sua importância como eficazes instrumentos para o estímulo da criatividade e da produção cultural no país.” (Augusto Albuquerque)
“As residências artísticas são um movimento fundamental na construção e dinamização de novos públicos para a arte e para a cultura, além de um campo ímpar para a experimentação artística. Não podemos deixar de observar que essa é também uma alternativa eficaz para certas limitações do mercado estabelecido para as artes, criando um novo campo de relação entre a arte e seu público” (Ester Moreira)
“Uma experiencia de residência pode gerar uma reflexão, uma adoção de novos paradigmas na produção criativa do artista, sem necessariamente gerar naquele instante histórico um objeto, um produto.” (Augusto Albuquerque)
“Porém, a confiança e o conhecimento que ele adquire durante esse período é de extrema importância.” (Augusto Albuquerque)
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Residência Artística - Brasil - Localização
RESPOSTAS
PERCENTUAL
Artes visuais
118
9%
Artes integrafas
118
9%
Audiovisual
109
9%
Teatro
97
8%
Fotografia
95
8%
Dança
90
7%
NORTE
Cultura popular/Manifestações
85
7%
SUL
Música popular
69
6%
Literatura
59
5%
Cultura digital/Arte e Tecnologia
57
5%
Artesanato
52
4%
Circo
50
4%
Patrimônio imaterial
50
4%
Bandas de música
49
4%
Design
36
3%
Moda
29
2%
Patrimônio material
25
2%
Músico Erudita
23
2%
Museus
18
1%
Jogos eletrônicos
10
1%
Outras
13
1%
TOTAL
1252
100%
As residências artísticas estão mais presentes no Sudeste, depois a segunda região com mais residencias é o Nordeste, seguidas pelo Centro-oeste, Sul e Norte. DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DAS RESIDÊNCIAS
SUDESTE NORDESTE
CENTRO-OESTE
Distribuição das Residências por região, com indicação de localização em capitais REGIÃO
SITUADAS EM CAPITAIS
FORA DAS CAPITAIS
TOTAL
Centro-Oeste
9
9
18
Nordeste
17
22
39
Norte
5
4
9
Sudeste
51
59
110
Sul
8
7
15
Total
90
101
191
O estado com maior registro de residências foi São Paulo, seguido de Rio deJaneiro e Minas Gerais, confirmando os dados da tabelo anterior, que demonstram a maior concentração no Sudeste. Fora da região Sudeste, o estado com número mais expressivo de residências é o Rio Grande do Sul. Na região nordeste, os estados com maior ocorrência são Bahia e Ceará. 20
Residência Artística - Brasil - Linguagens artísticas LINGUAGENS ENVOLVIDAS E DESENVOLVIDAS EM RESIDÊNCIAS ARTíSTICAS
As artes visuais e artes integradas são as linguagens mais presentes nos programas de residências artísticas, seguidas pelo audiovisual. Também é grande a presença das artes cênicas, em especial teatro e dança, e iniciativas voltadas à cultura ou arte digital. No campo “outras”, foram incluídos segmentos como curadoria e crítica de arte e pesquisa teórica
Residência Artística - Brasil - Público alcançado Os programas de residências artísticas priorizam as populações locais e artistas, em seguida vêm os estudantes, os produtores culturais e os pesquisadores. PRINCIPAL PÚBLICO A SER ATINGIDO
RESPOSTAS
PERCENTUAL
Cidadões locais
163
30%
Artistas
160
29%
Estudantes
99
18%
Produtores culturais
67
12%
Pesquisadores
52
10%
Outros
2
0%
TOTAL
543
100%
Residência Artística - Brasil - Resultado das ações A produção resultante dos diversos programas de residência artística é diversa. Destacam-se os resultados relacionados à documentação, gravação, fotografias e sua disseminação por meios digitais.
Residência Artística - Brasil - Atuação O local mais indicado para a realização dos programas foi a própria sede da residência artística, seguidos de locais abertos como praças públicas, e centros culturais ou espaços multiuso. Esquipamentos culturais, Pontos de Cultura, teatros e museus também figuram como espaços de realização.Chama a atenção a considerável presença de espaços ao ar livre e/ou de áreas rurais. ONDE AS AÇÕES SÃO REALIZADAS?
REPOSTAS PERCENTUAL
Na sede da instituição organizadora do programa
149
18%
Locais abertos como praças e ruas
118
14%
Centros culturais/ Espaços multiuso
112
14%
Instituições de ensino, como escolas e creches
83
10%
Locais pertencentes a fundações municipais e secretarias de cultura
69
8%
Pontos/Pontões de Cultura
69
8%
Teatros
59
7%
Outros equipamentos culturais como bibliotecas públicas
49
6%
Galerias de arte
38
5%
PRODUTOS RESULTADOS DAS AÇÔES
RESPOSTAS
PERCENTUAL
Vídeos/Dvds e gravações
172
27%
Publicações (artigos, catálogos, etc.)
94
15%
Pinturas, esculturas, gravuras
78
12%
Museus
32
4%
Produção de cenografia/figurino
52
8%
Cinemas
22
3%
Livro
51
8%
Filmes
50
8%
Locais vinculados a práticas esportivas como ginásios poliesportivos
19
2%
Bens artesanais
43
7%
Instrumentos musicais
32
5%
TOTAL
819
100%
Outros
64
10%
TOTAL
636
100%
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RED BULL STATION Ficha Técnica
Projeto de Arquitetura: Triptyque Arquitetura Construção Civil e Gerenciamento: Lock Engenharia Projeto de Restauro de Patrimonio Histórico: Arquiteta Ana Ditolvo Restauração de Patrimonio Histórico : Pires | Giovanetti | Guardia Design de Interiores: Wado Gonçalves | Bruno G. Oshiro Paisagismo: Hanazaki Estruturas Metálicas: Engemetal Realização: Red Bull do Brasil Apoio Institucional: Secretaria Municipal de Cultura de SP
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RED BULL STATION - RESIDÊNCIA ARTÍSTICA RED BULL STATION
Uma pré-existencia histórica se transforma em uma das maiores residências artísticas da Ámerica latina. Pequenas modificações, requalificação de espaço e detalhes sutis são as premissas mestras da intervenção Red Bull Station. O projeto apresenta programa inovador e atual, onde a ligação do novo com o velho é exposta e bela ao mesmo tempo. A residência artística Red Bull Station está localizada na praça da Bandeira/ SP/Brasil. O edifício antigamente abrigava a antiga estação Riachuelo, que foi desativada em 2004. O edifício foi construído nos anos 20 e foi tombado em 2002 pelo CONPRESP. O novo programa do edificio é todo voltado pra a experiência da residência artística. O diferencial da residência artística Red Bull Station é que o morar não foi aplicado ao programa, os artistas não residem no edifício, o edifício é usado apenas para o criar/expor. A disposição do programa proporciona uma integração grande do artista com o publico. Edifício convidativo e de fácil acesso. Toda a fachada do edifício foi tombada e deixada exatamente igual a como foi construída, o projeto de intervenção se baseia no brutalismo onde é claro o que já era existente e o que foi inserido a partir da nova intervenção. O projeto respeita o edifício e o adequa ao novo programa. O Red Bull Station foi escolhido como referencia pois ele apresenta uma grande integração com a cidade e seu entorno urbano/histórico, onde a relação artista x publico é imediata, grandes espaços expositivos e ateliês altamente tecnológicos.
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IMAGEM 01
Sub-Solo O sub-solo é em sua maioria administrativo, onde foram impostos escritórios para administração e área ampla para funcionários. Ocorre também o reaproveitamento da antiga casa de máquinas, onde todo o sistema elétrico se encontra no mesmo lugar onde o sistema da antiga fábrica estava instalado. De acesso imediato se encontra uma grande área de exposição (expositivo I). O acesso vertical – escadas é remanescente da antiga fábrica, e o acesso vertical – elevadores foi imposto a partir da recente intervenção. Administração Depósito Espaço Expositivo I Casa de maquinas Circulação Vertical – Escadas Circulação Vertical - Elevador
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IMAGEM 02
Sub-Solo
A maioria das exposições que abrigam sub-solo são exposição que exigem um ambiente mais escuro, normalmente o ambiente é usado quando a exposição envolve projeções gráficas. Privado Público
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IMAGEM 03
Térreo O térreo surge com um programa variado, onde logo na entrada do edifício está localiza o restaurante/café interligado com o espaço expositivo II – já dentro do edifício – , biblioteca pública (imagem 03)e o Red Bull Studio (estúdio de música completo para ensaios e gravações) trabalham em harmonia completando o programa térreo.Banheiros Complexo Área Comum Red Bull Studio – Desenho novo Restaurante/Café Espaço Expositivo II Recepção
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IMAGEM 04
Térreo O pavimento térreo em sua maioria é de acesso público, nele se encontram ambientes voltados para o alcance do público, como áreas de descanso e lazer (imagem 04). O ambiente privado é o Red Bull Studio, que para o uso você precisa inicialmente fazer um cadastro e verificar disponibilidade de uso.
Público Privado Acesso público Acesso privado
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IMAGEM 05
Mezanino
O mezanino é composto por espaços administrativos e uma pequena área de descanso e espaço expositor III (imagem 05).
Espaço Expositor III Red Bull Studio Administração Complexo de banheiros
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Mezanino
IMAGEM 06
Novos materiais foram também impostos a antiga edificação - todas as janelas foram repostas de maneira sutil, onde é quase que imperceptível a troca
Área de descanso (imagem 06).
Publico Privado Acesso público Acesso privado
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IMAGEM 07
Segundo Andar No segundo andar é localizada a área expositiva IV que é voltada para exposição apenas de residentes, os ateliês de criação-maquetes – áudio/visual estúdio e auditório. Os ateliês foram impostos onde antigamente ficavam as salas de máquinas.
Apoio Auditório/Camarim Circulação Vertical - Escadas
Auditório
Circulação Vertical - Elevador Auditório Estúdios Complexo banheiro Espaço Expositor IV
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Segundo Andar IMAGEM 08
IMAGEM 09
IMAGEM 10
Estúdio maquetes
Estúdio Audio/Visual Estúdio uso livre
Público Privado Acesso público Acesso privado
Circulação
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IMAGEM 11
Cobertura Uma laje foi posta em cima do antigo telhado, criando mais um andar de uso, onde hoje funciona um terraço com uma cobertura contemporânea – que não agride o edifício, forma e materialidade criam conexão com a antiga fábrica. A cobertura é ampla e com uso variado, conta também com uma fonte que possui agua 100% reaproveitada da chuva. Circulação Vertical - Elevador Terraço
Laje protege o acesso circulação vertical e permite relação visual com o entorno.
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Circulação Vertical - Escadas Casa de maquinas
Elevação Interior
Elevação mostra as modificações feitas a partir da implantação do novo programa. Escadas de alumínio foram instaladas externamente, cobertura posta em cima de uma laje que cobre a cobertura original, e elevador instalado por normas de acessibilidade. Circulação Vertical - Elevador Recepção Circulação Vertical - Escadas Restaurante/Café
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IMAGEM 12
Corte Longitudinal
Circulação Vertical - Elevador Espaço Expositivo
O corte mostra claramente a relação entre o que foi implantado na edificação e o já existente. 1 – Nova cobertura 2 – Telhado antigo da antiga fábrica 3 – Red Bull Studio
Estúdios Auditório Circulação Vertical - Escadas Red Bull Studio Administração
1
2
3
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IMAGEM 13
Espaço expositivo II - espaç aberto a todos os tipos de exposição, de residentes e não residentes. Perspectiva da fachada mostrando a nova 35 cobertura importo no terraço do edifício.
IMAGEM 14
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IMAGEM 15
Área de descanso/lazer do pavimento térreo e mezanino.
IMAGEM 16
IMAGEM 16
Entrada do Red Bull Station mostrando as novas escadas impostas na antiga fรกbrica.
Fonte no terraรงo com รกgua 100% reaproveitada da chuva e nova 37 cobertura ao fundo.
IMAGEM 17
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IMAGEM 18
Acesso ao sub-solo (direita da foto).
IMAGEM 19
Corredor dos ateliês com auditório ao fundo
IMAGEM 19
39 Ateliês
PIVÔ Ficha Técnica Projeto de Arquitetura: Oscar Niemayer Data de projeto: 1951 Data de conclusão de obra: 1966 Projeto executivo e acompanhemento de obra: Carlos alberto Lemos
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PIVÔ
Copan
O PIVÔ é sediado no edifício Copan – marco da arquitetura de Oscar Niemeyer. Construído entre 1952 e 1966, abriga hoje em dia uma vida social vibrante e diversificada. Aproximadamente cinco mil moradores convivem dentro desse edifício de porte monumental, que abriga lojas, restaurantes e serviços diversos, além de vários tipos de apartamentos. Mesmo diante dessa realidade, é surpreendente descobrir que os 3,5 mil m2 do espaço do PIVÔ estavam fechados havia quase vinte anos. Ao reativar esse espaço, a instituição se soma a várias iniciativas que contribuem para a reativação do centro de São Paulo através do vetor cultural. O pivô nasce como um espaço de arte autônomo e sem fins lucrativos, que dedica mais atenção às particularidades de cada projeto e propicia possibilidades de atuação mais flexíveis aos artistas e pesquisadores convidados. A programação do pivô se articula através de exposições, projetos específicos, workshops, ateliês temporários, residências, atividades educativas e palestras divididas entre o Programa de Exposições Anual e o pivô Pesquisa. Sua estrutura segue se desenvolvendo paralelamente à sua programação, num processo aberto e em constante mutação. E sua missão talvez seja justamente repensar um modelo institucional para as artes visuais no Brasil – que, ao mesmo tempo em que assegure a autonomia criativa dos artistas, assuma responsabilidades com seu entorno, para assim quem sabe estender essa autonomia de pensamento ao público visitante. Desde sua inauguração, o objetivo sempre foi proporcionar aos artistas, a todos os que trabalham na programação e aos frequentadores do espaço, um contexto para reflexões críticas além de experiências estéticas. 41
PIVÔ – CENTRO DE ARTE E PESQUISA O PÎVÔ não é uma galeria de arte comercial, mas exibe e promove a produção artística contemporânea. O PIVÔ não é um museu, contudo produz projetos de grande escala e conteúdo institucional. O PIVÔ não é uma instituição essencialmente educativa, apesar de promover cursos e atividades com conteúdo voltado para o debate de arte e cultura contemporânea. Mas afinal o que é o PIVÔ? O PIVÔ é um espaço de arte aberto, que incentiva e promove a produção artística contemporânea. É uma instituição flexível, que oferece aos artistas ampla autonomia de criação. No PIVÔ, o público pode acompanhar livremente todo o processo de realização de projetos artísticos, da ideia ao resultado final. Fernanda Brenner
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Térreo O pivô foi escolhido para estudo pois ele abriga a residência artista de uma forma mais abstrata. Sua maior qualidade é a produção de arte totalmente aberta ao publico, onde os mesmo podem visitar os ateliês de criação enquanto os artistas trabalham, o publico obtém livre acesso ao pivô e a todas os projetos ali concebidos.
IMAGEM 20
Acesso público Restaurante Recepção
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Todo o pavimento térreo é de uso totalmente público, onde acontecem pequenas exposições e abriga também um restaurante café. 43
IMAGEM 21
Segundo andar O segundo pavimento é todo voltado para a área expositiva, onde ela se abre para uma grande varanda. Encontra-se também neste andar a área de serviço como: Copa/Vestiário/Deposito
Acesso público Apoio - Varanda Expositivo II Apoio/Vestiário/Deposito Ateliê II
Espaço expositor – Primeiro andar IMAGEM 22
Segundo Andar 44
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IMAGEM 23
Entrada do restaurante / Esquina PIVÔ IMAGEM 24
Vista da varanda – Segundo andar
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IMAGEM 25
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Vista da varanda – Segundo andar – Esquina PIVÔ
Entrada PIVÔ por dentro do Copan
IMAGEM 26
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46 Espaço expositor – Segundo andar
Área Recepção também utilizada como área expositiva
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Áreas expositivas – Primeiro andar IMAGEM 30
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Áreas expositivas – Primeiro andar
Áreas expositivas – Primeiro andar
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IMAGEM 34
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FAAP – RESIDÊNCIA ARTÍSTICA Ficha Técnica Projeto de arquitetura: Pedro Mendes da Rocha/Arte3 Arquitetos colaboradores: Bartira Ghoubar, Carla Seppe, Chico Gitay, Marília Dantas Engenheiro responsável pelos trabalhos: Cláudio Helou Coordenadores do projeto de restauro: Marcos Moraes e Munir Buarraj
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IMAGEM 35
Apartamento tipo 1
APARTAMENTOS
Apartamento tipo 2
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O morar da FAAP – Residência Artístisca possuem dois tipos de apartamento e um andar para criação
Público/Comum Privado
Criação/Pesquisa/Descanso/Deposito
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IMAGEM 37
Toda a área do 7º andar do edifício Lutetia é designada como espaço de criação/pesquisa/ descanso/deposito. Funcionando como um grande ateliê, ele é versátil e funcional, transformando-o assim como um ponto de encontro para o residentes, um espaço de lazer e trabalho.
Cada um dos 4 andares recebeu uma cor distinta, tonalidades distintas para cada unidade. E a cadeira Paulistano está presente na mobília de todos os apartamentos como uma homenagem ao Paulo Mendes da Rocha
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IMAGEM 41
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IMAGEM 40
IMAGEM 43
Imagem 38 – Espaço de serviço Imagem 39 – Espaço Virtual Imagem 40 – Espaço expositivo 52 Imagens 41/42/43 – Fotos do 7º andar,
Tempo e Lugar
Intervenção em pré-existencia
“A palavra memória vem da mitologia, da deusa grega Mnemosine, a mãe das musas que protege as artes e a História, era ela que proporcionava a transmissão dos conhecimentos do passado entre os mortais.”
Darlan De Mamann Marchi
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Tempo e Lugar “Patrimônio Histórico refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significado para uma sociedade, podendo o valor ser de natureza estética, artística, documental, científica, social, espiritual, ecológica ou histórica. A preservação do patrimônio histórico teve ínicio como atividade sistemática no séxulo XIX, após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, inicialmente surgiu para restaurar os monumentos e edifícios históricos destruídos nas guerras.” (Wikipédia) Patrimônio é o que dá identidade a uma certa população e possibilita o enraizamento das pessoas em um determinado lugar. O patrimônio á principio começo a ser estabelecido e interligado à monumentos históricos, mas hoje, o patrimonio é considerado tudo o que uma comunidade ou uma cultura pode criar. Se considera como patrimônio material tudo o que está edificado (residências, monumentos etc) e patrimônio imaterial se refere à práticas culturais. Os patrimônios históricos representam um importante relato do passado, a preservação se torna essencial para manter viva a memoria de uma cidade e de seu povo. Hoje no Brasil existem três orgãos de gestão - municipal - estadual - nacional - onde são catalogados com a finalidade de preservação histórica, ambiente e cultural, e eles são: > COMPAC - Conselho municipal de cultura e do Patrimônio Ambiental e Cultural > CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórica, Arqueológico, Artístico e Turístico. > IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
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Tempo e Lugar
Intervenção em pré-existencia
Construir no construido. Intervenções arquitetônicas é qualquer tipo de ação feita em um edificio já construido. “Projetos de intervenção em edificios preexistentes são cada vez mais comuns no campo da arquitetura, reflexo de um momento historico de valorização da convivencia entre o presente e o passado. Projetos desta natureza carregam em si não apenas a responsabilidade na transmissão de outras gerações do legado historico, como também o compromisso com a criação do espaço contemporaneo. Intervenção é o termo mais generico aplicado neste trabalho a qualquer tipo de projeto sobre uma construção existente. Envolve a interpretação que se faz do edificio e o planejamento de diferentes tipos estrategias de atuação; conceito engloba ações dos mais diferentes tipos: restauração, conservação, reutilização, adaptação etc. São consideradas como minimas as intervenções que tem como objetivo principal a preservação do edificio existente em seu estado original; eventualmente, porpõem-se pequenas mudanças e adaptações necessarias à manutenção do seu funcionamento, principalmente no que se refere a sistemas hidraulicos, eletricos, estruturais e de acesso. Outras, mais contundentes acontecem em edificios muito degradados, ou são baseadas em mudanças estruturais urbanas, ou na alteração drastica do uso original, ou atendem demandas por ampliação de área, resultando na transformação efetica dos espaços originais.” (Maira Francisco Rios, 2013)
A relação entre uma nova intervenção arquitetonica e a arquitetura já existente é um fenomeno que muda de acordo com os valores culturais atribuidos quanto ao significado da arquitetura historica como as intencoes da nova arquitetura. Dai se conclui que é um grande erro pensar que se possa formular uma doutrina permanente ou, pior, uma definição cientifica da intervenção arquitetonica. Ao contrario, apenas compreendendo caso a caso os conceitos que fundamentam a ação é possível distinguir as características que estas relações assumiram no decorrer do tempo. O projeto de uma nova obra de arquitetura não somente se aproxima fisicamente da que já existe, estabelecendo com ela uma relação visual e espacial, como cria uma interpretação genuína do material historico com o qual tem de lidar. De modo que este material é objeto de uma verdadeira interpretação em toda a sua importancia.” Ignasi de Solá-Morales Rúbio (1985 apud NESBITT, K 2006, p.254)
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Con.Texto
Ribeir達o Preto
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Con.Texto
Ribeirão Preto
Contexto
Espaços para arte
> Do latim contextu, significa colocar alguém a par de algo: algo, alguma coisa, uma ação premeditada para situar algum individuo em um lugar no tempo e no espaço desejado. Encadeamento de ideias de um discurto. Tecer junto com o texto. Ribeirão Preto possui um grande acervo de espaços voltados para as artes. E em sua maioria estão localizados no centro da cidade - no quarteirão paulista e em seu entorno - assim facilitando o acesso da população e proporcionando uma maior integração com a cidade. Muito desses espaços passam despercebidos pela população leiga, por falta de divulgação ou interesse, ocasionando pouco uso e até um esquecimento da população e da própria prefeitura. Os espaços para arte são: UGT - Memorial da Classe Operária - Somos uma organização com o objetivo de fomentar a cultura, sediar eventos de interesse social e preservar a memória, sempre em busca de uma sociedade mais justa e democrática. Estúdio Kaiser de Cinema - Os Estúdios formam um complexo de diferentes espaços próprios para a produção de filmes, novelas, séries de TV e propagandas publicitárias. SESC - Centro cultural e desportivo que oferece ações em artes, educação permanente, esportes, turismo social, saúde, cidadania e alimentação. MARP - O Museu de Arte de Ribeirão Preto. Centro Cultural Palace - Centro Cultural com oficinas, palestras, workshop, debates, mesas temáticas, apresentações, exposições, visitas monitoradas, visitas espontâneas, em todas as áreas da cultura. Teatro Pedro II - O Teatro conta, em sua agenda, com espetáculos diversos, desde shows e peças de teatro, musicais a concertos ou óperas – para públicos diversos (infantil, adulto, famílias, melhor idade, jovens). 57
Con.Texto
Con.Texto
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
Engasga - Gato + Confluências
Espaços para arte
Ribeirão Preto possui um núcleo de teatro muito forte, tanto na área forma e informal da arte. Escolas de teatro (centro acadêmicos) estão dispostas em toda a cidade de Ribeirão Preto e um sua maioria no centro da cidade. Um fato curioso é que a arte cênica está deixando de seguir a norma acadêmica e se tornando maneira de expressão, criando os grupos alternativos de teatro (totalmente desvinculado dos centros acadêmicos). Como esses grupos são independentes e com poucos integrantes em casa, estão sempre se unindo para tentar integrar esse novo tipo de teatro no contexto Ribeirão Preto. Os grupos de teatro se desvinculam do formal e invadem a rua. O meio urbano se torna o principal palco. A falta de patrocínio não é um fator relevante para essas apresentações ocorrerem no meio urbano, isso é proposta de trabalho, é estudo, é in8tegrar a arte cênica no cotidiano da população e assim se desvinculando totalmente da academia. Os grupos independentes tomaram não só o centro da cidade como a periferia também, onde antigos galpões, praças e pequenos espaços residenciais se transformam em ambiente de troca de informações, aprendizagem e apresentação. Os principais grupos independentes de teatro de ribeirão são: • Engasga Gato (preto) • Confluências (preto) • Casa das artes (vermelho)
> Engasga - Gato O grupo/residência artística Engasga-Gato ocupa hoje o ultimo andar do edifício Diederichsen junto com o trabalho paralelo Confluências. O Engasga – Gato não possui a moradia inserida em seu programa pois o espaço onde ele está inserido não suporta tal programa. O grupo é fundado por cinco integrantes (Fausto, Fernada, Gabriel, Monalisa, Poliana), e todos trabalham em conjunto. O programa atual é:
Deposito
Espaço Cênico
Serviço/Workshop
Administração
Todo o programa é disposto no ultimo andar do edifício Diederichsen, que em sua forma original era somente ocupado por uma edícula. O terraço foi então coberto e desapropriado, e em 2007 o grupo retomou e reviveu o ultimo andar do edificio. Programa simples e disposto de acordo com a edificação. O grupo se adequou a antiga edificação, respeitando-a e se moldando a ela.
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Praça Cênica Diederichsen
“Na arquitetura estão inscritas as vontades mais puras e duradouras do coração dos homens. A história da cultura e da sociedade repousa em grande parte nas formas arquitetônicas; pois a vontade de um povo se manifesta na forma dos templos de seus deuses, dos palácios de seus reis. Quando uma civilização desaparece, no imenso decorrer dos tempos, somente nas pedras dos edifícios desmantelados é que se vão encontrar marcos dessas culturas e, nas diferenciações dessas pedras, na maneira de erguê-las ou agrupá-las, é que estão as diferenças das raças, dos povos e das culturas. É por isto que podemos dizer que a primeira história, a primeira literatura, foram escritas na pedra, nos muros, nas colunas, nas arquitraves e nas abóbodas. Desde a antiguidade os muros das construções foram os primeiros órgãos de informação, resumo da vida social dos povos; o primeiro papel aonde se inscrevem as páginas da história; o papel onde ainda se inscrevem as mensagens para o futuro. E escrever essa mensagem cabe ao arquiteto.” Joaquim Cardoso
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Praça Cênica Diederichsen
O Edifício Diederichsen foi escolhi como edifício de intervenção pelo seu papel explicito na história da cidade de Ribeirão Preto, o primeiro edifício vertical e de multiplo uso; outro fator norteador de projeto é a sua localização na área central da cidade. A localização e história transformaram o edifício em um ponto estratégico para inserir novos artistas (atores/artistas plásticos) no cotidiano da população ribeirão pretana, promovendo assim uma maior integração; artista vs. cidade. O Edifício Diederichsen esta localizado na área central de Ribeirão Preto, e seu entorno é repleto de área de usos mistos, mais em sua maioria comerciais e prestação de serviço. A partir desta predominância de uso, o entorno do edifício acaba tendo um fluxo intenso de pessoas durante os horários comerciais e aos outros horários a área se encontra com pouco fluxo de pessoas, problema que abrange todos os grandes centros. O Diederichsen esta próximo ao edifício Meira Junior, Teatro Pedro II, o Palace Hotel e a Praça XV, o conjunto tombado pelo conselho regional de patrimônio histórico, artístico, arqueológico e turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), denominado de Quarteirão Paulista. A área onde esta localizado o Diederichsen está cercada por edifícios altos, sendo em sua maioria de uso comercial, o Diederichsen já foi o maior prédio da cidade e hoje se encontra “espremido” pelos edifícios vizinhos. Atualmente o edifício é propriedade da Santa Casa de Misericórdia, por doação de Antônio Diederichsen, e por testamento deixado pelo próprio, o edifício deve manter os mesmos usos desde sua inauguração. O edifício apresenta algumas deficiências como acessibilidade inexistente, pois não há rampas e sanitários adequados. O acesso ao edifício para os moradores é o mesmo utilizado pelos visitantes, fazendo que todos percorram o edifício sem nenhuma restrição. O local onde funcionava o Cine São Paulo, onde mais tarde abrigou uma casa de jogos, atualmente esta desocupado e sem uso.
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Calรงadรฃo Diederichsen Pinguim Pedro II Centro Palace Praรงa XV Praรงa XV
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Praça Cênica Diederichsen
“É importante a preservação do patrimônio histórico e do seu entorno, de modo a permitir maior diálogo dos espaços dos edifícios e bens tombados, permitindo a sua visibilidade e sua identificação na paisagem urbana que conserva elementos contemporâneos a sua existência, preservando a sua identidade. Devido a isso o Edifício Diederichsen, localizado no coração da cidade de Ribeirão Preto em área de grande significado histórico e urbanístico, torna-se considerado objeto nesta proposta, por sofrer degradações do tempo, precárias reformas e intervenções com a falta de instrução e educação dos usuários deste edifício. Assim, este projeto possui uma importância a fim de resgatar a integridade, a memória, a identidade e a busca de tão desejada revitalização dos espaços públicos onde estes edifícios estão inseridos.” Arquiteto Claudio Bauso - Responsavel pela restauração do Edifício Diederichsen. 64
Praça Cênica Diederichsen
Iniciava-se então a construção do primeiro edifício arranha-céu da cidade de Ribeirão Preto, com seis pavimentos além do térreo. A modernidade da construção está na proposta de uso multifuncional: o térreo abrigava estabelecimentos comerciais, café, barbeiros, farmácia, casas de moda, e a famosa chopperia Pingüim – restaurante e bar e o Cine São Paulo (com capacidade para 1200 pessoas), prestação de serviços, restaurantes e comércios em geral além de um hotel, destinado a hospedar a classe burguesa. O estilo “art-decó” evidencia-se através da simetria na fachada, da platibanda em recortes geométricos e simétricos e nos baixos relevos do último andar e nas linhas retas em relevo acentuando a sua verticalidade escalonamento, assim esse edifício torna-se representativo, no caminho em direção a arquitetura moderna da cidade, como também da disseminação da técnica construtiva do concreto armado a partir da década de 1930. Além de ser inovador estilisticamente, o projeto de Antonio Terreri e a construção de Paschoal de Vicenzo contribuíram para disseminar a técnica construtiva em concreto armado em Ribeirão Preto. No decorrer destes 72 anos, o edifício passou por várias reformas nos apartamentos de habitação, nas salas comerciais e nas salas de prestação de serviços. A cobertura abriga um grupo de teatro e aulas de yoga, porem sem o luxo de antigamente onde abrigava um bar restaurante famoso o pinguim. O antigo Cine São Paulo foi ocupado por uma casa de jogos (bingo convencional e eletrônico) e hoje se encontra sem uso, e o hotel mais luxuoso da cidade e região passa a ser extinto devido a perda de boas referencias quanto a suas acomodações que julgavam ser uma das mais confortáveis na época do café. Ou seja, o edifício perdeu sua aura.
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PROGRAMA
O programa do edificio Diederichsen disposto de tal maneira: Térreo: Salas voltadas para o comercio e de integração direta com o calçadão e antigo Cine São Paulo. Pavimento I e II: Todas as salas são voltadas para o uso comercio e prestação de serviço. Pavimento III e IV: Apartamentos. Pavimento V: Hotel Dieserichsen Pavimento VI: Terraço do edifício onde hoje é sede da residência artística Engasga Gato. 66
COMÉRCIO CINEMA/TEATRO RESIDÊNCIAL HOTEL
CIRCUL
COMÉRCIO CINEMA/TEATRO RESIDÊNCIAL HOTEL
ACESSOS
CIRCULAÇÂO VERTICAL
LAÇÂO HORIZONTAL E ACESSOS ACESSO 1
ACESSO 2
ELEVADORES ESCADAS Os corredores são muitos extensos sem nenhuma iluminação ou ventilação natural, deixando esses ambientes escuros. A falta de aberturas no corredor gera uma deficiência em relação as saídas de emergência, o edifício não possui escadas de emergência.
Os acessos verticais são localizados nas entradas principais, e deles ocorrem o acesso as andares superiores. O acesso 1 percorre do 1º andar ao 5º andar e ocorre pela Rua São Sebastião. O acesso 2 percorre do 1º andar até o 6º andar, acessando todo o edifício.
ACESSO 2
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PLANTA PAV.TERREO Galeria de Lojas e cinema
PLANTA - 1 PAVIMENTO Salas Comerciais 68
PLANTA - 2 PAVIMENTO Salas Comerciais
PLANTA - 3 PAVIMENTO Apartamentos (residĂŞncias)
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PLANTA - 4 PAVIMENTO Apartamentos (ResidĂŞncias)
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PLANTA - 5 PAVIMENTO Hotel Diederichsen
PLANTA - COBERTURA
ELEVAÇÃO R. Álvares Cabral
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ELEVAÇÃO R. General Osório
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ELEVAÇÃO R. São Sebastião
Praça Cênica
Refúgio Artístico
Conceito
AMBIENTE DE TROCA HISTÓRIA
O trabalho discorre sobre espaços para produção e desenvolvimen-
to artístico, ambientes de troca, e para aglomerar essas duas premissas, a inserção da história.
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Praça Cênica O novo programa foi proposto com a finalidade de suprir as necessidades do programa já existente do Grupo Engasga – Gato e propor uma ampliação da cena artística em Ribeirão Preto. Todo o programa que ocupa o ultimo andar do edifício Diederichsen será transferido para um complexo Cênico (nova edificação) que está localiza no entorno imediato do edifício, assim devolvendo o seu ultimo andar a sua proposta original, um terraço/mirante coberto apenas pelo céu. A área onde se encontra hoje o Grand Hotel Diederichsen sofrerá com pequenas alterações de uso, onde oito quartos do hotel irão se tornar espaço de imersão dos artistas residentes. O antigo Cine São Paulo terá sua cobertura reconstruída e seu espaço requalificado, criando espaços de exposição e passagem. Os acessos são contínuos e ligam o novo programa com o entorno e novo edifício. Complexo Cênico – Nova edificação Edificio Diederichsen Área Expositiva – Cine São Paulo Praça Cênica
Acessos 74
Partido/Programa
Ateliê cenografia Ateliê sonoplastia Ateliê iluminação
Dramaturgia Direção Produção cultural Acervo Foyer auditório Auditório Auditório - olho no olho Praça cênica Exposição Interna Exposição externa
• • •
• • • • • • • • • •
ÁREA IMERSÃO (HABITAR)
APOIO TÉCNICO
APOIO TECNICO GERAL
Monta carga Estrutura cênica W.C. Recepção Café Salão Depósito Ar condicionado Residência
• • • • • • • • •
Camarins
Ateliê figurino
•
APOIO TECNICO ESPETACULO •
ÁREA EXPOSITIVA/CENA
ÁREA DE FORMAÇÃO
ESPAÇOS
Utilizar 8 quartos do Grand Hotel Diederichsen para o uso dos residentes
Tubulações de ar condicionado
Espaço amplo para armazenar cenários/figurinos
Espaço livre de uso independente
Espaço de convívio com restaurante/café
Espaço voltado para atendimento
W.C. masculino, feminino e deficiente
Caixa cênica com iluminação/som e deposito
Promover o deslocamento de cenários e peças expositivas
Espaço para troca de figurinos, descanso e preparação antes dos espetáculos
Área expositiva externa que irá abrigar o ultimo andar do edifício
Área expositiva interna/ocupação no antigo Cine São Paulo
Espaço para apresentação externa
Espaço de apresentação com palcos diversos
Espaço de apresentação
Espaço amplo para recepcionar o publico
Armazenamento de livros e acervo dos residentes
Espaço para discussões em geral
Espaço para leitura e discussão
Espaço para leitura e discussão de textos
Espaço digital/tecnológico para desenvolvimento de técnicas e aperfeiçoamento de iluminação
Espaço digital para desenvolvimento de técnicas sono plásticas
Espaço amplo com pranchetas para desenhos, espaço digital e grandes mesas.
Espaço multiuso/ grandes mesas e espaço para máquinas para costura e araras/armazenamento
QUALIDADE
10 m2
48 m2
80 m2
25 m2
50 m2
1.000 m2
800 m2
400 m2
40 m2
80 m2
40 m2
25 m2
16 m2
16 m2
16 m2
25 m2
25 m2
25 m2
25 m2
DIMENÇÕES
50 m2
20 m2
100 m2
100 m2
50 m2
Programa
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Pavimento 02 Praça Cênica
Exposição
Passagem e Permanência
Ateliês
Passagem e Permanência
Pavimento 01 Ateliês
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Acesso vertical
Passagem e Permanência
Imersão Residentes
Hotel Diederichsen
Acesso vertical
Terraço/Mirante
Todo o programa é pensado e disposto com a finalidade de atender o grupo Engasga-Gato e também as outras companhias cênicas de Ribeirão Preto. Em toda a nova expansão o nível da rua é voltado para o uso público e cênico, contendo duas praças cênicas, área de exposição e ambientes de passagem e permanência. As praças cênicas e exposição possuem equipamentos de uso público como banheiros e bebedouros. Sua antiga cobertura foi substituida por um terraço verde onde uma grande abertura guia toda a sua passagem. O eixo de acesso interliga todo o projeto, desde a entrada pela Rua São Sebastião, até o calçadão. O Pavimento 01 é ocupado pelos ateliês barulho, pois estão mais próximos ao chão, e eles são: Sonoplastia, Iluminação, cenografia e figurino. Lajes em balanço criam espaços de permanência e passagem, onde que o público que esta neste nível possui visão privilegiada das praças cênicas. A partir do crescimento do projeto o silencio toma conta e o programa do pavimento 02 é voltado para áreas de leitura, direção cênica, administração e produção cultural. Todo a vedação do pavimento 01 e 02 que são voltadas para a praça cênica é composta por portas rolantes, dando a possibilidade de abrir todas e criar um grande vão livre ou o fechamento parcial ou total. Os outros fechamentos são em vidro. O andar do edificio onde abriga hoje o Hotel Diederichsen será dividido e oito quartos serão voltados para o uso dos residentes artisticos. Para o novo
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Estrutura Complexo Cênico A estrutura do novo edificio é mista, aço e concreto. > Pilares de 40 cm x 40 cm - AÇO >Vigas de 40 cm x 60 cm - AÇO > Lajes modulares de 5 m x 18 / 20 cm - CONCRETO
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Estrutura Montantes Os acessos verticais, banheiros e monta carga estão estruturados em montantes de aço. Os montantes são utilizados no novo edificio e acesso ao terraço. > Pilares de 20 cm x 20 cm - AÇO >Vigas de 40 cm x 60 cm - AÇO > Lajes modulares de 5 m x 18 / 20 cm - CONCRETO
Praça Cênica Engasga - Gato
A proposta de trabalho é uma praça cênica na cidade de Ribeirão Preto/SP que discorra também o âmbito da residência artística. Envolvendo questões como: o deslocamento, troca de experiências e seus reflexos no espaço arquitetônico. A relação do artista com o desconhecido é um fator norteador de projeto. O artista aceita não apenas visitar ou estar, mas sim estabelecer vínculos com as pessoas, os espaços e lugares, permite-se relacionar para produzir. O projeto será implantado no “Quarteirão Paulista” que está localizado no centro de Ribeirão Preto/SP, utilizando o Edifício Diederichsen como premissa pojetual. A residência artística Engasga Gato ocupa o ultimo andar do edifício, a residência sofre com problemas de instalações hidraulicas e eletricas, falta de espaços amplos e infra estrutura cênica. Para a expansão da residência propõe-se a retirada de alguns edifícios do entorno (lojas/comercio) para suprir a abrigar o novo programa da residência. O projeto se coniste em criar praças cênicas ligadas ao meio urbano, onde desníveis topográficos criam espaços de performances cênicas e apresentações. A residência artística Engasga Gato não possui espaços apropriados para residentes criarem e desenvolverem seus projetos, assim implantando também um complexo onde funcionará todos os ateliês, salas de cultura e administração, tudo isolado do Edifício Diederichsen, devolvendo o seu ultimo andar ao seu uso inicial, que funcionava como um mirante, assim sendo coberto apenas pelo próprio céu. O complexo artística irá abrigar ateliês, salas de administração e cultura, e também servirá como apoio as praças cênicas. O antigo cinema teatro Cine São Paulo, com o seu abandono ao longo do tempo ele sofreu intensas alterações que o deixou descaracterizado. A proposta é de reutilizar o espaço como espaço de passagem, exposição e apoio as praças cênicas. Todo o novo programa é isento de equipamentos de alimentação para forçar o público a utilizar os equipamentos e lojas já existentes.
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PRAÇA CÊNICA
ENGASGA - GATO
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Conclusões Finais
A primeira premissa projetual foi baseada no Andy Warhol e na sua possível proposta de residência artística nos anos 60, onde ele disponibilizava um espaço (the factory) para artistas de todos os tipos produzirem, trocar informações, etc. Esse conceito de aprendizagem e produção informal mais tarde se transformou no que chamamos hoje de residência artística. A única residência artística hoje em ribeirão preto é o grupo de artes cênicas Engasga – gato. Um dos fatores norteadores de escolha da residência foi a sua localização, que é no ultimo andar do edifício Diederichsen. Edifício histórico e com entorno preparada para receber novos artistas e inseri-los em seu cotidiano, transformando assim a experiência artística em um acontecimento único na vida do artista.
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